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Exerccios de Histria do Brasil Perodo Colonial sobre Perodo do Acar com
Gabarito 1) (Vunesp-2003) O Brasil foi dividido em quinze quinhes, por uma srie de linhas paralelas ao equador que iam do
litoral ao meridiano de Tordesilhas, sendo os quinhes
entregues () [a] um grupo diversificado, no qual havia gente da pequena nobreza, burocratas e comerciantes, tendo
em comum suas ligaes com a Coroa.
(B. Fausto, Histria do Brasil.)
No texto, o historiador refere-se s
A) cmaras setoriais.
B) sesmarias.
C) colnias de povoamento.
D) capitanias hereditrias.
E) controladorias.
2) (UEL-1996) A poltica econmica do mercantilismo explica, no Brasil Colnia, a:
a) decadncia da economia de subsistncia no Nordeste.
b) introduo do trabalho assalariado na agricultura.
c) prtica econmica da substituio de importaes.
d) implementao da indstria txtil no Sudeste.
e) implantao da empresa agrcola aucareira.
3) (UFSCar-2001) Sobre a economia e a sociedade do Brasil no perodo colonial, correto relacionar
A) economia diversificada de subsistncia, grande
propriedade agrcola e mo-de-obra livre.
B) produo para o mercado interno, policultura e
explorao da mo-de-obra indgena no litoral.
C) capitalismo industrial, exportao de matrias-primas e
explorao do trabalho escravo temporrio.
D) produo de manufaturados, pequenas unidades
agrcolas e explorao do trabalho servil.
E) capitalismo comercial, latifndio monocultor exportador
e explorao da mo-de-obra escrava.
4) (UNICAMP-2003) Em 1694, tropas comandadas pelo paulista Domingos Jorge Velho destruram o quilombo de
Palmares, que havia se formado desde o incio do sculo
XVII. Poucos sobreviveram ao ataque final, refugiando-se
nas matas da Serra da Barriga sob a liderana de Zumbi,
morto em 20 de novembro de 1695, depois de resistir por
quase dois anos.
a) O que foi o quilombo de Palmares?
b) Alm de realizar ataques a quilombos, que outros
interesses tinham os paulistas em suas expedies pelos
sertes?
c) Explique por que o dia da morte de Zumbi considerado
o "dia nacional da conscincia negra".
5) (UNIFESP-2003) Com relao economia do acar e da pecuria no nordeste durante o perodo colonial, correto
afirmar que:
A) por serem as duas atividades essenciais e
complementares, portanto as mais permanentes, foram as
que mais usaram escravos.
B) a primeira, tecnologicamente mais complexa, recorria
escravido, e a segunda, tecnologicamente mais simples, ao
trabalho livre.
C) a tcnica era rudimentar em ambas, na agricultura por
causa da escravido, e na criao de animais por atender ao
mercado interno.
D) tanto em uma quanto em outra, desenvolveram-se
formas mistas e sofisticadas de trabalho livre e de trabalho
compulsrio.
E) por serem diferentes e independentes uma da outra, no
se pode estabelecer qualquer tentativa de comparao entre
ambas.
6) (Mack-2005) Entre as funes desempenhadas pela Igreja Catlica no perodo colonial, destaca-se:
a) o incentivo escravizao dos nativos, pelos colonos,
por meio da qualificao de todos os ndios como criaturas
sem alma.
b) a tentativa de restringir a utilizao de mo-de-obra
escrava indgena, apenas aos servios agrcolas nas reas de
extrao do ouro e da prata.
c) a orientao da educao indgena, no sentido de
estimular a formao, na colnia, de uma elite intelectual
catlica.
d) a imposio dos princpios cristos por meio da
catequese, favorecendo o avano do processo colonizador.
e) a promoo da plena alfabetizao com a converso de
todos os ndios e negros f catlica.
7) (UFMG-1994) Leia os versos. "Seiscentas peas barganhei
- Que pechincha! - no Senegal
A carne rija, os msculos de ao,
Boa liga do melhor metal.
Em troca dei s aguardente,
Contas, lato - um peso morto!
Eu ganho oitocentos por cento
Se a metade chegar ao porto".
(Heinrich HEINE,, APUD BOSI, Alfredo. DIALTICA
DA COLONIZAO. So Paulo: Cia. das Letras, 1992).
a) IDENTIFIQUE a atividade a que se referem esses
versos.
b) Cada uma das estrofes desenvolve uma idia central.
IDENTIFIQUE essas idias.
8) (Fuvest-2000) No que diz respeito combinao entre capital, tecnologia e organizao, a lavoura aucareira
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implantada pelos portugueses no Brasil seguiu um modelo
empregado anteriormente
a) no Norte da frica e no Caribe.
b) no Mediterrneo e nas ilhas africanas do Atlntico.
c) no sul da Itlia e em So Domingos.
d) em Chipre e em Cuba.
e) na Pennsula Ibrica e nas colnias holandesas.
9) (Vunesp-2003) No Brasil, costumam dizer que para os escravos so necessrios trs PPP, a saber, pau, po e pano.
E, posto que comecem mal, principiando pelo castigo que
o pau, contudo, prouvera a Deus que to abundante fosse o
comer e o vestir como muitas vezes o castigo.
(Andr Joo Antonil, Cultura e opulncia do Brasil por suas drogas e minas, 1711) a) Qual a crtica ao sistema escravista feita pelo autor do trecho apresentado? b) Indique dois motivos que explicam a introduo da escravido negra na poro americana do Imprio portugus.
10) (UFSCar-2003) Observe os versos da cano.
(...)
Mesmo depois de abolida a escravido
Negra a mo de quem faz a limpeza
Lavando a roupa encardida, esfregando o cho
Negra a mo, a mo da pureza
Negra a vida consumida ao p do fogo
Negra a mo nos preparando a mesa
Limpando as manchas do mundo com gua e sabo
(...)
ta branco sujo
(Gilberto Gil, A mo da limpeza)
a) Que origens histricas desencadearam a realidade
descrita na letra de msica apresentada?
b) Que elementos da atual realidade brasileira esto
presentes nessa letra de msica?
11) (UEL-2003) Nos textos a seguir, o jesuta Jos de Anchieta e o escritor Euclides da Cunha apresentam
imagens inusitadas do serto brasileiro.
O mal se espalha nos matos ou se esconde nas furnas e nos pntanos, de onde sai noite sob as espcies da cobra e do
rato, do morcego e da sanguessuga. Mas o perigo mortal se
d quando tais foras, ainda exteriores, penetram na alma
dos homens. (Jos de Anchieta citado por CHAU, Marilena. Brasil:
mito fundador e sociedade autoritria. So Paulo: Editora
Fundao Perseu Abramo, 2000. p. 66.)
uma paragem impressionadora. As condies estruturais da terra l se vincularam violncia mxima dos agentes
exteriores para o desenho dos relevos estupendos. O regime
torrencial dos climas excessivos, sobrevindo de sbito,
depois das insolaes demoradas, e embatendo naqueles
pendores, exps h muito, arrebatando-lhes para longe
todos os elementos degradados, as sries mais antigas
daqueles ltimos rebentos das montanhas (...), dispondo-se
em cenrios em que ressalta, predominantemente, o aspecto
atormentado das paisagens. (...) Dissociam-na [a terra] nos
veres queimosos; degradam-na [a terra] nos invernos
torrenciais. (CUNHA, Euclides da. Os sertes. Ed. crtica org. por
Walnice N. Galvo. So Paulo: tica, 1998. p. 26.)
Com base nos textos, assinale a alternativa que apresenta a
compreenso dos autores sobre o serto.
a) Para Anchieta o serto o lugar do mal, onde o demnio
fica espreita pronto para atacar, enquanto para Euclides
uma terra atormentada e martirizada em sua essncia.
b) Para Euclides o serto a confirmao da descrio
idlica de Caminha, enquanto para Anchieta o purgatrio,
onde jamais a palavra de Deus frutificar.
c) Tanto para o jesuta quanto para o escritor o serto o
espao do sertanejo fraco, que foge da luta contra a fria
dos elementos da natureza.
d) Tanto para o jesuta quanto para o escritor o serto o
lugar da promessa de riqueza, que pode redimir os males da
sociedade brasileira.
e) Para Euclides o serto o espao do encontro
harmonioso entre o homem e a natureza, enquanto para
Anchieta o lugar das delcias do paraso cristo.
12) (UEL-2003) A escravido marcou profundamente as relaes inter-raciais no tecido social do Brasil e dos
Estados Unidos. Sobre as relaes inter-raciais na
atualidade, correto afirmar:
a) No Brasil, os negros sofrem segregao e restries
legais formalizadas na limitao da escolha de moradias e
do acesso a locais pblicos.
b) Nos Estados Unidos, existe uma harmoniosa convivncia
entre negros e brancos nos diversos espaos pblicos.
c) Os conceitos e categorias elaborados para analisar e
descrever as relaes sociais entre negros e brancos devem
ser os mesmos para os dois pases.
d) No Brasil a tese da democracia racial est consolidada, sendo que o preconceito e a discriminao racial
restringem-se ao passado colonial.
e) As diferenas entre negros e brancos, que estruturam a
sociedade brasileira, so alimentadas pelas desigualdades
de classes e pelos preconceitos raciais.
13) (FGV-2003) Os escravos so as mos e os ps do senhor de engenho, porque sem eles no possvel fazer,
conservar e aumentar fazenda, nem ter engenho corrente. ANTONIL, Cultura e opulncia do Brasil. Belo Horizonte:
Itatiaia, 1982, p. 89.
Assinale a alternativa correta:
A) A escravizao dos negros africanos permitiu que os
ndios deixassem de ser escravizados durante o perodo
colonial.
B) O trabalho manual era visto como degradante pelos
senhores brancos, e a escravido, uma forma de lhes
garantir uma vida honrada no continente americano.
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C) Apesar dos vultosos lucros obtidos com o trfico, a
adoo da escravido de africanos explica-se pela melhor
adequao dos negros rotina do trabalho colonial.
D) Extremamente difundida na Regio Nordeste, a
escravido teve um papel secundrio e marginal na
explorao das minas de metais e pedras preciosas no
interior do Brasil.
E) Diante das condies de vida dos escravos, os jesutas
criticaram duramente a escravido dos negros africanos, o
que provocou diversos conflitos no perodo colonial.
14) (FGV-2003) Durante a poca Moderna, o sistema de plantation:
A) propagou-se pela Europa Ocidental e caracterizou-se
pela pequena explorao agrcola, pelo trabalho assalariado
e pela produo em pequena escala de gneros alimentcios.
B) disseminou-se pelo continente africano e caracterizava-
se pela prtica do escambo entre os conquistadores
europeus e as tribos nativas.
C) instalou-se no continente americano e tinha como
caractersticas o latifndio, a escravido e a produo em
larga escala de matrias-primas e gneros tropicais.
D) foi uma particularidade da Amrica de colonizao
ibrica e caracterizava-se pela grande propriedade agrcola,
escravido e produo de manufaturados.
E) foi uma especificidade da Amrica anglo-sax e tinha
como caractersticas a pequena propriedade, o trabalho
familiar e o desenvolvimento do mercado interno colonial.
15) (FGV-2004) Comparando a produo canavieira extrao mineradora no Brasil colonial, podemos afirmar
que:
a) A primeira caracterizou-se pela utilizao da mo-de-
obra escrava, enquanto a segunda baseou-se
fundamentalmente no trabalho assalariado.
b) A primeira esteve voltada para o mercado interno
colonial e a segunda articulou-se aos circuitos do mercado
mundial.
c) A primeira desenvolveu-se principalmente nas reas do
interior, enquanto a segunda estabeleceu-se principalmente
nas reas prximas ao litoral.
d) A primeira esteve vinculada s estruturas do Antigo
Sistema Colonial, enquanto a segunda pde desenvolver- se
independentemente do controle metropolitano.
e) A primeira desenvolveu-se numa sociedade de carter
rural e a segunda promoveu o aparecimento de uma
sociedade de carter fortemente urbano.
16) (PUC-SP-2005) A utilizao de escravos negros africanos teve papel bastante importante na colonizao das
Amricas porque
A) diminuiu a produtividade na agricultura, dada a baixa
capacidade de trabalho dos africanos, implicando declnio
da lavoura aucareira, como se pode notar no Nordeste
brasileiro e no Caribe.
B) facilitou a busca de metais nobres, principal objetivo dos
colonizadores, em virtude da falta de habilidade dos
africanos na procura e localizao de minas e no manejo
dos instrumentos de minerao.
C) ofereceu mercado para os produtos primrios das
colnias, como se pode notar no crescimento intenso do
consumo no sul dos Estados Unidos, onde se utilizava mo-
de-obra escrava.
D) garantiu acumulao de capital nas metrpoles, em
virtude dos ganhos obtidos no trfico, que envolvia desde a
aquisio de negros na frica at sua venda para o trabalho
escravo na Amrica.
E) impediu a escravizao do ndio e assegurou a
persistncia de grandes comunidades indgenas, como se
pode notar nas regies dos antigos Imprios Inca, Maia e
Asteca, que se mantiveram intocadas pelo espanhol.
17) (Mack-2005) O trabalho da Companhia de Jesus foi um dos elementos que contribuiu para colonizao do territrio
brasileiro.Sobre a participao dos padres jesutas nesse
processo, assinale a alternativa correta.
a) Os jesutas destacaram-se na ocupao da regio norte do
territrio brasileiro, que assumiu, no sculo XVII, o papel
de rea central do pacto colonial.
b) Os jesutas, atravs de sua ao missionria, colaboraram
para a consolidao do controle da Coroa Portuguesa sobre
as reas coloniais.
c) Graas atuao do Marqus de Pombal, e por meio da
aliana do Estado com a Companhia de Jesus, foram
criadas as condies polticas para a ao dos jesutas.
d) Os ndios, os jesutas e os bandeirantes coexistiram de
forma harmnica, consolidando e ampliando a dominao
portuguesa sobre os territrios do Paraguai e do Uruguai.
e) A catequese converteu o indgena em mo-de-obra
disponvel e majoritria, na agricultura de exportao,
durante todo o perodo colonial.
18) (UFSCar-2005) O principal porto da Capital [de Pernambuco], que o mais nomeado e freqentado de navios que todos os mais do Brasil, (...) est ali uma
povoao de 200 vizinhos, com uma freguesia do Corpo
Santo, de quem so os mareantes mui devotos, e muitas
vendas e tabernas, e os passos do acar, que so umas
lojas grandes, onde se recolhem os caixes at se
embarcarem nos navios. (Frei Vicente do Salvador, Histria do Brasil 1500-627.)
O texto refere-se ao povoado de Recife. A partir do texto, correto afirmar que um aspecto histrico que explica a condio do povoado na poca foi A) o investimento feito pelos franceses na sua urbanizao. B) a concorrncia econmica com So Vicente, o que justifica seu baixo ndice de populao. C) a relao que mantinha com o interior do pas, sendo o principal entreposto do comrcio interno da produo de subsistncia. D) o fato de ser prspero economicamente por conta da produo de acar para exportao.
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E) a presena da Igreja catlica, estimulando romarias e peregrinaes de devotos.
19) (UNIFESP-2005) Se abraarmos alguns costumes deste gentio, os quais no so contra nossa f catlica, nem so
ritos dedicados a dolos, como cantar cantigas de Nosso
Senhor em sua lngua e isto para os atrair a deixarem os outros costumes essenciais. (Manuel da Nbrega, em carta de 1552.)
Com base no texto, pode-se afirmar que
A) os jesutas, em sua catequese, no se limitaram a
aprender as lnguas nativas para cristianizar os indgenas.
B) a proposta do autor no poderia, por suas concesses aos
indgenas, ser aceita pela ordem dos jesutas.
C) os mtodos propostos pelos jesutas no poderiam, por
seu carter manipulador, serem aceitos pelos indgenas.
D) os jesutas experimentaram os mais variados mtodos
para alcanar seu objetivo, que era explorar os indgenas.
E) os jesutas, depois da morte de Jos de Anchieta,
abandonaram seus escrpulos no sentido de corromper os
indgenas.
20) (UFV-2005) Em 1807, o naturalista prussiano Alexander Von Humboldt afirmou que, na Espanha, o fato de no se
possuir ascendentes judeus ou rabes constitua uma
espcie de ttulo de nobreza, enquanto na Amrica a cor da
pele (mais ou menos branca) indicava a posio social do
indivduo. Essas prticas discriminatrias tm longnquas
razes histricas, que remetem reconquista da Pennsula
Ibrica e colonizao da Amrica.
A partir dessas informaes, leia atentamente os itens
abaixo.
I. Na reconquista da Pennsula Ibrica, processo que
antecedeu expanso ultramarina, os cristos promoveram
a expulso ou subordinao de grupos tnicos mouros e
judeus.
II. As aes dos tribunais da Inquisio tinham por objetivo
deter o avano do protestantismo, mas estimularam tambm
as discriminaes contra os no-cristos.
III. O envolvimento de judeus e muulmanos na conquista e
colonizao do Novo Mundo eliminou as prticas
discriminatrias contra estes povos no continente europeu.
IV. A colonizao da Amrica no criou barreiras
ascenso social dos no-espanhis, o que fica evidenciado
pela forte mestiagem desde o incio da conquista do
continente.
V. A preponderncia do fator religioso na reconquista da
Pennsula Ibrica promoveu uma maior homogeneizao da
populao do que na Amrica portuguesa e espanhola.
Esto CORRETOS apenas os itens:
a) II, III e IV.
b) I, IV e V.
c) I, III e IV.
d) II, III e V.
e) I, II e V.
21) (UNIFESP-2004) De acordo com um estudo recente, na Bahia, entre 1680 e 1797, de 160 filhas nascidas em 53
famlias de destaque, mais de 77% foram enviadas a
conventos, 5% permaneceram solteiras e apenas 14 se
casaram. Tendo em vista que, no perodo colonial, mesmo
entre pessoas livres, a populao masculina era maior que a
feminina, esses dados sugerem que
A) os senhores-de-engenho no deixavam suas filhas
casarem com pessoas de nvel social e econmico inferior.
B) entre as mulheres ricas, a devoo religiosa era mais
intensa e fervorosa do que entre as mulheres pobres.
C) os homens brancos preferiam manter sua liberdade
sexual a se submeterem ao despotismo dos senhores-de-
engenho.
D) a vida na colnia era to insuportvel para as mulheres
que elas preferiam vestir o hbito de freiras na Metrpole.
E) a sociedade colonial se pautava por padres morais que
privilegiavam o sexo e a beleza e no o status e a riqueza.
22) (Mack-2004) Em 1585, os colonos de So Vicente, So Paulo e Santos enviaram uma petio ao capito-mor de
So Vicente na qual solicitaram uma autorizao para
organizar uma expedio de guerra contra uma tribo
indgena, justificando (...) que Sua Merc com a gente desta dita capitania faa guerra campal aos ndios
denominados carijs, os quais a tm h muitos anos
merecida por terem
mortos de quarenta anos a esta parte mais de cento e
cinqenta homens brancos (...). O contexto no qual essa petio foi elaborada nos permite
afirmar que:
a) a utilizao da mo-de-obra indgena se fazia necessria
nesse momento pela falta de braos africanos, j que essa
regio era uma importante fonte de renda para a Metrpole.
b) a escravido indgena foi a soluo adotada
principalmente nas reas mais prsperas, como Pernambuco
e Bahia, onde a exportao aucareira exigia um elevado
contingente humano para a realizao do trabalho.
c) no ocorreram conflitos intertribais entre os nativos, o
que dificultava a ao das expedies de apresamento
indgena, que constantemente enfrentavam o perigo e a
morte para realizar a captura de mo-de-obra.
d) para descumprir as ordens, vindas da Coroa, de proibio
escravizao dos nativos, os colonos alegavam motivos
relacionados a sua segurana pessoal e moralizao dos
costumes, haja vista os inmeros casamentos mistos
realizados nessa regio.
e) a escravido indgena foi usada em toda a colnia, como
soluo econmica secundria para a falta ou escassez de
escravos africanos, mas fracassou, dentro do contexto de
explorao colonial, como soluo principal para o
problema da mo-de-obra.
23) (UNIFESP-2005) Se abraarmos alguns costumes deste gentio, os quais no so contra nossa f catlica, nem so
ritos dedicados a dolos, como cantar cantigas de Nosso
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Senhor em sua lngua e isto para os atrair a deixarem os outros costumes essenciais. (Manuel da Nbrega, em carta de 1552.)
Com base no texto, pode-se afirmar que
A) os jesutas, em sua catequese, no se limitaram a
aprender as lnguas nativas para cristianizar os indgenas.
B) a proposta do autor no poderia, por suas concesses aos
indgenas, ser aceita pela ordem dos jesutas.
C) os mtodos propostos pelos jesutas no poderiam, por
seu carter manipulador, serem aceitos pelos indgenas.
D) os jesutas experimentaram os mais variados mtodos
para alcanar seu objetivo, que era explorar os indgenas.
E) os jesutas, depois da morte de Jos de Anchieta,
abandonaram seus escrpulos no sentido de corromper os
indgenas.
24) (Mack-2004) Em 1585, os colonos de So Vicente, So Paulo e Santos enviaram uma petio ao capito-mor de
So Vicente na qual solicitaram uma autorizao para
organizar uma expedio de guerra contra uma tribo
indgena, justificando (...) que Sua Merc com a gente desta dita capitania faa guerra campal aos ndios
denominados carijs, os quais a tm h muitos anos
merecida por terem
mortos de quarenta anos a esta parte mais de cento e
cinqenta homens brancos (...). O contexto no qual essa petio foi elaborada nos permite
afirmar que:
a) a utilizao da mo-de-obra indgena se fazia necessria
nesse momento pela falta de braos africanos, j que essa
regio era uma importante fonte de renda para a Metrpole.
b) a escravido indgena foi a soluo adotada
principalmente nas reas mais prsperas, como Pernambuco
e Bahia, onde a exportao aucareira exigia um elevado
contingente humano para a realizao do trabalho.
c) no ocorreram conflitos intertribais entre os nativos, o
que dificultava a ao das expedies de apresamento
indgena, que constantemente enfrentavam o perigo e a
morte para realizar a captura de mo-de-obra.
d) para descumprir as ordens, vindas da Coroa, de proibio
escravizao dos nativos, os colonos alegavam motivos
relacionados a sua segurana pessoal e moralizao dos
costumes, haja vista os inmeros casamentos mistos
realizados nessa regio.
e) a escravido indgena foi usada em toda a colnia, como
soluo econmica secundria para a falta ou escassez de
escravos africanos, mas fracassou, dentro do contexto de
explorao colonial, como soluo principal para o
problema da mo-de-obra.
25) (Mack-2004) (...) o nmero de refinarias, na Holanda, passara de 3 ou 4 (1595) para 29 (1622), das quais 25
encontravam-se em Amsterd, que se transformara no
grande centro de refino e distribuio do acar na Europa.
Elza Nadai e Joana Neves
A respeito do aumento de interesse, por parte dos
holandeses, no apenas na refinao do acar brasileiro,
mas tambm no transporte e distribuio desse produto nos
mercados europeus, acentuadamente no sculo XVII,
correto afirmar que:
a) com a Unio Ibrica (1580-1640), os holandeses
desejavam conquistar militarmente o litoral nordestino para
obter postos estratgicos na luta contra a Espanha.
b) a ocupao de Salvador, em 1624, por tropas flamengas,
foi um sucesso, do ponto de vista militar, para diminuir o
poderio de Filipe II, rei da Espanha.
c) a criao da Companhia das ndias Ocidentais foi
responsvel pela conquista do litoral ocidental da frica, do
nordeste brasileiro e das Antilhas, visando obter mo-de-
obra para as lavouras antilhanas.
d) o domnio holands, no nordeste brasileiro, buscava
garantir o abastecimento de acar, controlando a principal
regio produtora, pois foi graas ao capital flamengo, que a
empresa aucareira pode ser instalada na colnia.
e) a Companhia das ndias Ocidentais, em 1634, na luta
pela conquista do litoral nordestino, prope a proteo das
propriedades brasileiras submetidas custdia holandesa,
porm, em troca, os brasileiros no poderiam manter sua
liberdade religiosa.
26) (FUVEST-2007)
Este quadro, pintado por Franz Post por volta de 1660, pode
ser corretamente relacionado
a) iniciativa pioneira dos holandeses de construo dos
primeiros engenhos no Nordeste.
b) riqueza do acar, alvo principal do interesse dos
holandeses no Nordeste.
c) condio especial dispensada pelos holandeses aos
escravos africanos.
d) ao incio da exportao do acar para a Europa por
determinao de Maurcio de Nassau.
e) ao incentivo vinda de holandeses para a constituio de
pequenas propriedades rurais.
27) (FUVEST-2007) No Brasil, os escravos 1. trabalhavam tanto no campo quanto na cidade, em
atividades econmicas variadas.
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2. sofriam castigos fsicos, em praa pblica, determinados
por seus senhores.
3. resistiam de diversas formas, seja praticando o suicdio,
seja organizando rebelies.
4. tinham a mesma cultura e religio, j que eram todos
provenientes de Angola.
5. estavam proibidos pela legislao de efetuar pagamento
por sua alforria.
Das afirmaes acima, so verdadeiras apenas
a) 1, 2 e 4.
b) 3, 4 e 5.
c) 1, 3 e 5.
d) 1, 2 e 3.
e) 2, 3 e 5.
28) (ENEM-2007) A identidade negra no surge da tomada de conscincia de uma diferena de pigmentao ou de uma
diferena biolgica entre populaes negras e brancas e(ou)
negras e amarelas. Ela resulta de um longo processo
histrico que comea com o descobrimento, no sculo XV,
do continente africano e de seus habitantes pelos
navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o
caminho s relaes mercantilistas com a frica, ao trfico
negreiro, escravido e, enfim, colonizao do continente
africano e de seus povos. K. Munanga. Algumas consideraes sobre a diversidade e a identidade negra no
Brasil. In: Diversidade na educao: reflexes e
experincias. Braslia: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37.
Com relao ao assunto tratado no texto acima, correto
afirmar que
a) a colonizao da frica pelos europeus foi simultnea ao descobrimento desse continente.
b) a existncia de lucrativo comrcio na frica levou os portugueses a desenvolverem esse continente.
c) o surgimento do trfico negreiro foi posterior ao incio da escravido no Brasil.
d) a explorao da frica decorreu do movimento de expanso europia do incio da Idade Moderna.
e) a colonizao da frica antecedeu as relaes comerciais entre esse continente e a Europa.
29) (Mack-2007) Fundamental para a estruturao do sistema colonial portugus na Idade Moderna, o chamado
exclusivo colonial visava, sobretudo a a) estimular nas colnias uma poltica de industrializao
que permitisse Metrpole concorrer com suas rivais
industrializadas.
b) reservar a grupos ou a companhias privilegiadas ou mesmo ao Estado o comrcio externo das colnias, tanto o de importao quanto o de exportao.
c) restringir a tarefa de doutrinao dos indgenas
americanos exclusivamente aos membros da Companhia de
Jesus, assegurando, dessa forma, o poder real entre os
povos nativos.
d) impedir, nas colnias, o acesso de fidalgos mazombos a
cargos administrativos importantes, reservados a fidalgos
reinis.
e) orientar a produo agrcola conforme as exigncias da
populao colonial, evitando por esse meio crises de
abastecimento de alimentos nos centros urbanos.
30) (ESPM-2007) Numa economia como a brasileira particularmente em sua primeira fase preciso distinguir dois setores bem diferentes da produo. O primeiro dos
grandes produtos de exportao, o outro das atividades
acessrias cujo fim manter em funcionamento aquela
economia de exportao.
So sobretudo as que se destinam a fornecer os meios de
subsistncia populao empregada nesta ltima. (Caio Prado Jr. Histria Econmica do Brasil)
Assinale a alternativa que traga, respectivamente, um
produto de exportao e uma atividade acessria ou de
subsistncia praticadas no Brasil colonial:
a) Acar e borracha.
b) Acar e mandioca.
c) Acar e soja.
d) Caf e borracha.
e) Caf e soja.
31) (UNIFESP-2007) No minha inteno que no haja escravos... ns s queremos os lcitos, e defendemos
(proibimos) os ilcitos. Essa posio do jesuta Antnio
Vieira, na segunda metade do sculo XVII,
a) aceita a escravido negra mas condena a indgena.
b) admite a escravido apenas em caso de guerra justa.
c) apia a proibio da escravido aos que se convertem ao
cristianismo.
d) restringe a escravido ao trabalho estritamente
necessrio.
e) conserva o mesmo ponto de vista tradicional sobre a
escravido em geral.
32) (UNIFESP-2007) ... todos os gneros produzidos junto ao mar podiam conduzir- se para a Europa facilmente e os do
serto, pelo contrrio, nunca chegariam a portos onde os
embarcassem, ou, se chegassem, seria com despesas tais
que aos lavradores no faria conta larg-los pelo preo por
que se vendessem os da Marinha. Estes foram os motivos
de antepor a povoao da costa do serto. (Frei Gaspar da
Madre de Deus, em 1797.) O texto mostra
a) o desconhecimento dos colonos das desvantagens de se
ocupar o interior.
b) o carter litorneo da colonizao portuguesa da
Amrica.
c) o que quela altura ainda poucos sabiam sobre as
desvantagens do serto.
d) o contraste entre o povoamento do nordeste e o do
sudeste.
e) o estranhamento do autor sobre o que se passava na
regio das Minas.
33) (VUNESP-2008) H uma encruzilhada de trs estradas sob a minha cruz de estrelas azuis: trs caminhos se cruzam
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um branco, um verde e um preto trs hastes da grande cruz/ E o branco que veio do norte, e o verde que veio da
terra, e o preto que veio do leste derivam, num novo
caminho, completam a cruz/ unidos num s, fundidos num
vrtice.(Guilherme de Almeida, Raa.)
Nessa viso potica da histria do povo brasileiro, o autor
a) refere-se ao domnio europeu e condio subalterna dos
africanos na formao da nacionalidade.
b) trata dos seus trs grupos tnicos, presentes desde a
colonizao, mesclados numa sntese nacional.
c) critica o papel desempenhado pelos jesutas sobre
portugueses, ndios e negros na poca colonial.
d) expressa idias e formas estticas do movimento
romntico do sculo XIX, que enaltecia a cultura negra.
e) elogia o movimento nacionalista que resultou na
implantao de regimes polticos autoritrios no Brasil.
34) (UFPR-2009) Sobre a ocupao holandesa do nordeste brasileiro em 1630, correto afirmar:
a) Os holandeses exploravam e financiavam a indstria
aucareira brasileira mesmo antes da ocupao do nordeste.
b) A principal instituio europia contrria aos objetivos
expansionistas dos holandeses no Brasil foi a poderosa
Companhia das ndias Ocidentais.
c) A ocupao holandesa encontrou sua mais persistente
oposio entre os senhores de engenho da regio.
d) Maurcio de Nassau, governador do territrio ocupado
pelos holandeses, restringiu a liberdade religiosa e selou
uma vigorosa aliana com a Igreja Catlica.
e) O domnio holands no nordeste do Brasil agravou o
crnico problema da agricultura de subsistncia na colnia,
pois todos os recursos naturais e humanos foram
direcionados produo de acar.
35) (Mack-2009) Na historiografia brasileira, encontramos um debate que procura responder seguinte questo: tendo
em vista sua estrutura geral, poderamos classificar o
Brasil-colnia como um exemplo tardio de Feudalismo?
Analisando a estrutura colonial brasileira, podemos refutar
a hiptese de Brasil feudal, considerando que
a) a produo colonial, embora agrcola, visava ao
abastecimento do mercado externo, obedecendo lgica do
Capitalismo Comercial.
b) o controle poltico das Capitanias Hereditrias esteve,
exclusivamente, nas mos dos donatrios, oriundos da alta
nobreza portuguesa.
c) o progresso da colnia assentava-se sobre a servido
coletiva imposta a ndios e africanos.
d) a economia colonial desenvolveu um comrcio interno
insignificante, sobretudo durante o ciclo da minerao.
e) a sociedade colonial era, juridicamente, classificada
como estamental, tendo em vista a impossibilidade legal de
libertao de escravos.
36) (UFMG-1997) O interesse dos mercadores dos Pases-Baixos pelo Brasil foi um fato que antecedeu de muito os
ataques empreendidos pela Companhia das ndias
Ocidentais, em 1624 contra a Bahia e, em 1630, contra
Pernambuco. Estes ataques explicam-se por aquele
interesse(...). Faz-se, pois, necessrio recuar um pouco no
tempo, para uma perspectiva melhor dos acontecimentos
que na segunda e terceira dcadas de 1600 se desenrolam
em nosso pas.
(MELLO, J. A. Gonsalves de. O domnio holands na
Bahia e no Nordeste. In: HOLANDA, S. B.. de (dir.).
Histria Geral da Civilizaoo Brasileira. So Paulo: Difel, 1981. t. I, v. 1, p. 235.)
CITE a forma de participaoo dos mercadores dos Pases-Baixos no comrcio do acar anterior ao domnio holands
no nordeste aucareiro.
37) (Vunesp-1996) "0 ser senhor de engenho, diz o cronista, ttulo a que muitos aspiram porque traz consigo o ser
servido, obedecido e respeitado de muitos."
(Antonil - CULTURA E OPULNCIA DO BRASIL).
Considerando o perodo colonial brasileiro, comente a
afirmao apresentada.
38) (Fuvest-2000) Ocupaes dos vereadores de Salvador, Bahia, 1680 1729
Ocupao N %
Senhores de engenho 132 50,8
Lavradores de cana 33 12,7
Comerciantes proprietrios de terra 35 13,5
Profissionais proprietrios de terra [ setor acareiro] 8 3,1
Comerciantes 12 4,6
Profissionais 7 2,7
Pecuaristas e plantadores de fumo 9 3,4
No identificados 24 9,2
(S. B. Schwartz, Cia das Letras, 1995)
O conjunto de dados da tabela acima mostra que um grupo
exerceu o controle da Cmara Municipal de Salvador, ou
seja, que um grupo governou a vila durante o perodo, haja vista a funo desta instituio na colnia. Trata-se do
grupo formado pelos
a) senhores de engenho e comerciantes.
b) senhores de engenho e lavradores de cana.
c) homens ligados s atividades econmicas urbanas.
d) burgueses, pelos no identificados e por lavradores de cana.
e) proprietrios de terra em geral.
39) (FGV-2002) O espao fechado e o calor do clima, a juntar ao nmero de pessoas que iam no barco, to cheio
que cada um de ns mal tinha espao para se virar, quase
nos sufocavam. Esta situao fazia-nos transpirar muito, e
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pouco depois o ar ficava imprprio para respirar, com uma
srie de cheiros repugnantes, e atingia os escravos como
uma doena, da qual muitos morriam.
( Relato do escravo Olaudah Equiano. Apud ILIFFE, J., Os
africanos. Histria dum continente. Lisboa, Terramar, 1999,
p. 179.)
A respeito do trfico negreiro, correto afirmar:
A. Foi praticado exclusivamente pelos portugueses que
obtiveram o direito de asiento, ou seja, direito ao
fornecimento de escravos s plantaes tropicais e s minas
da Amrica espanhola e anglo-sax.
B. Tornou-se uma atividade extraordinariamente lucrativa e
decisiva no processo de acumulao primitiva de capitais
que levou ao surgimento da sociedade industrial.
C. Foi combatido pelos holandeses poca de sua
instalao em Pernambuco, o que provocou a revolta da
populao luso-brasileira em meados do sculo XVII.
D. Tornou-se alvo de divergncias entre dominicanos, que
defendiam o trfico e a escravido dos africanos, e os
jesutas, contrrios tanto ao trfico quanto escravido.
E. O aperfeioamento do transporte registrado no sculo
XIX visava diminuir a mortandade dos escravos durante a
travessia do Atlntico, atenuava as crticas ao trfico e
ainda ampliava a margem de
lucros.
40) (Fuvest-2003) Ao longo do sculo 17, vegetais americanos como a batata-doce, o milho, a mandioca, o
anans e o caju penetraram no continente africano. Isso
deve ser entendido como
a) parte do aumento do trfico negreiro, que estreitou as
relaes entre a Amrica Portuguesa e a frica e fez do
sistema sul-atlntico o mais importante do Imprio
Portugus.
b) indcio do alinhamento crescente de Portugal com a
Inglaterra, que pressupunha a consolidao da penetrao
comercial no interior da frica.
c) fruto de uma poltica sistemtica de Portugal no sentido
de anular a influncia asitica e consolidar a americana no
interior de seu imprio.
d) imposio da diplomacia adotada pela dinastia dos
Braganas, que desejava ampliar a influncia portuguesa no
interior da frica, regio controlada por comerciantes
espanhis.
e) alternativa encontrada pelo comrcio portugus, j que os
franceses controlavam as antigas possesses portuguesas no
Oriente e no esturio do Prata.
41) (UEL-2003) H trezentos anos que o africano tem sido o principal instrumento da ocupao e da manuteno do
nosso territrio pelo europeu, e que os seus descendentes se
misturam com o nosso povo. Onde ele no chegou ainda, o
pas apresenta o aspecto com que surpreendeu aos seus
primeiros descobridores. Tudo o que significa luta do
homem com a natureza, conquista do solo para habitao e
cultura, estradas e edifcios, canaviais e cafezais, a casa do
senhor e a senzala dos escravos, igrejas e escolas,
alfndegas e correios, telgrafos e caminhos de ferro,
academias e hospitais, tudo, absolutamente tudo, que existe
no pas, como resultado do trabalho manual, como emprego
de capital, como acumulao de riqueza, no passa de um
doao gratuita da raa que trabalha que faz trabalhar. (NABUCO, Joaquim. Minha formao. Braslia: Editora
UnB, 1981. p. 28-29.)
Com base no texto do integrante do parlamento no Brasil
Imprio e nos conhecimentos sobre o trabalho escravo,
correto afirmar:
a) Apesar de defender a instituio permanente da
escravido, Joaquim Nabuco destaca a presena
fundamental da mode-obra livre no contexto do
desenvolvimento econmico do Brasil Imprio.
b) Para o estadista, o fim da escravido abalaria de forma
irreversvel a produo agrcola e o comrcio no Imprio.
c) O parlamentar enftico em suas opinies sobre a
relevncia que teve o trabalho escravo para a economia e a
sociedade brasileiras.
d) A persistncia da escravido no Brasil por trs sculos
resulta da submisso dos africanos e da ausncia de lutas
contra o rigor do cativeiro.
e) A condio de grande proprietrio, desfrutada por
Joaquim Nabuco, reflete-se em sua viso contrria ao
reconhecimento da contribuio do negro para a cultura
nacional.
42) (UNICAMP-2004) No sculo XVII, o Rio de Janeiro era um dos principais plos econmicos do Imprio
Ultramarino Portugus. Na segunda metade do sculo, a
regio era grande produtora e exportadora de acar e
consumidora de escravos, sendo que seus comerciantes
atuavam intensamente no trfico negreiro com a frica e no
acesso prata das zonas espanholas na Amrica, atravs do
rio da Prata. A despeito de tudo, seus moradores viviam
oprimidos com as pesadas taxaes que eram obrigados a
pagar para a manuteno das tropas de defesa.
(Adaptado de Luciano Raposo de Almeida Figueiredo, O
Imprio em apuros: notas para o estudo das alteraes
ultramarinas e das prticas polticas no Imprio Colonial
Portugus. Sculos XVII e XVIII, em Jnia Ferreira
Furtado (org.), Dilogos Ocenicos. Minas Gerais e as
novas abordagens para uma histria do Imprio
Ultramarino Portugus. Belo Horizonte/So Paulo:
UFMG/Humanitas, 2001, p. 207).
a) Identifique os principais plos que demarcam a extenso
territorial do Imprio Ultramarino Portugus no sculo
XVII.
b) Quais atividades desenvolvidas na Amrica Portuguesa
sustentaram sua importncia econmica durante o sculo
XVII?
c) Explique de que maneira o fisco era um problema na
Amrica Portuguesa.
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43) (Mack-2005) Em 1555, um dos mais importantes lderes do protestantismo francs, o Almirante Coligny, enviou
uma expedio Amrica. Em novembro desse mesmo
ano, sob o comando de Nicholas Durand de Villegaignon, a
expedio chegou ao atual Estado do Rio de Janeiro, onde
construiu o forte Coligny e fundou uma colnia
denominada Frana Antrtica.
Destaca-se, entre as razes que motivaram a fundao dessa
colnia, a:
a) disputa pela posse das lavouras aucareiras implantadas
no territrio brasileiro.
b) luta pelo controle do porto de Paraty, por onde era
exportada a produo de ouro.
c) retaliao aos catlicos pelo massacre de protestantes na
Noite de So Bartolomeu. d) disputa pela hegemonia do comrcio de pau-brasil para a
manufatura txtil.
e) necessidade de ampliar o controle territorial francs at a
foz do Rio da Prata.
44) (FGV-2005) Alguns moradores daqueles distritos, por temerem os danos que recebiam e segurarem as suas casas,
famlias e lavouras dos males que os negros do Palmares
lhes causavam, tinham com elas secreta confederao,
dando-lhes armas, plvora e balas, roupas, fazendas da
Europa e regalos de Portugal, pelo ouro, prata e dinheiro
que traziam do que roubavam, e alguns vveres dos que nos
seus campos colhiam, sem ateno s gravssimas penas em
que incorriam, porque o perigo presente os fazia esquecer
do castigo futuro... ROCHA PITA, S. da Histria da Amrica Portuguesa, Belo Horizonte: Itatiaia/Edusp, 1976, p. 215.
Essa uma das mais antigas descries sobre o Quilombo
dos Palmares, publicada em 1730 e elaborada por um luso-
brasileiro que acompanhou, de Salvador, a sua destruio
ao final do sculo XVII.
a) Apresente uma definio para quilombo. b) Analise as relaes de Palmares com a sociedade
colonial.
45) (Vunesp-2005) A cana-de-acar comeou a ser cultivada igualmente em So Vicente e em Pernambuco,
estendendo-se depois Bahia e ao Maranho a sua cultura,
que onde logrou xito medocre como em So Vicente ou mximo como em Pernambuco, no Recncavo e no
Maranho trouxe em conseqncia uma sociedade e um gnero de vida de tendncias mais ou menos aristocrticas e
escravocratas. (Gilberto Freyre, Casa-Grande e Senzala.)
Tendo por base as afirmaes do autor, a) cite um motivo do maior sucesso da explorao da cana-de-acar em Pernambuco do que em So Vicente. b) Explique por que o autor definiu o gnero de vida da sociedade constituda pela cultura da cana-de-acar como apresentando tendncias mais ou menos aristocrticas.
46) (UFMG-2005) Analise este quadro:
Evoluo do nmero de engenhos de acar em
cada Capitania
Capitania 1570 1583 1612 1629
Par, Cear,
Maranho
- - - -
Rio Grande - - 1 -
Paraba - - 12 24
Itamarac 1 - 10 18
Pernambuco 23 66 99 150
Sergipe - - 1 -
Bahia 18 33 50 80
Ilhus 8 3 5 4
Porto Seguro 5 1 1 -
Esprito Santo 1 6 8 8
Rio de Janeiro - 3 14 60
So Vicente, Santo
Amaro
4 6 - -
Total 60 118 201 350
FONTE: BETHENCOURT, Francisco; CHAUDUHURI, Kirti.
Histria da expanso portuguesa. Lisboa: Crculo de Leitores,
1998. p. 316.
A partir dessas informaes sobre a evoluo do nmero de
engenhos aucareiros no Brasil, entre 1570 e 1629,
CORRETO afirmar que
A) a expulso dos holandeses da Bahia provocou a retrao
da produo aucareira nessa Capitania.
B) a invaso holandesa no Nordeste aucareiro destruiu a
base produtiva instalada pelos portugueses na regio.
C) a substituio do trabalho escravo indgena pelo africano
no alterou a produo de acar na regio de So Paulo.
D) a expanso da rea aucareira em Pernambuco ocorreu,
de forma significativa, durante o perodo da Unio Ibrica.
47) (UFRJ-2005) [O Brasil era] a morada da pobreza, o bero da preguia, o teatro dos vcios.
(VILHENA, Lus dos Santos. A Bahia no sculo XVIII.
Bahia: Itapu, 1969.)
A avaliao acima, feita por um portugus do final do
sculo XVIII, aponta alguns traos da sociedade do Brasil
colonial, permitindo inferir que, ao lado dos ricos
proprietrios de terra, existiam grupos marginalizados.
A) Indique dois grupos sociais que constituam os
marginalizados da sociedade colonial.
B) Descreva o papel desempenhado pelos grandes
proprietrios de terra na vida poltica e administrativa do
Brasil colonial.
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48) (UNIFESP-2004) Estima-se que, no fim do perodo colonial, cerca de 42% da populao negra ou mulata era
constituda por africanos ou afro-brasileiros livres ou
libertos. Sobre esse expressivo contingente, correto
afirmar que
A) era o responsvel pela criao de gado e pela indstria
do couro destinada exportao.
B) vivia, em sua maior parte, em quilombos, que tanto
marcaram a paisagem social da poca.
C) possua todos os direitos, inclusive o de participar das
Cmaras e das irmandades leigas.
D) tinha uma situao ambgua, pois no estava livre de
recair, arbitrariamente, na escravido.
E) formava a mo-de-obra livre assalariada nas pequenas
propriedades que abasteciam as cidades.
49) (Mack-2004) Folga, nego, branco no vem c; Se vier, o diabo h de levar.
Samba, nego, branco no vem c;
Se vier, pau h de levar.
Cantiga de Quilombo, dana folclrica alagoana
Sobre a utilizao do trabalho escravo, podemos afirmar
que:
a) a submisso dos indgenas foi eficiente, pois eles no
ofereciam resistncia dominao, j que eram
familiarizados com o meio ambiente.
b) a escravizao dos indgenas no foi satisfatria, pela
oposio das ordens religiosas, apesar do apoio da
legislao oficial utilizao desses indivduos.
c) a Igreja catlica condenava a imposio da escravido
aos africanos e estimulava as fugas, em protesto contra as
prticas cruis.
d) a habilidade dos africanos em atividades como a criao
de animais e a agricultura era uma das vantagens
oferecidas, apesar de os africanos serem menos resistentes
s epidemias.
e) a utilizao dos escravos africanos permitia aumentar o
lucro gerado pelo trfico intercontinental, apesar de os
africanos resistirem dominao, organizando-se em
quilombos.
50) (Mack-2004) Folga, nego, branco no vem c; Se vier, o diabo h de levar.
Samba, nego, branco no vem c;
Se vier, pau h de levar.
Cantiga de Quilombo, dana folclrica alagoana
Sobre a utilizao do trabalho escravo, podemos afirmar
que:
a) a submisso dos indgenas foi eficiente, pois eles no
ofereciam resistncia dominao, j que eram
familiarizados com o meio ambiente.
b) a escravizao dos indgenas no foi satisfatria, pela
oposio das ordens religiosas, apesar do apoio da
legislao oficial utilizao desses indivduos.
c) a Igreja catlica condenava a imposio da escravido
aos africanos e estimulava as fugas, em protesto contra as
prticas cruis.
d) a habilidade dos africanos em atividades como a criao
de animais e a agricultura era uma das vantagens
oferecidas, apesar de os africanos serem menos resistentes
s epidemias.
e) a utilizao dos escravos africanos permitia aumentar o
lucro gerado pelo trfico intercontinental, apesar de os
africanos resistirem dominao, organizando-se em
quilombos.
51) (VUNESP-2006) Leia os textos seguintes.
Texto n- 1:
Etnocentrismo: tendncia para considerar a cultura de seu prprio povo como a medida para todas as outras. (Novo Dicionrio Aurlio.)
Texto n- 2:
[Os ndios] no tem f, nem lei, nem rei (...). so mui desumanos e cruis, (...) so mui desonestos e dados sensualidade (...). Todos comem carne humana e tm-na pela melhor iguaria de quantas pode haver (...). Vivem mui descansados, no tm cuidado de cousa alguma se no de comer e beber e matar gente. (Pero de Magalhes Gandavo. Tratado da Terra do Brasil, sculo XVI.)
a) O texto n- 2 pode ser considerado etnocntrico?
Justifique sua resposta.
b) Comente algumas das conseqncias, para as populaes
indgenas, da chegada dos portugueses Amrica.
52) (VUNESP-2006) Efetivamente, ocorriam casamentos mesmo entre os escravos. preciso lembrar que a Igreja
incumbia os senhores de manter seus cativos na religio
catlica, responsabilizando-os pelo acesso aos sacramentos
e ritos de culto. Dessa forma, o casamento era no s forma
de aculturao, mas tambm de estabilidade nos plantis,
desestimulando fugas e mesmo as alforrias, revertendo
sempre no interesse do prprio senhor. Como exemplo, no
Serro Frio, Francisca da Silva de Oliveira, a conhecida
Chica da Silva, casava sistematicamente seus
escravos. Em 30 de julho de 1765, na matriz de Santo
Antnio do Tejuco, casaram-se seus escravos Joaquim
Pardo e Gertrudes Crioula.
(Jnia Ferreira Furtado, Cultura e sociedade no Brasil colnia.) Assim, para os senhores de escravos, permitir e incentivar o casamento dos seus escravos significava A) se contrapor aos interesses da Igreja Catlica, que defendia os rituais religiosos apenas aos homens livres. B) ampliar, de maneira substancial, as ocorrncias de alforrias das crianas nascidas desses casamentos. C) resgatar as tradies culturais e religiosas dos povos africanos, garantindo o casamento entre pessoas da mesma etnia. D) ter escravos disciplinados para o trabalho e menos propensos aos atos de rebeldia contra a escravido.
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E) evitar as unies entre africanos e colonizadores brancos, em nome do projeto de embranquecimento do Brasil.
53) (UFRJ-2005) Reconhecem-se todos obedientes a um que se chama o Ganga Zumba, que quer dizer senhor grande; a este tm por
seu Rei e Senhor [...] todos os que chegam a sua presena
pem logo o joelho no cho e batem as palmas das mos
em sinal de seu reconhecimento e protestao de sua
excelncia; [ a cidade de Macaco] est fortificada por u
cerco de pau-a-pique [...] e pela parte de fora toda se semeia
de armadilhas de ferro e de covas to ardilosas que perigar
nelas a maior vigilncia; ocupa esta cidade dilatado espao,
formado de mais de 1.500 casas.
Fonte: adaptado de SILVA, Leonardo Dantas. Alguns
documentos para a histria da escravido. Recife, Editora
Massangana, 1988, p. 29.
Esse documento, escrito na poca do quilombo de
Palmares, descreve aspectos fundamentais de sua
organizao.
a) Identifique, no documento, duas caractersticas de
Palmares que tambm eram observadas nos grandes
quilombos americanos.
b) Cite dois exemplos de ocupao estrangeira da Amrica
Portuguesa ao longo do perodo de existncia do quilombo
de Palmares.
54) (UFRJ-2005) Distribuio (%) da propriedade escrava de acordo com a faixa de tamanho de plantel de escravos -
Bahia (1816-1817) e Jamaica (1832)
Faixas de tamanho de
plantel (n de
escravos)
Bahia
(1816 1817)
Jamaica
(1832)
Proprietrios Escravos Proprietrios Escravos
De 1 a 9 83.6 36.3 69.1 8.7
De 10 a 49 13.8 34.2 18.7 15.8
De 50 a 99 2.1 20.1 4.6 14.0
100 ou mais 0.5 9.4 7.6 61.5
100.0 100.0 100.0 100.0
Fonte: SCHWARTZ, Stuart. Segredos internos.
So Paulo, Companhia das Letras, 1988, p. 374.
A tabela acima estabelece o perfil de concentrao da
propriedade de escravos no recncavo da Bahia e na
Jamaica na primeira metade do sculo XIX. Ela mostra, por
exemplo, que 34,2% dos cativos baianos pertenciam a
senhores cujas fazendas possuam de 10 a 49 escravos, e
que os donos de cativos dessa faixa de plantel
representavam 13,8% do total de escravocratas baianos no
perodo em questo. Considerando a tabela, indique qual
das duas sociedades escravistas - a baiana ou a jamaicana -
apresentava maior grau de concentrao da propriedade de
escravos. Justifique a sua resposta.
55) (UNICAMP-2007) 2) Se eu pudesse alguma coisa com Deus, lhe rogaria quisesse dar muita geada anualmente nas
terras de serra acima, onde se faz o acar; porque a cultura
da cana tem sido muito prejudicial aos povos: 1-) porque
tem abandonado ou diminudo a cultura do milho e do
feijo e a criao dos porcos; estes gneros tm encarecido,
assim como a cultura de trigo, e do algodo e azeite de
mamona; 2-) porque tem introduzido muita escravatura, o
que empobrece os lavradores, corrompe os contumes e leva
ao desprezo pelo trabalho de enxada; 3-) porque tem
devastado as belas matas e reduzido a taperas muitas
herdades; 4-) porque rouba muitos braos agricultura,
que se empregam no carreto dos africanos; 5-) porque
exige grande nmero de bestas muares que no procriam e
que consomem muito milho; 6-) porque diminuiria a
feitura da cachaa, que to prejudicial do moral e fsico
dos moradores do campo. (Adaptado de Jos Bonifcio de
Andrada e Silva [1763-1838], Projetos para o Brasil. So Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 181, 182.)
Retome o texto 2 da coletnea, escrito por Jos Bonifcio de Andrada e Silva.
a) Identifique dois aspectos negativos da cultura da cana-
de-acar mencionados no texto.
b) A Assemblia Constituinte, qual Jos Bonifcio
encaminhou seus projetos sobre a escravido, foi dissolvida
em novembro de 1823 por D. Pedro I, que promulgou uma
Constituio em maro de 1824. Essa carta outorgada
instituiu o Poder Moderador. De que maneira o Poder
Moderador levou centralizao da Monarquia?
c) Aponte dois fatores que contriburam para a abolio da
escravido no Brasil.
56) (UFTM-2007) No processo de colonizao da Amrica, durante a Idade Moderna,
a) foram adotados, fundamentalmente, princpios liberais,
como o monoplio de comrcio e o sistema de porto nico.
b) a Espanha organizou suas colnias em capitanias
hereditrias, concedendo-lhes grande autonomia
administrativa.
c) utilizaram-se formas compulsrias de trabalho, como a
mita e a encomienda, alm da escravido de ndios e
negros.
d) a Inglaterra desenvolveu uma colonizao de explorao
na Nova Inglaterra, seguindo os moldes da Amrica
portuguesa.
e) prevaleceu o modelo de sociedade vigente na Europa,
separando-se com absoluta rigidez os brancos dos no
brancos.
57) (UFTM-2007) (...) outros tipos de negociao iam pouco a pouco se tornando parte do sistema escravista, que ao
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longo dos sculos assumiu formas diversas, mudando junto
com a sociedade brasileira.
Assim, se legalmente os escravos no tinham nenhum
direito, podendo seus senhores conden-los morte ou
vend-los quando bem entendessem, por meio da constante
resistncia opresso eles foram estabelecendo limites a
esta e construindo um senso comum, segundo o qual
algumas atitudes, como separar famlias (...) ou aplicar
castigos brutais (...) passaram a no ser aceitas pelo
conjunto da sociedade. Por outro lado, no sculo XIX j
eram muitas as crticas com relao ao uso do trabalho
escravo (...).
Apesar de muitas rebelies terem sido planejadas na regio
das minas, principalmente no incio do sculo XVIII, as que
chegaram mais longe aconteceram no Recncavo Baiano
(...) no incio do sculo XIX. (Marina de Mello e Souza, frica e Brasil Africano)
De acordo com a autora, as formas de resistncia dos
escravos
a) limitaram-se regio nordestina, com os quilombos, no
perodo colonial.
b) no conseguiram apoio de outros setores da sociedade,
mesmo no sculo XIX.
c) encontraram sua maior expresso nas rebelies nas reas
mineradoras.
d) dependeram apenas da boa vontade dos senhores em
aceitar suas reivindicaes.
e) no se restringiram violncia, chegando at
negociao com os senhores.
58) (VUNESP-2007) A idia exposta neste livro diferente e relativamente simples: a colonizao portuguesa, fundada
no escravismo, deu lugar a um espao econmico e social
bipolar, englobando uma zona de produo escravista
situada no litoral da Amrica do Sul e uma zona de
reproduo de escravos centrada em Angola. (Luis Felipe de Alencastro, O trato dos viventes.)
A partir do texto, pode-se concluir que
a) as duas regies de colonizao no Atlntico Sul eram
independentes, unidas somente pela subordinao
metrpole.
b) a presena dos colonizadores portugueses assegurou a
produo agroexportadora no continente africano, do sculo
XVI ao XVIII.
c) as duas regies unidas pelo oceano formaram um s
sistema de explorao colonial criado pelos portugueses nos
sculos XVI e XVII.
d) a Coroa portuguesa privilegiava a poro africana, isto ,
a reproduo de escravos, dentro do imprio colonial, nos
sculos XVI e XVII.
e) nossa histria no coincide com o nosso territrio
colonial, isto , a colnia portuguesa da Amrica do Sul era
simples prolongamento da Europa.
59) (UECE-2007) Caio Prado Jr. procurou mostrar que a estrutura colonial (latifndio, monocultura, escravismo)
surgiu por causa dos interesses da Metrpole em ter uma
rea que produzia artigos tropicais que seriam exportados
para o mercado europeu. Pesquisas mais recentes afirmam
que no se pode exagerar a importncia da plantation e do
mercado externo na estrutura da produo colonial. Fonte: FRAGOSO, Joo e FLORENTINO, Manolo. O Arcasmo como Projeto. Rio
de Janeiro: Diadorim,
1993, pp. 15-31.
Com base no fragmento acima, considere as seguintes
afirmativas:
I. Os grandes traficantes de escravos, que viviam no
Brasil, estavam entre os mais ricos da Colnia e tambm
compravam terras.
II. O retorno lquido de uma plantation era geralmente
inferior ao lucro obtido com o trfico de africanos.
III. O projeto colonizador no visava lucros, mas criar
um sistema hierrquico de poder e de acumulao de terras.
Marque o correto:
a) Somente I e III so verdadeiras.
b) Somente II e III so falsas.
c) Somente I e II so verdadeiras.
d) I, II e III so verdadeiras.
60) (FUVEST-2008) Com relao ao perodo colonial, tanto na Amrica Portuguesa quanto na Amrica Espanhola,
considere as seguintes afirmaes:
1. a mo-de-obra escrava africana, empregada nas
atividades econmicas, era a predominante.
2. as Coroas controlavam as economias por intermdio de
monoplios e privilgios.
3. os nascidos nas Amricas no sofriam restries para
ascender nas administraes civis e religiosas.
4. a alta hierarquia da Igreja Catlica mantinha fortes laos
polticos com as Coroas.
5. as rebelies manifestavam as insatisfaes polticas de
diferentes grupos sociais.
Das afirmaes acima, so verdadeiras apenas
a) 1, 2 e 3
b) 1, 3 e 4
c) 2, 3 e 5
d) 2, 4 e 5
e) 3, 4 e 5
61) (Mack-2007) Talvez a mais importante de todas as influncias e a menos estudada seja a que derivou no
propriamente da tradio africana, mas das condies
sociais criadas com o sistema escravista. A existncia de
dominadores e dominados numa relao de senhores e
escravos propiciou situaes particulares especficas,
marcando a mentalidade nacional. Um dos efeitos mais
tpicos dessa situao foi a desmoralizao do trabalho.
O trabalho que se dignifica, medida que se resume no
esforo do homem para dominar a natureza na luta pela
sobrevivncia, corrompe-se com o regime da escravido,
quando se torna resultado de opresso, de explorao.
Emlia Viotti da Costa - Da senzala colnia
Partindo do texto, podemos corretamente afirmar que
a) o sistema escravista que vigorou no Brasil ao longo de
mais de trs sculos, por se sustentar sobre uma relao de
dominao, associou depreciativamente a noo de trabalho
de sujeio e aviltamento social, isto , condio
escrava.
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b) a introduo, nas lavouras brasil e iras, de africanos que
desconheciam o trabalho levou-o desmoralizao,
transformando o, de esforo para dominar a natureza, em
mera luta pela sobrevivncia.
c) a escravido foi o nico regime possvel nos sculos
coloniais, pois o trabalho dignificante era impraticvel em uma natureza hostil como a que encontraram os
portugueses no Brasil.
d) a relao entre senhores e escravos, no Brasil colonial, se
exprimia, quanto ao trabalho, num conflito entre duas
concepes: a de trabalho como esforo para dominar a natureza (viso dos senhores) e a de trabalho como luta pela sobrevivncia (viso dos escravos). e) a tradio africana, que considerava o trabalho como
funo exclusiva de escravos, provocou sua
desmoralizao, sobretudo numa sociedade como a colonial
brasileira.
62) (VUNESP-2008) Os sertes A Serra do Mar tem um notvel perfil em nossa histria. A
prumo sobre o Atlntico desdobra-se como a cortina de
baluarte desmedido. De encontro s suas escarpas embatia,
fraglima, a nsia guerreira dos Cavendish e dos Fenton. No
alto, volvendo o olhar em cheio para os chapades, o
forasteiro sentia-se em segurana. Estava sobre ameias
intransponveis que o punham do mesmo passo a cavaleiro
do invasor e da metrpole. Transposta a montanha arqueada como a precinta de pedra de um continente era um isolador tnico e um isolador histrico. Anulava o
apego irreprimvel ao litoral, que se exercia ao norte;
reduzia-o a estreita faixa de mangues e restingas, ante a
qual se amorteciam todas as cobias, e alteava, sobranceira
s frotas, intangvel no recesso das matas, a atrao
misteriosa das minas...
Ainda mais o seu relevo especial torna-a um condensador de primeira ordem, no precipitar a evaporao
ocenica.
Os rios que se derivam pelas suas vertentes nascem de
algum modo no mar. Rolam as guas num sentido oposto
costa. Entranham-se no interior, correndo em cheio para os
sertes. Do ao forasteiro a sugesto irresistvel das
entradas.
A terra atrai o homem; chama-o para o seio fecundo;
encanta-o pelo aspecto formosssimo; arrebata-o, afinal,
irresistivelmente, na correnteza dos rios.
Da o traado eloqentssimo do Tiet, diretriz
preponderante nesse domnio do solo. Enquanto no S.
Francisco, no Parnaba, no Amazonas, e em todos os cursos
dgua da borda oriental, o acesso para o interior seguia ao arrepio das correntes, ou embatia nas cachoeiras que
tombam dos socalcos dos planaltos, ele levava os
sertanistas, sem uma remada, para o rio Grande e da ao
Paran e ao Paranaba. Era a penetrao em Minas, em
Gois, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, no Mato
Grosso, no Brasil inteiro. Segundo estas linhas de menor
resistncia, que definem os lineamentos mais claros da
expanso colonial, no se opunham, como ao norte,
renteando o passo s bandeiras, a esterilidade da terra, a
barreira intangvel dos descampados brutos.
Assim fcil mostrar como esta distino de ordem fsica
esclarece as anomalias e contrastes entre os sucessos nos
dous pontos do pas, sobretudo no perodo agudo da crise
colonial, no sculo XVII.
Enquanto o domnio holands, centralizando-se em
Pernambuco, reagia por toda a costa oriental, da Bahia ao
Maranho, e se travavam recontros memorveis em que,
solidrias, enterreiravam o inimigo comum as nossas trs
raas formadoras, o sulista, absolutamente alheio quela
agitao, revelava, na rebeldia aos decretos da metrpole,
completo divrcio com aqueles lutadores. Era quase um
inimigo to perigoso quanto o batavo. Um povo estranho de
mestios levantadios, expandindo outras tendncias,
norteado por outros destinos, pisando, resoluto, em
demanda de outros rumos, bulas e alvars entibiadores.
Volvia-se em luta aberta com a corte portuguesa, numa
reao tenaz contra os jesutas. Estes, olvidando o holands
e dirigindo-se, com Ruiz de Montoya a Madrie Daz Tao a
Roma, apontavam-no como inimigo mais srio.
De feito, enquanto em Pernambuco as tropas de van
Schkoppe preparavam o governo de Nassau, em So Paulo
se arquitetava o drama sombrio de Guara. E quando a
restaurao em Portugal veio alentar em toda a linha a
repulsa ao invasor, congregando de novo os combatentes
exaustos, os sulistas frisaram ainda mais esta separao de
destinos, aproveitando-se do mesmo fato para estadearem a
autonomia franca, no reinado de um minuto de Amador
Bueno.
No temos contraste maior na nossa histria. Est nele a sua
feio verdadeiramente nacional. Fora disto mal a
vislumbramos nas cortes espetaculosas dos governadores,
na Bahia, onde imperava a Companhia de Jesus com o
privilgio da conquista das almas, eufemismo casustico
disfarando o monoplio do brao indgena. (EUCLIDES DA CUNHA. Os sertes. Edio crtica de Walnice Nogueira
Galvo. 2 ed. So Paulo: Editora tica, 2001, p. 81-82.)
Segundo o texto de Euclides da Cunha, houve duas
colonizaes portuguesas no Brasil, diferentes e
contrastantes. Escreva sobre as diferenas apresentadas pelo
texto entre a colonizao do norte e a do sul, no que se
refere relao dos colonos com a metrpole portuguesa.
63) (UFSCar-2008) A gravura ilustra diferentes fases da produo do acar no Brasil colonial.
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a) Identifique essas fases.
b) Escreva sobre o papel exercido pela produo aucareira
na organizao econmica e social da Colnia.
64) (Mack-2008) A escravido moderna, aquela que se inaugurou no sculo XVI, aps os descobrimentos, uma
instituio diretamente relacionada com o sistema colonial.
A escravido do negro foi a frmula encontrada pelos
colonizadores para explorar as terras descobertas. Durante
mais de trs sculos utilizaram eles o trabalho escravo com
maior ou menor intensidade, em quase toda a faixa
colonial. (Emlia Viotti da Costa, Da senzala colnia)
Esto entre as circunstncias e os fatores histricos que
explicam, no caso brasileiro, a instituio da escravido
mencionada acima, EXCETO
a) a importncia econmica que representava, desde o
incio do sculo XV, o comrcio de escravos africanos
como fonte de lucros aos comerciantes metropolitanos, bem
como indiretamente prpria Coroa portuguesa.
b) a mansido dos trabalhadores africanos, afeitos, havia
muito, condio escrava nas selvas africanas, onde tribos
subjugavam outras por meio das guerras.
c) a inexistncia, em Portugal, de contingentes
suficientemente numerosos de trabalhadores livres, que se
dispusessem a emigrar para a Amrica, onde trabalhassem
em regime de semidependncia ou como trabalhadores
assalariados.
d) a inexistncia ento, quer nos princpios religiosos
catlicos, quer na legislao da Metrpole, de qualquer
proibio escravizao de africanos, tanto diretamente
aprisionados como comprados a chefes tribais na frica.
e) o carter essencialmente mercantilista da explorao
colonial, que favorecia o emprego de uma mo-de-obra
igualmente interessante enquanto mercadoria ao comrcio metropolitano.
65) (FUVEST-2009) O Brasil ainda no conseguiu extinguir o trabalho em condies de escravido, pois ainda existem
muitos trabalhadores nessa situao. Com relao a tal
modalidade de explorao do ser humano, analise as
afirmaes abaixo.
I. As relaes entre os trabalhadores e seus
empregadores marcam-se pela informalidade e pelas
crescentes dvidas feitas pelos trabalhadores nos armazns
dos empregadores, aumentando a dependncia financeira
para com eles.
II. Geralmente, os trabalhadores so atrados de
regies distantes do local de trabalho, com a promessa de
bons salrios, mas as situaes de trabalho envolvem
condies insalubres e extenuantes.
III. A persistncia do trabalho escravo ou semi-escravo
no Brasil, no obstante a legislao que o probe, explica-se
pela intensa competitividade do mercado globalizado.
Est correto o que se afirma em
a) I, somente.
b) II, somente.
c) I e II, somente.
d) II e III, somente
e) I, II e III.
66) (FUVEST-2009) A criao, em territrio brasileiro, de gado e de muares (mulas e burros), na poca da colonizao
portuguesa, caracterizou-se por
a) ser independente das demais atividades econmicas
voltadas para a exportao.
b) ser responsvel pelo surgimento de uma nova classe de
proprietrios que se opunham escravido.
c) ter estimulado a exportao de carne para a metrpole e a
importao de escravos africanos.
d) ter-se desenvolvido, em funo do mercado interno, em
diferentes reas no interior da colnia.
e) ter realizado os projetos da Coroa portuguesa para
intensificar o povoamento do interior da colnia.
67) (UFSCar-2009) Analise os dados da tabela e responda.
Proprietrios de terra agrcolas em So
Paulo e Santana do Parnaba
Trabalhadores nas propriedades agrcolas
ndios Escravos de origem africana Data
Domingos da Rocha 92 24 1661
Francisco de Camargo 58 16 1672
Marcelinho de Camargo 124 14 1684
Jernimo Bueno 55 11 1693
Pedro Vaz de Barros 47 24 1697
Salvador Jorge Velho 81 20 1708
Maria Bueno 54 25 1710
Amador Bueno de Veiga 92 45 1720
(John Monteiro, Negros da terra. 1994)
a) Qual a explicao histrica para a diferena entre o
nmero de indgenas e de escravos de origem africana
nessas propriedades agrcolas?
b) O que estabelecia a regulamentao portuguesa colonial
no Brasil referente escravido indgena?
68) (VUNESP-2009) Esta Capitania [do Rio de Janeiro] tem um rio muito largo e fermoso; divide-se dentro em muitas
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partes, e quantas terras esto ao longo dele se podem
aproveitar, assim para roas de mantimentos como para
cana-de-acar e algodo (...) E por tempo ho de se fazer
nelas grandes fazendas: e os que l forem viver com esta
esperana no se acharo enganados
(Pro de Magalhes Gndavo. Histria da Provncia de
Santa Cruz ou Tratado da Terra do Brasil, 1576.
O texto refere-se
a) ao projeto da administrao portuguesa de transferir a
capital da Colnia de Salvador para o Rio de Janeiro.
b) incompetncia da elite econmica e poltica da
metrpole portuguesa, que desconhece as possibilidades de
crescimento econmico da Colnia.
c) ao perigo de fragmentao poltica da Colnia do Brasil
caso o territrio permanea despovoado na sua faixa
litornea.
d) necessidade de ocupao econmica da Colnia, tendo
em vista a ameaa representada pela Inglaterra e pela
Espanha.
e) ao vnculo entre o povoamento de regies da Colnia do
Brasil e as atividades econmicas de subsistncia e de
exportao.
69) (VUNESP-2009) Leia os seguintes trechos do poema Vozes d frica, escrito por Castro Alves em 1868, e
assinale a alternativa que os interpreta corretamente.
Deus! Deus! Onde ests que no respondes?
(...)
H dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde ento corre o infinito...
(...)
Hoje em meu sangue a Amrica se nutre
Condor que transformara-se em abutre, Ave da escravido
(...)
Basta, Senhor! De teu potente brao
Role atravs dos astros e do espao
Perdo pra os crimes meus! ...
H dois mil anos... eu soluo um grito...
(...)
a) O poeta procura convencer a Igreja catlica e os cristos
brasileiros dos malefcios econmicos da escravido.
b) Castro Alves defendeu os postulados da filosofia
positivista e da literatura realista, justificando a escravido.
c) O continente americano figura no poema como a ptria
da liberdade e da felicidade do povo africano.
d) Abolicionista, Castro Alves leu em praa pblica do Rio
de Janeiro o poema Vozes d frica para comemorar a Lei
urea.
e) Castro Alves incorpora no poema o mito bblico da
nao do povo africano, cumprido atravs de milnios pela
maldio da escravido.
70) (FUVEST-2010) Os primeiros jesutas chegaram Bahia com o governador-geral Tom de Sousa, em 1549, e em
pouco tempo se espalharam por outras regies da colnia,
permanecendo at sua expulso, pelo governo de Portugal,
em 1759.
Sobre as aes dos jesutas nesse perodo, correto afirmar
que
a) criaram escolas de arte que foram responsveis pelo
desenvolvimento do barroco mineiro.
b) defenderam os princpios humanistas e lutaram pelo
reconhecimento dos direitos civis dos nativos.
c) foram responsveis pela educao dos filhos dos colonos,
por meio da criao de colgios secundrios e escolas de
ler e escrever. d) causaram constantes atritos com os colonos por
defenderem, esses religiosos, a preservao das culturas
indgenas.
e) formularam acordos polticos e diplomticos que
garantiram a incorporao da regio amaznica ao domnio
portugus.
71) (UFMG-1994) Nos textos seguintes, Gilberto Freyre descreve, respectivamente, a rotina de uma senhora de
engenho, dona de casa ortodoxamente patriarcal, e a rotina
de um novo tipo de mulher, surgida nos meados do sculo
XIX.
"...levantando-se cedo a fim de dar andamento aos servios,
ver se partir a lenha, se fazer o fogo na cozinha, se matar a
galinha mais gorda para a canja; a fim de dar ordem ao
jantar (...) e dirigir as costuras das mucamas e molecas, que
tambm remendavam, cerziam, remontavam, alinhavavam
a roupa da casa, fabricavam sabo, vela, vinho, licor, doce,
gelia. Mas tudo deveria ser fiscalizado pela iai branca,
que s vezes no tirava o chicote da mo."
"...acordando tarde por ter ido ao teatro ou a algum baile;
lendo romance; olhando a rua da janela ou da varanda;
levando duas horas no toucador (...) outras tantas horas no
piano, estudando a lio de msica; e ainda outras na lio
de francs ou de dana. Muito menos devoo religiosa do
que antigamente. O mdico de famlia mais poderoso que o
confessor. O teatro seduzindo as senhoras elegantes mais
que a igreja. O prprio baile mascarado atraindo senhoras
de sobrado".
(FREYRE, Gilberto. SOBRADOS E MUCAMBOS. Rio de
Janeiro: Jos Olympio, 1968. t.1, p.109-110).
a) INDIQUE trs mudanas ocorridas na estrutura scio-
econmica do Brasil, na segunda metade do sculo XIX,
que explicam as transformaes ocorridas no papel
feminino.
b) DESCREVA a condio de cidadania da mulher no
perodo primrio-exportador.
72) (PUC-SP-2002) O que o canavial sim aprende do mar: o avanar em linha rasteira da onda;
o espraiar-se minucioso, de lquido,
alagando cova a cova onde se alonga.
O que o canavial no aprende do mar:
o desmedido do derramar-se da cana;
o comedimento do latifndio do mar,
que menos lastradamente se derrama.
Joo Cabral de Melo Neto, O mar e o canavial, in A educao pela pedra.Antologia potica. Rio de Janeiro, Jos
Olympio Editora, 1989, p. 9
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Joo Cabral, recifense, relacionou, no fragmento de poema
acima, mar e canavial. A associao considera semelhanas
e diferenas entre eles e pode ser compreendida se
considerarmos que
a) o avanar em linha rasteira do canavial uma meno expanso da produo aucareira na
regio Nordeste e especialmente no Estado de Pernambuco
iniciada no perodo colonial e encerrada no Imprio.
b) o mar e as praias de Pernambuco sempre foram, ao lado
da cana, as nicas fontes de riqueza da regio Nordeste,
desde o perodo colonial at os dias de hoje.
c) o desmedido do derramar-se da cana uma referncia crtica organizao da produo aucareira em latifndios,
unidades produtoras de grande porte.
d) as lavouras de cana sempre estiveram localizadas no
interior de Pernambuco, distantes do
litoral, e a relao com o mar para mostrar a totalidade
geogrfica do Estado.
e) alagando cova a cova onde se alonga uma sugesto de que o plantio da cana, assim como o
mar, provocou, ao longo de sua histria, muitas mortes.
73) (Mack-2002) ... Que diferena entre as duas humanidades. Uma tranqila, onde o homem dono de
todos os seus atos; outra, uma sociedade em exploso, onde
preciso um aparato, um sistema repressivo para manter a
ordem e a paz.
Orlando Villas Boas
O texto compara as humanidades europia e indgena.
Sobre esse encontro, no momento do descobrimento do
Brasil, NO podemos afirmar que:
a) na convivncia coletiva e igualitria das ocas, as famlias
indgenas participavam, atravs do escambo, do
extrativismo de pau-brasil que, nos primeiros trinta anos,
constituiu-se na nica atividade econmica na colnia.
b) ao substituir o escambo pela agricultura, os portugueses
passaram a escravizar os indgenas, cuja reao foi
imediata.
c) a destribalizao, a expropriao territorial e a
desorganizao das instituies tribais foram utilizadas para
submeter os nativos.
d) a resistncia indgena sempre ocorreu, mas foi
neutralizada pela superioridade militar do homem branco.
e) as guerras justas e a proteo dos jesutas foram
instrumentos eficazes para a preservao cultural e fsica
das tribos brasileiras.
74) (Fuvest-2004) Depois de permanecermos ali pelo espao de dois meses, durante os quais procedemos ao
exame de todas as ilhas e stios da terra firme, batizou-se
toda a regio circunvizinha, que fora por ns descoberta, de
Frana Antrtica. (...)
Em seguida, o senhor de Villegagnon, para se garantir
contra possveis ataques de selvagens, que se ofendiam com
extrema facilidade e tambm contra os portugueses, se estes
alguma vez quisessem aparecer por ali, fortificou o lugar da
melhor maneira que pde. Andr Thevet, As
singularidades da Frana Antrtica, 1556.
Tendo por base o texto, indique:
a) A qual regio brasileira o autor se refere e por que afirma
ter sido por ns descoberta? b) Quais foram os resultados do estabelecimento da Frana
Antrtica?
75) (UNICAMP-2004) A respeito da Independncia na Bahia, o historiador Joo Jos Reis afirmou o seguinte: Os
escravos no testemunharam passivamente a
Independncia. Muitos chegaram a acreditar, s vezes de
maneira organizada, que lhes cabia um melhor papel no
palco poltico. Os sinais desse projeto dos negros so
claros. Em abril de 1823, dona Maria Brbara Garcez Pinto
informava seu marido em Portugal, em uma pitoresca
linguagem: A crioulada fez requerimentos para serem livres. Em outras palavras, os escravos negros nascidos no Brasil (crioulos) ousavam pedir, organizadamente, a
liberdade!
(Adaptado de O Jogo Duro do Dois de Julho: o Partido Negro na Independncia da Bahia, em Joo Jos Reis e Eduardo Silva, Negociao e Conflito. A resistncia negra
no Brasil escravista. So Paulo: Cia das Letras, 1988, p.
92).
a) A partir do texto, como se pode questionar o esteretipo
do escravo ignorante? b) Identifique dois motivos pelos quais a atuao dos
escravos despertava temor entre os senhores.
c) De que maneira esse enunciado problematiza a verso
tradicional da Independncia do Brasil?
76) (FGV-2004) No Brasil colonial, a denominao ladino referia-se:
a) Ao judeu que manteve sua religio durante a ocupao
do Nordeste pelos holandeses.
b) Aos escravos africanos considerados aculturados
sociedade colonial.
c) Ao cristo-novo que se dedicava ao trfico negreiro entre
a frica e a Amrica.
d) Aos portugueses autorizados a praticar o comrcio na
Amrica espanhola.
e) Aos africanos alforriados que habitavam os principais
ncleos urbanos coloniais.
77) (UNICAMP-2005) O termo feitor foi utilizado em Portugal e no Brasil colonial para designar diversas
ocupaes. Na poca da expanso martima portuguesa, as
feitorias espalhadas pela costa africana e, depois, pelas
ndias e pelo Brasil tinham feitores na direo dos
entrepostos com funo mercantil, militar, diplomtica. No
Brasil, porm, o sistema de feitorias teve menor significado
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do que nas outras conquistas, ficando o termo feitor muito associado administrao de empresas agrcolas. (Adaptado de Ronaldo Vainfas (org.), Dicionrio do Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2000, p. 222).
a) Indique caractersticas do sistema de feitorias empreendido por Portugal. b) Qual a produo agrcola predominante no Brasil entre os sculos XVI e XVII? Quais as funes desempenhadas pelo feitor nessas empresas agrcolas?
78) (UNICAMP-2005) Um dos maiores problemas nos estudos histricos no Brasil acerca da escravido seu
relativo desconhecimento da histria e da cultura africanas.
A, a histria do Congo tem muitas lies a dar, quer para
os interessados no estudo da frica, quer para os estudiosos
da escravido e da cultura negra na dispora colonial.
Afinal, a regio do Congo-Angola foi daquelas que mais
forneceram africanos para o Brasil, especialmente para o
Sudeste, posio assumida no sculo XVII e consolidada na
virada do sculo XVIII para o XIX. (Adaptado de Ronaldo Vainfas e Marina de Mello e Sousa, Catolizao e poder no tempo do trfico: o reino do Congo da converso coroada ao movimento Antoniano, sculos XV-XVIII, Tempo. n. 6, 1998, p. 95-6).
a) O que foi a dispora colonial citada no texto acima? b) Identifique duas influncias africanas no Brasil atual. c) Nomeie e explique, no Brasil atual, uma decorrncia da prtica da escravido negra.
79) (PUC - MG-2007) O padre jesuta Antonil (Joo Antnio Andreoni), autor do livro Cultura e Opulncia do Brasil por
suas Drogas e Minas, publicado em Lisboa (1710), afirma
com severidade os problemas colocados pelo deslocamento
do eixo produtivo colonial do nordeste para o sudeste. Em
sua crtica, menciona os danos causados pela descoberta do
ouro nas Minas Gerais e os desdobramentos polticos desse
processo.
Sobre esse deslocamento da rea de produo aucareira
para a minerao, assinale a afirmativa
CORRETA.
a) A economia do acar, mesmo aps a descoberta do
ouro, continuou a ser a principal receita brasileira no final
do sculo XVIII, j que garantia a economia exportadora.
b) A minerao, pelo seu valor agregado, possibilitou o
financiamento de parte da produo do acar nordestino,
encalhado pela concorrncia comercial do acar das
Antilhas.
c) Diamantes, ouro e pedras, atravs do sucesso da
economia mineradora, se tornaram os principais produtos
das exportaes brasileiras durante os sculos XVII e
XVIII.
d) A populao escrava da regio das minas era procedente
do estoque de escravos do nordeste,
visto que a diminuio da produo aucareira elevou o
preo do cativo.
80) (ETEs-2007) Na histria do Brasil, a presena ou a proximidade de rios, riachos, fontes e igaraps favoreceu,
em determinada regio, o desenvolvimento de um
importante tipo de explorao econmica, tcnica ou
processo de produo.
Pode-se considerar como exemplo
a) a prtica do garimpo, no Vale do Rio Amazonas, e o
contrabando do ouro para as terras do sul.
b) a substituio do pilo de mo pelo monjolo movido a
gua, na produo aucareira do Vale do Rio Tiet.
c) a utilizao do engenho movido a gua, mais produtivo
do que o engenho movido a trao animal, no serto
nordestino.
d) a criao de gado, no Vale do Rio So Francisco, para
abastecimento da regio de produo aucareira.
e) o cultivo da seringueira, a produo da borracha e o seu
transporte no Vale do Rio Paraba.
81) (UNIFESP-2007) Em Roma antiga, e no Brasil colonial e monrquico, os escravos eram numerosos e empregados nas
mais diversas atividades.
Compare a escravido nessas duas sociedades, mostrando
suas
a) semelhanas.
b) diferenas.
82) (UNIFESP-2007) Embora o Brasil continue sendo o maior produtor mundial de cana-de-acar e de caf, sua
economia hoje no mais gira, essencialmente, em torno do