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  1. 1. ACESSIBILIDADEEMOBILIDADEPARATODOS 9789898051042
  2. 2. Ficha tcnica Edio Secretariado Nacional de Reabilitao e Integrao das Pessoas com Deficincia Coordenao Geral Paula Teles Coordenao Sectorial Carlos Pereira, Pedro Ribeiro da Silva Equipa Consultiva SNRIPD (Lusa Portugal, Catarina Correia, Carlos Pereira); APPLA (Pedro Ribeiro da Silva); Rede Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos (Paula Teles); INH (Maria Joo Freitas, Vasco Folha); CEFA (Nuno Marques Pereira); LNEC (Joo Branco Pedro). Equipa Tcnica Maria Figueiredo Teles, Lia Ferreira, Mateus Oliveira, Adriana Pais, Beatriz Martins. Design grfico Carlos Soares Impresso Inova, Porto Depsito Legal 260315/07 ISBN 978-989-8051-04-2 Tiragem 5.000 exemplares Este Guia publicado no mbito do PAIPDI - Plano de Aco para a Integrao da Pessoa com Deficincia ou Incapacidade 2006/2009 - Gabinete da Secretria de Estado Adjunta e da Reabilitao
  3. 3. ndice Prefcio Idlia Maria Marques Salvador Serro de Menezes Moniz Secretria de Estado Adjunta e da Reabilitao Nota de Apresentao Lusa Portugal, Secretria Nacional do Secretariado Nacional de Reabilitao e Integrao das pessoas com deficincia Jos Teixeira Monteiro, Presidente do Conselho Directivo do Instituto Nacional de Habitao Nuno Marques, Vice-Presidente do Centro de Estudos e Formao Autrquica Carlos Matias Ramos, Presidente do Laboratrio Nacional de Engenharia Civil Introduo Paula Teles, Coordenadora da Rede Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para todos Pedro Ribeiro da Silva, Presidente da Associao Portuguesa de Planeadores do Territrio Parte 1 Interpretao Jurdica 1. 1. Hierarquizao Legislativa 1. 2. Anotaes ao Articulado 1. 3. Legislao Relacionvel Parte 2 Descodificao das Normas Tcnicas apresentadas no D.L. n. 163/2006 2. 1. ndice do anexo 2. 2. Descodificao desenhada das Normas Tcnicas 2.2.1. Via pblica 2.2.2. Edifcios e estabelecimentos em geral 2.2.3. Edifcios, estabelecimentos e instalaes com usos especficos 2.2.4. Percurso Acessvel 2. 3. Quadros de Sistematizao Temtica 2.3.1. Percurso Acessvel 2.3.2. Rampas 2.3.3. Escadas 2.3.4. Ascensores e Plataformas Elevatrias 2.3.5. Instalaes Sanitrias Parte 3 Anexo 3. 1. ndice Remissivo das Normas Tcnicas 3. 2. D.L. n. 163/2006 de 8 de Agosto (texto integral) 5 7 9 11 13 15 19 21 27 55 65 67 71 72 90 150 167 195 196 198 202 206 208 213 215 225
  4. 4. Prefcio Secretria de Estado Adjunta e da Reabilitao Idlia Maria Marques Salvador Serro de Menezes Moniz A promoo da acessibilidade constitui uma condio essencial para o pleno exerccio de direitos de cidadania consagrados na Constituio Portuguesa, como o direito Qualidade de Vida, Liberdade de Expresso e Associao, Informao, Dignidade Social e Capacidade Civil, bem como Igualdade de Oportunidades no acesso Educao, Sade, Habitao, ao Lazer e Tempo Livre e ao Trabalho. Temos, no entanto, verificado que as sucessivas medidas levadas a cabo nesta rea no tm produzido modificaes significativas no quadro existente, sub- sistindo, no edificado nacional, uma larga percentagem de edifcios, espaos e instalaes que no satisfazem as condies mnimas de acessibilidade e que colocam limitaes aos cidados que deles pretendem, legitimamente, fruir. Tornava-se, assim, imperioso actuar nesta matria. Por isso, considero que dado um passo de primordial importncia com a entra- da em vigor do Decreto-Lei n. 163/2006, de 8 de Agosto, o qual procede de- finio das condies de acessibilidade a satisfazer no projecto e na construo de espaos pblicos, equipamentos colectivos e edifcios pblicos, sublinhando- se que, pela primeira vez, estas normas se estendem ao edificado habitacional. Com esta nova lei so introduzidas inovaes substanciais no nosso ordena- mento jurdico-administrativo, designadamente atravs das correces das insuficincias observadas no Decreto-Lei 123/97, de 2 de Maio, e da melhoria
  5. 5. dos mecanismos fiscalizadores, dotando-os de uma maior eficcia sancio- natria, do aumento dos nveis de comunicao e de responsabilizao dos diversos agentes envolvidos nestes procedimentos, bem como da introduo de novas solues, consentneas com a evoluo tcnica, social e legislativa entretanto verificada. Este objectivo, no se esgota, contudo, nas iniciativas legislativas. da maior importncia a criao de instrumentos que possam auxiliar e orientar todos aqueles que, pelas mais diversas razes, tenham de interpretar e aplicar a nova lei. Sada-se, por isso, vivamente o aparecimento deste guia das acessibilidades e mobilidade para todos, resultante dos esforos conjuntos do SNRIPD, da APPLA, do LNEC, do INH e do CEFA, os quais constituem uma iniciativa mo- delar de coordenao e concertao de sinergias entre as diversas entidades, quer pblicas, quer privadas, envolvidas nos domnios ligados promoo da acessibilidade universal. As pessoas com mobilidade condicionada esperam, de todos ns, que utilize- mos todos os mecanismos e instrumentos ao servio da construo de uma sociedade sem barreiras, os quais carecem de enquadramento normativo, mas muito, tambm, de sensibilizao e envolvimento das populaes e de todos os agentes envolvidos neste projecto comum. A responsabilizao e mobilizao dos diversos actores envolvidos, a par com a vontade poltica inequvoca em transformar este sector da nossa sociedade, dotando-o de novos meios e instrumentos legais, so condies essenciais para atingirmos o objectivo da melhoria da qualidade de vida e da plena parti- cipao cvica e social de todos os cidados. Este Guia mais um desses inestimveis meios que colocamos ao dispor de um vasto conjunto de pessoas, no pressuposto que as leis se fazem para se- rem cumpridas, mas que no podem deixar de estar, tambm elas, acessveis ao maior nmero possvel de cidados interessados em conhec-las.
  6. 6. Nota de apresentao Lusa Portugal Presidente do SNRIPD Quando em algum momento da nossa vida experimentamos a diferena e vivenciamos a distncia que nos separa do homem idealizado, jovem, sau- dvel, de estatura mdia e com capacidades de utilizao dos espaos e dos equipamentos, a, nesse momento, que as adversidades e as barreiras do meio em que vivemos se sentem mais fundo No entanto a cidade e os seus espaos no precisam de ser adversos, no inevitvel que acontea. possvel desenhar e equipar sem barreiras e ade- quar a sua utilizao para um nmero grande de pessoas com diferenas na sua mobilidade. Promover a acessibilidade dos edifcios e dos espaos pblicos com ganhos de funcionalidade, garantia de melhor qualidade de vida para todos os cidados. Garantindo autonomia, derrubam-se preconceitos e favorecem-se prticas inclusivas para todos mas principalmente para as pessoas com defici- ncia, incapacidades e dificuldades na mobilidade. Com a elaborao deste Guia, o SNRIPD pretende atribuir a importncia devida ao cidado com mobilidade reduzida, ao contribuir para a eliminao das barreiras arquitectnicas, criando no seu dia-a-dia maior mobilidade, maior segurana e consequentemente melhor qualidade de vida. Cabe agora aos responsveis tcnicos a aplicabilidade das normas tcnicas, contribuindo assim para o avano firme que garante a plena acessibilidade a todos os cida- dos, condio indispensvel para o integral exerccio dos seus direitos.
  7. 7. Nota de apresentao Jos Teixeira Monteiro Presidente do Conselho Directivo do INH A promoo e garantia da plena acessibilidade um aspecto essencial qualidade de vida dos cidados e ao exerccio dos seus direitos, como membros participantes de uma comunidade regida pelos princpios de uma sociedade democrtica, no sentido de garantir a sua real integrao e participao cvica. Longo tem sido o percurso das tentativas de produzir legislao sobre a ma- tria Decreto-Lei 43/82 , consequentes prorrogaes e revogao em 1986 e, ainda, vrias propostas de reviso do RGEU em que as questes da acessi- bilidade eram contempladas tendo da resultado apenas a publicao do Decreto- lei123/97, dirigido aos edifcios pblicos, equipamentos colectivos e via pblica, portanto, com uma abrangncia bem menor que a contemplada no Decreto-Lei agora publicado. Sendo o Instituto Nacional de Habitao uma entidade a que compete o estudo de solues tcnicas e normativas adequadas ao desenvolvimento da poltica habitacional do Estado, tendo sempre como referncia ojectivos de interesse social, com satisfao que recebemos o Decreto-Lei 163/2006 e, em consequncia , o presente Guia que vem contribuir para a sua divulgao e exemplificao clara da sua aplicao, supondo-se que agora, finalmente, se possa caminhar no sentido de um parque edificado verdadeiramente respeitador de todos os cidados.
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  9. 9. Nota de apresentao Nuno Marques Pereira Vice-Presidente do CEFA A criao de melhores condies gerais de mobilidade e acessibilidade cum- pre um desgnio urbano da dimenso humana: abrir caminho a uma consis- tente coeso social. O aperfeioamento e reorganizao da urbis so condies fundamentais para um desenvolvimento materialmente justo, sustentado e integrador da civitas. As barreiras fsicas constituem uma forma de excluso, que reflectem as contradies contemporneas, num tempo de luta pela superao de uma complexidade urbana, muitas vezes subversiva, presa num rendilhado de fortes descontinuidades e oposies urbansticas. com muito gosto que o Centro de Estudos e Formao Autrquica (CEFA) se as- socia publicao deste Guia, com vista a dar o seu contributo para a sua eficaz divulgao junto de todos os responsveis pela concretizao dos seus intentos. Surge em boa hora, visto que constitui um precioso auxlio para a efectiva e inadivel aplicabilidade do novo quadro legal, que garante a plena acessibilidade a todos os cidados, condio indelvel para o integral exerccio dos seus direitos. O CEFA, que centra a sua aco no contributo para o aperfeioamento e mo- dernizao da administrao autrquica, atravs da formao dos seus agen- tes, da assessoria tcnica e da edio de obras especializadas, no podia ficar indiferente a mais um desafio de modernidade para os nossos municpios e a um passo certo e firme na construo de uma melhor democracia. 11
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  11. 11. A contribuio do LNEC para a normativa tcnica sobre acessibilidade Carlos Matias Ramos Presidente do LNEC A promoo da acessibilidade na via pblica e nos edifcios constitui um elemento fundamental para a qualidade de vida de todos os cidados, sendo sentida de forma mais acentuada por aqueles que tm limitaes de mobili- dade. A acessibilidade tem vantagens para todos os cidados, para a comuni- dade e para o Estado, visto que: permite o exerccio pleno de cidadania e par- ticipao activa nos diversos domnios de actividade da sociedade; assegura ao maior nmero possvel de cidados a possibilidade de viverem integrados na sua comunidade em situaes de igualdade de oportunidades; contribui para que os espaos e servios ofeream condies de segurana e conforto; e assegura com menores encargos uma vida mais autnoma e independente a todos os cidados. Em representao do Ministrio que o tutela, o Laboratrio Nacional de Engenharia Civil colaborou no processo de elaborao do Decreto-Lei n 163/2006, de 8 de Agosto. Durante este processo, o LNEC participou em grupos de trabalho e elaborou pareceres, destacando-se como resultados da actividade conjunta realizada a anlise da aplicao do Decreto-Lei n 123/97, de 22 de Maio, e a concepo de uma proposta de reviso das normas tc- nicas anexas ao referido diploma, e a concepo de uma proposta de plano nacional de promoo da acessibilidade. A proposta de reviso das normas tcnicas foi desenvolvida procurando solucionar os problemas identificados durante o perodo de aplicao da 13
  12. 12. anterior verso das normas tcnicas e integrar o avano no conhecimento entretanto ocorrido. Desta proposta destacam-se como principais vantagens: alargar o mbito de aplicao que passa a incluir os edifcios de habitao; adoptar uma estrutura que evita a repetio de especificaes e que permite uma consulta rpida e intuitiva; incluir especificaes sobre situaes que eram indefinidas ou omissas; adoptar uma redaco mais rigorosa; e integrar os conhecimentos desenvolvidos durante os ltimos anos sobre o tema da acessibilidade. Durante o desenvolvimento da proposta de reviso das normas tcnicas considerou-se que, para facilitar o seu entendimento, seria desejvel que as disposies sobre dimensionamento ou geometria da via pblica e dos edi- fcios fossem acompanhadas de figuras ilustrativas. Contudo, no sendo essa a prtica usual no normativo portugus, optou-se por reduzir as ilustraes ao estritamente necessrio. assim com agrado que se apoia a publicao doGuia das Acessibilidade e Mobilidade para Todos, na certeza de que ser um instrumento til para todos os que forem chamados a aplicar asNormas tcnicas para a melhoria da acessibilidade de pessoas com mobilidade condi- cionada. 14
  13. 13. Introduo PaulaTeles, Coordenadora da REDE Pedro Ribeiro da Silva, Presidente da APPLA Ser mvel percorrer a nossa espantosa condio urbana, que condio humana, porque o territrio, muito para alm da sua vertente fsica, uma imensa construo social. A cidade , por excelncia, o lugar onde o homem pode encontrar a sua maior e mais expressiva dimenso. o lugar de expo- nenciais fontes de informao, mltiplas formas de comunicao, absoluta mobilidade, diversidade de culturas e formaes, oportunidade de ofertas, infinitas possibilidades de relaes sociais. Lugar de encontros, culturas, religi- es, mas tambm memrias, ideias, atitudes, aprendizagens. Em suma, a polis o lugar da prpria democracia. Ainda a este propsito, Jordi Borja sublinha quea cidade a rua, o lugar dos encontros () A cidade do desejo no a cidade ideal, utpica e especulati- va, mas a cidade que se quer e reclama, repleta de conhecimento quotidiano e de mistrio, de segurana e de encontros, de liberdades provveis e de transgresses possveis, com direito liberdade Exige-se, deste modo, a ligao de todos os diferentes conceitos de mobili- dade, na formao de um nico, aquele que possa transmitir total liberdade de movimentos. Ou seja, o conceito fundador da cidade deve ser entendido enquanto espao total de liberdade. As vilas e cidades so tambm a diversidade ilimitada e essa diversidade, a complexidade de espaos, edifcios, transportes e movimento de pessoas 15
  14. 14. a que se lhe associam enormes e variados ritmos de vida, de culturas e de sentimentos, que temos de incluir nos nossos desenhos. O D.L. n. 163/2006 de 8 de Agosto est no quadro dos novos paradigmas das sociedades contemporneas. absolutamente indispensvel a sua urgente aplicabilidade sob pena de dar continuidade criao de cidades e vilas que separam em vez de unir, ou por outras palavras, criao de No cidades. Este GUIA tenta ser um instrumento clarificador da actual legislao em vigor, descodificando algumas questes menos lineares que a legislao, pela sua relativa extenso, lhe associa, por vezes, a necessria complexidade de contedo, poder colocar. Importa referir, que no reside neste trabalho a avaliao da legislao em causa, e muito menos opinar sobre os seus contedos. Nem sequer ilustrar a legislao com imagens de boas prticas, na hiptese de alguma emitir algo menos claro, uma vez que a especificidade desta matria presta-se a mltiplas e diversas opinies, entre a funcionalidade e a esttica. A questo que agora se coloca, face anterior legislao, Decreto Lei 123/97 de 22 de Maio, em grande parte ignorada, a da premncia e compreenso de todos, da absoluta necessidade de dar inicio a um trabalho, sistematizado, da construo das cidades e vilas portuguesas mais inclusivas, de acordo com o desgnio 2010 Europa Inclusiva. O GUIA apresentado pretende ser ento uma ajuda tcnica que auxilie, quo- tidianamente, os profissionais responsveis pela concepo de desenho do espao pblico, de habitaes, equipamentos colectivos e demais edificado na gesto urbanstica municipal. Simultaneamente, ambiciona constituir-se como uma ferramenta til na formao de tcnicos desta rea. O Guia estrutura-se atravs de duas partes a que se segue o anexo: Na primeira parte, faz-se uma abordagem essencialmente de mbito jurdico, com a emisso de breves anotaes de anlise comparativa e relacional sobre o articulado. 16
  15. 15. A segunda parte constitui a componente principal do GUIA atravs da descodificao desenhada da legislao, sempre que possvel, e a intro- duo dos respectivos comentrios, quando necessrios. Refira-se, que os comentrios esto inseridos a ttulo meramente indicativo com a inteno de propiciar melhores prticas. Nesta parte encontraro ainda quadros temticos que procuram sistematizar informao dispersa da le- gislao, permitindo uma leitura mais rpida e clara de algumas matrias especficas; No anexo encontra-se o ndice Remissivo das Normas Tcnicas e a Lei na sua verso integral. Procura ainda o guia contribuir, sem se substituir necessria alterao legis- lativa de aperfeioamento da lei, decorrente da sua aplicabilidade, introduzir alguns elementos que tiveram expresso diversa da pretendida pelo legisla- dor1 , e que se poder notar nas pginas dos artigos em causa. Por ltimo, como coordenadores deste projecto um agradecimento muito especial Ex.ma Sr.a Secretria de Estado Adjunta e da Reabilitao, Idlia Moniz, pelo repto que nos lanou na elaborao deste GUIA tcnico e pelo brilhante trabalho que tem desenvolvido nesta matria, em particular na in- troduo de parmetros de inovao no desenvolvimento de cidades e vilas mais democrticas. 1) Cap1, Seco1.8, 1.8.1 | Cap 2, Seco 2.4, 2.4.9| Cap 2, Seco 2.5, 2.5.9| Cap 3, Seco 3.3, 3.3.4 | Cap 3, Seco 3.4, 3.4.1 | Cap 4, Seco 4.9 , 4.9.3 17
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  17. 17. Parte 1 Interpretao Jurdica 19
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  19. 19. 1.1. Hierarquizao Legislativa 21
  20. 20. 22
  21. 21. Hierarquizao Legislativa Anlise comparativa relao jurdica entre as normas O Estado, prosseguindo a sua incumbncia de promoo do bem-estar e qualidade de vida da populao e a igualdade entre todos, atravs do De- creto-Lei n. 163/2006, de 8 de Agosto, define aquelas que so as condies de acessibilidade (materializadas atravs de normas tcnicas) a satisfazer no projecto e na construo de espaos pblicos, equipamentos colectivos e edifcios pblicos, bem como edifcios destinados a habitao. O regime jurdico em contexto estabelece no seu artigo 2., n. 4 que As presentes normas aplicam-se sem prejuzo das contidas em regulamentao tcnica especfica mais exigente. Tal significa que, as normas tcnicas deste diploma podem no ser aplicadas quando para determinado caso concreto haja regulamentao mais exigente, contanto que assegurem melhores con- dies de acessibilidade. Assim, a aplicao das normas tcnicas do presente Regime em conjunto com outras normas contidas em regulamentao tcnica especfica mais exi- gente (art. 2., n. 4) convoca a utilizao de determinadas directivas herme- nutico-metodolgicas. No ordenamento jurdico portugus, entre as vrias formas de lei h uma relao hierrquica, verticalmente ordenada, semelhana de uma pirmide jurdica, que postula que a norma de grau inferior no pode dispor contra a norma de grau superior, antes se tem de conformar com ela; porm, as leis de hierarquia igual ou superior podem contrariar leis de hierarquia igual ou inferior (lex superior derroga legi inferiori) e, nesses casos, ento a lei mais 23
  22. 22. recente revoga a lei mais antiga (critrio da posteridade: lex posterioi derogat legit generali). Ante a lgica hierrquica descrita, refira-se que: a seguir s leis constitucionais, que ocupam o vrtice da pirmide hierrquica, surgem as normas de Direito Internacional geral (Tratados/Convenes internacionais), imediatamente seguidas das leis ordinrias. Entre estas, estabelece-se a seguinte hierarquia: 1- Leis da A.R. e Decretos-lei do Governo; 2. Decretos Regionais; 3. Decre- tos regulamentares; 4. Resoluo do Conselho de Ministros; 5. Portarias; 6. Despachos normativos; 7. Posturas. Destarte, se verdade que entre a lei e o decreto-lei no existe qualquer relao de hierarquia, no menos verdade , que um decreto regulamentar Governo ou uma portaria no podem violar o disposto numa lei ou num decreto-lei, sob pena de ilegalidade. Ora, a lei especial tratar-se de uma lei cuja previso se insere na de outra lei - lei geral - como caso particular, estabelecendo para este um regime dife- rente. Nesse pressuposto, quando a lei altera um regime geral, no se deve da inferir que altere normas especiais que para casos especiais dispem de modo diferente. Ao invs, a lei especial posterior derroga a lei geral anterior. Nesse sentido, tratando-se o Decreto-Lei n. 163/2006 de uma lei especial, sobrepe-se, nos limites do seu mbito de aplicao previsto no art. 2., lei geral, nomeadamente ao Decreto-Lei n. 38382, de 7 de Agosto de 1951 que aprova o Regulamento Geral das Edificaes Urbanas (RGEU). Refira-se, ademais, que o regime do Decreto-Lei n. 163/2006, se deve con- siderar prevalecente em relao aos Planos Municipais de Ordenamento do Territrio, cuja a natureza jurdica de regulamento administrativo, ex vi do art. 69. do Decreto-Lei n. 380/99, de 22 de Setembro, com as alteraes intro- duzidas pelo Decreto-Lei n. 310/2003, de 10 de Dezembro, lhe confere um valor hierrquico inferior ao Decreto-Lei. Todavia, na parte em que as normas dos Planos Municipais de Ordenamen- 24
  23. 23. to do Territrio se revelem mais exigentes, essas prevalecero por fora do disposto no n. 3 do art. 2. do Decreto-Lei 163/2006. Nessa conformidade, devem considerar-se revogadas, no limite do seu mbito de aplicao, todas as normas do RGEU que contrariem as normas do Decreto-Lei 163/2006. O mesmo equivale a dizer que, em relao s inter- venes mencionadas no art. 2. do Decreto-Lei 163/2006, no se aplicam as disposies do RGEU que contrariem as normas tcnicas daquele diploma. Por fim, e sem prejuzo do expendido, importa sublinhar o facto de o ordena- mento jurdico constituir uma unidade, um universo de ordem e de sentido, cujas partes componentes (as normas) no podem ser tomadas e entendidas de forma esparsa, ou isoladas dessa unidade de que fazem parte, sob pena de se comprometer a sua almejada coerncia intrnseca. 25
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  25. 25. 1.2. Anotaes ao articulado 27
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  27. 27. Breves anotaes sobre os 26 artigos que constituem o Decreto-Lei PREMBULO A promoo da acessibilidade constitui um elemento fundamental na qualidade de vida das pessoas, sendo um meio imprescindvel para o exerccio dos direitos que so conferidos a qualquer membro de uma sociedade democrtica, contribuindo decisivamente para um maior reforo dos laos sociais, para uma maior participao cvica de todos aqueles que a integram e, consequentemente, para um cres- cente aprofundamento da solidariedade no Estado social de direito. So, assim, devidas ao Estado aces cuja finalidade seja garantir e assegurar os direitos das pessoas com necessidades especiais, ou seja, pessoas que se confrontam com barreiras ambientais, impe- ditivas de uma participao cvica activa e integral, resultantes de factores permanentes ou temporrios, de deficincias de ordem intelectual, emocional, sensorial, fsica ou comunicacional. Do conjunto das pessoas com necessidades especiais fazem parte pessoas com mobilidade condicionada, isto , pessoas em cadeiras de rodas, pessoas incapazes de andar ou que no conseguem per- correr grandes distncias, pessoas com dificuldades sensoriais, tais como as pessoas cegas ou surdas, e ainda aquelas que, em virtude do seu percurso de vida, se apresentam transitoriamente condicio- nadas, como as grvidas, as crianas e os idosos. 29
  28. 28. Constituem, portanto, incumbncias do Estado, de acordo com a Constituio da Repblica Portuguesa, a promoo do bem-estar e qualidade de vida da populao e a igualdade real e jurdico-for- mal entre todos os portugueses [alnea d) do artigo 9 e artigo 13], bem como a realizao de uma poltica nacional de preveno e de tratamento, reabilitao e integrao dos cidados portadores de deficincia e de apoio s suas famlias, o desenvolvimento de uma pedagogia que sensibilize a sociedade quanto aos deveres de respeito e solidariedade para com eles e assumir o encargo da efectiva realizao dos seus direitos, sem prejuzo dos direitos e de- veres dos pais e tutores (n 2 do artigo 71). Por sua vez, a alnea d) do artigo 3 da Lei de Bases da Preveno, Habilitao, Reabilitao e Participao das Pessoas com Deficincia (Lei n 38/2004, de 18 de Agosto) determina a promoo de uma sociedade para todos atravs da eliminao de barreiras e da adopo de medidas que visem a plena participao da pessoa com deficincia O XVII Governo Constitucional assumiu, igualmente, no seu Progra- ma que o combate excluso que afecta diversos grupos da socie- dade portuguesa seria um dos objectivos primordiais da sua aco governativa, nos quais se incluem, naturalmente, as pessoas com mobilidade condicionada que quotidianamente tm de confrontar- se com mltiplas barreiras impeditivas do exerccio pleno dos seus direitos de cidadania. A matria das acessibilidades foi j objecto de regulao normati- va, atravs do Decreto-Lei n 123/97, de 22 de Maio, que introduziu normas tcnicas, visando a eliminao de barreiras urbansticas e arquitectnicas nos edifcios pblicos, equipamentos colectivos e via pblica. Decorridos oito anos sobre a promulgao do Decreto-Lei n 30
  29. 29. 123/97, de 22 de Maio, aprova-se agora, neste domnio, um novo diploma que define o regime da acessibilidade aos edifcios e estabelecimentos que recebem pblico, via pblica e edifcios ha- bitacionais, o qual faz parte de um conjunto mais vasto de instru- mentos que o XVII Governo Constitucional pretende criar, visando a construo de um sistema global, coerente e ordenado em matria de acessibilidades, susceptvel de proporcionar s pessoas com mobilidade condicionada condies iguais s das restantes pessoas. As razes que justificam a revogao do Decreto-Lei n 123/97, de 22 de Maio, e a criao de um novo diploma em sua substituio prendem-se, em primeiro lugar, com a constatao da insuficincia das solues propostas por esse diploma. Pesem embora as melhorias significativas decorrentes da introdu- o do Decreto-Lei n 123/97, de 22 de Maio, a sua fraca eficcia sancionatria, que impunha, em larga medida, apenas coimas de baixo valor, fez que persistissem na sociedade portuguesa as desigualdades impostas pela existncia de barreiras urbansticas e arquitectnicas. Neste sentido, o presente decreto-lei visa, numa soluo de con- tinuidade com o anterior diploma, corrigir as imperfeies nele constatadas, melhorando os mecanismos fiscalizadores, dotando- o de uma maior eficcia sancionatria, aumentando os nveis de comunicao e de responsabilizao dos diversos agentes envol- vidos nestes procedimentos, bem como introduzir novas solues, consentneas com a evoluo tcnica, social e legislativa entretan- to verificada. De entre as principais inovaes introduzidas com o presente de- 31
  30. 30. creto-lei, de referir, em primeiro lugar, o alargamento do mbito de aplicao das normas tcnicas de acessibilidades aos edifcios habitacionais, garantindo-se assim a mobilidade sem condiciona- mentos, quer nos espaos pblicos, como j resultava do diploma anterior e o presente manteve, quer nos espaos privados (acessos s habitaes e seus interiores). Como j foi anteriormente salientado, as normas tcnicas de acessibilidades que constavam do Decreto-Lei n 123/97, de 22 de Maio, foram actualizadas e procedeu-se introduo de novas nor- mas tcnicas aplicveis especificamente aos edifcios habitacionais. Espelhando a preocupao de eficcia da imposio de normas tcnicas, que presidiu elaborao deste decreto-lei, foram intro- duzidos diversos mecanismos que tm, no essencial, o intuito de evitar a entrada de novas edificaes no acessveis no parque edificado portugus. Visa-se impedir a realizao de loteamentos e urbanizaes e a construo de novas edificaes que no cum- pram os requisitos de acessibilidades estabelecidos no presente decreto-lei. As operaes urbansticas promovidas pela Administrao Pblica, que no carecem, de modo geral, de qualquer licena ou autoriza- o, so registadas na Direco-Geral dos Edifcios e Monumentos Nacionais, devendo as entidades administrativas que beneficiem desta iseno declarar expressamente que foram cumpridas, em tais operaes, as normas legais e regulamentares aplicveis, desig- nadamente as normas tcnicas de acessibilidades. A abertura de quaisquer estabelecimentos destinados ao pblico (escolas, estabelecimentos de sade, estabelecimentos comerciais, entre outros) licenciada pelas entidades competentes, quando o 32
  31. 31. estabelecimento em causa se conforme com as normas de acessi- bilidade. Por outro lado, consagra-se tambm, de forma expressa, a obriga- toriedade de comunicao s entidades competentes para esses licenciamentos, por parte de cmara municipal, das situaes que se revelem desconformes com as obrigaes impostas por este regime, aumentando-se, assim, o nvel de coordenao existente entre os diversos actores intervenientes no procedimento. Assume igualmente grande importncia a regra agora introduzida, segundo a qual os pedidos de licenciamento ou autorizao de loteamento, urbanizao, construo, reconstruo ou alterao de edificaes devem ser indeferidos quando no respeitem as condies de acessibilidade exigveis, cabendo, no mbito deste mecanismo, um importante papel s cmaras municipais, pois so elas as entidades responsveis pelos referidos licenciamentos e autorizaes. Outro ponto fundamental deste novo regime jurdico reside na introduo de mecanismos mais exigentes a observar sempre que quaisquer excepes ao integral cumprimento das normas tcnicas sobre acessibilidades sejam concedidas, nomeadamente a obrigatoriedade de fundamentar devidamente tais excepes, a apensao da justificao ao processo e, adicionalmente, a publica- o em local prprio para o efeito. As coimas previstas para a violao das normas tcnicas de acessi- bilidades so sensivelmente mais elevadas do que as previstas no diploma anterior sobre a matria, e, com o intuito de reforar ainda mais a co-actividade das normas de acessibilidades, a sua aplicao pode tambm ser acompanhada da aplicao de sanes acessrias. 33
  32. 32. Neste domnio, visa-se, igualmente, definir de forma mais clara a responsabilidade dos diversos agentes que intervm no decurso das diversas operaes urbansticas, designadamente o projectista, o responsvel tcnico ou o dono da obra. O produto da cobrana destas coimas reverte em parte para as entidades fiscalizadoras e, noutra parte, para a entidade pblica responsvel pela execuo das polticas de preveno, habilitao, reabilitao e participao das pessoas com deficincia. Outra inovao importante introduzida pelo presente decreto-lei consiste na atribuio de um papel activo na defesa dos interesses acautelados aos cidados com necessidades especiais e s orga- nizaes no governamentais representativas dos seus interesses. Estes cidados e as suas organizaes so os principais interessa- dos no cumprimento das normas de acessibilidades, pelo que se procurou conceder-lhes instrumentos de fiscalizao e de imposi- o das mesmas. As organizaes no governamentais de defesa destes interesses podem, assim, intentar aces, nos termos da lei da aco popular, visando garantir o cumprimento das presentes normas tcnicas. Estas aces podem configurar-se como as cls- sicas aces cveis, por incumprimento de norma legal de protec- o de interesses de terceiros, ou como aces administrativas. O regime aqui proposto deve ser articulado com o regime das novas aces administrativas, introduzidas com o Cdigo de Processo nos Tribunais Administrativos, que pode, em muitos casos, ser um instrumento vlido de defesa dos interesses destes cidados em matria de acessibilidades. Por fim, a efectividade do regime introduzido por este decreto- lei ficaria diminuda caso no fossem consagrados mecanismos tendentes avaliao e acompanhamento da sua aplicao, pelo 34
  33. 33. que as informaes recolhidas no terreno, no decurso das aces de fiscalizao, so remetidas para a Direco-Geral dos Edifcios e Monumentos Nacionais, que proceder, periodicamente, a um diagnstico global do nvel de acessibilidade existente no edifica- do nacional. Foram promovidas as diligncias necessrias audio da Ordem dos Engenheiros e da Ordem dos Arquitectos. Foram ouvidos os rgos de governo prprio das Regies Autno- mas e a Associao Nacional de Municpios Portugueses. ARTICULADO Artigo 1 Objecto 1. O presente decreto-lei tem por objecto a definio das condi- es de acessibilidade a satisfazer no projecto e na construo de espaos pblicos, equipamentos colectivos e edifcios pblicos e habitacionais. 2. So aprovadas as normas tcnicas a que devem obedecer os edifcios, equipamentos e infra-estruturas abrangidos, que se publicam no anexo ao presente decreto-lei e que dele faz parte integrante. 3. Mantm-se o smbolo internacional de acessibilidade, que con- siste numa placa com uma figura em branco sobre um fundo azul, em tinta reflectora, especificada na seco 4.14.3 do anexo ao pre- 1 - O DL 163/2006, de 8 de Agosto aprovou as normas tcnicas tendentes supres- so de barreiras urbansticas e arquitectnicas nos espaos pblicos, equipamentos colec- tivos e edifcios pblicos e habi- tacionais. 35
  34. 34. sente decreto-lei, a qual obtida junto das entidades licenciadoras. 4. O smbolo internacional de acessibilidade deve ser afixado em local bem visvel nos edifcios, estabelecimentos e equipamentos de utilizao pblica e via pblica que respeitem as normas tcni- cas constantes do anexo ao presente decreto-lei. Artigo 2 mbito de aplicao 1. As normas tcnicas sobre acessibilidades aplicam-se s instala- es e respectivos espaos circundantes da administrao pblica central, regional e local, bem como dos institutos pblicos que revistam a natureza de servios personalizados ou de fundos pbli- cos. 2. As normas tcnicas aplicam-se tambm aos seguintes edifcios, es- tabelecimentos e equipamentos de utilizao pblica e via pblica: a) Passeios e outros percursos pedonais pavimentados; b) Espaos de estacionamento marginal via pblica ou em par- ques de estacionamento pblico; c) Equipamentos sociais de apoio a pessoas idosas e ou com defici- ncia, designadamente lares, residncias, centros de dia, centros de convvio, centros de emprego protegido, centros de activida- des ocupacionais e outros equipamentos equivalentes; d) Centros de sade, centros de enfermagem, centros de diag- nstico, hospitais, maternidades, clnicas, postos mdicos em geral, centros de reabilitao, consultrios mdicos, farmcias e estncias termais; e) Estabelecimentos de educao pr-escolar e de ensino bsico, secundrio e superior, centros de formao, residenciais e canti- nas; f) Estaes ferrovirias e de metropolitano, centrais de camio- nagem, gares martimas e fluviais, aerogares de aeroportos e aerdromos, paragens dos transportes colectivos na via pblica, 36
  35. 35. postos de abastecimento de combustvel e reas de servio; g) Passagens de pees desniveladas, areas ou subterrneas, para travessia de vias frreas, vias rpidas e auto-estradas; h) Estaes de correios, estabelecimentos de telecomunicaes, bancos e respectivas caixas multibanco, companhias de seguros e estabelecimentos similares; i) Parques de estacionamento de veculos automveis; j) Instalaes sanitrias de acesso pblico; l) Igrejas e outros edifcios destinados ao exerccio de cultos reli- giosos; m)Museus, teatros, cinemas, salas de congressos e conferncias e bibliotecas pblicas, bem como outros edifcios ou instalaes destinados a actividades recreativas e scio-culturais; n) Estabelecimentos prisionais e de reinsero social; o) Instalaes desportivas, designadamente estdios, campos de jogos e pistas de atletismo, pavilhes e salas de desporto, pisci- nas e centros de condio fsica, incluindo ginsios e clubes de sade; p) Espaos de recreio e lazer, nomeadamente parques infantis, parques de diverses, jardins, praias e discotecas; q) Estabelecimentos comerciais cuja superfcie de acesso ao pblico ultrapasse 150 m2, bem como hipermercados, grandes superfcies, supermercados e centros comerciais; r) Estabelecimentos hoteleiros, meios complementares de alo- jamento turstico, excepo das moradias tursticas e aparta- mentos tursticos dispersos, nos termos da alnea c) do n 2 do artigo 38 do Decreto Regulamentar n 34/97, de 17 de Setem- bro, conjuntos tursticos e ainda cafs e bares cuja superfcie de acesso ao pblico ultrapasse 150 m2 de rea til; 37
  36. 36. s) Edifcios e centros de escritrios. 3. As normas tcnicas sobre acessibilidades aplicam-se ainda aos edifcios habitacionais 4. As presentes normas aplicam-se sem prejuzo das contidas em regulamentao tcnica especfica mais exigente. 3 - A grande novidade deste di- ploma deve-se ao alargamen- to do seu mbito de aplicao aos edifcios habitacionais. 4 - O n. 4 do art. 2. permite que as normas tcnicas cons- tantes do Anexo I deste diplo- ma no sejam aplicadas sem- pre que para o caso concreto exista regulamentao prpria mais exigente e que, por isso, proporcionem ainda melhores condies de acessibilidade s pessoas com mobilidade redu- zida ou condicionada. 38
  37. 37. Artigo 3 Licenciamento e autorizao 1. As cmaras municipais indeferem o pedido de licena ou autori- zao necessria ao loteamento ou a obras de construo, alte- rao, reconstruo, ampliao ou de urbanizao, de promoo privada, referentes a edifcios, estabelecimentos ou equipamentos abrangidos pelos ns 2 e 3 do artigo 2, quando estes no cum- pram os requisitos tcnicos estabelecidos neste decreto-lei. 2. A concesso de licena ou autorizao para a realizao de obras de alterao ou reconstruo das edificaes referidas, j existentes data da entrada em vigor do presente decreto-lei, no pode ser recusada com fundamento na desconformidade com as presen- tes normas tcnicas de acessibilidade, desde que tais obras no originem ou agravem a desconformidade com estas normas e se 2- O n. 2 do presente norma- tivo consagra o princpio da garantia, o que confira um des- vio ao princpio tempus regit actum, i.e, regra geral de apli- cao das normas urbansticas no tempo, decorrente do art. 67. do RJUE. 1 - O n. 1 do presente artigo deve conjugar-se com o art. 24. do Regime Jurdico da Ur- banizao e Edificao, apro- vado pelo DL 555/99, de 16 de Dezembro, com as alteraes introduzidas pelo DL 177/2001, de 4 de Junho. Ressalte-se ademais que, o in- deferimento deve ser precedido de audincia prvia, nos ter- mos do artigo 100. do CPA. A referida audincia deve ter lugar sempre que, haja lugar a indeferimento ou defe- rimento sujeito a condies ou encargos no constantes do pedido. Ambas as situaes devem ser devidamente fundamentadas, quer decidam em contrrio da pretenso formulada (alnea c) do n. 1 do artigo 124. do CPA), quer por imporem ou agravarem deveres ou encargos (alnea a), in fine, do mesmo normativo). 39
  38. 38. encontrem abrangidas pelas disposies constantes dos artigos 9 e 10. 3. O disposto nos ns 1 e 2 aplica-se igualmente s operaes urba- nsticas referidas no n 1 do artigo 2, quando estas estejam sujeitas a procedimento de licenciamento ou autorizao, nos termos do Decreto-Lei n 555/99, de 16 de Dezembro. 4. O disposto no presente artigo no prejudica o estabelecido no Decreto-Lei n 555/99, de 16 de Dezembro, quanto sujeio de operaes urbansticas a licenciamento ou autorizao. 5. Os pedidos referentes aos loteamentos e obras abrangidas pelos ns 1, 2 e 3 devem ser instrudos com um plano de acessibilidades que apresente a rede de espaos e equipamentos acessveis bem como solues de detalhe mtrico, tcnico e construtivo, escla- recendo as solues adoptadas em matria de acessibilidade a pessoas com deficincia e mobilidade condicionada, nos termos regulamentados na Portaria n 1110/2001, de 19 de Setembro. Nessa conformidade, segundo o presente diploma, seme- lhana do que vem estatudo no art. 60. do RJUE, admitem- se a licena ou autorizao de obras de alterao ou de reconstruo num momento em que as normas em vigor j no o permitem, contanto que, cumulativamente, no ori- ginem ou agravem a descon- formidade com as presentes normas e se encontrem abran- gidas pelas disposies cons- tantes dos artigos 9. e 10.. 40
  39. 39. Artigo 4 Operaes urbansticas promovidas pela Administrao Pblica 1. Os rgos da administrao pblica central, regional e local, dos institutos pblicos que revistam a natureza de servios personaliza- dos e de fundos pblicos e as entidades concessionrias de obras ou servios pblicos, promotores de operaes urbansticas que no caream de licenciamento ou autorizao camarria, certifi- cam o cumprimento das normas legais e regulamentares aplic- veis, designadamente as normas tcnicas constantes do anexo ao presente decreto-lei, atravs de termo de responsabilidade, defi- nido em portaria conjunta dos ministros responsveis pelas reas das finanas, da administrao local, do ambiente, da solidariedade social e das obras pblicas. 1 - O Regime Jurdico da Urba- nizao e da Edificao (RJUE) no seu art. 7. dispensa de licenciamento municipal as obras de iniciativa das autar- quias locais; as obras promovi- das pela administrao directa do Estado; as obras promovi- das pelos institutos pblicos que tenham como atribuies especficas a promoo e ges- to do parque habitacional, de construes e edificaes do Estado; as obras e trabalhos promovidos pela administra- o indirecta do Estado nas rea de jurisdio porturia e no domnio pblico ferrovirio e aeroporturio directamente relacionadas com a respectiva actividade; as obras e trabalhos promovidos pelas entidades concessionrias de servios pblicos ou equiparados indis- pensveis execuo do res- pectivo contrato de concesso. No obstante o exposto, a rea- lizao das descritas operaes urbansticas deve observar as normas legais e regulamenta- res que lhe forem aplicveis, ex vi, n. 6. 41
  40. 40. 2. O termo de responsabilidade referido no nmero anterior deve ser enviado, para efeitos de registo, Direco-Geral dos Edifcios e Monumentos Nacionais. Artigo 5 Definies Para efeitos do presente decreto-lei, so aplicveis as definies cons- tantes do artigo 2 do Decreto-Lei n 555/99, de 16 de Dezembro. Artigo 6 Licenciamento de estabelecimentos 1. As autoridades administrativas competentes para o licenciamen- to de estabelecimentos comerciais, escolares, de sade e turismo e estabelecimentos abertos ao pblico abrangidos pelo presente decreto-lei devem recusar a emisso da licena ou autorizao de funcionamento quando esses estabelecimentos no cumpram as normas tcnicas constantes do anexo que o integra. 2. A cmara municipal deve, obrigatoriamente, para efeitos do dis- posto no nmero anterior, comunicar s entidades administrativas competentes as situaes de incumprimento das normas tcnicas anexas a este decreto-lei. Artigo 7 Direito informao 1. As organizaes no governamentais das pessoas com deficin- cia e das pessoas com mobilidade condicionada tm o direito de conhecer o estado e andamento dos processos de licenciamento ou autorizao das operaes urbansticas e de obras de constru- o, ampliao, reconstruo e alterao dos edifcios, estabele- cimentos e equipamentos referidos no artigo 2, nos termos do artigo 110 do Decreto-Lei n 555/99, de 16 de Dezembro. 2. As organizaes no governamentais mencionadas no artigo As definies previstas no RJUE assumem, no mbito do pre- sente diploma, um valioso au- xiliar heurstico. 1 - O direito informao en- contra-se consagrado consti- tucionalmente, a figurando como um direito anlogo aos direitos liberdades e garantias (art. 268., n. 1 da CRP). Nos termos do n. 6 do artigo 110., o direito informao extensivo a qualquer interessa- do que prove ter um interesse 42
  41. 41. anterior tm ainda o direito de ser informadas sobre as operaes urbansticas relativas a instalaes e respectivos espaos circun- dantes da administrao pblica central, regional e local, bem como dos institutos pblicos que revistam a natureza de servios personalizados ou de fundos pblicos, que no caream de licena ou autorizao nos termos da legislao em vigor. Artigo 8 Publicidade A publicitao de que o pedido de licenciamento ou autorizao de obras abrangidas pelo artigo 3 e o incio de processo tenden- te realizao das operaes urbansticas referidas no artigo 4 conforme s normas tcnicas previstas no presente decreto-lei deve ser inscrita no aviso referido no artigo 12 do Decreto-Lei n 555/99, de 16 de Dezembro, nos termos a regulamentar em portaria complementar a referida, da competncia conjunta dos ministros responsveis pelas reas da administrao local, do ambiente, da solidariedade social e das obras pblicas. Artigo 9 Instalaes, edifcios, estabelecimentos e espaos circundan- tes j existentes 1. As instalaes, edifcios, estabelecimentos, equipamentos e espaos abrangentes referidos nos ns 1 e 2 do artigo 2, cujo incio de construo seja anterior a 22 de Agosto de 1997, so adaptados dentro de um prazo de 10 anos, contados a partir da data de incio de vigncia do presente decreto-lei, de modo a assegurar o cum- primento das normas tcnicas constantes do anexo que o integra. 1- As instalaes, edifcios, esta- belecimentos, equipamentos e espaos abrangentes referi- dos nos n.s 1 e 2 do artigo 2., cujo incio de construo seja antecedente data de entrada em vigor do DL 123/97, de 22.5, dispem de 10 anos - a contar legtimo no conhecimento dos elementos que pretendem e ainda para a defesa de inte- resses difusos definidos na lei, a quaisquer cidados no gozo dos seus direitos civis e polticos e a associaes e fundaes de- fensoras de tais interesses (cfr. Art. 52., n. 3 da CRP e a Lei n. 83/85, de 31 de Agosto, relativa participao procedimental e aco popular). 43
  42. 42. 2. As instalaes, edifcios, estabelecimentos, equipamentos e espa- os abrangentes referidos nos ns 1 e 2 do artigo 2, cujo incio de construo seja posterior a 22 de Agosto de 1997, so adaptados dentro de um prazo de cinco anos, contados a partir da data de incio de vigncia do presente decreto-lei. 3. As instalaes, edifcios, estabelecimentos, equipamentos e espa- os abrangentes referidos nos ns 1 e 2 do artigo 2 que se encon- trem em conformidade com o disposto no Decreto-Lei n 123/97, de 22 de Maio, esto isentos do cumprimento das normas tcnicas anexas ao presente decreto-lei. 4. Aps o decurso dos prazos estabelecidos nos nmeros ante- riores, a desconformidade das edificaes e estabelecimentos a referidos com as normas tcnicas de acessibilidade sancionada nos termos aplicveis s edificaes e estabelecimentos novos. Artigo 10 Excepes 1. Nos casos referidos nos ns 1 e 2 do artigo anterior, o cumpri- mento das normas tcnicas de acessibilidade constantes do anexo ao presente decreto-lei no exigvel quando as obras necessrias sua execuo sejam desproporcionadamente difceis, requeiram 1 - O art. 10. prev trs situa- es excepcionais, que podero justificar a aplicao no rigo- rosa, das normas tcnicas pre- vistas no presente DL 163/2006, a partir da data de incio de vi- gncia do presente decreto-lei - para se adaptarem s normas tcnicas que integram o DL 163/2006. 2- As instalaes, edifcios, esta- belecimentos, equipamentos e espaos abrangentes referidos nos n.s 1 e 2 do artigo 2., cujo incio de construo seja poste- rior data de entrada em vigor do DL 123/97, de 22.5, dispem de 5 anos - contar a partir da data de incio de vigncia do presente decreto-lei - para se adaptarem s normas tcnicas que integram o DL 163/2006. 44
  43. 43. a aplicao de meios econmico-financeiros desproporcionados ou no disponveis, ou ainda quando afectem sensivelmente o patrimnio cultural ou histrico, cujas caractersticas morfolgicas, arquitectnicas e ambientais se pretende preservar. 2. As excepes referidas no nmero anterior so devidamente fundamentadas, cabendo s entidades competentes para a apro- vao dos projectos autorizar a realizao de solues que no satisfaam o disposto nas normas tcnicas, bem como expressar e justificar os motivos que legitimam este incumprimento. 3. Quando no seja desencadeado qualquer procedimento de licenciamento ou de autorizao, a competncia referida no nme- ro anterior pertence, no mbito das respectivas aces de fiscaliza- o, s entidades referidas no artigo 12 4. Nos casos de operaes urbansticas isentas de licenciamen- to e autorizao, nos termos do Decreto-Lei n 555/99, de 16 de Dezembro, a justificao dos motivos que legitimam o incumpri- mento das normas tcnicas de acessibilidades consignada em adequado termo de responsabilidade enviado, para efeitos de registo, Direco-Geral dos Edifcios e Monumentos Nacionais. 5. Se a satisfao de alguma ou algumas das especificaes con- 2 - Independentemente das excepes invocadas e dos cri- trios utilizados para o recurso a solues alternativas, o tcni- co responsvel dever sem- pre justificar e fundamentar expressamente os motivos que o levaram a no aplicar aque- las normas tcnicas, sob pena de no ser considerado facto excepcional, com todas as con- sequncias sancionatrias que, legalmente, da podem advir. a saber: execuo desproporcional- mente difcil de executar; aplicao de meios econmi- co-financeiros desproporcio- nados ou no disponveis; e afectao do patrimnio cultural ou histrico, cujas caractersticas morfolgicas, arquitectnicas e ambientais se pretende preservar. 45
  44. 44. tidas nas normas tcnicas for impraticvel devem ser satisfeitas todas as restantes especificaes. 6. A justificao dos motivos que legitimam o incumprimento do disposto nas normas tcnicas fica apensa ao processo e disponvel para consulta pblica. 7. A justificao referida no nmero anterior, nos casos de imveis pertencentes a particulares, objecto de publicitao no stio da Internet do municpio respectivo e, nos casos de imveis perten- centes a entidades pblicas, atravs de relatrio anual, no stio da Internet a que tenham acesso oficial. 8. A aplicao das normas tcnicas aprovadas por este decreto-lei a edifcios e respectivos espaos circundantes que revistam especial interesse histrico e arquitectnico, designadamente os imveis classificados ou em vias de classificao, avaliada caso a caso e adaptada s caractersticas especficas do edifcio em causa, fican- do a sua aprovao dependente do parecer favorvel do Instituto Portugus do Patrimnio Arquitectnico e Arqueolgico. Artigo 11 Obras em execuo ou em processo de licenciamento ou autorizao O presente decreto-lei no se aplica: a) s obras em execuo, aquando da sua entrada em vigor; b) Aos projectos de novas construes cujo processo de aprova- o, licenciamento ou autorizao esteja em curso data da sua entrada em vigor. Artigo 12 Fiscalizao A fiscalizao do cumprimento das normas aprovadas pelo presen- te decreto-lei compete: a) Direco-Geral dos Edifcios e Monumentos Nacionais quanto O presente normativo deve articular-se com o disposto no art. 93. do RJUE, onde se estatui que A realizao de quaisquer operaes urbans- 46
  45. 45. aos deveres impostos s entidades da administrao pblica central e dos institutos pblicos que revistam a natureza de servios personalizados e de fundos pblicos; b) Inspeco-Geral da Administrao do Territrio quanto aos deveres impostos s entidades da administrao pblica local; c) s cmaras municipais quanto aos deveres impostos aos parti- culares. Artigo 13 Responsabilidade civil As entidades pblicas ou privadas que actuem em violao do dis- posto no presente decreto-lei incorrem em responsabilidade civil, nos termos da lei geral, sem prejuzo da responsabilidade contra- ordenacional ou disciplinar que ao caso couber. Artigo 14 Direito de aco das associaes e fundaes de defesa dos interesses das pessoas com deficincia 1. As organizaes no governamentais das pessoas com defici- ncia e de mobilidade reduzida dotadas de personalidade jurdica tm legitimidade para propor e intervir em quaisquer aces relativas ao cumprimento das normas tcnicas de acessibilidade contidas no anexo ao presente decreto-lei. 2. Constituem requisitos da legitimidade activa das associaes e fundaes: a) Incluso expressa nas suas atribuies ou nos seus objectivos estatutrios a defesa dos interesses das pessoas com deficin- cias ou mobilidade reduzida; b) No exerccio de qualquer tipo de actividade liberal concorrente com empresas ou profissionais liberais. 3. Aplica-se o regime especial disposto na Lei n 83/95, de 31 de Agosto, relativa aco popular, ao pagamento de preparos e ticas est sujeita a fiscalizao administrativa, independente- mente da sua sujeio a prvio licenciamento ou autoriza- o.A instruo dos proces- so de contra-ordenao e a aplicao de coimas compete ao Presidente da Cmara Mu- nicipal, podendo ser delegada nos Vereadores. 47
  46. 46. custas nas aces propostas nos termos do n 1. Artigo 15 Responsabilidade disciplinar Os funcionrios e agentes da administrao pblica central, regional e local e dos institutos pblicos que revistam a natureza de servios personalizados ou fundos pblicos que deixarem de participar infraces ou prestarem informaes falsas ou erradas, relativas ao presente decreto-lei, de que tiverem conhecimento no exerccio das suas funes, incorrem em responsabilidade discipli- nar, nos termos da lei geral, para alm da responsabilidade civil e criminal que ao caso couber. Artigo 16 Responsabilidade contra-ordenacional Constitui contra-ordenao, sem prejuzo do disposto no Decre- to-Lei n 555/99, de 16 de Dezembro, todo o facto tpico, ilcito e censurvel que consubstancie a violao de uma norma que imponha deveres de aplicao, execuo, controlo ou fiscalizao das normas tcnicas constantes do anexo ao presente decreto-lei, designadamente:a) No observncia dos prazos referidos nos ns 1 e 2 do artigo 9 para a adaptao de instalaes, edifcios, estabele- cimentos e espaos abrangentes em conformidade com as normas tcnicas constantes do anexo ao presente decreto-lei;b) Concep- o ou elaborao de operaes urbansticas em desconformidade com os requisitos tcnicos estabelecidos no presente decreto-lei;c) Emisso de licena ou autorizao de funcionamento de estabe- Deste artigo resulta a obriga- o de todos os funcionrios e agentes da administrao pblica central, regional e local e dos institutos pblicos que revistam a natureza de servi- os personalizados ou fundos pblicos participarem infrac- es s entidades fiscalizado- ras, bem como a proibio de prestarem informaes falsas ou erradas sobre as infraces ao presente diploma, de que tenham conhecimento no mbito do exerccio das suas funes. Nos termos do disposto no art. 1. do Regime Geral das Con- tra-Ordenaes e Coimas, esta- belecido pelo DL 433/82, de 27 de Outubro (alterado pelos DL 356/89, de 17 de Outubro, DL 244/95, de 14 de Setembro e Lei 109/2001, de 24 de Dezembro) Constitui contra-ordenao todo o facto ilcito e censurvel que preencha um tipo legal no qual se comine uma coima. 48
  47. 47. lecimentos que no cumpram as normas tcnicas constantes do anexo ao presente decreto-lei;d) Incumprimento das obrigaes previstas no artigo 4 Artigo 17 Sujeitos Incorrem em responsabilidade contra-ordenacional os agentes que tenham contribudo, por aco ou omisso, para a verificao dos factos descritos no artigo anterior, designadamente o projectista, o director tcnico ou o dono da obra. Artigo 18 Coimas 1. As contra-ordenaes so punveis com coima de 250 a 3740,98, quando se trate de pessoas singulares, e de 500 a 44 891,81, quando o infractor for uma pessoa colectiva. 2. Em caso de negligncia, os montantes mximos previstos no n- mero anterior so, respectivamente, de 1870,49 e de 22 445,91. 3. O disposto nos nmeros anteriores no prejudica a aplicao de outras normas sancionatrias da competncia das entidades referidas nos artigos 3 e 6 4. O produto da cobrana das coimas referidas nos ns 1 e 2 desti- na-se: a) 50% entidade pblica responsvel pela execuo das polticas de preveno, habilitao, reabilitao e participao das pesso- as com deficincia para fins de investigao cientfica; b) 50% entidade competente para a instaurao do processo de contra-ordenao nos termos do artigo 21 49
  48. 48. Artigo 19 Sanes acessrias 1. As contra-ordenaes previstas no artigo 16 podem ainda determinar a aplicao das seguintes sanes acessrias, quando a gravidade da infraco o justifique: a) Privao do direito a subsdios atribudos por entidades pblicas ou servios pblicos; b) Interdio de exerccio da actividade cujo exerccio dependa de ttulo pblico ou de autorizao ou homologao de autorida- de pblica; c) Encerramento de estabelecimento cujo funcionamento esteja sujeito a autorizao ou licena de autoridade administrativa; d) Suspenso de autorizaes, licenas e alvars. 2. Para efeitos do disposto no nmero anterior, a autoridade competente para a instaurao do processo de contra-ordenao notifica as entidades s quais pertenam as competncias decis- rias a referidas para que estas procedam execuo das sanes aplicadas. 3. As sanes referidas neste artigo tm a durao mxima de dois anos, contados a partir da deciso condenatria definitiva. Artigo 20 Determinao da sano aplicvel A determinao da coima e das sanes acessrias faz-se em funo da gravidade da contra-ordenao, da ilicitude concreta do facto, da culpa do infractor e dos benefcios obtidos e tem em conta a sua situao econmica. A medida da coima determina- se em funo da gravidade da contra-ordenao, da culpa, da situao econmica do agente e do (eventual) benef- cio econmico que este retirou da prtica da contra-ordena- o. Para se fixar o montante da coima necessrio que, pre- viamente, se tenha averiguado qual a situao econmica do agente. 1 - Este artigo estabelece quais as sanes acessrias que podem ser aplicadas, cumula- tivamente com a coima.Reve- lando-se possvel a aplicao simultnea de mais de uma destas sanes acessrias.(Cfr. art. 21. do Regime Geral das Contra-Ordenaes e Coimas). 50
  49. 49. Artigo 21 Competncia sancionatria A competncia para determinar a instaurao dos processos de contra-ordenao, para designar o instrutor e para aplicar as coi- mas e sanes acessrias pertence: a) Direco-Geral dos Edifcios e Monumentos Nacionais no m- bito das aces de fiscalizao s instalaes e espaos circundan- tes da administrao central e dos institutos pblicos que revistam a natureza de servios personalizados e de fundos pblicos; b) s cmaras municipais no mbito das aces de fiscalizao dos edifcios, espaos e estabelecimentos pertencentes a entidades privadas. Artigo 22 Avaliao e acompanhamento 1. A Direco-Geral dos Edifcios e Monumentos Nacionais acom- panha a aplicao do presente decreto-lei e procede, periodica- mente, avaliao global do grau de acessibilidade dos edifcios, instalaes e espaos referidos no artigo 2 2. As cmaras municipais e a Inspeco-Geral da Administrao do Territrio enviam Direco-Geral dos Edifcios e Monumentos Nacionais, at ao dia 30 de Maro de cada ano, um relatrio da Ao considerar-se o benefcio econmico retirado da prtica da contra-ordenao, preten- de-se anular o ilcito proveito, obtido pelo arguido. Vide art. 18., n. 1 do DL 433/82, de 27 de Outubro (alte- rado pelos DL 356/89, de 17 de Outubro, DL 244/95, de 14 de Setembro e Lei 109/2001, de 24 de Dezembro). 51
  50. 50. situao existente tendo por base os elementos recolhidos nas respectivas aces de fiscalizao. 3. A avaliao referida no n 1 deve, anualmente, ser objecto de publicao. Artigo 23 Norma transitria 1. As normas tcnicas sobre acessibilidades so aplicveis, de forma gradual, ao longo de oito anos, no que respeita s reas privativas dos fogos destinados a habitao de cada edifcio, sempre com um mnimo de um fogo por edifcio, a, pelo menos: a) 12,5% do nmero total de fogos, relativamente a edifcio cujo projecto de licenciamento ou autorizao seja apresentado na respectiva cmara municipal no ano subsequente entrada em vigor deste decreto-lei; b) De 25% a 87,5% do nmero total de fogos, relativamente a edifcio cujo projecto de licenciamento ou autorizao seja apresentado na respectiva cmara municipal do 2 ao 7 ano subsequentes entrada em vigor deste decreto-lei, na razo de um acrscimo de 12,5% do nmero total de fogos por cada ano. 2. As normas tcnicas sobre acessibilidades so aplicveis tota- lidade dos fogos destinados a habitao de edifcio cujo projecto de licenciamento ou autorizao seja apresentado na respectiva cmara municipal no 8 ano subsequente entrada em vigor deste decreto-lei e anos seguintes. Artigo 24 Aplicao s Regies Autnomas O presente decreto-lei aplica-se s Regies Autnomas dos Aores e da Madeira, sem prejuzo de diploma regional que proceda s necessrias adaptaes. 52
  51. 51. Artigo 25 Norma revogatria revogado o Decreto-Lei n 123/97, de 22 de Maio. Artigo 26 Entrada em vigor O presente decreto-lei entra em vigor seis meses aps a sua publi- cao. A entrada em vigor do DL n. 163/2006, deu-se a 8 de Feverei- ro de 2007. 53
  52. 52. 54
  53. 53. 1.3. Legislao Relacionvel 55
  54. 54. 56
  55. 55. Artigos Remisses 1. 2., n. 1 .cfr. n. 6 do Artigo 7. do Regime Jurdico da Urbanizao e Edificao (RJUE); .cfr. Decreto-Lei n. 5/88, de 14.01 (aprova as normas relativas s obras de conservao corrente e ao apetrechamento em mobilirio e equipamento dos edifcios afectos aos diferentes ministrios); 2., n. 2, b) .cfr. Decreto-Lei n. 81/2006, de 20.04 (aprova o regime relativo s condies de utiliza- o dos parques e zonas de estacionamento); 2., n. 2, c) .cfr. Despacho Normativo n. 12/98, de 25.02 e alteraes posteriores (aprova as nor- mas reguladoras das condies de instalao e funcionamento dos lares de idosos); .cfr. Despacho Normativo n. 96/89, de 21.10 (aprova as normas reguladoras das condi- es de instalao e funcionamento dos centros de actividades de tempos livres); .cfr. Decreto-Lei n. 133-A/97, de 30.05 com alteraes posteriores (aprova o regime de licenciamento e fiscalizao dos estabelecimentos e servios de apoio social do mbito da segurana social); .cfr. Despacho n. 52/SESS/90 (aprova o regulamento de implantao, criao e funcionamento dos servios e equipamentos que desenvolvem actividades de apoio ocupacional aos deficientes); 2., n. 2, d) .cfr. Decreto-Lei n. 13/93, de 15.01 e Decreto Regulamentar n. 63/94, de 02.11 (apro- va o regime da criao e fiscalizao das unidades privadas de sade); Legislao relacionvel Regime da acessibilidade aos edifcios e estabelecimentos que rece- bem pblico, via pblica e edifcios habitacionais (RA) (Decreto-Lei n. 163/2006, de 8 de Agosto) 57
  56. 56. .cfr. Decreto-Lei n. 500/99, de 19.11 (aprova o regime jurdico do licenciamento e da fiscalizao do exerccio da actividade das clnicas de medicina fsica e de reabilitao privada); .cfr. Decreto-Lei n. 505/99, de 20.11 e alteraes posteriores (aprova o regime jurdico do licenciamento e da fiscalizao do exerccio da actividade das unidades privadas de dilise); .cfr. Decreto-Lei n. 233/2001, de 25.08 (aprova o regime de licenciamento e de fiscali- zao das clnicas e dos consultrios dentrios); .cfr. Decreto-Lei n. 217/99, de 15.06 e alteraes posteriores (aprova o regime do licenciamento dos laboratrios); .cfr. Decreto-Lei n. 16/99, de 25.01 (aprova o regime do licenciamento, funcionamen- to e fiscalizao do exerccio da actividade das unidades privadas que actuem na rea da toxicodependncia); 2., n. 2, e) .cfr. Despacho Normativo n. 99/89, de 27.10 (aprova as normas reguladoras das condi- es de instalao e funcionamento das creches); .cfr. Despacho Normativo n. 27/99, de 25.05 (aprova o regime das instalaes das escolas profissionais); 2., n. 2, f) .cfr. Decreto-Lei n. 302/2001, de 23.11 e Portaria n. 131/2002, de 0.02 (aprova o regu- lamento de construo e explorao de postos de abastecimento de combustveis); 2., n. 2, g) .cfr. Decreto-Lei n. 568/99, de 23.12 (aprova o regulamento de passagens de nvel); 2., n. 2, h) 2., n. 2, i) .cfr. Decreto-Lei n. 81/2006, de 20.04 (aprova o regime relativo s condies de utiliza- o dos parques e zonas de estacionamento); 2., n. 2, j) 2., n. 2, l) 2., n. 2, m) .cfr. Decreto-Lei n. 315/95, de 28.11 e alteraes posteriores (aprova o regime de ins- 58
  57. 57. talao e funcionamento dos recintos de espectculos de natureza artstica); .cfr. Decreto Regulamentar n. 34/95, de 16.12, Portaria n. 510/96, de 25.09, e altera- es posteriores (aprova o regulamento das condies tcnicas e de segurana dos recintos de espectculos e divertimentos pblicos); .cfr. Decreto-Lei n. 65/97, de 31.03 (regula os recintos com diverses aquticas); .cfr. Decreto Regulamentar n. 5/97, de 31.03 (aprova o regulamento das condies tcnicas e de segurana dos recintos com diverses aquticas); .cfr. Decreto-Lei n. 59/2003, de 09.04 (aprova o regime de licenciamento e inspeces dos parques zoolgicos); 2., n. 2, n) 2., n. 2, o) .cfr. Decreto-Lei n. 317/97, de 25.11 (aprova o regime de instalao e funcionamento das instalaes desportivas de uso pblico); .cfr. Decreto Regulamentar n. 10/2001, de 06.06 (aprova o regulamento das condies tcnicas e de segurana dos estdios); .cfr. Decreto-Lei n. 65/97, de 31.03 (regula os recintos com diverses aquticas); .cfr. Decreto Regulamentar n. 5/97, de 31.03 (aprova o regulamento das condies tcnicas e de segurana dos recintos com diverses aquticas); 2., n. 2, p) .cfr. Decreto-Lei n. 379/97, de 27.12 (aprova o regulamento que estabelece as condi- es de segurana a observar na localizao, implantao, concepo e organizao funcional dos espaos de jogo e recreio, respectivos equipamentos e superfcies de impacte); 2., n. 2, q) .cfr. Decreto-Lei n. 370/99, de 10.09 e alteraes posteriores (aprova o regime jurdi- co de instalao dos estabelecimentos de comrcio ou armazenagem de produtos alimentares, de produtos no alimentares e de prestao de servios cujo funciona- mento envolve riscos para a sade e segurana das pessoas); .cfr. Decreto-Lei n. 218/97, de 20.08 e Portaria n. 739/97 -2. srie-, de 26.09 (aprova o regime de autorizao e comunicao prvias a que esto sujeitas a instalao e alterao de unidades comerciais de dimenso relevante); 59
  58. 58. 2., n. 2, r) .cfr. Decreto-Lei n. 167/97, de 04.07 e alteraes posteriores (aprova o regime jurdico da instalao e funcionamento dos empreendimentos tursticos); .cfr. Decreto Regulamentar n. 36/97, de 25.09 e alteraes posteriores (regula os esta- belecimentos hoteleiros); .cfr. Decreto Regulamentar n. 34/97, de 17.09 e alteraes posteriores (regula os meios complementares de alojamento turstico); .cfr. Decreto Regulamentar n. 20/99, de 13.09 e alteraes posteriores (regula os con- juntos tursticos); .cfr. Decreto-Lei n. 168/97, de 04.07, o Decreto Regulamentar n. 38/97, de 25.09, e as alteraes posteriores (aprova o regime jurdico da instalao e do funcionamento dos estabelecimentos de restaurao e de bebidas); 2., n. 2, s) .cfr. Decreto-Lei n. 370/99, de 10.09 e alteraes posteriores (aprova o regime jurdi- co de instalao dos estabelecimentos de comrcio ou armazenagem de produtos alimentares, de produtos no alimentares e de prestao de servios cujo funciona- mento envolve riscos para a sade e segurana das pessoas); 2., n. 3 .cfr. Regulamento Geral das Edificaes Urbanas (RGEU); .cfr. Despacho n. 41/MES/85, de 05.02 e a Portaria n. 500/97, de 21.07 (aprova as recomendaes tcnicas para habitao social); 2., n. 4 .cfr., por ex., alnea b) do n. 6 do Artigo 32. e alnea b) do n. 6 do Artigo 60. do Re- gulamento de Segurana Contra Incndio em Edifcios de Habitao (as guardas das escadas devem ter altura no inferior a 1,10 m) a norma 2.4.9, n. 1 do RA estabelece que a altura dos corrimos deve estar compreendida entre 0,85m e 0,90m; .cfr. alnea f) do Artigo 54. (os elevadores no devem ser considerados como meios de evacuao em caso de incndio) a norma 3.2.2 prev a adopo de meios me- cnicos de comunicao vertical (que inclui elevadores) nos edifcios de habitao; .cfr. n. 1 do Artigo 84. do RGEU (prev para as instalaes sanitrias o equipamento mnimo de um lavatrio, uma banheira, uma bacia de retrete e um bid) a norma n. 2, 3.3.4 do RA prev para todas as habitaes, e em alternativa banheira, a existncia de uma base de duche; 3., n. 1 .cfr. alnea a) do n. 1 do Artigo 24., e n. 1 do Artigo 31. do RJUE; 60
  59. 59. 3., n. 2 .cfr. n. 2 do Artigo 60. do RJUE e n. 4 do Artigo 117. do Decreto-Lei n. 380/99, de 22.09 (aprova o regime jurdico dos instrumentos de gesto territorial); 3., n. 3 3., n. 4 .cfr. Artigo 2. do RGEU e n. 1 do Artigo 4. do RJUE; 3., n. 5 .cfr. Portaria n. 1110/2001, de 19.09 (aprova os elementos que devem instruir os pe- didos de informao prvia, de licenciamento e de autorizao referentes a todos os tipos de operaes urbansticas); 4. 5. 6. .cfr. alnea a) do n. 1 do Artigo 24., e n. 1 do Artigo 31. do RJUE; .cfr. n. 9, 10 e 11 do Artigo 19. do RJUE; 7. .cfr. n. 1 do Artigo 268. da Constituio da Repblica Portuguesa; .cfr. Artigo 110. do RJUE, Artigo 61. e segs. do Cdigo do Procedimento Administrati- vo, e Lei de Acesso aos Documentos da Administrao (LADA); 8. .cfr. Artigo 12. do RJUE; 9. .cfr. n. 2 do Artigo 60. do RJUE e n. 4 do Artigo 117. do Decreto-Lei n. 380/99, de 22.09 (aprova o regime jurdico dos instrumentos de gesto territorial); 10. .cfr. n. 5 do Artigo 10. do RJUE; 11. .cfr. n. 2 do Artigo 60. do RJUE e n. 4 do Artigo 117. do Decreto-Lei n. 380/99, de 22.09 (aprova o regime jurdico dos instrumentos de gesto territorial);i 61
  60. 60. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 62
  61. 61. 63
  62. 62. 64
  63. 63. Parte 2 Descodificao das Normas Tcnicas apresentadas no DL163/2006 65
  64. 64. 66
  65. 65. 2.1. ndice das Normas Tcnicas 67
  66. 66. ndice do Anexo Captulo 1 Via pblica Seco 1.1. Percurso acessvel Seco 1.2. Passeios e caminhos de pees Seco 1.3. Escadarias na via pblica Seco 1.4. Escadarias em rampa na via pblica Seco 1.5. Rampas na via pblica Seco 1.6. Passagens de pees de superfcie Seco 1.7. Passagens de pees desniveladas Seco 1.8. Outros espaos de circulao e permanncia de pees Captulo 2 Edifcios e estabelecimentos em geral Seco 2.1. Percurso acessvel Seco 2.2. trios Seco 2.3. Patamares, galerias e corredores Seco 2.4. Escadas Seco 2.5. Rampas Seco 2.6. Ascensores Seco 2.7. Plataformas elevatrias Seco 2.8. Espaos para estacionamento de viaturas Seco 2.9. Instalaes sanitrias de utilizao geral Seco 2.10. Vestirios e cabinas de prova Seco 2.11. Equipamentos de auto-atendimento Seco 2.12. Balces e guichs de atendimento Seco 2.13. Telefones de uso pblico Seco 2.14. Bateria de receptculos postais 68
  67. 67. Captulo 3 Edifcios, estabelecimentos e instalaes com usos especficos Seco 3.1. Disposies especficas Seco 3.2. Edifcios de habitao - espaos comuns Seco 3.3. Edifcios de habitao - habitaes Seco 3.4. Recintos e instalaes desportivas Seco 3.5. Edifcios e instalaes escolares e de formao Seco 3.6. Salas de espectculos e outras instalaes para actividades scio-culturais Seco 3.7. Postos de abastecimento de combustvel Captulo 4 Percurso acessvel Seco 4.1. Zonas de permanncia Seco 4.2. Alcance Seco 4.3. Largura livre Seco 4.4. Zonas de manobra Seco 4.5. Altura livre Seco 4.6. Objectos salientes Seco 4.7. Pisos e seus revestimentos Seco 4.8. Ressaltos no piso Seco 4.9. Portas Seco 4.10. Portas de movimento automtico Seco 4.11. Corrimos e barras de apoio Seco 4.12. Comandos e controlos Seco 4.13. Elementos vegetais Seco 4.14. Sinalizao e orientao 69
  68. 68. 70
  69. 69. 2.2. Descodificao desenhada das Normas tcnicas A ilustrao das Normas Tcnicas pretende ser um modo de ajudar a clarificar as dvidas que possam surgir ao longo da leitura das mesmas. Os desenhos que se apresentam pretendem exclusivamente ilustrar a legislao, estando, por vezes, acompanhados por ressalvas e recomendaes que visam a sua melhor aplicao. A interpretao dos desenhos e dos comentrios no dispensa a leitura atenta da legislao nem, em caso algum, se substitui mesma. 71
  70. 70. parque c. sade correios museu escola finanas comrcio comrcio cmara biblioteca Seco 1.1. Percurso acessvel 1.1.1. As reas urbanizadas devem ser servidas por uma rede de percursos pedonais, designados de acessveis, que proporcionem o acesso seguro e confortvel das pessoas com mobilidade condicio- nada a todos os pontos relevantes da sua estrutura activa, nomea- damente: 1) Lotes construdos; 2) Equipamentos colectivos; 3) Espaos pblicos de recreio e lazer; 4) Espaos de estacionamento de viaturas; 5) Locais de paragem temporria de viaturas para entrada/sada de passageiros; 6) Paragens de transportes pblicos. 1.1.2. A rede de percursos pedonais acessveis deve ser contnua e coerente, abranger toda a rea urbanizada e estar articulada com as actividades e funes urbanas realizadas tanto no solo pblico como no solo privado. CAPTULO 1 Via pblica 1.1 Chama-se a ateno para o facto de esta Seco remeter para o Captulo 4 (que contm as regras gerais a que devem obedecer os percursos acessveis), devendo conjugar-se com o que nele est estabelecido. 72
  71. 71. percurso inacessvel d = x percurso acessvel d 2x 1.1.3. Na rede de percursos pedonais acessveis devem ser includos: 1) Os passeios e caminhos de pees; 2) As escadarias, escadarias em rampa e rampas; 3) As passagens de pees, superfcie ou desniveladas; 4) Outros espaos de circulao e permanncia de pees. 1.1.4. Os percursos pedonais acessveis devem satisfazer o especifi- cado no captulo 4 e os elementos que os constituem devem satis- fazer o especificado nas respectivas seces do presente captulo. 1.1.5. Caso no seja possvel cumprir o disposto no nmero anterior em todos os percursos pedonais, deve existir pelo menos um per- curso acessvel que o satisfaa, assegurando os critrios definidos no n. 1.1.1 e distncias de percurso, medidas segundo o trajecto real no terreno, no superiores ao dobro da distncia percorrida pelo trajecto mais directo. 73
  72. 72. zona de colocao de mobilirio urbano 1,5 mlivres Seco 1.2. Passeios e caminhos de pees 1.2.1. Os passeios adjacentes a vias principais e vias distribui- doras devem ter uma largura livre no inferior a 1,5 m. 1.2.1. Recomenda-se , como boa prtica, a colocao, do mobilirio urbano e dos restantes elementos numafaixa de infraestruturas, libertando-se a restante rea de passeio de obstculos. 74
  73. 73. 0,9 m 7,00 m 1.2.2. Os pequenos acessos pedonais no interior de reas plantadas, cujo comprimento total no seja superior a 7 m, podem ter uma largura livre no inferior a 0,9 m. 75
  74. 74. faixa de aproximao com textura diferente e cor contrastante Seco 1.3. Escadarias na via pblica 1.3.1. As escadarias na via pblica devem satisfazer o especificado na seco 2.4 e as seguintes condies complementares: 1) Devem possuir patamares superior e inferior com uma faixa de aproximao constituda por um material de revestimento de textura diferente e cor contrastante com o restante piso; 1.3.1 1) recomendvel que a faixa de aproximao a colocar em ambos os sentidos da escadaria, tenha largura, na direco do percurso, no inferior a 0,6 m, e que fique afastada do primeiro degrau cerca de 0,5 m. 76
  75. 75. 0,35 a 0,40 m 0,125 m 0,40 a 0,45 m 0,10 m 0,15 m 0,30 a 0,35 m 0,75 m 0,125 a 0,15 m 2) Devem ser constitudas por degraus que cumpram uma das seguintes relaes dimensionais: (Valores em metros) Altura (espelho) Comprimento (cobertor) 0,10 0,40 a 0,45 0,125 0,35 a 0,40 0,125 a 0,15 0,75 0,15 0,30 a 0,35 solues alternativas 1.3.1 2) Recomenda-se que a indicao 0,125 a 0,15 - 0,75seja utilizada exclusivamente no caso de se tratar de escadarias em rampa. 77
  76. 76. 3,00 m 0,40 m 0,40 m3,00 m6,00 m 0,40 m 3) Se vencerem desnveis superiores a 0,4 m devem ter corrimos de ambos os lados ou um duplo corrimo central, se a largura da escadaria for superior a 3 m, ter corrimos de ambos os lados e um duplo corrimo central, se a largura da escadaria for supe- rior a 6 m. solues alternativas 78
  77. 77. 0,75 m(ou multiplo inteiro) projeco horizontal dostroosem ram pa inferior a 20 m i 6% Seco 1.4. Escadarias em rampa na via pblica 1.4.1. As escadarias em rampa na via pblica devem satisfazer o especificado na seco 1.3 e as seguintes condies comple- mentares: 1) Os troos em rampa devem ter uma inclinao nominal no superior a 6% e um desenvolvimento, medido entre o focinho de um degrau e a base do degrau seguinte, no inferior a 0,75 m ou mltiplos inteiros deste valor; 2) A projeco horizontal dos troos em rampa entre patins ou entre troos de nvel no deve ser superior a 20 m. 1.4. Chama-se a ateno para o facto de a escadaria em rampa dever constituir uma soluo de recurso devendo existir sempre uma rampa alternativa mesma. 1.4.1. Recomenda-se que em rela- o alnea 2) do 1.3.1 apenas a relao dimensional0,125 a 0,15 - 0,75seja considerada. 1) Esclarece-se que pordesenvol- vimentose entende: projeco horizontal medida entre focinhos de degraus consecutivos. 2) Refere-se que portroos de nvelse deve entender o mesmo que patamares. Recomenda-se que os patamares superior e inferior e os patins intermdios tenham uma profundidade, me- dida no sentido do movimento, nunca inferior a 1,5 m. 79
  78. 78. 3,00 m 0,40 m 0,40 m3,00 m Seco 1.5. Rampas na via pblica 1.5.1. As rampas na via pblica devem satisfazer o especificado na seco 2.5, e as que vencerem desnveis superiores a 0,4 m devem ainda: 1) Ter corrimos de ambos os lados ou um duplo corrimo central, se a largura da rampa for superior a 3 m; solues alternativas 80
  79. 79. 6,00 m 0,40 m 2) Ter corrimos de ambos os lados e um duplo corrimo central, se a largura da rampa for superior a 6 m. 81
  80. 80. Seco 1.6. Passagens de pees de superfcie 1.6.1. A altura do lancil em toda a largura das passagens de pees no deve ser superior a 0,02 m. 1.6.2. O pavimento do passeio na zona imediatamente adjacente passagem de pees deve ser rampeado, com uma inclinao no superior a 8% na direco da passagem de pees e no superior a 10% na direco do lancil do passeio ou caminho de pees, quan- do este tiver uma orientao diversa da passagem de pees, de forma a estabelecer uma concordncia entre o nvel do pavimento do passeio e o nvel do pavimento da faixa de rodagem. 1.6.3. A zona de intercepo das passagens de pees com os separadores centrais das rodovias deve ter, em toda a largura das passagens de pees, uma dimenso no inferior a 1,2 m e uma inclinao do piso e dos seus revestimentos no superior a 2%, medidas na direco do atravessamento dos pees. 1.6. Recomenda-se que as passa- gens de pees de superfcie sejam sempre perpendiculares ao lancil, a fim de no se gerar desorientao nas pessoas com deficincia visual (que atravessam segundo essa direco). 1.6.1. Refere-se que a diferena de nvel entre o bordo inferior do lancil e a passagem de pees deve tender para 0,00 m e pode ser assegurada quer por rebaixamento do passeio quer por elevao da passagem de pees, 1.6.2. recomendvel que todo o pavimento do passeio, da zona imediatamente adjacente passa- gem de pees, no tenha inclinao superior a 8%. 1.6.3. Como boa prtica, recomen- dvel que a zona de intercepo das passagens de pees com os separadores centrais das rodovias tenha, em toda a largura das passa- gens de pees, uma dimenso no inferior a 1,5 m, (uma vez que 1,2 m manifestamente curto para pesso- as que se desloquem em cadeira de rodas com acompanhante, ou com carrinhos de beb, por exemplo). 82
  81. 81. i 8% i 10% i 10% h mximo = 0,02 m i 2% 1,20 m (m nim o) 83
  82. 82. 1.6.4. Caso as passagens de pees estejam dotadas de dispositivos semafricos de controlo da circulao, devem satisfazer as seguin- tes condies: 1) Nos semforos que sinalizam a travessia de pees de acciona- mento manual, o dispositivo de accionamento deve estar locali- zado a uma altura do piso compreendida entre 0,8 m e 1,2 m; 2) O sinal verde de travessia de pees deve estar aberto o tempo suficiente para permitir a travessia, a uma velocidade de 0,4 m/s, de toda a largura da via ou at ao separador central, quando ele exista; 3) Os semforos que sinalizam a travessia de pees instalados em vias com grande volume de trfego de veculos ou intensidade de uso por pessoas com deficincia visual devem ser equipados com mecanismos complementares que emitam um sinal sono- ro quando o sinal estiver verde para os pees. 1.6.5. Caso sejam realizadas obras de construo, reconstruo ou alterao, as passagens de pees devem: 1) Ter os limites assinalados no piso por alterao da textura ou pintura com cor contrastante; 2) Ter o incio e o fim assinalados no piso dos passeios por sina- lizao tctil; 3) Ter os sumidouros implantados a montante das passagens de pees, de modo a evitar o fluxo de guas pluviais nesta zona. 1.6.4. 3) Refere-se que recomendvel que esta alnea seja aplicada a todos os semforos que sinalizem a travessia de pees, de um modo geral, sendo que existem outros mecanismos, que no necessaria- mente os que emitem um sinal sonoro, destinados a comple- mentar eficazmente a sinalizao visual, e que podero ser even- tualmente propostos (botoneira vibratria, talking signs, etc.). 84
  83. 83. A cor bordeaux a cor recomenda- da pela ACAPO por ser a que per- mite maior contraste no ambiente urbano. A sua adopo nas texturas diferenciadas dos pavimentos , deste modo, considerada, como uma boa prtica. 0,80 mbotoneira1,20 m piso com textura ou cor contrastante 85
  84. 84. 1,50 m duplo corrimo a 0,75 e 0,90 m Seco 1.7. Passagens de pees desniveladas 1.7.1. As rampas de passagens de pees desniveladas devem sa- tisfazer o especificado na seco 2.5 e as seguintes especificaes mais exigentes: 1) Ter uma largura no inferior a 1,5 m; 2) Ter corrimos duplos situados, respectivamente, a alturas da superfcie da rampa de 0,75 m e de 0,9 m. 86
  85. 85. 1.7.2. Caso no seja vivel a construo de rampas nas passagens de pees desniveladas que cumpram o disposto na seco 1.5, os desnveis devem ser vencidos por dispositivos mecnicos de eleva- o (exemplos: ascensores, plataformas elevatrias). 87
  86. 86. 1,50 m 0,16 m 1.7.3. Quando nas passagens desniveladas existirem escadas, estas devem satisfazer o especificado na seco 2.4 e as seguintes condi- es mais exigentes: 1) Ter lanos, patins e patamares com largura no inferior a 1,5 m; 2) Ter degraus com altura (espelho) no superior a 0,16 m; 3) Ter patins intermdios sempre que o desnvel a vencer for superior a 1,5 m; 4) Ter uma faixa de aproximao nos patamares superior e inferior das escadas com um material de revestimento de textura dife- rente e cor contrastante com o restante piso; 5) Ter rampas alternativas. 1.7.3. 4) Como boa prtica, recomen- dvel que a faixa de aproximao s escadas, tenha uma largura de 0,6m, e esteja afastada do primei- ro degrau da escada cerca 0,5m. 88
  87. 87. Seco 1.8. Outros espaos de circulao e permanncia de pees 1.8.1. Nos espaos de circulao e permanncia de pees na via pblica que no se enquadram especificamente numa das tipolo- gias anteriores devem ser aplicadas as especificaes definidas na seco 1.2 e as seguintes condies adicionais: 1) O definido na seco 1.3, quando incorporem escadarias ou degraus; 2) O definido na seco 1.3.1, quando incorporem escadarias em rampa; 3) O definido na seco 1.5, quando incorporem rampas. 1.8.2. Nos espaos de circulao e permanncia de pees na via pblica cuja rea seja igual ou superior a 100 m2, deve ser dada ateno especial s seguintes condies: 1) Deve assegurar-se a drenagem das guas pluviais, atravs de disposies tcnicas e construtivas que garantam o rpido escoamento e a secagem dos pavimentos; 2) Deve proporcionar-se a legibilidade do espao, atravs da adopo de elementos e texturas de pavimento que forneam, nomeadamente s pessoas com deficincia da viso, a indica- o dos principais percursos de atravessamento. 1.8.1. 2) Esclarece-se que, onde se l 1.3.1, deve ler-se 1.4. 89
  88. 88. CAPTULO 2 Edifcios e estabelecimentos em geral Seco 2.1. Percurso acessvel 2.1.1. Os edifcios e estabelecimentos devem ser dotados de pelo menos um percurso, designado de acessvel, que proporcione o acesso seguro e confortvel das pessoas com mobilidade condicio- nada entre a via pblica, o local de entrada/sada principal e todos os espaos interiores e exteriores que os constituem. 90
  89. 89. 2.1.2. Nos edifcios e estabelecimentos podem no ter acesso atra- vs de um percurso acessvel: 1) Os espaos em que se desenvolvem funes que podem ser realizadas em outros locais sem prejuzo do bom funcionamen- to do edifcio ou estabelecimento (exemplo: restaurante com dois pisos em que no piso no acessvel apenas se situam reas suplementares para refeies); 2) Os espaos para os quais existem alternativas acessveis ad- jacentes e com condies idnticas (exemplo: num conjunto de cabines de prova de uma loja apenas uma necessita de ser acessvel); 3) Os espaos de servio que so utilizados exclusivamente por pessoal de manuteno e reparao (exemplos: casa das m- quinas de ascensores, depsitos de gua, espaos para equipa- mentos de aquecimento ou de bombagem de gua, locais de concentrao e recolha de lixo, espaos de cargas e descargas); 4) Os espaos no utilizveis (exemplo: desvos de coberturas); 5) Os espaos e compartimentos das habitaes, para os quais so definidas condies especficas na seco 3.3. 2.1.3. No caso de edifcios sujeitos a obras de construo ou re- construo, o percurso acessvel deve coincidir com o percurso dos restantes utilizadores. 91
  90. 90. 2.1.4. No caso de edifcios sujeitos a obras de ampliao, alterao ou conservao, o percurso acessvel pode no coincidir integral- mente com o percurso dos restantes utilizadores, nomeadamente o acesso ao edifcio pode fazer-se por um local alternativo entra- da / sada principal. 2.1.5. Os percursos acessveis devem satisfazer o especificado no captulo 4 e os espaos e elementos que os constituem devem satisfazer o definido nas restantes seces do presente captulo. 92
  91. 91. porta pivotante de acesso ao edifcio / estabelecimento vo til 0,87 m vo til 0,87 m Seco 2.2. trios 2.2.1. Do lado exterior das portas de acesso aos edifcios e estabe- lecimentos deve ser possvel inscrever uma zona de manobra para rotao de 360. 2.2.2. Nos trios interiores deve ser possvel inscrever uma zona de manobra para rotao de 360. 2.2.3. As portas de entrada/sada dos edifcios e estabelecimentos devem ter um largura til no inferior a 0,87 m, medida entre a face da folha da porta quando aberta e o batente ou guarnio do lado oposto; se a porta for de batente ou pivotante deve considerar-se a porta na posio aberta a 90. Seco 2.2. Esclarece-se que se trata detriosincludos em percursos acessveis 2.2.1. Como boa prtica, recomen- da-se que a referida zona de ma- nobra para rotao de 360 seja plana e com inclinao inferior a 2%, a fim de facilitar o acesso a pessoas que se desloquem em cadeira de rodas. 2.2.2. Recomenda-se ainda que, nos trios interiores, a zona de manobra a inscrever, para rotao de 360, seja de nvel. 93
  92. 92. galeria corredor patamar 1,20m1,20m1,20m Seco 2.3. Patamares, galerias e corredores 2.3.1. Os patamares, galerias e corredores devem possuir uma largura no inferior a 1,2 m. Seco 2.3. Esclarece-se que se trata de Patamares, galerias e corredoresincludos em percur- sos acessveis 2.3.1. e 2.3.2. Esclarece-se que as medidas se referem largura til. 94
  93. 93. 1,20m 1,20m 0,90m1,50 m 2.3.2. Podem existir troos dos patamares, galerias ou corredores com uma largura no inferior a 0,9 m, se o seu comprimento for inferior a 1,5 m e se no derem acesso a portas laterais de espaos acessveis. 95
  94. 94. 10,00 m a rotao de 360 mudana de direco de 180 1,50m 0,90m 2.3.3. Se a largura dos patamares, galerias ou corredores for inferior a 1,5 m, devem ser localizadas zonas de manobra que permitam a rotao de 360 ou a mudana de direco de 180 em T, conforme especificado nos n.s 4.4.1 e 4.4.2, de modo a no existirem troos do percurso com uma extenso superior a 10 m. 2.3.4. Se existirem corrimos nos patamares, galerias ou corredores, para alm de satisfazerem o especificado na seco 4.11, devem ser instalados a uma altura do piso de 0,9 m e quando interrompi- dos ser curvados na direco do plano do suporte. 2.3.3. Refora-se que os interva- los entre as zonas de manobra no devero exceder os 10 m de extenso. 96
  95. 95. 1,20m 1,20m 1,20m 0,70 m 0,70 m 1,20 m 1,20 m 2,40m Seco 2.4. Escadas 2.4.1. A largura dos lanos, patins e patamares das escadas no deve ser inferior a 1,2 m. 2.4.2. As escadas devem possuir: 1) Patamares superiores e inferiores com uma profundidade, medi- da no sentido do movimento, no inferior a 1,2 m; 2) Patins intermdios com uma profundidade, medida no sentido do movimento, no inferior a 0,7 m, se os desnveis a vencer, medidos na vertical entre o pavimento imediatamente anterior ao primeiro degrau e o cobertor do degrau superior, forem superiores a 2,4 m. Seco 2.4. Esclarece-se que se trata deEscadasincludas em percursos acessveis. 2.4.2. 2) Caso se preveja a instalao de plataformas elevatrias nas escadas, alerta-se para a neces- sidade de os patins intermdios, onde exista mudana de direco, terem uma profundidade, medida no sentido do movimento, que permita a rotao de 360. 97
  96. 96. Aresta do focinho boleada com um raio de curvatura compreendido entre 0,005 m r 0,01 m Faixa antiderrapante e de sina- lizao visual, encastrada junto ao focinho dos degraus 0,18 m 0,28 m r 0,04m 2.4.3. Os degraus das escadas devem ter: 1) Uma profundidade (cobertor) no inferior a 0,28 m; 2) Uma altura (espelho) no superior a 0,18 m; 3) As dimenses do cobertor e do espelho constantes ao longo de cada lano; 4) A aresta do focinho boleada com um raio de curvatura compre- endido entre 0,005 m e 0,01 m; 5) Faixas antiderrapantes e de sinalizao visual com uma largura no inferior a 0,04 m e encastradas junto ao focinho dos de- graus. 98
  97. 97. 2a + b = 2a+ b a a b b 0,28 m 2/3 c c 2.4.4. O degrau de arranque pode ter dimenses do cobertor e do espelho diferentes das dimenses dos restantes degraus do lano, se a relao de duas vezes a altura do espelho mais uma vez a profundidade do cobertor se mantiver constante. 2.4.5. A profundidade do degrau (cobertor) deve ser medida pela superfcie que excede a projeco vertical do degrau superior; se as escadas tiverem troos curvos, deve garantir-se uma profundi- dade do degrau no i

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