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GESTÃO DE ESTOQUES DE PEÇAS DE

REPOSIÇÃO DA MANUTENÇÃO: UM

ESTUDO DE CASO

Roberio Fonseca Padilha Junior (PETROBRAS)

[email protected]

Greison da Silva Rodrigues (PETROBRAS)

[email protected]

As peças de reposição possuem características que tornam a sua

gestão diferenciada em relação aos materiais em processo e de

produtos acabados. Entretanto as técnicas utilizadas na gestão de

estoques podem ser utilizadas na gestão de peças de reposição por

focarem o mesmo tipo de problema, isto é, determinar quando e quanto

pedir. Os modelos de gestão de estoques podem ser agrupados nos

modelos reativos e ativos. Os reativos são baseados em parâmetros

fixos que estabelecem o ponto de pedido, já os modelos ativos levam

em consideração a demanda prevista e o estoque físico para

determinar quando um item será necessário. Através de um estudo de

caso buscou-se analisar a teoria sobre gestão de peças de reposição e

a prática do dia a dia da empresa. Levando em consideração a política

da manutenção, que deve ter uma forte atuação do planejamento,

espera-se que o modelo ativo possibilite melhores resultados com o

objetivo de otimizar os níveis de estoques. Porém os resultados

esperados só serão possíveis com uma boa definição e manutenção dos

parâmetros e um bom planejamento.

Palavras-chaves: Gestão de Estoques, Peças de Reposição,

Manutenção. Modelos.

XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

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1. Introdução

O objetivo da administração de estoques é “otimizar” o investimento em estoques,

aumentando o uso eficiente dos meios internos da empresa, minimizando as necessidades de

capital investido,” (DIAS ,1993, p.23).

A função do estoque de peças de reposição é assistir à manutenção em manter os

equipamentos em condições de operar (KENNEDDY, 2001, p.201). Logo além de questões

típicas de estoques em geral as peças de reposição têm e sofrem uma forte influência da

gestão da manutenção.

Desta forma, o presente estudo busca fazer uma análise crítica de como uma empresa do setor

de fertilizantes pratica a sua gestão de peças de reposição. Para tanto foi realizada uma revisão

da literatura sobre o tema e o entendimento detalhado de como o processo de gestão de peças

de reposição é modelado e efetivamente executado na organização através de um estudo de

caso.

Através de entrevistas com alguns atores do processo, análise de padrões da empresa e de

dados do sistema operacional utilizado, o SAP R/3®, foi possível fazer uma análise crítica de

como a empresa gerencia os estoques e fazer uma exploração da teoria da gestão de peças de

reposição. Também foi possível verificar a adequação da teoria e as dificuldades encontradas

pelos gestores no dia a dia nas organizações.

Existem vários tipos de modelos de gestão de estoques que podem ser utilizados na gestão de

peças de reposição, para o presente trabalho foram comparados os modelos utilizados no SAP

R/3® e o modelo sugerido por Santoro (2008), onde classifica os itens como ativos e reativos.

2. Revisão da literatura

A eficácia na gestão de estoques é um aspecto que deve tomar a atenção dos gestores,

segundo Stevenson (2001, p.424) “Na maioria das organizações, a eficácia na gestão de

estoques é, por vários motivos, essencial ao êxito das operações.”. Ainda segundo Slack

(2009, p.355) “Os gerentes de produção têm usualmente uma atitude ambivalente em relação

a estoques”. Ao mesmo tempo em que os estoques significam capital imobilizado eles geram

uma segurança as operações que elas suportam.

Ainda segundo Stevenson (2001, p. 424) “estoque é um conjunto de bens armazenados”. Para

Slack (2009, p.356) “estoque é definido como a acumulação armazenada de recursos

materiais em um sistema de transformação”.

Ainda para Love (1979, citado em FREIRE, 2007) “Estoque é uma quantidade de bens ou

materiais, sob controle da empresa, em um estado relativamente ocioso, esperando por seu

uso ou venda.”.

O objetivo da administração de estoques é “otimizar o investimento em estoques, aumentando

o uso eficiente dos meios internos da empresa, minimizando as necessidades de capital

investido.” (DIAS, 1993, p.23).

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Segundo Stevenson (2001, p.426) a gerência tem duas funções básicas relativas aos estoques.

Uma delas é estabelecer um sistema de acompanhamento dos itens em estoque e a outra é

tomar decisão sobre quanto e quando encomendar.

Conforme Stevenson (2001, p.427) “os estoques são utilizados para atender às necessidades

determinadas pela demanda, sendo portanto essencial que existam estimativas confiáveis...”.

“Todo o início de estudo dos estoques está pautado na previsão do consumo do material.”

(DIAS, 1993, p.32). A previsão é a principal entrada do planejamento de estoques, é

fundamental para garantir a eficácia do método de gestão de estoques utilizado e é a hipótese

mais provável dos resultados esperados.

Segundo Dias (1993, p.32) o processo de previsão é um processo dinâmico que pode ser

representado como na figura 1.

Histórico do

Consumo

Análise do

Histórico do

Consumo

Formulação do

Modelo

Outros fatores

Informações

diversas

Avaliação do

modelo geração

de previsão

Correção da

previsão

Previsto

comprado com

o realizado

Continuamos

com a previsão

inicial

Decorrido um período

= Previsão confirmada

<> Modelo Não Válido

Figura 1: Comportamento dinâmico do processo de previsão

Podemos utilizar a classificação sugerida por Santoro (2008), que divide em dois grandes

grupos os modelos de gestão de estoque:

- Modelos reativos – modelos que permitem tomar as decisões de quando e quanto

abastecer os estoques sem que seja necessário obter previsões sobre a demanda.

- Modelos ativos – modelos que decidem com base em previsões de demanda futura.

Os modelos reativos se utilizam do sistema de ponto de pedido, onde o estoque é suprido

assim que este ponto é atingido. Segundo Santoro (2008) para este modelo “a demanda, na

absoluta maioria dos estudos, é considerada contínua, com média constante e explicada por

uma distribuição de probabilidade fixa e conhecida no tempo.”.

Em um estudo realizado através de simulação por Santoro (2008) foi demonstrado que os

modelos ativos levam vantagem sobre os modelos reativos, como o autor conclui:

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O resultado sugere um grande interesse no uso de modelos ativos, mesmo em

condições de baixa previsibilidade, e o interesse na consideração de

quantidades mínimas de aquisição nesse mesmo modelo, pois, mesmo

afastando-o de sua origem conceitual coerente com a idéia de JIT, fornece um

recurso adicional para seu melhor desempenho, enquanto não forem eliminados

os Custos de Pedido. (SANTORO, 2008, p.97).

Conforme Freire (2007, p.18) os modelos reativos são tão eficientes quanto os valores

estimados da demanda, determinados quando da definição dos seus parâmetros, se aproximam

dos valores reais da demanda. Logo quanto mais estacionário os valores da demanda mais

eficiente será o modelo.

Ainda segundo Freire (2007, p.18) os modelos ativos “trabalham com previsões de demanda

refeitas periodicamente.” Logo o modelo ativo responde bem a variações da demanda, mas a

sua eficiência depende de quanto à previsão da demanda se aproximam da demanda real.

Desta forma podemos verificar que o “desconhecimento da demanda, portando, afeta todos os

modelos de estoque, os reativos por suas variações no tempo e nas quantidades, e os ativos

pelos desvios (erros) de previsão.” (FREIRE, 2007, p.18).

Peça de reposição é um tipo de estoque que suportam as operações da manutenção. Entretanto

as peças de reposição diferem de outros tipos de estoques na manufatura por diversos motivos

(KENNEDY, 2001, p.201).

A função do estoque de peças de reposição é assistir à manutenção em manter os

equipamentos em condições de operar (KENNEDDY, 2001, p.201). O nível dos estoques das

peças de reposição é altamente influenciado pela forma de como os equipamentos são

utilizados e operados. Outro aspecto da manutenção que pode afetar o nível dos estoques das

peças de reposição é a possibilidade de postergar uma intervenção ou a necessidade da

realização de uma intervenção de manutenção não planejada (KENNEDY, 2001, p.201).

Segundo Kennedy (2001, p.202), existem várias condições que fazem as peças de reposição

se diferenciar dos estoques de produção ou dos produtos acabados, algumas destas condições

são:

- As políticas de manutenção, assim como a utilização dos equipamentos, ditam a

necessidade dos inventários das peças de reposição. Por exemplo, decisões como

reparar ou repor peças de máquinas tem um profundo impacto nos níveis de estoques.

Outra decisão é a escolha da quantidade de redundância do sistema. Se há muitas

redundâncias há a possibilidade de repor as partes das máquinas quando for

conveniente e manter níveis de estoques menores; se há uma pequena redundância há

uma grande necessidade de haver peças de reposição imediatamente disponíveis;

- Geralmente informações de confiabilidade não estão disponíveis no grau necessário

para uma predição dos tempos de falhas, particularmente nos casos de equipamentos

novos. Um dos benefícios do monitoramento contínuo de equipamentos é permitir um

operador predizer quando uma unidade necessitará reparos ou substituição, mas o

preço não possibilita que todos os equipamentos sejam monitorados.

- Falhas de peças são normalmente dependentes, isto cria um problema,

particularmente se a relação de dependência não é conhecida.

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- Demandas por partes são às vezes atendidas por canibalismo de outros

equipamentos.

Devido à natureza das peças de reposição há uma carência de modelos de gestão deste tipo de

estoque, como citado abaixo:

A carência de ferramentas e modelos para atender a natureza específica das

peças de reposição reforça a dificuldade em estabelecer metodologias e

estratégias consistentes para a gestão destes itens. Eles normalmente são de

baixíssimo giro, demandas altamente aleatórias e difíceis de prever, com

tempos de fornecimento estocásticos. O histórico da demanda nas empresas é

limitado com poucas ocorrências de demanda e longas seqüências de valores

nulos (WILLEMAIS, SMART, & SCHWARZ, 2004, citado por SILVA, 2009,

p.1).

Manutenção pode ser definida, segundo norma NBR 5462 (1994) como: “Combinação de

todas as ações técnicas e administrativas, incluindo as de supervisão, destinadas a manter ou

recolocar um item em um estado no qual possa desempenhar uma função requerida.”

Assim, as peças de reposição têm um caráter importante para permitir que a manutenção

possa cumprir a sua missão.

Para desempenhar as suas funções, a manutenção utiliza-se de uma série de ferramentas e

métodos que podem ser resumidos na política de manutenção que são as “inter-relações entre

os escalões de manutenção, os níveis de intervenção e os níveis de manutenção a serem

aplicados para a manutenção de um item.” NBR 5462 (1994).

A NBR 5462 (1994) estabelece as seguintes definições:

- Escalão da Manutenção: “A posição, dentro de uma organização, onde níveis de

manutenção especificados são efetuados em um item.”

- Manutenção Preventiva: “Manutenção efetuada em intervalos predeterminados, ou

de acordo com critérios prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a

degradação do funcionamento de um item.”

- Manutenção Corretiva: “Manutenção efetuada após a ocorrência de uma pane

destinada a recolocar um item em condições de executar uma função requerida.”

- Manutenção Preditiva: “Manutenção que permite garantir uma qualidade de

serviço desejada, com base na aplicação sistemática de técnicas de análise, utilizando-

se de meios de supervisão centralizados ou de amostragem, para reduzir ao mínimo a

manutenção preventiva e diminuir a manutenção corretiva.”

- Confiabilidade: “Capacidade de um item desempenhar uma função requerida sob

condições especificadas, durante um dado intervalo de tempo.”

3. Caracterização da organização

3.1. Visão geral da empresa

A empresa estudada atua na área de fertilizantes nitrogenados desde 1982. Está localizada no

nordeste do Brasil e tem como principais produtos a uréia (NH2CONH2), a amônia (NH3) e o

Dióxido de Carbono (CO2).

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A empresa atualmente é uma unidade de uma estatal brasileira de capital misto.

Há na unidade um total de 401 empregados próprios, o que representa 0,7% do total da

estatal, e 630 contratados (dados de agosto de 2011).

A capacidade atual é de 1.250 t/dia de amônia e 1.800 t/dia de uréia.

A empresa distribui seus produtos para todas as regiões do Brasil, seja em vendas diretas ou

como matéria prima para fabricação de outros produtos, estando os seus clientes localizados

nas atividades de indústrias fertilizantes, indústrias químicas, pecuária e agricultura.

A empresa mantém uma estrutura funcional, onde existem atualmente 01 Gerência Geral e 11

gerências de primeiro nível, distribuídas conforme organograma representado na figura 2.

Figura 2: Organograma da Unidade Industrial.

A gestão dos estoques de peças de reposição fica dividida entre as gerências de Manutenção,

Serviços de Apoio (coordenação de suprimentos) e Planejamento e Controladoria, onde

podemos separar de forma resumidas as atribuições de cada departamento como na Tabela 1.

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Departamento Funções com respeito à Gestão de Peças de Reposição

Manutenção Definição de Parâmetros de cadastro de materiais; Realização de

Previsão de Demanda; Especificação técnica de peças e

componentes; Utilização das peças na área.

Coordenação de

Suprimentos

Cadastro de materiais; Compra e Guarda das peças de reposição;

Acompanhamento de atendimentos as demandas.

Planejamento e

Controladoria Acompanhamento de indicadores de estoques.

Tabela 1: Funções dos departamentos da organização em estudo com respeito as atribuições

no processo de gestão de peças de reposição.

3.2. Organização da manutenção e sistema de aquisição de materiais

A manutenção realiza um planejamento centralizado, onde um grupo formado por técnicos da

operação e manutenção realizam o planejamento operacional (planejamento da liberação de

equipamentos e sistemas para intervenção) e o planejamento executivo (cronograma,

materiais e programação).

A execução da manutenção é realizada pelos setores de execução da manutenção (Gerência de

Equipamentos Estáticos, Dinâmicos e de Elétrica e Instrumentação) utilizando tanto pessoal

próprio quanto de contratados.

O processo de manutenção está dividido em dois grandes processos, manutenção de rotina e

manutenção de parada. A manutenção de rotina tem suas atividades realizadas com a planta

em operação ou em paradas de manutenção de curta duração, onde não houve uma

programação prévia do evento.

A manutenção de paradas ocupa-se de serviços em equipamentos que não podem ser liberados

em rotina. Este tipo de evento caracteriza-se por um período de fases de planejamento longos

o que permite uma boa antecipação das compras.

A manutenção de rotina, por sua vez, está dividida em dois tipos de serviços, os serviços de

manutenção corretiva, onde a demanda surge de forma não programada e a manutenção

preventiva, que são realizados através de planos de manutenção.

Os planos de manutenção são gerados e gerenciados pelos setores de execução da manutenção

e a programação dos planos é de responsabilidade dos técnicos de planejamento.

Esta programação é definida e acompanhada para uma realização anual.

Os materiais cadastrados no sistema operacional SAP R/3® são, na maior parte, inseridas

pelos técnicos do planejamento e os materiais não cadastrados são inseridos pelos técnicos de

material, que ficam lotados nas oficinas.

Todo o planejamento e gerenciamento de materiais são realizados através do sistema de

gestão SAP R/3® através de ordens de manutenção (módulo PM) e projetos (módulo PS).

O SAP R/3® se utiliza do MRP para gestão de materiais, conforme figura 3.

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AQUISIÇÃO PARA ESTOQUE

ReservaOrdem Planejada

Conversão

REQUISIÇÃO DE COMPRA

Mestre de

Material

AB B C

B

ADMINISTRAÇAO

DE ESTOQUE

CÁLCULO DAS NECESSIDADES LÍQUIDAS

AQUISIÇÃO PARA ESTOQUE

ReservaOrdem Planejada

Conversão

REQUISIÇÃO DE COMPRA

Mestre de

Material

AB B C

B

ADMINISTRAÇAO

DE ESTOQUE

AB B C

B

ADMINISTRAÇAO

DE ESTOQUE

CÁLCULO DAS NECESSIDADES LÍQUIDAS

Figura 3: Fluxograma MRP do SAP R/3®

O gerenciamento de estoques é realizado pelo SAP R/3® através do perfil MRP que define

quando e quanto é necessário para adquirir um item para atender a uma necessidade.

O perfil MRP estabelece uma relação entre o tipo de MRP e o tamanho do lote.

Os tipos de MRP estão divididos em dois modelos:

- Planejamento baseado no consumo e

- Planejamento baseado na demanda.

Na figura 4 segue os modelos de tipos de MRP.

MRP (VM)- ponto dereabast. Automát VM.

MRP(VB) - ponto dereabast. Manual -

Modelo- PlanejamentoBaseado em Consumo

Modelo- ponto dereabastecimento

MRP(VV)-Planejamento baseado previsão

MRP(ZD) – PlanejamentoBaseado na demanda

Modelos de Planejamento

Figura 4: Modelos de Tipos de MRP utilizados pelo sistema SAP R/3®

Os tipos de MRP baseados no ponto de reabastecimento seguem o modelo de curva de dente

de serra, conforme figura 5.

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Tempo de reabastecimento

Estoque Tamanho do lote

Ponto reabast.

Estoq. segur.

Ponto reabast. Ponto de fornecimento TempoSaldo abaixo do

ponto de

reabastecimento

Figura 5: Modelo Dente de Serra para tipo MRP baseado em reabastecimento

O ponto de reabastecimento (PR) é calculado como PR=C*TR+ES, onde C é o consumo

normal mensal, TR é o tempo de reabastecimento e ES é o Estoque de Segurança.

Para os materiais que utilizam o tipo de MRP baseado na previsão (VV), o mesmo segue o

conceito da tendência a serem utilizados para itens com sazonalidade.

Quando o modelo a ser utilizado é o baseado na demanda (ZD), o MRP utiliza-se das

solicitações oriundas de ordens de manutenção, diagramas de rede (projetos) e reservas

manuais fazendo um cálculo de demanda baseado apenas na previsão informada.

Os tamanhos dos lotes são divididos em HB- Reabastecimento até o ponto máximo; MB-

Proposta de adquirir o somatório mensal das necessidades e EX-Proposta de adquirir a

quantidade exata da reserva.

O tipo MRP ZS é reservado para materiais de equipamentos estratégicos e podem ter dois

comportamentos, a depender o tipo de lote. Quando o lote é HB o ZS comporta-se como um

item VB ou VM, isto é, mantém ponto de ressuprimento. Quando é tipo de lote EX o estoque

sempre é mantido no máximo. Para o cálculo do estoque o sistema considera as reservas e o

estoque físico para calcular as necessidades.

As requisições de compras são geradas apenas quando o tempo de ressuprimento é atingido,

mesmo que uma necessidade seja informada bem antes da data de necessidade o processo de

compras apenas iniciará conforme os tempos de ressuprimentos e processamentos informados.

O SAP sempre considera o tempo de fornecimento e a data da necessidade para estabelecer se

haverá falta ou não de um material. A cada final de período o SAP avalia o estoque físico,

mais o que está para receber e compara-se com o ponto de pedido ou com a demanda prevista

para a data de necessidade informada pelo planejador.

A combinação do tipo de MRP e Tamanho do Lote definem o Perfil de MRP.

Na empresa estudada os parâmetros de estoque que são utilizados para peças de reposição são

três, abaixo definidos:

- VBHB: Planejamento por Ponto de reabastecimento- cálculo manual

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- ZDEX: Planejamento conforme Demanda de consumo

- ZSEX: Planejamento Incerto sob Demanda- Itens estratégicos

Os parâmetros de cadastro dos materiais são de fundamental importância para o bom

funcionamento da ferramenta MRP.

Abaixo segue exemplos de peças de reposição cadastradas de acordo com os três perfis MRP

acima citados.

Material VB-HB

Figura 6: Imagem da tela de cadastro de um material VB-HB no SAP R/3

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Figura 7: Imagem da tela de cadastro de um material VB-HB no SAP R/3

Figura 8: Diagrama do comportamento de um material VB-HB no tempo

Material ZD-EX

R=2

Tempo

Q

Lead Time=150+2

Emax=3

Emin=0

Lo

te d

e C

om

pra

Material Te reto A105 galvanizado DN ½”x ½” X ½” 3000#

Taxa de consumo= 2/152 = 1/ 76 dias

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Figura 9: Imagem da tela de cadastro de um material ZD-EX no SAP R/3

Figura 10: Imagem da tela de cadastro de um material ZD-EX no SAP R/3

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Os materiais ZD-EX têm a sua demanda atendida plenamente, conforme exemplo abaixo.

Figura 11: Diagrama do comportamento de um material VB-HB no tempo

Material ZS-EX

Figura 12: Imagem da tela de cadastro de um material ZS-EX no SAP R/3

Tempo

Q

Tubo AC 5L-B PSL-1 S/C 1 ¼”X 0,140” STD

ab

aste

cim

en

to

de

ma

nd

a

Tempo em estoque

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Figura 13: Imagem da tela de cadastro de um material ZS-EX no SAP R/3

Os materiais ZS-EX devem manter o estoque máximo para atender plenamente a demanda.

O estoque máximo funciona como ponto reabastecimento, pois uma vez o estoque esteja

abaixo deste valor uma compra é disparada automaticamente.

Figura 14: Imagem da tela de cadastro de um material ZS-EX no SAP R/3

Estes parâmetros são definidos pelos usuários no momento de cadastro dos materiais e devem

passar por uma revisão periódica.

Tanto os parâmetros quanto os critérios de revisão são padronizados através de procedimento.

R=2

Tempo

Q

De

man

da 1

Bucha p/turb. vapor WORTH.

Consu

mo

De

man

da2

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Dados do mês de agosto de 2011 dos materiais cadastrados revelam a divisão do cadastro de

materiais conforme a especialidade da manutenção.

ESPECIALIDADEQT DE ITENS

CADASTRADOS% DO TOTAL ZD

% DO

TOTALZS

% DO

TOTALVB % DO TOTAL

MECÂNICA 3330 35,6% 316 9% 2965 89% 49 1%

CALDEIRARIA 2920 31,2% 2295 79% 553 19% 72 2%

INTRUMENTAÇÃO 1999 21,3% 299 15% 1653 83% 47 2%

ELÉTRICA 1117 11,9% 353 32% 742 66% 22 2%

TOTAIS 9366 100,0% 3263 35% 5913 63% 190 2%

Tabela 2: Perfil do cadastro de peças de reposição da empresa em estudo no mês de agosto de

2011.

4. Resultados e discussão

Conforme o Perfil MRP utilizado pela empresa em estudo, podemos classificar o modelo de

estoque, segundo a divisão sugerida por SANTORO (2008), como na tabela 3.

Perfil MRP Reativo Ativo Característica

VBHB X Cálculo através de ponto de pedido que seja abastecido até

o ponto máximo e os parâmetros são gerados e mantidos de

forma manual.

ZSEX X O sistema manterá o estoque no máximo e levará em

consideração as reservas de material.

ZDEX X Faz o planejamento conforme a demanda prevista de

consumo.

Tabela 3: Classificação dos modelos de estoque em prática pela empresa.

Com respeito à previsão da demanda o planejamento tem uma fundamental importância na

qualidade desta informação, pois podemos dividir a capacidade de previsibilidade conforme o

tipo de manutenção seguindo o esquema da figura 15 .

Tipo de

manutenção

Serviços de

Rotina

Serviços de

Projeto

Corretivo

Preventivo

Demanda

Errática e

esporádica

Programação

Anual

Cronograma

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Figura 15: Grau de previsão conforme tipo de manutenção.

O planejamento desenvolve suas atividades em todos os tipos de manutenção, sendo que nos

serviços de manutenção preventiva e nos projetos há uma maior possibilidade de se realizar

uma previsão mais confiável e também há um tempo maior para o setor de compras fazer o

seu planejamento de compras.

Já a manutenção corretiva é um inconveniente em todos os sentidos, pois além ser provocar

distúrbios na produção, é um tipo de evento que dificulta a sua previsão, pois teremos de levar

em consideração aspectos como confiabilidade e disponibilidade de equipamentos e sistemas.

Uma das formas de trazer um fator de previsão à manutenção corretiva é se utilizar de estudos

de confiabilidade para poder estabelecer a probabilidade de quando uma máquina irá

apresentar um tipo de falha, mas este tipo de método requer uma qualidade e quantidade de

informação que muitas vezes é difícil coletar e manter.

Outra forma é realizar um monitoramento dos equipamentos com o objetivo de tentar prever o

momento da falha do equipamento e tentar atuar de forma preditiva. Mas os custos não

permitem a realização deste monitoramento em todos os equipamentos da unidade e ainda sim

para alguns equipamentos algumas peças de reposição requerem tempos muito longos de

aquisição.

Os modelos ativos são os que se esperam os melhores resultados, logo é adequado que todos

os itens que possibilitem programação estejam enquadrados no modelo de estoque ativo,

conforme estabelece o padrão da empresa.

Já os itens de uso habitual na empresa podem tanto se enquadrar com eficiência nos itens

ativos, quanto nos itens reativos, com pouca diferença de resultados.

Entretanto a empresa mantém um grupo de planejamento dedicado a realizar a programação

dos serviços, o que possibilita a utilização do modelo ativo que, como já foi exposto, trará

melhores resultados para a organização.

Entretanto vemos que maioria dos itens cadastrados está enquadrada como itens reativos o

que pode gerar um nível de estoque acima do necessário.

Também foi possível verificar que o padrão de gestão da demanda em utilização pela empresa

está em acordo com a literatura da gestão de estoques, onde podemos destacar os seguintes

tópicos padronizados:

- Políticas e diretrizes de suprimentos;

- Um sistema de classificação das peças de reposição conforme a criticidade de cada

equipamento para cadastro;

- Definição dos perfis MRP a serem utilizados conforme a classificação de cada peça;

- Definição dos níveis dos estoques de segurança;

- Definição da forma e da frequência de um sistema de revisão de estoque;

- Definição dos itens de controle do processo.

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XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

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5. Conclusão

A previsão para peças de reposição pode ser realizada com um grau de confiabilidade

razoável nos eventos da manutenção enquadrados em manutenção preventiva e projetos. A

grande dificuldade são as manutenções corretivas, pois neste caso, uma previsão demandaria

um estudo adequando e completo de confiabilidade e disponibilidade de sistemas.

Por sua vez um estudo de confiabilidade e disponibilidade requer que a empresa tenha em seu

banco de dados informações confiáveis e representativas de falhas de equipamentos.

Tanto as peças de reposição classificadas como modelos ativos (previsão), como os reativos

(ponto de pedido) tem uma forte dependência da qualidade dos parâmetros de estoques

cadastrados destas peças, então se deve manter uma atenção para as revisões destes

parâmetros de estoques que deve ter uma forte atenção gerencial.

Para a definição do modelo de estoque para peças de reposição duas fontes de dados são

utilizados, o histórico de consumo e os dados de confiabilidade dos sistemas. Ambas as

informações são tratadas de forma estatística com a finalidade de tentar prever uma demanda

futura. Logo a inferência destas previsões tem uma probabilidade que depende diretamente da

confiabilidade dos dados, do tamanho da amostra, incertezas, isto é, os dados não podem ser

viciados. Também se deve considerar o grau de certeza das inferências estatísticas.

Um bom planejamento é a melhor forma de eliminar os erros decorrentes de tratamentos

estatísticos de demandas. O planejamento das necessidades de peças de reposição e a

manutenção dos parâmetros de suprimentos dos materiais podem permitir que a ferramenta

MRP seja o melhor na busca da máxima eficiência dos níveis de estoque.

Podemos assim determinar os passos para uma eficiente gestão de estoques:

- Determinar os parâmetros de estoque considerando o histórico de consumo, estudos

de confiabilidade e a opinião dos técnicos experientes;

- Determinar o objetivo dos itens em estoque (custo x nível de serviço) para cada tipo

de peça de reposição e conforme sua utilização no processo;

- Investir em planejamento para obter a melhor previsão de demanda possível;

- Utilizar ao máximo a ferramenta MRP;

- Utilizar o sistema de gestão atendendo o fluxo de processo modelado para evitar

introdução de erros de dados;

- Realizar revisões dos parâmetros de estoque através da comparação dos dados

previstos e os realizados;

- Utilizar ao máximo os dados disponibilizados pelo sistema de gestão;

- Utilizar itens de controle e indicadores que reflitam o objetivo maior da organização.

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Referências

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Belo Horizonte-MG, 2009.

SLACK, Nigel.. Administração da Produção. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2009.

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