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Page 1: IFPE Acontece - Edição Especial

Entrevista com a reitora do IFPE, Cláudia Sansil – pg. 05

Desenvolvimento pela educação

Estudantes de Belo jardim trazem releituras de Luiz Gonzaga para o Fórum – pg. 06

Rei do Baião

Espetáculos prometem emocionar plateia – pg. 07

Coral e Dança

O mundo vai conhecer Pernambuco

Com uma bagagem cultural diversa, delegação pernambucana chega ao Fórum com grandes expectativas – pg. 04

Edição Especial

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Muito prazer, IFPE

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernam-buco é formado pelo antigo CEFET-PE e pelas Escolas Agrotécnicas Fe-derais de Barreiros, Belo Jardim e Vitória. Tem como missão “promover a educação profissional, científica e tecnológica, em todos os seus níveis e modalidades, com base no princípio da indissociabilidade das ações de Ensino, Pesquisa e Extensão”. O IFPE atua em diversos níveis de ensino, desde o técnico, passando pelo superior, chegando até a pós-graduação. São mais de 20 mil estudantes, distribuídos nos campi de Afogados da In-gazeira, Barreiros, Belo Jardim, Caruaru, Garanhuns, Ipojuca, Pesquei-ra, Recife e Vitória de Santo Antão, e, ainda, em 19 pólos da Educação a Distância, localizados em municípios do interior nordestino. Até o final de 2014, serão mais seis campi, quando estará concluída a terceira fase de expansão da instituição.

Institucional 02ifpe acontece #48 mai 12

Conheça a instituição que está em franca expansão no Estado e reúne 20 mil estudantes em atividades de ensino, pesquisa e extensão

ExPEDIEntEReitora

Cláudia Sansil

Av. Professor Luiz Freire, 500 - Cidade Universitária I Recife/PE I CEP: 50740-540 I Fone 55 81 2125.1760 I [email protected] de Comunicação do Instituto Federal de Educação, Ciência e tecnologia de Pernambuco

Assessora de ComunicaçãoRenata Farache

JornalistasCarolina Falcão

Gil AciollyPatrícia Rocha

RevisãoVerônica Rodrigues

EstagiáriaPatrícia Felix

Projeto gráfico e diagramaçãoMichael Oliveira

GráficaSão Mateus

tiragem 12.000 exemplares

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Mais que iguarias, estudantes do IFPE mostram que doces do nordeste são herança da tradição colonial

magem. Nascido em Pesqueira, cidade conhecida como da renda e do doce, ele aprendeu a produzir as delícias com a avó. “Nosso objetivo é mostrar o processo de confecção de forma mais caseira possível”, disse, justificando o motivo pelo qual vai produzir o material em casa, em vez de usar o laboratório do curso técnico de Agroindústria do campus Belo Jardim, que tem características industriais.

Outro integrante do grupo é o estudante Maciel Caetano, que nasceu no interior pernambucano de São Caetano, cida-de conhecida pelas co-cadas. Lá, o produto é fonte de renda para de-zenas de famílias. Com seis anos, ele já estava na cozinha, incentivado pela avó. “Gosto de fa-zer a cocada tradicional de coco, mas também adoro a morena (coco queimado com cravo) e a de leite”, conta o jo-vem, falando ainda das novas cocadas de ce-noura e umbu. Ele diz que, apesar do simples preparo, o doce leva sofisticação a qualquer mesa, seja de restau-rante ou residencial. “Minha expectativa é grande para mostrar a cultura pernambucana

Por Gil [email protected]

O que pode acontecer quando estudantes se juntam para fazer um trabalho escolar? No caso de seis jovens do campus do IFPE, locali-zado no município de Belo Jardim, interior pernambucano, o resulta-do não poderia ser mais saboroso. Apaixonados pela gastronomia local, eles resolveram mostrar ao resto do país a história dos tradi-cionais doces pernambucanos e como essas guloseimas influencia-ram, culturalmente, o restante do Brasil. Para isso, vão levar à Feira Gastronômica da segunda edição do Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, os do-ces de coco, banana, leite, goiaba e a tradicional cocada. Além de degustar, os visitantes aprenderão o passo a passo de como fazer as delícias em casa.

Os tipos de doces foram esco-lhidos, levando-se em conta o cri-tério da praticidade. “A viagem é longa e temos que ter diversos cui-dados, inclusive, com a validade do produto”, explica o estudante Alex Lima, do curso técnico de Enfer-

e o preparo dos doces. Tenho or-gulho da minha terra, e, principal-mente, de São Caetano”, enfatiza.

Além da paixão pela gastrono-mia, os jovens dividem a ansiedade para expor o trabalho nos eventos. “Nosso principal interesse é mos-trar nossa cultura aos povos, como nossa gastronomia influenciou o restante do Brasil”, diz o estudante de Agropecuária, Maciel Tavares. E ele tem razão. O escritor Gilber-to Freire, em seu livro “Açúcar”, contou ao mundo a ligação entre o Nordeste e, particularmente seu

Pernambuco, com o produto de-rivado da cana, planta através da qual a cultura nordestina foi mar-cada, seja no processo de coloni-zação, econômico, antropológico e sociológico. E foi, justamente, a partir do açúcar que o autor traçou a construção da análise do povo regional, tão vinculado aos cami-nhos dos canaviais. Receitas trazi-das pelos africanos, portugueses, holandeses ganharam novas notas nos engenhos e tornaram o Nor-deste a região, por excelência, dos doces.

A cultura do sabor

Gastronomia03ifpe acontece #48 mai 12

Estudantes prometem conquistar o paladar dos participantes do Fórum

Campus Belo Jardim também produz doces industriais no curso de Agroindústria

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Pernambuco falando para o mundo

Delegação 04ifpe acontece #48 mai 12

Por Carol Falcã[email protected]

num momento de desenvolvimento econômico no Estado, o IFPE promove expansão e amplia as possibilidades de acesso a ensino de qualidade

Recife, final dos anos 1940. Uma rádio local começas seus tra-balhos fazendo transmissões em ondas curtas, que permitem que o conteúdo propagado seja ouvi-do em todas as partes do mundo. Assim, nascia um dos slogans mais emblemáticos da cidade e do Esta-do: “Pernambuco falando para o mundo”.

Mais de meio século depois, o desenvolvimento e avanço das Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC) permitem que o Estado esteja cada vez mais co-nectado com o mundo. Mas não é só nesse aspecto que a conexão de Pernambuco com todos os cantos do planeta acontece. O Estado vem chamando a atenção pelo seu de-senvolvimento econômico, capita-neado principalmente pelos setores industrial e de serviços.

E os números comprovam isso. Segundo informações da Agência Estadual de Planejamento e Pes-quisas de Pernambuco (Condepe), o Estado encerrou o ano de 2011 com um PIB da ordem de R$ 110 bilhões, com um crescimento de 5%, enquanto que a taxa nacional foi de 3,1%. Esse índice de cresci-mento coloca Pernambuco como o terceiro colocado no ranking mundial de crescimento do PIB no ano passado, ficando atrás, apenas de gigantes como a China e a Índia.

Antenado com essa configura-ção econômica está o Instituto Fe-deral de Pernambuco, que está em plena fase de ampliação. Com nove campi em funcionamento, cerca de 18 mil estudantes e 1500 servidores (entre docentes e administrativos), o IFPE não para de crescer. Com a

terceira fase da expansão da Insti-tuição, serão mais sete novos cam-pi, que se somarão aos dez em fun-cionamento. Os investimentos são da ordem de 50 milhões.

Autenticidade na bagagem

É fácil reconhecer um pernam-bucano. Provavelmente ele carrega a bandeira do seu Estado ou faz alguma referência a ela (seja na ca-misa, na bolsa ou estilizada numa pintura). É alguém que diz “vis-se?”, gosta de macaxeira com char-que e quando acha alguma coisa boa, diz logo: “Isso é massa!”.

No segundo Fórum Mundial, nem precisa pesquisar muito para encontrar um desses por aí. A de-legação que o IFPE está enviando para o Fórum é composta por 122 participantes (sendo 114 estudan-

tes e oito acompanhantes). Todos percorreram os 3.375 quilômetros que separam Recife de Floripa em quatro ônibus. A jornada de ida e volta totaliza seis dias.

Nas atividades do Fórum, tam-bém é fácil encontrar o sotaque e o gostinho pernambucano. São três atividades autogestionadas: Coral, Dança e Música, que farão homenagens ao centenário de nas-cimento de Luiz Gonzaga, além da presença em atividades técnico-científicas.

Se o contato com um legítimo pernambucano ou pernambucana fizer com que você queira conhe-cer mais sobre o Estado, não per-ca tempo! Vá correndo ao stand do IFPE no Fórum e conheça um pouco da nossa cultura e história. Quem sabe você não volta com a gente?

Delegação mostra toda sua alegria e disposição para encarar os mais de três mil quilômetros entre Recife e Florianópolis

Fotos: Carol Falcão / ASCOM IFPE

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Fórum Mundial é mais um marco na Educação Profissional

Como a senhora avalia o impacto da terceira fase de expansão do IFPE na configuração eco-nômica e social de Pernambuco?

É mais um momento de contribuição da educa-ção profissional. Os cursos serão montados a partir de pesquisa de mercado e audiências públicas, aten-tos aos Arranjos Produtivos Locais. Nosso Estado é o que mais cresce no País; precisamos de novas configurações e cursos para atender a essa realida-de. Nessa perspectiva, quando construídos, os cam-pi ajudarão a manter esse ritmo, sempre crescente, da economia. E desenvolvimento passa, obrigatoria-mente, por educação.

Quase quatro anos após a formação dos Insti-tutos Federais, quais os principais avanços da Instituição e quais os principais desafios para os próximos anos?

São muitos desafios. Destaco a migração de uma cultura escolar para acadêmica, transforma-ção do diverso em uno (culturas agrícola e industrial), motivação de servidores, planejamento eficiente e eficaz, normatizações, melho-ra nos conceitos dos cursos, conclusão da expansão, criação de mes-trados próprios e figurar entre os três melhores institutos do Brasil. Já os avanços dizem respeito à paridade entre administrativos e docen-tes em cargos de direção, implantação de mais de 20 comissões bus-cando maior participação da comunidade acadêmica nas decisões da gestão, maior aproximação com as universidades, ampliação das bolsas de pesquisa e extensão e avanços na área de gestão e TI.

Da tríade Ensino, Pesquisa e Extensão, característica das Univer-sidades e Institutos Federais, a Extensão é, historicamente, a que menos recebia incentivos. A senhora acredita que vivemos um momento de aproximação com a comunidade? Como essa apro-ximação se dá?

No âmbito dos Institutos, a Extensão Tecnológica assumiu um pro-tagonismo inédito. Particularmente no IFPE são várias ações. Ressalto a inserção das comunidades, a extensão rural desenvolvida pelos campi agrícola, e o exitoso programa Mulheres Mil, que iniciou no campus

Recife e foi contemplado com mais três campi na chamada pública de 2011. Recentemente, selecionamos os demais cinco campi, com a última chamada pública da Setec. Vamos ampliar e criar o Homens Mil. Estamos construindo a incubadora de empresa, agência experi-mental e empresa júnior. Temos a caravana de extensão, que aborda as demandas das comunidades locais e atividades artísticas e esportivas dos campi - Essas duas últimas, fundamentais ao desenvolvimento dos nossos estudantes.Qual a importância do Fórum Mundial para os participantes?

São muitas as dimensões positivas dessa participação: integração com outros institutos, contato com outras culturas, apresentações de trabalhos científicos. O IFPE leva uma das maiores delegações do evento, isso demonstra o quanto valorizamos o Fórum. São 114, com representação de todos os campi e EaD, além de docentes e técnicos administrativos, com seus trabalhos. Vamos realizar quatro atividades autogestionadas e apresentação de mais de uma dezena de trabalhos. É uma grande conquista e estamos orgulhos disso. O Instituto está de pa-rabéns e o evento será outro marco na Educação Profissional do Brasil e do Mundo.

Por Carol Falcã[email protected]

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A reitora do IFPE, Cláudia Sansil, fala dos desafios da Educação Profissional e da responsabilidade de realizar a terceira fase da expansão

Entrevista

Foto: Carol Falcão / ASCOM IFPE

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Cultura

voz. Haverá narrativas, mostrando fatos importantes da vida e da obra do compositor. “Quem assistir vai compreender a dimensão do que é Luiz”, explica o professor Evandro Sampaio da Nóbrega, que vai reger o grupo.

O trabalho, que ainda contou com a orientação de outros dois professores da disciplina, Rejane Campelo e Flávio Lima, também vai mostrar as raízes da cultura nordestina. Uma releitura promete momentos de efeitos rítmicos que influenciam o cenário atual. Músi-cas consagradas, como ‘Asa Bran-ca’ e ‘Assum Preto’, terão nova roupagem com notas de funk. Mas também serão tocadas as versões originais do compositor.

“Os arranjos, desenvolvidos pelos próprios estudantes, foram adaptados para serem executados por todos eles. Isso porque antes pretendíamos fazer uma apresen-tação de pequenos grupos, mas decidimos mostrar o todo”, expli-ca o regente. No grupo, o que não falta é entusiasmo e orgulho. Tudo por que os integrantes amam Luiz Gonzaga. A maioria deles já tem

O centenário do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, será comemorado em grande estilo, na segunda edi-ção do Fórum Mundial de Edu-cação Profissional e Tecnológica. Um grupo de 20 estudantes do cur-so superior de Música, do campus Belo Jardim, do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), vai pres-tar uma homenagem ao cantor e compositor, tocando suas músicas, fazendo releituras e mostrando o motivo pelo qual o artista é consa-grado no Brasil.

Para que tudo saia perfeito, esforço e dedicação são funda-mentais. E isso não falta. Desde o início do ano, todas as terças e quintas-feiras, os estudantes da disciplina Prática Profissional tra-balham com as músicas de Gonza-ga. Foi assim que nasceu a ideia de montar o espetáculo. Com a reali-zação do Fórum, surgiu o espaço para mostrá-lo, em primeira mão. Na reta final para a apresentação, além das aulas, ensaios extras são realizados.

‘Será uma hora de apresenta-ção, com coletâneas do Rei. Um show dinâmico, com efeitos de

na música a atividade profissional, uma vez que na concorrida seleção para o curso oferecido no IFPE é realizada uma prova prática bem exigente. Todos ouviram Luiz Gonzaga, desde a infância.

O estudante, Daniel Victor, 22 anos, que toca trombone, é um exemplo. Já trabalha em uma fa-mosa orquestra pernambucana. Mas, para ele, será um orgulho executar, com os colegas de turma, as músicas do cantor que o inspi-rou desde pequeno. “Tenho os discos dele. Desde menino, ouvia na radiola, com o meu avô. Nunca apresentei um trabalho assim. Es-tou ansioso”, revela o jovem.

“Luiz Gonzaga levou Per-nambuco para o resto do Brasil. Mostrou que nossa cultura é forte. A partir dele, passaram a nos olhar, de forma diferente. Agora, vamos mostrá-lo ao mundo”, afirma o estudante William Wanderley, 29 anos, que toca trompete. O mes-mo pensamento é compartilhado por Leonardo Araújo, 26 anos, que toca flauta transversa. “Somos um estado multicultural. Tivemos vá-rias influências musicais. Vamos

mostrar a força de Gonzaga, a for-ça do forró. Palavra que vem do ‘for all’, que quer dizer ‘para todos’ em inglês”, explica.

Tanta admiração não é só pelo trabalho, mas pela vida do compo-sitor. Autodidata, Luiz Gonzaga entendia muito de música. Antes de cantor, era instrumentista. Pas-sou cinco anos de sua vida, pedin-do uma chance às gravadoras onde trabalhava, tocando acordeom. ‘Ele não se dobrou ao modismo musical e segurou a bandeira da resistência do povo nordestino, através de sua arte’, explica o professor.

A música que Gonzaga fazia, em termos instrumentais, não atin-gia as pessoas, como gostaria. “Ele tem músicas harmonicamente sim-ples e outras complexas, que fogem à sequência comum da época do baião. Acrescentou o triângulo ao forró. Melodicamente e harmoni-camente, ele representa o ponta pé inicial da evolução da música nor-destina”, elogia.

Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu no município pernambuca-no de Exu, em 13 de dezembro de 1912.

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Por Gil [email protected]

Rei do Baião é atração no Fórum

Grupo vai mostrar ao público do Fórum a impor-tância de Luiz Gonzaga para a música brasileira

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FPE

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ministradas pelo coreógrafo Black Escobar, como atividade extracur-ricular para alunos da Instituição. De lá para cá, Black não parou de incentivar profissionalmente o gru-po e já montou nove espetáculos, muitos até premiados em festivais estudantis.

Na primeira edição do Fórum, em 2009, a trupe apresentou “So-nhos, peripécias e gargalhadas”, que promovia um passeio pelo universo das brincadeiras infantis. Para o II FMEPT, uma montagem de 2008 foi reformulada e ganhou um novo nome, “Vitalino, o ho-mem que veio do barro”. “Fora do Nordeste, as pessoas não co-nhecem muito a história do mes-tre Vitalino, o famoso criador dos bonecos de barro de Caruaru. Por isso, apostei novamente nesse espe-táculo”, destacou o coreógrafo.

A novidade é que a proposta se ampliou para homenagear os cem anos de Luiz Gonzaga. Black expli-ca que a trilha sonora da primeira montagem contemplava o trabalho do músico de forma instrumental.

Por Patrícia [email protected]

O que têm em comum es-tudantes de diferentes áreas do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), além da busca por uma for-mação profissional? Alguns pode-riam apostar no sonho de garantir um futuro promissor ou até mesmo no desejo de ser um profissional de destaque no mercado, mas o que une esses jovens e os motiva a se-rem quem são é a paixão pela arte.

Com esse sentimento, eles já re-presentaram o IFPE e o Nordeste em vários eventos estaduais e na-cionais. Na segunda edição do Fó-rum Mundial de Educação Profis-sional e Tecnológica (II FMEPT) não podia ser diferente. O grupo de dança Arte em Movimento e o Co-ral IFPE vão levar a magia da arte para os palcos de Floripa e mostrar ao mundo a riqueza cultural nor-destina.

O Arte em Movimento surgiu há 11 anos, fruto das aulas de dança

Nessa nova proposta foi inserida uma música cantada pelo próprio Gonzagão. “Queremos mostrar um pouco da história de dois íco-nes pernambucanos que são con-temporâneos”, ressaltou.

São 20 bailarinos e uma ma-ratona diária de ensaios. Cleiton Zambiachi, 19 anos, é um deles. Estudante de Química, ele vê na dança uma outra paixão que o di-vide. Há três anos no Arte em Mo-vimento, é a primeira vez que vai ao Fórum. “A expectativa é muito grande. É muito bom ter a oportu-nidade de levar um pouco da nossa cultura para o mundo”, afirma.

Vozes – O Coral IFPE existe há mais de 30 anos. Sob a regên-cia da professora de música, Lu-civanda Silva, tem pouco mais de 16. Sua proposta é divulgar o canto coral como algo que pode ser trabalhado em qualquer um. Alunos de todos os cursos e perío-dos, além de egressos, fazem parte do grupo. “Nossa filosofia é a de que todos podem cantar, além de desenvolver a musicalidade indivi-dual, a descoberta do uso correto da voz e a independência auditiva que vai permitir o canto a quatro vozes (soprano, contralto, tenor e

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baixo)”, explica a regente.Sobre a participação do grupo

no I FMEPT, Lucivanda relembra que o repertório era basicamente de músicas do Nordeste. O que mais a marcou foi uma canção de ciranda, expressão cultural forte-mente conhecida em Pernambu-co. “Quando cantamos a ciranda, a plateia toda se envolveu e uma grande roda coletiva foi formada”, lembra.

Para o segundo Fórum, a pro-fessora afirma que o repertório continua priorizando compositores nordestinos, mas revela que vai ha-ver novidades. Dessa vez, o grupo, que é composto de 48 alunos, será representado por 25 integrantes e, igualmente, vai homenagear Luiz Gonzaga.

Em meio a tantas danças e can-ções regionais, o frevo não podia faltar. Pensando nisso, os dois gru-pos se uniram para divulgar o rit-mo pernambucano com um espetá-culo à parte. Seja na chegada, nos intervalos ou no encerramento do encontro, onde houver um espaço eles pretendem contagiar a todos com essa autêntica manifestação da cultura popular promovendo uma inesquecível festa.

Coral IFPE e Grupo de dança Arte em Movimento dão destaque para a cultura nordestina nos palcos do FMEPt

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Vozes e Movimentos

no I Fórum Mundial, em 2009, delegação pernambucana já mostrava seu talento

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Turismo 08ifpe acontece #48 mai 12

O mundo começa em PernambucoDestino de turistas, empresários, investidores e profissionais de todo mundo, Pernambuco atrai cada vez mais olhares para sua rica diversidade

Pernambuco. Estado brasi-leiro localizado na região Nor-deste, com população de quase nove milhões de habitantes, e PIB de mais de R$ 100 bilhões, certo? Mais ou menos. Além de ser o Estado é que mais cresce no País, há quem diga que o futuro se ini-cia aqui. Mas há quem diga que aqui só se veja seca e miséria, que o nosso transporte preferido é o jegue e que todo pernambucano quer mesmo é fazer a vida em ou-tro lugar. Um equívoco. Por causa do crescimento do Estado, muitos trabalhadores de outras regiões estão construindo suas vidas aqui. Com isso, percebem que Pernam-buco é bem diferente do que se ouvia falar. Muito mais do que a economia crescente, Pernambuco respira a cultura que é produzida,

compartilhada e incentivada pe-los seus.

Do litoral ao sertão, o Estado encanta quem vem para trabalhar ou para passar férias. Na capital, o Recife Antigo é o point dos even-tos culturais que agitam os finais de semana e feriados da cidade. A Praça do Arsenal e o Marco Zero se tornaram emblemáticos, quan-do se pensa em cultura incenti-vada (basta conferir os grandes shows e manifestações culturais gratuitos que acontecem por lá). Mas, não é só de festa que vive a capital. Conhecida por sua voca-ção para a inovação, Recife abriga o Porto Digital, empreendimento que reúne cerca de 200 empresas de tecnologia fazendo negócio com o mundo e mais de seis mil colaboradores. A capital também

é conhecida por ser o segundo pólo médico e terceiro pólo gas-tronômico do Brasil.

Mais que carnaval, frevo e folia, Pernambuco também tem a tradi-ção que vem do Sertão, do Agreste e da Zona da Mata. No litoral sul, desenvolvimento anda de mãos da-das com turismo, reservas florestais e diversidade: Ipojuca e Barreiros estão aí para provar. Em Caruaru, tem o São João maior do mundo e a arte de Mestre Vitalino. Em Belo Jardim, a vocação musical do município se confirma nas diversas família dedicadas à atividade mu-sical. Garanhuns é destino certo para quem aprecia flores, jazz e chocolates num clima ameno. Em Afogados, em pleno sertão do pa-jeú, o Sítio Arqueológico Leitão da Carapuça é um museu aberto da

história de nossos antepassados. Nas bandas de Pesqueira, é a

renda e doce que atraem turistas do Brasil e do exterior. Em Vitó-ria, destacam-se os grandes investi-mentos em indústria alimentícia e a produção de um item emblemáti-co da nossa cultura: a aguardente.

O pernambucano sabe do valor que tem para o Brasil e demons-tra isso da melhor forma, seja na culinária, mistura das cozinhas indígena, europeia e africana, seja na alegria esbanjada em suas manifestações culturais ou na economia, que ferve no Porto de Suape. Deixando de lado os mui-tos estereótipos, o que se vê é isso: um povo que cresce a cada dia, respira cultura e tem um orgulho imenso dos que representam nos-so Estado.

Por Patrícia Fé[email protected]

Cenas de Pernambuco: o mundo se encanta com a diversidade do Estado.

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