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FÓRUM ESTADUAL DE ARTES CÊNICAS – FETAC
A Federação Tocantinense de Artes Cênicas realizou nos dia 17, 18 e 19 de julho de 2020, o 1º
Fórum Estadual de Artes Cênicas da FETAC, que uniu artistas e grupos do teatro, dança e circo de todo o
Tocantins, em Web Conferência com quase 20 horas de debates e participação efetiva de mais de 140
profissionais representantes de grupos, coletivos e empresas do setor.
Neste Fórum foram apresentadas demandas, necessidades, prejuízos e sugeridas pautas e ações
de grande relevância para o setor cênico e toda sua cadeia produtiva, a curto, médio e longo prazos.
Assim, apresentamos neste relatório todos esses apontamentos.
1. DA PARTICIPAÇÃO E VALIDAÇÃO DA FETAC NO SETOR CÊNICO TOCANTINENSE
A Federação Tocantinense de Artes Cênicas, em conformidade com o Art. 8º da CFB e dos
artigos 534 e 611 da CLT, é a maior instituição de direito privado de representação de classe do setor de
artes cênicas e de seus trabalhadores, em âmbito Estadual no Tocantins. Conta com dezenas de
empresas, companhias, coletivos cênicos e grupos formalizados ou informais na sua base de filiados.
Também são filiados centenas de artistas, professores, técnicos, sonoplastas, fotógrafos cênicos,
costureiras, dramaturgos, iluminadores cênicos, coreógrafos, cenógrafos, cenotécnicos, técnicos de som
e luz, e servidores públicos da área cênica, e outros profissionais vinculados a empresas e/ou governo e
ainda empreendedores culturais independentes, como pode ser observado nos gráficos abaixo:
TIPO DE FILIAÇÃO DO ARTISTA
TIPO DE ATUAÇÃO DO ARTISTA FILIADO (Servidor Público; Funcionário; Integrante de Empresa)
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TIPOS DE INSTITUIÇÕES FILIADAS (Grupos, Companhias, Empresa e Coletivos Cênicos)
TIPOS DE FORMALIZAÇÃO JURÍDICA DAS INSTITUIÇÕES FILIADAS
2. DA PARTICIPAÇÃO E VALIDAÇÃO DO FÓRUM ESTADUAL DA FETAC
A Federação, cumprindo os ritos legais, instituiu, após aprovação da Diretoria Executiva e do
Conselho Fiscal da entidade, um Regimento Interno do Fórum Estadual da FETAC, que prevê que sejam
realizados amplos debates do setor, anualmente, por meio de Fóruns, divididos em: Plenária Geral,
Câmaras Temáticas Setoriais e Coordenação Executiva. Os Fóruns sãos instâncias máximas de
deliberação e aprovação de demandas, ações e defesas da Federação e, neste ano de 2020, foi chamado
oficialmente por meio da Portaria FETAC 001/2020, de 06 de julho de 2020, publicada nos canais oficiais
da Federação, cumprindo os prazos regimentais de chamamento, divulgação e realização, objetivando a
perfeita organização e validade deste evento, em conformidade com legislação vigente.
Assim, foram discutidas e apresentadas demandas específicas de cada setor que compõe a
Federação (teatro, dança e circo e demais trabalhadores da cena) em Câmaras Temáticas Setoriais
independentes. Os documentos dessas Setoriais passaram pelo referendo e validados na Plenária de
cada Regional Administrativa da FETAC (Norte, Sul e Central), e, juntos compõem um Documento
Regional do Fórum. O conjunto de documentos de cada uma das Regionais compõe um documento
Estadual denominado: “CARTA DO FÓRUM FETAC 2020”. A partir deste documento, serão
encaminhados aos municípios e ao Governo do Estado, as demandas, sugestões e solicitações da
categoria, respeitando sempre as atribuições, jurisprudências e abrangências de cada ente federativo do
Estado Brasileiro.
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Para melhor visualização e ilustrar a dinâmica da realização dos Fóruns Regionais e da grande
participação social e institucional do evento, apresentamos abaixo alguns gráficos:
DA PARTICIPÇÃO NAS REGIONAIS:
DA PARTICIPAÇÃO NAS SETORIAIS
DA PARTICIPAÇÃO DE INSCRITOS
A partir desses dados estatísticos e quantitativos gerais de participação de grupos, companhias,
coletivos cênicos e artistas independentes, entendemos que a CARTA DO FÓRUM FETAC 2020, tem
legitimidade e força legal para representar as demandas da área, seja na formulação de defesas da
Federação, seja na proposição de ações efetivas dos governos municipais e estadual do Tocantins.
Neste sentido, e compreendendo as deliberações e aprovações da Plenária do Fórum - formada
por suas Setoriais, bem como a importância jurídica da FETAC na defesa do setor, apresentamos para os
governos a CARTA DO FÓRUM FETAC 2020, para conhecimento e resoluções, de acordo com suas
atribuições, apontando necessidades objetivas e demandas para resolução a curto, médio e longo
prazos.
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CARTA DO FÓRUM FETAC 2020 (Documento em Âmbito Estadual - Tocantins)
CAPÍTULO I – DOS PREJUÍZOS E NECESSIDADES URGENTES DO SETOR CÊNICO
1. DOS PREJUÍZOS NO ANO DE 2020
As artes cênicas no Estado do Tocantins enfrentam em 2020 uma grande crise econômica que
contribuiu para prejuízos de grandes proporções. A área já vinha há anos sem investimentos públicos
mínimos na imensa maioria dos municípios do Estado e até mesmo por parte do Governo do
Tocantins. A partir de março deste ano, com a chegada da pandemia provocada pelo Covid-19
(Corona-vírus), paralisou-se totalmente o setor, que necessita naturalmente de aglomeração para
subsistir, e com isso, gerou uma crise econômica em toda a cadeia, sem precedente.
Em números, em âmbito Estadual, foram levantados que pelo menos 400 mil pessoas que
assistiriam as agendas artísticas canceladas, deixaram de ter acesso às produções cênicas no
Tocantins, que contabiliza um prejuízo financeiro estimado de R$ 4.180.000,00 (quatro milhões,
cento e oitenta mil reais), entre vendas de produtos, bilheterias, patrocínios frustrados, e
desdobramentos de comércio e prestação de serviço diretor e indireto que se abastece da economia
da cultural neste setor, provocando grande prejuízo e vulnerabilidade na vida dos trabalhadores da
cena. Estimamos, a partir dos dados dos grupos e profissionais participantes do Fórum, que foram
aproximadamente 3.680 (três mil, seiscentos e oitenta) profissionais atingidos (artistas, produtores,
criadores cênicos, colaboradores, terceirizados, prestadores de serviços, técnicos e afins) que
tiveram suas atividades profissionais paralisados parcialmente ou totalmente neste ano,
principalmente e pontualmente por conta da pandemia que nos assola.
Outro dado importante apontado nos Fóruns Regionais, realizados pela FETAC, foram os
cancelamentos de eventos e pautas, que abastecem os dados acima apresentados e dão à dinâmica e
a clareza destes prejuízos, ao passo que nos possibilita melhor compreensão para oferecer propostas
coerentes para as gestões públicas, que apresentaremos oportunamente neste documento.
Na Regional de Gurupi, por exemplo, foram apontados os cancelamentos: Da montagem do
espetáculo "I nois daqui" - Cia SDG; Das atividades do projeto Corpo em Movimento – IFTO; Das
atividades presenciais no Centro de Convivência – Cariri; Do Mutuca - Mostra de trabalhos
Acadêmicos dos cursos de Licenciatura em artes Cênicas e Teatro; Do Mosart- Mostra Nacional de
Artes do IFTO; Do Festival de Cultura Corporal da Unirg; Do Festival Arte & Manha do IFTO, De
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apresentações, ensaios, produções, oficinas, capacitações, aulas de artes cênicas entre outros de
grupos como: Motirõ, GuruImpro, ImproMedio, MelodrArt, Confraria do Cerrado, Coletivo “Um
Corpo Uma Voz”, entre outros.Estimando-se, somente nesta região, que aproximadamente 60.000
espectadores ficaram sem acesso aos produtos culturais previsto na agenda esse ano, e mais de 280
profissionais foram prejudicados direta ou indiretamente, num prejuízo estimado de
aproximadamente R$ 130.000,00 (cento e trinta mil reais). Dados importantes se tratando de uma
região que historicamente tem baixos investimentos na área cênica.
Na Regional de Araguaína, não foi diferente, foram apontados os cancelamentos: Do Festival
de Arte Popular - FADA; Do Festival de dança Amizade – FESTA; Do Festival de Teatro de Araguaína;
Da Temporada de Arte e Cultura Popular de Araguaína (com programação somente neste festival de
10 eventos de artes cênicas); Da Circulação Nacional de espetáculos do Grupo Art ’palco; Da
paralisação total das programações do Espaço Cultural Art’palco (com previsão de apresentações de
05 espetáculos teatrais de Araguaína e região Norte); Do cancelamento de apresentação de
espetáculos como: "A cigarra e a formiga" e "O Rei Leão" entre outros; Da interrupção de oficinas de
dança, teatro, canto, desenho, violão e apresentações teatrais do Instituto Social e Cultural Araguaia
- ISCA; Da paralisação de ensaios e apresentação do teatro ao ar livre da Via Sacra, com 500 pessoas
envolvidas entre atores, produtores e técnicos e prestadores de serviço; Da paralisação das
atividades circenses locais, entre outros. Assim, é estimado nesta região, que um público de
aproximadamente 150.000 (cento e cinquenta mil) espectadores deixou de ter acesso às
apresentações culturais, e cerca de 1.200 trabalhadores da cena e prestadores de serviços (incluindo
artistas, técnicos e produtores, vendedores ambulantes, montadores, iluminadores, serviços de
iluminação, sonorização, figurinistas, artistas plásticos, costureiras, cenógrafos, fotógrafos,
seguranças, brigadistas, cinegrafistas, artesãos, cozinheiros, etc), ficaram vulneráveis e prejudicados
direta ou indiretamente, num prejuízo financeiro, para a cadeia produtiva local, de
aproximadamente R$ 690.000,00 (seiscentos e noventa mil reais), que deixou de circular na
economia local.
Já na região central do Estado do Tocantins, onde a capital, Palmas, se insere, seja pela
quantidade de profissionais, ou pela dinâmica do setor, observamos dados ainda mais alarmantes.
Foram apontados os cancelamentos e/ou interrupções: De aulas e ensaios no Ponto de Cultura
Sombras do Hip Hop; De 10 Oficinas que seriam ministradas pela Cia. Contágius de dança e teatro;
Dos módulos de cursos de dança e toda produção cênica de espetáculos do “Andanças Escola Teatro
e Cia de Dança do Tocantins”- Porto Nacional/TO; Dos módulos de cursos de dança e toda produção
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cênica de espetáculos do Studio Innovare de Dance; Das atividades do Studio Injoy; Da Escola
Evidence de Palmas; Da Verbo Escola de Dança, Do Comclasse Ballet e Boas Maneiras; Do
Contratempo Dança de Salão; Da Lamira Artes Cênicas; Do 40° Grau; Da programação do Dia
Internacional da Dança; Da Mostra Hip Hop; De apresentações das manifestações da dança
tradicional e popular (também Indígena e Quilombola); De Projetos de circulação nacional, de grupos
e artistas desta regional; Da Mostra de Artes Cênicas de Palmas; Da Circulação Nacional Sesc
Amazônia das Artes(2020); De Apresentações Internacionais - Festival “À Corps na Universidade de
Poitiers” (France); De apresentações de espetáculos como: “Tumbeiros”; "Só Maria é Daqui"; Da
MOSCA - Mostra semestral do curso de artes da UFT; Do Festival Jiquitaia do Sesc; Da Mostra
semestral dos Cursos de Artes Cênicas da Fundação Cultural de Palmas; Da Mostra de Artes Cênicas
das Escolas Sesc; Do cancelamento das atividades do Conservatório Brasileiro de Teatro, em Brasília
(com participação de artista tocantinense); Da suspensão de ensaios e apresentação da Peça de
Teatro “Eu & Minha Gina”; De 3 produções nacionais e 1 produção local que seriam promovidos pela
Fluxo Criativo; Do cancelamento de show de humor de Hitalon Bastos e outros comediantes; De
cancelamento de apresentações do espetáculo “Zé”; Da interrupção das atividades do Espaço
Cultural Art’palco – Palmas (oficinas de dança, teatro, canto, desenho, violão); Da suspensão de
apresentação do espetáculo “Elas Por Ela”; Da suspensão de temporada espetáculo “A Hora Do Ary”;
Do espetáculo "Bullying que Bicho é Esse" nas Escolas; Da temporada do espetáculo "Teddy e Nina";
Do espetáculo "Só se For de Samba"; Da temporada do espetáculo "Desafinados"; Do cancelamento
de 16 pautas da Cia. Cenaberta de teatro (estreias e novas temporadas de espetáculos como:
“Drácula”, “O Antiquário Frankl”, “O Pequeno Príncipe no Cerrado” e “De Caso com a Solidão”); Do
cancelamento do intercâmbio com a diretora teatral Mayra Oliveira - Diretora e Dirigente do Grupo
de Teatro de Rua Esquadrão da Vida - Brasília- DF; Do cancelamento do evento Os Gigantes de
Palmas; Do cancelamento da 17ª edição do espetáculo Teatral da Paixão de Cristo 2020; Da
suspensão das produções dos espetáculos: “Ver pela primeira vez”; “De volta ao primeiro amor”;
“Auto de Natal” e “Contamine-se com cultura”; Do cancelamento da temporada das "Histórias que
Vou te Contar"(12 Escolas particulares e municipais); Da suspensão da circulação estadual das
“Histórias Que Vou Te Contar”; Do cancelamento da imersão de teatro do Ponto de Cultura UM
PONTO DOIS; Da interrupção de 100% das atividades circenses e importantes eventos como: Dos
Espetáculos em praças e ruas de Palmas; Do Festival de Circo de Taquaruçu 2020, de maneira
presencial; Do Projetos de circulação estadual e nacional previstos para este ano; Do “Circo na Serra”
evento de apresentação no Centro Cultural Circo Os Kaco, entre dezenas de outras agendas. Toda
esta frustração prejudicou fortemente a saúde financeira e a manutenção de dezenas de grupos,
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coletivos e companhias como: Coletivo Agulha Cenas; Cia de teatro UmPontoDois; Cia Os Kako;
Aldeia Tabokagrande; Associação Ação Social Jesus de Nazaré – AASJN; Cia Art Sacra; grupo teatral
Xerente Warã (Tocantínia); Batatinha Frita e Cocada; A Barraca Cia de Artes; Jujubas; Lamira Artes
Cênicas; Sombras do Hip Hop; Cia. Contagius; Andanças Cia. de Dança; Cia Teatro da Essencia; Fluxo
Criativo; Hitalon Bastos Show de Humor; A Barraca Cia de Artes; Jubalina Produções; Diversa
Produções; Grupo Tukan Música e Teatro; Grupo ArtPalco-Palmas; Cia. Cenaberta de Teatro; entre
muitos outros.
Assim, estimamos, após análise das agendas e dados apresentados pelos participantes do
Fórum nesta região central, que um público de aproximadamente 190.000 (cento e noventa mil)
espectadores deixou de ter acesso às apresentações culturais na região central, seja por
apresentações dentro do território local ou pelas atividades de circulação Estadual, Nacional e
Internacional canceladas, que gerou impacto negativo a cerca de 2.200 (dois mil e duzentos)artistas,
trabalhadores da cena e prestadores de serviços (incluindo aqui artistas, técnicos e produtores,
vendedores ambulantes, montadores, iluminadores, serviços de iluminação, sonorização,
figurinistas, artistas plásticos, costureiras, cenógrafos, fotógrafos, seguranças, brigadistas,
costureiras,cinegrafistas, fotógrafos,artesãos, cozinheiros, montadores, etc), que ficaram vulneráveis
e tiveram prejuízos diretos e indiretos,num montante financeiro estimado em R$ 3.360.000,00 (três
milhões, trezentos e sessenta mil reais), que impulsionaria a cadeira produtiva da economia da
cultura deste setor, e que deixou de circular na economia local.
Após esta necessária contextualização geral da área de Artes Cênicas do Estado do Tocantins,
seus prejuízos e o impacto diretos na economia local, propõem-se abaixo as demandas da classe,
observando os seguimentos que formam o setor cênico (teatro, dança e circo e demais trabalhadores
da cena), para análise e deliberação dos Órgãos de Gestão das Políticas Culturais, Municipais e
Estadual, no sentido de nos atender nas nossas demandas e necessidades, devidamente qualificadas
e aprovadas em Plenário do 1º Fórum Estadual de Artes Cênicas da FETAC.
CAPÍTULO II – DEMANDAS, NECESSIDADES E SOLICITAÇÕES DA ÁREA DE ARTES
CÊNCICAS
1. DAS NECESSIDADES GERAIS DO SETOR PARA 2020 (Curto Prazo)
a) Necessitamos de repasse financeiro urgente, seja por editais, prêmios ou chamamentos
públicos simplificados, para amparar os produtores e artistas que estão paralisados;
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b) Necessitamos que o poder público cubra os prejuízos, ou parte deles, por meio de
repasses financeiros, com recursos próprios ou da Lei Federal “Aldir Blanc”;
c) Necessitamos que os artistas, pessoas físicas, sejam assistidos efetivamente e amparados
com políticas públicas por meio de fomento e investimentos, colaborando com o acesso a
arte e a cultura;
d) Necessitamos que o Estado os municípios promovam ações de retomada das atividades
com fomento que viabilizem a execução de projetos novos e/ou paralisados;
e) Necessitamos de criação dentro dos editais e chamamentos públicos específicos para a
linguagem do circo, lembrando das suas diversas vertentes, arte de rua, circo de lona,
trupes itinerantes, artistas independentes, escolas de circo, pesquisa em circo, circo
social;
2. DAS NECESSIDADES GERAIS DO SETOR A PARTIR DE 2021 - (Médio e Longo Prazo)
2.1 NECESSIDADES COMUNS - GERAL:
a) QUE sejam criados ou implementado de forma constante, bem como mantido
efetivamente, programas de fomento cultural com recursos próprios do governo, com
repasses por meio de editais de premiação e chamamentos simplificados na área da
dança, teatro, circo, festivais, mostras e afins;
b) QUE seja criada, reformada e/ou ampliada a malha de equipamentos culturais que
viabilizem montagem, circulação e apresentações cênicas (teatro, dança e circo) com
qualidade;
c) QUE sejam implementados pontos de cultura, centros de culturas, espaços adequados
para ensaio dos grupos e para a formação cênica;
d) QUE seja criado espaço adequado para apresentações de dança e teatro com aparato
técnico (coxia, linóleo, iluminação, som, camarim, etc);
e) QUE seja Implantado Fundo Municipal de Cultura para os Municípios, em conta
específica;
f) QUE seja transformado o Fundo Estadual de Cultura num fundo contábil e FINANCEIRO,
em conta específica;
g) QUE seja implantado Conselho Municipal de Cultura nos municípios que não o tem;
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h) QUE seja debatido, aprovado e implantado Plano Municipal de Cultura, nos Municípios;
i) QUE seja implementado efetivamente os Sistemas Municipais e Estadual de Cultura;
j) QUE seja reconhecido o direito do CIRCO de implementar as instalações e licenças
devidas a uma lona de circo baseados em leis atuantes no Brasil;
k) QUE seja separada a Câmara Setorial do CIRCO, no Conselho Estadual de Políticas
Culturais do Tocantins;
l) QUE sejam criadas mostras circenses em âmbito Estadual, com produção e técnica
especializada em Arte Circense;
CAPÍTULO II – SOLICITAÇÕES DO SETOR CÊNICO PARA GESTÃO PÚBLICA DE CULTURA
(MUNICIPAL)
1. PARA RESOLUÇÃO MUNICIPAL EM CURTO PRAZO (ATÉ DEZEMBRO DE 2020)
DEMANDAS AOS MUNICÍPIOSPARA RESOLUÇÃO COM RECURSOS FINANCEIROS DA
LEI ALDIR BLANC (ITEM II DO ART. 2º)
QUE SEJA criada, via chamamento, para atender o Inciso II, a divisão em três grupos de repasse
dos recursos para as instituições com personalidade culturais;
1. De R$ 3.000,00 (três mil reais)- Para instituições ou grupos coletivos com até 03
integrantes ou colaboradores na sua entidade ou empresa, que não tenha espaço físico para
manter, sejam com ou sem fins lucrativos;
2. De R$ 6.000,00 (seis mil reais) - Para instituições ou grupos coletivos com 04 a 09
integrantes ou colaboradores na sua entidade ou empresa, que não tenha espaço físico para
manter, sendo com ou sem fins lucrativos;
3. De R$10.000,00 (dez mil reais)- Para instituições ou grupos coletivos que tenham de 10 ou
mais integrantes ou colaboradores na sua organização, sendo com ou sem fins lucrativos,
e/ou com espaços físicos para se manter (tais como lonas de circo, espaços culturais, escolas
de dança em funcionamento, etc).
QUE ESTE repasse seja realizado durante o período de 06 meses/parcelas, a contar de julho
(pagando retroativo) e finalizando em dezembro 2020;
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QUE SEJA reconhecida a relação das entidades, grupos coletivos, empresas, apresentadas pela
FETAC como cadastro válido para todos os fins;
DEMANDAS AOS MUNICÍPIOS PARA RESOLUÇÃO COM RECURSOS FINANCEIROS
DA LEI ALDIR BLANC (ITEM III DO ART. 2º)
QUE seja aberto edital de premiação simplificado, para atender o Inciso III, com baixa exigência
de participação, inclusive no formato de inscrição, utilizando-se desde áudios, vídeos a
formulários eletrônicos como Google Forms, entre outros, bem como, reduzir ao máximo as
exigências de prestação de contas, sendo essas condizentes com a atividade cultural e aceitando
os relatórios como contrapartida;
QUE sejam observadas as contrapartidas previstas na Lei Aldir Blanc: prestando serviços para os
alunos da rede pública e no formato de intercâmbio artístico cultural e cadeia produtiva entre os
grupos/instituições/espaços culturais/escolas privadas.
QUE os valores mínimos sejam considerados para a área de Artes Cênicas (Dança, Teatro, Circo e
demais trabalhadores da Cena):
1 - No mínimo R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por prêmio para pessoas físicas;
2 - No mínimo R$ 10.000,00 (dez mil reais) para MEI’s, Grupos Coletivos e ONGs com até 04
integrantes;
3 - No mínimo R$ 15.000,00 (quinze mil reais) para instituições de médio porte (até 05 a 09
integrantes), com ou sem fins lucrativos;
4. No mínimo R$ 20.000,00 (vinte mil reais) para instituições de grande porte - produtoras
culturais e ONG’s (com 10 integrantes ou mais), com ou sem fins lucrativos;
5. No mínimo R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para instituições legalizadas, de representação
de classe como: Federação, Sindicato e Associação de Classista, com atuação e nível Estadual
ou Municipal;
DEMANDAS AOS MUNICÍPIOSCOM RECURSOS PRÓPRIOS
Criar editais para apresentações virtuais, com recursos próprios,
OFERTA de capacitação online para bailarinos, professores de dança e outros profissionais das
artes cênicas.
OFERECER capacitação técnica para elaboração de projeto.
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CRIAÇÃO de Calendário Cultural do Município;
APOIAR e reconhecer movimentos independentes culturais.
REALIZAR formação e capacitação de agentes culturais e artísticos permanentes nos municípios;
DISPONIBILIZAR técnicos dos governos para auxiliar na elaboração de projetos culturais, para dar
apoio as pessoas mais vulneráveis e sem qualificação técnica para tal.
DEFINIR equipe técnica qualificada e reconhecida pela classe, para a realização de avaliações de
seleção dos projetos na área de Artes Cênicas (dança, teatro e circo), estando atentos as danças
e as manifestações populares e tradicionais;
CEDER os espaços culturais para realização de Live’s e ensaios presenciais (com as devidas
medidas de segurança), como exemplo da utilização do Centro de Convenções Mauro Cunha, em
Gurupi, e Memorial Coluna Prestes, em Palmas, entre outros.
2. PARA RESOLUÇÃO MUNICIPAL EM MÉDIO E LONGO PRAZO (A PARTIR DE JANEIRO DE
2021)
INFRAESTRUTURA CÊNICA-CULTURAL GERAL
QUE sejam construídos espaços para apresentações Culturais e artísticas em periferias das
cidades, até 2025;
QUE sejam construídos espaço para ensaios e aulas regulares (projetos de dança e teatro),
até 2025;
QUE seja promovida a descentralização dos espaços de cultura;
QUE seja criada, reformada ou ampliada a malha de equipamentos culturais que viabilizem
circulação e apresentações e acesso a arte e a cultura, com qualidade na região (por meio de
consórcio de municípios);
QUE seja realizada a necessária manutenção dos mecanismos, equipamentos e instrumentos
da arte-cultura;
QUE seja criado um consorcio entre os municípios da regional a fim de viabilizar circulação de
produtos culturais e fomento ao setor, de forma integrada.
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QUE seja criado edital de patrocínio que viabilize a construção de espaço de cultura, que
visem ensaios e apresentações comunitárias, em favor de entidades formalizadas sem fins
lucrativos, possibilitando a criação de teatros de bolso e escolas de artes cênicas nas
periferias pelas próprias entidades privadas;
ESPECÍFICOS DA REGIONAL DE GURUPI
ADAPTAÇÃO do espaço do auditório do Centro de Convenções Mauro Cunha, para que se
torne um Teatro Municipal, contando com todo Urdimento Cênico e equipamentos
necessários para apresentações cênicas;
CONSTRUÇÃO de Teatros nas cidades da região.
ESPECÍFICOS DA REGIONAL DE ARAGUAÍNA
REFORMA e adaptação do Espaço Cultural Agnaldo Borges Pinto, em Araguaína, até 2021;
CONSTRUÇÃO da sala de teatro do Centro de Convenções da Via Lago, com todo
Urdimento Cênico e equipamentos necessários para apresentações cênicas;
CONSTRUÇÃO de Teatros próprios nas cidades da região;
MONTAGEM de um circo/escola em espaço público, de preferência no Parque Simba, em
Araguaína, até 2025.
ESPECÍFICOS DA REGIONAL DE PALMAS
REFORMA e ativação do anfiteatro do Colégio Sagrado Coração de Jesus, em Porto
Nacional, até o final de 2022;
REFORMA e ativação do Centro Cultural Durval Godinho, em Porto Nacional, até o final
de 2022;
CONSTRUÇÃO da Casa dos Artistas de Palmas, com espaço para oficinas, encontros,
desenvolvimento de incubadoras de projeto, assistência social aos fazedores da cultura,
etc.
REFORMA do Teatro Fernanda Montenegro (estrutura, platéia e acústica);
AQUISIÇÃO de equipamentos de iluminação cênica para o teatro MORADA DO SOL 2 e
Espaço de Cultura de Taquaruçu;
CONSTRUÇÃO do Cine-Teatro do Espaço Mais cultura da 1304 sul;
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REFORMA, manutenção e ocupação do anfiteatro "redondo", da Praça Maracaipe de
Taquaruçu;
DISPONIBILIZAÇÃO de espaços adequados para receber circos de lona itinerantes de
pequeno e médio porte, com estrutura básica de saneamento e capacidade de energia, e
com isenção de taxas;
DISPONIBILIZAR equipe de engenheiros e bombeiros locais para auxiliar nas licenças
exigidas;
AQUISIÇÃO de materiais apropriados de Circo, como colchões de alto impacto, materiais
didáticos de malabares, aparelhos circenses entre outros, para a execução de aulas tanto
nas Escolas Públicas quanto em centros formativos municipais;
CRIAR editais para que grupos e coletivos possam recuperar e melhoras seus espaços
físicos e sua infraestrutura;
DISPOR em espaços públicos, como praças e parques, de infraestrutura mínima de
energia, água, iluminação e sonorização, que viabilize a ocupação com apresentações e
formações artístico-culturais;
CRIAR uma Escola de Circo Profissionalizante no Município de Palmas até 2025;
AMPLIAR a rede de espaços culturais por meio de convênios públicos privados, conforme
aprovado no Plano Municipal de Cultura;
FORMAÇÃO E EDUCAÇÃOCÊNICO-CULTURAL
QUE sejam criados centros de formação de dança, teatro e circo nas cidades do inteiro, em
especial: Gurupi, Dianópolis, Arraias, Peixes, Alvorada, Lagoa da Confusão, Pium, Palmas,
Porto Nacional, Paraíso do Tocantins, Miracema do Tocantins, Guaraí, Colinas, Araguaína,
Tocantinópolis, Araguatins, Xambioá, entre outros, até 2030;
QUE Sejam integradas à rede pública de ensino as atividades dança, teatro e circo,
incorporando os profissionais da área nas atividades de ensino-aprendizagem;
QUE Sejam conveniadas as escolas e pontos de cultura de dança, teatro e circo como
equipamentos de formação continuada existentes no município para formação de
profissionais (artistas e professores) nas áreas de artes cênicas;
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QUE sejam realizados festivais e residência artísticas em dança, teatro e circo (com foco na
formação);
QUE seja ampliada a oferta dos cursos da Escola de Artes Raimundo Paulino, em Araguaína,
com oficinas de teatro, dança, circo e áreas técnicas das artes cênicas.
Que seja montado um circo/escola em um espaço público de preferência no Parque Simbá
em Araguaína até 2023
QUE seja criado um edital específico para atender o desenvolvimento científico de
pesquisadores acadêmicos e empíricos da dança, teatro e circo;
QUE seja fornecido auxilio para capacitação profissional e residência artística dos professores
e artistas de dança, teatro e circo da rede pública e privada, inclusive em atividades
formativas fora do município ou estado;
QUE seja criado e implantado a Escola de Artes de Palmas, com oficinas e cursos de teatro,
dança, circo e áreas técnicas das artes cênicas.
QUE seja inserida a linguagem circense nos equipamentos culturais já existentes;
QUE sejam criados prêmios destinados às atividades de formação na linguagem circense,
visando o apoio a centros de formação e organizações que notadamente desenvolvem ações
de ensino-aprendizagem em circo, com foco na formação artística ou na apropriação da
cultura e das artes circenses como intervenção sociocultural.
QUE seja criado edital formação por intercâmbios e/ou residências
QUE sejam incentivadas e fomentadas oficinas e cursos de formação para novos artistas e
produtores na área do circo nos municípios que ainda não tem essa linguagem;
FOMENTO E APOIO CÊNICO-CULTURAL
QUE seja criado o programa de fomento semestral no município para as artes cênicas, com
recursos próprios e do fundo municipal de cultura;
QUE sejam criados projetos de produção de espetáculo institucionais e com realização de
temporada ou circulação de espetáculo privados já existentes;
QUE sejam criados programas e editais permanentes de eventos, festivais e mostras de artes
cênicas;
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QUE seja criado um consorcio entre os municípios da regional a fim de viabilizar circulação de
produtos culturais e fomento ao setor, de forma integrada.
QUE os municípios usem os recursos previstos no orçamento do Fundo Municipal de Cultura,
aplicando estas verbas em editais e chamamentos específicos para Circo, a Dança e o Teatro;
QUE seja criado uma Mostra Circense anual que faça parte da agenda cultural do Município e
que seja produzida por uma equipe capacitada na área técnica de circo, podendo essa mostra
ser itinerante;
QUE sejam destinados recursos por meio de cadastro simplificado para incentivo aos artistas
de rua e itinerantes que tenham dificuldade de acesso a informações de benefícios nos
municípios;
QUE seja criado prêmio específico para circulação de grupos e artistas circenses em âmbito
Estadual e Nacional;
QUE sejam fomentados projetos que visam à aquisição de lonas e aquisição de equipamentos
circenses;
SALVAGUARDA E REGISTRO CÊNICO-CULTURAL
QUE sejam criados, dentro dos espaços cênicos, centros de registro histórico dos grupos e
artistas locais, abertos à visitação de alunos da rede de ensino pública e privados;
QUE seja criado prêmio para incentivo à pesquisa e mapeamento de artistas circenses
informais, tradicionais, e circos que fazem parte da história do Estado;
QUE sejam criados programas de pesquisas e publicação de livros e vídeo documentários,
registro fotográfico, fonográficos e afins, na área cênica;
QUE sejam reconhecidos os circos tradicionais, como patrimônio imaterial;
QUE seja realizado mapeamento, catalogação e reconhecimento dos
grupos/companhias/coletivos e patrimônios culturais imateriais e seus produtos na área de
artes cênicas;
OUTRAS DEMANDAS MUNICIPAIS DO SETOR DE ARTES CÊNICAS
QUE o município implemente integralmente o Sistema Municipal de Cultura;
QUE o município crie e/ou mantenha em perfeito funcionamento a Fundação Municipal de
Cultura ou órgão gestor de políticas culturais equivalente (autônomo);
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QUE o município crie leis de incentivo fiscal para a área da cultura;
QUE o município crie, implante e/ou mantenha Fundo Municipal de Cultura;
QUE o município crie, implante e/ou mantenha Conselhos Municipais de Políticas Culturais;
QUE o município crie e mantenha diálogos com instituições locais, nacionais e internacionais
de cultura;
QUE o município dote os órgãos municipais de cultura com profissionais qualificados na área
de gestão cultural e de técnicos com experiência administrativa.
CAPÍTULO III – SOLICITAÇÕES DO SETOR CÊNICO PARA GESTÃO PÚBLICA DE CULTURA
(ESTADUAL)
1. PARA RESOLUÇÃO ESTADUAL EM CURTO PRAZO (ATÉ DEZEMBRO DE 2020)
DEMANDAS AO ESTADO PARA RESOLUÇÃO COM RECURSOS FINACEIROS DA LEI
ALDIR BLANC (ITEM I DO ART. 2º)
QUE seja viabilizado o auxílio financeiro aos artistas, técnicos e mestres de cultura, com o
mínimo de burocracia possível na obtenção destes recursos;
QUE sejam aceitos como comprovação de atividade na área: fotos, matérias de jornais, material
gráfico, vídeos, declarações de apresentações em eventos e declaração de entidade de
representação de classe
QUE seja reconhecida a relação dos filiados apresentada pela FETAC como cadastro válido para
todos os fins, agregando-a aos cadastros governamentais;
DEMANDAS AO ESTADO PARA RESOLUÇÃO COM RECURSOS FINACEIROS DA LEI
ALDIR BLANC (ITEM III DO ART. 2º)
QUE seja aberto edital de premiação simplificado, para atender o Inciso III, com baixa exigência
de participação, inclusive no formato de inscrição, utilizando-se desde áudios, vídeos a
formulários eletrônicos como Google Forms, entre outros, bem como, baixar ao máximo as
exigências com prestação de contas, sendo essas condizentes com a atividade cultural e
aceitando os relatórios como contrapartida;
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QUE sejam observadas as contrapartidas previstas na Lei Aldir Blanc: prestando serviços para os
alunos da rede pública e no formato de intercâmbio artístico cultural e cadeia produtiva entre os
grupos/instituições/espaços culturais/escolas privadas.
QUE não seja vedada a participação dos artistas ou grupo/empresa que obtiveram apoio nos
seus municípios para que também possam obter apoio de recurso Estadual;
QUE os valores mínimos sejam considerados para a área de Artes Cênicas (Dança, Teatro, Circo e
demais trabalhadores da Cena):
1 - No mínimo R$ 10.000,00 (dez mil reais) por prêmio para pessoas físicas;
2 - No mínimo R$ 20.000,00 (vinte mil reais) para MEI’s, ME, Grupos Coletivos e ONGs com até 04
integrantes;
3 - No mínimo R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para instituições, escolas, coletivos, companhias e
ME de médio porte (até 05 a 09 integrantes), com ou sem fins lucrativos;
4. No mínimo R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para instituições de grande porte - produtoras
culturais e ONG’s (com 10 integrantes ou mais), com ou sem fins lucrativos;
5. No mínimo R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) para instituições legalizadas, de representação
de classe como: Federação, Sindicato e Associação de Classista, com atuação a nível Estadual
ou Municipal;
DEMANDAS AO ESTADO COM RECURSOS PRÓPRIOS
QUE o Estado use o recurso previsto no orçamento do Fundo Estadual de Cultura (Lei 1.402/2009
e suas alterações) para ampliar as verbas dos editais e chamamentos;
QUE o Estado realiza o pagamento URGENTE do edital 2013, com recurso do Fundo Estadual de
Cultura;
QUE o Estado reconheça os principais eventos, festivais e mostras independentes como
integrantes da agenda cultural do Estado;
QUE o Estado dê suporte técnico aos artistas dos municípios no cadastramento e elaboração de
suas propostas culturais;
QUE o Estado dê suporte técnico e apoio institucional direto as gestões municipais na
organização e implementação das políticas públicas com os recursos da Lei Aldir Blac;
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QUE o Estado realize amplo cadastramento de artistas, técnicos e agentes de culturais populares
e tradicionais urbanas, rurais, quilombolas e indígenas;
QUE o Estado reorganize sua estrutura administrativa de Gestão de Políticas Culturais, com
equipe suficiente para dar cabo as demandas e atividades de responsabilidade da Pasta.
1. PARA RESOLUÇÃO ESTADUAL EM MÉDIO E LONGO PRAZO (A PARTIR DE JANEIRO DE 2021)
INFRAESTRUTURA CÊNICA-CULTURAL
QUE o Estado crie uma Escola de Circo Profissionalizante do Estado do Tocantins até
2025;
QUE o Estado crie seu CENTRO CULTURAL próprio, urgentemente, dotado de toda a
infraestrutura para receber as produções locais, de outros estados e países (sob
consultoria dos profissionais da área cênica);
QUE o Estado crie, de forma descentralizada, outros equipamentos culturais, inclusive
incorporando e/ou conveniando equipamentos municipais;
QUE o Estado faça um programa de reforma e manutenção tanto de equipamento
culturais próprios, quanto de municípios (via convênios);
QUE o Estado realize a construção de CENTRO DE FORMAÇÃO ARTÍSTICA REGIONAL nas
cidades de: Gurupi, Dianópolis, Araguaína, Araguatins, Tocantinópolis, Colinas, Palmas e
Porto Nacional
QUE o Estado realize convênio para reforma e ativado o Espaço Cultural e Concha
Acústica de Araguaína;
QUE o Estado adéque o teatro “de bolso” do Memorial Coluna Prestes, com estrutura de
som, iluminação para apresentações de Artes Cênicas.
QUE o Estado realize a reinstalação e reabertura da Biblioteca Central do Estado – Darcy
Ribeiro;
QUE o Estado realize a reinstalação e reabertura da Galeria de Artes Estadual Mauro
Cunha;
QUE o Estado disponibilize espaços adequados para circos de lona itinerantes de
pequeno e médio porte, com estrutura básica de saneamento, energia, água e com
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isenção de taxas, cedendo engenheiros e bombeiros locais para auxiliar nas licenças
exigidas;
QUE o Estado realize aquisição de materiais apropriados de circo, como colchões de alto
impacto, materiais didáticos de malabares, aparelhos circenses entre outros, para a
execução de aulas tanto nas Escolas Públicas, e centros formativos municipais;
QUE o Estado adéque espaços público como praças e parques com estrutura mínima de
energia, água, som e iluminação cênica para ocupação com apresentações e formações
artísticas;
FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO CÊNICO-CULTURAL
QUE o Estado integre na rede pública de ensino as atividades de artes cênicas (dança,
circo e teatro) incorporando profissionais da área;
QUE o Estado realize parcerias e convênios com pontos de cultura e escolas de dança,
teatro e circo como equipamentos de formação continuada do estado, na área cênica;
QUE sejam criados prêmios específicos para formação de artistas e técnicos na área
cênica, inclusive com intercâmbio e apoio a formação em outros estados e países;
QUE seja viabilizada a instalação e contratação de profissionais para centros de formação
artística do governo no interior do Estado (próprio ou conveniados) que atendam a
crianças, jovens e adultos na sua formação cultural.
QUE sejam incentivadas e fomentadas oficinas e cursos de formação para novos artistas
e produtores na área do circo nos municípios que ainda não tem essa linguagem;
FOMENTO E APOIO CÊNICO-CULTURAL
QUE seja criado, de forma permanente e constante, um Programa de editais e
chamamentos públicos semestral, para viabilizar produção artístico-cultural no Estado,
em especial das Artes Cênicas, fomentando a realização de eventos, festivais e mostras
independentes; A viabilização de projetos de produção e circulação teatral, circense e de
dança
QUE sejam instituídos editais de fomento ao estudo, formação e pesquisa na área cênica
QUE seja criado prêmio para circulação de grupos e artistas circenses, teatrais e de
dança em âmbito estadual e nacional;
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QUE o Estado lidere a criação de consórcios entre os municípios nas regiões,a fim de
viabilizar circulação de produtos culturais e fomento ao setor, de forma integrada.
QUE o Estado crie um amplo projeto de circulação, entre os municípios e regiões e
outros Estados, de produtos cênicos;
QUE o Estado crie edital específico para que grupos e coletivos cênicos que possuam
espaços físicos. Permitindo que esses possam adquirir materiais de infraestruturas
predial, iluminação e sonorização para viabilizar a continuidade e a melhoria de suas
atividades cênica e a viabilização do acesso às artes para a população comunitária;
QUE o Estado crie uma política de incentivo para circos de lona itinerantes de pequeno e
médio porte para circulação destes nos municípios do Estado, com isenção de taxas,
disponibilização de espaços adequados, com capacidade de energia, cedendo
engenheiros locais para as estruturas;
QUE seja criado fomento a projetos que visam à aquisição de lonas, criação, renovação
ou aquisição de equipamentos;
QUE seja promovido pelo Estado um festival e/ou mostras de artes circenses;
QUE o Estado destine recursos por meio de cadastro simplificado para incentivo aos
artistas de rua e itinerantes que tenham dificuldade de acesso a informações de
benefícios no Estado;
SALVAGUARDA E REGISTRO CÊNICO-CULTURAL
QUE o Estado faça um projeto junto com universidades e instituições do setor, a fim de
realizar um grande mapeamento com registro documental, fotográfico, audiovisual,
fonográfico e acervo bibliográfico, com divulgação da história das artes cênicas no
Tocantins, disponível para visitação escolar, livros didáticos (incluso na grade curricular
escolar) bem como disponibilizar em ferramentas da rede de internet;
QUE seja criado dentro dos espaços públicos cênicos, um espaço de registro histórico
dos grupos e artistas locais, permitindo a visitação e a pesquisa de alunos da rede de
ensino;
QUE sejam criados programas de pesquisas e publicação de livros e documentários na
área cênica
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QUE sejam catalogados e reconhecidos os artistas e espaços circenses do Tocantins;
QUE sejam criados editais de premiação para incentivo à pesquisa e mapeamento de
artistas circenses informais, tradicionais, e circos que fazem parte da história do Estado;
QUE o Governo recrie espaços de pesquisa importante para o desenvolvimento da
criatividade dos artistas cênicos e também para viabilizar ampla pesquisa escolar, tais
como:
QUE O Governo crie o Museu de Artes Modernas, Patrimônio Cultural e
Histórico do Tocantins;
Que O Governo do Estado restabeleça o Museu Histórico-Político –
Palacinho;
QUE O Governo crie e/ou restabeleça o Museu Indígena do Tocantins;
QUE O Governo do Estado restabeleça a Biblioteca Central do Estado –
Darcy Ribeiro;
QUE O Governo do Estado restabeleça a Galeria de Artes do Estado –
Mauro Cunha;
OUTRAS DEMANDAS ESTADUAIS, DO SETOR DE ARTES CÊNICAS
QUE o Estado restabeleça a Fundação Cultural do Tocantins, com toda a sua estrutura,
de forma independente e definitiva ligado na estrutura organizacional ao Gabinete do
Governador;
QUE a gestão Estadual possa liderar organização das gestões municipais no interior,
inclusive como indutora da criação de consórcios;
QUE o Governo transforme imediatamente o Fundo Estadual de Cultura – FEC, em um
fundo financeiro, em conta própria e específica para o fim específico ao que foi criado.
QUE o Conselho de Políticas Culturais seja ativado definitivamente e que seja garantido a
Presidência e a Vice-presidência a representantes das Câmaras Setoriais da sociedade
civil;
QUE o Estado crie uma Empresa Mista de Cultura, com fim de estimulo a Economia
Criativa, que tenha uma gestão em governança, orientada pelo Conselho de Políticas
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Culturais do Estado, pelo Plano Estadual de Cultura e por consórcio de instituições e
empresas do setor.
3. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS DO FÓRUM ESTADUAL DA FETAC
A Federação Tocantinense de Artes Cênicas entende seu papel institucional classista, seu papel
de mediador político cultural e seu papel na defesa das áreas conexas da arte e da cultura do Tocantins.
E neste sentido, prevê anualmente a realização deste Fórum Estadual, onde poderá revê suas posições,
visualiza o andamento e as conquistas de suas pautas, e, à medida que a arte a cultura e as políticas são
dinâmicas, apresenta novas propostas para os Governos Municipais e Estadual. Esperando sempre o
deferimento e o atendimento das pautas desta, que é a maior instituição formalizada de representação
das Artes Cênicas do Tocantins.
Certamente nos próximos anos teremos ainda mais participantes e mais força institucional, pois
acreditamos que juntos somos muito mais fortes e, assim, iremos defender sempre o interesse comum
definido em nossas Assembléias, Fóruns e outras instâncias de deliberação coletiva da entidade, e nesta
defesa, estaremos presentes junto ao poder público, seja na negociação, nas tratativas diplomáticas ou
até mesmo nas instâncias administrativas, extrajudicial e judicial, nestas em último caso, mas não nos
furtaremos se necessário, pois entendemos que nosso papel é sempre o diálogo, mas nossa defesa e
nossa bandeira será sempre a da arte e da cultura do nosso Estado e nela, em especial, a das Artes
Cênicas do Tocantins.
Palmas, 20 de julho de 2020
KAKÁ NOGUEIRA PRESIDENTE - FETAC