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UN I VER S I DADE FEDERAL DO ABC : CMCC
UFABC
Funções de Uma VariávelAula 23/10/2015
Cristian F. Coletti
Universidade Federal do ABC: CMCC
October 23, 2015Slide 1/38
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1 Pontos de Inflexão
2 Assintotas
3 Esboço do gráfico de uma funçãoExemplos
4 Polinómios de Taylor
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1 Pontos de Inflexão
2 Assintotas
3 Esboço do gráfico de uma funçãoExemplos
4 Polinómios de Taylor
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Pontos de inflexão
Um ponto a é um ponto de inflexão de f se esta mudar de detipo de côncavidade em (a, f (a)).
DefinitionSeja f : I→ R uma função contínua em a ∈ I. O número a é umponto de inflexão de f se existirem b,c ∈ R tais quea ∈ (b,c)⊂ I e
• f é cóncava para cima em (b,a) e f é cóncava para baixoem (b,c)ou
• f é cóncava para baixo em (b,a) e f é cóncava para cimaem (b,c)
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Figure: Ponto de Inflexão.
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Pontos de inflexão
TeoremaSeja f : I→ R uma função continua em a. Se a,b,c ∈ I tal quea ∈ (b,c)⊂ I. Se o sinal de f ′′ em (b,a) for diferente do sinal def ′′ em (a,c) então a é um ponto de inflexão de f .
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1 Pontos de Inflexão
2 Assintotas
3 Esboço do gráfico de uma funçãoExemplos
4 Polinómios de Taylor
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Assintotas
DefinitionSeja f : I→ R uma função qualquer. Se existem a,b ∈ R taisque
limx→+∞(f (x)−(ax +b)) = 0
dizemos que a reta y(x) = ax +b é uma assintota inclinada àfunção f . Se a = 0 dizemos que y(x) = b é uma assintotahorizontal à função f .
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Como encontrar a e b?
O coeficiente a é dado pelo valor do seguinte limite, se existir.
a = limx→+∞ f (x)
x.
Uma vez encontrado o valor de a podemos utiliza-lo paraencontrar o valor de b. O coeficiente b é dado pelo valor doseguinte limite, se existir.
b = limx→+∞(f (x)−ax) .
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DefinitionSeja f : I→ R uma função qualquer. Se existem c,d ∈ R taisque
limx→−∞(f (x)−(cx +d)) = 0
dizemos que a reta m(x) = cx +d é uma assintota inclinada àfunção f . Se c = 0 dizemos que m(x) = d é uma assintotahorizontal à função f .
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Como encontrar c e d?
O coeficiente c é dado pelo valor do seguinte limite, se existir.
c = limx→−∞ f (x)
x.
Uma vez encontrado o valor de c podemos utiliza-lo paraencontrar o valor de d . O coeficiente d é dado pelo valor doseguinte limite, se existir.
d = limx→−∞(f (x)−cx) .
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Assintotas verticais
A reta x = a é uma assintota vertical de uma função f se pelomenos uma das seguintes afirmações for verdadeira:
limx→a+
f (x) = +∞ limx→a−
f (x) = +∞lim
x→a+f (x) = −∞ lim
x→a−f (x) = −∞
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1 Pontos de Inflexão
2 Assintotas
3 Esboço do gráfico de uma funçãoExemplos
4 Polinómios de Taylor
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Construção de Gráficos
É possível fazer um esboço do gráfico de uma funçãoutilizando os conceitos e resultados obtidos ao longo do curso.A seguir damos um roteiro que não pretende ser exaustivo.Isto é, o roteiro a seguir serve apenas como um guia. Porém,destacamos que cada função apresenta suas peculiaridades eseria inútil tentar gerar um algoritmo que sirva para todas asfunções.
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Roteiro para a construção de gráficos
1 Encontrar o domínio D de f .2 Calcular os pontos de intersecção com os eixos.3 Encontrar os pontos críticos e os valores críticos.4 Determine, quando possível, se f for par ou ímpar.5 Determine intervalos de crescimento e decrescimento.6 Encontre os máximos e mínimos de f .7 Determine intervalos de concavidade para cima e para baixo.8 Determine os pontos de inflexão.9 Encontre as assintotas.10 Faça o esboço do gráfico de f .
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Observação:1 Saber se a função f é par ou ímpar pode diminuir o
trabalho a ser feito.2 Distinga entre pontos de máximos e mínimos locais e
globais.3 Distinga entre assintotas inclinadas, horizontais e
inclinadas.
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Esboço do gráfico de f (x) = 11+x2
• D(f ) = R.• f (0) = 1.• A equação f (x) = 0 não tem solução. Não há raízes.• f é uma função par já que f (x) = 1
1+x2 = 11+(−x)2 = f (−x)
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Esboço do gráfico de f (x) = 11+x2
• Pontos Críticos: f ′(x) = − 2x(1+x2)
2 . Neste caso, o único
ponto crítico é onde f ′(x) = 0. Isto é, x = 0.• Intervalos de crescimento e de decrescimento:
Claramente, f ′(x)> 0 em (−∞,0) e desta forma f écrescente nessa região. Por outro lado, f ′(x)< 0 em(0,∞) e f é decrescente nessa região.
• f ′′(x) = 2 3x2−1(1+x2)
3 . Logo, f ′′(0)< 0. Logo, 0 é um ponto de
máximo. Observe que f (0) = 1 é um ponto de máximoglobal.
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Esboço do gráfico de f (x) = 11+x2
Intervalos de concavidade para cima e para baixo. Para istoestudamos o sinal da derivada segunda. Note que o sinal daderivada segunda
23x2 −1
(1+x2)3
está determinado pelo sinal de 3x2 −1 já que tanto 2 como(1+x2
)3 são positivos.Desta forma, é fácil ver que f ′′ > 0 na região(
−∞,−1√3
)∪(
1√3,∞)
e portanto a função f é côncava para cima nessa região.
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UFABC UN I VER S I DADE FEDERAL DO ABC : CMCC
Esboço do gráfico de f (x) = 11+x2
Logo, f ′′ < 0 em(− 1√
3, 1√
3
)e a função f é côncava para baixo
nessa região.Concluímos que os pontos − 1√
3e 1√
3são pontos de inflexão.
Observe que f(
1√3
)= 3
4 = f(− 1√
3
).
Assintotas: Apenas horizontais: limx→+∞ f (x) = 0. Observeque limx→−∞ f (x) = 0.
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Esboço do gráfico de f (x) = 11+x2
Figure: Esboço do Gráfico de f (x) = 11+x2
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Exemplo: f (x) = x2
x+1
• D(f ) = {x ∈ R : x 6=−1}= (−∞,−1)∪ (−1,+∞).• f (0) = 0 e x = 0 é a única solução da equação f (x) = 0.
• Pontos críticos: f ′(x) = x(x+2)(x+1)2 . Os pontos críticos são os
valores de x onde f ′(x) = 0. Isto é, x = 0 e x =−2.
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Exemplo: f (x) = x2
x+1
• Intervalos de crescimento e de decrescimento:Claramente, f ′(x)> 0 se e somente se x(x +2)> 0 ex 6=−1 já que (x +1)2 > 0 se x 6=−1 e −1 /∈ D(f ).
Observe que x(x +2)> 0 see [x > 0 e x >−2 see x > 0]ou [x < 0 e x +2< 0 see x < 0 e x <−2 see x <−2)].
É imediato que f ′(x)> 0 se e somente se
x ∈ (−∞,−2)∪ (0,+∞) .
Desta forma f (x) é crescente em (−∞,−2)∪ (0,+∞)
Uma análise semelhante mostra que f (x) é decrescenteem (−2,2) já que f ′(x)< 0 em (−2,2).
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Exemplo: f (x) = x2
x+1
• f ′′(x) = 2(x+1)3 .
Logo, f ′′(0) = 2> 0 e 0 é um ponto de mínimo. Observe quef (0) = 0Por outro lado, f ′′(−2) = −2< 0 e −2 é um ponto de máximo.Observe que f (−2) = −4.
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Exemplo: f (x) = x2
x+1
• Intervalos de concavidade para cima e para baixo. Paraisto estudamos o sinal da derivada segunda. Note que osinal da derivada segunda 2
(x+1)3 está determinado pelo
sinal de (x +1)3. Desta forma, é fácil ver que f ′′(x)> 0 naregião (−1,∞) e portanto a função f (x) é côncava paracima nessa região.Por outro lado, f ′′(x)< 0 em (−∞,−1) e a função f (x) écôncava para baixo nessa região.
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Exemplo: f (x) = x2
x+1
• Assintotas: Não há assintotas horizontais:limx→+∞ f (x) = +∞ e limx→−∞ f (x) = −∞.
• Assintotas verticais: limx→−1+ f (x) = +∞. Logo, a retax =−1 é uma assintota vertical. Observe quelimx→−1− f (x) = −∞.
• Assintotas obliquas: limx→+∞ f(x)x = 1 e
limx→+∞ f (x)−x = limx→+∞− xx+1 =−1. Logo,
y(x) = x −1 é uma assintota obliqua.
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UFABC UN I VER S I DADE FEDERAL DO ABC : CMCC
Exemplo: f (x) = x2
x+1
• limx→−1+x2
x+1 =+∞ então x =−1 é uma assintotahorizontal de f (x).
A efeitos de realizar o esboço do gráfico de f (x) é útil calcular
limx→−1−
x2
x +1=−∞.
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Exemplo: f (x) = x2
x+1
Figure: Esboço do Gráfico de f (x) = x2
x+1Slide 28/38 — Coletti - Yepes — Funções de Uma Variável Aula 23/10/2015 — October 23, 2015
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1 Pontos de Inflexão
2 Assintotas
3 Esboço do gráfico de uma funçãoExemplos
4 Polinómios de Taylor
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Polinómio de TaylorPn,a(x) é um polinómio de grau n centrado em a se
Pn,a(x) = a0 +a1(x −a)+a2(x −a)2
+ a3(x −a)3 + . . .+an(x −a)n.
Problema: dada uma função f ,n vezes diferenciável,procuramos um polinómio de grau n centrado em a quesatisfaça as condições P(k)
n,a (a) = f (k)(a) para k = 0,1, . . . ,n .Ao impormos estas condições obtemos:
Pn,a(x) = f (a)+ f ′(a)(x −a)+f ′′(a)
2!(x −a)2
+f ′′′(a)
3!(x −a)3 + . . .+
f (n)(a)n!
(x −a)n.
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Polinómio de Taylor
DefinitionSeja f uma função n vezes diferenciável. O polinómio de Taylor degrau n associado a f em a é o polinómio
Pn,a(x) = f (a)+ f ′(a)(x −a)+f ′′(a)
2!(x −a)2
+f ′′′(a)
3!(x −a)3 + . . .+
f (n)(a)n!
(x −a)n.
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Polinómio de Taylor
Observe que se n = 1, então o polinómio de Taylor de grau 1centrado em a nada mais é do que a reta tangente à curva noponto (a, f (a)).
Uma aplicação do Teorema de L´Hôpital nos permite concluirque
limx→a
f (x)−Pn,a(x)(x −a)n = 0.
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Polinómio de Taylor
TeoremaSeja f uma função n+1 vezes diferenciável. Então,
f (x) = Pn,a(x)+Rn,a(x)
onde
Rn,a(x) =f (n+1)(c)(n+1)!
(x −a)n+1
e c ∈ (a,x).
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Polinómio de Taylor
Observação: A expressão Rn,a(x) pode ser rescrita daseguinte forma:
Rn,a(x) =f (n+1)(a+θ(x −a))
(n+1)!(x −a)n+1
onde 0< θ < 1.
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Polinómio de Taylor de ex em 0
• Se f (x) = ex então f (k)(x) = ex para todo k ef (k)(0) = e0 = 1. Logo, o polinómio de Taylor de ex de graun em 0 é
Pn,0 = Pn(x) = 1+x +x2
2+
x3
3!+ . . .+
xn
n!.
e pelo teorema acima
ex = 1+x +x2
2+
x3
3!+ . . .+
xn
n!+
xn+1
(n+1)!eθx ,
onde 0< θ < x .
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Polinómio de Taylor de ex em 0
• Se |x |6 1 então |Rn,0|= | xn+1
(n+1)!eθx |6 3
(n+1)! .
• Se |x |6 1 e n = 8 então |R8,0|= |x8+1
9! eθx |6 39! 6
39! .
• Se x = 1,
e = 1+1+12!
+13!
+ . . .+18!
+19!
eθ.
• Logo,
1+1+12!
+13!
+ . . .+18!
= 2,71827
é uma aproximação de e com erro de no máximo39! = 0,00001.
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Polinómio de Taylor de sin(x) em 0
Seja f (x) = sin(x). Logo,
f (2k)(x) = (−1)k sin(x)
e
f (2k+1)(x) = (−1)k cos(x).
Logo, o polinómio de Taylor de sin(x) em 0 de grau 2n+1 édado pela seguinte expressão
P2n+1,0(x) = x −x3
3!+
x5
5!− . . .+(−1)n x2n+1
(2n+1)!.
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Polinómio de Taylor de sin(x) em 0
O erro é limitado por
|R2n+1,0| = |sin(θx)(2n+2)!
|
61
(2n+2)!,
onde 0< θ < 1.
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