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GUIA DA UNIÃO EUROPEIA

A União Europeia, cinquenta anosapós a sua instituição, diversosalargamentos e várias adaptaçõesdos Tratados originais, está a viverneste momento a sua maiorrevolução. Não é uma revoluçãotranquila, mas é sem dúvida feitaatravés do debate, da trocade ideias e sempre assentenum pilar fundamental: a paz.A mesma paz que motivoua criação desta união de Estadosem que vivemos e em quebrevemente serão acolhidos deznovos membros.

Desde os primeiros passosdas Comunidades Europeias atéà actual União Europeia foramfeitos progressos significativosde integração e harmonizaçãoem que ressalta a legislaçãocomunitária, a definiçãode políticas comuns comconsequente estabelecimentode regras e procedimentosuniformes, a criaçãode uma moeda única, etc.

No entanto, é ao nívelda cidadania, através da liberdadede circulação – viajar, residir,trabalhar e estudar – e ao nívelda protecção do consumidor queo cidadão sente, no seuquotidiano, a verdadeira presença

da União Europeia. Este Guiapretende, por isso mesmo, dar aconhecer estes direitos e a formade os fazer valer.

O Guia encontra-seestruturado em dez capítulosonde se tenta condensar,nomeadamente no formatopergunta/resposta, uma partesignificativa da informaçãoque mais assiduamenteos Organismos de InformaçãoEuropeia (OIE) existentesem Portugal são chamados a dar.

Cabe referir que este trabalhonão esgota a informaçãodisponível sobre a UniãoEuropeia, apenas releva as dúvidasmais frequentes. Por isso, casonão encontre neste Guiaa resposta para a sua questão,não hesite em contactar qualquerum dos serviços de informaçãoda União Europeia.

PARLAMENTO EUROPEUGABINETE EM PORTUGAL

OS DIREITOS

DO CIDADÃO EUROPEU

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FICHA TÉCNICAPARLAMENTO EUROPEU E COMISSÃO EUROPEIA Coordenação Editorial AntónioSobrinho Textos Carlos Alberto Medeiros, Filomena Santos António e José António MartinsColaboração Isabel Silva Pinto, Luís Costa Correia e Mercês da CalEXPRESSO Direcção José António Saraiva Coordenação da Edição Virgílio AzevedoCoordenação e Execução Gráfica Luís Miguel Ribeiro Foto da Capa Superstock /AEI

ÍNDICE1. RESIDIR NOUTRO PAÍS DA UE 42. TRABALHAR NOUTRO PAÍS DA UE 83. ESTUDAR NOUTRO PAÍS DA UE 114. VIAJAR NA UNIÃO EUROPEIA 165. A PROTECÇÃO DO CONSUMIDOR 226. A UE E AS SUAS INSTITUIÇÕES, ÓRGÃOS, AGÊNCIAS E SÍMBOLOS 297. COMO OBTER INFORMAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO 328. COMO ENTRAR EM CONTACTO

COM A UE PARA FAZER VALER OS SEUS DIREITOS 359. ORGANISMOS DE REPRESENTAÇÃO DA UE EM PORTUGAL 36

10. ORGANISMOS DE INFORMAÇÃO EUROPEIA (OIE) EM PORTUGAL 37

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1 - RESIDIR NOUTRO PAÍS DA UE

1.1-QUALQUER CIDADÃO PORTUGUÊSPODE VIVER NOUTRO PAÍS DA UE?Sendo nacional de um Estado-membro (EM), po-de residir em qualquer ponto do seu território,independentemente da sua situação profissional,social e económica. Pode residir temporariamen-te em qualquer EM, nomeadamente se pretenderpassar férias, se se encontra destacado pela suaempresa ou se presta serviços ocasionalmente.Se é estudante, reformado ou inactivo (sem activi-dade profissional) tem igualmente direito de resi-dência, embora deva reunir condições — recur-sos financeiros suficientes e inscrição num regimede segurança social ou possuir seguro de saúde —para que não constitua um encargo para a assistên-cia social do país de acolhimento. Pode igualmen-te residir de forma permanente se se deslocar pa-ra trabalhar noutro país da UE, quer seja trabalha-dor assalariado ou por conta própria.Se está desempregado, tem o direito de permane-cer noutro EM para aí procurar um emprego du-rante um prazo razoável.A sua família também desfruta do mesmo direitode residência, independentemente da nacionalida-de dos membros que a compõem. Este direitoabrange o seu cônjuge, os seus filhos com menosde 21 anos de idade ou a seu cargo, bem como osascendentes — e os do cônjuge — a seu cargo.No entanto, para os membros da sua família quesejam nacionais de um país não membro da UE, épossível, atendendo à nacionalidade, que o país deacolhimento exija um visto de entrada, embora asautoridades nacionais devam conceder todas asfacilidades para a obtenção deste visto.Se é estudante, o direito de residência limita-se aocônjuge e aos filhos a cargo.

1.2-QUAIS SÃO AS FORMALIDADES PARAPODER INSTALAR-ME NOUTRO EM?Se tenciona permanecer noutro EM até 3 meses(turismo, frequentar ou leccionar um curso, trata-mentos médicos, emprego temporário, etc.), nãonecessita de autorização de residência. Basta a pos-se do bilhete de identidade ou passaporte válidos.Embora em alguns EM possa ser necessário comu-nicar a sua presença, na maioria dos casos estaformalidade é feita automaticamente através das

fichas de inscrição em hotéis ou da declaração doproprietário da casa onde habita. Se tenciona per-manecer mais de 3 meses é necessário requererum cartão de residência. Este cartão serve exclusi-vamente para confirmar o direito de residência.

1.3-O QUE É O CARTÃO DE RESIDÊNCIA?O cartão de residência confere a um cidadão deum EM o direito de residir noutro EM, bastandoformular um pedido aos serviços administrativoscompetentes, apresentando o bilhete de identida-de ou passaporte válidos (no caso de um cidadão quepretenda residir em Portugal, consultar o Serviço de Estran-geiros e Fronteiras. Ver Capítulo 7). Atendendo à situa-ção, serão pedidos outros documentos:n Se é assalariado, deverá apresentar um certifica-

do de emprego.n Se é trabalhador por conta própria, terá de pro-

var a sua actividade.n Se é estudante, deverá estar matriculado num

estabelecimento de ensino, provar que dispõede recursos financeiros suficientes e que se en-contra inscrito num regime de segurança socialou que dispõe de seguro de saúde.

n Se é reformado ou inactivo, deverá comprovarque dispõe de recursos financeiros suficientes eque se encontra inscrito num regime de seguran-ça social ou possui seguro de saúde.

A atribuição do cartão de residência aos membrosda sua família poderá implicar a apresentação dedocumentos comprovativos dos recursos financei-ros suficientes, de segurança social ou seguro desaúde e, ainda, prova dos laços de parentesco.Familiares não originários de um EM receberãoum título de residência válido para o mesmo perío-do de tempo.O cartão de residência:n É válido em todo o território do país de acolhi-

mento durante, pelo menos, 5 anos sendo a suarenovação automática (no caso dos estudantes,limita-se a 1 ano renovável).

n Mantém-se válido mesmo que se ausente do paísde acolhimento por um período não superior a 6meses consecutivos ou no caso em que tenhacumprido o serviço militar no seu país de origem.

n É emitido gratuitamente ou mediante o paga-mento de um montante que não pode excedero equivalente ao custo do bilhete de identidadepara os nacionais.

1.4-NÃO HÁ NENHUMA RESTRIÇÃOAO DIREITO DE RESIDÊNCIA?O país de acolhimento pode recusar a emissão oua renovação de uma autorização de residência, oumesmo adoptar medidas de expulsão contra qual-quer cidadão cujo comportamento constitua umaameaça grave para a ordem pública ou para a segu-rança pública. No entanto, o facto de ter sido ob-

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Artigo 18.º1. Qualquer cidadão da União goza do direitode circular e permanecer livremente no territóriodos Estados-Membros, sem prejuízo das limita-ções e condições previstas no presente Tratadoe nas disposições adoptadas em sua aplicação.(Tratado da UE e Tratado CE, 1/2/03, versõesconsolidadas de Nice, JOUE C325, 24/12/2002)

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GUIA DA UNIÃO EUROPEIAjecto de uma condenação penal não justifica aadopção automática deste tipo de medidas. Qual-quer EM pode, ainda, recusar a entrada ou a autori-zação de residência no caso de determinadas doen-ças (Decreto-lei nº60/93 de 3/3), razão porque al-guns países exigem um controlo médico prévio. OEM é obrigado a comunicar ao requerente a deci-são tomada bem como a justificação invocada —ordem pública, segurança pública ou saúde pública—, sendo concedida ao cidadão, em certos casos,a possibilidade de recurso com efeito suspensivo.

1.5-A TRANSFERÊNCIA DE BENSPESSOAIS TEM CUSTOS?Se mudar a sua residência para outro EM, poderátransferir os seus bens pessoais sem pagar direitosaduaneiros ou impostos e sem quaisquer restri-ções. No entanto, o país de acolhimento poderáexigir o pagamento de impostos automóveis ouimpor restrições relativamente a determinadosbens, como armas e munições.

1.6-PARA PODER LEVAR O MEUAUTOMÓVEL VOU TER DE PAGARIMPOSTOS E MUDAR A MATRÍCULA?Uma vez que passa a residir noutro EM deveráproceder à troca da matrícula do seu veículo noprazo máximo de 6 meses.Entende-se por residência habitual o local ondeuma pessoa reside habitualmente, ou seja, pelomenos durante 185 dias por ano civil, em razãode vínculos pessoais e profissionais.As formalidades a respeitar poderão variar em fun-ção do EM. Deverá regularizar a situação do veícu-lo relativamente ao pagamento ou isenção de im-postos e, ainda, proceder à sua legalização. Paraestes efeitos, poderá ser exigido, nomeadamente:n O certificado de conformidade técnica (forneci-

do pelo construtor, acompanha o veículo).n Um controlo técnico do veículo.

(Para Portugal, consultar a Direcção-Geral de Viação noque se refere à homologação e matrícula, a Direcção-Geraldos Registos e do Notariado para o registo de propriedade ea Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiaissobre o Consumo. Ver Capítulo 7).Se é estudante, pode utilizar o seu veículo — coma matrícula do país onde tem residência habitual— no território do país onde estuda.

1.7-E SE FOR APENAS UMA UTILIZAÇÃOTEMPORÁRIA DO AUTOMÓVEL?Em qualquer EM é possível a utilização temporáriado veículo por um período não superior a 6 me-ses por ano. Esta autorização incide sobre a utiliza-ção particular ou profissional do veículo, exceptono caso de transporte profissional de passageirosou mercadorias. Um veículo utilizado temporaria-mente noutro EM não pode ser vendido, alugadoou emprestado nesse país.

1.8-A CARTA DE CONDUÇÃOÉ VÁLIDA EM TODOS OS PAÍSES DA UE?É, tendo apenas que respeitar o respectivo prazode validade, solicitando às autoridade competen-tes do país de acolhimento a sua renovação atem-pada. Na renovação, o país de acolhimento podeaplicar as disposições nacionais em matéria de pra-zo de validade, exames médicos e inscrever ou-tras menções que considere necessárias.

1.9-A MUDANÇA DE RESIDÊNCIAOBRIGA À ALTERAÇÃODO DOMICÍLIO FISCAL?Obriga. Como a definição de domicílio fiscal variaentre os EM, a legislação a respeitar é a do país parao qual transfere a sua residência. As regras em maté-ria de imposto sobre o rendimento (IRS) e de ou-tros impostos não se encontram harmonizadas naUE. Por esse motivo, as modalidades de aplicaçãodesses impostos, nomeadamente escalões e taxascorrespondentes, podem variar de país para país.

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Deverá informar-se de qual o seu estatuto fiscalno país de acolhimento e é também aconselhávelque se informe junto das autoridades fiscais do seupaís de origem, quais as formalidades a cumprir(Para Portugal,contactar a Repartição de Finanças da suaárea de residência ou a Direcção-Geral de Assuntos Euro-peus e Relações Internacionais do Ministério das Finanças.Ver Capítulo 7). No entanto, os EM celebraram en-tre si convenções fiscais destinadas a evitar a duplatributação dos rendimentos pessoais.

1.10-EXISTE UM SISTEMA EUROPEUDE SEGURANÇA SOCIAL?Não. A legislação comunitária apenas assegura a suacoordenação, aplicando o princípio da plena igualda-de de tratamento entre os nacionais dos diferentesEM. De facto, assegura a protecção do cidadão, pre-servando os seus direitos, nomeadamente em maté-ria de assistência médica e reforma, independente-mente do EM que tenha escolhido para viver.

1.11-O QUE É UM REGIMEDE SEGURANÇA SOCIAL COORDENADO?Para assegurar a sua protecção, o cidadão deveestar inscrito num regime de segurança social nopaís onde trabalha. Tem direito aos mesmos bene-fícios que os nacionais do país onde exerce umaactividade que podem abranger, em certos casos,a família. Estes direitos dizem respeito aos benefí-cios sociais por doença e maternidade, invalidez,velhice e sobrevivência, acidentes de trabalho edoenças profissionais, morte, desemprego, e ou-tros apoios familiares. Em contrapartida, deveráefectuar os mesmos descontos que os nacionais.Os períodos de tempo que esteve inscrito nosdiversos sistemas de segurança social dos paísesonde exerceu actividade são contabilizados parao cálculo da pensão de reforma, sendo o seumontante repartido pelas diferentes instituiçõesnacionais de segurança social. No caso de benefi-ciar de uma pensão de velhice, invalidez ou so-brevivência, tem direito a continuar a receber es-sa pensão em qualquer país da UE onde decidainstalar-se (para Portugal, contactar os Centros Distritaisde Solidariedade e Segurança Social, ver Capítulo 7. Para osrestantes EM, ver também Capítulo 7 ou consultar o Depar-tamento de Relações Internacionais da Segurança Social).

1.12-O QUE SÃO E PARA QUE SERVEMOS FORMULÁRIOS E?Os formulários Modelo E comprovam a inscriçãono regime de segurança social de um EM. Estes for-mulários são normalizados em toda a União e po-dem ser obtidos junto dos organismos de segurançasocial do país em que se encontra inscrito. Mediantea apresentação dos formulários E e do seu bilhetede identidade ou passaporte, deve ser tratado comoum cidadão local podendo ser sujeito ao pagamentode eventuais taxas moderadoras. A título de exem-plo, são apresentadas as séries de Formulários E (vereuropa.eu.int/scadplus/citizens/pt/pt/1100.htm).

n Série E 100 - destacamento e direitoa cuidados de doença e de maternidade.

n Série E 200 - cálculo e pagamento das pensões.n Série E 300 - subsídios de desemprego.n Série E 400 - direito a apoios familiares.Ao solicitar o Formulário E aos organismos desegurança social do seu país, deve explicar as ra-zões e objectivos da sua deslocação, permitindoidentificar os formulários adequados (para Portu-gal, consultar os Centros Distritais de Solidariedade eSegurança Social ou a Direcção-Geral de ProtecçãoSocial aos Funcionários e Agentes da AdministraçãoPública, ver Capítulo 7).

1.13. POSSO VOTAR NAS ELEIÇÕESPARA O PARLAMENTO EUROPEUEM QUALQUER EM?

Estes direitos constituem uma aplicação do princí-pio da igualdade e da não discriminação entre oscidadãos da UE, complementando os direitos relati-vos à liberdade de circulação e de permanência econtribuindo para uma melhor integração no paísde acolhimento. Uma vez que as eleições para o PEsão reguladas pelas leis eleitorais nacionais, o cida-dão poderá recensear-se no país de acolhimento,podendo ser-lhe solicitado no acto um documentode identidade e que indique a última morada no seupaís de origem, de forma a poder confirmar a suaqualidade de cidadão da UE e comprovar se gozados seus direitos cívicos. Nas eleições para o PE, aoescolher votar no seu país de acolhimento, perde odireito a votar no seu país de origem.

1.14. E NAS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS?As decisões das autoridades locais no país onde resi-de afectam-no directamente, pelo que é fundamen-tal que possa exprimir a sua opinião em condiçõesde igualdade com os cidadãos nacionais. Existe, noentanto, uma situação particular para os EM, casosdo Luxemburgo e da Bélgica, onde se verifica que aproporção de outros cidadãos da UE residentes ésuperior a 20% da população total. Nestes casos,esses países poderão impor um período mínimo deresidência superior ao previsto para o acesso às elei-ções autárquicas. No caso das eleições autárquicas, ovoto no país de acolhimento não implica automatica-mente a perda do direito de voto no país de origem.

Artigo 19º2. (...)qualquer cidadão da União residentenum EM que não seja o da sua nacionalidade,goza do direito de eleger e de ser eleito naseleições para o PE no EM de residência, nasmesmas condições que os nacionais desse Esta-do(...) e nas eleições municipais do EM de resi-dência.(Tratado da UE e Tratado CE, 1/2/2003, versões con-solidadas de Nice, JOUE C325, 24/12/2002)

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2 - TRABALHAR NOUTRO PAÍS DA UE

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2.1 - POSSO TRABALHAREM QUALQUER PAÍS DA UE?Qualquer cidadão comunitário pode candida-tar-se a ofertas de emprego em todos os países daUE, inclusive na administração pública (p.e., saúdeou ensino), embora os empregos que implicam oexercício do poder público e de funções destina-das à salvaguarda dos interesses gerais do Estado(forças armadas, polícia, justiça, administração fis-cal, etc.) possam ficar reservados aos nacionais doEM. O acesso ao emprego noutro EM poderá es-tar condicionado à existência:n Da posse de determinadas qualificações ou di-

plomas específicos.n De experiência profissional.n Do conhecimento da língua ou línguas do Esta-

do de acolhimento.n Das restantes exigências feitas aos cidadãos na-

cionais.As condições de exercício de actividade de umtrabalhador no EM de acolhimento são idênticasàs dos trabalhadores nacionais no que se refere,nomeadamente:n À remuneração.n Ao despedimento.n À reintegração profissional.n Às medidas de protecção da saúde e da seguran-

ça no local de trabalho.O início da actividade profissional, como assalaria-do ou por conta própria, não está dependente daautorização de residência.

2.2 - POSSO DESLOCAR-ME A OUTROPAÍS DA UE À PROCURA DE EMPREGO?Se não está empregado tem o direito de permane-cer noutro país da UE para procurar trabalho. Co-mo não está definido nenhum prazo pela legisla-ção comunitária, os EM consideram razoável umperíodo de três a seis meses (para informações so-bre Portugal, consultar o Instituto de Emprego e Forma-ção Profissional, ver Capítulo 7. Para mais informaçõessobre os restantes EM, ver também Capítulo 7). Noentanto, qualquer que seja período definido, nãopoderá ser obrigado a abandonar o EM se provarque continua à procura de emprego e que tempossibilidades de o encontrar.

2.3 - PODEREI TER ACESSO A APOIOSÀ PROCURA DE EMPREGO?Pode inscrever-se nos serviços de emprego quelhe prestarão um auxílio equivalente ao dos nacio-nais sem que lhe possa ser imposta qualquer condi-ção em termos de residência. Qualquer cidadãoque procure trabalho ou tenha aceite empregonoutro EM, pode recorrer ao serviço da rede EU-RES, criada pela Comissão Europeia em colabora-ção com as administrações nacionais de emprego.Em Portugal, para aceder a esta rede e beneficiardo apoio de euroconselheiros, deverá contactar oCentro de Emprego da sua área de residência.

2.4 - É NECESSÁRIO PEDIRAUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA NO PAÍSONDE VOU TRABALHAR?Trabalhar noutro EM confere-lhe o direito de neleresidir. Para períodos superiores a três meses, es-te direito é reconhecido através da emissão deuma autorização de residência.

2.5 - ESTANDO DESEMPREGADOEM PORTUGAL, SE FOR PARA OUTRO EMÀ PROCURA DE TRABALHO CONTINUOA RECEBER O SUBSÍDIO DE DESEMPREGO?O trabalhador desempregado pode continuar areceber o subsídio no EM para onde se deslocar à

Artigo 39.º2. A livre circulação dos trabalhadores implica aabolição de toda e qualquer discriminação emrazão da nacionalidade, entre os trabalhadoresdos EM, no que diz respeito ao emprego, à re-muneração e demais condições de trabalho.(Tratado da UE e Tratado CE, 1/2/2003, versõesconsolidadas de Nice, JOUE C325, 24/12/2002)

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procura de emprego, durante um período máxi-mo de três meses. Para o efeito, é necessário terestado inscrito nos serviços de emprego do seupaís pelo menos durante quatro semanas. Este ser-viço fornecer-lhe-á um formulário E 303, que de-verá apresentar junto dos serviços de emprego dopaís onde procura trabalho. No entanto, se nãoencontrar emprego deverá regressar ao seu paísde origem no prazo de três meses, por forma asalvaguardar o direito ao subsídio de desemprego.

2.6 - A FAMÍLIA PODE ACOMPANHARO TRABALHADOR?Os membros da família têm o direito de acompa-nhar o trabalhador ou de se juntarem, mais tarde,no país de acolhimento. Este direito abrange ocônjuge e inclui os seus descendentes com menosde 21 anos ou a seu cargo, bem como os seusascendentes, e os do cônjuge, a seu cargo. Para osrestantes membros, o país de acolhimento deveráfacilitar a sua entrada no território.Os membros da família recebem igualmente umaautorização ou um documento de residência coma mesma validade que o do trabalhador. Se o pre-tenderem, o cônjuge e os filhos podem trabalharno país de acolhimento. Podem frequentar o ensi-no geral e/ou profissional desse EM e os seus fi-lhos beneficiar das mesmas bolsas de estudo exis-tentes para os filhos dos nacionais. Quanto aos

membros da família nacionais de países não mem-bros da UE, o EM de acolhimento pode exigir umvisto de entrada em função da sua nacionalidade.

2.7 - TENHO DIREITO AOS MESMOSBENEFÍCIOS SOCIAIS QUE OS RESIDENTESDO PAÍS ONDE VOU TRABALHAR?Trabalhar no país de acolhimento permite ao cida-dão e à sua família usufruir dos mesmos benefí-cios sociais que os concedidos aos nacionais des-se país. Estes benefícios não podem ser negadoscom base na nacionalidade, residência ou qual-quer outra condição discriminatória. Pode, no-meadamente, beneficiar dos mesmos direitosque os nacionais em matéria de acesso à habita-ção social.

2.8 - AS CONDIÇÕESDE TRABALHO SÃO IGUAIS?O trabalhador oriundo de outro EM está sujeito àsmesmas condições de trabalho que os nacionaisdo EM onde exerce a sua actividade, no que serefere à remuneração, despedimento, reintegra-ção profissional, às medidas de protecção da saú-de e da segurança no local de trabalho, etc.

2.9 - SENDO TRABALHADOR NOUTROEM, POSSO SINDICALIZAR-ME?Pode filiar-se no sindicato da sua escolha e exerceros seus direitos nas mesmas condições que os tra-

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GUIA DA UNIÃO EUROPEIAbalhadores nacionais. Pode votar e candidatar-se arepresentante sindical e, caso seja eleito, tem osmesmos direitos e privilégios que os representan-tes nacionais.

2.10 - TRABALHANDO NOUTRO EM,BENEFICIO DA SUA SEGURANÇA SOCIAL?Deverá estar inscrito num regime de segurançasocial no país onde trabalha. Tem direito, em ma-téria de segurança social, aos mesmos benefíciossociais que os nacionais do país onde exerce a suaactividade, que poderá abranger a sua família (verCapítulo 1).

2.11 - TENHO QUE PAGAR IMPOSTOS NOPAÍS PARA ONDE VOU TRABALHAR?É importante saber que trabalhando noutro paísda UE e tendo para lá transferido o seu domicílio,torna-se residente fiscal desse EM. O residentefiscal de um país deverá, em princípio, apresentarnesse país a sua declaração de rendimentos, po-dendo igualmente estar sujeito ao pagamento deoutros impostos (ver Capítulo 1).

2.12 - O TRABALHO TEMPORÁRIONOUTRO EM OBRIGA À MUDANÇADE RESIDÊNCIA?O trabalhador destacado que, durante um perío-do limitado, executa o seu trabalho noutro EM,dispõe do direito de permanecer inscrito no regi-me de segurança social do seu EM de origem econtinuar a ser tributado no país de residência.No entanto, a duração do(s) período(s) de perma-nência do trabalhador destacado não pode exce-der 183 dias num período total de doze mesesconsecutivos (ver ponto 1.9).

2.13 - E SE TRABALHAR NUM LADODA FRONTEIRA E RESIDIR NOUTRO?Se trabalha num EM e reside noutro e regressa acasa pelo menos uma vez por semana, tem direi-tos iguais aos dos trabalhadores do país onde exer-ce a actividade quanto ao acesso ao emprego, àscondições de trabalho e aos benefícios sociais. Em-bora o imposto sobre o rendimento seja, em ge-ral, tributado no EM onde o trabalho é exercido,as convenções fiscais bilaterais entre EM prevêemque os trabalhadores fronteiriços sejam tributadosno seu país de residência (para Portugal, consultar aDirecção-Geral de Contribuições e Impostos, ver Capítu-lo 7. Para informações sobre os restantes EM, ver tam-bém Capítulo 7).

2.14 - EXERCENDO UMA PROFISSÃOQUALIFICADA EM PORTUGAL, PODEREIEXERCÊ-LA NOUTRO EM?Se possui a qualificação necessária para poderexercer a sua profissão no seu país de origem,então poderá exercer essa profissão em qualquerpaís da UE. Foi criado um sistema geral de reco-nhecimento das qualificações no que se refere àmaioria das profissões regulamentadas. Assim, pa-

ra exercer a sua actividade (professor, advoga-do, engenheiro, psicólogo, etc.) no país de aco-lhimento, é necessário obter o reconhecimentodo seu diploma pelas autoridades competentes.Estas dispõem de quatro meses para se pronun-ciarem.As profissões — médico, enfermeiro de cuidadosgerais, dentista, parteira, veterinário, farmacêuti-co ou arquitecto — cujas qualificações foram ob-jecto de uma coordenação mínima ao nível daUE beneficiam, em princípio, de reconhecimentoautomático. No caso de existirem diferenças con-sideráveis entre a sua formação e a formação mi-nistrada no país de acolhimento, poderá ser-lhesolicitada a comprovação de uma experiência pro-fissional, a frequência de um estágio de adaptaçãoou a realização de um exame de aptidão. Noentanto, apenas lhe poderá ser exigido o cumpri-mento de uma destas condições (ver Capítulo 3).

2.15 - COMO NÃO EXERÇO NENHUMAPROFISSÃO REGULAMENTADA,ISTO SIGNIFICA QUE NÃO POSSO IRTRABALHAR PARA OUTRO EM?Se a sua profissão não se encontra regulamentadano EM de acolhimento, não existe qualquer obstá-culo legal — ligado à sua formação ou qualificação— que possa ser utilizado para o impedir de traba-lhar nesse EM.

2.16 - NAS CONDIÇÕES DE REFORMA,DESPEDIMENTO OU ACIDENTE, QUAISSÃO OS MEUS DIREITOS E OS DA MINHAFAMÍLIA?O direito de continuar a residir num EM, após tertrabalhado nesse país, está condicionado a:n Ter atingido a idade da reforma ou da pré-re-

forma — desde que tenha ocupado um postode trabalho nesse EM de acolhimento duranteos últimos 12 meses (ou permanecido numasituação de desemprego involuntário) e tenharesidido de forma contínua por um período su-perior a 3 anos. No caso da legislação dessepaís não contemplar determinados direitos pa-ra certas categorias de trabalhadores, a condi-ção da idade é preenchida quando o beneficiá-rio atingir 65 anos.

n Tiver sido vítima, no decurso da vida profissionalactiva, de uma incapacidade permanente para otrabalho — desde que tenha residido pelo me-nos 2 anos antes de ter sido vítima dessa incapa-cidade. No entanto, se essa incapacidade lhe dáo direito, total ou parcial, a uma pensão a cargode uma instituição desse país, pode nele perma-necer mesmo que tenha residido ou trabalhadoapenas uma semana.

Dispõe de um prazo de 2 anos para accionar odireito de continuar a residir nesse país. Este direi-to permite-lhe beneficiar de igual tratamento aoque gozava anteriormente e é extensivo aos mem-

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3 - ESTUDAR NOUTRO PAÍS DA UE

bros da sua família residentes nesse país, mesmoapós a sua morte.No caso do trabalhador falecer antes de obter odireito de continuar a residir, a sua família podepermanecer nesse país nas seguintes situações:n O cônjuge ser nacional do país de acolhimen-

to, tendo perdido a nacionalidade devido aocasamento.

n Falecimento provocado por um acidente de tra-balho ou doença profissional.

n Ter trabalhado e residido há mais de 2 anos nes-se país.

3.1-POSSO ESTUDAREM QUALQUER PAÍS DA UE?Qualquer cidadão de um EM e do Espaço Econó-mico Europeu (EEE) pode deslocar-se livrementepara outro Estado para estudar, fazer formação ouinvestigação.

3.2-EXISTE IGUALDADEDE TRATAMENTO PARAOS ESTUDANTES?Qualquer estabelecimento de ensino de acolhi-mento deve aplicar as mesmas condições de admis-são que aplica aos seus nacionais. Não pode, no-meadamente, impor propinas de inscrição mais ele-vadas nem impedir o acesso a bolsas para cobriressas propinas, caso estas existam para os estudan-tes nacionais. Este princípio não se aplica às bolsasdestinadas a cobrir parte das despesas de alimenta-ção e de alojamento, embora os EM possam, porsua competência e iniciativa, atribuir bolsas destetipo a estudantes estrangeiros residentes no seuterritório. Os estudantes podem ainda, no decursodos seus estudos no país de acolhimento, conti-nuar a beneficiar de bolsas de estudo atribuídas pe-lo seu país de origem. Sendo trabalhador migranteou familiar, beneficia como estudante de direitoscomunitários alargados que lhe permitem recebera referida bolsa de alimentação e de alojamento

em situação de igualdade com os cidadãos nacio-nais. (para informações sobre Portugal, consultar o Cen-tro de Informações e Relações Públicas do Ministério daEducação e, para o Ensino Superior, o Fundo de Apoioao Estudante, em www.fae.pt. Ver Capítulo 7).

3.3-EXISTEM CONDIÇÕES ESPECÍFICASDE ACESSO?As condições de acesso ao seu sistema de ensinosão fixadas por cada EM, existindo assim diferen-ças consideráveis entre os diferentes EM. O co-nhecimento da língua do país de acolhimento énormalmente uma condição prévia ao acesso aoensino, podendo ser solicitado um exame desti-nado a verificar o nível de conhecimentos linguís-ticos. (para informações sobre Portugal, consultar oGabinete de Assuntos Europeus e Relações Internacio-nais do Ministério da Educação, ver Capítulo 7. Parainformações sobre os outros países da UE e do EEE,consultar o Portal sobre as Oportunidades de Aprendiza-gem no Espaço Europeu (PLOTEUS) em www.plo-teus.net, e a Rede Eurydice, ver Capítulo 7).

3.4-UM ESTUDANTE DE OUTRO EMPRECISA DE AUTORIZAÇÃODE RESIDÊNCIA?Para fazer formação por um período até três me-ses necessita apenas de bilhete de identidade oupassaporte válidos. Certos EM poderão solicitar

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GUIA DA UNIÃO EUROPEIAadicionalmente a comunicação da presença às au-toridades locais. Fazer formação noutro EM porum período superior a três meses obriga a umaautorização de residência que é concedida se reu-nir cumulativamente as seguintes condições:n Inscrição num estabelecimento de ensino reco-

nhecido.n Seguro de saúde ou inscrição num sistema de

segurança social.n Recursos financeiros suficientes.O período de validade desta autorização corres-ponde normalmente à duração da formação. Seesta se prolongar por vários anos, a autorizaçãode residência é renovada anualmente. Os mem-bros da sua família (o cônjuge e os filhos a cargo)terão direito a um título de residência, caso pos-suam seguro de saúde ou inscrição num sistemade segurança social e recursos financeiros suficien-tes. Para membros da família não originários daUE, o EM de acolhimento pode, ainda, exigir umvisto de entrada. Os membros da sua família, inde-pendentemente da nacionalidade, podem exer-cer uma actividade nesse EM.

3.5-EM QUE CONDIÇÕES UMESTUDANTE TEM ACESSO À SEGURANÇASOCIAL DO EM DE ACOLHIMENTO?Os estudantes nacionais de um EM inscritos numsistema de segurança social (aplicável aos trabalha-dores assalariados ou por conta própria), e osmembros da sua família que residam ou se encon-trem temporariamente noutro EM, beneficiam deprotecção no domínio da segurança social.Se reside no EM em que faz a sua formação, temdireito aos cuidados de saúde existentes nesseEM. O formulário E109 fornecido, a seu pedido,pela instituição de segurança social em que se en-contra inscrito ou coberto através dos seus pais,deverá ser entregue à instituição de segurança so-cial do EM de acolhimento.Se não reside no EM em que faz a sua formação,beneficia igualmente de todos os cuidados de saú-de existentes. O formulário E111, também conhe-cido por Passaporte Azul, cuja validade pode serlimitada, deverá ser solicitado, antes da sua deslo-cação, à instituição de segurança social em que seencontra inscrito ou coberto através dos seuspais, e deverá ser entregue à instituição de segu-rança social do EM de acolhimento.Outros cuidados de saúde que não resultem deuma situação de urgência poderão ser resolvidosno EM de acolhimento através de uma autoriza-ção prévia, formulário E112 ou então o estudan-te terá que regressar ao EM onde reside habitual-mente. Se durante a sua formação noutro EM oscuidados de saúde deixarem de ser cobertos pe-la instituição de segurança social, esse Estado po-derá solicitar que subscreva um seguro de saúde(ver Capítulo 1).

3.6-QUALIFICAÇÕES ADQUIRIDASNOUTRO EM SÃO RECONHECIDASNO PAÍS DE ORIGEM?A legislação comunitária criou o conceito de reco-nhecimento profissional e desenvolveu o reconhe-cimento académico.

3.7-O QUE É O RECONHECIMENTOPROFISSIONAL DOS DIPLOMAS?O reconhecimento profissional consiste em reco-nhecer um diploma emitido num EM, com o ob-jectivo de permitir ao seu titular exercer a sua pro-fissão noutro EM. Este princípio aplica-se às profis-sões regulamentadas, isto é, às profissões às quaisse acede mediante um diploma, um título, um cer-tificado ou uma qualificação específica.

3.8-COMO OBTER O RECONHECIMENTOPROFISSIONAL DO DIPLOMA?Qualquer cidadão qualificado para exercer umaprofissão no seu país de origem está habilitado aexercer essa mesma profissão noutro EM.No sentido de concretizar a livre circulação daspessoas, foi criado um sistema geral de reconheci-mento das qualificações para exercer a maioriadas profissões regulamentadas.O cidadão deve apresentar um pedido de reco-nhecimento às autoridades competentes do EMde acolhimento e, caso a resposta seja positiva,pode exercer a sua profissão de imediato. Casosejam detectadas diferenças significativas na forma-ção recebida em termos de duração e/ou conteú-

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do, esse EM pode solicitar adicionalmente o com-provativo de experiência profissional ou a realiza-ção de um estágio de adaptação ou um teste deaptidão. Cada EM dispõe de um Ponto de Contac-to (para informações sobre Portugal, consultar oCentro NARIC-Ministério da Ciência e do Ensino Su-perior. Ver Capítulo 7) destinado a dar-lhe todas asinformações úteis sobre as condições de exercíciodas profissões nesse país, o procedimento de reco-nhecimento dos diplomas, os prazos, etc.No que se refere a sete profissões específicas –médicos generalistas e especialistas; enfermeirosde cuidados gerais; dentistas; parteiras; veteriná-rios; farmacêuticos e arquitectos – foi instituídoum mecanismo de reconhecimento automáticodos diplomas e das qualificações.No caso de profissões não regulamentadas no EMde acolhimento, não existindo a necessidade dereconhecimento de diplomas, o cidadão poderáexercer livremente a sua actividade.

3.9-O QUE É O RECONHECIMENTOACADÉMICO DE DIPLOMAS?O reconhecimento académico permite estabelecerequivalências, em parte ou na totalidade, entre diplo-mas emitidos por diferentes EM de forma a permitira continuidade da formação. Elemento fundamentalà mobilidade, o reconhecimento académico, em fa-ce da diversidade de cursos e diplomas existentes aonível da UE é, por vezes, de difícil aplicação.O programa SOCRATES/ERASMUS, que permite

a milhares de jovens experiências de formação nou-tros países da UE, tem constituído um elementopotenciador do processo de reconhecimento aca-démico através da cooperação reforçada resultan-te da ligação em rede entre universidades de dife-rentes EM. Para mais informações, pode dirigir-seaos centros nacionais de informação sobre o reco-nhecimento académico de diplomas – CentrosNARIC (para os países da UE, EEE e Europa Centrale Oriental, consultar Centro NARIC do Ministério daCiência e do Ensino Superior, ver Capítulo 7).

3.10-O QUE É O SISTEMA EUROPEUDE TRANSFERÊNCIA DE CRÉDITOSACADÉMICOS?O Sistema Europeu de Transferência de CréditosAcadémicos (ECTS) tem por objectivo facilitar oprocesso de reconhecimento académico entre osestabelecimentos de ensino superior participan-tes. O ECTS é um sistema de créditos académicosque permite comparar e avaliar as condições deensino, levando as universidades a elaborarem pla-nos para a aplicação do sistema, especialmente noquadro do programa SOCRATES/ERASMUS. Aaplicação da escala ECTS possibilita, assim, umatransferência fácil e transparente de créditos entreestabelecimentos parceiros de ensino superior.

3.11-O QUE ÉO SUPLEMENTO AO DIPLOMA?É um modelo desenvolvido pela Comissão Euro-peia, pelo Conselho da Europa e UNESCO que

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GUIA DA UNIÃO EUROPEIAvisa a promoção da transparência e o reconheci-mento das qualificações para fins académicos eprofissionais. Permite uma descrição exaustiva dasqualificações e é um instrumento primordial para amobilidade e a empregabilidade dos diplomados(ver www.desup.minedu.pt/nar_suplemento.htme europa.eu.int/comm/education/recognition/diploma.html).

3.12-PODEMOS FALAR DE LIVRECIRCULAÇÃO DE INVESTIGADORES?O acesso à formação e à mobilidade constituiemdireitos dos investigadores da UE. Apoiados pormedidas nacionais (bolsas, subsídios, etc.) e por pro-gramas comunitários, estes direitos são aplicadossem qualquer discriminação em todos os EM.Dependendo das legislações nacionais e do níveldos investigadores – doutorandos, doutorados, dereputação confirmada, etc. – os contratos relativosà investigação podem revestir as seguintes formas:n Concessão de bolsas – regime dos estudantes.n Trabalho de duração limitada – regime dos assa-

lariados.n Prestação de serviços – regime dos trabalhado-

res por conta própria.Os apoios financeiros concedidos aos investigado-res devem ser considerados como rendimentossujeitos às legislações fiscais dos países de acolhi-mento e/ou de origem. Em caso de mobilidade, oinvestigador deverá equacionar a sua situação fis-cal e de segurança social e, para periodos superio-res a três meses, solicitar autorização de residên-cia (ver Capítulo 1).

3.13-QUE APOIOS COMUNITÁRIOSEXISTEM À INVESTIGAÇÃO?A investigação científica na UE tem sido apoiadadesde 1984 através dos Programas-Quadro de In-vestigação e Desenvolvimento Tecnológico. O 6ºPrograma-Quadro, que entrou em vigor em 2002,corresponde ao período 2002-2006 e tem comoobjectivo prioritário contribuir para a criação de umverdadeiro Espaço Europeu da Investigação (EEI).Criar um verdadeiro mercado interno da ciência eda tecnologia, promover o incentivo à excelênciacientífica, à competitividade e à inovação através deuma melhor cooperação e coordenação entre asinstituições de investigação, os investigadores, as em-presas e outros intervenientes relevantes, é o objec-tivo do EEI (consultar o Gabinete de Relações Internacio-nais da Ciência e do Ensino Superior, ver Capítulo 7).No âmbito do 6º Programa-Quadro, há que des-tacar o sistema de bolsas Marie Curie, que temcomo objectivo apoiar a formação e a mobilida-de de investigadores no quadro do EEI. A forma-ção de investigadores jovens ou com experiên-cia acolhidos por entidades de investigação, apermanência de doutorados em entidades de in-vestigação comunitárias ou as bolsas de acolhi-mento em indústrias, são exemplos de bolsasMarie Curie.

3.14-EXISTE UM PROGRAMA DE APOIOAOS ESTUDANTES?Em 1995 a UE criou o programa de acção comuni-tário em matéria de educação SOCRATES, queintegra nomeadamente a dimensão do ensino su-perior – ERASMUS –, o ensino básico e secundá-rio – COMENIUS –, e o apoio à aprendizagem delínguas estrangeiras – LINGUA. A segunda fasedeste programa, actualmente em vigor, iniciou-seem 2000.n Estudantes do ensino superior – Desde que exis-

ta um acordo que preveja um intercâmbio organi-zado no âmbito do programa SOCRATES/ERAS-MUS entre o seu estabelecimento de origem eum estabelecimento de ensino noutro EM, po-dem efectuar intercâmbios enquanto estudantesERASMUS.Enquanto estudantes ERASMUS, para além doreconhecimento académico, também não lhepodem ser cobradas quaisquer propinas ou ou-tros pagamentos no estabelecimento de ensinode acolhimento. No entanto, o estabelecimen-to de ensino de origem pode continuar a cobrarpropinas aos seus estudantes que se encontremno estrangeiro a efectuar o intercâmbio.No quadro deste programa, são concedidas bol-sas financiadas pela UE. Estas bolsas destinam-sea compensar parcialmente os custos decorrentesda mobilidade (despesas de viagem, preparaçãolinguística, eventual custo de vida mais elevado,etc.). Podem ainda beneficiar, através dos estabe-lecimentos de origem e/ou acolhimento, de umaorientação e acompanhamento adequados (in-cluindo, nomeadamente, a organização práticada sua estada, a organização de cursos especiaisde preparação e o fornecimento de material di-dáctico). Para além disso, os estudantes Erasmustêm direito a continuar a beneficiar integralmentede eventuais bolsas e empréstimos obtidos noseu país de origem, e estão previstas medidas deapoio específicas para os estudantes deficientes.

n Estudantes do ensino básico e secundário – Po-dem participar no âmbito do COMENIUS emPorjectos Educativos Europeus (PEE) que visamdesenvolver, nomeadamente, contactos entrealunos de diferentes países e promover a coope-ração entre escolas. Estes projectos obrigam àconstitutição de parcerias entre estabelecimen-tos escolares de pelo menos três EM.Os estudantes a partir dos 14 anos podem bene-ficiar, no âmbito do programa LINGUA, de in-tercâmbios entre a sua escola e o estabelecimen-to de ensino de outro país, através da participa-ção num Projecto Educativo Conjunto (PEC). Oobjectivo é a aprendizagem e a utilização deuma língua estrangeira num trabalho que tenhaum interesse educativo específico.

n Professores do ensino superior – Podem benefi-ciar de estadia de curta duração (entre uma e

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oito semanas) num estabelecimento de ensi-no de outro país que participe no ERASMUS,tendo direito a uma bolsa. O ERASMUS permi-te, através de programas de estudos para oensino superior de curta duração, comparar etestar métodos de ensino sobre temas específi-cos reunindo estudantes e professores de vá-rios países.

n Professores do ensino básico e secundário e edu-cadores – Podem participar em actividades edu-cativas apoiadas financeiramente pelo COME-NIUS e pelo LINGUA, em escolas de outrosEM com as quais o estabelecimento de ensinoem que leccionam desenvolve parcerias. Estãoainda previstas bolsas para as acções de forma-ção organizadas no âmbito dos projectos euro-peus de formação contínua. Podem ser tambémconcedidos apoios financeiros aos professores,educadores e directores de estabelecimentosde ensino, no âmbito de Projectos EducativosConjuntos.

n Professores de línguas ou que leccionem outradisciplina numa língua estrangeira – Os professo-res qualificados que interromperam a sua carreirae pretendem retomá-la, os participantes em cur-sos de actualização no ensino de línguas estrangei-ras e os formadores de professores de línguaspodem beneficiar de apoio para a realização deum estágio de imersão ou outras actividades simi-lares de formação contínua noutro EM.Se é titular de um diploma ou está a estudarpara obter uma qualificação como professor delínguas, pode beneficiar de uma bolsa no âmbitodo programa LINGUA num estabelecimentodo ensino básico e secundário ou de formaçãodoutro EM, por períodos de três a oito meses(para informações adicionais, consultar a Agência Na-cional para os Programas SOCRATES e Leonardo daVinci, ver Capítulo 7).

3.15-HÁ ALGUM PROGRAMACOMUNITÁRIO QUE APOIEA FORMAÇÃO PROFISSIONAL?O programa LEONARDO é o programa de acçãopara a execução de uma política de formação pro-fissional na União Europeia, abrangendo a forma-ção profissional inicial, contínua e ao longo da vida.Lançado em 1995, a segunda fase entrou em vi-gor em 2000 e prolonga-se até 2006.O programa apoia projectos-piloto e programasde colocação e de intercâmbio apresentados porparcerias constituídas, nomeadamente, por orga-nismos de formação, universidades ou empresasde pelo menos três EM. No entanto, estão previs-tas excepções que permitem a apresentação deprojectos por parcerias constituídas por organis-mos de dois EM diferentes.n Jovens em formação inicial com menos de 28

anos – Podem ser colocados em escolas, cen-

tros de aprendizagem ou empresas. Estas colo-cações poderão ser de curta duração (três a do-ze semanas) ou de longa duração (três a novemeses).

n Jovens trabalhadores ou desempregados – Po-dem solicitar a sua colocação em empresas,centros de aprendizagem ou de formação porperiodos de três a doze meses. As colocaçõessão parte integrante da formação e permi-tem-lhe obter uma qualificação profissionalcomplementar ou experiência profissional re-conhecida.

n Jovens estudantes universitários ou diplomados– Podem ser colocados em empresas no âmbi-to de projectos transnacionais de qualificaçãoprofissional, propostos por parcerias entre em-presas e universidades.

n Formadores ou gestores de programas de for-mação desenvolvidos entre empresas e institu-tos de formação profissional ou universidades– Podem beneficiar de intercâmbios que per-mitam uma actualização constante dos conteú-dos e das técnicas, através da difusão de boaspráticas e da melhoria da cooperação entre osparceiros.

n Quadros de empresas, universidades ou entida-des de formação – Podem beneficiar de progra-mas de intercâmbio que lhes permitam conhe-cer outra realidade, efectuando formação com-plementar para melhoria dos seus desempe-nhos ou realizando estágios nas entidades par-ceiras.

n Responsáveis pela formação em empresas, câ-mara de comércio, sindicatos ou associaçõesprofissionais – Podem participar em intercâm-bios entre estes organismos, visando a transfe-rência de conhecimentos e de experiências en-tre PME e entre estas e grandes empresas.

n Especialistas em formação linguística em empre-sas ou em institutos especializados no ensinodas línguas – Podem beneficiar de programas deintercâmbio com o objectivo de contribuir paraum intercâmbio de experiências no ensino delínguas estrangeiras.

n Os particulares podem igualmente ter acesso aoprograma LEONARDO contactando directamen-te as entidades de formação, universidades ou em-presas que participem em projectos de colocaçãoe de intercâmbio (para informações adicionais, consul-tar a Agência Nacional para os Programas SOCRATES eLeonardo da Vinci, ver Capítulo 7).

3.16-HÁ ALGUM PROGRAMA QUEAPOIE OS JOVENS FORA DO ENSINOOU DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL?O programa JUVENTUDE tem como objectivoincentivar a cooperação entre jovens de diferen-tes países, permitindo o seu encontro fora do qua-dro escolar ou de trabalho com o objectivo de

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4 - VIAJAR NA UE

GUIA DA UNIÃO EUROPEIA

4.1-COMO CIDADÃO DE UM EM,POSSO VIAJAR LIVREMENTE NO ESPAÇODA UE?O cidadão de um EM tem o direito de viajar portodos os países da União, desde que possua bi-lhete de identidade ou passaporte válidos. O cida-dão de um EM beneficia, nomeadamente, do di-reito ao acesso e à estadia temporária no territó-rio de outros EM, da supressão de controlos debagagens, de facilidades e garantias em matériade compras e transacções e goza, ainda, de direi-tos no que se refere a cuidados de saúde. Estesdireitos apenas podem ser limitados por razõesde ordem pública, de segurança pública ou desaúde pública.Para estadas não superiores a três meses, o via-jante não tem de solicitar qualquer autorizaçãode residência. Esta só é necessária para periodossuperiores (ver Capítulo 1).Os membros da sua família, independentementeda sua nacionalidade, têm o direito de o acompa-nhar. Estes devem possuir igualmente um passa-porte ou um bilhete de identidade válidos e, noque se refere aos menores que não disponham deum documento individual, os EM prevêem a emis-são de um bilhete de identidade específico ou ainserção de uma menção no passaporte de umdos pais.No entanto, é necessário acautelar a necessida-de de visto, exigida por alguns EM, para osmembros da família que não tenham nacionali-dade comunitária, com excepção dos que resi-dem e se desloquem no interior do espaçoSchengen (ver europa.eu.int/scadplus/leg/pt/cig/g4000s.htm).Para estes familiares, o direito de viajar conferi-do pela legislação comunitária não constitui umdireito autónomo. Por outras palavras, os mem-bros da sua família apenas beneficiam desse di-reito quando o acompanham.

4.2-COMO CIDADÃO DA UE,POSSO SER SUJEITO A ALGUM CONTROLOQUANDO VIAJO NO ESPAÇOCOMUNITÁRIO?Enquanto cidadão da UE poderá ter de apresentarbilhete de identidade ou passaporte válidos quan-to transpuser fronteiras entre EM. Em princípio,não lhe poderão ser colocadas questões sobre oobjectivo das suas viagens, os seus meios de subsis-tência, etc. Por outro lado, na maioria dos aero-portos e dos portos marítimos, foram criados cor-redores reservados aos cidadãos da União e aosmembros da sua família, com o objectivo de facili-tar a sua entrada noutro EM.No que se refere aos membros da sua família quenão possuam a nacionalidade de um EM, o contro-lo de entrada poderá incidir sobre a existência devisto e prova de parentesco, uma vez que o direi-to de entrada e permanência nesse EM decorredo seu laço familiar com um cidadão comunitário.Além disso, e a fim de garantir a segurança doscidadãos, os EM, nas condições fixadas pela res-pectiva legislação nacional, podem efectuar em to-do o seu território controlos dos documentos deidentidade. Assim, se não dispõe destes documen-tos no momento de um eventual controlo, as au-toridades competentes do EM para o qual viajatêm o direito de o conduzir à fronteira ou de to-mar outras medidas de afastamento do respectivoterritório.No âmbito de convenções, os Estados signatáriosdecidiram suprimir ou facilitar o controlo das pes-soas nas fronteiras comuns. Assim, a Convençãode Schengen prevê, para os países signatários, asupressão dos controlos embora permita invocaruma cláusula de salvaguarda que possibilitaria rein-troduzir temporariamente controlos por razõesde ordem pública ou de segurança nacional (vereuropa.eu.int/scadplus/leg/pt/cig/g4000s.htm).Da mesma forma, a «Common Travel Area» per-

desenvolver projectos comuns de âmbito cultural,social ou outro. Este programa prevê, nomeada-mente, actividades de intercâmbio, projectos deiniciativas para jovens, estágios de serviço voluntá-rio e ainda a realização de estudos no domínio dajuventude, relacionados em especial com osmeios desfavorecidos. Está orientado para as asso-ciações ou grupos de jovens entre os 15 e os 25anos, para animadores de juventude e para os res-ponsáveis pelas estruturas governamentais ou or-ganizações não governamentais que actuam nodomínio da juventude.A acção Juventude para a Europa apoia intercâm-bios transnacionais de jovens dos 15 aos 25 anosdurante pelo menos 1 semana. Os projectos de

intercâmbios deverão articular-se em torno de te-mas como a luta contra o racismo, a arte, a músi-ca, a luta contra a toxicodependência, as tecnolo-gias da informação, etc.A acção Serviço Voluntário Europeu (SVE) desti-na-se a jovens dos 18 aos 25 anos que estejamdispostos a exercer durante vários meses (geral-mente entre 6 e 12 meses) uma actividade desolidariedade numa organização de acolhimen-to de outro país. Os domínios abrangidos são oambiente, a arte, a cultura, o trabalho com crian-ças, jovens ou idosos, o património, o despor-to, os tempos livres, etc. (para informações adicio-nais, consultar o Instituto Português da Juventude,ver Capítulo 7).

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GUIA DA UNIÃO EUROPEIAmite a livre circulação de pessoas que viajam entreo Reino Unido e a Irlanda e, no âmbito da UniãoNórdica dos Passaportes, a Dinamarca, a Finlândiae a Suécia renunciaram aos controlos sistemáticosdas pessoas nas suas fronteiras comuns.

4.3-QUE BENS POSSO LEVARQUANDO VIAJO?O cidadão da União, quando viaja no espaço co-munitário tem, em princípio, o direito de levar osseus bens de carácter pessoal, sem qualquer restri-ção. As bagagens dos cidadãos comunitários nãosão controladas ou sujeitas a outros procedimen-tos aduaneiros nas passagens das fronteiras inter-nas da União. Nas viagens de avião, é aposta umaetiqueta com uma risca de cor verde à sua baga-gem de porão que a identifica como bagagem nãosujeita a controlo aduaneiro.Os EM podem, no entanto, proibir ou condicio-nar a entrada de certos produtos, tais como: dro-gas, produtos derivados de espécies protegidas,materiais de carácter pornográfico, etc. O trans-porte de armas de fogo está sujeito a regras muitorestritas. Se for caçador ou praticar desportos detiro, deverá possuir um Cartão Europeu de Armasde Fogo para poder transportar a sua arma paraoutro país da União.O caso dos medicamentos está também condicio-nado, podendo levar consigo os medicamentosque lhe foram prescritos pelo seu médico e/ouadquiridos legalmente no seu país de residênciaou de viagem, desde que limitados às suas necessi-dades pessoais.

4.4-HÁ ALGUM LIMITE PARAO DINHEIRO A LEVAR NAS VIAGENS?Pode levar consigo o dinheiro que necessita para asua deslocação. Embora tenham sido abolidas to-das as restrições aos movimentos de capitais naUnião, alguns EM, por razões de ordem adminis-trativa, podem exigir uma declaração do dinheiroque tem consigo quando entra ou sai dos respecti-vos territórios. Assim, foram fixados limiares a par-tir dos quais é exigida uma declaração dos montan-tes transportados.Para além do dinheiro que poderá levar consigo,pode igualmente transferir outros montantes. Se omontante for elevado, os bancos, correios ou ou-tros intermediários financeiros de certos EM pode-rão solicitar informações para efeitos estatísticos.As autoridades nacionais têm, todavia, o direito deproceder a controlos se suspeitarem que as trans-ferências de fundos estão relacionadas com activi-dades criminais.

4.5-POSSO VIAJARCOM O MEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO?Pode levar os seus animais de estimação quandoviaja no espaço comunitário, mediante determi-nadas condições. A maioria dos EM prevê, no ca-

so de cães e gatos, a existência de certificados devacina contra a raiva válidos. Estes certificados sãonormalizados e podem ser obtidos junto do seuveterinário (consulte a embaixada do EM de destinosobre eventuais formalidades a cumprir).

4.6-A MINHA CARTADE CONDUÇÃO É VÁLIDAEM QUALQUER EM?Uma carta de condução válida emitida por um EMé válida em todo o território da União para ascategorias de veículos nela indicados. A legislaçãocomunitária estabelece, assim, o princípio do reco-nhecimento mútuo das cartas emitidas pelos dife-rentes EM.

4.7-O LIVRETE TAMBÉM É VÁLIDOEM QUALQUER PAÍS DA UNIÃO?O livrete ou certificado de matrícula do seu veícu-lo emitido num EM permite a utilização do seuveículo em qualquer outro país da União.

4.8-O SEGURO DE AUTOMÓVEL VÁLIDOEM PORTUGAL É VÁLIDO IGUALMENTENA UE?O seguro automóvel obrigatório cobre a respon-sabilidade civil em todo o território da UE. Aexistência de chapa de matrícula no veículo pres-supõe a subscrição de um seguro obrigatório deresponsabilidade civil no EM de residência dosegurado. Não poderão ser exigidos prémiosadicionais, no que se refere ao seguro de respon-sabilidade civil obrigatório, quando o seguradoviajar no território de outros EM. Em contraparti-da, a cobertura de riscos complementares, no-meadamente incêndio ou roubo do veículo noestrangeiro, poderá justificar pagamentos suple-mentares.n Se tiver um acidente de viação automóvel nou-tro EM pelo qual seja responsável, a Carta Ver-de ou o certificado de seguro constituem a pro-va de que possui um seguro de responsabilida-de civil que permite às vítimas obterem umaindemnização.n Se tiver um acidente de automóvel noutro EMpelo qual não seja responsável, será indemnizadode acordo com as regras em vigor no EM ondeocorreu o sinistro. No entanto, se o nível de in-demnização for mais elevado no seu país de resi-dência, então serão aplicadas as regras em vigordo seu país.n Se o acidente for causado por um veículo semseguro ou que não pôde ser identificado, o viajan-te tem o direito de ser indemnizado pelo fundode garantia automóvel do EM onde tal acidenteocorreu (para informações complementares, consul-te o Instituto de Seguros de Portugal, ver Capítulo 7.Antes de viajar para o estrangeiro, deverá solicitar àsua seguradora um formulário de Declaração Euro-peia de Acidente).

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4.9-O CÓDIGO DA ESTRADAÉ DIFERENTE NOS EM?Quando viaja de automóvel no território da UEestá sujeito ao código da estrada do país em quecircula. No entanto, as regras de comportamentona estrada são, na sua maioria, comuns aos diferen-tes países da União. É obrigatória em todos os EMa utilização de capacetes para o condutor e o pas-sageiro de motociclos, bem como a utilização decintos de segurança e de equipamentos de segu-rança para as crianças. Para conhecer os limites develocidade e os limites máximo de álcool no san-gue nos países da UE, consulte o quadro que aci-ma se publica. Em caso de infracção, serão aplica-das as mesmas sanções que as previstas para oscidadãos do EM onde circula (para obter informa-ções sobre os restantes EM, ver Capítulo 7).

4.10-COM A MINHA CARTADE CONDUÇÃO PODEREI ALUGARUM VEÍCULO EM QUALQUER EM?Pode alugar um veículo em qualquer país da UEgozando dos mesmos direitos que os cidadãos na-

cionais. O cidadão, ao apresentar na agência dealuguer a sua carta de condução válida, pode con-duzir o mesmo tipo de veículos que utiliza no seuEM de residência.A agência não pode introduzir no contrato de alu-guer cláusulas abusivas, nomeadamente artigosque a isentem de responsabilidade em caso deacidente causado por deficiências técnicas do veí-culo. E não poderá exigir cauções superiores àssolicitadas aos nacionais, invocando a residêncianoutro EM.

4.11-PARA GARANTIR SITUAÇÕESINESPERADAS COMO UMA DOENÇAOU UM ACIDENTE, DEVO LEVARO PASSAPORTE AZUL?O cidadão e os seus familiares têm direito a cuida-dos de saúde de carácter imediato – doença súbi-ta, acidente ou maternidade – quando viajam noterritório da UE. A prestação destes cuidados mé-dicos será facilitada se levar consigo o formulárioE111, também designado por Passaporte Azul. Es-te documento é gratuito, permite comprovar a

LIMITES DE VELOCIDADE (1) E LIMITES MÁXIMOS DE ÁLCOOL NO SANGUE NOS PAÍSES DA UE

Estradasurbanas

Outrasestradas Auto-estradas Taxa de álcool

permitida (3)

Áustria 50 km/h 100 km/h 130 km/h 0.5 g/l (4)

Bélgica 50 km/h 90 km/h 120 km/h 0.5 g/l

Alemanha 50 km/h 100 km/h 130 km/h (2) 0.5 g/l

Dinamarca 50 km/h 80 km/h 110 km/h 0.5 g/l

Espanha 50 km/h 90 km/h 120 km/h 0.5 g/l (5)

França 50 km/h 90 km/h 130 km/h 0.5 g/l

Finlândia 50 km/h 80 km/h 120 km/h 0.5 g/l

Reino Unido 48 km/h 96 km/h 112 km/h 0.8 g/l

Grécia 50 km/h 110 km/h 120 km/h 0.5 g/l

Itália 50 km/h 90 km/h 130 km/h 0.8 g/l

Irlanda 48 km/h 96 km/h 112 km/h 0.8 g/l

Luxemburgo 50 km/h 90 km/h 120 km/h 0.8 g/l

Países Baixos 50 km/h 90 km/h 120 km/h 0.5 g/l

Portugal 50 km/h 90 km/h 120 km/h 0.5 g/l

Suécia 50 km/h 90 km/h 110 km/h 0.2 g/l

(1) Velocidade máxima autorizada para os automóveis em km/h, regra geral. (2) Na Alemanha, não hálimites de velocidade nas auto-estradas, mas a velocidade máxima recomendada é de 130 km/h (mais demetade da rede tem um limite de velocidade de 120 km/h ou menos). (3) Limite máximo de alcoolemia.Gramas de álcool por litro de sangue. (4) 0,1 g/l para os condutores principiantes, os condutores decamionetas e autocarros e os motociclistas com menos de 18 anos. (5) 0,3 g/l para os condutoresprincipiantes, os condutores de camionetas e autocarros e os condutores de veículos que transportammercadorias perigosas.

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GUIA DA UNIÃO EUROPEIAsua inscrição num sistema de segurança social deum EM e deve ser obtido, antes de viajar, juntodesta entidade (ver ponto 1.12).A falta deste formulário não o impede de benefi-ciar destes cuidados de saúde mas poderá ter deos pagar. Tem, no entanto, a possibilidade de apre-sentar a factura à sua instituição de segurança so-cial e o direito a ser reembolsado.

4.12-QUAIS OS DIREITOS DO CIDADÃONO CASO DE RECUSA DE EMBARQUEPOR EXCESSO DE RESERVAS(OVERBOOKING) NOS TRANSPORTESAÉREOS?Em caso de recusa de embarque por excesso dereservas o cidadão, desde que tenha cumpridoos prazos e as condições requeridas em relaçãoao «check-in», esteja munido de um bilhete váli-do e tenha confirmado o seu voo, tem direito auma indemnização em dinheiro, em títulos deviagem (mediante o seu acordo) ou através deoutros serviços.O passageiro pode ainda exigir o reembolsodo valor do bilhete para a parte da viagem nãoefectuada, sem qualquer penalização; o reenca-minhamento rápido para o destino final; ou o reen-caminhamento em data posterior a fixar de acor-do com os seus interesses.A transportadora aérea deverá ainda custear umacomunicação telefónica para o destino final do pas-sageiro e garantir-lhe as refeições e o alojamentoadequados ao tempo de espera. Se a situaçãoocorrer no âmbito de uma viagem organizada, atransportadora aérea deverá indemnizar o opera-dor que, por seu turno, deverá compensar os pas-sageiros. Estes direitos só se aplicam aos voos re-gulares com partida de um aeroporto situado noterritório de um EM.Deverão estar afixados nos aeroportos cartazescom toda a informação genérica sobre voos,reservas e direitos (modelo da Comissão Euro-peia). Os balcões de «check-in» devem forne-cer aos passageiros cujo embarque for recusadoum formulário ou um documento para indemni-zação.

4.13-QUAIS OS DIREITOS DO CIDADÃODA UE EM VIAGENS ORGANIZADAS?A viagem organizada pressupõe um preço previa-mente definido, uma prestação de serviços queexceda 24 horas ou inclua uma pernoita e combi-ne, pelo menos, dois dos seguintes elementos:n Transporten Alojamenton Outros serviços turísticos que, não sendo subsi-diários do transporte ou do alojamento, represen-tem uma parte significativa da viagem organizada.Os direitos conferidos são idênticos em todos osEM e abragem a informação do consumidor, ascondições de revisão dos preços, as cláusulas que

devem figurar no contrato e as condições de resci-são ou anulação do mesmo. São também aborda-dos alguns aspectos relativos às consequências doincumprimento ou da execução incorrecta do con-trato, nomeadamente em termos de responsabili-dade civil e de garantias em caso de insolvência oude falência do prestador do serviço.

4.14-COMO VIAJANTE PODEREI FAZERQUAISQUER COMPRAS PARA USOPESSOAL?Como cidadão da UE, poderá adquirir noutro EMbens e serviços para uso pessoal em condiçõesidênticas às que são aplicáveis aos cidadãos dessepaís. No regresso ao país de residência as suascompras não podem ser sujeitas a IVA ou ao im-postos especiais de consumo ou objecto de qual-quer controlo nas fronteiras, salvo por motivos deordem pública. As excepções a esta regra pren-dem-se, nomeadamente, com a aquisição demeios de transporte novos e compras efectuadasa título comercial.Poderá adquirir e transportar para o seu país deresidência, sem necessidade de justificação adicio-nal, tabaco e bebidas alcoólicas para uso pessoaldesde que não exceda as seguintes quantidades:n 800 cigarrosn 400 cigarrilhasn 200 charutosn 1 kg de tabacon 10 litros de bebidas espirituosasn 20 litros de vinho de licor (como Porto ou Xerez)n 90 litros de vinho (entre os quais, no máximo,

60 litros de vinho espumante)n 110 litros de cervejaÉ importante referir que em três EM (Dinamarca,Finlândia e Suécia) vigoram actualmente disposi-ções mais restritivas que a partir de 1 de Janeiro de2004 serão harmonizadas.

4.15-COMO VIAJANTE,EM QUE CONDIÇÕES PODEREIADQUIRIR UM AUTOMÓVEL NOVOOU USADO NA UE?Se pretende adquirir um veículo novo (com me-nos de seis meses ou menos de 6 000 km) noutroEM, este será tributado em termos de IVA no paísonde o veículo é matriculado, normalmente o paísde residência do cidadão. Neste caso, a facturanão deverá contemplar o imposto e o compradordeverá pagar o IVA no país de residência.Se pretende adquirir um veículo usado (com maisde seis meses e mais de 6 000 km) noutro EM,este será tributado em termos de IVA no país dacompra.Em ambos os casos, veículo novo ou usado, asrestantes imposições fiscais, tais como imposto au-tomóvel, taxas de matrícula ou imposto de circula-ção, devem ser pagos no país onde o veículo ématriculado, nomeadamente o país de residência

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do proprietário. Este EM não pode aplicar outrasimposições fiscais para além das que impõe parahomologação de veículos novos ou usados adquiri-dos nesse mesmo país.

4.16-COMO LIDAR COM CLÁUSULASABUSIVAS EM COMPRAS REALIZADASNOUTRO EM?Como viajante consumidor, se for confrontadocom cláusulas abusivas quando fizer uma compraou adquirir um serviço noutro EM, tem o direitode as contestar ou de as não respeitar, uma vezque não são vinculativas (ver ponto 5.22. Em caso dedetectar cláusulas abusivas em contratos, contacte osCentros Europeus do Consumidor – ver Capítulos 8 e 10).

4.17-ENQUANTO VIAJANTE, COMOASSEGURAR A PROTECÇÃO DOS MEUSDADOS PESSOAIS?A celebração de contratos de aquisição de produ-tos ou de serviços noutro EM pode originar o pedi-do de informações de carácter privado. Atenden-do à complexidade desta matéria, a maior parte

dos EM adoptaram mecanismos, com níveis deprotecção variáveis, que visam impedir a utilizaçãodestas informações de forma abusiva.A UE, por seu turno, adoptou legislação com oobjectivo de garantir certos direitos em todos osEM, nomeadamente o direito de ser informado, odireito de contestar e o direito de dar o seu acor-do prévio à utilização de dados pessoais (para maisinformações contacte a Comissão Nacional de Protec-ção de Dados, ver Capítulo 7).

4.18-EXISTEM APOIOS ESPECIAISPARA O VIAJANTE COM DEFICIÊNCIANO ESPAÇO COMUNITÁRIO?Com o objectivo de promover a mobilidade doscidadãos com necessidades especiais, a ComissãoEuropeia elaborou uma série de guias turísticos(os EM, a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega)que contêm um resumo, breve mas completo,sobre instalações e actividades direccionadas paraestes viajantes (estes guias encontram-se disponíveis naInternet no seguinte endereço: europa.eu.int/comm/enterprise/services/tourism/policyareas/guides.htm).

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5 - A PROTECÇÃO DO CONSUMIDOR

GUIA DA UNIÃO EUROPEIA

5.1-OS PRODUTOS QUE ADQUIRIMOSNA UE SÃO SEGUROS?Para defender a saúde e a segurança do consumi-dor, a legislação comunitária impõe aos fabricantesregras de segurança rigorosas. Assim, um produtoseguro é aquele que, em condições de uso nor-mal ou previsível, não deva comportar qualquerrisco para o consumidor. Os produtos colocadosno mercado devem respeitar os mais elevados pa-drões de protecção da saúde e da segurança doconsumidor, tendo em conta:n As suas características, designadamente compo-

sição.n Os efeitos sobre outros produtos.n A apresentação, a embalagem, a rotulagem, as

instruções de utilização, de conservação e deeliminação.

n As categorias de consumidores que poderãocorrer maiores riscos na sua utilização, em parti-cular as crianças.

A aposição da marcaCE nos diferentes pro-dutos indica que estãoem conformidade coma respectiva legislaçãoeuropeia.

5.2-É OBRIGATÓRIA A AFIXAÇÃODO PREÇO?A afixação do preço de venda é obrigatória paraqualquer produto de consumo corrente. A afixa-ção do preço por unidade de medida (preçopor quilo, litro ou metro) é obrigatória para to-dos os produtos vendidos a granel ou pré-em-balados em quantidades variáveis (por exem-plo, as frutas). Não é obrigatória a fixação dopreço para produtos pré-embalados comerciali-zados em quantidades invariáveis e pré-determi-nadas (por exemplo, arroz). A afixação do pre-ço unitário permite ao consumidor efectuarcomparações entre produtos, e o mesmo sepassa com a indicação do peso nos produtospré-embalados.

5.3-EXISTE REGULAMENTAÇÃOESPECÍFICA PARA OS PRODUTOSALIMENTARES?Na UE existem regras que incidem sobre a rotula-gem, os aditivos, a inspecção e o controlo da higie-ne e sobre os produtos destinados a uma alimenta-ção especial. Assim, o consumidor tem direito àinformação em língua portuguesa, em particularsobre os ingredientes, o modo de utilização e adata-limite de consumo dos produtos alimentarespré-embalados.De forma a garantir a segurança alimentar, a UEestabeleceu, nomeadamente, um regime de iden-tificação e registo de bovinos que visa a máximatransparência na comercialização deste tipo de car-ne, através da rastreabilidade de todo o processo,ou seja, estabelecendo a relação entre a peça decarne e o animal que lhe deu origem, disponibili-zando assim essa informação ao consumidor. Es-tas medidas, que foram postas em prática em 1 deSetembro de 2000, tornaram-se extensíveis a to-dos os tipos de carne a 1 de Janeiro de 2002 (paramais informações, consultar a Direcção-Geral Veteri-nária, ver Capítulo 7). Assim, o rótulo para a carnedeve conter:n Código de identificação do animal, que pode ser

o n˚ de brinco do animal ou um código atribuí-do pelo matadouro (n˚ de abate).

n Indicação do EM ou país terceiro onde o animalfoi abatido e do código de estabelecimento deabate (n˚de controlo veterinário).

n Indicação do EM ou país terceiro onde se pro-cessou a cria/engorda.

n Indicação do EM ou país terceiro onde se pro-cessou a cria/engorda.

n Indicação da origem do animal, se este tiver nas-cido, sido criado e abatido no mesmo EM oupaís terceiro.Por seu turno, o rótulo para o pescado, produtomuito sensível e fundamental à dieta do consumi-dor, deve conter a identificação da espécie, dazona e meio de captura (saber se se trata de umaespécie selvagem ou criada em aquicultura).A UE definiu também os requisitos que deverãofigurar no rótulo dos vegetais:

n O preço por unidade, peso e preço da peça.n Designação e código do operador, designação

da espécie, calibre, origem, categoria e datas deembalagem e de limite de consumo.

5.4-OS PRODUTOS AGRÍCOLASOU ALIMENTARES PRODUZIDOS EMREGIÕES DEMARCADAS OU PROTEGIDASTÊM REGULAMENTAÇÃO PRÓPRIA?A variedade de produtos alimentares na Europaconstitui uma das suas grandes riquezas. Algunsprodutos alimentares adquiriram ao longo do tem-

Artigo 153.º1. A fim de promover os interesses dos consumi-dores e assegurar um elevado nível de defesadestes, a Comunidade contribuirá para a pro-tecção da saúde, da segurança e dos interes-ses económicos dos consumidores, bem comopara a promoção do seu direito à informação,à educação e à organização para a defesa dosseus interesses.(Tratado da UE e Tratado CE, 1/2/2003, versõesconsolidadas de Nice, JOUE C325, 24/12/2002)

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GUIA DA UNIÃO EUROPEIA

po uma reputação que os fez ultrapassar fronteiras.Para manter a diversidade da sua produção agrícolaeuropeia através da valorização de produtos cuja qua-lidade se deve essencialmente a condições geográfi-cas únicas e cuja produção, transformação ou elabo-ração ocorre numa área geográfica delimitada, a UEcriou um sistema de legislação específica que visa:n Incentivar a produção agrícola diversificada.n Proteger os nomes dos produtos contra imita-

ções e utilizações indevidas.n Ajudar os consumidores, fornecendo-lhes infor-

mações relativas às características específicasdos produtos (consultar europa.eu.int/comm/agriculutre/qual/pt/index_pt.htm)

Os queijos, mel, ovos, frutos, produtos à base decarne (salgados, fumados), cortiça, águas minerais,etc., são alguns dos produtos que podem benefi-ciar desta protecção, que pode revestir as seguin-tes formas:n Denominação de Origem Protegida– produto

cuja produção, transformação e elaboração ocor-rem numa área geográfica delimitada com um sa-ber fazer reconhecido e verificado.

n Indicação Geográfica Protegida – produto quepode beneficiar de uma boa reputação tradicio-nal e cuja relação com o meio geográfico subsis-te pelo menos numa das fases da produção,transformação ou elaboração.

n Especialidade Tradicional Garantida – não fazreferência a uma origem mas distingue umacomposição tradicional do produto ou um mo-do de produção tradicional.

5.5-EXISTE REGULAMENTAÇÃOESPECÍFICA PARA OS PRODUTOSFARMACÊUTICOS?Os produtos farmacêuticos para uso humano são,pela sua própria natureza, objecto de procedimen-tos rigorosos prévios à autorização para a respecti-va comercialização. A colocação no mercado dequalquer medicamento pressupõe que a embala-gem exterior contenha um conjunto de mençõesque permita ao consumidor uma informação rápi-da e precisa sobre a composição qualitativa e quanti-tativa, as condições de utilização do produto, a listados excipientes, o prazo de validade, a advertênciade que o medicamento deva ser colocado fora doalcance das crianças, etc. A literatura explicativa in-clusa (bula) deverá facultar, nomeadamente, infor-mação sobre a categoria fármaco-terapêutica domedicamento, as indicações terapêuticas e even-tuais contra-indicações ou efeitos secundários, etc.(Para mais informações, consultar o Instituto Nacionalda Farmácia e do Medicamento, ver Capítulo 7).

5.6-OS PRODUTOS COSMÉTICOSOBRIGAM À EXISTÊNCIA DEROTULAGEM?A rotulagem utilizada nos produtos cosméticos ede higiene corporal é obrigatória e deverá disponi-bilizar a informação necessária para permitir aoconsumidor efectuar uma escolha segura.São fundamentais nesta rotulagem a indicação donome e o endereço da firma ou do responsávelpela colocação no mercado, o número e lote defabrico,as precauções especiais de utilização, o pe-so ou volume e a data de validade. Estes produtosestão sujeitos a legislação comunitária rigorosa,es-pecialmente no que se refere às substâncias utiliza-das: corantes, agentes conservantes e filtros deprotecção para as radiações ultra-violeta. A legisla-

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ção comunitária actualiza periodicamente uma lista-gem que conta actualmente com cerca de 400 subs-tâncias proibidas na fabricação deste tipo de produ-tos (para mais informações, consultar o Instituto Nacio-nal da Farmácia e do Medicamento, ver Capítulo 7).

5.7-DEVE EXISTIR UM CUIDADOESPECIAL NA ROTULAGEM DOSBRINQUEDOS?Os brinquedos, ou seja, produtos concebidos pa-ra serem utilizados com fins lúdicos por criançascom menos de 14 anos, são objecto de uma aten-ção especial por parte da UE. Os brinquedos sósão colocados no mercado se não puserem emperigo a segurança e/ou a saúde das crianças. Arotulagem utilizada e as instruções de uso devem,assim, ser concebidas de forma a alertar os pais,outros familiares e educadores para os riscos ine-rentes à sua utilização e para a forma de os evitar.A utilização da marcação CE de conformidade,aposta no brinquedo ou na respectiva embala-gem, pressupõe que o artigo foi fabricado em con-formidade com os critérios de segurança definidospela legislação comunitária.

5.8-QUE TIPO DE INFORMAÇÃOÉ OBRIGATÓRIO FIGURAR NA ETIQUETADE UM PRODUTO TÊXTIL?Os produtos têxteis apresentam um sistema uni-forme de etiquetagem da composição em fibras.Assim, qualquer produto têxtil comercializado naUE deverá apresentar numa etiqueta visível e legí-vel a referência da composição de cada fibra doproduto acabado desde que a percentagem sejasuperior a 10%. A referência à composição doproduto têxtil é fundamental, não só para prevenirproblemas de saúde, especialmente alergias, co-mo para alertar o consumidor para os cuidados (ecustos) a ter com a respectiva limpeza.

5.9-QUE ELEMENTOS DEVEM FIGURARNO RÓTULO ENERGÉTICO DOSELECTRODOMÉSTICOS?Os electrodomésticos estão também sujeitos àmarcação CE. Para a obtenção desta marcação deconformidade, são sujeitos a testes rigorosos emmatéria de segurança atendendo às suas proprie-dades físicas, mecânicas ou eléctricas. Os fabrican-tes de electrodomésticos, de acordo com a legisla-ção comunitária, deverão fazer acompanhar o pro-duto da respectiva informação técnica e de umaficha informativa. Deve, ainda, ser colocado noelectrodoméstico, de forma visível, um rótulo quecontenha informações relativas ao consumo deenergia eléctrica ou de outras formas de energia, aeficiência energética, nível de ruído, etc.

5.10-O QUE É E PARA QUE SERVEO RÓTULO ECOLÓGICO?O sistema de atribuição do Rótulo Ecológico Euro-peu visa distinguir os produtos que respeitam o

ambiente permitindo a sua rápida identificação porparte aos consumidores.O sistema de atribuição de rótulo ecológico estáaberto aos fabricantes e importadores de bens deconsumo, excepto produtos alimentares, bebidas

e medicamentos. O ró-tulo ecológico europeujá foi atribuído a cerca de250 bens de consumo,entre os quais detergen-tes para máquinas de la-var roupa, colchões, têx-teis, papel higiénico, pa-pel para fotocópias ecomputadores (paramais informações, consul-tar o Instituto do Ambien-te, ver Capítulo 7).

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GUIA DA UNIÃO EUROPEIA5.11-ENQUANTO CIDADÃO PODEREIAPLICAR O MEU DINHEIRO EMQUALQUER PAÍS DA UE?No espaço comunitário qualquer cidadão pode,em princípio, dispor do seu dinheiro, depositan-do, investindo ou contraindo empréstimos onde aoferta for mais vantajosa. No entanto, por razõesque se prendem com os controlos fiscais ou a lutacontra o branqueamento de capitais, os EM pode-rão exigir uma declaração dessas operações.

5.12-PODEREI ABRIR UMA CONTABANCÁRIA EM QUALQUER EM?Pode abrir uma conta bancária em qualquer EM eefectuar movimentos para ou a partir dessa conta.No entanto, as regras aplicáveis continuam a serestabelecidas por disposições nacionais. Assim, pa-ra abrir uma conta, alguns países poderão, porexemplo, exigir ao cidadão interessado que nãoresida nem possua identificação fiscal nesse país, aapresentação de um comprovativo de residêncianoutro EM (para mais informações, consultar o Bancode Portugal, ver Capítulo 7).

5.13-UM CIDADÃO DA UE PODECONTRAIR EMPRÉSTIMOS NOUTRO EM?Pode recorrer ao crédito em qualquer EM. Toda apublicidade em matéria de crédito ao consumo de-ve indicar o custo total do crédito, sendo este calcu-lado através de uma fórmula matemática única com-parável em todos os EM – a Taxa Anual EfectivaGlobal (TAEG), que considera os juros e todos osoutros encargos ligados ao crédito. O consumidorpoderá assim avaliar mais facilmente a oferta existen-te nos vários EM (para mais informações,consultar oInstituto do Consumidor, ver Capítulo 7). O consumi-dor, excepto se o montante do crédito ao consu-mo for inferior a 200 euros ou superior a 20 mileuros ou no caso de se tratar de empresas, benefi-cia dos seguintes direitos mínimos:n Contrato escrito que mencione a TAEG do cré-

dito contraído, o montante total a reembolsar eo número e a periodicidade dos reembolsos.

n Informação sobre os limites do crédito e sobreos juros devedores.

n Antecipação do reembolso do crédito.n Garantia de certos direitos em caso de cessão

do crédito.n Protecção em caso de recuperação dos bens

pelo credor, se o crédito tiver sido utilizado paraa compra de bens.

n No caso de crédito condicionado, o consumidorpode fazer valer direitos relativamente ao forne-cedor dos bens e, sob certas condições, relativa-mente à instituição que concedeu o crédito.

5.14-É POSSÍVEL ACEDERAO CRÉDITO HIPOTECÁRIO?O cidadão da UE pode celebrar contratos de crédi-to hipotecário em qualquer EM, mesmo que não-

seja o de residência. Deverá ter em conta que osfinanciamentos e as condições gerais aplicáveis aoscontratos, ao registo de hipotecas e a outras garan-tias imobiliárias variam entre os EM, pelo que osbancos deverão alertar os seus clientes de outrosEM para estas situações. Mesmo que tenha cele-brado um contrato de empréstimo com uma insti-tuição de crédito estabelecida noutro EM, poderábeneficiar de medidas de apoio social à habitação(por exemplo, juros bonificados) desde que essasmedidas vigorem no EM em que o cidadão resida(para obter informações adicionais, ver Capítulo 7).

5.15-PODEREI ADQUIRIR ACÇÕESOU OUTROS PRODUTOS FINANCEIROSEM QUALQUER EM?O cidadão é livre de investir em valores mobiliáriosatravés da aquisição de acções, obrigações e outrosprodutos financeiros disponíveis no mercado único.Pode fazê-lo recorrendo a intermediários que ope-rem no EM de residência ou através de bancos ousociedades financeiras estabelecidas noutro EM, naposse de informação clara e objectiva quer sobre osprodutos financeiros propostos quer sobre as entida-des emitentes. Estas devem responder a obrigaçõesmínimas em matéria de capital, número de accionis-tas e obtido autorização prévia para operar em todaa UE (para informações adicionais ver Capítulo 7).

5.16-SE INVESTIR NOUTRO EM SEREITRIBUTADO NESSE EM?Dado que a tributação de juros, dividendos,mais-valias e património não está harmonizada naUnião, verificam-se ainda diferenças consideráveisentre EM. No entanto, existem convenções bilate-rais em que estes se comprometem a que determi-nada operação financeira seja tributada apenas numpaís ou que o imposto cobrado seja consideradopelo outro EM. É útil, portanto, conhecer as modali-dades fiscais aplicáveis aos serviços financeiros prati-cados pelo EM onde pretende fazer o investimento(para obter informações adicionais ver Capítulo 7).

5.17-É POSSÍVEL FAZER SEGUROSEM QUALQUER PAÍS DA UE?Pode subscrever uma apólice de seguro em qual-quer EM, dirigindo-se a uma companhia de segu-ros à sua escolha, devidamente acreditada paraemitir esse tipo de apólice. Poderá igualmente fa-zê-lo através de um corretor ou de um agente deseguros. Assiste-lhe o direito de exigir todas as in-formações sobre o contrato que julgar necessá-rias, nomeadamente:n Se a companhia de seguros cobre o risco a partir

de um estabelecimento situado no EM de resi-dência do interessado ou a partir de outro EM.

n Qual é a legislação aplicável ao contrato ou se épossível escolher essa legislação.

n As disposições aplicáveis e as instâncias compe-tentes em caso de litígio e de reclamações.

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Compete à companhia de seguros prestar todas asinformações relativas ao alcance e às condições doseguro (definição das garantias, situações de exclu-são, duração do contrato, modalidades de rescisão,valores de resgate e de redução, etc.). No que dizrespeito ao caso particular dos seguros de vida, de-verá obter todos os elementos sobre a designaçãoe a forma jurídica da companhia de seguros e serinformado por escrito, de forma clara e antes dacelebração do contrato, de todos os elementos es-senciais (para mais informações, consultar o Institutode Seguros de Portugal, ver Capítulo 7).

5.18-EM QUE CONDIÇÕES É POSSÍVELFAZER O SEGURO DA VIATURA NOUTROEM?O proprietário de um veículo pode subscrever orespectivo seguro em qualquer EM, dirigindo-se auma companhia de seguros devidamente acredita-da para emitir esse tipo de apólice, podendo igual-mente fazê-lo atrvés de corretor ou agente deseguros.O cidadão deverá, no entanto, certificar-se que aseguradora estabelecida noutro EM cumpre os se-guintes requisitos:n Estar inscrita no organismo nacional de seguro

automóvel e no fundo de garantia do EM deresidência do interessado.

n No caso de não possuir qualquer estabelecimen-to no EM do interessado, deverá ter designadoum representante habilitado a resolver todos oscasos relacionados com sinistros nesse EM (pa-ra mais informações, consultar o Instituto de Segu-ros de Portugal, ver Capítulo 7).

5.19-POSSO ADQUIRIR NOUTRO EMBENS IMOBILIÁRIOS EM REGIME DETIME-SHARING?A possibilidade de adquirir o direito de uso, a tem-po parcial, de bens imobiliários (time-sharing) nou-tro EM, é uma oportunidade que se abre ao cida-dão da UE. A legislação comunitária confere-lhedireitos para contratos celebrados por um perío-do não inferior a 3 anos e relativos a estadias porperíodos mínimos de 1 semana por ano. Indepen-dentemente do EM em que está situado o bemimobiliário, o consumidor deve:n Aceder a documentação completa onde conste

o objecto da venda, localização, serviços relacio-nados, preço e encargos inerentes e ainda asobrigações ou condições especiais ligadas ao di-reito de utilização.

n Dispor de um contrato redigido na sua língua,mesmo se a legislação do EM em causa exigirum exemplar redigido na língua desse Estado.

n Exigir que no contrato figure a possibilidade derescisão num prazo de reflexão nunca inferior a10 dias a contar da data da assinatura no qual ovendedor não poderá exigir qualquer adianta-mento (para mais informações, consultar o Institutodo Consumidor, ver Capítulo 7).

5.20-EXISTE ALGUM TIPODE PROTECÇÃO PARA VENDASAO DOMICÍLIO?As situações de venda directa ou venda ao domicí-lio podem comportar, para além de eventuaisquestões de segurança, um factor surpresa quepode levar a compras irreflectidas uma vez que o

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GUIA DA UNIÃO EUROPEIAconsumidor não tem tempo nem meios para po-der avaliar a qualidade e o preço do que lhe éproposto.A UE adoptou legislação específica que abrange oscontratos de fornecimento, sendo o comercianteobrigado a informar por escrito o consumidor queeste tem o direito de renunciar ao compromissoassumido, dispondo de um determinado prazo pa-ra o efeito. Este documento, que deverá ser da-tado, deve mencionar de forma clara o nome eendereço do comerciante e outras referênciasque permitem identificar o contrato. Para poderrescindir um contrato em Portugal, deverá en-viar uma carta de renúncia registada com avisode recepção no prazo mínimo de 7 dias úteis acontar da data da assinatura do contrato ou darecepção da mercadoria. Deverá igualmenteproceder à devolução dos bens, no caso de terhavido fornecimento de produtos.Esta protecção não vigora na compra de produ-tos alimentares, bebidas ou outros bens de con-sumo corrente fornecidos no âmbito de siste-mas que comportam entregas frequentes e re-gulares ou nas vendas por catálogo (para maisinformações, consultar o Instituto do Consumidor,ver Capítulo 7).

5.21-A UE PROTEGE O CONSUMIDOREUROPEU DA PUBLICIDADE ENGANOSA?A publicidade enganosa é aquela onde se procurainduzir em erro o consumidor, afectando a suapossibilidade de escolha e prejudicando os concor-rentes. Para poder provar que se trata de publici-dade enganosa é necessário comparar as caracte-rísticas reais dos bens ou serviços com as apresen-tadas, tendo como parâmetros, nomeadamente,a natureza, composição, preço, modo e data defabrico ou de prestação, origem geográfica ou co-mercial. A legislação comunitária obriga os EM aprever meios adequados e eficazes para controlara publicidade enganosa no interesse dos consumi-dores, dos concorrentes e do público em geral,prevendo também a reparação de danos, de acor-do com as regras nacionais próprias de cada EM(para mais informações, consultar o Instituto do Consu-midor e o Instituto Civil da Autodisciplina da Publicida-de, ver Capítulo 7).

5.22-O QUE FAZERPERANTE CLÁUSULASDE CONTRATOS QUE PARECEMABUSIVAS?Uma cláusula contratual é considerada abusiva, in-dependentemente do país da UE em que tenhalugar, quando estiver redigida de tal forma queobrigue o consumidor contra a sua vontade ou oseu interesse e quando viole a lei. É o caso dasseguradoras que informam os seus clientes de alte-rações ao contrato por via postal e as consideramvigentes se o segurado não reage num prazo defi-

nido, ou o caso das lavandarias que excluem a suaresponsabilidade quando há alteração de coresnos tecidos ou botões desaparecidos.Quando confrontado com cláusulas abusivas, ocidadão deverá contestá-las e não as respeitar,uma vez que estas são nulas, ou seja, não produ-zem qualquer efeito legal. É importante ainda re-ferir que, em caso de dúvida quanto ao alcancede uma cláusula escrita num contrato celebradocom um comerciante ou prestador de serviços,prevalece sempre a interpretação mais favorávelao consumidor. Esta condição decorre do princí-pio geral que nos contratos expressos por escritoas cláusulas devem ser redigidas de forma clara ecompreensível (para mais informações, consultar oInstituto do Consumidor, ver Capítulo 7).

5.23-QUAL O SIGNIFICADODAS BANDEIRAS AZUIS QUE APARECEMNAS NOSSAS PRAIAS E MARINAS?A Campanha da Bandeira Azul da Europa ini-ciou-se à escala europeia em 1987, integrada noprograma do Ano Europeu do Ambiente, e consti-tui uma das acções de informação da UE junto dopúblico com maior sucesso. Um conjunto seleccio-nado de organizações não governamentais exami-na anualmente a qualidade das águas das praiasseleccionadas nos respectivos países. As amostrassão analisadas de 15 em 15 dias durante a época

balnear, sendoatribuída a bandei-ra azul às praias eaos portos que sa-tisfazem as nor-mas mais eleva-das da UE.Esta iniciativa daFEE-Fundação pa-

ra a Educação Ambiental, com o apoio da Comis-são Europeia, tem como objectivo elevar o graude consciencialização dos cidadãos em geral, edos decisores em particular, para a necessidadede se proteger o ambiente marinho e costeiro.A Campanha apresenta três vertentes: praias, por-tos de recreio e embarcações de recreio. O galar-dão é atribuído anualmente às praias e portos derecreio que cumpram um conjunto de critérios denatureza ambiental, de segurança e conforto dosutentes e de informação e sensibilização ambiental.Em Portugal, a evolução positiva da situação daspraias desde 1987 é notória (em 2003 a Bandei-ra Azul foi hasteada em 169 praias e 8 marinas) eé consequência de investimentos para a resolu-ção das causas da poluição das águas balneares,de uma rede de vigilância da qualidade das águasde banho e da melhoria dos acessos e infra-estru-turas, na segurança e limpeza das praias e, ainda,na informação e sensibilização dos utentes (consul-tar www.abae.pt/bandeira.php).

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6 - A UE E AS SUAS INSTITUIÇÕES,

ÓRGÃOS, AGÊNCIAS E SÍMBOLOS

A UE assenta num sistema institucional único no mundo, dotado de uma simbologia própria –Bandeira, Hino e Dia da Europa – que pretende fomentar a ligação do cidadão a esta constru-ção permanente. Os EM, com efeito, delegam parte da sua soberania a favor de instituiçõesindependentes que representam os interesses dos cidadãos, nacionais e comunitários. O PErepresenta os cidadãos europeus que o elegem por sufrágio universal e directo, o Conselho daUnião representa cada um e o conjunto dos Governos nacionais e a Comissão defende osinteresses comunitários.

Está, desta forma, constituído o triângulo institucional a que se juntam duas outras institui-ções, o Tribunal de Justiça e o Tribunal de Contas, bem como cinco órgãos. Assim, a UEcumpre os seus fundamentos: Direito e Democracia. Há uma outra entidade, o ConselhoEuropeu que, embora não sendo formalmente uma instituição comunitária, desempenha, noentanto, um papel impulsionador no processo de construção europeia.

Existem ainda agências especializadas criadas para desempenhar tarefas específicas decarácter essencialmente técnico, científico ou de gestão. São organismos públicos, indepen-dentes das instituições comunitárias e com personalidade jurídica própria. Actualmente, háquinze organismos que se inserem na categoria de agência comunitária, muito embora aterminologia utilizada para os designar (Centro, Fundação, Agência, Instituto, Observatório)seja diversificada.

Parlamento Europeuwww.europarl.eu.intEleito por um período de 5 anos por sufrágiouniversal e directo, o PE é a expressão demo-crática de 374 milhões de cidadãos europeus(cerca de 500 milhões em Maio de 2004).No PE estão representadas, a nível de forma-ções políticas pan-europeias, as grandes ten-dências políticas existentes nos EM.O PE tem três funções essenciais:n Partilha com o Conselho a função legis-

lativa, ou seja, adopta a legislação eu-ropeia (directivas, regulamentos, deci-sões). A sua participação contribui pa-ra garantir a legitimidade democráticados textos adoptados.

n Partilha com o Conselho a função orça-mental, podendo alterar as despesas co-munitárias. Em última instância, adoptao orçamento na sua integralidade.

n Exerce um controlo democrático sobrea Comissão. Aprova a designação dosseus membros e dispõe do direito devotar uma moção de censura. Exerceigualmente um controlo político sobreo conjunto das instituições.

O PE tem sede em Estrasburgo, França.

Conselho da UEue.eu.int/O Conselho constitui a principal instânciade decisão da UE. É a expressão da vonta-de dos Estados Membros, cujos represen-tantes se reúnem regularmente a nívelministerial.

Em função das questões a analisar, o Con-selho reúne-se em diferentes formações:política externa, finanças, educação, tele-comunicações, etc.O Conselho assume várias funções essenciais:. É o órgão legislativo da União; em rela-ção a um grande conjunto de competên-cias comunitárias, exerce este poder legis-lativo em co-decisão com o PE.n Assegura a coordenação das políticas

económicas gerais dos EM.n Celebra, em nome da UE, os acordos

internacionais entre esta e um ou váriosEstados ou organizações internacionais.

n Partilha a autoridade orçamental como PE.

n Aprova as decisões necessárias à defini-ção e à execução da política externa ede segurança comum com base emorientações gerais definidas pelo Conse-lho Europeu.

n Assegura a coordenação da acção dosEM e adopta as medidas no domínio dacooperação policial e judiciária em maté-ria penal.

O Conselho tem sede em Bruxelas, Bélgica.

Conselho Europeuue.eu.int/pt/Info/eurocouncilO Conselho Europeu é uma evolução das'Cimeiras' que reuniam periodicamente osChefes de Estado ou de Governo com vistaa definir as grandes orientações estratégi-cas e de política geral e a garantir acoesão do conjunto das actividades comu-

nitárias. Embora os Tratados não o consi-derem como uma Instituição Comunitária,viu o seu papel formalizado no quadroinstitucional no Tratado de Maastricht(1992), depois de uma primeira definiçãono Acto Único (1986) que fixou a suacomposição e a periodicidade das suasreuniões. Tem como competências:n Definir as orientações da construção

europeia.n Fornecer linhas de orientação à acção

comunitária e à cooperação política.n Abrir novos campos de actividade à

cooperação e adoptar posições comunsem matéria de política externa.É composto pelos Chefes de Estado oude Governo, pelo Presidente da Comis-são, assistidos pelos Ministros de Negó-cios Estrangeiros e por um membro daComissão.

Comissão Europeiaeuropa.eu.int/comm/index_pt.htmA CE materializa e defende o interessegeral da União. O presidente e os mem-bros da Comissão são nomeados pelos EMapós aprovação do programa pelo PE.A Comissão é o motor do sistema institu-cional comunitário:n Graças ao direito de iniciativa, propõe

os textos legislativos que são apresenta-dos ao PE e ao Conselho.

n Instância executiva, assegura a execu-ção da legislação europeia (directivas,regulamentos, decisões), do orçamento e

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GUIA DA UNIÃO EUROPEIAdos programas adoptados pelo PE e peloConselho.

n Guardiã dos Tratados, zela pelo respeitodo direito comunitário, juntamente como Tribunal de Justiça.

n Representante da União a nível interna-cional, negocia acordos internacionais, es-sencialmente em matéria comercial e decooperação.

A Comissão tem sede em Bruxelas, Bélgica.

Tribunal de Justiça da UEcuria.eu.intO Tribunal de Justiça garante o respeito e ainterpretação uniforme do direito comunitá-rio. É competente para apreciar litígios emque podem ser partes os EM, as instituiçõescomunitárias, as empresas e os particulares.Em 1989 foi-lhe associado o Tribunal de Pri-meira Instância.Tem sede no Luxemburgo.

Tribunal de Contas da UEwww.eca.eu.intO Tribunal de Contas Europeu fiscaliza alegalidade e a regularidade das receitas edespesas da União e garante a correcta ges-tão financeira do orçamento comunitário.Tem sede no Luxemburgo.

Comité Económico e Socialwww.esc.eu.intO CES representa, perante a Comissão, o Con-selho e o PE, os pontos de vista e interessesda sociedade civil organizada. É obrigatoria-mente consultado sobre questões de políticaeconómica e social e pode, além disso, emitirparecer sobre matérias que se lhe afiguremimportantes. Tem sede em Bruxelas, Bélgica.

Comité das Regiõeswww.cor.eu.intO CR zela pelo respeito da identidade e dasprerrogativas regionais e locais. É obrigato-riamente consultado nos domínios, designa-damente, da política regional, do ambientee da educação. É composto por representan-tes das autoridades regionais e locais.Tem sede em Bruxelas, Bélgica.

Banco Central Europeuwww.ecb.intO BCE define e executa a política monetáriaeuropeia, dirige as operações de câmbio eassegura o correcto funcionamento dos siste-mas de pagamento.Tem sede em Frankfurt, Alemanha.

Banco Europeu de Investimentowww.eib.eu.intO BEI é a instituição financeira da UE. Finan-cia projectos de investimento que contribuam

para o desenvolvimento equilibrado da União.Tem sede no Luxemburgo.

Provedor de Justiça Europeuwww.euro-ombudsman.eu.intAo Provedor de Justiça Europeu competeassegurar uma maior protecção dos cida-dãos em caso de má administração e, destaforma, contribuir para o reforço do contro-lo democrático sobre as instituições euro-peias. Pode ser consultado por pessoas sin-gulares (particulares) ou colectivas (institui-ções, empresas, etc.) que residam na Uniãoe se considerem vítimas de um acto de "máadministração" por parte das instituiçõesou dos órgãos comunitários.Tem sede em Estrasburgo, França.

Centro Europeupara o Desenvolvimentoda Formação Profissionalwww.cedefop.eu.intO Centro Europeu para o Desenvolvimento daFormação Profissional (Cedefop) é, como onome indica, o centro de referência da UE emmatéria de ensino e formação profissional.Tem por vocação informar e fornecer estudossobre os sistemas, políticas, investigação e

práticas neste domínio. Foi criado em 1975 etem sede em Salónica, Grécia.

Fundação Europeiapara a Melhoria das Condiçõesde Vida e de Trabalhowww.eurofound.eu.intA Fundação Europeia para a Melhoria dasCondições de Vida e de Trabalho é um orga-nismo que visa:n Fornecer orientação e consultoria aos de-

cisores de políticas sociais.n Avaliar e analisar as condições de vida e

de trabalho.n Comunicar evoluções e tendências, espe-

cialmente as que acarretam mudanças.n Contribuir para melhorar a qualidade de

vida.Foi criada em 1975 e tem sede em Dublin,Irlanda.

Agência Europeia do Ambientewww.eea.eu.intTem por missão recolher e divulgar informa-ção sobre a situação e as tendências do am-biente a nível europeu. O regulamento funda-dor da AEA determina que é aberta a paísesque não pertençam à UE mas que partilhem

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a sua preocupação com o ambiente.A Agência começou a funcionar em 1995 comsede em Copenhaga, Dinamarca.

Fundação Europeiapara a Formaçãowww.etf.eu.intA Fundação Europeia para a Formaçãoapoia a reforma da formação profissionalem países onde existem parcerias no âmbi-to dos programas de relações externas daUE – MEDA, CARDS, TACIS e PHARE.A Fundação trabalha com mais de quarentapaíses: os parceiros mediterrânicos, os paí-ses dos Balcãs ocidentais, os novos Estadosindependentes e a Mongólia, bem como ospaíses candidatos.Foi criada em 1990 e tem sede em Turim,Itália.

Observatório Europeuda Droga e Toxicodependênciawww.emcdda.org/mlp/ms_pt-1.shtmlO Observatório tem por missão recolher edivulgar informação sobre o fenómeno dadroga e da toxicodependência na Europa.Trabalha juntamente com países não co-munitários e com organizações internacio-

nais, designadamente o Programa das Na-ções Unidas para o Controlo Internacionalda Droga (PNUCID), a Organização Mun-dial de Saúde (OMS), o Grupo Pompidoudo Conselho da Europa, a OrganizaçãoMundial das Alfândegas (OMA), a Organi-zação Internacional da Polícia Criminal(Interpol) e a Unidade Europeia de Polícia(Europol).O OEDT foi criado em 1993, entrou emfuncionamento em 1995 e tem sede emLisboa.

Agência Europeiada Avaliação dos Medicamentoswww.emea.eu.intA Agência Europeia de Avaliação dos Medi-camentos (EMEA) tem como responsabili-dade a defesa da saúde pública e animal.Funciona como uma rede que congrega osrecursos científicos dos EM e do EEE porforma a assegurar o mais elevado nível deavaliação e controlo de medicamentos naEuropa, mantendo estreita cooperaçãocom parceiros internacionais.Foi criada em 1993 e tem sede em Lon-dres, Reino Unido.

Instituto de Harmonizaçãono Mercado Internooami.eu.intO IHMI procede às formalidades de registo dasmarcas comerciais comunitárias e, dentro embreve, também dos desenhos comunitários.A natureza unitária da marca comercial co-munitária, que abrange todos os países daUE, procura simplificar as formalidades e agestão: uma única inscrição, um único centroadministrativo e um único cadastro a gerir.Foi criado em 1993 e tem sede em Alicante,Espanha.

Agência Europeiapara a Segurança e a Saúdeno Trabalhoeurope.osha.eu.int/index.php?lang=ptA Agência actua como catalisador do desen-volvimento, análise e divulgação da informa-ção que contribui para melhorar a saúde esegurança no trabalho na Europa. Para alémde fomentar a criação de uma rede abrangen-te de sítios Web em matéria de segurança esaúde, dirige também um programa activode publicações que abarca desde relatóriosespecializados a material de divulgação.Os centros nacionais coordenam e divul-gam a informação da Agência no seu país.Foi criada em 1994 e tem sede em Bilbau,Espanha.

Instituto Comunitáriodas Variedades Vegetaiswww.cpvo.eu.int/P/default.htmlO ICVV administra desde 1996 um regime espe-cífico que permite a concessão, relativamenteàs variedades vegetais, de direitos de proprie-dade industrial válidos no conjunto do territó-rio da UE. Estes direitos são concedidos porum periodo de 25 ou 30 anos.Foi criado em 1994 e tem sede em Angers,França.

Centro de Traduçãodos Organismos da UEwww.cdt.eu.intO Centro de Tradução é dotado de persona-lidade jurídica e de recursos financeirospróprios, responde às necessidades de tra-dução dos organismos comunitários des-centralizados.Foi criado em 1994 e tem sede no Luxem-burgo.

Observatório Europeudo Racismo e Xenofobiawww.eumc.eu.intO Observatório Europeu do Racismo e daXenofobia (EUMC) tem como principal tarefafornecer à UE e aos EM informação objectiva

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7 - COMO OBTER INFORMAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO

GUIA DA UNIÃO EUROPEIA

SERVIÇOS DA UNIÃO EUROPEIADE INFORMAÇÃO,ACONSELHAMENTO E APOIO

Europe DirectO Europa em Directo propõe-se ajudar oscidadãos a encontrar resposta às suas ques-

tões sobre a UE. Põe à disposição de todos oscidadãos dos diferentes EM linhas telefónicasgratuitas, um endereço de correio electrónicoe ligações a serviços de informação e aconse-lhamento a nível nacional, regional e local.O Europa em Directo disponibiliza um Servi-ço de Orientação, assegurado por peritos

legais, que responde às questões colocadaspelos cidadãos europeus. O serviço é gratui-to e garante uma resposta personalizadano prazo de três dias úteis.Telefone gratuito para Portugal:00 800 67 89 10 11europa.eu.int/europedirect/pt/index_pt.html

A UE e o mercado único oferecem uma ampla gama de direitos e oportunidades aos cidadãos e àsempresas. Como vimos, os cidadãos podem residir, trabalhar, estudar, viajar, comprar bens eserviços em qualquer um dos EM, e as empresas podem produzir, vender e prestar serviços emtoda a UE. No entanto, poderá deparar-se com dificuldades em exercer os direitos que o merca-do único lhe proporciona e, nesse caso, precisa de saber onde se dirigir para pedir informações ouassistência e como recorrer.

É o que lhe propomos neste capítulo: uma lista de entidades ou serviços que podem fornecerinformação ou documentação, esclarecer dúvidas, prestar assistência ou reencaminhar o seupedido para a entidade ou organismo especializado. As entidades ou serviços indicados poderãoestar vocacionados para informação de carácter geral ou para uma assistência especializada, pararesponder a questões concretas ou ainda para acompanhar de forma activa a evolução das políti-cas comunitárias.

e outros elementos que permitam combater oracismo e a xenofobia.No cerne das suas actividades está a RedeEuropeia de Informação sobre Racismo eXenofobia (RAXEN), concebida para coligirdados e informação a nível nacional ou eu-ropeu. Neste contexto, contratou quinze cen-tros nacionais que trabalham em estreitacooperação com o Observatório.Foi criado em 1997, entrou em funcionamen-to em 1998 e tem sede em Viena, Áustria.

Agência Europeiade Reconstruçãowww.ear.eu.int/eulang/pt.htmA Agência Europeia de Reconstrução é res-ponsável pela gestão dos principais progra-mas de assistência da UE na República Fede-rativa da Jugoslávia (República da Sérvia,Kosovo e República de Montenegro), bemcomo na Antiga República Jugoslava da Ma-cedónia (ARJM). É uma agência independen-te da UE, que presta contas ao ConselhoEuropeu e ao PE e é gerida por um Conse-lho de Administração composto pela CE erepresentantes dos EM.Foi criada em 1999, entrou em funciona-mento em 2000 e tem sede em Salónica,Grécia, e centros operacionais em Belgrado,Pristina, Podgorica e Skopje.

Autoridade Europeiapara a Segurança dos Alimentoswww.efsa.eu.intTem por objectivo providenciar orientação

científica independente sobre todas as ques-tões susceptíveis de exercerem impacto di-recto ou indirecto na segurança alimentar.Abrange todas as fases da produção e forne-cimento alimentares e irá coligir informa-ção a nível global.Uma das tarefas cruciais da Autoridade seráa comunicação directa com o público nassuas áreas de responsabilidade.Foi criada em 2002 e ainda não há decisãoquanto à sua sede.

Agência Europeiada Segurança MarítimaCriada na sequência do desastre do Erika, aAgência aconselhará do ponto de vista técni-co e científico a CE no desenvolvimento doprocesso legislativo no domínio da seguran-ça marítima e da prevenção da poluiçãocausada por navios e trabalhará, também,em estreita colaboração com os EM.Foi criada em 2002 e ainda não há decisãoquanto à sua sede.

Agência Europeiapara a Segurança da AviaçãoEsta agência desenvolverá a sua competên-cia em todos os domínios da segurança daaviação civil por forma a assistir as institui-ções comunitárias no processo legislativoem matéria de supervisão da segurança dosprodutos aeronáuticos.Foi criada em 2002, irá começar a funcio-nar em Setembro de 2003 e ainda não hádecisão quanto à sua sede.

OS SÍMBOLOSDA UEBandeira - A bandeira da UE é igualà adoptada pelo Conselho da Europaem 1955. Foi solenemente hasteada pe-la primeira vez a 29 de Maio de 1986em Bruxelas. Representa a união dospovos da Europa através de um fundoazul-celeste e 12 estrelas douradas decinco pontas dispostas em forma decírculo.

Hino - O Hino Europeu foi adoptadopelo Conselho da Europa em 1972 eutilizado pela UE desde 1986. É o prelú-dio ao Hino da Alegria, no quarto anda-mento da 9ª Sinfonia de Beethoven,com arranjo feito por Herbert von Kara-jan, e não tem letra.

Dia da Europa - É o dia 9 de Maio,consagrado desde 1985, porque a 9 deMaio de 1950 foi apresentada em Parispelo então ministro dos Negócios Es-trangeiros francês a chamada Declara-ção Schuman, redigida por Jean Mon-net, que consagra os valores, os méto-dos e os objectivos fundamentais daconstrução europeia.

Euro - O símbolo da moeda única é oepsilon grego. Primeira letra da Euro-pa, lembra o berço comum das nossasculturas. Os dois traços paralelos sim-bolizam a estabilidade desejada da no-va moeda.

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Diálogo com os CidadãosSítio Web da Comissão Europeia, está pre-parado para informar o cidadão da UEsobre os seus direitos, oportunidades e aforma de os fazer valer. Disponibiliza umconjunto de guias e fichas por EM quepermitem ao cidadão conhecer os seus di-reitos enquanto residente, trabalhador, es-tudante, viajante e consumidor em qual-quer EM da UE.citizens.eu.int/europa.eu.int/citizens/index_pt.html

Diálogo com as EmpresasO Balcão Único na Internet para as Empre-sas da Comissão Europeia, procura ajudaras empresas a tirar o máximo partido doMercado Interno, informando sobre políti-cas comunitárias, prestando aconselhamen-to pessoal através da rede de Euro-Info-Cen-tros e fornecendo informação de carácterprático sobre feiras comerciais, potenciaisparceiros de negócios, etc.europa.eu.int/business/pt/index.html

A sua Voz na Europa"A sua Voz na Europa" é um sítio Web daComissão Europeia que possibilita o acessoa documentos, consultas, fóruns de discus-são e debate, permitindo ao cidadão acom-panhar e participar no processo de decisãoeuropeu.europa.eu.int/yourvoice/index_pt.htm

Rede EURESA rede EURES (European Employment Servi-ces) fornece informação sobre a forma de en-contrar emprego e sobre as ofertas de empregoexistentes e, ainda, sobre as condições de vidae de trabalho no EEE. Mais de 500 euroconse-lheiros informam, aconselham e guiam as pes-soas interessadas em trabalhar ou encontrarpessoal noutros locais da Europa. Estes euro-conselheiros velam igualmente pela detecção esupressão dos obstáculos à mobilidade. A redeé coordenada pela DG Emprego e AssuntosSociais da Comissão Europeia e funciona emPortugal no:

Instituto do Empregoe Formação ProfissionalRua de Xabregas, 56-2º1949-003 LISBOATel: 218 684 187/ 134Fax: 218 614 604www.iefp.pt/Rede_Eures/Rede_Eures.htmeuropa.eu.int/jobs/euresExiste igualmente a Rede EURES Trans-fronteiriço que visa fornecer informaçõessobre a mobilidade dos trabalhadores e

dos empresários localizados em zonasfronteiriças. Em Portugal contactar:

Eures Transfronteiriço Nortede Portugal -GaliciaEscritório de Coordenação em ValençaEdíficio Ex-Alfândega4930 ValençaTel: 251 826 105 / Fax: 251 809 037www.eures-norteportugal-galicia.org

EURYDICECriada em 1980, a Rede EURYDICE é umarede europeia que tem por objectivo infor-mar os diferentes intervenientes na áreaeducativa e possibilitar a troca de experiên-cias entre responsáveis políticos. A sua inte-gração no Programa SOCRATES em 1995 per-mitiu consolidar os seus objectivos, nomea-damente o estudo comparado dos sistemaseducativos, a recolha e a gestão de dados ea realização de estudos e a sua divulgação.Pertencem à rede um conjunto de unidadesnacionais, criadas maioritariamente pelos Mi-nistérios da Educação pela Unidade Europeiaresponsável pela animação central da rede.Unidade Eurydice em Portugal:

Departamentode Avaliação, Prospectivae Planeamento (DAPP)- Ministério da EducaçãoAv. 24 de Julho, 1341350-000 LisboaTel: 213 949 200 / Fax: 213 957 610www.dapp.min-edu.pt/eurydice/eur_amb.html

EURODESKSítio Web que disponibiliza informações sobrea educação, a formação, a juventude e a parti-cipação dos jovens em actividades de dimen-são europeia.www.eurodesk.org

SERVIÇOS NACIONAISDE INFORMAÇÃO,ACONSELHAMENTOE APOIO SOBRE ASSUNTOSCOMUNITÁRIOSDestacou-se, neste ponto, um conjunto de en-tidades nacionais com responsabilidade na de-finição e execução das políticas abordadas aolongo deste Guia, cujos contactos se podemrevelar úteis para o cidadão que pretendaobter informação adicional.

Agência Nacional paraos Programas SOCRATESe Leonardo da VinciTel.: 218 919 933/4Fax: 218 919 929www.socleo.pt

Banco de PortugalTel.: 213 213 200 / Fax: 213 464 843www.bportugal.pt

Centro NARIC-Ministérioda Ciência e do Ensino SuperiorTel.: 213 126 000 / Fax: 213 126 041www.desup.min-edu.pt/naric.htm

Centro de Informaçõese Relações Públicas do Ministérioda Educação (CIREP)Tel.: 213 977 071 (Av. 24 de Julho)Fax: 213 976 242Tel.: 217 995 470 (Av. 5 de Outubro)Fax: 217 978 [email protected]

Comissão Nacionalde Protecção de DadosTel.: 213 928 400 / Fax: 213 976 832www.cnpd.pt

Departamentode Relações Internacionaisde Segurança SocialTel.: 213 131 100 / Fax: 213 131 102www.seg-social.pt

Direcção-Geral das Alfândegase dos Impostos Especiaissobre o ConsumoLinha Azul: 218 813 700www.dgaiec.min-financas.pt/sitedgaiecinternet/index.html

Direcção-Geral dos AssuntosComunitáriosTel.: 213 935 500 / Fax: 213 954 539www.min-nestrangeiros.pt/mne/portugal/dgac.html

Direcção-Geralde Assuntos Europeuse Relações Internacionais-Ministério das FinançasTel.: 218 817 199 / Fax: 218 823 399www.min-financas.pt

Direcção-Geralde Contribuições e ImpostosTel.: 218 812 600 / Fax: 218 812 938www.dgci.min-financas.pt

Direcção-Geral de ProtecçãoSocial aos Funcionáriose Agentes da AdministraçãoPública (ADSE)Linha Azul: 218 431 900Fax: 218 431 899 (Formulários E)www.adse.pt

Direcção-Geral dos Registose do NotariadoTel.: 217 985 500 / Fax: 217 951 350www.dgrn.mj.pt

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GUIA DA UNIÃO EUROPEIADirecção-Geralde VeterináriaLinha Azul: 213 239 696www.dgv.min-agricultura.ptGabinete de Assuntos Europeuse Relações Internacionais- Ministério da EducaçãoTel.: 217 931 291Fax: 217 978 994www.gaeri.min-edu.ptGabinete para as RelaçõesInternacionais Europeiase de Cooperaçãodo Ministério da JustiçaTel.: 213 222 300Fax: 213 423 198www.mj.gov.pt/?id=21Gabinete de RelaçõesInternacionais da Ciênciae do Ensino SuperiorTel.: 213585300Fax: 213154065www.iccti.mct.pt/index.htmlInstituto do AmbienteTel.: 214 728 200Fax: 214 719 074www.iambiente.ptInstituto Civil da Autodisciplinada PublicidadeTel.: 217 969 692Fax: 217 938 576www.icap.ptInstituto do ConsumidorTel.: 213 564 600Fax: 213 564 719www.consumidor.ptInstituto de Empregoe Formação ProfissionalTel.: 218 614 100Fax: 217 227 013www.iefp.ptInstituto Nacionalda Farmáciae do MedicamentoLinha Verde - 800 222 444Fax: 217 987 316www.infarmed.ptInstituto Portuguêsda JuventudeTel.: 213 179 229Fax: 213 179 210www.sej.ptInstituto de Segurosde PortugalTel.: 217 903 100Fax: 217 938 568www.isp.pt

Instituto de Solidariedadee Segurança SocialTel.: 213 131 100Fax: 213 131 102www.seg-social.ptSecretariado Técnicodos Assuntos para o ProcessoEleitoralLinha Azul - 808 200 142Fax: 213 909 264www.stape.ptServiço de Estrangeirose FronteirasTel.: 217 115 000Fax: 217 140 332www.sef.pt

ACESSO AOS DOCUMENTOSTodos os cidadãos da União e todas aspessoas singulares ou colectivas que resi-dam ou tenham a sua sede social num EMtêm direito de acesso aos documentos doParlamento Europeu, do Conselho e daComissão. O pedido de acesso a um docu-mento pode ser apresentado por escrito,numa das línguas oficiais da UE. O pedidopode ser enviado por correio, por fax oupor correio electrónico. Se o interessadojá tiver identificado um documento numregisto (consultar sítios Web do PE, daComissão Europeia e do Conselho Euro-peu, ver Capítulo 7), bastará indicar nopedido as respectivas referências. Se o do-cumento não figurar no registo, o pedidodeve ser formulado o mais claramente pos-sível, indicando o máximo de informaçõesdisponíveis, para permitir a identificaçãodo documento pretendido.Independentemente da nacionalidade e dolocal de residência do requerente e dofacto de este ser uma pessoa singular oucolectiva (associação, sociedade), os pedi-dos de acesso aos documentos do PE, doConselho ou da Comissão não precisam deser justificados.O pedido deve ser dirigido à instituição de-tentora do documento pretendido:n No caso do PE, ao Serviço do Registo

Electrónico de Referências (verwww4.europarl.eu.int/registre/recher-che/Menu.cfm?langue=PT ou consultaro Gabinete em Portugal do PE, ver Capí-tulo 9).

n No caso do Conselho, ao Secretariado-Ge-ral (ver ue.eu.int/pt/summ.htm, rubrica«Transparência» ou enviar directamenteo pedido ao Secretariado-Geral do Conse-lho, ver Capítulo 6).

n No caso da Comissão, ao Secretariado-Ge-ral (ver europa.eu.int/comm/secretariat_-general/sgc/acc_doc/index_fr.htm ouconsultar a Representação da ComissãoEuropeia em Portugal, ver Capítulo 9).

Saiba que, em princípio, o acesso aos do-cumentos é gratuito. O interessado podeconsultar o documento no próprio localou mediante obtenção de cópia, por viaelectrónica ou em suporte papel. Se o do-cumento pedido exceder 20 páginas, a ins-tituição poderá cobrar os custos da cópiae do envio.Quando o pedido chega à instituição, éregistada a sua entrada e enviado umaviso de recepção ao requerente. A partirdesta data de registo, a instituição dispõede 15 dias úteis para dar resposta aopedido que, a título excepcional, poderáser prolongado por mais 15 dias úteis.Esta situação poderá acontecer quando opedido corresponder a um documento mui-to extenso ou a um grande número dedocumentos.Se o documento pedido for recusado ounão for dada resposta no prazo previsto,o requerente dispõe de um prazo de 15dias úteis a contar da recepção da respos-ta negativa ou, em caso de ausência deresposta, a contar do fim do prazo previs-to para a resposta para requerer à insti-tuição que reveja a sua decisão, bastan-do, para o efeito, enviar à instituição umpedido por escrito. Esta dispõe, então, deum novo prazo de 15 dias úteis para con-firmar ou ratificar a sua decisão. Se oindeferimento for confirmado, o requeren-te pode apresentar uma queixa ao Prove-dor de Justiça Europeu ou interpor recur-so junto do Tribunal de Primeira Instân-cia das Comunidades Europeias.No entanto, a instituição poderá recusaro acesso aos documentos cuja divulgaçãopossa prejudicar, por exemplo, a protec-ção do interesse público ou da vida priva-da e da integridade de um indivíduo. Mas,se os motivos do indeferimento forem ape-nas referentes a uma parte do documentopretendido, poderão ser fornecidas as par-tes restantes. Em qualquer situação, a ins-tituição deverá fundamentar sempre asua recusa.Quando o pedido é aceite, a instituiçãofornece o documento solicitado em supor-te papel ou por via electrónica ou mesmodisponibilizando-o localmente, consoantea preferência do requerente.

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8 - COMO ENTRAR EM CONTACTO COM A UEPARA FAZER VALER OS SEUS DIREITOS

Provedor de Justiça EuropeuO cidadão pode apresentar queixa ao Prove-dor de Justiça Europeu. O Provedor de Justi-ça ocupa-se de queixas relativas a casos demá administração por parte das instituiçõescomunitárias, com excepção do Tribunal deJustiça e do Tribunal de Primeira Instânciano exercício das suas funções judiciais, noseu relacionamento directo e indirecto comos cidadãos e as empresas.Pode ser considerado má administração aprática de injustiças, o incumprimento dalei, as irregularidades administrativas ou osatrasos desnecessários. A queixa tem de darentrada no prazo de dois anos a partir dadata em que o cidadão tomou conhecimentodos factos. Antes de apresentar a queixa, ocidadão deverá ter contactado a instituiçãoou organismo visados, por exemplo, por cor-reio. As queixas apresentadas ao Provedorde Justiça não alteram a necessidade derespeitar os prazos em recursos jurisdicio-nais ou junto das entidades administrativas.A queixa pode ser apresentada através deum formulário-tipo e deverá ser redigidanuma das 11 línguas oficiais, identificandoclaramente o proponente, o destinatário eos motivos da queixa. Se o Provedor deJustiça chegar à conclusão de que se tratade um caso de má administração por partede uma instituição da UE, tenta encontraruma solução aceitável para ambas as par-tes. Pode fazer recomendações à instituiçãovisada sobre a forma de resolver o caso. Seesta não der cumprimento às suas recomen-dações no prazo de três meses, o Provedorelabora um relatório especial ao PE. O Pro-vedor de Justiça comunicará ao interessadoos resultados do inquérito, o parecer expres-so pela instituição em causa e qualquerrecomendação que tenha feito.O Provedor de Justiça não tem poder parainvestigar queixas relativas às administraçõesnacionais, regionais ou locais dos EM.Provedor de Justiça EuropeuAvenue Président Robert Schuman, 1BP 403F-67001 Strasbourg CedexTel.: (33) 388 172 313Fax: (33) 388 179 062www.euro-ombudsman.eu.int

Apresentação de Petições ao PEO cidadão tem o direito de apresentar umapetição ao PE sobre questões relacionadas

com os domínios de actividade da UE que lhedigam directamente respeito. Assim, as peti-ções têm de estar relacionadas com o direitocomunitário, sua aplicação por parte dos EMou com um caso de acção ilegítima levada acabo por uma autoridade nacional.As petições serão tratadas pela Comissão dasPetições do PE, que informa o cidadão daevolução do caso e pode recomendar que aCE dê início a processos por infracção contraum EM que não aplique o direito comunitárioou que o aplique incorrectamente, podendoesses processos dar origem a diligências nosentido de alterar a legislação nacional.Não existe formulário-tipo. As petições po-dem ser enviadas por via electrónica(www.europarl .eu. int/pet i t ion/pet i-tion_pt.htm) ou por correio, redigidas emqualquer uma das línguas oficiais da UE edevem conter os seguintes dados:n Nomen Nacionalidaden Moradan Profissãon Descrição clara dos factos, indicando orespectivo sector de actividade na UEn Motivos da petiçãon Documentação pertinente, se possíveln AssinaturaParlamento EuropeuDivisão do Correio do CidadãoL-2929 LUXEMBURGO

Contactoscom os Deputados do PETambém é possível apresentar uma situaçãoque decorra do direito comunitário a um de-putado do PE, que pode apresentar pergun-tas escritas ou orais à Comissão, cujas respos-tas são publicadas no Jornal Oficial da UE.Nos casos em que já tenha sido enviada umapetição, os deputados podem apoiá-la.Gabinete em Portugal do PELargo Jean Monnet, 1-6º1269-070 LisboaTel: 213 504 900Fax: 213 540 004www.parleurop.pt

OLAF-Organismo Europeude Luta AntifraudeUm cidadão ou uma empresa pode recorrerao OLAF para denunciar casos de fraude,corrupção ou qualquer outra actividade irre-gular, incluindo faltas profissionais cometi-

das nas instituições europeias, que prejudi-quem os interesses financeiros da UE.O OLAF conduz, com total independência,investigações internas e externas e promovea cooperação entre as autoridades compe-tentes dos EM com vista a coordenar as suasactividades e a apoiar a luta antifraude.Telefone gratuito para Portugal: 800 832 595europa.eu.int/comm/anti_fraud/index_pt.html

Inobservância do DireitoComunitário-Queixasà Comissão EuropeiaQualquer cidadão ou empresa pode apre-sentar uma queixa à CE relativa a umaalegada infracção do direito comunitáriopor parte de um EM, sem ter que provarque foi directamente afectado por essa in-fracção.As queixas podem ser apresentadas emqualquer língua oficial, são gratuitas epodem ser redigidas sem a ajuda de umadvogado, sendo aconselhável incluir todaa informação e documentação pertinente.A CE, excepto se a queixa for infundada,abre um inquérito para apurar os factos edecide, em princípio no prazo de um ano,se dá seguimento à mesma e, em qualquercaso, informará o cidadão da decisão.No caso da CE considerar que o EM está defacto a incumprir pode instar ao cumpri-mento da legislação comunitária, estabele-cendo um prazo para o efeito. Em caso dese manter a violação ao direito comunitá-rio, a CE poderá apresentar queixa ao Tri-bunal de Justiça Europeu.Comissão das Comunidades Europeias(à atenção do Sr. Secretário-Geral)Rue de la Loi, 200B-1049 BruxelasBÉLGICAeuropa.eu.int/comm/secretariat_general/sgb/lexcomm/index_pt.htm

Rede de Resolução Extrajudicialde Litígios Transfronteiriçosno Sector dos ServiçosFinanceiros (FIN-NET)Com o objectivo de auxiliar o consumidor aresolver problemas com empresas estrangei-ras, os sistemas nacionais existentes de reso-lução de litígios no sector dos serviços finan-ceiros associaram-se numa rede de coopera-ção designada FIN-NET, a rede para a reso-

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9 - ORGANISMOS DE REPRESENTAÇÃO DA UEEM PORTUGAL

GUIA DA UNIÃO EUROPEIA

Gabinete em Portugaldo Parlamento EuropeuLargo Jean Monnet, 1-6º1269-070 LisboaTel: 213 504 900Fax: 213 540 [email protected]://www.parleurop.pt

Representação em Portugalda Comissão EuropeiaLargo Jean Monnet, 1-10º1269-068 LisboaTel: 213 509 800Fax: 213 509 [email protected]://euroinfo.ce.pt

Banco Europeude Investimentos- Delegação em PortugalRegus Business CenterAvenida da Liberdade, 110 - 2º1269-046 LisboaTel.: 213 428 989Fax: 213 470 487

lução extrajudicial de litígios transfronteiri-ços no sector dos serviços financeiros.A rede FIN-NET foi concebida para permitiraos consumidores contactarem o organismoextrajudicial de resolução de litígios no seupaís de residência, mesmo no caso de umareclamação contra uma instituição financei-ra estrangeira.Esta rede ajuda o consumidor a identificaro sistema relevante de resolução do litígio,disponibilizando a informação necessáriaacerca do sistema e da tramitação da re-clamação.Pontos de contacto em Portugal:Centro de Arbitragemde Conflitos de ConsumoMercado Chão de Loureiro (1˚ Andar)Largo Chão de Loureiro1100-145 LisboaTel.: 218 883 623Fax: 218 883 [email protected]ão do Mercadode Valores Mobiliários (CMVM)Av. Fontes Pereira de Melo 211056-801 LisboaTel.: 213 177 000Fax.: 213 537 077www.cmvm.pt

REDE-EJE-Rede ExtrajudicialEuropeiaA Rede Extrajudicial Europeia (EEJ-NET) éuma rede de mecanismos extrajudiciais deresolução de litígios e constitui uma estrutu-ra de comunicação e apoio ao dispor detodos os consumidores do EEE, que pode serutilizada para solucionar os litígios de con-sumo com comerciantes de qualquer EM.Tem por objectivo facilitar o acesso dos con-sumidores à justiça, em particular no querespeita a litígios transfronteiriços no domí-nio do comércio electrónico.A Rede Extrajudicial Europeia é constituídapor pontos de contacto nacionais que aju-

dam os consumidores a resolver os litígioscom empresas de outros países através deum mecanismo de resolução alternativa delitígios (RAL).O ponto de contacto oferece aos consumido-res a possibilidade de obter aconselhamentoe ajuda-os a formular e transmitir as suasreclamações a um organismo de RAL dopaís onde a empresa está estabelecida.Ponto de contacto em Portugal:Centro Europeu do Consumidor - Institutodo ConsumidorPraça Duque de Saldanha, 31-1º1069-013 LISBOATel.: 213 564 660Fax: 213 564 [email protected]

RJE-Rede Judiciária Europeiaem Matéria Civil e CriminalA RJECC visa a melhoria da cooperaçãojudiciária efectiva entre os EM e o acessoreal à justiça por parte das pessoas envol-vidas em litígios transfronteiriços.A RJECC não pretende substituir os disposi-tivos já existentes e aplicáveis, mas ape-nas garantir a tramitação dos processoscom incidência transfronteiriça e agilizaro tratamento dos pedidos de cooperaçãojudiciária entre os EM.Esta rede assenta em Pontos de ContactoNacionais e conta com a colaboração dasautoridades nacionais com responsabilida-des na área de cooperação referenciada.Ponto de contacto em Portugal:Conselho Superior de MagistraturaLargo do Corpo Santo, 131200-129 LisboaTel: 251.826.105Fax: 251.809.037www.redecivil.mj.pt

EURO-JUSO Eurojus é um sistema que tem por objecti-vo aconselhar e assistir pessoas confronta-

das com um problema jurídico relativo àinterpretação ou aplicação do direito co-munitário.Uma rede de conselheiros jurídicos, instala-dos na Representação da Comissão Euro-peia nos EM, encontra-se disponível paraaconselhamento jurídico gratuito sobre osseus direitos ao abrigo da legislação comu-nitária.Representação em Portugalda Comissão EuropeiaLargo Jean Monnet, 1-10º1269-068 LisboaTel: 213 509 800Fax: 213 509 801euroinfo.ce.pt

SOLVITProcura resolver os problemas associados àaplicação incorrecta do direito comunitário,no âmbito do Mercado Único, por parte daadministração pública dos EM.Ministério dos Negócios Estrangeirose das Comunidades PortuguesasRua Cova da Moura, 1P-1350 LISBOATel.: 213.935.753Fax: 213.954.539europa.eu.int/comm/internal_market/en/update/solvit/index.htm

IGFSE-Instituto de Gestãodo Fundo Social EuropeuOs cidadãos poderão recorrer ao IGFSEpara apresentar queixa sobre a formaçãoprofissional ministrada em Portugal co-fi-nanciada pelo Fundo Social Europeu.A queixa deverá ser dirigida ao Presidentedo Conselho Directivo do IGFSE.Instituto de Gestãodo Fundo Social EuropeuRua Castilho, 5 - 8º1250-066 LISBOATel.: 213 591 600Fax: 213 591 603www.igfse.pF6-UE-07t

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10 - ORGANISMOS DE INFORMAÇÃO EUROPEIA (OIE)

EM PORTUGAL

As seguintes entidades prestam informaçãosobre a UE, ou encaminham para outros ser-viços melhor preparados para apoiar ou in-formar sobre programas ou assuntos a elarelativos.

Centro de InformaçãoEuropeia Jacques DelorsÉ um modelo de descentralização e de parti-lha das responsabilidades de informação, ten-do sido criado por iniciativa conjunta daComissão Europeia e do Estado português.Tem por objectivo prestar informação sobrea UE ao grande público.Lisboa - Centro de InformaçãoEuropeia Jacques DelorsTel: 808 201 354 / 213 652 500Fax: 213 652 [email protected]

Info-Points Europa (IPE)/Centros de InformaçãoEuropeia (CIE)Facultam ao público em geral uma infor-mação de base sobre a União e encami-nham para centros de informação maisespecializados.Braga - Associação Industrial do MinhoTel: 253 202 500Fax: 253 276 [email protected] - Comissão de Coordenaçãoda Região do AlgarveTel: 289 895 200/66Fax: 289 803 [email protected]/europa/index.htmlFunchal - Casa da Europa da MadeiraTel: 291 235 545 / 291 225 856 / 291 229 302Fax: 291 235 [email protected]/europaLisboa - Mediateca da CGDTel: 217 905 046 / 217 953 000Fax: 217 905 [email protected]/informacao_financeira//mediatecaPorto - Câmara Municipal do PortoTel: 226 006 667/8/9Fax: 226 006 [email protected] / [email protected]

Centros de Informaçãoe Animação Rural (CIR)Também conhecidos como "Carrefours", estãomais vocacionados para apoio ao meio rural.Angra do Heroísmo - Universidade dosAçores - Departamento de Ciências AgráriasTel: 295 402 200Fax: 295 402 [email protected]/Bragança - Instituto Politécnicode Bragança - Escola Superior AgráriaTel: 273 303 282Fax: 273 325 [email protected] da Rainha - Centro Europeude Informação e Desenvolvimento da RegiãoOeste - Direcção Regional de Agriculturado Ribatejo e OesteTel: 262 889 200Fax: 262 889 [email protected]/ceidro/index.htmlCoimbra - Direcção Regionalde Agricultura da Beira LitoralTel: 239 800 500/20Fax: 239 833 [email protected]ã - Beira Serra - Associação Promotorade Desenvolvimento Rural IntegradoTel: 275 322 079/324 529Fax: 275 314 [email protected]/beira-serraElvas - Instituto Politécnico de Portalegre- Escola Superior Agrária de ElvasTel: 268 628 528Fax: 268 628 [email protected]/pt/ciara_carrefour.htmS.Brás de Alportel - Associação In LocoTel: 289 840 860Fax: 289 840 879/[email protected]/inloco/cir.htmMértola - Associação de Defesado Património de MértolaTel: 286 610 000Fax: 286 610 [email protected] do Conde - Instituto parao Desenvolvimento Agrário da Região NorteTel: 252 660 427/00

Fax: 252 661 [email protected]

Centros de DocumentaçãoEuropeia (CDE)Apoiam as Universidades a que estão adstri-tos; prestam também informação genéricaao público.Aveiro - Universidade de Aveiro- Serviços de DocumentaçãoTel: 234 370 200 / 346Fax: 234 381 [email protected] - Instituto Politécnico de Beja- BibliotecaTel: 284 315 000Fax: 284 389 [email protected]/cde.htmlBraga - Universidade do MinhoTel: 253 601 100/253 604 519Fax: 253 676 [email protected] Branco - Instituto Politécnicode Castelo BrancoTel: 272 339 600 / 613Fax: 272 339 [email protected]/cde/cde.htmlCoimbra - Universidade de CoimbraTel: 239 825 954Fax: 239 833 [email protected]/cdeuc/cdeuc.htmCovilhã - Universidade da Beira InteriorTel: 275 319 700 / 10Fax: 275 319 [email protected]/externos/bib.htmlÉvora - Universidade de ÉvoraTel: 266 740 800 / 825Fax: 266 705 [email protected] - Universidade do AlgarveTel: 289 800 900 / 289 810 560Fax: 289 810 [email protected] - Universidade da MadeiraTel: 291 705 070 / 071Fax: 291 705 [email protected]

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GUIA DA UNIÃO EUROPEIALeiria - Instituto Politécnico de LeiriaTel: 244 830 010 / 016Fax: 244 823 [email protected] - Univ. Católica Portuguesa - BibliotecaTel: 217 214 016 (ext. 3339)Fax: 217 214 [email protected]/cdeLisboa - Instituto Superior de Economiae Gestão - BibliotecaTel: 213 922 888 / 899Fax: 213 976 [email protected]/biblioteca/html/cde.htmlLisboa - Univ. de Lisboa - Faculdade de DireitoTel / Fax: 217 931 [email protected]/institutos/cde.aspLisboa - Univ. Lusíada de LisboaTel: 213 611 617Fax: 213 622 [email protected]/cde/Lisboa - Univ. Nova de Lisboa- Faculdade de EconomiaTel: 213 801 607Fax: 213 856 [email protected]/FE/bibliotecas/cde/cde.htmOeiras - Instituto Nacional de AdministraçãoTel: 214 465 452Fax: 214 465 [email protected]/cedo/cde.htmPonta Delgada - Univ. dos AçoresTel: 296 650 060Fax: 296 650 083/[email protected] - Univ. Católica Portuguesa- Centro Regional do PortoTel: 226 196 200/ 226 107 290Fax: 226 107 [email protected]/servicos/cde/principal.htmPorto - Univ. Lusíada do PortoTel: 225 570 800/ 811Fax: 225 487 [email protected]/cdePorto - Univ. do Porto - Fac. de DireitoTel: 222 041 600/ 53/51Fax: 222 041 [email protected]

Casas da Europa (CSE)São Associações culturais sem fins lucrativos,membros da FIME - Féderation Internationaledes Maisons de l'Europe, que foram criadascom o fim de divulgar os ideais europeus eesclarecerem o público em geral sobre a UE.Funchal - Casa da Europa da MadeiraTel: 291 235 545Fax: 291 235 [email protected]/europaSantarém - Casa da Europa do RibatejoTel: 243 391 293Fax: 243 391 [email protected]

Euro Info Centres/Eurogabinetes (EIC)Têm como objectivo o apoio a empresas, no-meadamente as PME.Aveiro - Associação Industrialdo Distrito de AveiroTel: 234 378 550Fax: 234 424 [email protected] - Associação Industrial do MinhoTel: 253 202 500Fax: 253 276 [email protected] - Comissão de Coordenaçãoda Região CentroTel: 239 400 190Fax: 239 400 [email protected]/eicÉvora - IAPMEITel: 266 739 700Fax: 266 739 [email protected] - Comissão de Coordenaçãoda Região do AlgarveTel: 289 880 840Fax: 289 806 [email protected]/eicFunchal - Associação Comercial e Industrialdo Funchal - Câmara de Comércioe Indústria da MadeiraTel: 291 206 800/90/91Fax: 291 206 868/[email protected]ça da Palmeira - AssociaçãoEmpresarial de Portugal - Câmarade Comércio e Indústria

Tel: 229 981 580Fax: 229 957 [email protected] - Antena da Caixa Geral de DepósitosTel: 244 812 195Fax: 244 812 [email protected] - Associação Industrial Portuguesa/CCITel: 213 639 458Fax: 213 646 [email protected]/eicLisboa - Caixa Geral de DepósitosTel: 217 905 389Fax: 217 905 [email protected]/base_inf_1.htmLisboa - Membro Associado da Rede EICInstituto António Sérgio do SectorCooperativo (INSCOOP)Tel: 213 878 046/7/8Fax: 213 858 [email protected]@netvisao.ptwww.inscoop.ptLisboa - Membro Associado da Rede EICSILICON - Electrónica e TelemáticaTel: 217 958 585Fax: 217 958 [email protected]/main/index.htmlParedes - Antena da Caixa Geralde DepósitosACICP - Associação Comercial e Industrialdo Concelho de ParedesTel: 255 788 861Fax: 255 777 [email protected] Delgada - Câmara de Comércioe Industria dos AçoresTel: 296 305 000Fax: 296 305 [email protected] - Antena da Caixa Geral de DepósitosTel: 222 060 377Fax: 222 004 [email protected]

Centros Europeusde Empresa e de Inovação (CEEI)Apoiam as empresas em matérias de reorgani-zação e modernização (são também conheci-dos por BIC - Business Innovation Centres)Braga - Oficina da InovaçãoTel: 253 204 040

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Fax: 253 204 049gloria.araujo@oficina.da.inovacao.com.ptwww.oficina.da.inovacao.com.ptdesafios.da.inovacao.com.ptCovilhã - Centro de Inovação Empresarialda Beira InteriorTel: 275 319 150Fax: 275 324 [email protected] - Centro de Empresas e Inovaçãoda Madeira, Lda.Tel: 291 723 000Fax: 291 720 [email protected] - Centro Promotor de Inovaçãoe NegóciosTel: 214 220 450Fax: 214 220 [email protected] - Membro Associado da Rede dos BICAgência de InovaçãoTel: 217 210 910Fax: 217 271 [email protected] - Membro Associado da Rede dos BICIAPMEITel: 213 836 000Fax: 213 836 [email protected]ão - Centro Promotor de Inovaçãoe Negócios do AlgarveTel: 289 707 920Fax: 289 781 [email protected] - Novas Empresase Tecnologias, S.A.Tel: 225 322 000Fax: 226 177 [email protected]ém - Desenvolvimento Empresariale Tecnológico, S.A.Tel: 243 359 750Fax: 243 359 [email protected]úbal - Centro de Empresase de Inovação de SetúbalTel: 265 535 242Fax: 265 535 [email protected]

Centros de Inovação (CDI)Apoiam Instituições e Empresas na valoriza-ção dos resultados de I&D e na transferênciade tecnologia.Oeiras - Instituto de Soldadura e QualidadeTel: 214 228 118Fax: 214 228 [email protected] - Centro Português de Inovação- IRC PortugalPolos:- Agência de Inovação, S.A.- Porto - Centro Português de InovaçãoIRC Portugal - INESC- Guimarães - Centro Português de InovaçãoIRC Portugal - TecMinhoCentro de Atendimento Comum-CPITel: 226 197 234Fax: 226 103 [email protected]

Centro Europeudo Consumidor (Euroguichet)Tem por funções dar informações e respon-der a questões de consumo no âmbito euro-peu, bem como informar sobre a mediaçãode conflitos de consumo transnacionais.Lisboa - Centro Europeu do Consumidor- Instituto do ConsumidorTel: 213 564 657/ 49/56Fax: 213 582 573/ 213 564 [email protected]/cec

Rede Transnacional de Informaçãoaos Jovens-EURODESKFaculta aos jovens informação sobre a UE,nomeadamente sobre programas de interessepara a Juventude.Lisboa - Instituto Português da Juventude- Serviços CentraisTel: 213 179 200/ 235/ 236Fax: 213 179 [email protected]

Organizações de Promoçãodas Tecnologias Energéticas - OPETDisseminam informação sobre novas tecnolo-gias energéticas junto das empresas e promo-vem os respectivos benefícios.Funchal - Agência Regional da Energiae Ambiente da Região Autónoma da MadeiraTel: 291 723 300Fax: 291 720 [email protected]

Lisboa - ADENE - Agência para a EnergiaTel: 214 722 800/40/18Fax: 214 722 [email protected] - Instituto Superior TécnicoTel: 218 417 377Fax: 218 475 [email protected] - Instituto de Engenhariade Sistemas e Computadores do PortoTel: 222 094 212Fax: 222 084 [email protected]

Team EuropaOs seus cerca de 20 membros estão disponí-veis para intervir em conferências, seminá-rios, debates, sessões de formação, e progra-mas de rádio e televisão, em múltiplas áreasde informação sobre a UE.A lista respectiva, bem como as áreas de espe-cialização, pode ser obtida quer por solicitaçãoa [email protected], quer através do fax213.509.890, ou na Internet em europa.eu.int/-comm/relays/teameurope/index_pt.htm

Ponto de Contacto CulturalPresta informações sobre programas da UEna área da Cultura.Lisboa - Ponto de Contacto CulturalMinistério da CulturaTel: 213 614 511/32Fax: 213 636 [email protected]/europa-cultura/index.htm

Bibliotecas DepositáriasDestinatária de um exemplar de todas as publi-cações oficiais das instituições comunitárias.Lisboa - Biblioteca NacionalTel: 217 982 000Fax: 217 982 [email protected]

Livrarias Depositárias do OPOCEPara aquisição de publicações.Lisboa - Imprensa Nacional-Casa da MoedaTel: 213 945 700/ 808 200 110Fax: 213 945 [email protected] - Distribuidora de Livros BertrandTel: 214 958 787Fax: 214 960 [email protected]

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