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História do Brasil

Período da Regência no Brasil Império (1831-1840)

1) Situação política

Depois da abdicação de Dom Pedro I, o poder político no Brasil ficou dividido em

três grupos diferentes que dominar a vida pública brasileira ate 1834, ano da morte

de Dom Pedro I.

• Grupo dos Restauradores – Defendia a volta de Dom Pedro I ao governo do

Brasil. Era composto por alguns militares e grandes comerciantes

portugueses. Uma das principais figuras desse grupo foi José Bonifácio, tutor

do príncipe Pedro de Alcântara.

• Grupo dos Moderados – Defendia o regime monárquico, mas não estava

disposto a aceitar um governo absolutista e autoritário. Era favorável a um

poder no Rio de Janeiro e lutava para manter a unidade territorial do Brasil.

• Grupo dos Liberais Exaltados – Defendia um maior poder administrativo para

as Províncias. Era favorável a uma descentralização do poder e a mudança do

regime monárquico para um regime republicano.

2) Revoltas

Por causa das disputas entre os três grupos, a Regência perde apoio político, abrindo

espaço para diversas revoltas por todo país: Cabanagem (1832 – Pernambuco),

Cabanagem (1835 – Pará), Revolta dos Malés (1835 – Bahia) Sabinada (1837 –

Bahia), Balaida (1838-1841 – Maranhão) e Farroupilha (1835-1845 – Rio Grande

do Sul e Santa Catarina). Estes dois últimos movimentos, a Balaida de caráter

popular, e a Farroupilha de cunho elitista, foram os de maior duração e chegaram a

colocar em risco a unidade nacional com a proclamação das Repúblicas Piratini e

Juliana no sul do Brasil. Além de interesses locais, como a questão do charque no

Rio Grande do Sul, os movimentos tinham como grande motivação o desejo de

maior autonomia provincial que foi concedido pelo Ato Adicional (1834) que criou

os legislativos provinciais e fez outras concessões federalistas. Mas, estas

concessões não foram suficientes para acabar com as revoltas que vão durar pelas

duas etapas da Regência: Trina e Una.

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3) Regência Trina (1831-1835)

Regência Trina Provisória – Devido a minoridade do herdeiro do trono( Dom

Pedro II) para governar o Brasil, foram eleitos, provisoriamente os regentes

Francisco de Lima e Silva, José Joaquim Carneiro de Campos e Nicolau Campos

Vergueiro. Essa Regência durou de abril a julho de 1931.

Regência Trina Permanente – Governou mais de 4 anos e teve como membros:

Francisco de Lima e Silva, João Bráulio Muniz e José Costa Carvalho. Foi a

regência do período mais violento. O Padre Diogo Antônio Feijó se projetou como

defensor da ordem pública através da criação da Guarda Nacional para combater as

Revoltas. José Bonifácio, tutor de Dom Pedro II, foi substituído pelo Marques de

Itanhaém. O Ato Adicional de 1834 alterou a Constituição de 1824, pois

transformou os Conselhos Gerais das Províncias em Assembléias Provinciais, criou

o Distrito Federal; aboliu o Conselho do Estado; e transformou a Regência Trina em

Una.

4) Regência Una (1835-1840)

Regência Una de Feijó (1835-1837) – Era regente o Padre Diogo Antônio Feijó.

Entre as suas principais medidas, estavam a criação do Código de Processo Criminal

e a fundação do Colégio Pedro II. Mas, a Regência também foi marcada pelas

disputas entre Feijó e José Bonifácio; e por problemas como excesso de funcionários

públicos, ameaça de epidemias, a má situação da educação no país; e a oposição do

Congresso as Reformas (liberais x conservadores).

Regência Una de Araújo de Lima (1837-1840) – Diante de tantos problemas, o

Regente Feijó renunciou em favor de Araújo de Lima. Mas, como não conseguiu pôr

um as revoltas, a sua regência foi interrompida com a antecipação da maioridade de

Dom Pedro que, com 14 anos de idade, foi coroado Imperador do Brasil e passou a

usar o título de Dom Pedro II.


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