INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES
INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES
Estudo das interações mais comuns
Relações entre nutrientes na análise foliar
Interação é a influência de um nutriente sobre o outro relativa ao crescimento das plantas;
é a resposta diferencial de um nutriente em combinação com várias doses de um segundo
nutriente aplicado simultaneamente (Olsen, 1972).
Em que sistema de produção o conhecimento das interações
entre nutrientes são importantes??
As interações entre nutrientes são de natureza complexa e
seus efeitos refletem na composição química das
plantas
Os efeitos da interação variam em razão:
proporção dos nutrientes; espécie/cv.; estádio desenvolvimento.
INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES
Interações entre nutrientes
Afetar os processos de
absorção, transporte,
redistribuição e metabolismos
Eficiência da adubação
Produção
Ajustes na adubação
Aplicando-se o nutriente limitante ou usando
fertilizantes combinados: “N-P”, “N-K”
Conhecimento
Elem. Efeito no teor do elemento de
Aplic. N P K Ca Mg S B Cl Cu Fe Mn Mo Zn
N + - + - -P + - + - - - + -K + - -Ca - + - -Mg + - - + - -S - + - -B + -Cl - + +Cu + - - - -Fe - + -Mn - - + -Mo - +Zn - +
INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES
Tipos de interações:
Antagonismo
Inibição
Sinergismo
INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES
Tipos de interações:
AntagonismoA presença de um elemento diminui a absorção de M, cuja toxidez é assim evitada: o Ca2+ impede a absorção exagerada de Cu2+
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Inibição
Consiste na diminuição da absorção de M provocada pela presença de um outro íon.
Temos 2 tipos: competitiva e não competitiva
Tipos de interações
INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES
Inibição
Tipos de interações
Inibição competitiva ocorre quando dois elementos competem pelo mesmo sítio do carregador, diminuindo a absorção do nutriente que está em menor concentração;Exemplo: Zn e Ca
Inibição não competitiva ocorre quando a ligação se faz em sítios diferentes, como uma redução efetiva da Vmáx.Exemplo: K e Mg
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Tipos de interações
Sinergismo:A presença de um dado elemento aumenta a absorção de M:
o Ca2+, em concentrações não muito elevadas, aumenta a absorção de cátions e de ânions por seu papel na manuntenção da integridade da plasmalema, o que tem conseqüência na prática da adubação.
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Tipos de interações
Efeitos não interativos
Ocorrem em função:
Efeito diluição: plantas sob deficência recebe o nutriente => > taxa de crescimento
Efeito concentração: plantas sob estresse como frio/déficit hídrico => < taxa de crescimento
Pesquisas sobre as principais interações
INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES
INTERAÇÕES DE N e K
A interação N K obedece a lei do mínimo, pois quando o N é aplicado em quantidade suficiente para haver elevação da produção, essa passa a ser limitada pelos baixos teores de K aplicado.
INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES
INTERAÇÕES DE N e K
INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES
INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES
Uma explicação do efeito positivo da interação
N K na produção:
> eficiência de utilização do N na presença do K
K2O Produção N-eficiência N-total absorvido
kg/ha t/ha kg milho/100 kg N kg/ha
0 8,4 4872 194
67 8,8 5208 204
134 10,4 6160 240
INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES
A relação N K adequada, além do aumento da produção pode trazer outros benefícios:
1- Reduz o acamamento no milho
K2O (kg/ha) N (kg/ha)
0 90 180
Acamamento, %
0 9 57 59
75 4 3 8
150 4 (3,7 t/ha) 4(7,7 t/ha) 4 (8,1 t/ha)
INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES
2- Aumenta a qualidade de grãos (Proteína)
Uma possível explicação para as culturas com alto teor de proteína necessitarem (e exportarem) grande quantidade de K através dos grãos seria o envolvimento do K no transporte do N para a síntese protéica.
Semente K+ Proteína bruta
g/kg
Soja 18 380
Feijão 14 253
Milho 3,3 90
Obs: teor de K x teor proteína: r=0,98
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INTERAÇÕES N e P
Estudos tem indicado os efeitos positivos do N especialmente na forma amoniacal que provocam maiores aumentos na absorção do P.
INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES
INTERAÇÕES N e P
Este fato pode ser explicado por 2 teses:
do P disponível do solo: a absorção do N na forma amoniacal diminui o pH da rizosfera, que por sua vez pode aumentar a disponibilidade de P.
do transporte de P na planta: Tem-se um aumento da absorção e translocação do P na planta, visto que o amônio aumenta a taxa de dissociação do complexo fosfato-carregador no xilema, aumentando as concentrações de P na parte aérea.
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INTERAÇÕES DE N e P: Tese da queda do pH
Comportamento do pH da solução externa qdo o sorgo foi suprido exclusivamente ou combinado (amônio e nitrato) (N-total=300 mg/L)
pH
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INTERAÇÕES DE N e P
A influencia do N na absorção de P ocorre mesmo em solo com alto teor de P, onde a
adubação fosfatada não teria efeito na produção da planta.
Dose de N (kg/ha)
P na matéria seca (%)
Produção de grãos (t/ha)
0 0,22 3,7
60 0,27 5,3
120 0,30 6,4
INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES
INTERAÇÕES DE N e P
Relação entre produção de grãos de milho e o produto de N e P (NXP) contidos no tecido foliar (Sumner & Farina, 1986).
Dose de N, lb/ADose de P2O5 ,lb/A
Pro
duçã
o, b
u/A
11055
00
2040
0
10
20
30
40
50
60
70
Grant et al., 1985; Grant et al., 1986
64.8
54.8
47.946.7
42.341.7
20.4
17.0
14.6
INTERAÇÕES DE N e P
Efeito da aplicação de N e P na produção do trigo
$0.22$0.27
$0.32$3.00
$4.00$5.000.00
1.002.003.00
4.005.00
6.00
7.00
8.00
9.00
P2O5 Preço, $/lb
Preço
do
trigo
, $/b
u
Re
torn
o lí
qui
do
da
a
dub
açã
o, $
/ARetorno econômico
$8.60
$6.82
$5.60
$6.68
$5.26
$4.28$4.76
$3.69
$2.96
110 lb N/A40 lb P2O5/A
110 lb N/A40 lb P2O5/A
Grant et al., 1985; Grant et al., 1986 Can. J. Soil Sci. 64:293-296
Schlegel et al., 1996
60
80
100
120
140
160
180
200
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
N aplicado, lb/A
Pro
du
ção
, b
u/A
com P
sem P
Efeito da aplicação de nitrogênio, sem e com a presença de fósforo anual (40 lb P2O5/A), sobre a produção da cultura do milho (média de 30 anos)
INTERAÇÕES DE N e P
INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES
INTERAÇÕES DE N e S
Como já visto, o N e o S são nutrientes básicos p/ síntese de proteínas, e um suprimento inadequado de um desses nutrientes, acarreta desbalanceamento, e resultará em prejuízos do produto colhido, além da produção.
Isto pode ocorrer com doses pesadas de N sem a aplicação de S.
Dados informam que a máxima produção de M.S. de milho foi obtida qdo a relação N/S no tecido era ~ 11 (Stewart & Porter, 1969).
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INTERAÇÕES DE N e S
Produção de matéria seca e distribuição de N na parte aérea de plantas de milho, aos 35 dias após
a germinação, em função de doses de S.
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INTERAÇÕES DE N e S
Efeito da relação N/S na produção de matéria seca da parte aérea de “rygrass’ (Jones et al., 1972)
0
20
40
60
80
100
120
0 20 40 60 80
Relação N/S
Pro
du
ção
re
lativ
a, %
INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES
INTERAÇÕES K, Ca, Mg
K => Ca e Mg => produção.
A absorção preferencial de K é devido ser íon monovalente com menor grau de hidratação
comparado aos divalentes.
INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES
INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES
INTERAÇÕES K e Ca
Efeito da relação K/Ca nas folhas do Eucalipto sobre a produtividade (Lençóis Paulista)
Burmester et al., 1991 (AL)
0
0,1
0,2
0,3
0 150 300 450 600
INTERAÇÕES K e Mg
Efeito da aplicação de potássio no teor foliar de Mg da alfafa
INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES
INTERAÇÕES P e Zn
É comum associar a deficiência de Zn:
altos níveis de P no solo
A explicação seria:
A interação P/Zn na raiz e/ou nos vasos condutores, reduzindo a translocação de Zn para a parte aérea, ou ainda uma desordem metabólica causada pela desbalanceamento entre os dois nutrientes.
INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES
Produção de milho em função das relações P/Zn no tecido foliar. O tamanho dos círculos indicam a deficiência de Zn.
Aumento do teor de P do solo
INTERAÇÕES Mg x Mn-Zn
Mg Zn Mn mmol L-1 % redução na absorção 0 - 3,0 63 32 6,0 72 60
Tabela 92. Absorção de 65Zn e 54Mn por raízes destacadas de soja (média quatro cultivares) sob doses crescentes de Mg.
INTERAÇÕES S e Mo
Ânion-Sulfato => Ânion-Molibdato
Consequencia:
Metabolismo do N => Deficiencia de N
INTERAÇÕES P x B
P => Metabolismo de B
desordem nutricional em B
INTERAÇÕES ENTRE NUTRIENTES
Relação Faixas Rel. Faixas
N/P 16-18 P/Cu 125-187
N/K 1,3-1,4 P/Zn 125-187
N/S 16-18 Ca/Mg 66-75
K/Ca 1,7-2,1 B/Zn 5,0-7,3
K/Mg 6,1-6,6 Cu/Zn 1
N/B 400-457 Fe/Mn 0,73-0,85
N/Cu 2000-3375
Relações entre nutrientes foliares considerados adequados para o cafeeiro1 (Malavolta, 1996).