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A Flexibilidade do procedimento arbitral na fase instrutória e o seu controle pela via jurisdicionalRicardo de Paula FeijóPIBIC/CNPqProf. Dr. Eduardo Talamini

IntroduçãoUma das grandes “vantagens’ da arbitragem é a fle-xibilidade do procedimento. Dentro desse tema,buscou-se compreender como o procedimento podeSer flexibilizado e quais os limites para tanto. Adiante,analisou-se a possibilidade do controle jurisdicionalsobre as normas procedimentais que tenham extra-polado esses limites.

MétodoAnalisou-se, precipuamente, fontesBibliográficas sobre o. Ademais,foi necessário o estudo da legislaçãopertinente. Utilizou-se do métododedutivo para alcançar as conclusõessobre o tema.

DiscussãoA discussão analisada foi sobre de que forma o procedimentoarbitral pode ser flexibilizado, em especial na fase instrutória,e se é possível o controle jurisdicional quando as normas flexibili-zadoras estiverem além dos limites existentes.Desse modo, analisou-se o que se entende por flexibilidade do procedimento arbitral. Depois, verificou-se os seus limites. Por fim, adentrou-se à discussão sobre a eventual sindicabilidade dessasregras pelo poder judiciário.

ConclusõesA análise de toda a discussão permitiu concluir que a flexi-bilidade do procedimento arbitral decorre do princípio daautonomia privada. Como o próprio princípio é limitado, aflexibilização do procedimento também possui limites.Os limites são de várias ordens e a sua existência é encontro-versa pela doutrina. Porém, tais limites não são regras. Logo,a existência de regas procedimentais que venham a extrapolartais limites deve ser verificada com base em um conflito de princípios, realizando-se um juízo de proporcionalidade.Ademais, verificou-se que no Brasil foi adotado o sistema decontrole a posteriori da sentença arbitral, via ação autônoma.Logo, o controle jurisdicional sobre as normas procedimentaissó poderá ocorrer após a prolação da sentença, nas hipótesesprevistas no art. 32 da Lei 9.307/1996.

ReferênciasCARMONA, Carlos Alberto. Flexibilização do proce-dimento arbitral. Revista Brasileira de arbitragem,Porto Alegre, n.24, out./dez. 2009.MONTORO, Marcos André Franco. Flexibilidade do Procedimento arbitral.Tese (doutorado em direitoProcessual civil), Faculdade de Direito – USP, 2010.

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