Download - Introdução ao Barroco
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Introdução ao Barroco
Cultismo e conceptismo
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Lisboa, 1640
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Traços do Barroco
REFORMA
• Livre interpretação bíblica
• Moralização da Igreja
• Hagioclastia
CONTRA-REFORMA
• combate às heresias
• purificação católica
• catequese
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Renascença e Barroco
Nascimento de Vênus Martírio de S. Mateus
Barroco :
• Desequilíbrio: deslocamento central, desequilíbrio de figuras
• Hermetismo : claridade relativa, indefinição de contornos
• Tensão : intranqüilidade de movimentos
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O Barroco em Portugal
Pe. Manuel Bernardes SermõesPe. António Vieira SermõesSóror Violante do CéuRimas, Fênix RenascidaFrancisco Rodrigues Lobo Fênix RenascidaSóror Mariana Alcoforado Cartas Portuguesas
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Sóror Mariana Alcoforado
Cartas PortuguesasPrimeira mulher autora
Antecipação romântica• Poesia em prosa• Subjetivismo
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Cartas Portuguesas
E como é possível que com tanto Amor eu não tenha podido fazer-te completamente venturoso?
Lamento, por Amor de ti somente, as deleitações infinitas que perdeste...
Por que fatalidade não quiseste desfrutá-las?...
Ah! se as conhecesses, acharias sem dúvida que são mais sensíveis do que a satisfação de me ter seduzido, e terias experimentado que somos mais felizes, e sentimos qualquer coisa de mais fino mimo em amar ardentemente, do que em ser amados.
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Fênix Renascida
Características estéticas
• academicismo• imitação clássica e gongorismo• cultismo: figuras
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Sóror Violante do Céu
Será brando o rigor, firme a mudança, Humilde a presunção, vária a firmeza,
Fraco o valor, cobarde a fortaleza, Triste o prazer, discreta a confiança;
Terá a ingratidão firme lembrança, Será rude o saber, sábia a rudeza, Lhana a ficção, sofística a lhaneza,
Áspero o a mor, benigna a esquivança;
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Sóror Violante do Céu
Será merecimento a indignidade, Defeito a perfeição, culpa a defensa,
Intrépito o temor, dura a piedade,
Delito a obrigação, favor a ofensa, Verdadeira a traição, falsa a verdade, Antes que vosso amor meu peito vença.
Fênix Renascida
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Rodrigues Lobo
Fermoso Tejo meu, quão diferenteTe vejo e vi, me vês agora e viste:Turvo te vejo a ti, tu a mim triste,
Claro te vi eu já, tu a mim contente.
A ti foi-te trocando a grossa enchenteA quem teu largo campo não resiste;
A mim trocou-me vista em que consisteO meu viver contente ou descontente!
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Rodrigues Lobo
Já que somos no mal participantes,Sejamo-lo no bem. Oh, quem me deraQue fôramos em tudo semelhantes!
Mas lá virá a fresca Primavera:Tu tornarás a ser quem eras dantes,Eu não sei se serei quem dantes era.
Fênix Renascida
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O Barroco no Brasil
Bento Teixeira ProsopopéiaManuel Botelho de Oliveira Música do ParnasoGregório de Matos Guerra PoesiasFrei M. Sta. Maria ItaparicaDescrição da Ilha de Itaparica
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Bento Teixeira
Prosopopéia (1601)Primeiro texto brasileiro
• Imitação camoniana• Poema laudatório• Pretensões regionais
Pera a parte do Sul, onde a pequena
Ursa se vê de guardas rodeada,
Onde o Ceo luminoso mais serena
Tem sua influïção, e temperada;
Junto da Nova Lusitânia ordena
A natureza, mãe bem atentada,
Um porto tão quieto e tão seguro,
Que pera as curvas Naus serve de muro.
Prosopopéia, XVIII
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Manuel Botelho de Oliveira
Os pobres pescadores em saveiros,
em canoas ligeiros,
fazem com tanto abalo
do trabalho marítimo regalo;
uns as redes estendem,
e vários peixes por pequenos prendem;
que até nos peixes com verdade pura
ser pequeno no Mundo é desventura:
À Ilha de Maré
• imitação clássica
• conceptismo : o gosto das comparações filosóficas, o jogo de idéias
• nativismo : cor local
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Música do Parnaso
outros no anzol fiados têm
aos míseros peixes enganados,
que sempre da vil isca cobiçosos
perdem a própria vida por gulosos.
À Ilha de Maré