1. 3. 4.2.
PME
O setor é um caminho paraquem pensa em empreender edois empresários do setor mos-tram os motivos. ParticipamGustavo Albanesi (Buddha Spa)e ainda Clélia Angelon.
Como venderbeleza hoje
Primeiro módulo contará com apresença de Alexandre Serodio,fundador do site Beleza na Web,Pedro Prellwitz (Men´s Market)e Wilson Minami, diretor da redede lojas Sumirê.
Participam Celso Kamura, umdos profissionais de beleza maisimportantes do País e GillesMaciel, que é sócio da BarbeariaBarba Negra, que oferece servi-ços estéticos para homens.
Faturandoalém do corte
Leila Velez, sócia e presidenteda empresa Beleza Natural,conta sua história de êxito aolado de Edna e Lucy Onodera,que chegaram lá com uma redede clínicas de estética.
Segredos paraobter sucesso
O mundoda estética
DESAFIOSGETTY IMAGES
PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
estadaopme.com.br
DO MERCADODE BELEZA
BRASILEIRO
das 9h15 às 10hdas 8h30 às 9h15 das 10h30 às 11h30 das 11h30 às 12h30
12ª edição do EncontroPME pretende debater
qual é o futuro dosegmento diante da
mudança no cenárioeconômico do País
ESTADÃO
Não é de hoje que o mercado debeleza é encarado com serieda-de pelo empreendedor, que en-xerga faz tempo o que a pesqui-sa da Beauty Fair/Nielsen, de se-tembro do ano passado, apon-tou: o consumo na categoriacresce acima da média de produ-tos tradicionais (alimentos, be-bidas alcoólicas e não alcoóli-cas, além de itens de limpeza ca-seira). Enquanto a aquisição dachamada ‘cesta básica’ avançou124% entre os anos de 1994 e2013, os produtos de higienepessoal e cosméticos subiram185% em igual período.
Essa é sem dúvida uma gran-de notícia para empresários in-teressados no setor. No entan-to, para além das boas novasque o mercado se habitou aanunciar, especialistas obser-vam que uma nova realidade co-meça a se estabelecer. Diantede um cenário macroeconômi-co menos pujante, o segmentovai precisar se adaptar a um con-sumidor com menos apetite.
“Em tese, a gente percebeque o consumidor continuacomprando mais produtos cos-méticos. Ele compra dois xam-pus e um pacote de arroz. Mas oque está acontecendo é que ele,nos últimos meses, começou amigrar para marcas mais bara-tas, reduzindo o desembolsomédio”, afirma Marcelo Mat-tos, gerente da Beauty Fair.
“O mercado brasileiro de cos-méticos cresceu a taxas eleva-das nos últimos anos, de 12% en-tre 2002 e 2012. Porém, hoje ocrescimento é mais modesto”,afirma a especialista Sonia Co-
razza, que mantém um institu-to de pesquisa e desenvolvimen-to de produtos para o setor cha-mado Beleza Inteligente.
Segundo ela, por anos o setoracreditou na mística do “índicebatom”, representado por umacerta blindagem do mercado debeleza aos efeitos da economiacomo um todo. “Diziam que omercado podia ir mal que a mu-lher ia para casa e fazia questãode tomar um banho com sabo-nete espumante para descon-tar. Isso não existe. Ninguémvai ficar perfumado de barrigavazia”, conta.
Sonia afirma que, neste mo-mento, o segmento vive umagrande pressão para minimizarcustos. “O ambiente está maiscompetitivo e mais hostil nomercado de produtos acaba-dos, com reflexos óbvios para acadeia de vendas em geral e tam-bém para o varejo”, observa.
Números da Agência Brasilei-ra de Desenvolvimento Indus-trial reforçam a percepção da es-pecialista. Levantamento feitopela organização, em parceriacom a Unicamp, aponta que asvendas totais do setor em 2013foram de US$ 29,78 bilhões.
Nos próximos anos, o estudo de-monstra que o crescimento pre-visto, no período de 2013 a 2017,é da ordem de 9,3%, com médiaanual de 1,86%.
“Os fatores para essa desace-leração de crescimento são vá-rios, mas posso apontar que osprincipais são o atual modeloeconômico brasileiro, com adesvalorização do real, a dificul-dade no repasse de custos e aconcorrência mais acirrada”,destaca Sonia, que também cha-ma atenção para o amadureci-mento do mercado nacional co-mo um todo. “O consumidor es-
tá mais exigente e bem informa-do. Crescer vai exigir sabedoriae planejamento”, analisa.
Para ajudar o empreendedora situar-se nesse novo momen-to, a 12ª edição do EncontroPME vai debater, no próximodia 19, em São Paulo, as oportu-nidades na área. O primeiro mó-dulo do evento vai discutir osdesafios de quem vende para oconsumidor final produtos debeleza – seja pela internet ou daforma tradicional. A segundaparte vai tratar sobre o segmen-to de estética e serviços de bele-za com a participação de Gusta-vo Albanesi, proprietário da re-de de franquias Buddha Spa e deCléliaAngelon, presidente da fa-bricante de produtos veganosSurya e de um spa. Ainda duran-te o encontro, empresários vãodebater sobre os salões que cor-tam cabelos e, finalmente, o últi-mo módulo vai apresentar ca-sos de empreendimentos quecomeçaram pequenos e obtive-ram êxito comercial.
%HermesFileInfo:X-1:20150316:B1A SEGUNDA-FEIRA, 16 DE MARÇO DE 2015 O ESTADO DE S. PAULO
Lançamentos e informação sãoestratégiasdo setor paracrescer
PME
Categoria de higiene e beleza é a que mais coloca lançamentos nas prateleiras para atender consumidoras em busca de novidades
Mesmo que um estudo realiza-do pela Nielsen sobre o compor-tamento das famílias em 2009,ano marcado por uma severa cri-se, sinalize que a cesta de produ-tos de higiene e beleza é a quemenos sofre em períodos de de-terioração econômica, isso nãosignifica que o empresário teráum futuro tranquilo pela frente.
“O setor de beleza tem umaoportunidade enorme para cres-cer e na crise, historicamente, agente sempre cresce. Mas nãovai ser fácil, é um desafio”, desta-
ca o fundador e CEO do e-com-merce Beleza na Web, Alexan-dre Serodio.
De acordo com a pesquisaBeauty Fair/Nielsen, os lança-mentos de produtos resultamna principal estratégia do setor.Só entre julho de 2013 e julho de2014 foram coloca-dos no mercado2.102 itensde higienee belezac o n t r am é d i a
de 960 do mercado como umtodo. Trata-se ainda da cestacom mais lançamentos de suces-so: 104 ante 34. A categoria tam-bém ganha destaque com a pro-dução de itens sofisticados. Dototal, 60% dos lançamentos seenquadram na categoria pre-mium. A média dos outros seg-
mentos fica em 50%.O estudo ainda mostra
que existe uma pressãodo mercado, tanto dos
compradores quantodos lojistas, por novi-
dades – com destaque para op-ções mais sofisticadas, até mes-mo produtos profissionais parauso doméstico, e itens práticosque facilitem a vida das consu-midoras de uma maneira geral.
Orientação. A estratégia de Se-rodio, do site Beleza na Web, po-rém, não inclui apenas a vendade produtos isoladamente. “Te-mos a parte de conteúdo comprofissionais do mercado quedão dicas e orientações. Temosum papel importante dentro do
nosso mercado que é instruir asclientes sobre como usar os pro-dutos. Não é apenas vender. Ésatisfazer o desejo de beleza”,afirma o empreendedor.
O empresário ainda mostrapor meio do seu discurso queele tem uma missão, que é fazercom que as clientes voltem aosalão de beleza. “Se me pergun-tam: você não compete com osalão? Respondo: pelo contrá-rio. Quanto mais pessoas conse-guimos convencer, mais nossomercado tende a crescer.”
Mesmo com cenáriodifícil, varejistas estão otimistas
3º
DIVULGAÇÃO
46%49%
é a representatividade daclasse média nos gastosdos brasileiros com itensde higiene e beleza. Já aclasse alta representa34%, com R$ 20,4 bilhões,e a baixa, 17%.
lugar é o posto ocupado pelo Brasil no rankingdo mercado mundial de higiene pessoal,perfumaria e cosméticos, conforme dados doEuromonitor de 2013. O País está atrás dosEstados Unidos e China.
8,7
dos gastos estão concentrados na região Sudeste,com R$ 27,6 bilhões. Em seguida aparecem asregiões Nordeste (R$ 13,8 bilhões) e Sul (R$ 8,4bilhões). O Centro-Oeste gasta R$ 5,4 bilhões e aregião Norte totaliza R$ 4,8 bilhões.
“Nossonegócio nãoestá sentindoa situaçãoeconômicado País”Wilson Minami,diretor-executivoda marca Sumirê
bilhões de reais foi aprojeção dos gastos dosbrasileiros com produtosde higiene e belezapara 2014, de acordocom o Instituto DataPopular. Em 2002,esse número erade R$ 26,5bilhões. dos lançamentos da cesta
de higiene e beleza estãoenquadrados na categoriapremium ante uma médiade 50% do mercadoconvencional, segundodados da pesquisa.
foi a nota dada para o negócio‘perfumaria’, eleito o melhor local para acompra de produtos de beleza, de acordocom levantamento feito pela BeautyFair/Nielsen.
59,9
Empresários esperamexpandir seus negóciosapesar da situação daeconomia não serfavorável neste ano
60%
Alta. Site Men’s Market, de Pedro Prellwitz, pretende mais que dobrar o faturamento este ano em comparação com 2014
AlexandreSerodio,Beleza na Web
O setor debeleza temuma oportunidadeenorme paracrescer e na crise,historicamente,a gente semprecresce. Não vai serfácil, é um desafio
“DIVULGAÇÃO
O desaquecimento da econo-mia não deixou os três empresá-rios do varejo que vão partici-par do Encontro PME desani-mados. Pelo contrário. Eles pro-jetam crescimento e acreditamno potencial do negócio, mes-mo diante de um ambiente mui-to mais difícil.
Depois de faturar R$ 7 mi-lhões em 2014, a Men’s Marketespera alçar voos bem maiorese alcançar entre R$ 15 milhões aR$ 20 milhões este ano. “O mer-cado como um todo vai sofrer enessas horas muita gente se de-sespera. É preciso ser frio e ten-tar entender para onde temosque levar a empresa”, diz PedroPrellwitz, sócio-proprietáriodo site, que é especializado emprodutos masculinos.
Na avaliação de Prellwitz, omercado em que ele atua é mui-to incipiente e pouca genteapostou nessa área nos últimosanos. No entanto, ele enxergaum ambiente competitivo no fu-turo. “Acredito que um grandediferencial será saber conver-sar com o homem, entendersuas preferências. E estamosdesbravando esse universo.”
Para confirmar as projeçõesfeitas para 2015, a empresa apos-ta no serviço de assinaturas eplaneja ainda distribuir algu-mas marcas exclusivas.
O fundador e CEO da empre-sa Beleza na Web, Alexandre Se-rodio, também é da ala dos oti-mistas. “Acho que nessa épocaque é hora de crescer. Tem o
copo meio vazio ou meio cheio,depende de como estou olhan-do. Eu sou o eterno otimista eno copo cheio tem muita opor-tunidade”, afirma Serodio. O
empreendedor planeja a abertu-ra de uma loja conceito no meiodo ano, em São Paulo. Em 2014,a empresa cresceu 60% e fatu-rou cerca de R$ 100 milhões.
A expectativa do empreendi-mento, que já recebeu aportesdos fundos Tiger Global Mana-gement e Kaszek Venture, é se-guir no mesmo ritmo de expan-são este ano.
A rede de perfumarias Sumi-rê também segue confiante.“Nosso segmento não está sen-tindo a situação econômica doPaís”, afirma Wilson Minami,diretor-executivo da marca.Com 75 lojas abertas, a rede foicriada em 1982 pelo empresárioAkio Koga. A opção pelo cresci-mento apenas com lojas pró-prias foi escolhida devido ao de-sejo de abrir unidades para cadamembro da família e não existeum plano de expansão traçado.“Por ser uma empresa familiar,o ritmo de crescimento depen-de de cada membro, o que é mui-to respeitado por todos.”
ESTADÃO
%HermesFileInfo:X-2:20150316:
B2A Economia SEGUNDA-FEIRA, 16 DE MARÇO DE 2015 O ESTADO DE S. PAULO
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PME
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“Nós éramosdirecionadosno começo paraterapias e hojeampliamos paramuito alémda saúde”Gustavo Albanesei,proprietário do Buddha Spa
Empreendedores queparticiparão do segundomódulo prometemrevelar o que é precisofazer para prosperar
Aposta. Após uma viagem para a Índia, a empresária Clélia Angelon decidiu importar a henna, uma tintura em pó natural até então pouco utilizada no País
Quando os conceitos de belezae saúde se encontram, surge umnicho de mercado fértil paraquem deseja empreender naárea. Fatores como o crescimen-to e a consolidação da classe mé-dia no País colocaram os cuida-
dos com a estética na lista degastos fixos de grande parte dapopulação brasileira. E mesmoem períodos em que parte daspessoas busca cortar gastos, omercado da beleza parece man-ter o fôlego.
O empresário Gustavo Alba-nesi, proprietário do BuddhaSpa e participante do 2º módulodo 12º Encontro PME, confirmaessa tendência e garante que osúltimos anos foram determi-nantes para a expansão do seunegócio, que virou franquia econta com loja online.
Albanesi decidiu investir emum negócio de terapias corpo-rais em 2001, quando ainda tra-balhava como analista financei-ro. “Em 2008, resolvi me dedi-car exclusivamente ao spa, en-tão com três unidades. Esse pe-ríodo foi de crescimento e matu-
ração do mercado de beleza.Nos últimos 10 anos, a popula-ção ampliou a preocupaçãocom a qualidade de vida”, expli-ca o empresário.
“Quando começamos, o Bud-dha era direcionado a terapiase com o tempo ampliamos pa-ra muito além da saúde”, re-lembra Albanesi. Hoje, o fortedo Buddha Spa continua sen-do tratamentos como massa-gens corporais e alongamen-tos, mas serviços como drena-gem linfática, massagens mo-deladoras e limpeza de peleapresentam grande procurados clientes.
O empresário explica aindaque direcionar o atendimentopara as classes A e B auxiliou ocrescimento da empresa. “Meunegócio é voltado para um públi-co com pouca elasticidade so-cial. São homens (45% do total)e mulheres que buscam o tem-po todo formas de melhorar aqualidade de vida por meio dasaúde”, analisa Albanesi.
A empresária Clélia Angelon,proprietária da marca de cosmé-ticos Surya e que também parti-cipará do evento, concordacom Albanesi. Há sete anos, eladecidiu materializar o conceitodos produtos que fabrica e co-mercializa, feitos sem compo-nentes derivados de animaisem sua composição, e criou oEspaço Surya Brasil, spa quetem como foco tratamentos ca-pilares envolvendo a henna, tin-tura em pó natural pouco utili-zada em salões de beleza con-vencionais.
“Em uma ida à Índia, conhecia henna e decidi importar. Decara foi um sucesso, mas eu pre-cisava de um ideal que me mo-vesse. Não queria apenas traba-lhar para sobreviver. Foi quan-do decidi levantar a bandeira daética e abrir uma empresa vega-na. Convidei minha filha, entãocom 18 anos, para trabalhar co-migo, e fundamos a Surya.”
ESTADÃO
EVELSON DE FREITAS/ESTADÃO
O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 16 DE MARÇO DE 2015 Economia B3A
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B4A Economia SEGUNDA-FEIRA, 16 DE MARÇO DE 2015 O ESTADO DE S. PAULO
PME
Duas marcas consolidadas, vol-tadas para públicos distintos,mas ainda administradas porsuas fundadoras. As empreende-doras à frente da rede BelezaNatural e da franquia de clíni-cas de estética Onodera que-rem provar que, apesar da con-juntura econômica adversa, épossível fazer do ‘limão uma li-monada’ e colocar em práticaplanos agressivos de expansãoapostando na criatividade e, cla-ro, no poder de gestão.
Edna e Lucy Onodera, respec-tivamente mãe e filha, coman-dam a rede Onodera, atualmen-te com 57 franquias. O negóciosurgiu há 34 anos quando Ednasimplesmente aproveitou umespaço vago na academia de ju-dô do marido, na época treina-dor da seleção brasileira da mo-dalidade, para oferecer serviçosestéticos. A ideia era apenascomplementar a renda, mas oempreendimento acabou tor-nando-se o principal ganha pãoda família.
Neste ano, a grande apostadas empresárias está em um no-vo modelo de negócios da mar-ca, chamado de Store in Store –unidades ‘nanicas’ instaladasdentro de lojas, como por exem-plo academias de ginástica e sa-lões de cabeleireiro. “O plano évender para quem já é nossofranqueado. Queremos vender20 unidades até o fim do ano”,explica Lucy Onodera.
Com investimento total deR$ 24 mil, o modelo sai muitomais em conta do que a lojacompleta, atualmente estimadaem R$ 420 mil – há ainda ummodelo intermediário, lançadohá três anos, e que custa R$ 300mil. “A gente quer ganhar esca-la. Os custos imobiliários e opreço como um todo são proble-mas para o franqueado.”
Também de olho na expan-são, o desafio de Leila Velez,por sua vez, é um pouco diferen-te. Sócia e presidente da marcaBeleza Natural, composta porfábrica e rede de salões especia-
lizados em soluções para cabe-los crespos e ondulados, a em-presa está capitalizada e prontapara crescer desde que 33% donegócio foi adquirido pelo fun-
do de capital de risco GP Invest-ments. A negociação movimen-tou R$ 70 milhões, cifra quevem sendo usada atualmentepara o empreendimento atin-
gir, até 2018, a meta de 120 uni-dades em funcionamento e fatu-ramento de R$ 1 bilhão.
O problema de Leila, que divi-de a sociedade da marca com Zi-
ca Assis, Rogério Assis e JairConde, é adequar o portfólio damarca ao tamanho atual do bol-so do seu consumidor, que vemsofrendo com o achatamentodo poder de compra desde quefoi iniciado o ajuste fiscal porparte do governo.
“A cesta de produtos de higie-ne pessoal e beleza representa8% do orçamento de meu clien-te e meu produto impacta com4%. Estamos negociando comfornecedores e fazendo umaanálise de custos completa paraadequar nosso produto ao nos-so cliente”, observa Leila. A em-presária era atendente da redede lanchonetes McDonald’squando foi convidada por ZicaAssis para ingressar na socieda-de da empresa – o negócio atual-mente conta com 29 pontos deatendimento em cinco estados.
“A gente tem um compromis-so com o nosso cliente, com anossa consumidora. Isso é im-portante e levamos muito à sé-rio”, observa Leila.
Nãobastaapenasdiversificar,aempresaprecisa irmuitoalém
DIVULGAÇÃO
HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO
DIVULGAÇÃO
Gilles Maciel,Barba Negra
Negociamoscom nossosfornecedorese estamosfazemosuma análisede custospara nosadequarmos
Agregamoso novo epreservamoso antigo.Não queriaum modelofemininopara homens
Quem já deucerto sabe: éhorade fazero impossível
Leila Velez,Beleza Natural
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Análise. Kamura acredita que o ano será marcado por momentos de reflexão e expansão
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Diversificar em um mercadoabarrotado de opções seme-lhantes é uma questão de sobre-vivência para quem trabalhacom salões de beleza no Brasil.Lavagens caprichadas, cortesexclusivos e finalizações comprodutos importados não bas-tam para atrair a atenção de no-vos clientes e manter fiéis aque-les que frequentam de forma es-porádica. É preciso ir além.
O cabeleireiro Celso Kamu-ra, conhecido por cuidar das ma-deixas de personalidades comoa senadora Marta Suplicy, aapresentadora Ana Hickmanne, mais recentemente, da presi-dente Dilma Rousseff, vive oconstante desafio de se reinven-tar. Além dos três salões tradi-cionais que mantém com seunome, um em parceria com aapresentadora Angélica, Celsoinveste agora em um espaço de“beleza express” e em uma linhade maquiagens.
“Acredito que este ano tere-mos momentos de reflexão ede expansão ao mesmo tempo.Com salão de beleza é difícilganhar dinheiro, é preciso tra-balhar muito e fazer tudo direi-tinho. Agora, minha direção es-tá voltada para o que está acon-
tecendo com aquilo que já cons-truí”, explica.
Para Kamura, é essencial queo movimento seja constante pa-ra aqueles que desejam entrarno mercado da beleza e suaaposta é no fortalecimento doconceito de beleza rápida, volta-do para o cotidiano. “Meu prin-cipal esforço agora é formar efortalecer minha equipe. Vejomuito futuro no salão express,por isso, tenho me dedicado aele. Acredito que toda mulhertenha o direito e a necessidadede ficar bem todos os dias, deuma forma mais street.”
A reinvenção, aliás, foi o pon-to de partida para o empresárioGilles Maciel quando ele deci-diu abrir a Barbearia Barba Ne-gra, em Ribeirão Preto, interiorde São Paulo. O atendimentono local segue os padrões dasantigas barbearias, com toalhasquentes e navalhas – o espaçoconta ainda com um bar, abertoao público em geral.
“Agregamos o novo e preser-vamos o antigo. Não queríamosabrir um salão de modelo femi-nino para homens. A ideia é res-gatar esse ponto de encontroque eram as barbearias maisclássicas, onde os homens fa-lam sobre futebol, política e ne-gócios. As barbearias perderamum pouco dessa identidade e oshomens ficaram relegados a sa-lões unissex ou a barbeiros me-
nores, de bairro”, explica.O empresário garan-te conseguir atingir
um público poucoexplorado, forma-do por homens quedesejam cuidar daaparência. Mas Gil-
les sabe: “Ainda te-mos um longo caminhode expansão para per-correr.”
Apesar da crise, as redes Onodera e Beleza Naturalplanejam colocar em prática planos de expansão
ESTADÃO