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A participação e o controle social nas políticas para as mulheres: desafios

postos para a gestão pública

Maria Elisa A. Brandt e Carla de Paiva Bezerra

III Seminário Democracia, Direito e Gestão PúblicaBrasília, 24 e 25 de Novembro de 2011

Tema 2: Equilíbrio Democrático e Controle Social: Sociedade Civil e Participação Social nas Organizações Públicas

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Roteiro

Para sair do impasse: espaços de intervenção na

interface entre gestão e gênero

A gestão da política para as mulheres no contexto geral das estratégias de planejamento e gestão

Contextualização: A inserção da agenda de

gênero nas políticas públicas

Introdução• Objetivo• Pontos de Partida• Principais questões

• Anos 80 e 90: a redemocratização• Anos 2000: a institucionalização de

organismos executivos;• Mecanismos de Democracia Participativa

• PPA 2012-2015• Comentários Finais

• As Conferências e os Planos• O Comitê de Articulação e Monitoramento

do PNPM e a questão da transversalidade

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ObjetivoDiscutir, da perspectiva da gestão, alguns dos desafios para a promoção da participação e do controle social sobre as políticas públicas para as mulheres.

Pontos de Partida:

• A sociedade brasileira é marcada por profundas desigualdades: discriminações de gênero, raça/cor, classe e orientação sexual.

• Padrão dominante de gênero no Brasil: subordinação e dominação das mulheres, tanto na esfera pública como na privada.

• O Estado, por meio de políticas públicas, tem papel fundamental na redução das desigualdades e enfrentamento das discriminações.

• Discutir gestão pública + políticas para as mulheres, entre gestoras e gestores públicos: estratégia relevante de intervenção para quem busca aprimorar a ação estatal nesse campo.

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Questões• De que maneira as dinâmicas participativas

como as conferências de políticas para as mulheres e a atuação do Comitê de Articulação e Monitoramento do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres se inserem no cotidiano da gestão pública?

• Quais as características dos instrumentos de planejamento e gestão atuais, e como eles impactam a construção de uma agenda de gênero nas políticas públicas?

• Que temas de gestão precisam ser debatidos quando buscamos explicação para a impermeabilidade das agendas dos órgãos setoriais às demandas advindas dos movimentos feministas e de mulheres?

Motivos da escolha da estratégia uso do conceito

de transversalidade

Estratégia de gestão X práticas cotidianas do

serviço público

Medidas em gestão, com foco em organizações

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Contextualização: A inserção da agenda de gênero nas políticas públicas

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Contexto mais recente

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Democracia Participativa e as CNPM

Brasil: experiências inovadoras de participação democrática dos cidadãos:orçamentos participativos;conselhos de políticas públicas;conferências temáticas.

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A gestão da política para as mulheres no contexto geral das estratégias de planejamento

e gestão

Processo Conferências Planos Nacionais: o caminho percorrido

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Mas o que é o PNPM?

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O Comitê e o conceito de transversalidade

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O Desafio da Gestão Pública

A questão central que as estratégias de participação e controle social colocam para a gestão é como proceder à melhor tradução possível das demandas da sociedade, expressas por exemplo nos documentos finais das conferências, em políticas concretas.

Na escolha dos instrumentos de gestão, os critérios de eficiência gerencial ou técnica são compatíveis com os critérios democráticos de responsabilização, participação e controle social

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Transversalidade: diferentes campos discursivos

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Para sair do impasse: espaços de intervenção na interface entre gestão e gênero

ARIZNABARRETA (2001): para funcionar, a transversalidade, ou a coordenação horizontal ou lateral em uma organização ou entre várias delas, depende da

percepção comum de sua interdependência, fundada no “compartilhamento de um ambiente de trabalho”, quer porque atuem sobre a mesma realidade externa

(um setor da população) ou porque compartilhem objetivos gerais, da organização ou do sistema de organizações ao qual pertencem

1. Alta hierarquia (Presidência, MPOG): medidas de gestão em organizações

2. Planejamento estratégico, alinhamento, incentivos e sanções

3. Servidor: compreensão do valor público de sua ação atrelado a direitos e legitimidade social das políticas

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Para sair do impasse: espaços de intervenção na interface entre gestão e gênero

“A governabilidade democrática requer tanto a representação das mulheres no jogo democrático como sua presença eficaz nos processos de harmonização com o poder real. A lógica da governabilidade é a do poder efetivo e o poder efetivo demanda um particular esforço sobre os mecanismos e instituições de gestão.” (MONTAÑO; PITANGUY; LOBO, 2003, p. 20)

NOVO PPA – INÍCIO DE UM PROCESSO:• Mais genérico e enxuto, se desvincula do orçamento• Construção transversal: geração de objetivos comuns • Associações entre ações e objetivos mais evidentes• Fortalecimento de transparência e participação social

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Para sair do impasse: espaços de intervenção na interface entre gestão e gênero

GERAÇÃO DE VALOR PÚBLICO: 1. Atividades que respondem efetivamente a demandas democraticamente

legitimadas2. Respostas sejam de natureza pública; e3. Gerem mudanças sociais (resultados) que modifiquem certos aspectos da

sociedade

•Aprimoramento da qualidade técnica (enunciados, objetivos, metas e indicadores consistentes (JANNUZZI, 2001; CAVENAGHI, 2008).•Medidas organizacionais e de desenvolvimento de RH•Sistema de princípios e valores que orientem o comportamento de servidores – GERAÇÃO DE VALOR PÚBLICO


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