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Inovação nas zonas de montanha A inovação é uma das princi-pais prioridades para a Europa no novo período de programa-ção. As cadeias de fornecimen-to das zonas de montanha ocupam um lugar de destaque na elaboração da nova agenda em inovação. A inovação con-

nua nas cadeias de abasteci-mento alimentar pode ser pos-ta em prá ca de várias formas: novas prá cas agrícolas para melhorar a compe vidade e/ou a sustentabilidade, novos produtos, novos processos, novos serviços, novas formas de organização…

O desenvolvimento de produ-tos específicos de alta qualida-de através da inovação é uma forma de compensar falhas, inves r em novos setores e mercados e manter a prosperi-dade da economia das zonas de montanha.

Instrumentos polí cos

A nova Polí ca Agrícola Comum (PAC) disponibiliza várias medidas de apoio à inovação nos sistemas de produção das zonas de montanha, especialmente no que diz respeito à alimentação e às cadeias de abastecimento de madeira:

Os Grupos Operacionais financiados ao abrigo da polí ca de desenvolvi-mento rural serão um instrumento importante na aplicação de inovação a muitas questões rurais, especialmente o Art.º 35 sobre Cooperação do FEADER (Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural).

As medidas de inves mento do FEADER, tal como os Art.º 17 (Inves mentos em a vos sicos), Art.º 45 (Inves mentos), Art.º 46 (Inves mento em irrigação), poderão ajudar os agricultores e produtores das zonas de montanha a renovar os seus a vos e a seguir em frente.

Além disso, as candidaturas do programa Horizon 2020 ao Desafio Societal 2 “Segurança Alimentar Sustentável e Bioeconomia Inovadora, Sustentável e In-clusiva” promovem várias oportunidades para projetos de inves gação e inova-ção para a agricultura de montanha.

Além da PAC, existem outras inicia vas locais e regionais de apoio à inovação nas cadeias de abastecimento implementadas por diversos agentes, começan-do com os próprios agentes da cadeia de abastecimento.

Cofinanciado pela Direcção-Geral da Agricultura e do Desenvolvimento Rural da União Europeia

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INOVAÇÃO

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Agricultura inovadora: Produtos "Frescos e prontos a consumir" na região de Úmbria

Contexto

No sen do de abordar a necessidade de soluções inovadoras para a luta pela sobrevivência das explorações regionais num ambiente de mercado cada vez mais compe vo foi cons -tuído em Úmbria (Itália) um consór-cio composto pela 3A Parque de Tec-nologia Agro-alimentar (3A Parco Tecnologico Agroalimentare dell’Um-bria – centro de inves gação e inova-ção no setor agro-alimentar – parcei-ro líder), pela Universidade de Tuscia, pela Novamont SpA (empresa líder mundial em produção bioplás ca), pela Analysis srl e três explorações agrícolas (Azienda Agricola Luca Trep-paoli, Azienda Agraria Il Poggiolo, Azienda Agraria Pizzi Giorgiomaria).

Resultados

Graças ao projeto, os agricultores:

diversificaram a sua produção;

introduziram novos produtos de qualidade;

encontraram novas oportunida-des de mercado;

aumentaram o lucro proveniente das a vidades agrícolas.

Além disso, eles tornaram-se parte da cadeia de abastecimento curta regio-nal, aumentaram as suas competên-cias, melhoraram as suas prá cas agrícolas e contribuíram para a disse-minação de inovação.

A cooperação entre os empreendedo-res, a universidade e o “distrito tecno-lógico” criaram uma plataforma no âmbito de um comportamento em-presarial intera vo e inovador.

Além do mais, ao par cipar neste projeto de cooperação, os agriculto-res estabeleceram uma boa relação com os parceiros de inves gação, a qual ainda se mantém.

Aspeto inovador

Abordagem ascendente: A inves -gação foi feita com base nas neces-sidades iden ficadas pelos agricul-tores e no seu envolvimento logo desde o início do projeto.

Projeto

O obje vo do projeto era melhorar a viabilidade das explorações agrícolas através da:

Diversificação das principais a vi-dades das explorações agrícolas com o obje vo de começarem a produzir frutos e vegetais “frescos e prontos a consumir”;

Criação de novas oportunidades de mercado, especialmente direci-onadas para grandes supermerca-dos;

Introdução de soluções de emba-lagem inovadoras mais “amigas do ambiente”.

Os processos inovadores eram especi-almente direcionados para a conser-vação da frescura dos alimentos por mais tempo, aumentando assim o seu “prazo de validade”, e para o desen-volvimento de soluções de embala-mento do produto mais amigas do ambiente. Foi feito um esforço adicio-nal para encontrar novos mercados para estes produtos, especialmente no âmbito dos grandes supermerca-dos.

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Projeto inovador com vários in-tervenientes recupera zona vi-nícola na Galiza

Contexto

Uma zona vinícola da Galiza (Espanha) estava quase a desapare-cer devido às dificuldades relaciona-das com a rentabilidade e a falta de reconhecimento das castas de uvas locais. Em 2006, o Grupo de Ação Local (GAL) iniciou um processo de reflexão no sen do de encontrar soluções para melhorar as perspe -vas de futuro da zona vinícola.

Houve várias partes interessadas que se reuniram para analisar a situ-ação. Como resultado, uma funda-ção privada sediada na área ofere-ceu-se para financiar uma ação ino-vadora para ajudar o sector vinícola na região. O projeto foi lançado pelo Consejo Superior de Inves gaciones Cien ficas (CSIC), 8 agricultores, 3 organizações de consultoria, a GAL e o governo galego.

Projeto

Como é muitas vezes o caso, os pre-conceitos precisam de ser postos de parte para que o projeto seja um sucesso. Felizmente, todos os desafi-os podem ser ultrapassados com “inteligência emocional”.

As soluções acordadas veram como base o pagamento de uma renda aos agricultores por cada vinha usada no projeto, as despesas de manutenção pagas pela Fundação e uma proposta dos inves gadores para se contratar um técnico para ficar responsável por todas as vinhas.

Quatro anos mais tarde, o grupo de inves gação concluiu o estudo feito sobre as diferentes castas de videiras.

Eles iden ficaram as zonas vinícolas mais adequadas e foi escolhida a casta mais apropriada para a produ-ção de vinho de alta qualidade nesta área da Galiza.

Resultados

Os resultados levaram à inclusão de duas castas na Lista Oficial Espanhola de Variedades de Castas. Ao mesmo tempo o projeto conseguiu a legaliza-ção das vinhas e a comercialização dos vinhos.

Os agricultores aprenderam novas técnicas para aumentar a qualidade do vinho e estão conscientes e orgu-lhosos da qualidade e exclusividade dos seus vinhos. Foram construídas novas adegas. Além disso, vai ser criado uma marca de qualidade para estes vinhos e uma rota turís ca rela-cionada com a região.

Aspetos inovadores

- Abordagem mul -intervenientes: fazer com que todas as partes interessadas tra-balhassem em conjunto desde o início foi especialmente impor-tante para o sucesso do projeto.

- Uso da inteligência emocional para combater as diferenças en-tre os intervenientes e para esta-belecer uma cooperação dura-doura.

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Inteligência emocional A inteligência emocional é a capa-cidade de monitorização das pró-prias emoções e das emoções das outras pessoas para dis nguir dife-rentes emoções, catalogá-las cor-retamente e usar a informação emocional para orientar o pensa-mento e o comportamento. Ao aplicarmos este conceito, ouvindo corretamente as necessidades e as preocupações dos intervenientes, é possível reconciliar as diferentes abordagens e perceções do pro-jeto.

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Contexto Este projeto foi criado com base numa observação: as indústrias bio-lógicas e de montanha apresentam falta de dinamismo na região de Brioude (Haute Loire, Auvergne, França). Além disso, os criadores da região têm um matadouro em Briou-de que está superlotado e, ainda mais relevante, não possuem instru-mentos de transformação. Um grupo de cinco criadores teve a ideia de construir uma sala de des-mancha e transformação para re-descobrir as suas competências na transformação e promoção dos seus produtos, para rar par do de equi-pamento de alto desempenho e para diversificar e revitalizar as suas indústrias através da promoção do seu papel na região local. O projeto Os criadores depararam-se com uma série de dificuldades quando tenta-ram encontrar um local para a cons-trução da Sala. O primeiro passo durou dois anos.

A Sala foi construída por uma em-presa local com o apoio da indústria da madeira da região.

A sala de desmancha e transforma-ção está operacional desde janeiro de 2014.

Aspetos inovadores - É um sistema benéfico tanto para os consumidores como para os criadores pelo facto de elimina-rem os intermediários. - A criação de empregos de longa duração promove tanto a produ-ção regional como a das zonas de montanha. - O projeto também permi u aos criadores com mais experiência envolvidos no projeto passar com sucesso o seu conhecimento à nova geração.

Os conteúdos desta ficha informa va são da única responsabilidade da Euromontana e não refletem as perspe vas da União Europeia.

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Apoio à produção local: Sala de desmancha e transforma-ção em Brioude

A loja propriamente dita abriu em setembro de 2014 e até à sua aber-tura os produtos produzidos nesta Sala foram vendidos pelos próprios criadores através da AMAP (Associação para a Preservação da Agricultura Local) e outras cadeias de abastecimento curtas. Em julho de 2014 estes cinco cria-dores entraram também em acordo com uma loja de produtores em Paris.

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Resultados Em junho de 2014 a Sala recebeu auto-rização europeia para transformar pro-dução externa. Este acordo significa que os cinco criadores podem agora oferecer aos seus clientes o serviço de desmancha e transformação para os produtos cozinhados sob a condição de os produtos u lizados serem bioló-gicos. A médio prazo a Sala tem como obje -vo a contratação de um açougueiro, de um distribuidor e de um assistente administra vo e a criação de empregos agrícolas.

Os cinco criadores também têm a in-tenção de inves r no abastecimento da maior parte da indústria da restaura-ção em Brioude em 2015.

Resumindo, o cole vo pretende expan-dir-se nos próximos anos e espera que o sucesso da sua inicia va inspire ou-tros a juntarem-se a eles.


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