O relevo é um dos elementos mais significativos do ambiente
natural, e o seu conhecimento, sua representação e sua
mensuração são de grande importância para a organização, o
planejamento e a gestão territoriais.
Como parte integrante do espaço físico, o relevo exerce influência
sobre a distribuição da população e condiciona as atividades
econômicas e a estruturação da rede viária, com reflexos sobre a
circulação de riquezas e mercadorias.
RELEVO
FORMAS DE RELEVO
Apresenta a área absoluta e a distribuição percentual das áreas
ocupadas pelas formas de relevo na Amazônia Legal.
Predomínio das formas dissecadas de topos tabulares (37,0%) e
convexos (29,5%) e das superfícies de aplanamento (12,5%)
perfazendo cerca de 80,0% do total da área regional.
Destacam-se também as formas aguçadas (5,2%), as planícies
(5,1%) e os planos abaciados (3,5%).
GEOINDICADORES DO RELEVO
Na análise do relevo da região amazônica foram selecionados, para este
estudo, cinco indicadores considerados relevantes para o entendimento
desta variável como um dos elementos integradores da dinâmica da
paisagem natural. São eles:
• modelados do relevo de acordo com a sua gênese;
• formas de relevo;
• áreas sujeitas a inundações;
• intensidade de dissecação do relevo;
• formas de relevo nas áreas antrópicas.
Aplicações
A identificação das áreas sujeitas a inundações permite avaliar condições de
drenagem da Amazônia Legal, em locais caracterizados por marcante flutuação
sazonal do nível das águas. Esta importante informação auxilia o planejamento
da ocupação e do uso do território
Fatores Restritivos
•As planícies marinha e fluvio-
marinhas não são recomendadas para
assentamentos urbanos, estando
sujeitas a movimentos de marés que
variam, aproximadamente, de 4 a 5
metros
•As planícies fluviais são sujeitas a
inundações sazonais podendo o leito
do rio alcançar toda a extensão da
planície nas cheias excepcionais.
Fatores Favoráveis
•As planícies marinha e fluvio-
marinhas possuem vegetação de
mangue que serve de berçario
para diversas espécies animais,
sendo considerada área de
preservação permanente.
•As planícies fluviais são
apropriadas para a agricultura e
para a criação de búfalos no
período de vazante dos rios.
Planície fluvial, Itacoatiara, AM Terraço fluviomarinho, Soure, Marajó, PA
Manguezal, Bragança, MA Baixo terraço inundado em Parintins,
rio Amazonas, AM
ÁREAS INUNDÁVEIS
INTENSIDADE DE DISSECAÇÃO DO RELEVO
Apresenta a localização, o valor absoluto e a distribuição percentual das
classes de intensidade de dissecação do relevo na Amazônia Legal. A
dissecação do relevo é representada pela combinação da densidade de
drenagem e do aprofundamento dos talvegues. Foi avaliada somente
nos modelados de dissecação, que correspondem a 72,3% do total
regional.
Foi classificada em:
Muito fraca - 11,8%
Fraca - 17,6%
Média - 19,5%
Forte - 12,4%
Muito forte - 11,0%
Aplicações
A intensidade de dissecação do relevo está relacionada à atuação do escoamento
concentrado como agente de esculturação do relevo.
É utilizada como um dos parâmetros de avaliação do relevo e constitui etapa
inicial da análise empírica da fragilidade ambiental, que somente pode ser feita
pelo cruzamento destes dados com informações do substrato geológico, do
clima, do solo, da cobertura vegetal e do uso da terra.
Fatores Restritivos
•Nas áreas de intensidade forte e
muito forte ocorre grande
número de canais fluviais
associados a fortes declividades
das encostas
•Aceleração dos processos
erosivos e movimentos de
massa com a retirada da
cobertura vegetal
Fatores Favoráveis
•Nas áreas de intensidade
fraca e muito fraca os
processos erosivos de fraco a
moderado favorecem a
implantação de projetos
agropecuários principalmente
nas áreas de topos planos e
fraca densidade da rede de
drenagem
Agricultura Pecuária Reflorestamento Vegetação secundária Área urbana e sua periferia
Região próxima a cidade de São Luís
Rodovia Transamazônica
Agricultura Pecuária Reflorestamento Vegetação secundária Área urbana e sua periferia
Chapada dos Parecis / Cabeceiras do Xingu
Entorno de Cuiabá / Pantanal