Thesis - Engenharia e Construções Ltda Rua Dr. Carlos de Camargo Salles, 212 – Jd. Lutfalla – São Carlos– S – CEP: 13560-550- Fone/Fax:(16) 3413-6586 e-mail:
INDICE GERAL
1. CARACTERIZAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA ........................................................5
2. USO DOS RECURSOS HÍDRICOS ............................................................................... 12
Água Superficial .......................................................................................................... 13
Água Subterrânea ....................................................................................................... 16
3. DISPONIBILIDADE DE RECURSOS HÍDRICOS .......................................................... 18
Estimativa da disponibilidade hídrica natural através do Método da “Regionalização Hidrológica” .................................................................................... 18
Disponibilidade Hídrica Real nas Bacias PCJ – Sistema Cantareira ....................... 19
3.1.1 Metodologia ........................................................................................... 22
3.1.2 Cálculo da disponibilidade hídrica na Bacia do Rio Jaguari e Rio Atibaia .................................................................................................... 24
3.1.3 Transposições de Bacias ....................................................................... 25
3.1.4 Resumo da disponibilidade Hídrica real nas Bacias PCJ ....................... 25
Subterrânea ................................................................................................................. 29
4. BALANÇO ENTRE DISPONIBILIDADE E DEMANDA ................................................. 36
5. EVENTOS CRÍTICOS QUANTITATIVOS E QUALITATIVOS ....................................... 40
6. INSTRUMENTOS DE GESTÃO .................................................................................... 42
Balanço sobre a cobrança do uso de recursos hídricos federal e paulista ............ 42
Perfil dos usos dos Recursos Hídricos ..................................................................... 43
Situação do Cadastro dos Recursos Hídricos .......................................................... 44
Situação dos instrumentos de gestão ....................................................................... 45
Investimentos na bacia PCJ ....................................................................................... 45
7. SUBSÍDIOS PARA AÇÕES DE REGULAÇÃO ............................................................. 53
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INDICE DE FIGURAS
Figura 1.1. Municípios das Bacias PCJ (IRRIGART, 2007). ................................................... 11
Figura 2.1. Vazões captadas nas Bacias PCJ. ....................................................................... 13
Figura 2.2. Vazões captadas por tipo de uso nas Bacias PCJ. .............................................. 14
Figura 2.3. Demanda de água na bacia do Rio Piracicaba, dividida por tipo de uso. ............. 14
Figura 2.4. Demanda de água nas Bacias PCJ, dividida por tipo de uso. .............................. 15
Figura 2.5. Vazões explotadas por Aqüíferos nas Bacias PCJ (m3/s). ................................... 17
Figura 2.6. Vazões explotadas por Aqüíferos nas Bacias PCJ (%). ....................................... 17
Figura 3.1. Fluxograma simplificado do Sistema Cantareira (Relatório Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico). .................................................................................................. 19
Figura 3.2. Características físicas dos reservatórios Atibainha, Cachoeira e Jaguari-Jacareí (SABESP, 2004). ................................................................................................................... 20
Figura 3.3. Volume útil máximo no ano de 2008 nos reservatórios do Sistema Cantareira. ... 21
Figura 3.4. Vazões descarregadas na Bacia do Jaguari e do Atibaia. .................................... 24
Figura 3.5. Comparativo das disponibilidades hídricas das Sub-Bacias do Rio Atibaia e do Rio Jaguari no RS 02/03, RS 04/06, RS 2007 e RS2008. ...................................................... 27
Figura 3.6. Tipos de reserva de água subterrânea (SIGRH, 2001). ....................................... 29
Figura 3.7. Métodos de estimativa de reserva explotável e disponibilidade hídrica subterrânea (CONEJO LOPES, 1994, e DAEE, 1999 citados em SIGRH, 2001). .................. 30
Figura 3.8. Área aflorante das unidades aqüíferas das Bacias PCJ (%). ............................... 34
Figura 3.9. Disponibilidade hídrica subterrânea, em %. ......................................................... 34
Figura 3.10. Disponibilidade hídrica subterrânea, em m3/s, por Aqüífero. ............................. 34
Figura 3.11. Disponibilidade hídrica subterrânea, em m3/s por Sub-Bacia............................. 35
Figura 4.1. Balanço hídrico na Bacia do Rio Piracicaba. ........................................................ 37
Figura 4.2. Balanço hídrico nas Bacias PCJ. ......................................................................... 37
Figura 4.3. Comparativo uso x saldo nas Bacias PCJ. ........................................................... 38
Figura 4.4. Comparativo dos valores de disponibilidade e saldo nas Bacias PCJ. ................. 39
Figura 6.1. Arrecadação da Cobrança do uso da água. ......................................................... 43
Figura 6.2. Pontos de captação e lançamentos levantados no cadastro de usuários. ............ 45
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INDICE DE QUADROS
Quadro 1.1. Áreas das Sub-Bacias do Rio Piracicaba (SP e MG). ........................................... 6
Quadro 1.2. Áreas das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. .................................. 6
Quadro 1.3. Relação de municípios pertencentes aos Comitês PCJ. ...................................... 7
Quadro 1.4. Relação de municípios pertencentes a outros Comitês com área nas Bacias PCJ. ......................................................................................................................................... 9
Quadro 1.5. Localização dos municípios em função das Sub-Bacias Hidrográficas. ................ 9
Quadro 2.1. Vazões utilizadas divididas por uso e por Sub-Bacia. ......................................... 13
Quadro 2.2. Utilização de águas subterrâneas nas Bacias PCJ (m3/s). ................................. 16
Quadro 3.1. Vazões totais para as Sub-Bacias do Rio Piracicaba. ........................................ 18
Quadro 3.2. Vazões totais para as Bacias PCJ. ..................................................................... 19
Quadro 3.3. Volume útil máximo no ano de 2008 nos reservatórios do Sistema Cantareira. . 20
Quadro 3.4. Vazões de afluência revertidas para a RMSP e descarregadas na Bacia do Rio Jaguari e do Rio Atibaia. ........................................................................................................ 23
Quadro 3.5. Disponibilidades hídricas para o Cenário 1......................................................... 25
Quadro 3.6. Disponibilidades hídricas para o Cenário 2......................................................... 25
Quadro 3.7. Disponibilidade hídrica para as Bacias PCJ no período Jul-08 a Nov-08. ...... 26
Quadro 3.8. Comparativo das disponibilidades hídricas. ........................................................ 26
Quadro 3.9. Síntese dos valores utilizados no cálculo da disponibilidade hídrica natural das Bacias PCJ. ........................................................................................................................... 28
Quadro 3.10. Dados obtidos por regionalização hidrológica e utilizados na estimativa de disponibilidade hídrica subterrânea. ....................................................................................... 31
Quadro 3.11. Área de afloramento dos principais aquíferos associados às unidades geológicas nas Bacias PCJ, em km2. .................................................................................... 32
Quadro 3.12. Área de afloramento dos principais aqüíferos associados às unidades geológicas nas Bacias PCJ, em % de área. ........................................................................... 32
Quadro 3.13. Vazão disponível nos principais aquíferos associados às unidades geológicas nas Bacias PCJ, em m3/s. ..................................................................................................... 33
Quadro 3.14. Vazão disponível nos principais aquíferos associados às unidades geológicas nas Bacias PCJ, em % de vazão. .......................................................................................... 33
Quadro 4.1. Dados de disponibilidade x demanda. ................................................................ 36
Quadro 4.2. Comparativo dos valores de disponibilidade, captações, lançamentos e saldo (m3/s). Fonte: IRRIGART (2007) e atualizações. ................................................................... 39
Quadro 6.1. Vazões utilizadas divididas por uso e por sub-bacia. .......................................... 43
Quadro 6.2. Indicações dos Comitês PCJ para contratações com recursos do FEHIDRO – exercício 2008 – GRUPO 1 .................................................................................................... 47
Quadro 6.3. Indicações dos Comitês PCJ para contratações com recursos do FEHIDRO – exercício 2008 – GRUPO 2 .................................................................................................... 47
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Quadro 6.4. Indicações dos Comitês PCJ para contratações com recursos do FEHIDRO – exercício 2008 – Empreendimentos suplentes 2006 e 2007. ................................................. 48
Quadro 6.5. Indicações dos Comitês PCJ para contratações com recursos da cobrança Federal – exercício 2008 – Empreendimento de Caráter Regional. ....................................... 49
Quadro 6.6 Indicações dos Comitês PCJ para contratações com recursos da cobrança Federal – exercício 2008 – GRUPO 1. ................................................................................... 49
Quadro 6.7 Indicações dos Comitês PCJ para contratações com recursos da cobrança Federal – exercício 2008 – GRUPO 2. ................................................................................... 50
Quadro 6.8 Indicações dos Comitês PCJ para contratações com recursos da cobrança Federal – exercício 2008 – Empreendimentos Suplentes 2006 e 2007. ................................. 50
Quadro 6.9 Indicações dos Comitês PCJ para contratações com recursos da cobrança PCJ Paulista – exercício 2008 – GRUPO 1 ................................................................................... 51
Quadro 6.10 Indicações dos Comitês PCJ para contratações com recursos da cobrança PCJ Paulista – exercício 2008 – GRUPO 2 ................................................................................... 52
Quadro 6.11. Indicações dos Comitês PCJ para contratações com recursos da cobrança PCJ Paulista – exercício 2008 – Empreendimentos Suplentes 2006 e 2007. ......................... 53
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1. CARACTERIZAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA
A área de abrangência dos estudos compreende a porção territorial pertencente às Bacias PCJ. Este recorte espacial possui área de 15.303,67 km2, sendo 92,6% no Estado de São Paulo e 7,4% no Estado de Minas Gerais (MG). Situa-se entre os meridianos 46° e 49° O e latitudes 22° e 23,5° S, apresentando extensão aproximada de 300 km no sentido Leste-Oeste e 100 km no sentido Norte-Sul. No Estado de São Paulo, as Bacias PCJ, todas afluentes do Rio Tietê, estende-se por 14.137,79 km2, sendo 11.402,84 km2 correspondentes à Bacia do Rio Piracicaba, 1.620,92 km2 à Bacia do Rio Capivari e 1.114,03 km2 à Bacia do Rio Jundiaí. A Bacia do Rio Piracicaba apresenta um desnível topográfico de cerca de 1.400 m em uma extensão da ordem de 370 km, desde suas cabeceiras na Serra da Mantiqueira, em MG, até sua foz no Rio Tietê. Na Bacia do Rio Capivari, o desnível topográfico é pequeno, não ultrapassando 250 m em um percurso de 180 km, desde as suas nascentes na Serra do Jardim. O Rio Jundiaí, com suas nascentes a 1.000 m de altitude na Serra da Pedra Vermelha (Mairiporã), apresenta desnível topográfico total em torno de 500 m, em uma extensão aproximada de 110 km (CETEC, 2000). Os principais acessos à área de estudo são as Rodovias dos Bandeirantes (SP-348), Anhangüera (SP-303), Santos Dumont (SP-75), Dom Pedro I (SP-65) e Fernão Dias (BR-381). A região conta, ainda, com a linha-tronco da FERROBAN e o aeroporto internacional de Viracopos no município de Campinas, que vem passando por modificações significativas para acompanhar o forte crescimento econômico da região. A UGRHI-5 (porção paulista das Bacias PCJ) faz divisa ao norte com a UGRHI-9 (Mogi-Guaçu), a leste com MG, a sudeste com a UGRHI-2 (Paraíba do Sul), ao sul com a UGRHI-6 (Alto Tietê), a oeste/sudoeste com a UGRHI-10 (Sorocaba - Médio Tietê) e a noroeste com a UGRHI-13 (Tietê - Jacareí). Em termos hidrográficos, há sete unidades (Sub-Bacias) principais, sendo cinco pertencentes ao Piracicaba (Piracicaba, Corumbataí, Jaguari, Camanducaia e Atibaia), além do Capivari e Jundiaí. As áreas de drenagem das Sub-Bacias do Piracicaba são apresentadas no Quadro 1.1. A área das Bacias PCJ é apresentada no Quadro 1.2.
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Quadro 1.1. Áreas das Sub-Bacias do Rio Piracicaba (SP e MG).
Sub-Bacias Área – SP (km2)
Área – MG (km2)
Área total (km2) (%)
Área no Sistema Cantareira
km2 (%)
Camanducaia 870,68 159,32 1.030,00 8,2 - -
Jaguari 2.323,42 966,58 3.290,00 26,2 1.252,00 9,9
Atibaia 2.828,76 39,98 2.868,74 22,8 715,00 5,7
Corumbataí 1.679,19 - 1.679,19 13,4 - -
Piracicaba 3.700,79 - 3.700,79 29,4 - -
Total Piracicaba
11.402,84 1.165,88 12.568,72 100,0 1.967,00 15,6
FONTE: IRRIGART (2005), Outorga Sistema Cantareira (2004).
Quadro 1.2. Áreas das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
Bacias Área – SP (km2) Área – MG (km2) Área total (km2) Área total (%)
Piracicaba 11.402,84 1.165,88 12.568,72 82,1
Capivari 1.620,92 - 1.620,92 10,6
Jundiaí 1.114,03 - 1.114,03 7,3
Total PCJ 14.137,79 1.165,88 15.303,67 100,0
FONTE: IRRIGART (2005).
No Estado de Minas Gerais, a área de projeto corresponde principalmente a uma parcela da Bacia do Rio Jaguari, um dos formadores do Rio Piracicaba. O Quadro 1.3 apresenta os municípios pertencentes aos Comitês PCJ. O Quadro 1.4 apresenta os municípios pertencentes a outros Comitês, mas com área parcial contida nas Bacias PCJ. De acordo com o Relatório de Situação de 1999, denominado “Relatório Zero”, os municípios paulistas pertencentes ao Comitê1 PCJ totalizavam 58. Já no Relatório de Situação 2002 a 2003 o número se elevou a 59, acrescidos de 4 municípios mineiros. Atualmente, fazem parte do plenário dos Comitês PCJ 61 municípios paulistas e 4 mineiros, sendo que os novos municípios são Mogi-Mirim e Socorro. Além destes 65 municípios, foram incluídos no questionário os municípios de Itirapina e Serra Negra, conforme definido e acordado com o GA-RS, uma vez que, mesmo não integrando os Comitês PCJ, possuem área significativa nas Bacias PCJ.
1 Até então não existia o Comitê Federal.
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Quadro 1.3. Relação de municípios pertencentes aos Comitês PCJ.
Município Localização do território (UGRHIs) UF Área total do
município (km2) (1)
Águas de São Pedro 5 SP 3 Americana 5 SP 144
Amparo 5 e 9 SP 463 Analândia 5, 9 e 13 SP 312
Artur Nogueira 5 SP 192 Atibaia 5 SP 478
Bom Jesus dos Perdões 5 SP 120 Bragança Paulista 5 SP 489
Cabreúva(2) 5 e 10 SP 267 Campinas 5 SP 887
Campo Limpo Paulista 5 SP 84 Capivari 5 SP 319
Charqueada 5 SP 179 Cordeirópolis 5 SP 123 Corumbataí 5 e 9 SP 264 Cosmópolis 5 SP 166 Elias Fausto 5 SP 203
Holambra 5 SP 65 Hortolândia 5 SP 62 Indaiatuba 5 SP 299
Ipeúna 5 SP 170 Iracemápolis 5 SP 105
Itatiba 5 SP 325 Itupeva 5 SP 196
Jaguariúna 5 SP 96 Jarinu 5 SP 200
Joanópolis 5 SP 377 Jundiaí 5 SP 450 Limeira 5 e 9 SP 579
Louveira 5 SP 54 Mairiporã(2) 5 e 6 SP 321 Mogi-Mirim 5 e 9 SP 484 Mombuca 5 SP 136
Monte Alegre do Sul 5 SP 117 Monte Mor 5 SP 236 Morungaba 5 SP 143
Nazaré Paulista 5 e 6 SP 322 Nova Odessa 5 SP 62
Paulínia 5 SP 145
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Quadro 1.3. Relação de municípios pertencentes aos Comitês PCJ. (Continuação)
Município Localização do território (UGRHIs) UF Área total do
município (km2) (1) Pedra Bela 5 SP 148
Pedreira 5 SP 116 Pinhalzinho 5 SP 161
Piracaia 5 SP 374 Piracicaba 5 e 10 SP 1.353
Rafard 5 e 10 SP 140 Rio Claro 5 e 9 SP 521
Rio das Pedras 5 SP 221 Saltinho 5 SP 99
Salto 5 e 10 SP 160 Santa Bárbara D'Oeste 5 SP 270
Santa Gertrudes 5 SP 100 Santa Maria da Serra 5 SP 266
Santo Antônio de Posse 5 SP 141 São Pedro 5 e 13 SP 596
Socorro 5 e 9 SP 442 Sumaré 5 SP 164 Tuiuti 5 SP 128
Valinhos 5 SP 111 Vargem 5 SP 145
Várzea Paulista 5 SP 36 Vinhedo 5 SP 80
Camanducaia -(3) MG 528
Extrema -(3) MG 243
Itapeva -(3) MG 178
Toledo -(3) MG 136 (1) Área total, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – 2006.
(2) Municípios com sede fora da Bacia e membros dos Comitês PCJ. (3) As UGRHIS são divisões exclusivas para o território paulista.
FONTE: IRRIGART (2005), IBGE (2006) e Mapa Digital.
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Quadro 1.4. Relação de municípios pertencentes a outros Comitês com área nas
Bacias PCJ.
Município Localização do território (UGRHIs) UF Área total do
município (km2) (1) % dos municípios
inseridos na bacia (3)
Anhembi 5 e10 SP 728 11
Dois Córregos 5 e 13 SP 599 42
Engenheiro Coelho 5 e 9 SP 112 28
Itirapina 5 e 13 SP 567 56
Itu 5 e 10 SP 642 1
Mineiros do Tietê 5 e 13 SP 198 5
Serra Negra 5 e 9 SP 203 16
Tietê 5 e 10 SP 398 18
Torrinha 5 e 13 SP 323 31
Sapucaí-Mirim -(2) MG 285 8 (1) Área total, dados segundo IBGE (2006). (2) As UGRHIS são divisões exclusivas para o território paulista. (3) Extraído do Mapa Base Digital.
FONTE: IRRIGART (2005), IBGE (2006) e Mapa Digital.
O Quadro 1.5 apresenta a relação de municípios pertencentes a cada uma das principais Sub-Bacias hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
Quadro 1.5. Localização dos municípios em função das Sub-Bacias Hidrográficas.
Sub-Bacia Municípios
Camanducaia Amparo, Extrema, Holambra, Jaguariúna, Monte Alegre do Sul, Pedra Bela, Pedreira, Pinhalzinho, Socorro, Santo Antonio de Posse, Toledo, Tuiuti, Serra Negra
Jaguari
Americana, Amparo, Artur Nogueira, Bragança Paulista, Camanducaia, Campinas, Cordeirópolis, Cosmópolis, Extrema, Holambra, Itapeva, Jaguariúna, Joanópolis, Limeira, Mogi-Mirim, Morungaba, Nova Odessa, Paulínia, Pedra Bela, Pedreira, Pinhalzinho, Piracaia, Santo Antonio de Posse, Tuiuti, Vargem
Atibaia
Americana, Atibaia, Bragança Paulista, Camanducaia, Campinas, Campo Limpo Paulista, Cosmópolis, Extrema, Itatiba, Jaguariúna, Jarinu, Joanópolis, Jundiaí, Louveira, Morungaba, Nazaré Paulista, Nova Odessa, Paulínia, Piracaia, Valinhos, Vinhedo
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Quadro 1.5. Localização dos municípios em função das Sub-Bacias Hidrográficas.
(continuação).
Sub-Bacia Municípios
Corumbataí Analândia, Charqueada, Cordeirópolis, Corumbataí, Ipeúna, Iracemápolis, Itirapina, Piracicaba, Rio Claro, Santa Gertrudes, São Pedro.
Piracicaba
Águas de São Pedro, Americana, Campinas, Charqueada, Hortolândia, Iracemápolis, Limeira, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Piracicaba, Rio das Pedras, Saltinho, Santa Bárbara d’Oeste, Santa Maria da Serra, São Pedro e Sumaré.
Capivari Campinas, Capivari, Elias Fausto, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jundiaí, Louveira, Mombuca, Monte Mor, Rafard, Rio das Pedras, Santa Bárbara d’Oeste, Valinhos, Vinhedo.
Jundiaí Atibaia, Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Indaiatuba, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Mairiporã, Salto, Várzea Paulista.
Fonte: Extraído do Mapa Digital.
A Figura 1.1, a seguir, apresenta os municípios totalmente inseridos nas Bacias PCJ, os municípios cuja área de drenagem encontra-se parcialmente contidas nas Bacias PCJ e os municípios limítrofes das Bacias PCJ, pois o divisor de água é o limite físico e político, portanto, com área fora das Bacias PCJ.
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Figura 1.1. Municípios das Bacias PCJ (IRRIGART, 2007).
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2. USO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Os usos e as demandas dos recursos hídricos foram tratados de forma conjunta, tanto para as águas superficiais quanto subterrâneas. A determinação das demandas de uso dos recursos hídricos é uma das principais atividades em um Relatório de Situação, uma vez que o estado atual dos recursos hídricos depende da disponibilidade e da demanda neles ocorridas. Os valores utilizados neste estudo foram disponibilizados pelo DAEE para a Agência de Águas PCJ, e consiste no cadastro mais atualizado existente. Como este cadastro não apresenta os usuários da irrigação (rural), foram mantidos os dados levantados no Relatório de Situação 2004 a 2006, haja vista que a origem dos dados continua a mesma. Os valores apresentados neste relatório são mais atuais, o que possibilita a realização do balanço hídrico nas Bacias PCJ de forma mais realista. Os dados apresentados pelo DAEE consistem em 2.800 usos cadastrados, divididos da seguinte forma:
• 513 captações superficiais;
• 479 lançamentos superficiais;
• 1.808 captações subterrâneas;
Os dados de demanda hídrica foram organizados de acordo com as seguintes classes de uso: uso urbano (abastecimento público e demais), uso industrial, uso rural (incluindo a irrigação), uso em mineração e outros (incluindo os usos sem finalidades). Estes dados também são apresentados por sub-Bacias. Para a determinação da demanda por irrigação, buscou-se atualizar os dados existentes no Relatório de Situação 2004 a 2006, isto é, o Cadastro de Irrigantes e o mapa de uso e ocupação do solo. Observou-se que os dados atualmente disponíveis são os mesmos existentes no último relatório, de tal forma que a demanda estimada neste Relatório é a mesma registrada no Relatório de Situação 2007.
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Água Superficial
A Sub-Bacia do Rio Piracicaba é a bacia com maior volume de água captado, com 9,81 m3/s, ou 28% do total de água retirada dos cursos d’água pertencentes às Bacias PCJ. Em seguida tem-se a Sub-Bacia do Rio Atibaia, com uma captação de 8,91 m3/s, ou 25% do total (Quadro 2.1 e Figura 2.1).
Quadro 2.1. Vazões utilizadas divididas por uso e por Sub-Bacia.
Sub-Bacias Vazões utilizadas (m3/s)
Rural Outros Mineração Urbano Industrial Total
Camanducaia 0,49 0,01 0,01 0,27 0,07 0,85
Jaguari 1,14 0,01 0,00 1,58 0,78 3,51
Atibaia 1,38 0,04 0,01 4,70 2,78 8,91
Corumbataí 0,60 0,00 0,14 2,85 0,26 3,85
Piracicaba 1,46 0,01 0,10 5,64 2,60 9,81
Total Piracicaba 5,06 0,07 0,26 15,05 6,49 26,93
Total Capivari 0,49 0,00 0,03 1,03 1,21 2,76
Total Jundiaí 0,83 0,02 0,00 3,50 0,83 5,18
Total PCJ 6,38 0,09 0,29 19,58 8,53 34,87
Fonte: Cadastro do DAEE (www.daee.sp.gov.br).
0,853,51
8,91
3,85
9,81
26,93
2,765,18
34,87
0
10
20
30
40
Cam
and
uca
ia
Jag
uar
i
Ati
bai
a
Co
rum
bat
aí
Pir
acic
aba
To
tal
Pir
acic
aba
To
tal
Cap
ivar
i
To
tal
Jun
dia
í
To
tal
PC
J
Sub-Bacias / Bacias
Vaz
ão (
m3/s
)
Figura 2.1. Vazões captadas nas Bacias PCJ.
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Com relação ao tipo de uso, predomina na Bacia o Uso Urbano (56,15%), seguido pelo Uso Industrial (24,50%), Uso Rural (18,30%), Outros (0,25%) e Mineração (0,80%) (Figura 2.2).
6,38
0,09 0,29
19,58
8,53
0
5
10
15
20
25
Rural Outros Mineração Urbano Industrial
Vaz
ão (
m3/s
)
Figura 2.2. Vazões captadas por tipo de uso nas Bacias PCJ.
A Figura 2.3 apresenta a demanda dividida por tipo de uso na Bacia do Rio Piracicaba. Já a Figura 2.4 apresenta a demanda dividida por uso nas Bacias PCJ.
Demanda de água na Bacia do Rio Piracicaba
0,49
1,14 1,38
0,60
1,46
0,27
1,58
4,70
2,85
5,64
0,07
0,78
2,78
0,26
2,60
0,01
0,01
0,04
0,00
0,01
0,01
0,00
0,01 0,14
0,10
0
1
2
3
4
5
6
Camanducaia Jaguari Atibaia Corumbataí Piracicaba
Vaz
ões
(m3 /s
)
Rural Urbano Industrial Outros Mineração
Figura 2.3. Demanda de água na bacia do Rio Piracicaba, dividida por tipo de uso.
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Demanda de água nas Bacias PCJ
5,06
0,49
0,83
6,38
15,0
5
1,03
3,50
6,49
1,21
0,83
8,53
0,07
0,00
0,02
0,09
0,26
0,03
0,00
0,29
19,5
8
0
5
10
15
20
25
Piracicaba Capivari Jundiaí Total PCJ
Vaz
ões
(m3 /s
)
Rural Urbano Industrial Outros Mineração
Figura 2.4. Demanda de água nas Bacias PCJ, dividida por tipo de uso.
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Água Subterrânea
Semelhante aos cálculos para determinação da demanda por água superficial, a demanda de água subterrânea também foi estimada em função dos dados constantes no Cadastro de Usuários das Bacias PCJ, fornecido pelo DAEE, tendo em vista que a água subterrânea é de domínio exclusivo do Estado. Mesmo trabalhando com dados atualizados, é muito provável que os valores da demanda por água subterrânea estejam subestimados, uma vez que muitos usuários (sítios, chácaras, etc.) não cadastram os poços no DAEE, de tal forma que o Poder Público desconhece o valor dessa demanda. Usualmente, para águas subterrâneas, utiliza-se como medida de vazão a unidade m3/h. Para efeito de padronização, todas as medidas de vazões utilizadas neste tópico estão expressas em m3/s. Sendo assim, para efetuar a conversão, adotou-se que o período de funcionamento dos poços é de 20 horas por dia. Este valor foi adotado por ser o mais usual, principalmente para usos industriais e públicos. Os usos subterrâneos são analisados considerando-se as sub-bacias e os aqüífero de exploração. O Quadro 2.2 apresenta as vazões exploradas divididas por Aqüíferos.
Quadro 2.2. Utilização de águas subterrâneas nas Bacias PCJ (m3/s).
Sub-Bacia Vazões explotadas por Aqüífero (m3/s)
Tubarão Cristalino Passa Dois Cenozóico Guarani Serra
Geral Total
Sub-Bacia Camanducaia - 0,11 - - - - 0,11
Sub-Bacia Jaguari 0,04 0,13 - - - - 0,17 Sub-Bacia Atibaia 0,08 0,57 - - - - 0,65 Sub-Bacia Corumbataí 0,03 - 0,10 0,02 0,06 - 0,20
Sub-Bacia Piracicaba 0,72 0,05 0,06 0,01 0,04 - 0,88
Total Piracicaba 0,87 0,85 0,15 0,03 0,10 0,01 2,01 Total Capivari 0,40 0,19 - - - - 0,59 Total Jundiaí 0,02 0,47 - 0,00 - - 0,48 Total PCJ 1,28 1,51 0,15 0,03 0,10 0,01 3,08
Fonte: Cadastro DAEE.
A demanda cadastrada de água subterrânea nas Bacias PCJ é da ordem de 3,08 m3/s, sendo o aqüífero Cristalino (49%) e o Tubarão (41%) os mais explorados. Os demais aqüíferos são responsáveis por 10%, da exploração. A Figura 2.5 e a Figura 2.6 ilustram estes dados.
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Captações Subterrâneas nas Bacias PCJ - (m3/s)
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6
Tubarão
Cristalino
Passa Dois
Cenozóico
Guarani
Serra Geral
Vazão (m3/s)
Figura 2.5. Vazões explotadas por Aqüíferos nas Bacias PCJ (m3/s).
Captações Subterrâneas nas Bacias PCJ - (%)
0 10 20 30 40 50 60
Tubarão
Cristalino
Passa Dois
Cenozóico
Guarani
Serra Geral
Vazão (%)
Figura 2.6. Vazões explotadas por Aqüíferos nas Bacias PCJ (%).
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3. DISPONIBILIDADE DE RECURSOS HÍDRICOS
Estimativa da disponibilidade hídrica natural através do Método da “Regionalização Hidrológica”
Para as Bacias PCJ foram estimadas as vazões: (i) média plurianual (Qm); (ii) mínima com 95% de permanência (Q95) e (iii) mínima com 7 dias de duração e tempo de retorno de 10 anos (Q7,10). Os valores apresentados foram calculados a partir do Método da “Regionalização Hidrológica” 2, também constam no Relatório de Situação 2002/2003 (IRRIGART, 2005) e são compilados para este relatório, uma vez que não houve alterações nos parâmetros estatísticos nem nas áreas de drenagem das Bacias/Sub-Bacias. O Quadro 3.1 e o Quadro 3.2 apresentam os valores de vazão encontrados nas Sub-Bacias do Rio Piracicaba e nas Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, respectivamente. Neste tópico, os cálculos partem do pressuposto de que não existe nenhuma obra hidráulica que altere o regime de escoamento natural dos cursos d’água.
Quadro 3.1. Vazões totais para as Sub-Bacias do Rio Piracicaba.
Sub-Bacia Vazões (m3/s)
Qm Q1,10 Q7,10 Q95%
Camanducaia 14,67 4,49 3,59 5,33
Jaguari 40,81 12,86 10,29 15,35
Atibaia 31,27 11,27 9,01 13,57
Corumbataí 21,04 5,89 4,70 7,64
Piracicaba 36,53 10,20 8,16 13,26 Qm = Vazão média de longo período.
Q1,10 = Vazão mínima de 1 mês consecutivo e período de retorno de 10 anos.
Q7, 10 = Vazão mínima de 7 dias consecutivos e período de retorno de 10 anos.
Q95 = Vazão com tempo de permanência de 95% ou superior.
Fonte: IRRIGART (2005).
2 Método da Regionalização Hidrológica, proposto pelo DAEE (1991,1998).
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Quadro 3.2. Vazões totais para as Bacias PCJ.
Bacia Vazões (m3/s)
Qm Q1,10 Q7,10 Q95
Piracicaba 144,32 44,71 35,76 55,14
Capivari 11,414 3,176 2,382 4,126
Jundiaí 10,967 3,064 2,298 3,981 Qm = Vazão média de longo período.
Q1,10 = Vazão mínima de 1 mês consecutivo e período de retorno de 10 anos.
Q7, 10 = Vazão mínima de 7 dias consecutivos e período de retorno de 10 anos.
Q95 = Vazão com tempo de permanência de 95% ou superior.
Fonte: IRRIGART (2005).
Disponibilidade Hídrica Real nas Bacias PCJ – Sistema Cantareira
As Bacias PCJ contam com uma peculiaridade muito importante, quando se trata da disponibilidade hídrica: a presença do Sistema Cantareira. O Sistema Cantareira é o maior sistema produtor da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Capta água em represas nas cabeceiras dos rios Jaguari, Jacareí, Cachoeira e Atibainha. Contribui com o abastecimento de aproximadamente 31 m³/s para a região metropolitana da Grande São Paulo. Abastece 8,8 milhões de pessoas nas zonas norte, central, parte da leste e oeste da Capital e os municípios de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Guarulhos (parte), Osasco, Carapicuíba, Barueri (parte), Taboão da Serra (parte), Santo André (parte) e São Caetano do Sul. A Figura 3.1 ilustra o Diagrama Simplificado do Sistema Cantareira.
Figura 3.1. Fluxograma simplificado do Sistema Cantareira (Relatório Câmara Técnica
de Monitoramento Hidrológico).
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A Figura 3.2 apresenta as características físicas dos reservatórios situados na Bacia do Rio Piracicaba, pertencentes ao Sistema Cantareira (Sistema Equivalente).
Figura 3.2. Características físicas dos reservatórios Atibainha, Cachoeira e Jaguari-
Jacareí (SABESP, 2004).
A seguir, o Quadro 3.3 apresenta o comportamento do Sistema Cantareira durante o ano de 2008 e a Figura 3.3 apresenta esses dados na forma de gráfico, para uma melhor visualização.
Quadro 3.3. Volume útil máximo no ano de 2008 nos reservatórios do Sistema
Cantareira.
Reservatório % do volume útil máximo
jan/ 08
fev/ 08
mar/ 08
abr/ 08
mai/ 08
jun/ 08
jul/ 08
ago/ 08
set/ 08
out/ 08
nov/ 08
dez/ 08
Jaguari 41,11 48,76 59,25 66,67 68,97 70,02 66,58 63,55 57,72 53,79 52,84 55,75 Jacareí 36,52 44,05 54,72 62,52 64,97 66,11 62,42 59,21 53,14 49,12 48,15 51,12 Jaguari/ Jacareí 37,10 44,64 55,29 63,04 65,48 66,60 62,94 59,76 53,72 49,70 48,74 51,70
Cachoeira 41,49 45,55 42,57 45,85 58,43 56,63 49,59 51,33 47,46 44,55 52,88 40,90 Atibainha 40,04 41,82 50,63 55,71 54,08 53,67 56,53 54,48 54,89 57,96 53,47 57,14
Reservatório Equivalente 37,70 44,40 53,90 61,10 63,80 64,60 61,30 58,60 53,40 50,18 49,52 51,48
Fonte: Boletins ANA (2008).
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Volume útil máximo no ano de 2008 nos reservatórios do Sistema Cantareira
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Vo
lum
e (%
)
Jaguari Jacareí Jaguari/Jacareí Cachoeira Atibainha Reservatório Equivalente
Figura 3.3. Volume útil máximo no ano de 2008 nos reservatórios do Sistema
Cantareira.
Nota-se na Figura 3.3, que os Reservatórios do Sistema Cantareira apresentam os maiores volumes de água durante os meses que vão de Março até Agosto, já o mês de Janeiro é o que apresenta os menores volumes. Observa-se também que o reservatório do Rio Jaguarí é o que apresenta os maiores volumes de água, seguido dos reservatórios Jacareí e Jaguarí/Jacareí. Pode ser observado também que a curva referente ao Reservatório Equivalente, começa o ano (Janeiro) com um volume útil de 37,7%, apresentando um aumento de 71% e chegando a 64,6% no mês de junho (mês com o maior volume). A partir daí, começa a diminuir o volume d’água, chegando a 51,48 no mês de Dezembro (queda de 20,3%). As represas existentes no Sistema Cantareira provocam uma retenção da água no reservatório, de tal forma que as áreas de drenagem dos reservatórios não contribuem para as vazões dos rios. Por outro lado, os reservatórios realizam descargas, tanto na Sub-Bacia do Atibaia como na Sub-Bacia do Jaguari. Sendo assim, para cálculo de disponibilidade hídrica real nas Sub-Bacias do Atibaia e Jaguari, adotou-se a seguinte metodologia:
Qdisponnível = Q’7,10 + Qdescarregada Equação 1
Qdisponnível = Vazão de referência para disponibilidade hídrica. Q’7,10 = Vazão de referência das áreas da Sub-Bacia a jusante dos reservatórios do Sistema Cantareira, isto é, a Q7,10 calculada no eixo das barragens. Qdescarregada = média das vazões descarregadas pelo Sistema Cantareira, calculada na seqüência. Até a emissão da Portaria DAEE n°1213/04 (Renovação da Outorga), a gestão do Sistema se comprometia a liberar 4 m³/s para as Bacia do Piracicaba, distribuídos da seguinte forma: 1 m³/s descarregado para o Rio Jaguari e 3 m³/s descarregados para a Bacia do Rio Atibaia, sendo este descarregado na calha do Rio Atibaia ou do Rio Cachoeira, acertadas entre os representantes da SABESP e municípios da bacia, de tal forma que, para cálculo de disponibilidade hídrica real, bastava somente utilizar estes valores.
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Após a nova outorga, os valores a serem revertidos para a RMSP foram estipulados em ordem de prioridade, sendo de prioridade primária a vazão de 24,8 m³/s e prioridade secundária a vazão de 6,2 m³/s, o que totaliza a possibilidade de reversão de 31 m³/s para a RMSP. Para as Bacias PCJ, a vazão total de descarregamento foi estipulada em 5 m³/s, sendo na ordem de prioridade a vazão primária de 3 m³/s e secundária de 2 m³/s. Além das novas vazões, o Sistema Cantareira passou a ter o acompanhamento da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH) através do Grupo Técnico – Cantareira (GT-Cantareira), o qual analisa mensalmente, ou quando necessário, a situação do sistema equivalente através de boletins emitidos pela ANA. Os boletins com informações referentes aos valores revertidos, afluentes e descarregados, subsidiam o GT Cantareira para proposição de vazões a serem adotadas para o mês subseqüente. Essa integração, inédita no Brasil, faz com que o Sistema Cantareira possua um modelo de gestão compartilhada dos recursos hídricos. As vazões mínimas que devem ser cumpridas são denominadas X1 e X2 pela Portaria DAEE n° 1.213/04. Elas representam as vazões autorizadas para serem revertidas para a RMSP e descarregadas para o PCJ, respectivamente. Por outro lado, ambas as partes podem requerer vazões menores que as definidas, reservando o restante no Banco de Águas. A operação inversa também pode ser realizada, isto é, na existência de saldo no Banco de Águas, ambas as partes podem solicitar vazões maiores que as autorizadas e abater o excesso no Banco de Águas. De uma forma mais resumida, os valores de Q1 e Q2, isto é, as vazões revertidas para a RMSP e vazões descarregadas para o PCJ, respectivamente, são estipulados em reunião da CTMH, e a correspondente diferença entre o valor de X1 e X2 e o valor de Q1 e Q2 é a sobra que vai para o Banco de Águas, ou é retirado do banco. Então, as vazões mínimas X1 e X2 são sempre estipuladas pela ANA com base nos volumes armazenados e nas curvas de aversão a risco para cada mês.
3.1.1 Metodologia
Desta forma, é difícil precisar com exatidão a disponibilidade hídrica real nas Bacias PCJ, mais especificamente as vazões descarregadas pelo sistema Cantareira. Sendo assim, para este cálculo procedeu-se da seguinte maneira:
� Foram analisados todos os boletins de monitoramento emitidos pela ANA a respeito do Sistema Cantareira, nos quais estão descritas as vazões descarregadas para a Bacia do Atibaia e do Jaguari, no período de Janeiro a Dezembro de 2008;
� Após uma análise mais aprofundada, notou-se que as maiores descargas ocorreram no período de julho a novembro, quando tradicionalmente ocorrem as menores vazões nos rios;
� Adotaram-se, então, como média das descargas dos Reservatórios, as médias solicitadas pelo Grupo de Monitoramento Hidrológico para o período acima descrito, isto é, julho a novembro;
� O Banco de Águas existente em 31/12/2008 também será convertido em vazão e acrescido aos valores de descarga, uma vez que esta vazão estava disponível e não foi utilizada porque não era necessária naquele intervalo de tempo;
� A vazão proveniente do Banco de Águas será dividida entre a Bacia do Rio Jaguari e do Rio Atibaia proporcionalmente às vazões descarregadas, isto é, através de uma média ponderada.
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A utilização da média de descargas dos meses com menores vazões só é possível graças ao Banco de Águas. O Quadro 3.4 apresenta os valores das vazões de afluência nos reservatórios, as vazões revertidas para a RMSP e as vazões descarregadas na Bacia do Rio Jaguari (Rio Jaguari) e na Bacia do Rio Atibaia (Rio Atibainha e Rio Cachoeira).
Quadro 3.4. Vazões de afluência revertidas para a RMSP e descarregadas na Bacia
do Rio Jaguari e do Rio Atibaia.
Mês Afluência (m³/s)
Revertido RMSP (m³/s)
Descargas (m³/s) Bacia Rio Jaguari Bacia do Rio Atibaia
Jan/08 42,4 24,4 1,0 1,5 Fev/08 52,7 25,7 0,3 0,5 Mar/08 60,4 25,1 0,5 0,5 Abr/08 54,46 27,0 0,2 0,2 Mai/08 37,4 26,2 0,2 0,2 Jun/08 30,7 25,7 1,0 1,5 Jul/08 19,3 27,1 1,5 1,5 Ago/08 21,3 26,1 1,5 4,5 Set/08 14,3 26,2 3,5 5,5 Out/08 19,9 25,6 2,5 4,5 Nov/08 27,3 25,9 1,0 2,0 Dez/08 36,0 25,6 1,5 2,0
Média 08 34,7 25,9 1,2 2,0 Média Jul-Nov 20,42 26,18 2,00 3,60
Fonte: Boletins ANA.
Como se nota no Quadro 3.4, os valores médios de afluência no sistema equivalente para o período de jul-nov 2008 são menores que os volumes afluentes (RMSP+PCJ), consumindo desta forma, parte da vazão armazenada durante o ano. Em termos médios, no ano de 2008, a afluência superou as descargas em 9,10%, que representou um aumento do banco de águas durante o ano. A Figura 3.4 apresenta estas informações de forma ilustrativa.
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Vazões Descarregadas - Bacia do Jaguarí e do Atibaia
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
jan
/08
fev/
08
mar
/08
abr/
08
mai
/08
jun
/08
jul/
08
ago
/08
set/
08
ou
t/08
no
v/08
dez
/08
Va
zõe
s (m
3/s)
Bacia Rio Jaguari Bacia do Rio Atibaia
Figura 3.4. Vazões descarregadas na Bacia do Jaguari e do Atibaia.
3.1.2 Cálculo da disponibilidade hídrica na Bacia do Rio Jaguari e Rio Atibaia
A partir dos dados apresentados no capítulo anterior, os valores para o cálculo da disponibilidade hídrica foram os seguintes:
� Descargas médias3 do Sistema Cantareira na Bacia PCJ = 3,2 m3/s, sendo 1,2 m3/s (37,5%) na Bacia do Rio Jaguari e 2,0 m3/s (62,5%) na Bacia do Atibaia;
� Nos meses de maiores descargas, isto é, nos meses de julho a novembro, as descargas médias chegam a 2,0 m3/s na Bacia do Rio Jaguari e a 3,6 m3/s na Bacia do Atibaia;
� Vazão de referência (Q’7,10)4 das áreas pertencentes à bacia que não drenam para o reservatório: 5,51 m3/s para a Bacia do Rio Jaguari e 6,403 m3/s para a Bacia do Rio Atibaia;
� Em 31/12/2008, o saldo do Banco de Águas reservado para as Bacias PCJ, segundo dados disponibilizados no sítio eletrônico dos Comitês PCJ, era da ordem de 77,00 hm3. Na mesma data do ano anterior, isto é, 31/12/2007 o banco existente era de 46,4 hm3, ou seja, durante o ano de 2008 houve um acréscimo de 30,60 hm3 ou 66%;
� Esta vazão de armazenamento ocorrida em 2008 também será somada à disponibilidade, para isso, foi utilizado um período de 5 meses (correspondente ao período seco) do ano de 2008. Assim sendo, foram definidos dois cenários: O primeiro cenário foi considerado a utilização do banco armazenado durante o ano de 2008 e no segundo cenário, foi considerado o total do banco armazenado no final de 2008, isto é, o valor armazenado durante 2008 (cenário 1) acrescido da vazão existente no fim de 2007;
� Para o primeiro cenário, o banco de água, proporcionaria uma vazão contínua (considerando 5 meses de descarga) de 2,36 m3/s. Já para o segundo cenário esta vazão subiria para 5,96 m3./s;
3 Valores médios do período de Janeiro-08 a Dezembro-08. 4 Valores obtidos junto ao Plano de Bacias PCJ 2004/2007, considerando-se somente a contribuição das áreas a jusante dos reservatórios.
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� A vazão proveniente do Banco de Águas será dividida entre a Bacia do Rio Jaguari (37,5%) e a Bacia do Rio Atibaia (62,5%) na mesma proporção que as vazões efluentes do reservatório, resultando em um acréscimo de 0,89 m3/s no cenário 1 e 2,24 m3/s no cenário 2 (Bacia do Rio Jaguari). Já na Bacia do Rio Atibaia este acréscimo, no cenário 1 e 2, será da ordem de 1,47 m3/s e 3,72 m3/s, respectivamente.
A partir destes valores, e com base na Equação 1, foram estimadas as disponibilidades hídricas nas Bacias dos Rios Jaguari e Atibaia, para o cenário 1 e cenário 2, conforme apresentado no Quadro 3.5 e no Quadro 3.6, respectivamente.
Quadro 3.5. Disponibilidades hídricas para o Cenário 1.
Sub-Bacia Q’7,10 (m3/s) Qdescarregada
(m3/s) Q Banco_águas
(m3/s) Qdisponível
(m3/s) Jaguari 5,51 2,0 0,89 8,4 Atibaia 6,40 3,6 1,47 11,47
Quadro 3.6. Disponibilidades hídricas para o Cenário 2.
Sub-Bacia Q’7,10 (m3/s) Qdescarregada
(m3/s) Q Banco_águas
(m3/s) Qdisponível
(m3/s) Jaguari 5,54 2,0 2,24 9,78 Atibaia 6,40 3,6 3,72 13,72
Com base nos dois cenários analisados, decidiu-se por adotar o cenário 1, uma vez que o objetivo deste Relatório é a avaliação do ano de 2008, ou seja, o banco de águas pré-existente não será utilizado neste cálculo de disponibilidade.
3.1.3 Transposições de Bacias
Além do Sistema Cantareira, existem nas Bacias PCJ mais duas transposições, que influenciam na disponibilidade hídrica. A Bacia do Rio Jundiaí recebe cerca de 1 m3/s, provenientes do Rio Atibaia, de tal forma a possibilitar a captação do município de Jundiaí. A Bacia do Rio Mogi-Guaçú, que não faz parte das Bacias PCJ, recebe 0,1 m3/s, provenientes do Rio Camanducaia, captadas pelo município de Serra Negra, que lança os efluentes na Bacia do Rio Mogi-Guaçú5.
3.1.4 Resumo da disponibilidade Hídrica real nas Bacias PCJ
No Quadro 3.7 é apresentado um resumo das disponibilidades hídricas de todas as Bacias pertencentes aos Comitês PCJ, já considerando a reversão realizada de 1m3/s do Rio Atibaia para o Rio Jundiaí-Mirim (Bacia do Rio Jundiaí).
5 Informações extraídas no Plano de Bacias 2004-2007.
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Quadro 3.7. Disponibilidade hídrica para as Bacias PCJ no período Jul-08 a
Nov-08.
Sub-Bacia Q7, 10 (m3/s) Qdisponível (m3/s)
Camanducaia 3,60 3,502 Jaguari 10,29 8,403 Atibaia 9,01 10,471
Corumbataí 4,70 4,70 Piracicaba 8,16 8,16
Total Piracicaba 35,76 35,23 Total Capivari 2,38 2,38 Total Jundiaí 2,30 3,30
Total PCJ 40,44 40,91 1 - Q7, 10 a jusante dos reservatórios + vazões descarregadas pelo Reservatórios Atibainha e Cachoeira + vazões estimadas pelo Banco de Águas – reversão de 1m3/s para a Bacia do Rio Jundiaí. 2 – Q7,10 - de 0,1m3/s da reversão pelo município de Serra Negra. 3- Q7, 10 a jusante do reservatório + vazões descarregadas pelo Reservatório Jacareí-Jaguari + vazões estimadas pelo Banco de Águas.
Fonte: IRRIGART (2005).
Comparando as vazões de disponibilidade hídrica obtidas no Relatório de Situação 2002/2003 (6,52 m3/s e 8,40 m3/s, para os Rios Jaguari e Atibaia, respectivamente), com os valores de disponibilidade calculados com base nos dados de operação do Sistema Cantareira para o ano de 2008, nota-se que os valores encontrados no presente estudo são maiores para o Rio Jaguari (+28,8%) e para o Rio Atibaia (+24,6%). Já em comparação com os valores apresentados no ano de 2007 (7,97 m3/s e 9,48 m3/s, para os Rios Jaguari e Atibaia, respectivamente), nota-se um aumento de 5,4% para o Rio Jaguari e de 10,4% para o Rio Atibaia, referente ao ano de 2008. Estes dados estão sintetizados no Quadro 3.8 e também apresentados na Figura 3.5.
Quadro 3.8. Comparativo das disponibilidades hídricas.
Nome da Sub-Bacia
Disponibilidade Hídrica (m3/s) RS 2002 a 2003 RS 2004 a 2006 RS 2007 RS 2008
Camanducaia 3,50 3,50 3,502 3,502 Jaguari 6,52 8,65 7,973 8,403 Atibaia 8,40 9,97 9,481 10,471
Corumbataí 4,70 4,70 4,70 4,70 Piracicaba 8,16 8,16 8,16 8,16
Total Piracicaba 31,28 34,98 34,01 35,23 Total Capivari 2,38 2,38 2,38 2,38 Total Jundiaí 3,30 3,30 3,50 3,30
Total PCJ 36,96 40,66 39,69 40,91
Fonte: IRRIGART (2005).
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Como pode ser observado, as únicas Sub-Bacias que sofreram alterações na disponibilidade hídrica foi a do Rio Atibaia e a do Rio Jaguari, por serem as únicas diretamente associadas ao Sistema Cantareira. A Figura 3.5 apresenta a evolução das suas vazões. Para a Bacia do Rio Piracicaba (total), a alteração não foi incluída no gráfico abaixo, uma vez que esta alteração é causada exclusivamente, pelas alterações nas duas Sub-Bacias citadas (Atibaia e Jaguari).
Comparativo das Disponibilidades
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
Jaguari Atibaia
Vaz
ões
(m
3/s
)
2002 a 2003 2004 a 2006 2007 2008
Figura 3.5. Comparativo das disponibilidades hídricas das Sub-Bacias do Rio Atibaia e
do Rio Jaguari no RS 02/03, RS 04/06, RS 2007 e RS2008.
A comparação dos dados é perfeitamente possível, uma vez que as reversões continuam as mesmas, e a única alteração significativa que ocorreu no período foi à forma de operação do Sistema Cantareira, principalmente devido ao compartilhamento de sua gestão. Desta forma, a importância do Reservatório, já destacada nos relatórios de situação anteriores, principalmente após a renovação da outorga (2004), merece novamente destaque. Com base nos dados analisados, conclui-se que os Reservatórios do Sistema Cantareira são um excelente instrumento de gestão, em termos quantitativos, para os Rios Jaguari e Atibaia. A partir da nova outorga, com a criação do Banco de Águas, este instrumento tornou-se mais poderoso ainda, despontando como uma das soluções para a iminente escassez dos recursos hídricos na Bacia. Os valores de disponibilidade hídrica na Bacia do Rio Atibaia e Jaguari são perfeitamente maleáveis, uma vez que é possível aumentar as descargas em uma Bacia e diminuí-las em outra, utilizar o Banco de Águas em apenas uma Bacia, etc., de acordo com o que for mais interessante para a Bacia, no momento da tomada da decisão. Esta flexibilidade torna a gestão dos recursos hídricos no âmbito dos Comitês PCJ de fundamental importância para o desenvolvimento sustentável das Bacias PCJ, tão almejado por toda a sociedade. O Quadro 3.9 apresenta uma síntese de todos os valores utilizados para o cálculo da disponibilidade hídrica, para cada Sub-Bacia.
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Quadro 3.9. Síntese dos valores utilizados no cálculo da disponibilidade hídrica natural das Bacias PCJ.
Parâmetros/Sub-Bacias Sub-Bacias Bacia
Total PCJ Piracicaba Corumbataí Camanducaia Jaguari Atibaia Piracicaba Capivari Jundiaí
Área de drenagem total (km2) 3.700,79 1.679,19 1.030,00 3.290,00 2.868,74 12.568,72 1.620,92 1.114,03 15.303,67
Área de drenagem em Minas Gerais (km2) - - 159,32 966,58 39,98 1.165,88 - - 1.165,88
Área de drenagem a montante do Sistema
Cantareira (km2) - - - 1.252,00 715,00 1.930,00 - - 1.930,00
Área de drenagem a jusante do Sistema Cantareira (km2) 3.700,79 1.679,19 1.030,00 2.038,00 2.153,74 10.638,72 1.620,92 1.114,03 13.373,67
Q7,10 da área total (m3/s) 8,16 4,70 3,59 10,29 9,01 35,76 2,38 2,30 40,44 Q7,10 a montante do Sistema
Cantareira (m3/s) - - - 4,77 2,61 7,38 - - 7,38
Q7,10 a jusante do Sistema Cantareira (m3/s) 8,16 4,70 3,59 5,52 6,40 28,38 2,38 2,30 33,06
Reversões (m3/s) - - -0,1 (1) - -1,0 (2) -1,1 - +1,0 -0,1 Vazões descarregadas do
Sistema Cantareira + Banco de Águas (m3/s) (3)
- - - 2,89 5,07 5,6 - - 5,6
Disponibilidade Real (m3/s) 8,16 4,70 3,50 8,40 10,47 35,23 2,38 3,30 40,91 (1) Reversão para o Lago Jovino – Captação de Serra Negra. (2) Reversão para o Rio Jundiaí – Captação de Jundiaí. (3) Média das descargas nos meses de julho a Novembro acrescidas da vazão convertida do Banco de Águas (Cenário 1).
Fonte: SIGRH, DAEE, SABESP e Questionários.
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Subterrânea
Para a análise da disponibilidade hídrica subterrânea é fundamental o estudo dos aqüíferos existentes nas Bacias PCJ. Os recursos hídricos subterrâneos constituem a origem do escoamento básico dos rios e representam ricas reservas de água, geralmente de boa qualidade, que dispensam custosas estações de tratamento de água - ETA (SIGRH, 2001). Partindo-se do conceito fundamental que a água subterrânea é um componente indissociável do ciclo hidrológico, sua disponibilidade no aqüífero relaciona-se diretamente com o escoamento básico da bacia de drenagem instalada sobre a área de ocorrência. A água subterrânea constitui, então, uma parcela desse escoamento, que, por sua vez, corresponde à recarga transitória do aqüífero (CONEJO LOPES, 1994). No balanço hídrico apresentado pelo DAEE (1999) para o Estado de São Paulo, dos 100 bilhões de m3/ano correspondentes ao escoamento total, 41 bilhões de m3/ano, ou 1.285 m3/s, são devidos ao escoamento básico, parcela responsável pela regularização dos rios. A recarga transitória média multianual que circula pelos aqüíferos livres é a quantidade média de água que infiltra no subsolo, atingindo o lençol freático, formando o escoamento básico dos rios – é a reserva explotável (Figura 3.6).
Figura 3.6. Tipos de reserva de água subterrânea (SIGRH, 2001).
Segundo a figura apresentada, baseada em estudo realizado por CONEJO LOPES (1994), temos as seguintes reservas: Reserva total = toda água subterrânea do aqüífero; Reserva permanente = volume contido no interior do aqüífero abaixo do nível básico de drenagem de uma região, ou seja, abaixo de sua superfície básica; Reserva ativa = volume contido no interior do aqüífero, entre a superfície básica e a superfície potenciométrica;
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Reserva transitória multianual ou reserva reguladora = reserva explotável, que atua diretamente no escoamento básico dos corpos d´água superficiais. Segundo CONEJO LOPES (1994) e DAEE (1999) citados em SIGRH (2001), a reserva explotável pode ser estimada através do escoamento básico que aflui aos corpos d'água após percolar pelos aqüíferos subterrâneos, estimado pela média das vazões mínimas
anuais de sete dias consecutivos ( Q7 ). A disponibilidade potencial de águas subterrâneas, por sua vez, pode ser estimada a partir
do escoamento básico de cada bacia - Q7 (65 m3/s para o trecho paulista do PCJ, de acordo com dados do DAEE, 1999), multiplicado pela fração da área do aqüífero na bacia (em área aflorante, calculados pelo mapa digital) e pelo índice de utilização, conforma apresentado na Figura 3.7.
1 ESTIMATIVA DA RESERVA EXPLOTÁVEL = ESTIMATIVA ATRAVÉS DA
MÉDIA DAS VAZÕES MÍNIMAS DE SETE DIAS CONSECUTIVOS ( Q7 ).
2 ESTIMATIVA DA DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA:
DispHSub = Q7 x (% área da unidade geológica) x %Utilização
Figura 3.7. Métodos de estimativa de reserva explotável e disponibilidade hídrica
subterrânea (CONEJO LOPES, 1994, e DAEE, 1999 citados em SIGRH, 2001).
Por razões hidrogeológicas, como tipo de porosidade, hidráulica dos aqüíferos e as técnicas convencionais disponíveis para a captação de águas subterrâneas, foram estabelecidos índices de utilização dos volumes estocados, correspondentes à recarga transitória média multianual, para diferentes tipos de aqüíferos adotados por CONEJO LOPES (1994), citado por SIGRH (2001), e adaptados às diferentes regiões do Estado de São Paulo. Nas Bacias PCJ, ocorrem unidades cujos índices de utilização são:
� Sistema aqüífero Guarani (Botucatu): 30%; � Sistemas aqüíferos Tubarão, Bauru e Cenozóico: 25% a 27%; � Sistemas aqüíferos Cristalino e Serra Geral/Diabásio: 20%; � Aqüiclude / sistema aqüífero Passa Dois: 15%.
Através do método apresentado na Figura 3.7 foi estimada a disponibilidade hídrica subterrânea para cada uma das Sub-Bacias do Piracicaba e das Bacias do Capivari e Jundiaí. Os números assim determinados devem ser considerados com muita cautela, dadas as limitações esperadas devido às intrínsecas heterogeneidades da geometria das camadas geológicas, da presença de descontinuidades e de outras variáveis, como aspectos técnicos. Assim, estes números visam apenas estabelecer ordens de grandeza e comparações entre a disponibilidade natural e as extrações, a fim de auxiliar no planejamento racional do aproveitamento dos recursos hídricos. Do Quadro 3.10 ao Quadro 3.14, bem como a Figura 3.8 a Figura 3.11 apresentam a estimativa de disponibilidade hídrica subterrânea, como extrapolação da metodologia apresentada anteriormente.
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Quadro 3.10. Dados obtidos por regionalização hidrológica e utilizados na
estimativa de disponibilidade hídrica subterrânea.
Sub-Bacia Qm (m3/s) Q7,10 (m3/s) Q7 *(m3/s)
Camanducaia 14,67 3,57 5,18 Jaguari 42,28 10,29 14,93 Atibaia 31,27 9,01 13,08
Corumbataí 21,04 4,70 7,44 Piracicaba 36,53 8,17 12,93
Bacia Qm Q7,10 Q7
Bacia do Piracicaba 145,80 35,74 53,56 Bacia do Capivari 11,414 2,382 3,77 Bacia do Jundiaí 10,966 2,298 3,64
Total - PCJ 168,18 40,42 60,96 * Q7 é a média das vazões mínimas anuais de sete dias consecutivos, dada pela razão Q7 = Q7,10 / XT (DAEE, 1998).
Fonte: CONEJO LOPES (1994) e DAEE (1999).
Quanto aos aqüíferos de caráter livre (ou semi-confinado), há um total de cerca de 13,95 m3/s de água subterrânea disponível, sendo 6,02 m3/s (43,19%) no Cristalino Pré-Cambriano, 3,08 m3/s (22,10%) no Tubarão e 2,41 m3/s (17,26%) no Guarani. Notar, no entanto, que estas unidades afloram, respectivamente, em 45,57%, 20,94% e 13,82% das Bacias PCJ, evidenciando melhores propriedades aqüíferas para o Guarani. Isso fica mais evidente se observarmos a razão entre vazão disponível estimada e área de afloramento. A este valor total de 13,95 m3/s devem ser acrescidas as vazões disponíveis no Aqüífero Guarani, em sua porção confinada (extremo oeste das Bacias PCJ), e no Aqüífero Tubarão semi-confinado, nos locais de afloramento do Grupo Passa Dois. Esta perspectiva limita a execução de balanços disponibilidade x demandas, notadamente nas áreas de afloramento do Aqüífero Passa Dois. Quanto ao tipo de porosidade, 7,24 m3/s (51,90%) estão disponíveis em aqüíferos com porosidade do tipo intergranular e 6,71 m3/s (48,10%) com porosidade do tipo fratura/fissura. Um aspecto que deve ser observado é que os dados até então existentes para o trecho paulista das Bacias PCJ (DAEE, 1999 citado em SIGRH, 2001) mostram disponibilidade hídrica subterrânea de 24,0 m3/s, mas esta estimativa foi efetuada com base em um
escoamento basal de 65 m3/s ( Q7 = 58,68 m3/s neste relatório) e um escoamento total de 174 m3/s (Qm = 168,18 m3/s neste relatório). Considerando-se os índices de utilização adotados, os valores estariam próximos ao estimado neste relatório. Quanto ao potencial da água subterrânea, nas Sub-Bacias do Piracicaba, Jaguari e Atibaia, nesta ordem, que apresentam as maiores extensões, contêm maior disponibilidade hídrica subterrânea.
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Quadro 3.11. Área de afloramento dos principais aquíferos associados às unidades geológicas nas Bacias PCJ, em km2.
Aqüífero Área (km2)
PCJ-total (%) Sub-Bacias do Piracicaba Bacias do PCJ
PCJ Total Atibaia Camanducaia Corumbataí Jaguari Piracicaba Piracicaba Capivari Jundiaí
Cenozóico 137,76 19,22 149,07 111,27 260,51 677,83 117,49 77,90 873,22 5,71 Bauru
(correlato) - - 47,34 - 70,22 117,56 - - 117,56 0,77
Serra Geral (basalto) - - 41,47 - 67,07 108,54 - - 108,54 0,71
Diabásio 102,60 4,75 105,95 168,97 308,69 690,96 64,82 - 755,78 4,94 Guarani - - 667,46 - 1.448,19 2.115,65 - - 2.115,65 13,82
Passa Dois - - 600,40 19,82 599,05 1.219,27 31,01 - 1.250,28 8,17 Tubarão 105,85 35,38 67,50 846,53 947,06 2.002,32 1.085,23 111,03 3.198,58 20,90
Cristalino Pré-Cambriano 2.522,53 970,65 - 2.143,41 - 5.636,59 322,37 925,10 6.884,06 44,98
SOMA 2.868,74 1.030,00 1.679,19 3.290,00 3.700,79 12.568,72 1.620,92 1.114,03 15.303,67 100,00
Quadro 3.12. Área de afloramento dos principais aqüíferos associados às unidades geológicas nas Bacias PCJ, em % de área.
Aqüífero
Área (%)
Sub-Bacias do Piracicaba Bacias do PCJ PCJ-TOTAL
Atibaia Camanducaia Corumbataí Jaguari Piracicaba Piracicaba Capivari Jundiaí Cenozóico 4,8 1,9 8,9 3,4 7,0 5,4 7,2 7,0 5,7
Bauru (correlato) - - 2,8 - 1,9 0,9 - - 0,8 Serra Geral - - 2,5 - 1,8 0,9 - - 0,7
Diabásio 3,6 0,5 6,3 5,1 8,3 5,5 4,0 - 4,9 Guarani - - 39,7 - 39,1 16,8 - - 13,8
Passa Dois - - 35,8 0,6 16,2 9,7 1,9 - 8,2 Tubarão 3,7 3,4 4,0 25,7 25,6 15,9 67,0 10,0 20,9
Cristalino Pré-Cambriano 87,9 94,2 - 65,1 - 44,8 19,9 83,0 45,0 SOMA 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
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Quadro 3.13. Vazão disponível nos principais aquíferos associados às unidades geológicas nas Bacias PCJ, em m3/s.
Vazão (m3/s)
Aqüífero Sub-Bacias do Piracicaba Total
Piracicaba Total
Capivari Total
Jundiaí PCJ-
TOTAL % (PCJ-
total) Atibaia Camanducaia Corumbataí Jaguari Piracicaba Cenozóico 0,163 0,025 0,172 0,131 0,237 0,728 0,095 0,066 0,889 6,4
Bauru (correlato) - - 0,055 - 0,064 0,119 - - 0,119 0,9 Serra Geral (basalto) - - 0,037 - 0,047 0,084 - - 0,084 0,6
Diabásio 0,094 0,005 0,094 0,153 0,216 0,562 0,040 - 0,602 4,3 Guarani - - 0,888 - 1,518 2,406 - - 2,406 17,3
Passa Dois - - 0,400 0,013 0,314 0,727 0,014 - 0,741 5,3 Tubarão 0,125 0,046 0,078 0,999 0,860 2,108 0,879 0,094 3,081 22,1
Cristalino Pré-Cambriano 2,300 0,976 - 1,945 - 5,221 0,201 0,600 6,022 43,2 SOMA 2,682 1,052 1,724 3,241 3,256 11,955 1,230 0,759 13,944 100,0
Quadro 3.14. Vazão disponível nos principais aquíferos associados às unidades geológicas nas Bacias PCJ, em % de vazão.
Vazão (%)
Aqüífero Sub-Bacias do Piracicaba Total
Piracicaba Total Capivari Total Jundiaí
PCJ-TOTAL Atibaia Camanducaia Corumbataí Jaguari Piracicaba
Cenozóico 6,1 2,4 10,0 4,0 7,3 6,1 7,7 8,7 6,4 Bauru (correlato) - - 3,2 - 2,0 1,0 - - 0,9
Serra Geral (basalto) - - 2,1 - 1,4 0,7 - - 0,6 Diabásio 3,5 0,5 5,5 4,7 6,6 4,7 3,3 - 4,3 Guarani - - 51,5 - 46,6 20,1 - - 17,3
Passa Dois - - 23,2 0,4 9,6 6,1 1,1 - 5,3 Tubarão 4,7 4,4 4,5 30,8 26,4 17,6 71,5 12,4 22,1
Cristalino Pré-Cambriano 85,8 92,8 - 60,0 - 43,7 16,3 79,1 43,2 SOMA 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
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Área Aflorante das Bacias PCJ
5,71%0,77% 0,71%
4,94%
13,82%8,17%
20,90%
44,98%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
Cen
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ois
Tu
bar
ão
Cri
stal
ino
Pré
-C
amb
rian
o
Figura 3.8. Área aflorante das unidades aqüíferas das Bacias PCJ (%).
Disponibilidade Hídrica Subterrânea
6,40%0,90% 0,60%
4,30%
17,30%
5,30%
22,10%
43,20%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
Cen
ozó
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Tub
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o
Cri
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Pré
-C
ambr
iano
Vaz
ão (%
)
Figura 3.9. Disponibilidade hídrica subterrânea, em %.
Disponibilidade Hídrica Subterrânea
0,8890,119 0,084
0,602
2,406
0,741
3,081
6,022
0,001,002,003,004,005,006,007,00
Cen
ozó
ico
Bau
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Vaz
ão (m
3 /s)
Figura 3.10. Disponibilidade hídrica subterrânea, em m3/s, por Aqüífero.
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Disponibilidade Hídrica Subterrânea
2,6821,052 1,724
3,241 3,2561,23 0,759
11,955
0,002,004,006,008,00
10,0012,00
Atibai
a
Caman
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Corum
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Piraci
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Total
Pira
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Total
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Total
Jund
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Vaz
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3 /s)
Figura 3.11. Disponibilidade hídrica subterrânea, em m3/s por Sub-Bacia.
De forma geral, os aqüíferos Tubarão e Cristalino são os principais fornecedores de água subterrânea nas Bacias PCJ e estão localizados nas áreas mais populosas; o aqüífero Guarani, por sua vez, é uma excelente opção, mas está situado em áreas menos populosas. Estas observações evidenciam que ações de preservação e/ou remediação, a depender do caso, devam ser efetuadas nas áreas dos aqüíferos Tubarão e Cristalino, notadamente naquelas em que se situam as maiores cidades e, por conseqüência, com maior aporte (potencial) de cargas poluidoras. Nas áreas de afloramento do Guarani, por outro lado, devem ser priorizadas as ações de preservação, tendo em vista a recarga deste manancial estratégico. As estimativas de disponibilidade hídrica subterrânea devem, conforme já ressaltado, ser usadas com cautela, servindo, no entanto, para o planejamento das Bacias PCJ dentro do estágio atual de conhecimento da hidrogeologia regional quantitativa. Por outro lado, devem ser incentivados estudos de detalhe, para cada aqüífero, visando à caracterização da geometria das unidades geológicas, isópacas de base e topo de aqüíferos, características e zoneamentos hidrodinâmicos e hidrogeoquímicos, entre outros. Do ponto de vista qualitativo, deve-se atentar para o risco de contaminação das águas subterrâneas (com duas variáveis principais: vulnerabilidade e cargas poluidoras) e, do ponto de vista quantitativo, o excesso de explotação. Neste sentido, devem ser priorizadas as seguintes ações: cadastro sistemático de poços; estudos de geologia estrutural (geometria das camadas, estruturas, etc.); estudos para determinação de parâmetros hidrodinâmicos dos aqüíferos; mapeamento de detalhe da vulnerabilidade natural dos aqüíferos e inventários temáticos visando à determinação das cargas poluidoras.
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4. BALANÇO ENTRE DISPONIBILIDADE E DEMANDA
Conhecidas as disponibilidades reais em toda a Bacia PCJ e as demanda nela existente, pode-se determinar o balanço disponibilidade pela demanda. A análise desse balanço é, talvez, um dos assuntos mais importantes a serem abordados em um Relatório de Situação. As disponibilidades hídricas reais nas Bacias PCJ já foram estimadas anteriormente, incluindo a influência da outorga de uso do Sistema Cantareira, sendo, portanto, diferente das vazões disponíveis utilizadas nos relatórios passados. O balanço hídrico, conceitualmente, determina qual a disponibilidade de água ainda existente na Bacia, determinada por meio da disponibilidade real, diminuída dos valores de captação e acrescida dos valores de lançamentos. Sendo assim, no balanço, a qualidade da água disponível não é considerada. O Quadro 4.1 apresenta os valores de disponibilidade real, captações, lançamentos e o saldo, isto é, a quantidade de água ainda disponível para uso.
Quadro 4.1. Dados de disponibilidade x demanda.
Sub-Bacia Vazões (m3/s)
Qdisponível Captações Lançamentos Saldo
Camanducaia 3,502 0,85 0,07 2,73
Jaguari 8,403 3,51 2 6,89 Atibaia 10,471 8,91 5,49 7,05
Corumbataí 4,7 3,85 0,43 1,28 Piracicaba 8,16 9,81 5,11 3,46
Total Piracicaba 35,23 26,93 13,1 21,40 Total Capivari 2,38 2,76 1,84 1,46 Total Jundiaí 3,3 5,18 2,14 0,26
Total PCJ 40,91 34,87 17,32 23,36
As captações nas Bacias PCJ somam 34,87 m3/s, isto é, 88,2% da disponibilidade, o que leva à conclusão que praticamente toda a vazão disponível é captada. Já os lançamentos somam 17,32 m3/s, cerca de 42,33% do volume captado. Os valores apresentados no Quadro 4.1 são sintetizados e apresentados na Figura 4.1 e na Figura 4.2. A Figura 4.3 apresenta, em termos relativos, os usos consumitivos e os saldos existentes em cada uma das Sub-Bacias do Rio Piracicaba e as Bacias PCJ. Entende-se por uso consumitivo a diferença entre os valores captados e lançados, isto é, a água que é retirada e não volta aos cursos d’água.
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Balanço Hídrico - Bacia do Piracicaba
3,50
2
8,40
3
10,4
71
4,7
8,16
0,85
3,51
8,91
3,85
9,81
0,07
2
5,49
0,43
5,11
2,73
6,89
7,05
1,28
3,46
0
2
4
6
8
10
12
Camanducaia Jaguari Atibaia Corumbataí Piracicaba
Vaz
ões
(m
3/s
)
Disponibilidade Captações Lançamentos Saldo
Figura 4.1. Balanço hídrico na Bacia do Rio Piracicaba.
Balanço Hídrico - Bacias PCJ
35,2
3
2,38 3,3
40,9
1
26,9
3
2,7
6 5,1
8
34,8
7
13,1
1,8
4
2,1
4
17,3
221,
40
1,4
6
0,2
6
23
,36
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Total Piracicaba Total Capivari Total Jundiaí Total PCJ
Vaz
ões
(m
3 /s)
Disponibilidade Captações Lançamentos Saldo
Figura 4.2. Balanço hídrico nas Bacias PCJ.
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Comparativo Uso x Saldo
22%
18%
33%
73%
58%
39%
39%
92%
43%
78% 82
%
67%
27%
42%
61%
61%
8%
57%
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
Cam
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PC
J
Uso Saldo
Figura 4.3. Comparativo uso x saldo nas Bacias PCJ.
Na Bacia do Rio Piracicaba o saldo é de 61%. Dentro da Bacia do Piracicaba, a Sub-Bacia que apresenta a situação mais crítica é a do rio Corumbataí, com saldo de apenas 27%, e a que apresenta situação mais confortável é a do rio Jaguarí, com saldo de 82% (Figura 4.3). Na Bacia do Rio Capivari, a utilização dos recursos hídricos atinge 39%, gerando um saldo de 61%. A Bacia do Jundiaí é a mais crítica das Bacias PCJ, com saldo de apenas 8% (Figura 4.3). Em relação aos dados encontrados no Relatório de Situação 2004 a 2006, os valores tiveram certa variação, desde a disponibilidade até o saldo (Quadro 4.2).
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Quadro 4.2. Comparativo dos valores de disponibilidade, captações, lançamentos
e saldo (m3/s). Fonte: IRRIGART (2007) e atualizações.
Sub-Bacia Disponibilidade Saldo
2004-2006
2007 2008 2004-2006
2007 2008
Camanducaia 3,5 3,5 3,502 2,8 2,72 2,73
Jaguari 8,65 7,973 8,403 5,24 6,46 6,89
Atibaia 9,97 9,681 10,471 5,42 6,26 7,05
Corumbataí 4,7 4,7 4,7 2,37 1,28 1,28
Piracicaba 8,16 8,16 8,16 7,36 3,46 3,46
Total Piracicaba 34,98 34,01 35,23 23,18 20,18 21,4
Total Capivari 2,38 2,38 2,38 1,16 1,46 1,46
Total Jundiaí 3,3 3,3 3,3 1,03 0,46 0,26
Total PCJ 40,66 39,69 40,91 25,38 22,14 23,36
Comparando-se os valores de disponibilidade e saldo, de 2004-2006, 2007 e de 2008, pode-se fazer os seguintes comentários. Com a nova outorga do Sistema Cantareira, que entrou em vigor em Agosto de 2004 nas Bacias do Rio Atibaia e Jaguari, nota-se que a disponibilidade no ano de 2008, aumentou 8,2% na Bacia do Rio Atibaia e 6,6% na Bacia do Rio Jaguari, em comparação aos valores de 2007; O saldo hídrico aumentou nas Bacias do Atibaia e Jaguari, nota-se que a disponibilidade no ano de 2008, aumentou 12,6% na Bacia do Rio Atibaia e 5,4% na Bacia do Rio Jaguari.
Comparativo Disponibilidade
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Cam
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Jag
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Cap
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un
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CJ
Vaz
ão (
m3 /
s)
2004/2006 2007 2008
Comparativo Saldo
0
5
10
15
20
25
30
Cam
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tal
Cap
ivar
i
To
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un
dia
í
To
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CJ
Vaz
ão (
m3/s
)
2004 a 2006 2007 2008
Figura 4.4. Comparativo dos valores de disponibilidade e saldo nas Bacias PCJ.
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5. EVENTOS CRÍTICOS QUANTITATIVOS E QUALITATIVOS
Foram registrados dois eventos críticos em termos quantitativos no, segundo a coordenadoria da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico dos Comitês PCJ (CT-MH). A partir de pesquisas em bases de dados disponíveis, está listado abaixo, o principal evento:
� Através da rede telemétrica, foi exposta a situação das vazões que estão ocorrendo na Bacia PCJ. No dia 18/03/2008 devido a cinco postos que apresentavam vazões altas, causando o transbordamento da calha: Atibaia, Bairro da Ponte, Buenópolis, Dal Bó e Usina Ester, houve inundação de um bairro de chácaras em Holambra com manifestação dos moradores contra “a abertura de comportas” de barragens supostamente existentes a montante. Foi feito um esclarecimento à Prefeitura de Holambra sobre a quantidade excessiva de chuva precipitada na bacia do Camanducaia, e que as barragens do Sistema Cantareira estiveram com as compostas fechadas durante o evento chuvoso. (Reunião CT-MH de 28/03/2008).
� Segundo representante do DAE de Sumaré, no ano de 2008 foi possível fazer uma boa reserva no Banco de Águas, em função das chuvas ocorridas (Reunião CT-MH de 30/12/2008).
Em termos de eventos críticos qualitativos, foram registrados nas Bacias PCJ alguns eventos. De maneira geral, esses eventos estão relacionados tanto com o aumento, quanto a escassez hídrica, isto é, com o aumento e a diminuição da vazão, causando efeitos negativos nos corpos d’água. A partir de dados disponíveis, estão listados abaixo os principais problemas em relação à qualidade de água:
� Segundo José Carlos Ricci, no dia 27/02/2008 a captação da cidade de Sumaré, no rio Atibaia foi paralisada por 10 horas, devido ao excesso de fenóis, com 0,005 mg/L, acima do permitido por lei (0,003mg/L). O Representante da CETESB Lúcio Flavio F. Lima, informou que a CETESB tem buscado sempre melhorias na qualidade dos efluentes junto com as empresas, e buscado alternativas para correção da ocorrência (Reunião CT-MH de 28/02/2008).
� Segundo Cléber Salvi, representante da empresa Águas de Limeira, houve problemas com o Oxigênio Dissolvido na represa do ribeirão Pinhal, utilizado para o abastecimento do município de Limeira (Reunião CT-MH de 28/02/2008).
� Representante da DAE S.A. de Jundiaí, Eng.ª Tânia Rita Gritti Ferraretto, informou que em função das chuvas de maio, deverá atrasar o inicio da reversão de vazão do Atibaia para o Jundiaí Mirim (Reunião CT-MH de 30/05/2008).
� Em função da entrada em operação da ETE Anhumas da Sanasa de Campinas, segundo o representante do DAE – Sumaré, José Carlos Ricci, a qualidade da água captada no Atibaia melhorou, havendo um aumento do teor de OD (Reunião CT-MH de 30/05/2008).
� O representante da Prefeitura de Americana informa que a água do Piracicaba na captação tem apresentado qualidade ruim, e que o aumento de vazão vertida é muito bem vindo (Reunião CT-MH de 28/08/2008).
� O Oxigênio Dissolvido do rio Jaguari na captação do município de Limeira está baixando com a diminuição das vazões. Por essa razão é favorável a liberação de mais água no Jaguari (Reunião CT-MH de 28/08/2008).
� Segundo a representante da CETESB, Eng.ª Rita, a mortandade de peixes diminui com vazões maiores (Reunião CT-MH de 28/08/2008).
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� Segundo o representante do DAE de Sumaré, Sr. José Carlos Ricci, a captação do Rio Atibaia tem constatado a presença de odores e substancias aromáticas que modificam as características organolépticas da água (Reunião CT-MH de 28/11/2008). E que o Oxigênio Dissolvido na captação do Rio Atibaia, está baixo (Reunião CT-MH de 30/12/2008).
� Em dezembro, representando o DAE de Sumaré, Sr. Humberto Crivelaro, informou que em função de obras no sistema distribuidor, precisou parar / restringir o abastecimento de água para a cidade de Sumaré (Reunião CT-MH de 30/12/2008).
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6. INSTRUMENTOS DE GESTÃO
Balanço sobre a cobrança do uso de recursos hídricos federal e paulista
A cobrança pelo uso da água é um instrumento de gestão, juntamente com a outorga e os planos de bacias. A região das bacias PCJ aprovou em outubro de 2005, a implementação da cobrança pelo uso da água nos rios de domínio da União, com grandes reflexos nas Bacias PCJ, devido aos principais corpos d’água da Bacia do Piracicaba ser de domínio Federal (Rio Camanducaia, Jaguari, Atibaia e Piracicaba), pois transcorrem entre dois Estados, ou seja, entre o Estado de São Paulo e o Estado de Minas Gerais. No fim do ano de 2006, através do Decreto Estadual n°. 51.446/06, foi aprovado e fixado valores a serem cobrados pela utilização dos recursos hídricos de domínio do Estado de São Paulo nas Bacias PCJ, a ser iniciada em 2007, cujo principio é fundamentado nos conceitos de “usuário pagador” e “poluidor pagador”, com o objetivo de combater o desperdício e a poluição das águas. Essa cobrança é recolhida de serviços de saneamento, indústrias e proprietários rurais que fazem o uso da água (captam, consomem e lançam esgoto). A cobrança do uso da água não deve ser considerada como mais um imposto ao consumidor. De acordo com a Política Nacional dos Recursos Hídricos, a Lei 9.433/07, o objetivo da cobrança pelo uso da água é induzir os usuários a reconhecer a água como um bem econômico, incentivar esses usuários a utilizar esse recurso natural de forma racional, e obter recursos para financiamento de estudos, projetos, obras e programas previstos no Plano de Bacias. Os valores cobrados são de R$ 0,01 por metro cúbico de água captada, R$ 0,02 por metro cúbico de água consumida (água que não retorna ao rio nem mesmo em forma de esgoto), R$ 0,10 por quilo de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) lançado em corpo d’água e R$ 0,015 por metro cúbico de água captada e transposta para outra bacia (caso do Sistema Cantareira). Nas Bacias PCJ, a cobrança pelo uso dos recursos hídricos, é dividida em três tipos: Cobrança Estadual (para rios de domínio do Estado de São Paulo e Minas Gerais) e Cobrança Federal. A arrecadação da cobrança paulista para o foi de aproximadamente R$ 13.000.000,00 (treze milhões de reais), e a arrecadação da cobrança federal foi de R$ 17.600.000,00 (dezessete milhões e seiscentos mil reais), conforme Figura 6.1. Esses recursos arrecadados são aplicados na própria Bacia PCJ como obras e serviços, visando melhorias ambientais e gestão dos recursos hídricos. Em Minas Gerais a arrecadação começara no ano de 2010.
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Arrecadação da Cobrança 2008
17,60
13,00
0,002,00
4,006,00
8,0010,00
12,0014,00
16,0018,00
20,00
Paulista Federal
Milh
ões
Figura 6.1. Arrecadação da Cobrança do uso da água.
Fonte: Comitê PCJ (2008)
Perfil dos usos dos Recursos Hídricos
Os usos dos recursos hídricos são organizados com as seguintes classes: uso urbano (abastecimento público e demais), uso industrial, uso rural (incluindo irrigação), uso em mineração e outros (incluindo usos sem finalidades). Com relação ao tipo de uso, nas Bacias PCJ, predominam o uso urbano (45%), seguido pelo uso Industrial (36%), uso rural (18%), outros (0,6%) e Mineração (0,4%). O Quadro 6.1 apresenta os valores de captação encontrados nas sub-bacias pertencentes às Bacias PCJ. Quadro 6.1. Vazões utilizadas divididas por uso e por sub-bacia.
Sub-bacias Vazões utilizadas (m³/s)
Rural Outros Mineração Urbano Industrial Total Camanducaia 0,55 0,00 0,00 0,40 0,12 1,07
Jaguari 0,86 0,09 0,00 2,78 1,83 5,56 Atibaia 1,58 0,05 0,01 4,83 3,06 9,53
Corumbataí 0,81 0,04 0,09 2,27 0,73 3,93 Piracicaba 1,67 0,01 0,08 2,88 3,57 8,22
Total Piracicaba 5,47 0,2 0,18 13,17 9,30 28,32 Total Capivari 0,67 0,00 0,12 1,00 3,29 5,09 Total Jundiaí 0,87 0,03 0,06 2,88 0,97 4,81
Total PCJ 7,01 0,23 0,36 17,05 13,56 38,21 Fonte das informações: CNARH – Cadastro nacional do usuário de recursos hídricos, disponibilizados pela Agência
PCJ, dados do Cadastro de usuários das Bacias PCJ disponibilizado pela empresa que realiza o cadastro e questionários enviados pelos municípios e Cadastro dos irrigantes nas Bacias PCJ (HIPLAN, 2004) – 1ª fase.
Fonte: Relatório de Situação 2007
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Situação do Cadastro dos Recursos Hídricos
O cadastro de usuários inclui informações sobre vazões utilizadas, local de captação, denominação e localização do curso d’água, empreendimento do usuário, atividade, e a intervenção que o usuário pretende realizar (captação, lançamento ou derivação). O cadastro de usuários nas Bacias PCJ pode ser dividido em três cadastros distintos:
� CNARH – Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos: engloba os usuários, que utilizam recursos hídricos de rios Federais (estado de Minas Gerais e São Paulo);
Para o cadastramento no CNARH, foi desenvolvido um sistema que permite o próprio usuário preencher os dados relativos ao uso que faz da água, realizar consultas e correções, garantindo a possibilidade de atualização das informações inseridas em sua base de dados. Nas Bacias PCJ, esse cadastro se iniciou no ano de 2005, para a implementação da cobrança já no ano de 2006.
� Cadastro Paulista – Engloba usuários que utilizam recursos hídricos estaduais e subterrâneos;
O cadastro de usuários paulista, foi realizado por uma empresa contratada pelo Consorcio Intermunicipal das Bacias dos Rios PCJ e foi iniciado no ano de 2006, para a implantação da cobrança para o inicio de 2007. Esse cadastro apresentou resultados quanto ao número de usuários outorgados na bacia PCJ: 3.718 usuários privados, com 5.487 usos; e 24 usuários públicos (Municípios visitados), com 210 usos, incluindo captações superficiais, captações subterrâneas e lançamentos. Através do cadastro, também foi possível atualizar os dados dos usuários (endereço, valor outorgado), e quantificar os processos de outorga que se encontravam pendentes de documentação, ou fora do prazo de validade.
� Cadastro Mineiro – engloba usuários de recursos hídricos dos rios estaduais e subterrâneos.
O cadastro para os usuários mineiros foi realizado em 2005, pela Empresa Geo Ambiente Sensoriamento Remoto, com o objetivo de obter subsídios para o planejamento integrado do uso múltiplo da água, que possibilitou verificar os cursos d’água mais utilizados e também as finalidades de uso. Foram cadastrados 441 empreendimentos, conforme Figura 6.2. Através desse cadastro, para a confecção do Plano de Bacias Piracicaba Jaguari, a Empresa Irrigart Engenharia e Consultoria em Recursos Hídricos e Meio Ambiente, realizou algumas visitas em usuários industriais para atualização de dados. Ao todo foram visitados 11 usuários industriais, que são os maiores consumidores de água dos municípios mineiros nas bacias PCJ. Em 2009 realizou-se serviço de inclusão dos usuários significantes outorgados no estado de Minas Gerais nas bases co CRARH, haja vista a implantação da Cobrança para o estado nas bacias Piracicaba-Jaguari no ano de 2010.
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Figura 6.2. Pontos de captação e lançamentos levantados no cadastro de usuários.
Fonte: Cadastro de Usuários de Água - MG
Situação dos instrumentos de gestão
Para a Bacia PCJ, a situação dos instrumentos de gestão, é destacada a outorga, que já se encontra consolidada no Estado de São Paulo, onde o nível de consistência das outorgas melhorou muito com a finalização do cadastro de usuários, e com as atualizações devidamente realizadas pelos próprios usuários, através do CNARH – Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos. No Estado de Minas Gerais, segundo o IGAM – Instituto Mineiro de Gestão das Águas, estão outorgados cerca de 44 usuários, um numero bem inferior aos usuários encontrados no cadastro mineiro (441). Isso pode ser explicado, de acordo com o grande número de usuários insignificantes na bacia PJ. Em relação aos Planos de Bacias foi prorrogada a vigência do plano elaborado para o quadriênio 2004-2007, em reedição para os anos de 2008 a 2011.
Investimentos na bacia PCJ
Os recursos financeiros disponíveis aos Comitês PCJ, para o exercício de 2008, para contratações de empreendimentos, por meio do FEHIDRO e das Cobranças PCJ, foram avaliados conforme abaixo:
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Previsão Preliminar de Disponibilidade de Recursos no Exercício de 2008 – Comitês PCJ COBRANÇA FEDERAL Valores em R$
Previsão de arrecadação da cobrança Federal: 17.600.000,00 Descontos Gerais:
Estimativa de Inadimplência: 1% (176.000,00) Custeio da Agencia de Água PCJ: 7,5% (1.306.800,00)
Ações da Agencia de Águas PCJ Ações para cumprimento do Termo de cooperação com a CETESB 40.000,00
Consolidação do Sistema de Gestão (apoio a criação do Comitê PJ-MG) 110.000,00 Comunicação Social 100.00,00
Subtotal 1 250.000,00 Saldos e Rendimentos da cobrança federal 904.886,91 Remuneração do Agente Técnico e Financeiro: 2,2% 368.985,91 Saldo Parcial 1 16.403.101,00
COBRANÇA PAULISTA Valores em R$ Previsão de arrecadação da cobrança Paulista: 13.000.000,00 Descontos Gerais:
Estimativa de Inadimplência: 10% (1.300.000,00) Déficit de arrecadação – 2007 (apurado até 29/02/2008) (50.778,72)
Custos operacionais da cobrança – 2007 (7.215,00) Estimativas cursos operacionais – Cobrança 2008 (Delib.087/2008) (90.000,00)
Saldo Parcial 2 11.552.006,28 Ações da Secretaria Executiva PCJ
Apoio ao funcionamento das CTs e GTs 100.000,00 Apoio aos trabalhos da Cts e GTs 100.000,00
Contratação de Consultorias 145.000,00 Subtotal 2 (2,95% da arrecadação efetiva prevista) 345.000,00
Rendimentos da cobrança paulista 31/12/2007 180.908,12 Saldos entre deliberado e contratado 2007 – cobrança paulista 130.868,55 Indicações 2007 canceladas pela SECOFEHIDRO 510.130,47 Remuneração dos Agentes Técnicos e Financeiro: 2,5% 301.992,30 Saldo Parcial 3 11.726.921,12
FEHIDRO (CRH) Previsão de repasse pelo CRH – sem rendimentos 4.215.425,30 Rendimentos + Retornos de financiamentos – FEHIDRO 2007 307.271,56 Saldo entre deliberado e contratado 2007 (FEHIDRO) 79.039,78 Saldo FEHIDRO de 2007 – não deliberado 67.565,01 Saldo Parcial 4 4.669.301,65 Saldo Parcial 5 para investimentos (parciais 1 + 3 +4) 32.799.323,76
INVESTIMENTOS DE CARATER REGIONAL Total disponível = 10% 3.280.671,45 Rede Hidrológica 2.389.000,00 Estudos de Centrais de Lodos de ETA e de ETE 450.000,00
Subtotal 2.839.000,00
Saldo para investimento nos Grupos 1 e 2 29.960.323,76
Disponível para Grupo 2 (até 35%) 10.486.113,32 Empreendimentos classificados no Grupo 2 7.269.451,46 Saldo Parcial 6: do Grupo 2 para o Grupo 1 3.216.661,86 Disponível para Grupo 1 (mínimo de 65%) 19.474.210,45
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Continua... Saldo Parcial 7: Disp. + Saldo Parcial 6 22.690.782,30 Empreendimentos classificados no Grupo 1 22.679.190,39 Diferença: Saldo – Solicitado 11.681,91 Limite de solicitação por município (20% Grupos 1 e 2) 5.992.064,75 Limite de solicitação SABESP (30% Grupos 1 e 2) 8.988.097,13
Fonte: Deliberação Conjunta dos Comitês PCJ nº 092/2008, de 18/03/2008 Comitê PCJ
No ano de 2008, foram contemplados 53 empreendimentos, sendo 16 com recursos da Cobrança Federal, 19 com recursos oriundos da Cobrança Paulista e 18 com recursos oriundos do FEHIDRO. Os valores investidos, com os recursos do FEHIDRO, totalizaram R$ 4.150.892,16 (quatro milhões, cento e cinqüenta mil, oitocentos e noventa e dois reais e dezesseis centavos), que somadas às contrapartidas dos tomadores atingiram um montante de R$ 6.006.805,26 (seis milhões, seis mil, oitocentos e cinco reais e vinte e seis centavos), conforme apresentado no Quadro 6.2, Quadro 6.3 e Quadro 6.4. Quadro 6.2. Indicações dos Comitês PCJ para contratações com recursos do FEHIDRO – exercício 2008 – GRUPO 1
GRUPO 1 (PDC 3: subprogramas 3.01 e 3.04)
Seq Candidato a Tomador Empreendimento R$ FEHIDRO
R$ Contrapartida
R$ Total
% Contr. PDC
01 DAE – Departamento de
água e esgoto de Jundiaí
Construção de Estação de Tratamento de esgotos
Bairro Fernandes – Bacia do Rio Capivari no
Município de Jundiaí
936.922,79 624.614,79 1.561536,98 40 3
TOTAL GRUPO 1 936.922,79 624.614,79 1.561.536,98 40
Quadro 6.3. Indicações dos Comitês PCJ para contratações com recursos do FEHIDRO – exercício 2008 – GRUPO 2
GRUPO 2 PDC 1,2,3 (subprogramas 3.02, 3.03, 3.05), 4, 5, 6, 7 e 8
Seq Candidato a Tomador Empreendimento R$ FEHIDRO
R$ Contrapartida
R$ Total
% Contr PDC
01 ALIE – Associação Limeirense de Educação
Monitoramento de Metais Pesados por
Espectroscopia de absorção atômica, na
Bacia do Ribeirão Pinhal
210.590,00 108.048,00 318.638,00 33,91 2
02
Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios
Piracicaba, Capivari e Jundiaí
Captação em Gestão Estratégica de Recursos
Hídricos voltada aos usuários industriais
57.336,90 25.412,00 82.748,90 30,71 8
03 Prefeitura Municipal de
Limeira Controle de erosão e
retenção de águas pluviais 147.800,00 53.657,60 201.457,60 6,63 3.02
04 IPÊ – Instituto de
Pesquisas Tecnológicas
Guardiões de Nascentes e Rios: ações de Educação Ambiental e mobilização
comunitária no entorno do reservatório do rio
Atibainha em Nazaré Paulista
111.751,50 41.230,00 152.981,50 26,95 8
05 Prefeitura do Município
de Itatiba
Plano Municipal de gerenciamento de
recursos Hídricos do Município de Itatiba
153.655,56 102.437,04 256.092,60 40 1
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Continua...
06 Associação JAPI
Água é vida, lixo é dinheiro – educação
ambiental para separação do lixo Doméstico na APA
Cabreúva – SP
97.663,60 53.504,80 151.168,40 35,39 8
07 Prefeitura Municipal da Estância Turística de
Joanópolis
Projeto de Recuperação e Preservação de
Nascentes em Joanópolis 102.512,80 40.761,60 143.274,40 28,45 4
08 SAAE – Serviço
Autônomo de Água e Esgoto de Amparo
Troca de redes de água potável, ramais e
hidrômetros no Jardim Camanducaia
249.474,61 166.316,41 415.791,02 40 5
09 CNDA – Conselho
Nacional de Defesa Ambiental
Recomposição da Mata Ciliar do Rio Capivari 278.380,00 70.020,00 348.400,00 20,10 4
10
Fórum Permanente das Entidades Civis que exercem atividades ambientais na Bacia
PCJ
Diagnóstico do Assoreamento na bacia
hidrográfica do rio Corumbataí, desde a foz
no rio Passa Cinco até foz do rio Corumbataí
155.000,00 47.411,56 202.411,56 23,42 4
11 Prefeitura Municipal de Santo Antonio de Posse
Canalização do Córrego do Matadouro 882.474,10 294.157,70 1.176.631,80 258 7
12 Serviço Autônomo de
Água e Esgoto de Indaiatuba
Contenção da Erosão com Bacias de Retenção para Proteção do Manancial
Morungaba/Cupini
130.200,00 55.800,00 186.000,00 30 3
13 Prefeitura Municipal da Estância Turística de
Joanópolis
Adequação de Córregos dos Pintos, Álvaro Costa e
R. Jacareí 66.212,00 16.552,00 82.764,00 20 7
TOTAL GRUPO 2 2.643.051,07 1.075.308,71 3.718.359,78
Quadro 6.4. Indicações dos Comitês PCJ para contratações com recursos do FEHIDRO – exercício 2008 – Empreendimentos suplentes 2006 e 2007.
Empreendimentos Suplentes 2006 e 2007
Seq Candidato a Tomador
Empreendimento R$ FEHIDRO
R$ Contrapartida
R$ Total
% Contr.
PDC
01 Consorcio PCJ
Indicação de aproveitamentos hidráulicos para regularização de
afluências na bacia do Rio Atibaia a jusante do Sistema
Cantareira
239.900,00 60.000,00 299.900,00 20,01 6
02
Prefeitura Municipal de
Bom Jesus dos Perdoes
Estudo e Projeto de Unidade de Conservação no município de
Bom Jesus dos Perdões 111.000,00 39.000,00 150.000,00 26 4
03 Instituto Terra
Mater
Construção de uma cartilha participativa voltada para bacias
hidrográficas: elaboração de material didático e educação ambiental para a sub-bacia
hidrográfica do ribeirão Piracicamirim
129.880,60 33.955,00 163.835,60 20,73 8
04 Consorcio PCJ
Projeto piloto de Educação ambiental “Em Defesa da Água”
Municípios da Bacia do rio Jundiaí – Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Indaiatuba,
Itupeva, Jundiaí, Mairiporã, Salto e Várzea Paulista
90.137,70 23.035,20 113.172,90 20,35 8
TOTAL SUPLENTES 570.918,30 155.990,20 726.908,50
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Os valores investidos, com os recursos da cobrança Federal, totalizaram R$ 13.934.742,95 (treze milhões, novecentos e trinta e quatro mil, setecentos e quarenta e dois reais e noventa e cinco centavos), que somadas às contrapartidas dos tomadores atingiram um montante de R$ 23.831.507,91 (vinte e três milhões, oitocentos e trinta e um mil, quinhentos e sete reais e noventa e um centavos), conforme apresentado no Quadro 6.5, Quadro 6.6, Quadro 6.7 e Quadro 6.8.
Quadro 6.5. Indicações dos Comitês PCJ para contratações com recursos da cobrança Federal – exercício 2008 – Empreendimento de Caráter Regional.
Empreendimentos de Caráter Regional
Seq Candidato a Tomador Empreendimento R$
Cobrança Federal
R$ Contrapartida
R$ Total
% Contr. PDC
01 Agência de Água PCJ
Fornecimento de Equipamentos e
Prestação de Serviços Técnicos de
Manutenção, Calibração e Transmissão de dados visando a manutenção e adequação do sistema
de monitoramento remoto quali-
quantitativo das Bacias PCJ
2.389.000,00 - 2.389.000,00 -
02
Consórcio Intermunicipal das Bacias
Hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e
Jundiaí
Estudo de Viabilidade para instalação e
Operação de centrais de Lodos de ATA e ETE
nas Bacias PCJ
450.000,00 - 450.000,00 -
TOTAL CARATER REGIONAL 2.839.000,00 - 2.839.000,00 -
Quadro 6.6 Indicações dos Comitês PCJ para contratações com recursos da cobrança Federal – exercício 2008 – GRUPO 1.
GRUPO 1: PDC 3 (Sub programas 3.01 e 3.04)
Seq Candidato a Tomador
Empreendimento R$
Cobrança Federal
R$ Contrapartida
R$ Total
% Contr.
PDC
01
SANASA - Sociedade de
Abastecimento de Água e Saneamento
S/A
Obras de Ampliação e Equipamentos para
Otimização da Estação de Tratamento de Lodo das
Estações de Tratamento de Água 3 e 4.
2.755.049,03 1.836.699,36 4.591.748,39 40,00 3
02 DAE - Departamento de Água e Esgoto de
Jundiaí
Construção de Estação de Tratamento de Esgotos
Bairro São José - Bacia do Rio Capivari no Município
de Jundiaí
512.440,28 341.626,85 854.067,13 40,00 3
03 DAE - Departamento de Águas e Esgotos
de Valinhos
Implantação do Sistema de Controle de Odor do
Tratamento Preliminar da Estação de Tratamento de Esgotos - ETE Capuava.
200.756,43 133.837,61 334.594,04 40,00 3
04 Prefeitura Municipal
de Jaguariúna
Sistema de Afastamento (Coletor-Tronco) e Transp.
de Esgoto Sanitários - Bacia do Jaguari - Fase 03.
1.900.450,28 1.266.966,85 3.167.417,13 40,00 3
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Continua...
05
SAAE - Serviço Autônomo de Água e
Esgoto de Rio das Pedras
Projeto Básico de Reaproveitamento de Água do Processo do Sistema de Tratamento, Desidratação e Disposição Final dos Lodos
das ETAs I, II e III do Município de Rio das
Pedras.
100.348,51 49.425,39 149.773,90 33,00 3
06
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Paulo
Sistema de Tratamento de Esgoto do Município de
Vargem.
3.545.901,28
2.363.934,18
5.909.835,46 40,00 3
07 Serviço Autônomo
de Água e Esgoto de Capivari
Projeto de Reaproveitamento de Água
do Proc. Do Sistema de Tratamento, Desidratação e Disposição Final dos Lodos das ETAs I e II do Município
de Capivari.
111.688,58 37.229,53 148.918,11 25,00 3
08
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Paulo
Adequações de Estações Elevatórias, Sistema de
Esgotamento Sanitário do município de Paulínia.
837.820,04 209.455,01 1.047.275,05 20,00 3
TOTAL – GRUPO 1 9.964.454,43 6.239.174,78 16.203.632,21 -
Quadro 6.7 Indicações dos Comitês PCJ para contratações com recursos da cobrança Federal – exercício 2008 – GRUPO 2.
GRUPO 2: PDC 1,2,3 (Sub programas 3.02, 3.03 e 3.05) 4, 5, 6, 7 e 8
Seq Candidato a Tomador Empreendimento R$
Cobrança Federal
R$ Contrapartida
R$ Total
% Contr. PDC
01 SEMAE - Serviço
Municipal de Água e Esgoto
Controle de Perdas no Sistema de
Abastecimento de Água de Piracicaba - Fase 2
273.811,00 182.846,00 456.657,00 40,04 5
02 ALIE - Associação Limeirense de Educação
Parametrização do Uso da Água em Irrigação na
Bacia do Ribeirão Pinhal.
100.715,00 58.592,00 159.307,00 36,78 5
03 Prefeitura Municipal de Extrema
Projeto Conservador das Águas
218.965,00 72.000,00 290.965,00 24,75 4
04 Associação Terceira Via Coletivo Educador
Mantiqueira Sustentável - Fase II
272.258,27 181.505,51 453.763,78 40,00 8
05 Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo
Controle de Perdas: Instalação de válvulas redutoras de pressão
nos municípios de Itatiba, Campo Limpo
Paulista, Várzea Paulista e Jarinu.
1.596.937,71 399.234,43 1.996.172,14 20,00 5
TOTAL – GRUPO 2 2.462,686,98 894.177,94 3.356.864,92 -
Quadro 6.8 Indicações dos Comitês PCJ para contratações com recursos da cobrança Federal – exercício 2008 – Empreendimentos Suplentes 2006 e 2007.
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Empreendimentos Suplentes 2006 e 2007
Seq Candidato a Tomador Empreendimento R$
Cobrança Federal
R$ Contrapartida
R$ Total
% Contr. PDC
01 SAAE - Saneamento Ambiental de Atibaia
Construção do Coletor Tronco Itapetininga -
Etapa 1. 1.131.288,52 300.722,26 1.432.010,78 21,00 3
TOTAL SUPLENTES 1.131.288,52 300.722,26 1.432.010,78 21,00
Os valores investidos, com os recursos da cobrança PCJ Paulista, totalizaram R$ 11.721.820,49 (onze milhões, setecentos e vinte e um mil, oitocentos e vinte reais e quarenta e nove centavos), que somadas às contrapartidas dos tomadores atingiram um montante de R$ 18.229.975,46 (dezoito milhões, duzentos e vinte e nove mil, novecentos e setenta e cinco reais e quarenta e seis centavos), conforme apresentado no Quadro 6.9,
Quadro 6.10 e Quadro 6.11.
Quadro 6.9 Indicações dos Comitês PCJ para contratações com recursos da cobrança PCJ Paulista – exercício 2008 – GRUPO 1
GRUPO 1: PDC 3 (Sub programas 3.01 e 3.04)
Seq Candidato a Tomador Empreendimento R$
Cobrança Paulista
R$ Contrapartida
R$ Total
% Contr. PDC
01 SAAE – Saneamento Ambiental de Atibaia
Implantação de Equipamentos e obras
complementares na ETE Estoril
346.058,86 230.705,90 576.764,76 40 3
02 DAE – Departamento de Água e Esgoto de Santa
Barbara D’oeste
Tratamento Físico Químico da ETE
Barrocão 1.559.988,63 1.039.992,42 2.599.981,05 40 3
03 SAAE – Serviço
Autônomo de água e Esgoto de Indaiatuba
Interceptor (coletor tronco) da margem direita do rio Jundiai
3.520.625,05 2.347.083,36 5.867.708,41 40 3
04 SANASA – Soc. De
Abastecimento de água e saneamento S/A
Estação de tratamento de esgoto bosque das
Palmeiras 1.609.146,89 1.072.764,67 2.681.911,56 40 3
05 DAE – Departamento de Água e Esgoto de Santa
Barbara D’oeste
Tratamento físico químico da ETE Balsa
736.465,95 490.977,30 1.227.443,25 40 3
06 DAE – Departamento de
Água e Esgoto de Americana
Reforma do digestor de lodo primário – ETE
Carioba 413.405,61 275.603,74 689.009,35 40 3
07 DAE – Departamento de
Água e Esgoto de Americana
Execução da estação elevatória de esgoto e linhas de recalque – Jd
da Mata
358.524,41 193.051,60 551.576,01 35 3
08 SAAE – Serviço
Autônomo de água e Esgoto de Cordeirópolis
Projeto Executivo do sistema de tratamento,
desidratação e disposição final do lodo da ETA do município de
Cordeirópolis
100.367,00 49.434,50 149.801,50 33 3
TOTAL – GRUPO 1 8.644.582,40 5.699.613,49 14.344.195,89 -
Thesis - Engenharia e Construções Ltda Rua Dr. Carlos de Camargo Salles, 212 – Jd. Lutfalla – São Carlos– S – CEP: 13560-550- Fone/Fax:(16) 3413-6586 e-mail: [email protected]
Quadro 6.10 Indicações dos Comitês PCJ para contratações com recursos da cobrança PCJ Paulista – exercício 2008 – GRUPO 2
GRUPO 2: PDC 1,2,3 (Sub programas 3.02, 3.03 e 3.05) 4, 5, 6, 7 e 8
Seq Candidato a Tomador Empreendimento R$
Cobrança Paulista
R$ Contrapartida
R$ Total
% Contr. PDC
01 DAE – Departamento de Água e Esgoto de
Valinhos
Implantação de Sistema de Informações
Geográficas para apoio ao estudo DAE redução e
controle de perdas
181.577,47 120.941,22 302.518,69 39,98 5
02 SANEBAVI –
Saneamento Básico Vinhedo
Execução do plano diretor de combate as
perdas totais no sistema de distribuição de água
no município de Vinhedo
140.000,00 60.000,00 200.000,00 30 5
03 Prefeitura Municipal de
Várzea Paulista
Desenvolvimento do plano diretor de
Macrodrenagem e modelagem hidrológica do município de Várzea
Paulista
208.955,00 81.047,78 290.002,78 27,95 5
04 SABESP – Cia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo
Controle de Perdas – instalação de
macromedidores nos município de Monte Mor
e Hortolândia e Centro de controle operacional
700.239,31 175.059,,83 875.299,14 20 5
05 Prefeitura Municipal de Campo Limpo Paulista
Elaboração do Plano Municipal de
gerenciamento ambiental e gestão municipal de
recursos hídricos
199.381,00 85.449,00 284.830,00 30 1
06
Fórum Permanente das entidades civis que exercem atividades
ambientais nas Bacias PCJ
Levantamento e mapeamento das
nascentes da bacia hidrográfica do Rio
Corumbataí incluídas na Carta topográfica de Rio Claro – 1:50.000 - IBGE
215.168,60 69.777,60 284.946,20 24,49 1
07 Fundação de Apoio a Pesquisa Agrícola –
FUNDAG
Levantamento do grau de utilização e de alteração
físico-ecologica das várzeas da bacia do PCJ – Etapa 4 – Sub bacia do
Jundiaí
127.691,27 58.439,06 186.130.33 31,4 1
08 CPTI – Cooperativa de Serviços e Pesquisas
Tecnológicas
Balanço e Modelagem de nutrientes e sedimentos nas Bacias hidrográficas do Sistema Cantareira de abastecimento de água
400.000,00 100.000,00 500.000,00 20 1
09 Prefeitura Municipal de Cabreúva
Projeto de implantação do sistema municipal de informações ambientais
de Cabreúva/SP
201.932,36 56.033,80 257.966,16 21,72 1
10
SORIDEMA – Sociedade Rioclarense
de Defesa do Meio Ambiente
Estudo de legislação do diagnostico e da
capacitação visando a criação de área de
proteção e recuperação de mananciais do Rio
Passa Cinco: um manancial de importância regional para o estado de
São Paulo
145.493,08 48.723,52 194.216,60 25,09 1
TOTAL – GRUPO 2 2.520.438,09 855.471,81 3.189.779,57 -
Thesis - Engenharia e Construções Ltda Rua Dr. Carlos de Camargo Salles, 212 – Jd. Lutfalla – São Carlos– S – CEP: 13560-550- Fone/Fax:(16) 3413-6586 e-mail: [email protected]
Quadro 6.11. Indicações dos Comitês PCJ para contratações com recursos da cobrança PCJ Paulista – exercício 2008 – Empreendimentos Suplentes 2006 e 2007.
Empreendimentos Suplentes 2006 e 2007
Seq Candidato a Tomador Empreendimento R$
Cobrança Paulista
R$ Contrapartida
R$ Total
% Contr. PDC
01 Departamento de Água e Esgoto de Americana
Desidratador de Lodos ETE Carioba 556.800,00 139.200,00 696.000,00 20 3
TOTAL SUPLENTES 556.800,00 139.200,00 696.000,00
Ao todo, os investimentos na Bacia PCJ, com os recursos advindos do FEHIDRO, da Cobrança Estadual e da Cobrança Federal, totalizaram R$ 29.807.455,60 (vinte e nove milhões, oitocentos e sete mil, quatrocentos e cinqüenta e cinco reais e sessenta centavos), aplicados diretamente em obras e serviços nas bacias PCJ e destinados a atividades de apoio à gestão de recursos hídricos.
7. SUBSÍDIOS PARA AÇÕES DE REGULAÇÃO
Apesar de todo o avanço nas questões dos instrumentos de gestão nas Bacias PCJ, existem ainda algumas dificuldades, pontos críticos e prioritários a ser estudados. O cadastramento, as outorgas, a fiscalização, cobrança dos usuários de recursos hídricos e os dados obtidos nas Bacias PCJ, mostram que: Cadastro:
� Níveis relacionados: União, Estados de São Paulo e Minas Gerais. � Comentário: Em relação ao cadastro de usuários de recursos hídricos, foi dado um
grande passo na atualização dos usuários e das outorgas, mas ainda apresenta problemas aos usuários rurais, irrigantes, cuja demanda de uso de água é alta. Ainda não se encontra suficientemente consolidado cadastro dos usuários irrigantes. Entende-se que a expansão de tal segmento no cadastro será importante, dada a implantação da Cobrança no meio rural para o estado de São Paulo em 2010 e a implementação da Cobrança para os usuários do estado de Minas Gerais. O investimento em treinamento dos agentes envolvidos é essencial neste processo.
Fiscalização:
� Níveis relacionados: Estados de São Paulo e Minas Gerais. � Comentário: Sabe-se que muitos usuários, com captações subterrâneas não
possuem cadastro dos poços existentes. Isso seria importante, devido ao conhecimento mais preciso do uso da água subterrânea nas Bacias PCJ e é essencial o processo de fiscalização para inclusão destes membros.
Outorga:
� Níveis relacionados: Estado de Minas Gerais. � Comentário: Dada a implemetação da Cobrança na porção mineira das bacias PCJ,
fica evidente a necessidade de expansão e solidificação da outorga na região, sobretudo nos usos de lançamento, que não passam atualmente por processo de Outorga pelo IGAM.
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Cobrança:
� Níveis relacionados: Estados de São Paulo e Minas Gerais. � Comentário: Considerando a aplicação do instrumento para usuários rurais em SP e
para os usuários da porção mineira da bacia, atenta-se para a manutenção dos atuais níveis de adimplência, envolvendo sobretudo a comunicação acerca do instrumento com os usuários.
Reservatórios:
� Níveis relacionados: União, Estados de São Paulo e Minas Gerais. � Comentário: A operação do Sistema Cantareira exige constante atenção dos
Técnicos das bacias PCJ dada à magnitude de sua influência. Sob este contexto é essencial manutenção de sistema de monitoramento suficientemente detalhado e confiável.