Download - FrkMag - Setembro 2009
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No mês de Setembro a FrkMAG traz um especial na coluna Tech,
somente games!
Na sessão de moda, Cecília mostra o insight criativo de algumas
coleções e como seguir sua própria moda, enquanto Jannerson
discute a linha tênue da moral da publicidade e até que ponto
vale ultrapassá-la.
Temos também uma matéria sobre co-working, a novidade são os
escritórios sociais, totalmente terceirizados. Não perca tudo
isso e muito mais na edição deste mês!
Diego Carneiro
Publisher
Cau
Editor
COLABORADORES
Arnaldo Lechner, Caio Kenji, Cecília Piacentini,
Felipe Alface, Juliana Costa, Jannerson Xavier,
Priscila Imai, Rick e Raphael Rodriguez.
Todos os direitos reservados.
Fica expressamente proibida a produção total ou parcial
sem autorização prévia do conteúdo editorial.
Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade
dos autores e não refletem necessariamnete a opinião da
revista.
A FreakMagazine não se responsabiliza pelo conteúdo dos
anúncios publicados nesta revista, nem que promessas
divulgadas como publicidade serão cumpridas.
SETEMBRO de 2009 Fotógrafo: Pedro Rocha
www.frkmag.com
índice
.12Cinema
.22FFashion
.26Tech
.32FrkArt
.44Shake your head
.50Coworking
.52Passando do ponto
Colaboradores
Aroldo, ou Arnaldo, com
o você preferir; 21 anos, pse
udo-técnico em infor-
mática, gamer por amor, blogueiro nas hora
s vagas, “roqueiro” de
berço e
“nerd” no resto do tem
po. Apaixonado por “músicas malvadas” m
as sem
se prender a nenhum
estilo, escuto de “Slayer” a “In
terpol”. Se você quer
saber mais, é só dar uma espiadinh
a na coluna “Shake your
head”.
www.twitter.com/aroldo666
Caio Kenji, o Jhonny Depp do agreste. Sempre de bom
humor, conquista
todos (ou seria “todas
”) que cruzam o seu cam
inho. Pessoa ideal para te
acompanhar em qualquer
lugar, de botecos a r
estaurantes japas, des
de
que estes estejam dentro do
distrito, Vila Mariana. Morre de preguiça aos
domingos. Adora coxinha. Ah é, ele é f
otógrafo.
Cau, 22 anos. Publicitário. Um pouco louco como todo comunicólogo de-
veria ser e apaixonado pelas relações interpessoais e diferentes culturas
que conduzem à humanidade. Deveria ser nômade, gosta de estar sempre
viajando, tanto mentalmente quanto fisicamente. Redator. É com as pala-
vras, sempre que possível se utilizando do humor ou da seriedade de um
louco, que mostra todo seu senso crítico ou a falta dele com coisas que
não deveriam ser escritas.
Cecilia Piacentini, 22 anos, formada em Moda; mistura uma pitada de doçura
com uma pitada de personalidade forte onde o sangue italiano grita alto.
Luta pelo que julga ser certo e não abre mão da sua opinião até que provem
o contrário, sabendo muito bem assumir seus erros e pedir desculpa. Ama
os animais e detesta quem os maltrata. E, por fim, sonha em ser reconhe-
cida na profissão que ama e que escolheu para exercer durante toda a sua
vida!
Carlos Henrique (Rick), 21 anos. Esse Pisciano desde nascença é teimoso,
tímido e não se dá nem um pouco bem com os cangurus da Austrália.
Descobriu sua vocação quando explodiu o motor de um ventilador velho
no carpete da casa de sua avó, logo depois decidiu que tecnologia seria o
seu ramo. Jura de pés juntos que trabalha sem ouvir música, orkut, msn e
derivados e está em tratamento para ficar mais de meia hora sem pesqui-
sar pra saber se existe alguma novidade no mundo da tecnologia (quando
não está inventando uma).
Diego Carneiro, Vinte e poucos, atira pr
a todo lado.
Diretor de arte, artista,
publicitário, consulto
r, alpinista, dono de c
anil e
corretor de imóveis.
Nas horas vagas adora
uma boa música e café (forte, d
e preferência).
Costuma baixar mais mp3 do que co
stuma ouvir e possui uma certa
obsessão por pixel’s e
xplodindo, mas, no fund
o, é um cara legal.
Felipe Alface, autor do livro “Cicatrizes e
Tatuagens” (Grupo
Editorial Summus/2007) e do Blog do Alface no site www.
dykerama.com
Jannerson Xavier, 21 anos. Publicitário.
Juliana Costa, 19 anos. Estudante de Moda. Nem sempre de bom humor,
mas sempre uma boa companhia. De dia tenta driblar a preguiça e ser res-
ponsável e a noite vira uma criança ligada nos 220V. Tem gênio forte, pra
conseguir contrariar precisa ter bons argumentos. Trabalha com moda por
poder expressar sua visão de mundo e um pouco da sua loucura. Grande
defeito: não conseguir se descrever!
Priscila Imai, vinte e poucos. Atua como stylist e consultora de imagem.Faz produção de moda para filmes publicitários, editoriais de moda,
catálogos e books.Se inspira em lugares estranhos e carinhas esqui-
sitos e adora intervenções inteligentes no cenário urbano.
Raphael Rodriguez, 24 anos, Estudante de Publicida-de e Editor de Vídeo.
por Felipe Alface
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A produção de cinema atualmente nas salas de exi-bição está deixando a desejar, isto é um fato! No en-tanto é interessante que não desanimemos frente ao que está por vir. Mesmo que a crise fi nanceira tenha atingido a indústria, principalmente no que diz respei-to aos fi lmes que chegarão às salas de exibição nos próximos meses, ainda há muito a ser aguardado!
Como por exemplo, “Salve Geral”, drama dirigido por Sérgio Rezende, de fi lmes como “Guerra de Canudos” e “Zuzu Angel”. Este fi lme brasileiro conta a história de uma mãe vivida por Andréa Beltrão, cujo fi lho está preso nos dias que antecederam os ataques de fac-ções criminosas na cidade de São Paulo no ano de 2006. O fi lme foi escolhido este mês para ser o repre-sentante brasileiro ao Oscar de Melhor fi lme estran-geiro de 2010 e pelo que o trailer nos revela, parece mesmo ser o mais forte candidato. Quer saber se ele tem chances entre os fi nalistas da categoria? Confi ra a partir de 2 de Outubro nos cinemas.
No entanto, nenhum outro fi lme causou tamanho fris-son entre as produções nacionais como, “Do Começo ao fi m”. O longa, dirigido por Aluizio Abranches, de “Um copo de cólera”, conta a história de dois irmãos fi lhos de uma mesma mãe, porém de pais diferen-tes que demonstram um laço cada vez mais estreito à medida com que vão crescendo. O laço vira amor,
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Foto: Salve Geral Divulgação
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que constitui incesto, um tema para lá de espinhoso, ain-da que nos dias de hoje, onde temos a impressão de que tudo pode virar assunto. Não é bem assim! Muito em-bora, segundo o diretor o tema foi tratado com a maior delicadeza por sua própria vontade de fazer um fi lme de temática difícil que não precisa terminar em desgra-ça. Ainda assim, Aluizio enfrentou problemas na hora de captar fundos para o fi lme, e um dos únicos patrocina-dores que arranjou pediu anonimato. Ou seja, ele deu 200 mil para que o fi lme fosse feito, mas não quis que sua marca aparecesse vinculada a ele. Contraditório?
Mas o jogo parece ter virado para Abranches. Desde que um vídeo promocional do fi lme vazou na internet, a mão dos fatos virou a seu favor. Antes recusado a ser recebido por investidores por fazer um fi lme tocante nas temáti-cas de homossexualidade e incesto, agora é ele quem recebe ligações de investidores; o que na pós-produção de um fi lme pode fazer toda a diferença! “Do começo ao fi m” tem estréia prevista para 18 de Dezembro e vídeos de seu trailer no youtube, bem como comunidades no Orkut seguem se proliferando... Dá uma checada e tire suas conclusões próprias!
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Foto: Divulgação
Do começo ao fi m
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Foto: Divulgação
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Dos fi lmes que vêm da gringa, pouco se pode dizer pela falta de informa-ções à disposição. No entanto vale ressaltar, “The Imaginarium of doctor Par-nassus”, último fi lme em que Heath Ledger atuou e que vem arrancando boas críticas pelos festivais por onde passou. Outro que começa sua carreira em festivais e promete ser o pequeno da vez, assim como “Pequena Miss Sunshine” e “Juno”, é “Precious”. Que conta a história de uma adolescente de dezesseis anos de uma periferia americana que luta para encontrar dentro de si algum rastro que seja de auto-estima, indo contra paradigmas como seu sobrepeso, a mãe opressora e uma gravidez na adolescência. O trailer é absolutamente comovente e mostra toda a empatia de um fi lme indie, mas que possui pedigree e pretende fazer bonito nas bilheterias nos próxi-mos meses. Vale lembrar que depois de um tempo desaparecida, a diretora Jane Campion, do ótimo “O Piano”, volta às telas este ano com “Bright Star”, que tem Abbie Cornish, de “Candy”, como protagonista e uma das primeiras front-runners a surgir para a temporada de prêmios do ano-que-vem.
É esperar que a tormenta dos blockbusters que invadiram os cinemas nos últimos meses passe, para curtir a bonança que vem chegando junto com a primavera.
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Design
digitalA Frk Mag apoia o Design Digital. Se você faz parte desse movimento e quer contribuir com a revista entre em contato com [email protected]
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ffAshionpor Cecilia Piacentini
As grAndes fAcetAs da Moda“A moda pode ser dura, mas muitas vezes
fútil .” Era algo assim que logo me chamou
atenção e desencadeou uma série de pensa-
mentos junto às linhas abaixo desta frase.
Tenho a certeza que ninguém realmente
pensa na função que a roupa exerce em
cada profissão juntamente com o dia-a-dia
de cada ser humano.
A mais pura verdade é que sem a moda não
saberíamos distinguir o médico do pacien-
te, o policial do meliante, a enfermeira do
acompanhante e por aí vai. Agora, imagina
se todas as pessoas usassem roupas exata-
mente iguais, como iriam diferenciar se algo
acontecesse ou se simplesmente quisés-
semos comentar algo sobre tal individuo?
Concordam que seria extremamente difícil?
Pois bem, a moda em uma vertente pode
ser fútil sim, se pensarmos pelo ponto de
vista apenas de comercio e globalização
que foi desencadeado pela mídia exercen-
do um poder sobre o desejo de fazer com
que as pessoas pudessem parecer com os
seus ídolos e pessoas famosas, vendendo a
proposta de beleza já conceituada, ou seja,
compre tal item que fulano de tal usa ou
esta usando neste exato momento e fique
igual a ele. Simples assim, e uma boa parte
compra.
A ilusão de uma beleza, esta é verdade, por
outro lado tudo isso pode virar a favor de
quem almeja tal beleza, moda, acima de tudo,
é percepção e bom gosto.
Para estar bem vestido não é preciso exata-
mente estar na moda, e estar na moda não
significa estar com as ultimas tendências,
cada um possui um jeito de se vestir e dentro
deste jeito, que pode ser chamado de estilo,
possui uma moda. Agora, isso não quer dizer
que dentro dos padrões estéticos estipulados
pela sociedade esteja certo.
Sou adepta à estar bem vestida, na moda e
confortável; pois desta forma você se sentira
segura e convicta sobre a beleza que almeja
para aquele momento da sua vida, do seu
dia.
A moda pode realmente ser dura, para que
todos possam reconhecer cada indivíduo
dentro da nossa sociedade, porém a sua fu-
tilidade muitas vezes também se torna ne-
cessária.
23ffAshionpor Cecilia Piacentini
Referências culturais e étnicas invadem a Lojas Renner
A Renner já possui data marcada e presença
especial como a do ator Ricardo Tozzi, que
recentemente atuou na novela Caminho das
Índias da Rede Globo, para desfilar a exu-
berância tropical da sua coleção Primavera-
verão 2009/2010. Tal evento aconteceu no
dia 11 de setembro no Shopping Center Norte;
os looks apresentaram em primeira mão as
apostas em cores, formas e tecidos a partir
do conceito de estilo de vida com a qual a
rede de lojas desenvolve suas coleções.
Shopping MoruMbi inova e lança Moda reciclada por Alexan-dre HerchcovitchO shopping em uma iniciativa pioneira rea-
liza o projeto Moda Reciclada, unindo moda
e solidariedade; o projeto possui três etapas,
contou com a presença do estilista Alexandre
Herchcovitch e da ONG Florescer de Paraisó-
polis.
A primeira etapa deste projeto consis-
te na arrecadação de roupas usadas que
poderá ser depositada no balcão instalado
no piso térreo do shopping, onde perma-
necerá ate outubro; toda a arrecadação
será repassada para a ONG Florescer. A
intenção é aproveitar a época de troca de
coleção para relembrar que ao comprar
uma roupa nova a antiga devera sair do
armário e fazer outra pessoa feliz.
No dia 13/09 se iniciou a segunda etapa,
em um ateliê de vidro montado no Atrium
do shopping, Alexandre Herchcovitch e
equipe escolheram 20 peças doadas para
passar por uma releitura realizada por
costureiras da ONG Florescer sobre a ba-
tuta do estilista.
A última etapa do Moda Reciclada foino
dia 23/09, onde o ateliê cedeu espaço
para a exposição das criações e visitação
do público.
24ffAshionpor Cecilia Piacentini
Damyller 2010 em Sonhos de Verão
Nas temperaturas mais elevadas do ano a
Damyller leva para as lojas a nova cole-
ção “Sonhos de Verão”, a aposta é em uma
atmosfera lúdica, surreal e inebriante. For-
mas amplas, discretamente românticas e
modernas, enfeitadas por assimetria, múlti-
plos recortes e babados completam a cole-
ção. Os tecidos possuem um apelo vintage,
malhas leves e fluídas, porém a estrela da
coleção é o denim claríssimo.
A campanha desta temporada recebeu o
mesmo nome da coleção e conta com os
stylings Fabio Paiva e Arlindo Grund; os
modelos Barbara Di Creddo e Karin Aum
foram fotografados em meio a nuvens ima-
Ousadia no jeans-wear
A coordenadora de Moda da Abit (Asso-
ciação Brasileira da Indústria Têxtil e de
Confecção) afirma: “neste mercado atual ,
para nos destacarmos e sobrevivermos,
precisamos de um diferencial e o do Brasil
está no jogo de cintura e na capacidade de
se adaptar e achar soluções para proble-
mas que vivemos diariamente. É preciso
captar os aspectos culturais brasileiros e
repassar isso para as coleções e produtos,
unindo novas tecnologias, soluções, sus-
tentabilidade, informações e tendências
mundiais.”
Desta maneira torna-se fácil pensar em
um segmento que segue sempre com ou-
sadia e conquista a todos, o jeanswear. Tal
segmento não possui regras e aceita di-
versas mudanças, sejam elas econômicas
ou sociais, além de se adaptar as criações
ginarias pelo fotografo Sacha Hochstetter
parceiro da grife e por fim a maquiagem
feita por André Gagliardo.
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Sex in the City 2 no-vas filmagens em NY
Pensar que o cinema não está interligado
com a moda é a mais pura besteira, sex in
the city 2 está sendo gravado e fotos do
quarteto fashion já foram divulgadas agu-
çando a curiosidade do que todos iram en-
contrar nas telonas e nas butiques.
Porém, todos terão que segurar a curiosida-
de, pois o filme só chegara aos cinemas em
28 de maio de 2010, pouco se sabe a res-
peito da história. A única coisa especulada
ffAshionpor Cecilia Piacentini
mais malucas e os mais diversos benefí-
cios.
É possível notar que o detalhe ganha o
grande foco das atenções e a regra torna-
se clara: quanto maior a minúcia, maior a
importância ganha o detalhe; cientes de tal
fato, cada vez mais as marcas estão inves-
tindo em seus logotipos camuflando-os ao
demin.
Outra grande influência são as celebrida-
des, nota-se claramente nesta última es-
tação o quanto o público feminino absorveu
a tendência das formas mais folgadas, ins-
piradas no oriente (harem, saruel , jodhpur,
entre outros) ou retiradas do guarda-roupa
do namorado, tais como os blazeres e jeans
boyfriend.
Sendo assim concluo que realmente o bra-
sileiro possui jogo de cintura para sempre
sobrevier e se destacar dentro deste mer-
cado tão competitivo.
é que no novo longa, veremos as garotas
nos anos 1980 quando chegaram a NY e se
conheceram. O longa é baseado na série de
TV que estreou a há 11 anos.
Já estamos em setembro, apenas 3 meses do Natal , e faremos a Tech desse mês diferen-
te. Ela será voltada apenas para consoles e games, já que nesse mês aconteceram muitos
anúncios e lançamentos no setor.
Playstation 3 Slim - Dia 1 de setembro a Sony confirmou a sua maior jogada de
marketing (ou a sua tentativa de guardar segredo, que não teve sucesso? ). O Playstation 3
Slim é lançamento em todo o mundo, tendo como características principais ser 33% menor
que o Playstation 3 original , 36% mais leve e possuir HD de 120GB. E o preço também foi re-
duzido, agora sendo vendido pela bagatela de US$ 299,00. Mas para os que gostam do modelo
antigo, uma boa notícia: A Sony também abaixou o preço do console original , que agora está
sendo comercializado por US$ 299,00 também.
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The Beatles: Rock band - Muitos dos jogadores mais aficionados em Guitar Hero
conhecem essa banda apenas por fotos, notícias e pela história da banda em si, mas poucos
tiveram a oportunidade de ver esse quarteto tocar ao vivo. Com essa oportunidade, a franquia
Rock band, que revolucionou o mundo dos games musicais, traz esse mês o game Beatles:
Rock band, dedicado exclusivamente a banda. São 45 músicas do quarteto além do kit estili-
zado e totalmente fiel aos instrumentos utilizados pelo grupo nos shows. Para dar um ar de
nostalgia, os gritos do público foram copiados exatamente dos shows do grupo. Só o preço do
kit que não dá show: É vendido por aqui por volta de R$1.999,00.
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PSP Go! - A Sony adora lançar modelos Slim de seus consoles. Mes-
mo após sabermos que o PSP Slim já fora lançado e ele não poderia mais
ser, digamos, “reduzido”, a Sony lança o PSP Go!, que muitos entusiastas
até hoje não sabem se será uma nova linha de consoles, ou então uma
versão melhorada do PSP, já que entre as melhorias está a retirada do
drive de UMD (grande comedor de baterias do portátil ), a redução de seu
peso pela metade (está 46% mais leve que o modelo slim), e a capacidade
inicial de 16GB, tanto para jogos, que devem ser comprados na PSN (rede
de jogos on-line da Sony), quanto para música e vídeos. O lançamento é
previsto para primeiro de outubro e será comercializado por US$249,00.
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Halo: ODST - Assim como Metal Gear Solid está para o Playsta-
tion, o Halo está para o Xbox (console da Microsoft ). O que destaca esse
lançamento na Tech desse mês é que este será um dos poucos jogos
lançados no Brasil com dublagem e legendas totalmente em português.
Nessa nova aventura ela dá destaque aos ODST, os soldados de Halo.
Devido a curta duração do jogo e explicar uma parte anterior da história
de Halo 3, ele é considerado como uma expansão do original Halo 3 (este
também disponível em português). O lançamento foi dia 22 de setembro
e o preço sugerido para venda é de R$159,00 na versão nacional .
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TATTOO
Pedro Ro
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Estação da luz
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Pregador na Sé
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Vale Veneto
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Parada Gay
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No Pants (SP 2009)
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Vale Veneto
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Vale Veneto
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Vale Veneto
Mais fotos em: http://www.flickr.com/pedrorocha
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por Aroldo
H Is Orange - Thrill Of Escape
Segundo CD oficial da banda H Is Orange, o “Thrill Of
Escape”,da banda californiana que foge um pouco dos
padrões de onde vem, já que a cena hardcore/metal da
Califórnia é uma das mais fortes do mundo. Eles não,
apostam em um som mais calmo que chega a lembrar
bandas como “A Perfect Circle” porém com um um
algo a mais.
Com vocais limpos a banda aposta em um som mais
voltado para o comercial (se é que se pode pensar
assim) mas sem perder a identidade da banda, que
ouvindo bem, pode-se reparar fortes influências de
bandas como At The Drive In, Apex Twin e até 30
Seconds To Mars. Mas pode ficar calmo, essa mis-
tura toda não resulta em algo sem sentido e difícil
de se ouvir, pelo contrário, apostando em um som
no mínimo difícil de se fazer, misturando músicas
com um instrumental hora pesado, hora calmo,
mas sempre mantendo um equilíbrio entre seus
extremos e tudo isso sem perder “a mão”, o que
eu digo e repito: hoje em dia é muito difícil de se
ver, já que muitas bandas apostam em fazer algo
vendável sem se importar com o como é feito a
musica. Eles vão em sentido contrario, fazendo
um som mais comercial , mas que se ouvido
com atenção, nota-se que é feito com todo o
sentimento e vontade, sem apelar pra clichês.
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Banda formada em 2001 e lançando o EP “Be Silent And Know” em 2002 e seu
primeiro “full-length” em 2004, “Don’t Trust The Easy”, denominado pela re-
vista americana “All Access” como o melhor álbum do ano, e vindo com esse
segundo álbum mantendo a mesma temática de seu antecessor, porém muito
mais evoluído musicalmente e tecnicamente. Nota: o primeiro single “Nothing
All The Time” desse último álbum deles, o “Thrill Of Escape”, também já está
disponível pra download desde 13 de agosto de 2009 para o jogo “Guitar Hero”.
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Lions Lions - From What We Believe
Lions Lions, banda de Boston, Massachusetts, que vem com uma proposta
diferente em seu primeiro álbum “From What We Believe”. Eles se auto-de-
nominam uma banda de Indie/Hardcore, porem ouvindo seu som é possível
perceber fortes influências de um estilo que tem ganhado muitas bandas e
muito destaque ultimamente: o screamo.
Ouvindo mais casualmente, você pode até pensar que se trata de uma banda
até de metalcore melódico, mas não se engane, esse é o verdadeiro screa-
mo, que ultimamente vem sendo confundido com vários estilos e englobando
bandas que, nem sempre, seguem essa linha. Mas, estilos a parte, Lions Lions
remete a bandas muito boas e que infelizmente acabaram, como o Boy Sets
Fire.
Vejamos melhor o caso deles, já que ouvindo seu cd “From What We
Believe” é possível perceber várias influências diversificadas em suas
músicas, como até o próprio Indie que eles mesmo citam. Com músicas
que conseguem combinar perfeitamente um ritmo rápido e em algumas
horas pesado com vocais melódicos, mas nem pense que a banda é
só porrada. Em musicas como “Save Your Sorry for Someone Who is
Sad” eles conseguem mostrar todo o potencial e melodia, o que muda
se você ouvir faixas como “The Knitter”, que já mostra um lado mais
Hardcore da banda, mas sem perder toda a melodia da coisa.Uma ressalva para a musica “Radiator”, single do cd, uma musica da-
quelas que colam na sua cabeça e fazem você ficar cantarolando ela
o dia inteiro, ótima pedida pra quem e que mostra fortes influências do
Hardcore dos anos 90.
Tendo o EP de 2008 “Direction” produzido totalmente independente, e
seu Full Length “From What We Believe” é perceptível a todos que ou-
virem a evolução da banda, Partindo de seu primeiro EP com um som
mais crú e totalmente voltado para o lado mais metalcore da banda,
eles mostram o quanto uma banda pode evoluir de um cd para outro
e como é possível se combinar um som mais pesado com um mais
melódico usando vocais limpos sem se perder na música. Uma boa
banda pra você que gosta de bandas como Hopesfall e Chiodos. Esse
novo álbum já está nas lojas americanas desde 25 de agosto, mas
infelizmente sem previsão de lançamento oficial no Brasil , depende de
importadoras, porém, é possível fazer o download do álbum completo
“Apple Store”.
A Frk Mag apoia o grafite. Se você faz parte desse movimento e quer contribuir com a revista entre em contato com [email protected]
Grafite
Quem nunca sonhou em trabalhar em casa?
Acordar mais tarde, trabalhar a vontade, sem trânsito, sem burocracias, tendo o todo
o conforto do lar. Esta é uma opção para poucos, apenas profissionais liberais - blo-
gueiros, escritores, freelancers e etc. – podem ter tal facilidade.
O que muita gente não enxerga são os contras de se trabalhar em casa. Lazer confun-
de-se com trabalho e não existe um verdadeiro horário definido entre ambos. Cria-se
uma indisciplina que reduz a produtividade e que atrapalha a concentração de quem
é “trabalhador do lar”.
51Pensando nisso, surgiu um novo conceito nos Estados Unidos e na Europa que
está chegando agora ao Brasil , é o Coworking. Um escritório coletivo para
quem não possui realmente um local de trabalho.
Composto por uma grande área com mesas e/ou salas, salas de reuniões,
copa, cozinha e banheiros; o Coworking vem atraindo cada vez mais adeptos.
São profissionais que não necessariamente tem um trabalho complementar
uns aos outros, mas que necessitam de um lugar para reuniões ou de um
espaço físico por um limitado período de tempo, que é alugado por hora, dia
ou mensalmente.
O Coworking funciona como um escritório terceirizado e coletivo, trazendo
mais uma vez à tona a idéia e a discussão da criação de redes sociais, seja
por necessidades mútuas ou network. No Brasil existem apenas três escri-
tórios deste tipo, o único em São Paulo é o Pto de contato, localizado em
Pinheiros.
Para maiores informações acesse: www.ptodecontato.com.br
Passando do ponto
No começo do mês estourou a polêmi-
ca acerca de uma campanha criada pela
DM9 para a WWF Brasil . A idéia central
da campanha foi comparar o atentado
do World Trade Center com o tsunami na
Ásia para demonstrar quão poderosa é
a natureza e que, por conseqüência, ela
precisa ser respeitada. A central mundial
da WWF foi a primeira a se manifestar
contra isso, seguido de uma avalanche de
crí ticas vindas do mundo inteiro, inclusive
com comentários como “os responsáveis
por isso deviam morrer de fome nas ruas”,
vindas do apresentador Keith Olbermann,
do programa Countdown, exibido na rede
MSNBC, nos Estados Unidos. A campanha
(esse impresso e um vídeo) foi inscrita no
festival OneShow de propaganda, e inclu-
sive no Cannes Lions desse ano.
Sem entrar no mérito de quão agressi-
vas foram as represálias, achei-as justís-
simas. Para minha surpresa, no entanto,
nos dias que se seguiram ao escândalo,
todo tipo de comentário foi espalhado por
aí . Li gente dizendo que não tinha nada
de mais, que os americanos se fazem de
coitadinhos com o 11/09, que “se isso é de
mau gosto, o que dizer do filme Turistas e
do Matt Groening?” (criador dos Simpsons,
que tem um episódio parodiando, pra pe-
gar leve, o Brasil ).
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Sem dúvidas que são produções de mau
gosto, mas me parece muito clara a di-
ferença de tema. Enquanto os Simpsons
e Turistas demonstram um crasso pre-
conceito com uma cultura como um todo,
a campanha da DM9 cita um atentado. O
maior deles. Eles não fizeram um anúncio
ridicularizando os americanos por serem
gordos e consumistas, eles minimizaram
um atentado que desfalcou quase 3000
famí lias. Imagine se a American Airlines
lançasse uma campanha fazendo referên-
cia ao caso Nardoni: “Se ser arremessado
do 4 andar já é letal , imagine de 10000
metros de altitude? Voe seguro. Voe Ame-
rican Airlines.” Não ia ser muito legal .
Todos esses comentários me impressio-
naram ainda mais pois vieram de colegas
meus, estudantes de publicidade e, pior,
de pessoas respeitadas do mercado. Que
os publicitários no geral perdem um pou-
co o contato com a realidade eu já sabia,
mas fiquei realmente chocado vendo es-
sas convicções vindas de tais pessoas. A
própria trajetória da campanha dentro da
DM9 comprova isso. O anúncio não é cria-
do da noite para o dia, tampouco é inscrito
em Cannes sem, no mínimo, o diretor de
criação ter visto. E o diretor deixou passar.
Para nossa sorte, e desgraça do planeta,
poucos dias depois foi lançada a campa-
nha “AIDS is a mass murderer” – também
de muito bom gosto, como se vê – criada
pela agência alemã Das Comitee. Tirando
um pouco a atenção do nosso deslize.
Alguns pontos importantes podem ser retira-
dos desses fatos pitorescos. O primeiro é que,
de maneira surpreendente, ainda há gente no
mercado que acredita na velha publicidade ir-
responsável . Estamos na era do politicamente
correto. E não é que antes não houvesse essa
consciência, é que antes o povo não tinha voz.
Hoje qualquer um se manifesta na internet .
O que antes de restringia a ligações para o
CONAR exigindo que alguma campanha fosse
retirada do ar, hoje se viraliza pela internet
e se reverte em uma imagem extremamen-
te negativa da empresa diretamente com o
público. É a natureza das mídias de massa.
A liberdade de criação para uma mensagem
que deve, pelo menos, não ofender ninguém, é
realmente muito restrito, mas é aí que entra a
boa publicidade.
O segundo ponto é sobre a maneira que a
DM9 lidou com o ocorrido. A princípio ten-
taram tirar o vídeo da internet . Depoimentos
ridículos da direção da agência falando que
ninguém soube de nada, e por aí vai. Em dias
de cada vez mais demanda por transparência
na comunicação empresarial , justamente uma
agência de comunicação aplica práticas pré-
históricas e obscurantistas para tentar salvar
sua imagem. Isso só comprova que ainda te-
mos um longo caminho a percorrer para que
as pessoas entendam essa nova realidade da
comunicação que se constrói.
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Há alguns outros pontos, como até que grau
é válido causar impacto para mobilizar uma
causa? O que mais vemos hoje são campa-
nhas relatando horrores de maneira explícita,
mas será que dão certo?
O fato é que por conta de coisas desse tipo
(e das propagandas de pasta de dente) que
às vezes dá vergonha de ser publicitário. Mas
também é isso que incentiva a ir mais adiante
para tentar colaborar no processo de trans-
formar um mercado que infelizmente ainda é
muito amador, em um mercado com profis-
sionais qualificado. Não em técnica, porque a
produção da DM9 e da Das Comitee são subli-
mes, mas em comportamento.
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