Gulnar Azevedo e SilvaInstituto de Medicina Social - UERJ
Outubro 2008
Indicadores de Saúde
Gulnar Azevedo e SilvaInstituto de Medicina Social - UERJ
Agosto 2009
São medidas sumárias que capturam informações relev antes de diferentes atributos e dimensões de saúde e da perf ormance dos Sistemas de Saúde
Utilizados internacionalmente para avaliar o estado de saúde das populações e para fornecer base para o planejamento de saúde
Indicadores positivos (Índice de Vida- ONU, 1952):Saúde incluindo fat demográficos, alimentação e nut rição, educação, condições de trtabalho, situação de emprego, transp orte, ….segurança social e liberdade humana
Quantificação de variáveis epidemiológicas – OMS:1.Dados para o planejamento2.Identificar desterminantes para prevenção de doen ças3.Avaliar o controle das doenças4.Descrever e classificar doenças5.Produzir conhecimento e tecnologia para promoção da saúde individual
com medidas coletivas
Indicadores de Saúde
São medidas sumárias que capturam informações relevant es de diferentes atributos e dimensões de saúde e da perform ance dos Sistemas de Saúde
Expressos, em geral: proporções, coeficientes ou taxa s
Proporção: relação entre duas freqüências da mesma unidade , glicose na urina, colesterol sérico, citológico vaginal.
Coeficiente: relação entre 2 valores numéricos(velocidade ou intensidade que o fenômeno varia po r unidadeda segunda variável) entoagnosticados - pode mudar o padrão de sinais
(câncer de cólon).
Indicadores de Saúde
Gulnar Azevedo e Silva – IMS/UERJ
Dois tipos de medida para julgar a freqüência de doen ças na população – julgamento de saúde de um indivíduo:
Prevalência Avaliação do estado de saúde num ponto do tempo (sintomas, exames, etc)
IncidênciaObservação do número eventos de saúde relatados que ocorrem num determinado período de tempo sérico, citológico vaginal.
A prevalência de doença tem uma complexidade maior de antecedentes do que a incidência.
MacMahon e Trichopoulos, Epidemiology: Principles and Methods 1996
Medidas de freqüência de doenças
Gulnar Azevedo e Silva – IMS/UERJ
Medidas de doenças
Medida Definição Determinantes___________________________________________________________Incidência N casos novos/100000 pessoas-ano Peso da exposiçã o às causas
Incidência Proporção de pessoas que desenvolverá Incidência
cumulativa a doença antes de uma idade definida
Prevalência Proporção da população com a doença Incidência, prog nóstico e mortalidade
por outras causas
Sobrevida Proporção de pacientes com a doença Histór ia natural da doença
por um tempo específico Estágio do diagnóstico
após o diagnóstico Eficácia terapêutica
Mortalidade No de mortes/100000pessoa-ano ou Incid ência
Prognóstico
Anos de vida No de anos perdidos entre idade da morte Incidê ncia
perdidos e idade esperada da morte Idade do diagnóstico
Prognóstico
__________________________________________________________________________
Adaptado de Lagiou, Adami e Trichopoulos, 2008
Transição epidemiológica no Brasil
Mortalidade Proporcional por grupo de causas, Brasil 193 0-2003
Fonte: DASIS/SVS/MS, 2007
Transição epidemiológica no Brasil
52,0
54,0
56,0
58,0
60,0
62,0
64,0
66,0
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Ano
Cnr
onic
Dis
ease
Pro
port
ion
of D
eath
sMortalidade proporcional por doenças crônicas não-t ransmissíveis, Brasil, 1996-2005
Fonte: DASIS/SVS/MS, 2007
Transição epidemiológica no Brasil
Mortalidade proporcional por doenças infecciosas, B rasil, 1996-2005
Fonte: DASIS/SVS/MS, 2007
6,0
6,5
7,0
7,5
8,0
8,5
9,0
9,5
10,0
10,5
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
ANO
% D
eath
s In
fecc
tious
Dis
ease
CID 10 : A00-B99, G00, G03-G04, N70-N73, J00-J06, J 10-J18, J20-J22, H65-H66
Transição epidemiológica no Brasil
Mortalidade por doença cardiovascular, Brasil, gran des regiões,1980-2005
Fonte: DASIS/SVS/MS, 2007
50
100
150
200
250
300
350
1980 1985 1990 1995 2000 2005
Taxa por 1
00 m
il hab
norte nordeste sudeste
sul centro-oeste Brasil
Dados de inquéritos epidemiológicos
Adultos que fumam ou já fumaram segundo ano de nasci mento, capitais brasileiras
Fonte: SVS/MS, VIGITEL, 2007
0
20
40
60
80
1982-1988
1972-1981
1962-1971
1952-1961
1942-1951
1932-1941
ANO DE NASCIMENTO
%
homens
mulheres
Dados de inquéritos epidemiológicos
Fonte: IBGE, PNAD 1998 e 2003
Proporção de pessoas que referiram doença crônica por idade . Brasil 1998 e 2003
9,1 9,49,1 9,0 13,3
29,7
52,5
69,380,5
31,6 29,9
11,2
24,6
46,6
64,5
77,6
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
Total
0 a 4anos
5 a 13anos
14 a19 anos
20 a39 anos
40 a49 anos
50 a64 anos
65anos ou
mais
1998
2003
Fonte: PN DST-AIDS. *Casos notificados no Sinan até dezembro de 2003.
86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 030
5
10
15
20
25
30
35
Casos de aids por ano de diagnóstico, Brasil, 1986-20 03*
Dados de Sistema de Informação Oficial
Mortalidade por câncer do colo do útero, Brasil , 1 980-2005
Fonte: DASIS/SVS/MS, 2007
200520001995199019851980
ano
4,90
4,80
4,70
4,60
4,50
4,40
4,30
4,20
taxa
po
r 1
00
mil
200520001995199019851980
ano
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
taxa
por
100
mil
Fit line for 70 anos oumais
Fit line for 60 a 69anos
Fit line for 50 a 59anos
Fit line for 30 a 49anos
70 anos ou mais
60 a 69 anos
50 a 59 anos
30 a 49 anosfaixa etária
Ajustada por idade Por faixa etária
Dados de Sistema de Informação Oficial
Como avaliar assitência à saúde?
Donabedian, 1988. The quality of care. How can it beassessed?Jama;260(12):1473-8
Antes de iniciar a avaliação:. Definição de qualidade?. Apenas dependente da avaliação de desempenho dos profissionais?. Ou também da contribuição dos pacientes e do Sist ema de Saúde?
.Como se define saúde e a reponsabilidade sobre ela ?
.O quanto efetivo e ótimo se pensa a assistência?
.Que preferências definem o ótimo: individuais ou s ociais?
Uso de indicadores em avaliação em saúde
Escolha do indicador
Baseado em taxasUsa dados sobre eventos esperados de ocorrer
Baseado em eventos sentinelaIdentifica eventos individuais ou fatos que são ind esejáveis (requer análise posterior)
Uso de indicadores em avaliação em saúde
Como avaliar assitência à saúde?
Próximos passos:
Especificação dos componentes ou resultadosFormulação dos critérios e padrões apropriadosObtenção da informação necessária
Uso de indicadores em avaliação em saúde
Indicadores
Estrutura (atributos estruturais dos locais onde a assitência éprestada)
Processo da atenção
Resultados
Uso de indicadores em avaliação em saúde
EstruturaEx: proporção de médicos, enfermeiros, etc
acesso a tecnologias específicascondutas clínicas
Uso de indicadores em avaliação em saúde
ProcessoEx: proporção de pacientes tratados dentro de proto colos clínicos
ResultadosIntermediáriosEx: reultados de HbA1c para diabéticos
PA para hipertensosFinaisEx: mortalidade
morbidadequalidade de vidasatisfação dos pacientes
Marco teórico: Habicht, Victora, Vaughan, 1999. Evaluation designs for adequacy, plausibility and probability of public health progr amme performance and impact.
Int J Epidemiol ;28:10-18
Indicador Pergunta Definições____________________________________________________________________________Oferta Os serviços ou atividades estão disponíveis? Devem s er oferecidos à população
São acessíveis? alvo e são de qualidade adequadaA qualidade é adequada?
Utilização Os serviços estão sendo utilizados? A população prec isa aceitar os serviços e utilizá-los
Cobertura A população alvo está sendo atingida? A utilização r esultará em uma dadacobertura populacional.Interface entre serviços ou oferta deatividades (processo gerencial) com a população
Impacto Hove um resultado favorável? A cobertura alcançada p ode levara um impacto sobre o desempenho, o comportamento ou a saúde
________________________________________________________________________________________Fonte: Santos, 2007. Guia Metodológico de Avaliaçã o e Definição de Indicadores. Doen ças Crônicas Não Trasmissíveise Rede Carmen. Ministério da Saúde.
Indicadores para avaliação de programas desaúde pulica
Prevenção de obesidade infantil____________________________________________________________________________Oferta Número de escolas oferecendo merenda escolar para c rianças de 6 a 10 anos de idade
Características nutricionais da merenda (quantidade de fibras,gordura, acúcar/porção)
Utilização Número de escolas oferencendo merendaNúmero de crianças participando em cada escola
Cobertura Percentual de escolas oferecendo merenda deste prog rama para 90% ou mais dos escolaresPercentual de crianças que receberam pelo menos 80% das merendas oferecidas pelo programa
Impacto Redução da prevalência de obesidade infantil entre escolares de 6 a 10 anos de idade________________________________________________________________________________________Adaptado de: Santos, 2007.
Indicadores para avaliação de programas/políticas d esaúde pulica
Doll e Hill. Smoking and cancer of the lung. Preliminary report. Br Med J, 1950; 2:739-48
Doll e Doll e Hill. Smoking and cancer of the lung. Preliminary report.
Br Med J, 1950; 2:739-48
Mortalidade por câncer de pulmão e consumo de tabaco no RU
Risco acumulado de morte por câncer de pulmão segundo idade em quem parou de fumar,Reino Unido, 1990
Peto et al. Smoking, smoking cessation, and lung cancer in UK since 1950: combinations of national statistics with two case-control studies, 2000 BMJ; 321:323-9.
A evidência sobre os efeitos da cessação no RU
Risco acumulado de morte por câncer de pulmão segundo idade em quem parou de fumar,Reino Unido, 1990
Peto et al. Smoking, smoking cessation, and lung cancer in UK since 1950: combinations of national statistics with two case-control studies, 2000 BMJ; 321:323-9.
. Inquérito domiciliar sobre comportamentos de risc o e morbidade referida de doenças e agravos não-transmissíveis, 2 003
22,4% SVS/INCA – Ministério da Saúde, 2004
Entre a população de 18 anos e mais:
. Pequisa Nacional de Saúde e Nutrição, 198934,2% Ministério da Saúde, 1990
Prevalência de fumantes no Brasil, 1989-2003
Contribuição dos Registros de Câncer paraEpidemiologiaBreast cancer survival in England
Coleman et al, 2001
0
20
40
60
80
100
1960 1970 1980 1990 2000
Year of diagnosis (incidence, survival) or of death
Rel
ativ
e su
rviv
al (%
)
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
550
600
650
700
Rat
e pe
r 100
,000
70-79 years
70-79 years
50-69 years
20-49 years
50-69 years
70-79 years
20-49 years
50-69 years
70-79 years
50-69 years
One-year survival
Five-year survival
Mortality
Incidence
Mass screening
Breast cancer five-year survival(%), women diagnosed 19 90-94, followed upto 1999. EUROCARE Study
Coleman et al, 2001
0 20 40 60 80 100
SWEDENFINLAND
FRANCEITALY
SWITZERLANDICELAND
NETHERLANDSSPAIN
NO RWAYAUSTRIA
GERMANYDENMARK
MALTA
ENGLANDSCO TLAND
PO RTUGALWALES
SLO VENIACZECH REP.
PO LANDESTO NIA
SLO VAKIAEURO PE
Taxas de mortalidade* por câncer em mulheres, principais tipos,
Brasil, 1979 a 2002
•Padronizada pela População Padrão Mundial por 100 000 habitantes
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
Tax
as p
or 1
00.0
00 m
ulhe
res
Mama Pulmão Cólon e Reto Colo de Útero Estômago Esôfago
*Padronizada pela População Padrão Mundial por 100 000 habitantes
Fonte: Azevedo e Silva, Teixeira, Guerra, 2009.
Incidência de câncer de mama, cidades brasileiras e re giões de mais altas e baixas taxas, 1998-2002
* Padronizada pela População Padrão Mundial por 100 000 habitantesFonte: Divisão de Informação/CONPREV/INCA /MS
Fig. 2.
118,9
115,2
110,9
80,8
68,7
53,8
51,7
15,4
14,7
14,6
0 20 40 60 80 100 120 140
Haw aiian, Havaí, EUA (pop. havaiana)
Colúmbia, EUA (pop. branca)
São Francisco, Califórnia, EUA (pop. branca)
São Paulo
Brasília
Goiânia
Cuibá
Zhongshan, China
Jiashan, China
Omani, Oman
*po r 100 .000 hab itantes ajustada por idade pela pop ulação mund ial; Fonte: Cancer Incidence in Five Cont inents, vo l. IX , IA RC.
Incidência de câncer de próstata, cidades brasileiras e regiões de mais altas e baixas taxas, 1998-2002
216
200,9
195
101,5
84,8
83,4
79,3
2,3
2,1
1,4
0 50 100 150 200 250
Detroit, Michigan, EUA (pop. negra)
Michigan, EUA (pop. negra)
Nova Jersey, EUA (pop. negra)
Brasília
São Paulo
Goiânia
Cuibá
Zhongshan, China
Harbin , Distrito de Nangang, China
Jiashan, China
*por 100.000 habitantes ajustada por idade pela população mundial; Fonte: Cancer Incidence in Five Continents, vol. IX, IARC.
Fig. 3.
Cuidado Integral de Doenças Crônicas Não-TransmissívesPromoção da Saúde, Vigilância, Prevenção e Assistênci a
Diretrizes e RecomendaçõesMinistério da Saúde, agosto/2007
Indicadores de Monitoramento PAP-VS (Programação da s Ações Prioritárias na Vigilância em Saúde)
Indicadores de Fatores de comportamento de Risco----------------------------------------------------------------------------------------------------Tabagismo % fumantes por sexo e faixa etária (>18a)
% ex-fumantes por sexo e faixa etária (>18a)_______________________________________________________
Uso de indicadores em Políticas
Indicadores para monitoramento de doenças----------------------------------------------------------------------------------------------------Mortalidade por Doenças cérbro-vasculares por sexo e faixa etáriaDCNT Doenças isquêmicas do coeração por sexo e faixa etária______________________________________________________________