DEFORMAÇÕES Hélder Giroto Paiva - EPL
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As rochas da crusta terrestre estão sujeitas a tensões (forças exercidas por unidade de área).
Ocorrem deformações afetados).
nas rochas (forma e/ou volume
Deformações
Origem das tensões 3
Mobilidade das placas litosféricas; Pressão das camadas suprajacentes.
Tipos de tensões: compressão 4
Tendem a reduzir o volume da rocha na direção paralela à atuação das forças, podendo originar a sua fractura.
Associado a limites de placas convergentes
Tipos de tensões: distensão 5
Conduzem ao alongamento da rocha, na direção paralela à atuação das forças, ou à sua fractura.
Associado a limites de placas divergentes
Tipos de tensões: cisalhamento 6
Causam a deformação da rocha por movimentos paralelos em sentidos opostos.
Associado a limites transformantes
Variação da deformação em função da tensão suportada
7
Tipos de deformações como resposta às tensões
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Deformação plástica – é permanente, o material fica deformado sem rotura e verifica-se quando a força aplicada sobre a rocha é superior ao seu limite de elasticidade e inferior ao limite de plasticidade. Associada à formação de dobras.
Deformação frágil/por rotura – o material fractura. Verifica-se quando a força aplicada sobre a rocha é superior ao seu limite de plasticidade originando deformações descontínuas (falhas).
Deformação elástica – é reversível, o material deforma mas, quando a tensão cessa, recupera a sua forma/volume iniciais e verifica-se quando a força aplicada sobre a rocha não ultrapassou o seu limite de elasticidade.
Comportamento das rochas
Profª Sandr
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Comportamento das rochas sob a acção de tensões
A rocha fractura facilmente em condições
de baixa pressão e baixa temperatura
A rocha altera-se, experimentando
permanentes mas sem fracturar, mesmo
elevadas de pressão e temperatura
deformações
em condições
FALHAS DOBRAS
FRÁGIL DÚCTIL
Comportamento das rochas em relação às tensões
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tipo de rocha (composição, estrutura);
condições de pressão;
temperatura;
intensidade da tensão;
conteúdo em fluidos;
tempo de atuação das forças.
FALHAS Hélder Giroto Paiva - EPL
Falhas 2
Superfície de fractura ao longo da qual ocorreu o movimento relativo dos blocos fracturados.
As falhas podem resultar da actuação de qualquer tipo de tensão (compressiva, distensiva ou cisalhante) em rochas com comportamento frágil.
Elementos que caracterizam uma falha
Profª Sandra Nascim
3
5 Plano de Falha superfície de fractura
2 Tecto bloco que se sobrepõe ao plano de falha
1 Muro bloco que se situa abaixo do plano de falha
6 Rejecto ou rejeito movimento relativo entre os dois blocos da falha
4 Inclinação ângulo formado entre o plano de falha e um plano horizontal que o intercepta
3 Direcção orientação da linha de intersecção do plano de falha com um plano horizontal
e
Tipos de falhas 4
O movimento relativo dos dois blocos da falha está na base da sua classificação.
Falhas normais
Falhas inversas
Falhas de desligamento
Falha normal ou distensiva 5
O tecto desce em relação ao muro.
Falha normal ou distensivas
Profª San
6
EUA Lima, Peru
EUA
Falha inversa ou compressiva 7
O tecto sobe em relação ao muro.
Falha inversa ou compressiva
Profª Sandra Nascimento
8
EUA
EUA EUA
9
Profª Sandra Nascimento
Falha de desligamento
Profª Sandra Nascimento
10
Os blocos têm movimentos horizontais, paralelos à direcção do plano de falha.
11
Profª Sandra Nascimento
Vista aérea dum desligamento direito próximo de Las Vegas, Nevada
12 Profª Sandra Nascimento
DES
LIG
AM
ENTO
TIPO DE FALHA
POSIÇÃO DO TECTO E DO MURO
DEFORMAÇÃO CAUSADORA
REJECTO LOCAL DE OCORRÊNCIA
FALH
A N
OR
MA
L O
U
DIS
TEN
SIVA
O tecto desce
relativamente ao muro
Distensiva Oblíquo Separação de placas continentais ou oceânicas
Ex. Rifte Valley Africano
FALH
A IN
VER
SA O
U
CO
MPR
ESSI
VA
O tecto sobe
relativamente ao muro
Compressiva Oblíquo Colisão de placas tectónicas
Ex. Himalaias e Andes
FALH
A D
E
Blocos têm movimentos
horizontais, paralelos à
direcção do plano de
falha
De cisalhamento Horizontal Falhas transformantes de zonas oceânicas
Ex. Falha de Sto André (Califórnia)
Associação de falhas 13
Associação de falhas 14
GRABEN
origem
quando
– depressão de
tectónica formada
um bloco fica
em resultado de
de
afundado
movimentos combinados
falhas tectónicas. HORST – blocos elevados
em relação aos territórios
vizinhos por acção de
movimentos tectónicos
associados a falhas.
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Profª Sandra Nascimento
Graben (falhas normais), Praia de Ribeira D´Ilhas, Ericeira
TIPO DE LIMITE TECTÓNICO
TIPOS de TENSÕES TIPO DE ROCHA/DEFORMAÇÃO
CONVERGENTE COMPRESSÃO (COMPRESSIVAS) As forças tendem a reduzir o volume das rochas.
DÚCTIL – DOBRA (deformação contínua)
FRÁGIL – FALHA INVERSA ( deformação descontínua )
DIVERGENTE DISTENSÃO OU TRACÇÃO (DISTENSIVAS) As forças tendem a alongar a rocha.
DÚCTIL – estiramento
FRÁGIL – FALHA NORMAL ( deformação descontínua )
TRANSFORMAN TE
CISALHAMENTO (CISALHANTES) As forças provocam movimentos paralelos, mas em sentidos opostos.
DÚCTIL – cisalhamento
FRÁGIL – FALHA DE DESLIGAMENTO (deformação descontínua)
DOBRAS Hélder Giroto Paiva - EPL
Deformações nas rochas 2
Deformações das rochas 3
Dobra
Falha
Falha
Falha
Dobras 4
Deformações em que se verifica o encurvamento de superfícies originalmente planas.
Califórnia, EUA
Dobras 5
As dobras resultam da atuação de tensões de compressão em rochas com comportamento dúctil (plástico).
Profª Sandra Nascimento
5
5 Charneira linha que une os pontos de máxima curvatura da dobra/zona de convergência das camadas de cada flanco.
3 Flancos da dobra são as vertentes da dobra; situam-se de um e de outro lado da charneira.
1 Superfície ou plano axial
plano de simetria da dobra, que a divide em dois flancos aproximadamente iguais, com inclinações opostas (contém as charneiras dos diferentes estratos ).
4 Eixo da dobra linha de intersecção da charneira com a superfície axial.
6 2 Núcleo conjunto das camadas mais internas da dobra.
Classificação das dobras 7
PODEM SER CLASSIFICADAS QUANTO:
À idade relativa dos estratos
Posição espacial
Sinforma Antiforma Dobra neutra Anticlinal Sinclinal
Tipos de dobras 8
Quanto à
posição no
espaço
Nome Características
Antiforma Dobra cuja abertura /concavidade está
voltada para baixo
Sinforma Dobra cuja abertura / concavidade está
voltada para cima
Dobra
neutra
Dobra cuja abertura se encontra
lateralmente/ eixo da dobra vertical
Tipos de dobras 9
Quanto à
disposição da
sequência
estratigráfica
(idade
relativa dos
estratos)
Nome Características
Anticlinal
No núcleo da antiforma encontram-se as
rochas mais antigas
Sinclinal No núcleo da sinforma encontram-se as
rochas mais recentes
Rochas mais antigas
Rochas mais recentes
Tipos de dobras 10
Antiforma e Anticlinal
Na superfície do terreno observam-
se rochas mais antigas ladeadas de
rochas mais novas.
Sinforma e sinclinal
Na superfície do terreno encontram-se
rochas mais recentes ladeadas por rochas
mais novas.
Direção e inclinação das dobras
Profª Sa
Directriz – linha horizontal definida pela intersecção do plano da camada com um plano horizontal.
ângulo formado pela directriz com a direcção N-
S magnética ou cartográfica, dada pela bússola.
ângulo formado pela pendente (linha de maior
declive) com o plano horizontal.
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Posição das camadas de rochas da dobra no espaço (atitude das camadas)
INCLINAÇÃO das camadas DIRECÇÃO das camadas
Pro fª Sandra Nascimento
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Reino Unido Crystal Cove, EUA
Asheville Botantical Garden Serra do Ibitipoca, Brasil
Canadá
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Profª Sandra Nascimento
IC 16, nó de Belas
Discordância angular, Praia do Telheiro, Sagres, Algarve
Resumindo … 14
TIPO DE LIMITE
TECTÓNICO
TIPOS de TENSÕES TIPO DE ROCHA/DEFORMAÇÃO
CONVERGENTE COMPRESSÃO (COMPRESSIVAS) As forças tendem a reduzir o volume das rochas.
DÚCTIL – DOBRA (deformação contínua)
DIVERGENTE DISTENSÃO OU TRACÇÃO (DISTENSIVAS) As forças tendem a alongar a rocha.
DÚCTIL – estiramento
TRANSFORMANTE CISALHAMENTO (CISALHANTES) As forças provocam movimentos paralelos, mas em
sentidos opostos.
DÚCTIL – cisalhamento
Profª Sandra Nascime