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Durante as invasões bárbaras do século V, os de francos ocuparam a região da Gália (França). Seu reino expandiu-se durante a Alta Idade Média (séculos V – XI) alcançando grande parte dos territórios europeus.
A dinastia Merovíngia (481 – 751), seu soberano mais importante foi Clóvis (481 – 511), que se converteu ao cristianismo aliando-se à Igreja Romana. Os herdeiros de Clóvis deixavam as tarefas políticas e administrativas aos "Prefeitos do Palácio”. Entre esses prefeitos destacaram-se Carlos Martel e Pepino, o Breve.
Carlos Martel notabilizou-se na Batalha de Poitiers (732), contra os árabes, detendo o seu avanço na Espanha.
Pepino, o Breve, depôs o último merovíngio, fez-se coroar rei dando início à Dinastia Carolíngia que atingiria o apogeu com seu filho, o maior rei dos francos, Carlos Magno.
Atendendo a uma solicitação papal, Pepino combateu os lombardos (Itália Central) e transferiu o domínio das terras conquistadas. Esses territórios passaram à História como "Patrimônio de São Pedro" ou Estados Pontifícios (Papa).
No ano de 768, Carlos Magno subiu ao poder e a 25 de dezembro de 800 foi coroado imperador do Ocidente pelo então Papa Leão III. Tal fato fez crescer grandemente seu poder e prestígio político.
A divisão do Império em condados facilitou a administração e a criação das marcas, em locais sujeitos a invasões, a entrega de seu governo a chefes militares locais, capacitados a defender essas regiões com recursos próprios.
Os Missi Dominici , que eram enviados para fiscalizar a administração dos territórios (condados/marcas); a regulamentação da administração, através das “capitulares” (leis escritas) e a intervenção na área religiosa, inclusive com a indicação e nomeação do alto clero (bispos).
O “Renascimento Carolíngio” atraiu para sua corte grandes sábios, como o gramático Alcuino de York; o historiador Paulo Diácono; o gramático Pedro de Pisa e outros. Nos monastérios, os copitas dedicavam-se aos manuscritos antigos, livros religiosos e crônicas. Carlos Magno fundou escolas, como a célebre “Escola Palatina” (Aquisgrão). Difundiu o canto gregoriano, a música (órgão), etc.
CRESCIMENTO POPULACIONAL:• Fim das invasões.• Maior consumo.• Excedentes populacionais expulsos dos feudos.
–Retomada das cidades.–Aumento do comércio.–Aumento da criminalidade.
• Aperfeiçoamento de técnicas agrícolas.–Moinho hidráulico, arado de ferro...
• Busca de mais terras para cultivo.
O MOVIMENTO CRUZADISTA (séc. XI – XIII):• Movimento religioso e militar dos cristãos para retomar a Terra Santa (Jerusalém), em poder dos muçulmanos.
• Acomodação de excedentes populacionais.• Busca de terras (nobreza).• Busca de aventura ou enriquecimento (pilhagens).
• Absolvição dos pecados ou cura de enfermidades.
• Interesse comercial (mercadores italianos).
Igreja Medieval
•Impôs aos ideais do homem medieval os valores teológicos, ou melhor, a cultura religiosa (teocentrismo cristão).•Justificou a sociedade em camadas (estamentos), necessariamente desiguais.•Se consolidou como uma potência política, gerando uma interdependência entre o poder temporal (político) e o poder espiritual (religioso).
"Questão das Investiduras"A concessão do direito aos soberanos de
nomearem os bispos e padres levou ao alto clero homens despreparados.
Tentando diminuir esta interferência, vários papas entraram em confronto com os soberanos. Dentre os casos mais célebres temos, no século XI, a "Questão das Investiduras", entre o papa Gregório VII e o imperador do Sacro Império Romano-Germânico, Henrique IV. Foi, também, o caso dos conflitos ocorridos no século XIV, entre o papa Bonifácio VIII e o rei francês Filipe, o Belo.
Os beneditinos, foram a mais antiga Ordem Monástica, criada a partir de uma abadia 529, por São Bento.
A ordem foi criada no Monte Cassino, após a morte de São Bento (480-543), em Núrsia, na Itália
Os monges deveriam fazer votos de castidade , pobreza e de obediência aos superiores.
Ordens religiosas
Outras ordens foram criadas na Baixa Idade Média, como a dos dominicanos, por Domingos de Guzmán, em 1260.
Na Itália, com Francisco de Assis (1182-1226) os franciscanos, fizeram parte das chamadas ordens mendicantes, renunciavam a bens materiais.
Arianismo (séc. IV)Arius de Alexandria negava a
consubstancialidade entre Jesus e Deus. Jesus então, seria subordinado a Deus, e não o próprio Deus. Segundo Ário só existe um Deus e Jesus é seu filho e não o próprio.
As Heresias
Valdenses (séc. XII)Pedro Valdo encomendou uma tradução da Bíblia e passou a pregá-la ao povo sem ser sacerdote. Repartiu seus bens entre os pobres.
Os valdenses afirmavam o direito de cada fiel de ter a Bíblia em sua própria língua, sendo esta a fonte de toda autoridade.
Rejeitavam o culto às imagens. Em virtude de sua recusa em interromper suas pregações, foram excomungados em 1184.
Albigenses/Cátaros (século XIII)Pregavam a fraternidade, vida
simples e divisão dos bens eclesiásticos.
João Wyclif (1320 – 1384) e de João Hus (1369 – 1415), que combatiam a cobrança de tributos pela Igreja e pregavam o direito de livre interpretação da Bíblia pelos fiéis.
A Cultura Medieval
Período CarolíngioCorrentes filosóficas pagãs,
dogmáticas e racionalistas coexistiam. Igreja exaltava o dogmatismo no qual os dogmas estavam acima da razão e qualquer especulação, em torno da Bíblia, era vista como pecado mortal.
A Cultura Medieval
O mais importante entre todos os filósofos deste período foi Santo Agostinho. Ele foi intermediário entre os racionalistas e os dogmáticos. Ainda que aceitasse passivamente a verdade revelada, buscava uma explicação intelectual (razão) para sua fé (crença).
Na obra Cidade de Deus, ele subordina a História à vontade divina; sendo assim, tudo que aconteceu ou acontecerá é resultado da divina providência. Acreditava na predestinação do ser humano, pois Deus, quando criou o homem, já sabia quem se salvaria.
A Cultura Medieval
A Cultura Medieval
O termo universidade significava, originariamente,associação ou corporação. Na verdade, em algumas delas, como na Itália, Espanha e sul da França, os estudantes reuniam-se em associações que contratavam e demitiam os mestres. Em outras universidades, como na Europa do Norte, o que existia era uma corporação de professores.
A Cultura Medieval
Trivium e QuadriviumTrivium: Gramática, Retórica e Lógica sendo estudados por 4 ou 5 anos, recebendo-se apenas o título de bacharel.Quadrivium: Aritmética, Geometria, Astronomia e Música. O curso tinha a duração de 3 a 4 anos, e conferia o título de mestre.
A Cultura Medieval
EscolásticaEssa corrente filosófica teve um
notável desenvolvimento na segunda metade da Idade Média. Seu princípio básico era harmonizar a Filosofia e a Religião (razão e fé), procurando encontrar um ponto em comum entre os ensinamentos clássicos de Aristóteles e os postulados da Igreja.
A Cultura Medieval
Pedro Abelardo (1079-1142) – Tenta evidenciar a importância da dúvida, gênese de toda investigação.Alberto Magno (1193-1280) – Tenta abranger todo o campo do conhecimento humano.São Tomás de Aquino (1225-1274) – Entendia que, mesmo na religião, a razão deveria estar acima da fé. Admitia que alguns dogmas, como o da Trindade e o da Criação, não podiam ser provados, mas não admitia que fossem contrários à razão.