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Introdução aoPetróleo
Sumário
OPetróleo 1
Classificação do Petróleo 2
Origem do Petróleo 6Formação Biogênica e Abiogênica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6Querogênio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Processo de Exploração do Petróleo 18
Grau API (American Petroleum Institute) 18
Classificação dos gases 20
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Introdução aoPetróleo
O Petróleo
Opetróleo é umamistura de hidrocar-
bonetos (compostos orgânicos consti-
tuídos de carbono e hidrogênio) e con-
taminantes, apresentando-se nas fases
gasosa (gás natural), liquida (óleo cru) ou
sólida (xisto/betume). É caracterizado
como uma substancia oleosa, inflamável,
menos densa que a água, com cheiro ca-
racterístico e cor variando entre o negro
e o castanho escuro
O petróleo depois de formado não se
acumula na rocha na qual foi gerado (co-
nhecida como rocha geradora ou rocha
matriz), ele migra sob ação de pressões
do subsolo até encontrar uma rocha
porosa. Se esta rocha porosa estiver
cercada por uma rocha impermeável,
o petróleo é aprisionado em seu inte-
rior. Caso as condições de porosidade
da rocha e a quantidade acumulada de
material formem uma jazida comercial,
o petróleo é extraído deste reservató-
rio. A localização, produção, transporte,
processamento e distribuição dos hi-
drocarbonetos existentes nas rochas
reservatório, definem os cinco segmen-
tos básicos da indústria de petróleo:
• 1. Exploração - reconstrução da
historia geológica, estudo de ro-
chas e formações rochosas;
• 2. Explotação- técnicas envolvidas
no desenvolvimento e na produ-
ção da reserva comprovada;
• 3. Processamento;
• 4. Transporte - localização afas-
tada de refinarias e terminais, que
resulta na necessidade de embar-
cações, caminhões, vagões, gaso-
dutos e oleodutos;
• 5. Refino - processamento damis-
tura de hidrocarbonetos para a
obtenção dos derivados utilizados
em diversas aplicações;
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Introdução aoPetróleo
• 6. Distribuição - comercialização
dos produtos finais com as distri-
buidoras incumbidas de oferecê-
los ao consumidor final.
Aos dois primeiros segmentos da indús-
tria de petróleo se denomina upstream
(antes da produção) aos demais, downs-
tream. O verdadeiro valor do petróleo
está inserido nasmuitas aplicações ofe-
recidas pelos seus derivados. Os deriva-
dos oriundos do refino do petróleo cru
podem ser diretamente comercializa-
dos para distribuidores e consumidores,
ou servirem dematéria prima para ou-
tras indústrias. Os principais derivados
gerados no processo de refino são:
• Combustíveis ou energéticos (Gás
combustível, GLP, gasolina, que-
rosene, óleo diesel, óleo combustí-
vel, coque);
• Não-energéticos (Nafta, gasóleo,
solventes, parafinas, lubrificantes,
asfalto).
Parafina Normal ou Alcanos: sufixo ano -
metano, propano...
Parafínicos, Isoparafinas ou Isoalcanos:
apresentam ramificações: prefixo iso-,
sufixo -ano - isobutano, isopentano...
Parafínicos Cíclicos ou Naftênicos: dis-
posto na forma de anel: prefixo ciclo-,
sufixo -ano - ciclopropano, ciclobutano...
Oleofinas: sufixo -eno - eteno, propeno...
Insaturados: dupla ligação, sufixo -eno;
tripla ligação, sufixo -ino - propeno, bu-
teno, propino, etino...
Aromáticos: cadeias aromáticas - tolu-
eno, benzeno...
Classificação doPetróleo
Classe Parafínica (75%oumais de parafi-
nas): Estão presentes nesta classe óleos
leves, fluidos ou de alto ponto de fluidez,
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Introdução aoPetróleo
com densidade inferior a 0.85, teor de
resinas e asfaltenosmenor que 10%e
viscosidade baixa, exceto nos casos de
elevados teor de n-parafinas com alto
pesomolecular (alto ponto de fluidez).
Classe Parafínico-Naftênica (50− 70%pa-
rafinas,> 20%de naftênicos): Os óleos
desta classe são os que apresentam um
teor de resinas e asfaltenos entre 5 e
15%, baixo teor de enxofre (menos de
1%), teor de naftênicos entre 25 e 40%.
Apresentamaiores valores de densi-
dade e viscosidade comparados aos pa-
rafínicos.
Classe Naftênica (> 70%de naftêni-
cos): Apresentam baixo teor de enxo-
fre e se originam da alteração bioquí-
mica de óleos parafínicos e parafínico-
naftênicos.
Classe aromáticas intermediarias(> 50%
de hidrocarbonetos aromáticos): Com-
preende óleos frequentemente pesados,
contendo 10 a 30% de asfaltenos e re-
sinas e teor de enxofre acima de 1%. A
densidade usualmente émaior que 0.85.
Classe Aromático-Naftênica(> 35%de
naftênicos): são derivados dos óleo pa-
rafínicos e parafínicos-naftênicos, po-
dendo conter mais de 25% de resinas e
asfaltenos e teor de enxofre entre 0.4 e
1%
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Introdução aoPetróleo
Fração Temperatura deEbulição (oC)
ComposiçãoAproximada
Usos
Gás residual;GLP
Até 40 C1 −C2;C3 −C4 Gás combustível, gás com-bustível engarrafado, usodomestico e industrial.
Gasolina 40-175 C5 − C10 combustível de automóveis,solvente.
Querosene 175 - 235 C11 − C12 iluminação, combustíveis deaviões a jato.
Gasóleo leve 235 - 305 C13 − C17 diesel, fornos.Gasóleo pesado 305 - 400 C18 − C25 combustível, matéria prima
para lubrificantes.Lubrificantes 400 - 510 C26 − C38 óleos lubrificantes.Resíduo Acima de 500 C38+ asfalto, piche, impermeabili-
zante.
Exemplo1
A classificação do petróleo de acordo com seus constituintes, fez-se neces-
sária quando se quer saber a quantidade das diversas frações que podem
ser obtidas em seu refino, assim como sua composição e propriedades físi-
cas. Quanto as classes de petróleo , são listadas, abaixo, algumas de suas pe-
culiaridades:
I- óleos leves, fluidos, ou de alto ponto de fluidez, com densidade inferior
a 0.85 e teor de resinas e asfaltenosmenor que 10%
II- óleos com teor de resinas e asfaltenos entre 5 e 15%, baixo teor de en-
xofre e teor de naftênicos entre 25 e 40%
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Introdução aoPetróleo
III- óleos com baixo teor de enxofre e que se originam da alteração bioquí-
mica dos óleos parafínicos e parafinico-naftênico.
IV- óleos pesados, contendo de 10 a 30% de asfaltenos e resinas e teor de
enxofre acima de 1%. O teor demonoaromaticos é baixo e, em contrapar-
tida, o teor de tiofenos e de dibenzotiofenos é elevado. A densidade usu-
almente émaior que 0,85.
As peculiaridades acima correspondem respectivamente, às classes:
(A)benzênicas, parafínicas, naftênicas e aromática.
(B)naftênica, parafínica, parafínico-naftênica e aromática intermediaria
(C)parafínica, parafínico-naftênica, naftênica e aromática intermediaria
(D)aromática intermediaria, naftênica, parafínica e parafínico-naftênica
(E)parafínico-naftênica, naftênica, aromática intermediaria e benzênicas.
Solução:
I- óleos leves, fluidos, ou de alto ponto de fluidez, com densidade inferior
a 0.85 e teor de resinas e asfaltenosmenor que 10% - Classe parafínico
II- óleos com teor de resinas e asfaltenos entre 5 e 15%, baixo teor de en-
xofre e teor de naftênicos entre 25 e 40% - Classe parafínico-naftênica.
III- óleos com baixo teor de enxofre e que se originam da alteração bioquí-
mica dos óleos parafínicos e parafinico-naftênico. Classe naftênica
IV- óleos pesados, contendo de 10 a 30% de asfaltenos e resinas e teor de
enxofre acima de 1%. O teor demonoaromaticos é baixo e, em contrapar-
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Introdução aoPetróleo
tida, o teor de tiofenos e de dibenzotiofenos é elevado. A densidade usu-
almente émaior que 0,85. - Classe aromática intermediaria
Resposta: C
Origem do Petróleo
Formação Biogênicae Abiogênica
OPetróleo tem origem a partir dama-
téria orgânica depositada junto com os
sedimentos.
Formação Biogênica: Se forma a partir
de substâncias orgânicas procedentes
da superfície terrestre (detritos orgâ-
nicos), que seriam soterrados. Com o
incremento de temperatura, as molé-
culas do querogênio começariam a ser
quebradas, gerando compostos orgâ-
nicos líquidos e gasosos, em um pro-
cesso denominado catagênese. Para se
ter uma acumulação de petróleo seria
necessário que , após o processo de ge-
ração ( cozinha de geração) e expulsão,
ocorresse amigração do óleo e/ou gás
através das camadas de rochas adjacen-
tes e porosas, até encontrar uma rocha
selante em uma estrutura geológica que
detenha seu caminho, sob a qual ocor-
rerá a acumulação do óleo e/ou gás em
uma rocha permeável chamada rocha
reservatório.
Formação abiogênica: depósitos pro-
fundos de hidrocarbonetos aprisiona-
dos durante a formação do planeta. A
centenas de quilômetros de profundi-
dade asmoléculas de hidrocarbonetos
(principalmentemetano) migram do
manto para a crosta ocorrendo comple-
xação dasmoléculas. Nestamigração,
gases primordiais como hélio e nitrogê-
nio podem estar presentes e auxiliam
no transporte. A presença demolécu-
las biológicas associadas aos hidrocar-
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Introdução aoPetróleo
bonetos é estritamente relacionada á
contaminação pormicro-organismos
(bactérias).
Quando amistura contêm umamaior
porcentagem demoléculas pequenas
seu estado físico é gasoso, quando a
mistura contemmoléculas maiores o
seu estado físico é liquido nas CNTPs
(Condições Normais de Temperatura e
Pressão)
Querogênio
Amais importante rocha-fonte ou ro-
cha geradora de óleo e gás é formada
por camadas de sedimentos nos, ricos
emmatéria orgânica que, soterrados
a uma profundidademínima de 500m,
faz com que a rocha se comprima, dimi-
nuindo sua porosidade e submetendo-a,
progressivamente, a maiores pressões
e temperaturas. Este processo leva à
transformação damatéria orgânica em
querogênio, composto químico a par-
tir do qual são gerados todos os tipos
de hidrocarbonetos. Durante esse pro-
cesso, quando as rochas encontram-se
a temperaturas da ordem de 80 oC, as
moléculas de querogênio partem-se e
dão origem ao óleo, com gás associado.
Acima de 130 oC forma-se apenas gás e,
passando dos 210 oC, os hidrocarbone-
tos desaparecem totalmente, restando
apenas vestígios de carbono. o querogê-
nio se transforma da seguintemaneira:
Diagênese: Logo após a deposição tem
início a decomposição bioquímica da
matéria orgânica, gerando ometano bi-
ogênico. Com o aumento de pressão e
temperatura amatéria orgânica é con-
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Introdução aoPetróleo
vertida em em querogênio - matéria
orgânica amorfa comC, H eO.
Catagênese: com o aumento da pressão
o querogênio se altera e amaioria do
óleo cru é formado. Durante essa fase
as moléculas maiores irão se dividir em
moléculas menores emais simples - cra-
queamento.
Metagênese: no estágio de formação do
querogênio e do óleo cru produz-se gás
natural, principalmente na forma deme-
tano e o carbono residual, é deixado na
rocha-fonte.
Metamorfismo: A continuação do in-
cremento de temperatura leva à degra-
dação do hidrocarboneto gerado, dei-
xando como remanescente grafite,CO2
e algummetano.
O processo dematuração do quero-
gênio ocorre durante um período de
milhões de anos. A localização numa
formação candidata a possuir petróleo
passa por uma determinação da idade
geológica que deve ser antiga o sufici-
ente para ocorrer amaturação do que-
rogênio, mas não tão antiga quanto o
período pré-cambriano - idade em que
surgiram os primeiros seres vivos.
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Introdução aoPetróleo
Exemplo2
Para o início da cadeia dos eventos que culminam com a gênese do petró-
leo e gás natural é condição fundamental a ocorrência da associação dos se-
guintes importantes fatores, além damatéria orgânica:
(A) Oxigênio em excesso e sedimentos.
(B) Oxigênio em excesso e condições termoquímicas.
(C) Sedimentos e condições termoquímicas.
(D) Sedimentos e rocha reservatório.
(E) Rocha reservatório e condições termoquímicas.
Solução:
Para ocorrer a formação de petróleo são necessárias condições anaeróbi-
cas, por-tanto as alternativas a) e b) estão erradas. Rocha reservatório não
é importante para a formação do petróleo, apenas para o armazenamento
Resposta: C
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Introdução aoPetróleo
Exemplo3
Analise os estágios evolutivos descritos a seguir.
I. Diagênese - caracteriza-se por ocorrência de atividade bacteriana, a uma
dada temperatura apropriada, onde existe a formação do querogênio.
II. Catagênese - caracteriza-se por ocorrência de temperaturas mais que al-
tas que a diagênese, onde o querogênio transforma em hidrocarbonetos lí-
quidos e gasosos.
III. Metagênese - caracteriza-se por ocorrências de temperaturas mais al-
tas que a catagênese, onde há a transformação dos hidrocarbonetos líqui-
dos em óleo pesado e gás.
IV. Metamorfismo - caracteriza-se por temperaturas mais atlas que ameta-
gênese, onde há transformação de dos hidrocarbonetos em xisto, gás carbô-
nico e hidrogênio.
Para que ocorra a geração do petróleo e gás natural é necessário que seja
delineado um processo natural com os estágios:
(A)I e II
(B)I e III
(C)I e IV
(D)II e III
(E)III e IV
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Introdução aoPetróleo
Solução:
Para ocorrer a geração de petróleo são necessárias a diagênese e a catagê-
nese.
Resposta: A
Caiu no concurso!DRM-RJ - Engenheiro de Petróleo - 2011 - 1
Embora ainda seja objeto de estudos, a origem do petróleo tem como hipó-
teses de formação as teorias orgânicas (biogênica) e inorgânica (abiogênica).
A teoria inorgânica é baseada na seguinte afirmativa:
(A) Substâncias provenientes de fossilização das árvores e dos dinossauros
extintos, ao serem depositados nos solos, e sob a ação de elevada pressão
e temperatura, se-riam expulsas para regiões mais próximas da superfície
e contaminadas por bactérias surfactantes, convertendo-se em petróleo.
(B) Substâncias provenientes de fossilização das árvores e dos dinossauros
extintos, ao serem depositadas nos solos, e sob a ação de elevada pressão
e temperatura, teriam, ao longo demilhões de anos, se convertido em pe-
tróleo.
(C) Substâncias provenientes da superfície da terra, ao serem depositadas
no fundo de lagos e oceanos, e sob a ação de elevada pressão resultante, te-
riam, ao longo demilhões de anos, se convertido em petróleo.
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Introdução aoPetróleo
(D) Devido à presença demetano no interior da terra, acredita-se que os hi-
drocarbonetos demaior massamolar teriam sido formados a partir dele, pela
ação de elevada temperatura e pressão. Ao ser expulso para regiões mais
próximas da superfície, o petróleo seria, então, contaminado por bactérias,
que teriam, possivelmente, efeitos sobre sua composição.
(E) Devido à presença de gás carbônico no interior da terra, acredita-se que
os hidrocarbonetos demenormassamolar teriam sido formados a partir
dele, pela ação de elevada temperatura e pressão. Ao ser expulso para re-
giões mais próximas da superfície, o petróleo seria, então, conta-minado por
bactérias surfactantes, que teriam, provavelmente, efeitos sobre sua com-
posição.
Resposta: D
Caiu no concurso!Petrobras - Engenheiro de Petróleo - 2008 - 2
Para que haja ocorrência de hidrocarbone-tos, por exemplo, em um campo
de petróleo e gás, é essencial a disponibilidade dematéria orgânica origi-
nal, sob a forma de querogênio, uma bacia sedimentar como repositório dessa
matéria orgânica, onde haja rocha geradora e rocha reservatório, esta úl-
tima com selagem, e uma janela de temperatura para amaturação do quero-
gênio, associado a um gradiente geotérmico específico. A esse respeito para
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Introdução aoPetróleo
que possa haver efetiva geração de hidrocarbonetos (óleo e gás), a combi-
nação correta de parâmetrosmais específicos, é:
(A) Bacias sedimentares do tipo fossa tectônica (rifte) intracratônico; que-
rogênio original do tipo sapropélico (tipo I); diagênese superficial; tempe-
ratura de, nomáximo, 60oC; gradiente geotérmico de 15 oC/km.
(B) Bacias sedimentares continentais demargemativa; querogênio original
do tipomisto (tipo II); diagênese àmédia profundidade (catagênese); tem-
peratura de, nomáximo 90oC; gradiente geotérmico de 20 oC/km.
(C) Bacias sedimentares somente do tipo apartação (pull-apart); querogê-
nio original do tipo húmico (tipo III); diagênese profunda (metagênese); tem-
peratura entre 70 e 110 oC; gradiente geotérmico de 15 a 20o C/km.
(D) Bacias sedimentares do tipo intracratônico, demargem ativa e demar-
gem passiva, todas estruturadas; querogênio original dos tipos I, II e III; di-
agênese àmédia profundidade (catagênese) predominante; temperatura
entre 80 e 130 oC; gradiente geotérmico em torno de 30 oC/km
(E) Bacias sedimentares demargem passiva e demargem ativa, ambas bem
estruturadas; querogênio original do tipos I e III; metagênese predominante;
tempera-tura entre 70 e 100 oC; gradiente geotérmicomenor que 25 oC/km.
13
Introdução aoPetróleo
ExemploPetrobras - Engenheiro de Petróleo - 2012 - 4
Diversos fatores numa bacia sedimentar são essenciais para a ocorrência
de uma acumulação de petróleo. Dentre esses, há os tipos de rochasmatri-
zes, sedimentares e capeadoras, bem como a presença de armadilhas. As
armadilhas se classificam em:
(A) ígnea, sedimentar emetamórfica.
(B) vulcânica, normal e inversa.
(C) anticlival, sinclival e de arasto.
(D) estratigráfica, estrutural e combinada.
(E) angular, paralela e inversa.
Solução:
As armadilhas estruturais, ou trapas possíveis de se encontrar em uma for-
mação são estratigráfica, estrutural, combinada e domos de sal.
Armadilhas estruturais ocorrem em regiões em que a crosta esteve sujeita
a compressão horizontal e formaram-se anticlíneos.
Armadilhas estratigráficas ocorrem em regiões em que a crosta esteve su-
jeita a compressão vertical e ocorreram falhas selantes.
Armadilhas combinadas ocorrem quando temos uma combinação dos dois
tipos anteriores, ou seja, estruturais e estratigráficas.
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Introdução aoPetróleo
Resposta: D
Caiu no concurso!DRM-RJ - Engenheiro de Petróleo - 2011 - 3
Os folhelhos e os evaporitos (sal) são exemplos de classes de rochas selan-
tes que, além da impermeabilidade, são dotadas de uma característica de-
nominada plasticidade. Essa característica se traduz principalmente pela:
(A) Capacidade demanter sua condição selante, mesmo quando submetida
a esforços que geram solidificação das fases dos fluidos presentes em suas
matrizes.
(B) Capacidade demanter sua condição selante, mesmo quando submetida
a esforços que geram cristalização de suas camadas.
15
Introdução aoPetróleo
(C) Capacidade demanter sua condição selante, mesmo quando submetida
a esforços que geram deformações.
(D) Capacidade demanter sua condição selante, mesmo quando submetida
a esforços que geram evaporação dos líquidos presentes em suas camadas.
(E) Capacidade demanter sua condição selante, mesmo quando submetida
a esforços que gerammudanças de fase dos fluidos presentes em suasma-
trizes.
Caiu no concurso!DRM-RJ - Engenheiro de Petróleo - 2011 - 4
Umdos requisitos para a formação de uma jazida de petróleo é a existên-
cia de armadilhas ou trapas, que podem ter diferentes origens, caracterís-
ticas e dimensões. Em relação a essas armadilhas são feitas as armações abaixo:
I. Possuem camadas sedimentares deformadas (dobradas e/ou falhadas) e
diápiros de sal.
II. Não tem relação direta com os esforços atuantes nas bacias sedimenta-
res e são determinadas por interações de fenômenos de caráter paleoge-
ografico.
III. Há situações em que as acumulações de hidrocarbonetos têm controle
estrutural e controle das camadas de rochas.
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Introdução aoPetróleo
A sequência das afirmações acima corresponde às classificações das arma-
dilhas:
(A) Combinadas, estruturais e mistas.
(B) Estruturais, estratigráficas emistas ou combinadas.
(C)Mistas, estratigráficas e combinadas.
(D) Estratigráficas, mistas ou combinas, e estruturais.
(E) Estruturais, mistas ou combinadas, e estratigráficas.
Resposta: B
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Introdução aoPetróleo
Processo deExploração doPetróleo
Exploração
• Descoberta/mapeamento do pe-
tróleo (Geologia/Geofísica)
• Aerofotogrametria
• Sísmica
• Satélite
Poços descobridores (pioneiros)
• Confirmação da presença do pe-
tróleo.
Delimitação
• Perfuração de novos poços para
estimar as dimensões do reserva-
tório
• Desenvolvimento
• Perfuração/completação dos po-
ços que irão colocar o campo em
produção
Produção
• Os poços, perfurados e completa-
dos, são colocados para produzir
Abandono
• Quando não hámais viabilidade
econômica.
Grau API(AmericanPetroleumInstitute)
A densidade de um liquido ou de uma
mistura líquida pode também ser ex-
pressa em graus API (oAPI),que é uma
função hiperbólica da densidade, bas-
tante usada na indústria do petróleo:
oAPI =141, 5
ρ− 131, 5
Ondemanipulando temos
ρ =141, 5
oAPI + 131, 5
Este indicemensura o valor agregado
do óleo, ou seja, quantomais denso for o
18
Introdução aoPetróleo
petróleo, mais difícil será a separação de
seus derivados, aumentando o custo de
operação.
Petróleo leve ou de base Parafínica:
Possui oAPImaior que 31,1. Contém,
além de alcanos, uma porcentagem de
15 a 25% de cicloalcanos.
Petróleomédio ou de base Naftênica:
Possui oAPI entre 22,3 e 31,1. Além de
alcanos, contém também de 25 a 30%
de hidrocarbonetos aromáticos.
Petróleo pesado ou de base Aromática:
Possui oAPImenor que 22,3 e é consti-
tuído, praticamente, só de hidrocarbo-
netos aromáticos.
Petróleo extra-pesado: Possui oAPIme-
nor que 10.
ExemploDRM-RJ - Engenheiro de Petróleo - 2011 - 5
OGrau API é uma escala hidrométrica idealizada pelo American Petroleum
institute - API, juntamente com aNational Bureau of Standard e é utilizada para
medir a densidade relativa de líquidos. Considerando que um óleomodelo
possui grau API igual a 30, pode-se armar que a sua densidade relativa cor-
responde a:
(A) 0,825
19
Introdução aoPetróleo
(B) 0,925
(C) 0,725
(D) 1,025
(E) 0,625
Solução:
Se o grau API deste petróleo é 30, utilizando a seguinte expressão:
ρ =141, 5
oAPI + 131, 5
temos ρ = 0, 825 (densidade relativa)
Resposta: A
Classificação dosgases
Gás Associado: provém de um reservató-
rio produtor de óleo, podendo ele estar
em solução com amassa de óleo ou em
estado livre, formando a denominada
capa de gás. Boa parte do gás é utili-
zada pelo próprio sistema de produção,
podendo ser usada em processos co-
nhecidos como reinjeção e gás lift, com
a finalidade de aumentar a recuperação
de petróleo do reservatório, oumesmo
consumida para geração de energia para
a própria unidade de produção, que nor-
malmente fica em locais isolados. Ex:
Campo de Urucu no Estado do Amazo-
nas.
Gás Não-Associado: provém de um reser-
vatório de gás (sem a presença de óleo
ou em presença de quantidadesmuito
pequenas de óleo. Nesse caso só se jus-
tifica comercialmente produzir o gás.
Ex: Campo de San Alberto na Bolivia.
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Introdução aoPetróleo
Gás Úmido: mistura de hidrocarbonetos
que, embora originalmente na fase ga-
sosa em condições de reservatório, ve-
nha a apresentar a formação de líquidos
em diferentes condições de subsuperfí-
cie ou de superfície.
Gás Seco: mistura de hidrocarbonetos
que permanece inteiramente na fase
gasosa em quaisquer condições de sub-
superfície ou de superfície.
O líquido do gás natural obtido em pro-
cessos convencionais de separação de
campo emantido na fase líquida nas
condições de pressão e temperatura de
separação é denominado condensado.
O condensado é constituído pelos hi-
drocarbonetosmais pesado do gás natu-
ral. Se os hidrocarbonetos permanecem
na fase líquida nas condições atmosféri-
cas, o líquido resultante é denominado
condensado estabilizado.
ExemploPetrobras - Técnico Nível Superior - Exploração e Produção - 2006 - 6
Ogás natural produzido em uma jazida onde é encontrado dissolvido no pe-
tróleo ou em contato direto com o petróleo subjacente, saturado de gás,
denomina-se gás:
(A) Seco
(B) Livre
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Introdução aoPetróleo
(C) Residual
(D) Associado
(E) Não-associado
Solução:
Este gás como está dissolvido no petróleo é denominado gás associado.
Resposta: D
ExemploPetrobras - Eng. de Petróleo Jr. - Engenharia de Petróleo - 2005 - 7
A viscosidade do óleo tem uma forte influência da temperatura, da pressão,
do oAPI, da razão de solubilidade e da densidade do gás dissolvido. Neste
sentido, a viscosidade é:
(A)Menor quando se aumenta a temperatura e a pressão.
(B)Menor quando se aumentam o oAPI e a densidade do gás dissolvido.
(C)Menor quando se aumentam a temperatura e a razão de solubilidade.
(D)Maior quando se aumentam a pressão e o oAPI.
(E)Mairo quantomaior forem o oAPI e a temperatura.
Solução:
Sabemos que a viscosidade é influenciada diretamente pela temperatura
e densidade, quantomaior for a temperatura, mais fácil o liquido tende a es-
correr, então sua viscosidade émenor, assim quantomaior a razão de so-
lubilidade, menor será a densidade do fluido, e menor será sua viscosidade.
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Introdução aoPetróleo
Resposta: C
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