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GRUPO DE ADESÃO AO TRATAMENTO: ESPAÇO DE
“ENSINAGEM” PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE E PACIENTES.
LIA MÁRCIA CRUZ DA SILVEIRAVICTORIA MARIA BRANT RIBEIRO
UPS: Antônio PereiraMonitores: Eliza Xavier Martins
Liliane de Fátima Pereira Thais Neves Santos
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INTRODUÇÃO
Mudança no processo de formação profissional:
Produzir profissionais diferentes;
Saber trabalhar em equipe;
Decisões considerando o contexto em que vivem os pacientes.
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Discussão de diferentes elementos:
O homem objeto de estudo que destina a formação;
Conceito de saúde;
Processo saúde/doença;
Práticas assistenciais;
Espaços onde se desenvolvem;
Sujeitos envolvidos.
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Novo cenário: Ações de saúde adequadas e compatíveis com e
para o homem na sua totalidade; Práticas que utilizem métodos de trabalho em que
o cotidiano das pessoas adoecidas esteja presente na cena;
Situações que favoreçam a detecção de problemas;
Maior visibilidade das necessidades existentes; Busca de superação das dificuldades; Diálogo para quem os indivíduos explicitem suas
reais dificuldades; Relação direta entre equipe de saúde e paciente
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OBJETIVO
Reflexão teórica do método utilizado em experiência de trabalho com grupo de
pacientes crônicos, denominada “grupo adesão”, realizada em ambulatório de
Hospital Universitário.
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Sobre adesão
Doenças crônicas saber viver e conviver autonomamente com essa condição.
Tratamento do paciente Favorecer a adaptação a esta condição.
Desenvolvimento de mecanismos que permitam conhecer seu processo saúde/doença.
Objetivo: Identificar, evitar e prevenir complicações, agravos e, sobretudo, a mortalidade precoce.
Item significativo: adesão ao tratamento
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Adesão: grau de seguimento dos pacientes à orientação médica (Fletcher et al, 1989)
Adesão ao tratamento como um processo: Noção de doença que possui o paciente; A idéia de cura ou de melhora que se forma em
sua mente; O lugar do médico no imaginário do paciente. Profissionais Preocupação de que as
orientações sejam as mais adequadas possíveis Indicadores utilizados para avaliar a adesão
relacionada ao aspecto medicamentoso
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Adesão aos medicamentos em lugar da adesão ao tratamento Profissionais vêem como fatores dissociados
Modelo que privilegia a doença e não o doente
Adesão ao tratamento Processo multifatorial
Relacionadoao paciente
Ligados à instituiçãode saúdeRelacionado
aos profissionais
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Facilitar a adesão Desafios que sofrem oscilações e demandam atenção contínua.
Estratégia do Grupo de Adesão ao tratamento
Permite o acesso à informação, a troca de experiências, o intercâmbio de motivações, o
apoio mútuo e vivências de situações que criam oportunidades para tirar dúvidas, interagir e
superar dificuldades no processo de tratamento.
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O Grupo de Adesão ao tratamento
Grupo adesão é uma prática de saúde que tem fundamento no trabalho coletivo, na interação e no
diálogo.
É um grupo homogêneo, aberto e multidisciplinar. Tem um caráter informativo, reflexivo e de suporte.
Finalidade: Identificar as dificuldades, discutir possibilidades e encontrar soluções adequadas para
problemas que estejam dificultando a adesão ao tratamento.
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O Grupo Adesão funciona como um grupo de ensino e de aprendizagem e é um grupo cujo o cuidado e atenção estão presentes nas ações pedagógicas e terapêuticas.
Conceitos e princípios do Grupo Adesão:
Princípio da Integralidade; Dinâmica de Grupos Operativos de Pichon-Rivière; Processo de ensinar e aprender de José Bleger; Proposta de ensino-aprendizagem de Paulo Freire.
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Com base nas propostas oferecidas pelo Grupo, cita-se como:
Relação pedagógica a realidade dos pacientes: eles trazem as suas experiências, essas são discutidas, analisadas e associadas a questão saúde/doença.
Relação dialógica, que tem sua base no ambiente grupal e contextualiza o paciente na ação da saúde, facilitando assim a integração de diferentes aspectos que ajudem no processo da finalidade do trabalho.
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O pensar sobre o fazer Reuniões de reflexão sobre o trabalho
Momentos considerados de avaliação. Coordenadas por um profissional de saúde mental
que podem: Perceber os rumos do trabalho; Viabilizar possíveis correções; Acompanhar a consonância dos objetivos traçados
em relação ao trabalho desenvolvido; Pensar alternativas para transpor dificuldades,
discutir e tomar decisões.
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O processo de “ensinagem”
Relação interpessoal. Processo de ensino e aprendizagem é bilateral
Reciprocidade entre pessoas e saberes. Converter em ensino e aprendizagem toda
conduta e experiência. No ambiente do grupo de adesão as pessoas
“aprendem, com sua participação direta, a problematizar e a empregar os instrumentos para encontrar soluções e estabelecer as possíveis vias de solução”(Bleger, 1998).
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Profissionais de saúde Contribuir para que os pacientes se vinculem ao tratamento, mesmo sabendo que “aprendizagem vital que pressupõe uma mudança de atitude a respeito da pessoa inteira” (Folkes ε Antony, 1972).
O grupo é importante para o paciente e para o profissional, que se capacitam mutuamente.
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Aprende-se e ensina-se no grupo:
Aproximar as pessoas; Estabelecer relação com sujeitos; Interagir respeitando regras de convivência; A observar e a escutar; A se comunicar dialogando; A emitir opiniões; A admitir que outros pensem de forma diferente;
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Compartilhar conhecimentos; Incorporar novos saberes e práticas; Facilitar e incorporar as informações; Compreender a comunicação humana na sutileza dos
afetos; A lidar com situações de imprevisibilidade; A deixar fluir o potencial criativo; A problematizar; A indagar e a ser crítico; A trabalhar em equipe; A viver e conviver com o outro;
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A estabelecer parcerias; A reconhecer as capacidades e os limites dos
colegas; A ter esperança e crença.
Para os profissionais entrevistados, o trabalho em grupo adesão representa uma mudança no
trabalho que reflete na vida pessoal.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A prática da adesão exige profissionais competentes, do ponto de vista de conhecimentos, habilidades e atitudes, principalmente no trabalho com pacientes crônicos.
O Grupo Adesão, por todas as razões evidenciadas, há de ser entendido como espaço de ensino e aprendizagem, um espaço de “ensinagem”.
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