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HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA
LUIZ ROGÉRIO MACEDO GOMESLIGA ACADÊMICA DE UROLOGIA DA
BAHIA (LAUBA)SETEMBRO/2015
INTRODUÇÃO
Problemas de grande relevância clínica: pela alta frequência da manifestação e pelo comprometimento da qualidade de vida dos pacientes.
A hiperplasia prostática histológica atinge cerca de 10% dos homens na década dos 30 anos e é encontrada em 90% nos indivíduos com mais de 90 anos de idade.
HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA (HPB)
A hiperplasia benigna da próstata (HBP) ou hiperplasia prostática benigna (HPB) é uma condição médica caracterizada pelo aumento benigno da próstata, que normalmente se inicia em homens com mais de 40 anos.
Do ponto de vista histológico, a HPB caracteriza-se pela hiperplasia das células do estroma e do epitélio da glândula prostática, resultando no aumento volumétrico desta e na possibilidade de interferência no fluxo normal de urina causada pela compressão da uretra prostática e pelo relaxamento inadequado do colo vesical.
Os únicos dois fatores de risco bem estabelecidos para a ocorrência de HBP são a idade e os andrógenos.
FISIOPATOLOGIA
A testosterona penetra na célula epitelial prostática e por ação de uma enzima, a 5α-redutase, é transformada em diidrotestosterona (DHT).
Esse intermediário promove a síntese de proteínas e fatores de crescimento que modulam a proliferação de células epiteliais da próstata, via ligação com receptores androgênicos.
Crescimento a partir de reações inflamatórias no local, as quais expressam genes causadores da proliferação celular.
O processo de HBP instala-se na chamada zona transicional da próstata, situada em torno da uretra.
O aparecimento dos sintomas miccionais resultam de mecanismos fisiopatogênicos, tais como: obstrução uretral propriamente dita, que
produz sintomas obstrutivos; reação do detrusor à obstrução, que leva ao
aparecimento de sintomas irritativos; estímulos neuronais anormais gerados pela
próstata, que também causam sintomas obstrutivos.
O processo de obstrução uretral decorre do efeito mecânico causado pelo crescimento prostático e de um efeito funcional, relacionado com a contração das fibras musculares existentes no colo vesical, cápsula e estroma prostático.
Essas fibras, ricas em receptores α-adrenérgicos, tendem a se contrair por estimulação simpática, ocluindo a luz uretral.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
EVOLUÇÃO
Pacientes com HBP podem evoluir com complicações como: retenção urinária; litíase vesical; infecção urinária; insuficiência renal; hematúria macroscópica.
DIAGNÓSTICO
Clínico: Anamnese + exame digital da próstata
(toque); I-PSS (International Prostate Symptom Score -
American Urological Association/AUA)
Escore de 0 a 7: sintomas leves;
Escore entre 8 e 19: sintomas moderados;
Escore entre 20 e 35: sintomas graves.
TRATAMENTO
Tratamento expectante (Watchful waiting) Tratamento medicamentoso:
Inibidores da 5-alfa-redutase; Alfa-bloqueadores; Agentes fitoterápicos;
Tratamento cirúrgico: Ressecção transuretral da próstata (RTU-P) –
95% (para próstatas entre 30 e 80mL); Incisão transuretral da próstata (para próstatas
pequenas – 20 a 30mL); prostatectomia aberta (para próstatas maiores
que 80-100mL);
OBRIGADO !!