UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANAMARCIA CRISTINA MOSKO
"FORMAC;Ao INTERPRETATIVA E ESCRITAX
EMPREGABILIDADE"
Monografia apresentada como requisito parcialde Trabalho de Conclusao de Curso, para aFaculdade de Ciimcias Letras e Artes daUniversidade Tuiuti do Parana. Curso de Letras
Orientadora: Professora Mestre Evanilda TomeValen~a.
CURITIBA2005
RESUMO
A Monografia, intitulada "Forma,iio interpretativa e escrita X Empregabilidade",apresenta-se como elemento avaliativo final do Curso de Licenciatura e LetrasPortugues-Ing!<;s, da Universidade Tuiuti do Parana. 0 presente estudo estavinculado as disciplinas de Lingua Portuguesa e LingGistica. Trata-s8 de umapesquisa que tern como objetivo principal apresentar reflexao critica a respeitodo tema, na busca da forma,iio educativa dos sujeitos trabalhadores, tendocomo base a perspectiva do letramento e aplic89ao deste conhecimento nocontexto da empregabilidade, em diferentes espal10s profissionais. Qutrosobjetivos importantes para esse estudo, sao: sanar a falta de qualific89ao dosalunos atendidos pela institui,iio SENAI, com uma forma,iio educativa dequalidade voltada para a garantia de cidadania; discutir sobre a real dificuldadedesses alunos nas habilidades de ]eitura e escrita, par questionario; apresentaranalise linguistica e reflexao sabre a produyc3.o escrita de urn sujeito (PSC).relacionado as suas habilidades de leitura e escrita X as exigencias domercado de trabalho; aprimorar 0 estado ou condi9c3o de quem nao apenassabe ler e escrever, mas dedicam-se as atividades de leitura e escrita,respondendo, assim, as demandas socia is; apresentar as conclus6eschegadas com base no estudo realizado na pesquisa monografica.
Palavras-chave: letramento; qualifica9c3o profissional, escrita.
SUMARIO
INTRODUCAO ....................................................••......................................................................•....... 01
FUNDAMENTACAO TEORICA
1. LETRAMENTO EALFABETIZACAO ..................................•.••..................................................... 02
1.1. Ofrabalhocom osdados ... ........ 06
2. LETRAMENTO ESCRITO/INTERPRETATIVO X ATUACAO PROFISSIONAL. 11
3. CONCEPCOES DE ENSINO.................................................................•.•..................................... 14
PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
4. ANALISE LlNGUiSTlCA ..................................................................•........................................... 22
4.1. texto do a/uno PSc. " 24
4.2. conclusao da analise e proposta ... . 27
4.3. implicar;t5espedag6gicas na andragogia 29
5. IMPLICACOES PEDAGOGICAS: A BUSCA DE ALTERNATIVAS............ 33
CONSIDERACOES FINAIS 34
CONCLUSAO ................................................•....•.....••...•................................................................. 35
ANEXOS ...............................................................................................................•............................ 36
Introdu«ao
o motivo principal da escolha do Tema: "Forma,ao e Empregabilidade"
e 0 fata de, par meio deste trabalho, poder discutir conceP90es, experiencias,
problemas e propostas relacionadas a implementag80 de uma politica de
educa,ao profissional coerente, integrada a realidade do individuo. Numa
perspectiva voltada a esse interesse, destaca-se a possibilidade de as sujeitos
elaborarem de modo pessoal 0 conteudo que aprende, permitindo-Ihes
comparar, organizar, aplicar e avaliar informa<;oes, conceitos e principios, num
processo constante de reconstruyao do conhecimento. Ah3m disso, esses
sujeitos seraa capazes de tambem aplicar 0 aprendido na vida cotidiana.
Todo esse empenho deve estar fundamentado pelo objetivo maior de
desenvolvimento do ser humano, par meio dos valores eticos, socia is, politicos,
de modo a preservar a dignidade intrinseca dos sujeitos a desenvolver a~6es
junto a sociedade, com base nos mesmos valores.
Essa proposta, dentre varios autores, esta pressuposta das ideias de
Balzan (2003, p.2). Em artigo publicado no Seminario de Educa,ao
Profissional, realizado em Brasilia, esse autor afirma que "toda educa,ao,
profissionalizante ou nao, deve trabalhar com 0 conceito de cidadania,
desenvolver valores".
Nas atividades desenvolvidas em sala de aula, percebe-se que grande
parte desses alunos, tem razoavel desempenho da escrita, coerencia e uma
pequena compreensao da gramatica, poram, um deles, PSC encontra mais
dificuldades para se expressar da forma escrita, mas na oralidade faz usa da
forma correta. Sua leitura a boa e se interessa em aprender.
Esse fato me motivou desenvolver um trabalho com ele de Analise
lingOistica de um de seus textos, para abordar os temas propostos no objetivo
do projetoda presentemonografia.
Pois, para 0 novo paradigma do aprendizado na forma~ao profissional, 0
essencial a promover 0 dinamismo, a capacidade de resposta aos desafios do
mercado de trabalho e, aos anseios dos que buscam melhores oportunidades,
par meio do desenvolvimento de habilidades e competencias.
LETRAMENTO E ALFABETIZAc,:AO
Segundo SOARES (2003), letramento e palavra recem-chegada ao vocabulilrio da
Educa9ao e das Ciencias LingOisticas, tendo surgido em meados dos anos 80 do seculo XX,
nos discursos dos especialistas dessas areas. Par ser recents, a palavra letramento ainda
causa estranheza, enquanto Qutras do mesma campo semantico parecem mais familiares, asaber: analfabetismo, analfabeto, alfabetizar, alfabetiza~ao,alfabetizado e mesma letrada e
iletrado.
A palavra letramento surgiu para 0 Portugues da palavra inglesa literacy, que vern do
latim littera (Ietra), com 0 sufixo-cy, que denota qualidade, condi<;:ao, estado, fato de ser.
"Literacy e, portanto, 0 estado au condic;ao que assume aquele que aprende a ter e
escrever." (SOARES, 2003, pilg.17).
Conforme esclarece Soares, ha uma dificuldade em S8 formular uma definic;ao precisa
e universal de letramento. Isso porque 0 termo letramento cobre uma vasta gama de
conhecimentos, habilidades, capacidades, valores, usos e func,;:6es sociais; sutilezas e
complexidade dificeis de serem contempladas numa (mica definic,;:ao. Em funQao dessa
dificuldade, as definic,;:6essao antag6nicas e contraditorias, como se pode perceber, com a
explica9ao das dimensDes do lelramenlo Individual (Wagner,1983) e letramento Social
(Scribner, 1984).
Quando 0 foco e posto na dimensao individual, 0 letramento e um atributo pessoal,
"uma simples posse individual das tecnologias menta is complementares de ler e escrever."
(Wagner, apud SOARES, 2003, p.66). Quando 0 foco desloca-se para a dimensao social, 0
letramento e visto como "um fen6meno cultural, um conjunto de atividades sociais que
envolvem a lingua escrita, um conjunto de exigencias socia is de uso da lingua escrita."
(SOARES, 2003, p. 66) Mesmo apenas pelo enfoque individual, e dificil definir letramento,
pais envalve habilidades individuais de ler e escrever, tanto nas habilidades/conhecimentos,
quanto nos processos de aprendizagem. Argumenta-se, ainda, que as definic,;:6es de
letramento, na dimensao individual, tomam a leitura e a escrita como uma mesma e (mica
habilidade. Ou seja, os processos de leitura e escrita sao diferentes, mas 0 letramento
envolve ambos, como se a aprendizado de uma fosse conseqOencia do aprendizado da
outra.
Ha interpretac;oes conflitantes sobre a natureza da dimensao social do letramento:
uma interpretac;:ao progressisla, "liberal" (modelo aut6nomo), e uma perspectiva radical,
"revolucionaria" (modelo ideoI6gico).
o modelo Aut6nomo de letramento em uma perspectiva progressista "liberal" das
relagoes entre letramento e sociedade, as habilidades de leitura e escrita nao podem ser
dissociadas de seus usos, das form as empiricas que elas realmente assumem na vida social
e 0 letramento e definido em termos de habilidades necessarias para que 0 indivfduo
funcione adequadamente em um contexto social (Ietramento funcional).
o lermo letramento funciona/ passou a ser difundido com a publicac;:ao do estudo
internacional sobre leitura e escrita realizado por GRAY, em 1956, para a UNESCO. Nessa
publicac;:ao enfatiza-se a natureza pragmatica do letramento, ou seia, valoriza a pratica de
uso do ler e do esc rever , segundo a func;:ao que ocupa. Portanto, define-se como "Ietrado
funcional" aquela pessoa, cujos conhecimentos e habilidades de leitural esc rita 0 tornam
capaz de "engajar-se em todas aquelas atividades nas quais 0 letramento e exigido em sua
cultura ou grupo". (GRAY, 1956, apud SOARES, 2003, p.72 e 73). Inclui-se nessas
atividades 0 espayo de atuayao profissional.
o modelo ide%gico de /etramento em uma perspectiva radical e revolucionaria
discute as relac;:6es entre letramento e sociedade: 0 ter e 0 escrever e potencial para
transfarmar relac;:oes e praticas injustas.
Entao, letramento nao e urn "inslrumento" neutro a ser usado nas praticas sociais
quando exigido; e urn conjunto de praticas socialmente construidas que envolvem a leitura e
a esc rita, geradas por processos sociais mais amplos, e responsaveis par reforyar ou
questionar valores, tradi<;6es e formas de poder existentes nas sociedades. (SOARES, 2003,
p.74 e 75).
o que se propoe e destacar 0 poder "revolucionario" do letrarnento, sendo Paulo
Freire urn dos primeiros defensores dessa ideia. A concepyao de leitura e esc rita, defendida
por Freire, aproxima-se do conceito de tetramento. Segundo ele, "ser alfabetizado e ser
capaz de usar a feitura e a escrita como instrumentos para conhecer e transformar a
realidade." (FREIRE, 1980: 18). Nesse sentido, 0 conceito de letramento, pela sua amplitude,
abarca os estudos dos efeitos das profundas rnudangas pelas quais a humanidade vern
passando e, de urn modo geral, no sentido de proporcionar ao cidadao formas de preparar-
se para dar respostas condizentes a nova realidade.
Para ele, 0 letramento pode libertar ou domesticar 0 homem, dependendo do contexto
ideologico em que ocorre. Por isso, e de natureza essencialmente politica e, portanto, seu
ideologico em que ocorre. Par issa, e de natureza essencialmente politica e, portanto, seu
objetivo maiar deveria ser 0 de prom over a mudan~a social. Ser letrada e tarnar-se capaz de
usar a leitura e a escrita como um meio de tamar consciancia da realidade e de transforma-
la, ou seja, par em pratica.
Paulo Freire opunha-se ao que se chamava de educa~ao bancaria, tipo de ensino que
se caracteriza pel a presen~a de um professor depositante de conteudos e urn aluno, seu
depositario. A esse respeito, assevera Jose Eustaquio Romao, diretor do Instituto Paulo
Freire/SP e Professor do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, IMG: "Quem e educado
assim tende a tornar-se alienado, incapaz de ler 0 mundo criticamente" (1980: 26). E como
afirma a grande mestre, Paulo Freire: ''Ensinar exige compreender que a educa~ao e
formada de intervenc;ao no mundo". (1980: 31).
Essas e outras ideias de Freire estao hoje em grande evidemcia no meio educacional.
E exemplo a conceito de escala cidada, que prepara a crian9a para tamar decisoes, e a
necessidade de cad a escola ter um projeto politico-pedagogico que reconhe~a a cultura
local.
Letramento, como ja foi dito, e a estado au condi~ao de quem nao apenas sabe ter e
escrever, mas cultiva e exerce as praticas socia is que usam a escrita. Ja, a alfabetiza~ao, e
apenas a a~ao de ensinar e aprender a ler e a escrever. Como se va apesar de estudiosos
defenderem que a termo Uletramenton e sinonimo de alfabetiza~ao, essa opiniao nao e
unanime; ha aqueles que pensam diferente. SOARES (2003), par exemplo, defende que '~er-
se apropriado da escrita e diferente de ter aprendido a Jer e a escrever: aprender a fer e a
escrever significa adquirir uma tecnologia, a de codificar em lingua escrita e de decodificar a
lingua esc rita; apropriar-se da escrita a tamar a escrita "propria", au seja, e assumi-Ia como
sua "propriedade" (SOARES: 39).
Esse fato nao significa, param, que devemos assumir 0 termo letramento e abandonar
a teoria e a termo alfabetiza~ao; cada um desses termos tem sua funyao no ambito social e
educacional.
SOARES (2003:47) afirma que, "precisavamos de um verba "Ietrar" para nomear a
a~ao de levar os individuos ao letramento. Assim, teriamos aJfabetizar e Jetrar como duas
a~6es distintas, mas nao insepan3veis, ao contrario, defende ela, "a ideal seria alfabetizar
fetrando, ou seja: ensinar a ler e a escrever no contexto das praticas sociais da leitura e da
escrita, de modo que a individuo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e fetrada".
Uma estudante norte-americana, de origem aSiatica, Kate M. Chong, ao escrever sua
hist6ria pessoal de letramento, define esse termo em um poema que nos e apresentado por
SOARES (2003): Letramento nao e alfabetiza<;ao: esta e que e um processo de 'pendurar'
sons em letras ('ganchos'); costuma ser urn processo de treino, para que se estabelet;am as
rela<;6es entre fonemas e grafemas, um processo de desmante de estruturas lingiJisticas
('urn martel0 quebrando blocas de gramatica'). Letramento e prazer, e lazer, e ler em
diferentes lugares e sob diferentes condit;6es, nao s6 na escola, em exercicios de
aprendizagem. Letramento e informar-s9 atraves da leitura, e buscar noticias e lazer nos
jornais, e interagir com a imprensa diaria, fazer uso dela, selecionando 0 que desperta
interesse, divertindo-se com as tiras de quadrinhos. Letramento e usar a leitura para seguir
instru<;6es (a receita de biscoito), para apoio a mem6ria (Iista daquilo que devo comprar),
para a comunica<;ao com quem esta distante ou ausente (0 recado, 0 bilhete, 0 telegrama).
Letramento e ler historias que nos levam a lugares desconhecidos, sem que, para isso, seja
necessario sair da cama onde estamos com 0 livro nas maos, e emocionar-se com as
historias lidas, e fazer, dos personagens, amigos. Letramento e usar a escrita para se
orientar no mundo (0 Atlas), nas ruas (os sinais de transito), para receber instru<;6es (para
encontrar um tesouro ... para montar um aparelho .. para tomar um remedio), enfim, e usar a
escrita para nao fiear perdido. Letramento e descobrir a si mesmo pel a leitura e pela escrita,
e entender-se, lendo ou escrevendo (deli near 0 mapa de quem voce e), e e descobrir
alternativas e possibilidades, descobrir 0 que voce pode ser."
SOARES (2003:44) demonstra, por esse poema, que {etramento e muito mais que
alfabetizar;80. Que e um estado, uma condir;80: 0 estado ou condit;ao de quem interage com
diferentes portadores de leitura e de escrita, com diferentes generos e tipos de leitura e de
escrita, com as diferentes funt;6es que a leitura e a escrita desempenham na nossa vida.
o TRABALHO COM OS DADOS
Sabre as niveis de letramento interpretativQ e escrito dos sujeitos pesquisados: asresultados obtidos por questionario
Para BUENO (2001 )32, em seu artigo Letramento e transformap5es tecnotogicas no
mundo do trabafho, "0 surgimento do conceito de letramento, 0 advento das novas
tecnologias de informayao, comunicayao e as mudanc;:as nas form as de organizayao e
gerenciamenta do trabalho, acumulam-se as quest6es relacionadas ao analfabetismo
absoluto e a escolaridade basica no Brasil, apontando para problemas que requerem
atenyao redobrada dos planejadores da educagao, em nivel nacional." Essa pesquisadora
relata que "uma grande parte dos individuos vistas como alfabetizados poderiam ser
considerados semi-analfabetos ou com dominio rudimentar de habilidades e competencias
de letramenlo. Ela chegou a essa conclusao apos analisar as respostas de urn questionario
(anexo 1) que aplicou para os empregados e dirigentes de duas empresas, uma de
Transporte Coletivo e outra de Produyao de Tecnologia, sobre a visa.o dos empregados e
empresarios sobre Letramento, dentro do ambiente de trabalho, com 0 seguinte titulo:
"Pesquisa Oemandas de Letramento no mundo do traba/ho".
A analise dos dados, segundo Bueno, demonstra que a visa.o dos empresarios sobre
Letramento e as novas tecnologias e ideologica e reflete mitos do senso comum. De forma
geral, valorizam a educagao e 0 dominio de habilidades de leitura e esc rita; criticando a
escola e valorizando a educagao continuada nas empresas. Reconhecem que 0 letramento
nao e a unica qualificayao necessaria para 0 trabalho e tem consciencia de que para cada
fungao desenvolvida na empresa, sao diferenciadas e, apesar da forte presen9a das novas
tecnologias, para as fungoes mais simples as demandas ainda sao muito pequenas. Os
empresarios expressam urn certo formalismo com relagao a corregao ortografica da escrita,
mas quanto a leitura, tem uma visao funciona1.
Bueno, afirma que a pesquisa nas empresas possibilitou verificar que, na visao dos
empresarios pesquisados subjaz as concepgoes de latramento a de novas tecnologias, 0
masmo modelo de esc rita que vern sendo desenvolvido e praticado pelas Instituigoes
1~BUENO, Vilma Ferreira. inlern;ny,io no f.6rum E:;tadual de Edllca\i,io de JO\'eI15 e Adultos, fcalizado <;;Illflorianopolis.em 24 d.: OUlubro d..: 2001.
Educacionais ao longo de sua histaria.
Tendo como base esse estudo desenvolvido par Bueno (2001). fizemos uma
adaplayao do referido questionario, enfocando apenas aspectos relacionados aos usos da
leitura e da esc rita (vide anexo 2) e aplicamos a todos os alunos do SENAI, curso de
Marcenaria, na disciplina Gestao Industrial. A aplicayao desse questionario teve como
objetivo detectar as reais condic;:oes de letramento em leitura e esc rita desses alunos.
con forme respostas dadas par eles. Vamos a analise das respostas.
Respostas obtidas nas quest6es referentes aos habitos de feitura
GOS"fA DE l!ER?
• Dos 14 alunos que responderam ao questionario:
NAO SIM
02 alunos 12 alunos
• Dos 14 alunos que responderam ao questionario:
LlVROS 1JORNAIS 1REVISTAS 1BIBLIA I RECEITAS 1EMBALAGEM I07alunos 107alunos 112 alunos 107alunos I 04 alunos 105 alunos 1
LlVROS As vezes; de vez em quando;
Quando solicitado pel a escola;
Para passar 0 tempo; uma vez ao mes;
Um a cada dois meses.
JORNAIS Uma vez por seman a a sessao de esportes;
Nas horas vagas, as cruzadinhas.
REVISTAS Por diversao; quando nao tern nada para
fazer; nas haras vagas;
Quando vai ao medico:
Quando posso; as vazes as reportagens e
entrevistas.
BIBLIA Quando vai a igreja; quando S8 sente 56;
Quando precisa; de vez em quando.
RECEITAS De vez em quando; quando a mae pede;
quando val fazer urn bolo.
EMBALAGEM Por curiosidade; quando vai comprar algo;
Quando e preciso.
• Dos 14 alunos que responderam ao questionario:
Para de manter atualizado;
05 alunos Para ampliar e aperfeic;:oar conhecimentos;
Para aumentar e enriquecer 0 vocabulario.
09 alunos Deixaram em branco.
Confrontando das respostas obtidas, com rela9ao a leitura
Como S8 pode perceber ocorreu uma contradic;ao nas respostas dadas. Ou seja, se na
pergunta Gosta de ler? A maioria (12) respondeu que gosta de ter, como e possivel que, na
pergunta seguinte: Por que voce Ie? (09) deixaram em branco, mas mesma os que
responderam, nao comprovaram sua afirmayao, atraves das perguntas anteriores.
Respostas obtidas nas questoes referentes aos habitos de escrita
GOSTA DE ESC REVER?
NAO SIM
05 alunos 09 alunos
I QUAIS SUAS PRINCIPAlS DIFICULDADES NO usa DA ESCRITA?
Acentuac;ao; pontuac;ao;
07 alunos A letra; repetic;ao das palavras;
Escrever muito rapido.
07 alunos Deixaram em branco.
Confrontando das respostas abtidas com reJa{:8o a escrita
Embora metade desses alunos nao respondesse a essa questao, os seus textos,
comprovam tais dificuldades e tambem outras nao relatadas.
A analise das repostas dos referidos alunos levou confirmac;ao ja alcanc;ada pela
professora Vilma Bueno: as sujeitos pesquisados podem mesmo ser cansiderados semi-
analfabetos au com dominio rudimentar de habilidades e campelencias de letramento,
10
culminando, assim, com as resultados obtidos pela referida pesquisadora.
Essa realidade e alarmente, segundo a qual, expressa 0 baixo nfvel de letramenta dos
sujeitos, encaixa-se perfeitamente com 0 que aconteceu com sujeito desta pesquisa, do qual
sera analisado um texlo produzido par ale e que moslra exatamente 0 que esta sendo
colocado, ou seja, a sujeito pes esta cursando 0 2Qana do Ensino Media, porem, sua
competencia esc rita equivale a um aluno de uma serie muito inferior ou uma 3Q serie do
Ensino fundamental.
II
LETRAMENO IINTERPRETATIVO E ESCRITO X ATUACAO PROFISSIONAL
Na Educa<;ao Profissional, a questao do letramento reveste-s8 de uma importfmcia
ainda maior em virtude das transforma<;6es ocorridas no mundo do trabalho, pelo surgimento
das novas tecnologias de informa<;ao e comunicac;ao, exigindo assim, 0 desenvolvimento de
novas habilidades e competencias de leitura e escrita.
BUENO (2001), afirma que este conceito traz implicitas ideias de que a escrita tern
conseqOencias sociais, culturais, politica, economicas, cognitivas e lingOfsticas, quer para 0
grupo social em que seja introduzida, quer para 0 individuo que aprenda a usa-Ia.
Questiona-se entao:Que competencias de leitura e escrita 0 mundo do trabalho e/au mercado produtivo
requer? Os conhecimentos de leitura e escrita proporcionados pela escola sao adequados ao
desempenho das func;oes requeridas pelo mundo do trabalho elou pelo mercado produtivo?
Atualmente a que a mercado produtivo espera dos trabalhadores au aprendizes, em termas
de habilidades de letramento?"Oo ponto de vista dos empresarias, que ac;6es educativas,
poderao ser implementadas para desenvolver as competencias de leitura e de escrita de
seus funcionarios"?
Segundo BUENO (2001) urn dos grandes temas que tern sido colocados a escola
profissional, e a respeito da necessidade de aproximar a aprendido/ensinado com a realidade
concreta que os jovens e adultos enfrentam no processo de trabalho, extrapolando 0 sensa
cornurn. Essa perspectiva sinaliza para urn projeto de formac;ao que alem da atual;ao no
mercado, visa desenvolver 0 sujeito trabalhador para a produtividade.
Esse novo modo de ver a processo de formal;ao em servic;o, tendo em vista a
mercado produtivo, concebe ° jovem au adulto aprendiz, nao apenas como urn ser biol6gico
e abstrato, mas tam bern como ser hist6rico e social, considerando estes aspectos como
relevantes para a ensino/aprendizagem. A comunical;ao oral e escrita, bern como a leitura,
constituem-se em interal;ao com a mundo. Como tal, a dominio do ler e do escrever e de
extrema importancia e deve ser conjugado com a aspecto contextual para garantir a
eficiencia da aprendizagem.
No que tange a qualificac;ao profissional, as competencias interpretativa e escrita tern
12
side cad a vez mais requisitadas. Surge, entaD, urn problema: muitos trabalhadores que
devem ter esses dominios para desenvolver com mais eficacia suas fun96es, apresentam
bastante dificuldade em Jer e escrever. E nesse contexte que a funC;:8o social da empresa,
reconhecida mundialmente, passa a representar urn dos caminhos alternatives na busca de
melhor formaC;:8o e quatifica<;ao de seus funcionarios.
Infelizmente, a alternativa de formaC;:8o em servic;:o, voltada para atividades de
produ9ao escrita e de leitura, nao conquistou, ainda, a devida atenl):ao e 0 devido valor par
parte do meio empresarial. A situac;:ao apresentada abaixD, em bora naD constitua em fato
veridica, ilustra bern essa realidade. Vejamos que trata-s9 de uma situa'tao de uma empresa
despreocupada com a forma'tao do individuo, ou seja, 0 que a empresa quer e obter lueras,
inde pendente da forma'tao educacional de seus funcionarios. E possive1 perceber a atua'tao
de um funcionario em seu ambiente de trabalho, sua comunica'tao escrita, sua vi sao, a visao
de seu Gerente e a visaa do Presidente da empresa.
o Gerente recebeu 0 seguinte fax de um de seus vendedores:
"Sea Gomis, 0 eriente de belzonte pidiu mais euatrocentas pessa." Faz
favor toma as providenssa.
Abrasso,
"Nilso."
Aproximadamente uma hora depois, recebeu outro:
"Sea Gomis, os relat6rio de venda vai xega atrazado proque tem um
problema no cistema e to fexando mais umas venda". Temo que manda treiz mil
pessa a mais.
Amanha to xegando.
Abrasso,
"Nilso."
Como ja visto, 0 termo letramento funcional passou a ser difundido com a publica'tBo
do estudo internacional sobre leitura e escrita realizado por GRAY, em 1956, para a
UNESCO. Nessa publica'tao, enfatiza-se a natureza pragmatica do letramento, ou seja,
valoriza a pratica de uso do ler e do escrever, de acordo com a fun'tBo que ocupa. Portanto,
define-se "Ietrada" aquela pessoa cujos conhecimentose habilidades de leitura/escrita 0
13
tornam capaz de ~engajar-se em todas aquelas atividades nas quais 0 tetra mento e exigido
em sua cullura au grupa". (GRAY, 1956, apud SOARES, 2003, p.72 e 73). Inclui-se nessas
atividades 0 espa~o de atua\=ao profissiona1. 0 case do Nilso percebe-se que ele "funcionou
apenas para vender" e que a empresa nao esla 59 importando nenhum urn pouco com a
forma9ao dele, ou seja, Nilso vendi a bern, mas a empresa, S8 quer estava valorizando-o
como cidadao.
Analisanda a casa do Nilsa, a lelramenla, segundo SOARES (2003), seria a
respons;3vel per produzir resultados positiv~s e importantes, tais como, 0 desenvolvimento
cognitive (pessoal). econ6mico (aprendendo, competindo, melhores salarios), mobilidade
social (conhecer 0 mundo, ter acesso as tecnologias), progresso profissional (ascensao no
cargo que acupa) e cidadania. (SOARES, 2003, p.74).
Faz-se necessaria, portanto que as empresas, alem de exigir a funcianalidade da
leitura e da escrita de seus funcianarias, tam bern respeitem essas pessaas enquanta
cidadaas e praparcianem a eles, a direita de ter esse cantata com a ler e a escrever.
Em func;;aa desta realidade, apesar de tratar-se de um fata naa veridica, tern sida
percebida canstantemente no espac;;a profissianal. Em funyaa disso, que neste trabalha
tenha a pretensaa de refletir sobre a letramenta na leitura e na escrita, tendo vislumbrada
nas diferentes atuac;;oes profissianais e a partir dai, apresentar uma pro posta alternativa de
trabalho com a leitura e a escrita nos cursas de capacitac;;aa em servic;;a. A proposta estara
senda detalhada no 4° capitulo desta Managrafia.
14
Concep90es de Ensino - Aprendizagem e Metodologia
Hi! muitos anos, psic61ogos e educadores procuram descobrir como S8 aprende.
Foram realizadas varias observac;:6es e surgiram diversas teerias na tentativa de
explicar 0 processo de aprender.
E uti! aos professores conhecer as teerias predominantes desenvolvidas par
psic61ogos da aprendizagem, para que entendam a orientaC;c30 do ensina nas escalas atuais
e optem pela pratiea escolar que desejarem.
TEORIAS DA APRENDIZAGEM
Na area de conhecimento, existem muitas correntes de pensamento e diferentes
explica<;6es do processo de aprendizagem.
Antes do Behaviorismo de Skinner, havia a teeria mentalista que estava enraizada nas
tradic;:oes europeias de filosofia racionalista. Nesta teeria, da-se pouca enfase a aquish;:ao
externa do conhecimento. De acardo com a doutrina mentalista, 0 homem e urn Manimal
racional" e a educa<;ao e um processo de disciplina ou treinamento da mente. Os adeptos
dessa doutrina acreditam que, nesse processo, essas faculdades mentais sao fortalecidas
pelo exercicio, ou seja, toda aprendizagem e encarada, basicamente, como um processo de
desenvolvimento au treinamento da mente.
Pedagogicamente, a papel do professor e encontrar os tipos de exercicios que iraQ
treinar as varias faculdades mentais mais eficientemente. Nesse modelo de escola, era
comum a utiliza<;ao de formas diversas de puni9ao severa, incluindo castigos e exposi<;ao ao
ridiculo.
BEHA VIORISMO (SKINNER)
Psic610go contemporaneo neobehaviarista, atuou ap6s 1950. Segundo ele, a
linguagem deve ser ensinada pelo habito, au seja, a repeti<;ao da opera<;ao. Doutrina
empirista, ende e caracterizada par Arist6teles com aquisi<;ao de cenhecimentos. E dele a
15
afirma9ao de que "nada esta na inteligencia que nao tenha passado pelos sentidos", Nesso
pensamento e uma folha de papel em branco que, sera preenchida atraves da experiencia de
nossos sentidos. Para 0 Behaviorismo, a experiencia e a fonte do conhecimento.
As criticas ao Behaviorismo sao muitas, pais neg a a ac;ao da crianc;a no processo de
aprendizagem; considera apenas os fatores externos do meio ambiente; reduz-se a uma
nOC;aode lingua como mera c6digo de comunic8c;ao e de apenas uma (mica via (daquele que
ensina para aquele que aprende); 0 comportamento verbal (Iinguagem) e 0 produto de
reforc;o e modelagem gradual proporcionados pelo adulto.
INA TlSMO (CHOMSKY)
Explica as conhecimentos atraves de sua existencia ja pre-formada na mente humana.
Toda a compreensao da realidade ja estaria inscrita no ser humano ao nascer. Ao lnatismo
se vinculam as ideias de desenvolvimento e de maturaQao, se alinha na corrente racionalista
das explicac;6es da realidade.
o desenvolvimento da mente humana, segundo Chomsky, deve ser realizado pel as
mesmas linhas de estudo da estrutura fisica do corpo. Esses sistemas mentais de
conhecimento possuem desenvolvimento muito uniforme na especie humana, mas com certa
variaQ80 decorrente da experiencia do individuo, dentro dos limites de variaQao permitidos
pela programac;ao genetica.
Assim, para Chomsky, deve haver processos fundamentais, operando
independentemente do retorno de seu meio ambiente. Ele assume uma posic;ao Racionalista,
ou seja, passa a considerar a linguagem como uma estrutura inata que faz parte da heranc;a
genetica de cad a membro da especie humana.
o estudo da linguagem deve ser considerado como parte de urn estudo mais amplo
que envolve os processos cognitivos presentes no cerebro humano.
Os argumentos de Chomsky sao os de que a crianQa, imersa em uma comunidade
lingOistica, confronta-se com um conjunto muito limitado de frases, na maieria das vezes
imperfeitas, inacabadas, etc.; entretanto, ela chega, num tempo relativamente curto, a
construir, a interiorizar a gramatica de sua lingua, a desenvolver um saber bastante
complexo, e que nao pode ser induzido s6 dos dados de sua experiencia. Para Chomsky, a
linguagem e 0 espelho da mente. (Chomsky, 1997, pag.204).
16
INTERACIONISMO (Jean Piaget)
Bi61ogo de formac;:ao estudou Filosofia e doutorou-se em Cielncias Naturais aos 22
anos. Em 1923, lanc;ou "A Iinguagem e a pensamento na crianqa", 0 primeiro de seus mais
de sessenta livros. Fateceu em 1980.
A tese construtiva de Jean Piaget: "0 conhecimento resulta de urna atividade
estruturadora par parle do sujeito".
Piaget naD S9 dedicou aos estudos da aquisic;ao da linguagem em si, mas a natureza
do conhecimento humane (desenvolvimento fisiol6gico, mental; como as pessoas
aprendem ... ). Para ele, a linguagem nao e inata, 56 urn pedacinho que e (a inteligencia),
funcionamento intelectual (hereditariedade).
Piaget entra em conflito com ele mesma, pais segundo ele, a linguagem 13:"condic;ao
necessaria para a elabora<iao do pensamento, mas nao suficiente para a constru<iao das
opera<i0es logicas; depende da inteligencia; e um instrumento que se presta para traduzir um
conhecimento previamente adquirido e que e incapaz de explicar as estruturas do
pensamento. "
Ha tambem criticas, pois a teoria Paigetiana coloca em 2° lugar os aspectos
socioculturais; desconsidera a linguagem no desenvolvimento cognitivo; da pouco valor ao
papel que 0 outro exerce no desenvolvimento da crian<ia (processo de intera<iao).
E na relal1ao como 0 meio que a crianl1a se desenvolve, construindo e reconstruindo
suas hipoteses sabre 0 mundo que a cerca. Mas, os professores devem respeitar 0 nivel de
desenvolvimento das crian<ias. Nao se pode ir alem de suas capacidades nem deixa-las agir
sozinha.
S6CIO-INTERACIONISMO (Vygotsky)
Urn dos representantes principais do socio-interacionismo e Lev Vygotsky, pensador
bielo-russo, que apesar da vida curta, morreu de tuberculose em 1934, aos 37 anos, teve
urna produl1ao intelectual intensa. Por motivos politicos, suas obras foram censuradas e
chegaram ao Ocidente apenas nos anos 60; no Brasil, so no inicio da decada de 80.
Sua perspectiva teorica aborda toda a dimensao social do desenvolvimento humano,
tendo como pressuposto basi co a ideia de que 0 homem se constitui na reta~ao com 0 outro
17social.
Para Vygotsky, 0 pensamento e a raciocinio sao afetados pelas condi\=6es socia is e
pel as interalfoes humanas atraves das oportunidades variadas que se abrem para cad a
sujeito no meio em que vivs. Oeste modo, as func;6es pSicol6gicas aparecem, inicialmente,
no plano social (na interavao entre as pessoas) et apenas depois, elas surgem no plano
psico1ogico (plano individual). Ou seja, a cons1rugiio da realidade e mediada pelo social e
sera internalizada pelo individuo.
Assim, a mediac;ao (conteudo, teenieat interac;:ao) assume papsl central no
desenvolvimento humano, pois a homem, enquanto sujeito do conhecimento, naD tern
acesso direto aos objetos, mas 8im urn acessa mediado pelos reeortes do real, e operados
pelos sistemas simb6licos de que disp6e. E quem propiciara isto ao individuo e a sua cultura.
E ela (a cultura) que Ihe fornecera os sistemas simbolicos de representa.;;ao da realidade, por
meio dos quais, sao produzidos sua forma de interpreta.;;ao e organiza.;;ao dessa realidade.
Ao privilegiar a media.;;ao, Vygotsky elege a linguagem como lugar de extrema
importancia neste processo. A linguagem e uma tarefa nossa e dos outros; porque e na
intera.;;ao com 0 meio e com as pessoas que criamos a nossa linguagem. Como para 0
desenvolvimento da linguagem e imprescindivel a intera.;;ao como 0 meio, este processo vai
se alterando de gera.;;ao para gera.;;ao.
Para ele, a linguagem intervem no processo de desenvolvimento intelectual do sujeito
desde 0 nascimento. A aquisi.;;ao da linguagem pela crian.;;a modifica as fun.;;oes mentais: ela
possibilita uma forma definida ao pensamento, a aparecimento da imagina.;;ao, 0 usa da
memoria e a planejamento da a.;;ao.
Os adultos, ao nom ear objetos, indicando associac;oes e rela.;;oes para a crian.;;a,
contribuem para que esta construa formas mais complexas e sofisticadas de conceber a
realidade.
Assim, a forma como linguagem e utilizada, na interac;ao social de uma crian.;;a com
adultos (e outras crianc;as mais experientes), desempenha urn papel fundamental na
formaC;ao de seu pensamento complexo e abstrato, a nivel individual. Atraves da propria
linguagem, 0 ambiente fisico e social pode ser melhor apreendido, au seja, a linguagem
modifica a qualidade do conhecimento e pensamento que se tern a respeito do mundo.
A linguagem esta presente em qualquer momenta da vida de urn ser humano, porque
sem a linguagem 0 homem nao teria como se comunicar com os outros e viveria isolado.
Sendo assim, a linguagem faz tambem, atrav8s de sua lingua, que 0 homem possa agir
18
sobre 0 mundo e sabre ele mesma.
o sujeito da aprendizagem para Vygotsky desempenha urn papel importante nas
interac;:6es, pois sle nao e passiv~ como 0 5ujeito da leoria Behaviorista; ele e urn 5ujeito
interativQ.
Embora Vygotsky defenda a relac;ao dos processos sociais externos com as
processos pSico16gico-internos, ele rejeita a ideia de que a internalizac;:ao seja uma mera
copia do externa: a "internalizaQc3o e a reconstruc;ao interna de uma operac;:ao externa,
efetuada pelo sujeito". Assim, Vygotsky, considera a internaliza9ao (aprendizado) como urn
processo primordial no desenvolvimento: ela permite que uma func;:ao interpsicol6gica S9
torne intrapsicol6gica, que uma atividade social externa S9 torne uma atividade individual
interna.
Vygotsky explica a importancia do papal do "outro" mais experiente nas interac;oes
sociais, atraves do conceito de zona de desenvolvimento proximal: a espa<;o existente entre
o nivel de desenvolvimento real do sujeito (aquele que Ihe permite resolver sozinho
determinados problemas) e 0 nivel de desenvolvimento potencial (que Ihe permite resolver
problemas sob a orienta<;ao do outro mais experiente). Dessa forma, a que e zona de
desenvolvimento proximal hoje vira nivel de desenvolvimento real amanha.
o bem ensine, portanto, eo que incide na zona proximal, pois ensinar 0 que a crian<;a
ja sabe e pouco desafiador e ir alem do que ela pode aprender e ineficaz. 0 ideal e partir do
que ela domina para ampliar seu conhecimento.
Em outras palavras, ° nivel de desenvolvimento real refere-se ao desenvolvimento das
fun<;6es mentais resultante de desenvolvimento ja completado, as produtos finais do
desenvolvimento, ou seja, 0 sujeito e capaz de fazer sozinho. Ja a zona de desenvolvimento
proximal define as fun<;6es que estao em processo de matura<;ao, au seja, a intera<;ao.
Para Vygotsky, "0 estado do desenvolvimento mental de uma crian<;a s6 pode ser
determinado se forem relevados as seus dois niveis: a nivel de desenvolvimento real e a
zona de desenvolvimento proximal. n
Linguagem e pensamento, segundo Vygotsky sao dais processos que se intercruzam
a partir de certo momenta do desenvolvimento e se relacionam de forma dinamica. Ha uma
rela<;ae reciproca. Assim, linguagem e inteligencia tern raizes distintas, seguem cursos
distintos ate certo momenta do desenvolvimento, mas depeis passam a se inter-relacionar de
modo dinamico e complexo.
A linguagem nao e usada apenas para a indivfduo se comunicar e expressar suas
19
ideias. Assume tarn bam urn papel de organizac;ao e representac;ao do ambiente em que 0
individuo esta inserido, tornando-o capaz de dominar sua linguagem em beneficia seu e do
meio.
De acordo com Vygotsky (1984:20), 0 vocabulario/lexico do aprendiz se desenvolve
conjuntamente aD desenvolvimento cognitivD, pois a medida que va; amadurecendo, ele va;
experimentando eaisas, va; adquirindo novos conceitos e palavras, que estafao presentes
em sua memoria, e serao utilizadas quando sentir necessidade de simbolizar alga.
a aprendizado e essencial para 0 desenvolvimento do ser humane e S9 da, sobretudo
pela interac;ao social. A ideia de que quanta maior for 0 aprendizado maior sera 0
desenvolvimento, naD justifica 0 ensina enciclopedico. A pessoa 56 aprende quando as
informa96es fazem sentido para ela.
ABORDAGEM COMUNICATIVA (Brunner)
A teoria de Brunner tem quatro principios fundamentais: Motiva98o, Estrutura,
Sequencia e Refor9amento.
Brunner acredita que todas as crian9as nascem com 0 desejo de aprender. Ele de:'!
grande importancia a motiva980 intrinseca, ou as for9as internas que predispoem a crian9a
para a aprendizagem. Brunner acredita que todos n6s (e tambem alguns animais) nascem
equipados com intenso desejo de saber, uma grande curiosidade.
Afirma que qualquer materia pode ser organizada de maneira tal que possa ser
transmitida e compreendida par qualquer estudante.
A maior ou men or dificuldade de que um estudante encontra em qualquer materia
depende muito da sequencia em que 0 assunto e apresentado.
A aprendizagem exige refor90 e Brunner fala sobre a necessidade que temos de
receber feedback (retorno da mensagem), de saber como vamos indo no nosso trabalho.
Chega-se a conclus80 de que, os Behavioristas acreditavam que a aprendizagem
dependia de certos estimulos, de condi96es externas ao arganismo, alimento, guloseimas,
afagos, sorrisos, elogios e tambem censuras e puni90es. Para esses psic610gos, a
motiva98o da aprendizagem s6 pode ser extrinseca: recompensas ou refor90s sao essencias
a aprendizagem, que eles definem como aquisi980 de novas respostas ou modifica980 do
comportamento.
Opondo-se aos Behavioristas, os cognitivistas enfatizam a importancia da moliva,ao
20
intrinseC8. Brunner, representante maximo da linha cognitiva, acredita que ha, dentro do
individua, desde 0 nascimento, foryas poderosas que 0 levam a aprendizagem, como a
curiosidade, 0 desejo de adquirir competencia e 0 desejo de trabalhar cooperativismo com
outras pessoas, ele chama de reciprocidacte.
Uma afinidade entre Chomsky e Piaget e que nenhum nega a relevancia dos dados
ambientais para aquisiy80. Chomsky, pon§m, da maior importancia a matura,:(80 biol6gica do
que a experiemcia, enquanto que Piaget enfatiza a interac;ao do organismo com 0 ambiente,
ou seja, da crianC;8 com 0 objeto da aprendizagem.
METODOLOGIA DO CONSTRUTIVISMO
o Construtivismo como metodc para a aprendizagem, S8 apresenta a quem procura a
melhor maneira de educar.
Quando uma escola se diz partidaria deste metodo ou daquela teeria, e preciso
distinguir as diferenr;as entre ambos. As teorias da aprendizagem sao hipoteses e model os
de como 0 ser human~ aprende. Ja os metodos pedagogicos propoem maneiras de proceder
em determinadas situar;oes.
o que habitualmente chamamos de Construtivismo e a aplicar;ao das teerias da
aprendizagem de Jean Piaget. COnCePrfaO teorica que parte do principio de que 0
desenvolvimento da inteligemcia e determinado pel as ar;oes mutuas entre 0 individuo e 0
meio em que ele vive. A ideia e que 0 homem nao nasce inteligente, mas tambem nao epassivo sob influencia do meio. Ao contrario, responde aos estimulos externos agindo sobre
eles para construir e organizar 0 seu proprio conhecimento, de forma cad a vez mais
elaborada.
o construtivismo nao e apenas 0 termo pelo qual e conhecida a linha pedagogica que
mais vern ganhando adeptos entre professores no en sino basico.
Na escola tradicional, 0 erro e vista como sin6nimo de naa-aprendizagem, assim como
acertos indica ria que houve aprendizagem. Erro tern algo inconscienternente a ver com
pecada. Portanto, 0 erro deve ser punido au Nperdoadon, desde que cerrigido.
Mas na vida pratica, todos sabernos que errar e normal e que muito se aprende
errando e corrigindo-se a partir do erra.
No construtivismo 0 erro representa 0 caminho cerreto, 0 desafio a ser superado. Urn
trampolim na rota da aprendizagem. Uma estrategia interessante e a correr;ao do erro, que
21
pode S9 transformar numa situac;ao de aprendizagem, jamais de censura au exclusao.
"Erras sao, no final das contas, fundamentos da verdade. Se urn homem nao sabe 0
que e urna Gaisa, e jiJ urn avango do conhecimento saber 0 que ela nao e."Carl Jung.
"A pessoa aprende: 10% do que Je, 20% do que eSGuta, 30% do que ve, 50% do que
ve e eSGuta, 70% do que discute, 80% do que experimenta na pratica e 90% do que pode
ensinar",Dan Hull (Universidade de Harvard).
22
ANALISE LlNGUiSTICA DE TEXTO: UMA
REFLEXAo SOBRE 0 usa COMPETENTE DO ESCREVER
o trabalho de analise lingliistica
Urn trabalho de Analise Linguistica, dentro da perspectiva colocada na referida
pesquisa monografica, e vivenciar situac;oes de usa e de reflexao em torno de textes
de alunos. E tambem uma reflexao sabre fatos au sabre uscs da lingua para
explicita9ao e aprendizagem de particularidades da escrita.
Nesse tipo de a<;ao pedag6gica, incluem-se requisitos de generos e tipos
textuais, textualidade e gramaticalidade.
o objetivo de urn trabalho em Analise LingOistica, e aprender com a escrita do
autro ou com a escrita de si pr6prio, as processos convencionais de escrita e de texte,
relacionados a diversos fatorest tais como, 0 genera e tipo textual, a textualidade,
gramaticalidade, constrUl;ao e encaixamento das frases e ideias, utiliza9ao de
palavras para substituir a pros6dia (uso da tala) e express6es corporais empregadas
na tala, e tambem regras gramaticais relativas a ortografia, regencia, concordancia
verbal e nominal, etc.
Para analise de urn texto, a necessario verificar primeiramente, se ha
adequa9ao deste texto, ou seja, se algo compromete sua estrutura, quanto a clareza,
coerencia, coesao e tipos de discurso. Tambem a relevante observar, se ha problemas
sintaticos (concordancia verbal, nominal, regencia), problemas morfol6gicos
(vocabulario adequado, ortografia, acentuayao, partiyao silabica), visualizar como esta
a apresentayao gratica (Ietra encontra-se legivel?), a disposiyao da tolha e tambam a
questao da estatica.
Contextualizac;ao dos dados
A analise lingufstica realizada nesta pesquisa monografica sera em cima de urn
texto do aluno PSG, 0 qual orientei no curso do SENAI, na disciplina de Gestao
Industrial, do curso de Marcenaria. PSC a aluno da rede publica de Sao Josa dos
Pinhais, rnatriculado no 2" ana do Ensino Media e tern serios problemas com a escrita,
23
o que dificulta 0 seu acesso a possiveis estagios na Industria. Problemas
apresentados par esse sujeito, alias, confirmada par BUENO (2001), e resultado da
exclusao de urn grande numera de praticas sociais mediadoras do texto escrito, ata
que nega 0 direito aos saberes, aos prazeres e as informac;:oes que a leitura e a
escrita proporcionam. E 0 que ocorre com PSC: apesar de possuir documentac;rao
oficia1 que atesta sua formac;:ao escolar ate 0 2° ano do Ensino Media, de fato, sua
produc;:ao escrita esta fora dos padroes desse "ivel de escolaridade. Isto e, seu texto ede urn nivel muito mais rudimentar do que S8 atesta sua formac;:ao documentada. IS50,
alias, naD e urn fata isolado. Diversos alunos do mesma grupo apresentam problemas
com relac;:ao a escrita (ver anexo 1, 2 e 3), apresentando competencia rudimentar para
as suas respectivas series.
Para fazer essa analise, coloco na integra 0 texto de PSC, (reprodu~ao do
original).
Senai Cete netalPSG24/06/05
Tema: uqualificasao Profisionar - sua inportasia.
Hoje em dia, meste mundo do comersio Temos.
De ser qualificados Para com siguir Progredir.
No mundo, do comersio Temos de ser emprendedores.
4 E buscar. Competecia. E nao apenas Ter.
Habilidade, Podemos Buscar cusos Tecnicos de capacitasao
Para adequir essa competencia e chegar. A
Creser no mundo do comercio Pori so Tenho certesa se
8 0 governo comesar a invistir em qualificasao Profissional.
9 A vera muito mais empregos e Pesoas qualificados.
10 Para exerser estes empregos. Nois devemos.
11 Procurar ficar. Nois qualificados Posiver Para.
12 Que possanos conseguir 0 emprego que Pretendemos,
13 Assim Terremos nois chase de Progredir Profissiona1.
14 Nente. Nunca devemos Parrar de Buscar.
15 Qualificasao e senpre estar Par dentro dos
16 Asuntos referente a 0 curso de capasitasao
17 Profisionos que esta exercendo.
A Analise LingUfstica
24
Toda a analise foi pautada em cima de aspectos lingOisticos relevantes e tendo
par base fundamentos que dao suporte para uma pn3tica de Analise LingOistica seria
e comprometida com a verdadeira aprendizagem da escrita. Trata-se de aspectos
importantes para a reflexao de um texto e que abrange 0 texto em seu todo:
1') fuga ou nao do Terna;
2') tipo Textual;
3°) textualidade (coesao, coerencia e c1areza);
25
4°) gramaticalidade - aspectos referentes as regras e estrutura da lingua.
Os aspectos aeima, compoem urn conjunto de elementos que formam urn texto.
Nao teria sentido fazer urna analise linguistica, analisando apenas urn aspecto, par
exemplo, fuga ao tema. Tedos as aspectos sao conhecimentos importantes para a
formayao de urn born escritor/leitor. Nesse sentido, eo trabalho intrinseco e cotidiano
do aluno, juntamente com 0 professor, em cima desses aspectos, que dara substancia
para a formac;:ao de urn escritor e de urn lei tor competente. Vamos a analise:
Aspectos relacionados a Tematica Basica do texte em analise
E imprescindivel analisar por que esse aspecto e importante, pelo fato de ser peya
chave para que se tome compreensivo 0 texto, ou seja, sabendo~se qual 0 tern a tratado pelo
escritor, encontram-se todas as ideias~chaves que compoem 0 referido texto. Entao, fica facit
perceber 58 0 escritor fugiu ou nao ao tema.
No caso de PSG, foi solicitado urn texto argumentativo/texto de opiniao com 0 seguinte
Tema: ~Qualificavao Profissional" - sua importancia. Seu texto, embora tenha alguns
problemas de estrutura e gramatica, segue uma tematica basica.Gomo solicitado, PSG
conseguiu por meio de sua opiniao, a importancia da qualificac;:ao profissional no mundo do
trabalho. Portanto, esse nao e urn item que tenha problemas.
Aspectos re/acionados ao Tipo Textual
Esse aspecto e de extrema importancia, pois explora a estruturac;:ao de urn texto
argumentativoltexto de opiniao. Um texto argumentativo deve ter a intenc;:ao central de dar
urna opiniao sobre urn assunto, e toda opiniao consistente supoe argumentos. Segundo
FARACO & TEZZA (1999: 125 e 126), "para analisar um texto argumentativo/texto de
opiniao, e necessario responder as seguintes questoes:
1) Qual a opiniao defendida pelo texto?;
2) Que argumentos sao apresentados em defesa da opiniao?;
3) Que informac;:6es sao apresentadas em defesa da opiniao?".
No texto de PSG, e possivel perceber marcas do texto dele, que 0 caracterizarn como
urn texto de opiniao?
Tais marcas aparecem no texto de PSC nas linhas 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 14. Sao
26
percebidas as ideias-chaves, quando PSC chama a atenc;:ao para a importancia da
qualificac;:ao profissional, argumentando que sem qualific8c;:ao, 0 individuo esta fora do
mercado de trabalho. PSG par meio de sua opiniao, sugere a necessidade de sermos
empreendedores.
Aspectos relacionados a Gramaticalidade
Paragrafa~ao
Urn dos aspectos mais importantes da organizac;:ao de urn textc, segundo FARACO e
TEZZA (1999: 109 e 110),"0 paragrafo, tem, antes de tudo, uma importfmcia visual. 0 texto
dividido em panflgrafos 'descansa' a vista do leitor, impedindo que 0 olhar S8 perea nurn
emaranhado sem fim de linhas. Juntamente ao aspecto visual, 0 seu conteudo tambem e de
extrema importancia na definiqao dos paragrafos," Nesse sentido, 0 paragrafo e urna sub-
unidade de significado na unidade maior do texto. Nao se abre um novo paragrafo s6 ao
sabor do acaso ou simplesmente pelo numero de linhas, mas porque encerra-se um grupo
de informa(foes e inicia-se outro grupo de informa(foes, relacionado com 0 primeiro.
Outro aspecto lembrado por FARRAGO & TEZZA e 0 seguinte: • nao existe 'paragrafo-
padrao', que sirva para qualquer tipo de texto. Na verdade, um paragrafo pode ser tanto uma
lon9a sequencia de sentenc;as como uma (mica palavra. Tude vai depender da natureza do
texto em questao."{1999:111).
Vejamos como se apresenta e texto em analise, no que tange a usa do paragrafo. Perce be-
se, que PSC nao tern nenhum conhecimento sobre esse conteudo, ou seja, nao utilizeu, em
nenhum momento, 0 paragrafo. Esse e um dos problemas mais serios de PSC.
2) Problemas de Registro eserito (troea de letras): 0 texto de PSG apresenta-se bastante
problematico quanto a esse aspecto. Isso e percebido em quase todo 0 texto, ( linhas, 1, 2, 3,
5,7,8,10,12,13,14,15,16 e 17) e tambem no titulo.
27
Aspectos relacionados a textualidade
Abordar a textualidade de urn texto signifiea avaliar as uscs adequados da coesao, da
coerencia textual e, por con sequencia, da clareza de urn textc.
Coesao: A coesaa refere-s9 ao modo como conectamos au relacionamos ideias
anteriores do texto com as seguintes, para naD perder 0 fio do pensamento. Esta
relacionada a parte visivel do texto, no interior das frases e dos paragrafos. Assim, urn
texto coeso e aquele que apresenta suas ideias au express5es de modo articulado
entre si e de forma organizada; au seja, ha urn encadeamento claro, que de senti do
as ideias. (PLATAO & FlORIN, 2000). Para que essas rela~oes de sentido ocorram
no interior do texto, 0 escritor deve utilizar-se de determinadas palavras au termos,
cham ados conectivos ou elementos de coesao.
Analisando 0 texto de PSG, conclui-se que ele faz usa razoavel dos elementos de
coesao, pois, utilizou-se desses elementos em seu texto( linhas 2. 3, 4, 6, 7, 9. 11, 12, 13. 15
e 17).
• Goerencia: A coerencia preocupa-se com 0 que se conclui do texto em seu todD, ou
seja, 0 seu sentido 169ico. Para PLATAO & FIORI (2000:42), "urn texto para ser
coerente precisa apresentar um conjunto de ideias muito bern encaixadas para que,
assim, a relac;ao entre elas fique 16gico-conexa, sem contradic;6es." Para evitar
problemas de clareza no texto, 0 usa adequado dos elementos de coesao, bern como
a articulac;ao 16gica das ideias da unidade e senti do ao texto.
CONCLusAo DA ANALISE
A analise completa do texto de PSG leva-nos a concluir que os problemas nele
apresentados referem-se a uma serie inferior ao 2° ana do Ensino Medio. Os problemas
apresentados, porem, nao invalidam a proposic;ao de que ha nele pontos bastante positiv~s a
serem observados.
PSG sou be argumentar, trabalhou bem com as ideias-chaves, seu texto, de certa
forma, ficou claro, pois soube amarrar as ideias. Conseguiu deixar claro 0 seu objetivo maior.
28
que e a conscientiza~ao para a importancia da qualifica~ao profissional, au seja, da. para
perceber aonde PSC quer chegar.
Os pontes negativos sao claramente visiveis, principalmente com a questao da
estatica e dos paragrafos do textc. No quesito coerencia, devido ao mau usa das regras de
pontua~ao, deixou muito a desejar, mas 0 maior problema encontrado foi, sem duvida, a
pontuatyao e 0 usa incorreto das maiusculas. PSC naD tern n09aO sobre 0 pan3grafo, ha
tambem problemas com registro escrito, au seja, a traca de latras. 1550 aconteceu
praticamente no texto todD, em quase todas as linhas.
A acentu8Qao nao chega a sar urn problema serio, pais em algumas situ890es PSC
usou corretamente e em Qutras nao. Ocorreu a junC;3o da escrita, pelo tato de 0 aluno
transpor de modo direto a prosodia falada para a escrita (por falar tudo junto, escreve da
mesma forma). PSG desconhece 0 uso formal do verba haver, das concordancias nominal e
verbal.
Entao, como que um sujeito que sequer consegue expressar-se por escrito, com nivel
de alfabetiza9ao que se equivale ao de uma 3° serie? Garno exigir desse sujeito, um
conhecimento a tal ponto de transformar a si proprio e a realidade?
Mas, afinal de quem e a culpa? Do PSG ou da escola regular? Quem e 0 responsavel?
Apos esse levantamento, chegou-se a conclusao de que e a qualidade da forma9ao escolar
de PSC, 0 grande problema do trabalho com PSC na escola, seja com gramatica ou com
texto, foi fraco.
Nesse estudo monografico, a proposta e usar os meus conhecimentos didatico-
pedagogicos, para serem aplicados no ambiente propicio a Andragogia.
Gom base nisso, e necessaria elaborar urn plano de a9ao. Apresentarei uma proposta
de trabalho, dentro dessa reflexao de leitura e de analise lingOlstica que estou fazendo com 0
sujeito PSC.
Gome90 a proposta com uma reflexao: Gomo deveria ser a atuac;ao do professor em
sala de aula, frente a problemas como 0 de PSG ou qualquer outro problema que urn aluno
apresente?
Qual deve ser a atua9ao de um professor de lingua frente a esse aluno? Independente
de ele estar no Ensine Medio, numa 4° sene do Ensino Fundamental, dele estar numa escola
publica ou particular? Ou ainda, em um curso Tecnico. 0 que um bam professor de
Portugues deve fazer?
29
Assim, como foi feita uma refiexao, uma avalia~ao do texto de PSG, tomando como
base a Pratica de Analise LingOistica, au seja, juntando todos as aspectos trabalhados, tais
como, tipologia textual, textualidade e gramaticalidade, percebeu-se que a maieria dos
alunos apresenta problemas similares a PSG. Entao, 0 que eu levaria para uma reflexao em
sala de aula? A Pratica de Amllise LingUfstica. Nesse sentido, meu trabalho, para S8r
coerente, precisa ter essa mesma postura seria e comprometida.
Proposta de traba/ho
Procedimentos a serem seguidos: Escolheria urn dos aspectos trabalhados na
pratica de Analise LingOfstica com a texto de PSC, que poderia ser urn problema da grande
maiaria. (como par exemplo, 0 usa correto do paragrafo. Oesenvolveria uma aula sobre
paragrafac;ao. Como sugestao, primeiramente seria trabalhada com os conceitos, em
seguida, a turma teria que trazer material para a sala de aula (Iivros, jornais, revistas, etc.) e
pesquisar sobre esse tema, ou seja, com trechos de textos mal paragrafados, fazer a devida
correc;ao. Oessa forma, esc1arecendo duvidas e interagindo com 0 grupo de trabalho.
Outra questao importante a destacar eo preconceito para com esses jovens e adultos
que, por suas dificuldades, sao isolados do grande grupo e sao motivo de "chacota" para
todos. Esse trabalho permite resolver essa questao, pois todos os alunos seriam inseridos no
mesmo nivel de aprendizagem.
IMPLlCA(:OES PEDAGOGICAS na Andragogia
A Capacidade do Jovem em aprender
Ja faz parte do passado a cren<;a, segundo a qual supunha-se que 0 jovem e 0 adulto,
diferentemente da crianc;a, apresentam dificuldades para aprender.
Evidencia-se que a habilidade basica para aprendizagem permanece sem ser
danificada no decorrer da vida, e que outras causas, tais como, baixa auto-estima, barreiras
sociais, inadapta<;ao a metodos e tecnicas de aprendizagem, devem ser levadas em
considerac;ao, bern como averiguadas para que urn processo de reorganizac;ao e
30
reorientac;ao da aprendizagem seja fomentado tendo em vista as novas maneiras de
aprender.
Somente passando par este processo, ele sentira que pode assumir a
responsabilidade par sua aprendizagem, da mesma forma em que e responsavel par Qutros
fatos de sua vida.
E de suma importancia considerar que a aprendizagem e urn processo interne, e que
o aluno "adulto" somente se engaja realmente neste processo, quando sente a sua
necessidade e 0 percebe como urn meio para alcanc;arem objetivos. Logo, a func;:ao principal
de Educador sera nao 56 a de criar urn ambiente adequado, como tambem a de levar 0 aluno
a envolver-se 0 mais profundamente passivel na sua auto-analise, para que possa
determinar 0 que necessita e 0 que busea realmente, motivando-se a si proprio e ehegando a
pereeber que so em si mesmo esta a fonte da aprendizagem.
Deve-se facilitar a possibilidade de que esse aluno partieipe diretamente da efetivayc30
do seu auto-diagnostieo, 0 que ha de ajuda-Io a determinar claramente suas difieuldades e
hit de orienta-Io no eneaminhamento do seu proeesso de aprendizagem.
Pode-se eoncluir, a partir desta afirmativa, a importaneia da participa<;:c3o do aluno na
avalia9c30 de resultado de sua aprendizagem e na avalia9<30 de suas neeessidades, com
rela<;:<3o a eontinuidade de suas tarefas de partieipa<;:<3o no proeesso de auto-
desenvolvimento.
Tendo sempre em mente a neeessidade de ajudar 0 aluno a veneer as difieuldades
proprias da sua eondiy<3o, devera 0 edueador posicionar-se, de modo a assumir 0 papel de
orientador, ajudando 0 aluno a superar as difieuldades resultantes, muitas vezes, da falta de
usa das proprias eapaeidades inteleetuais, eompreens<3o dessas mesmas eapacidades de
que dispoe.
E missc30 das mais nobres ajudar 0 aluno a veneer as difieuldades que enfrenta,
especial mente quando disso depende seu futuro profissional. E superar essas difieuldades
depende, em grande parte, da orienta<;:ao reeebida e a didatiea aplieada pelo Edueador.
31
ANDRAGOGIA
Palavra derivada do grego, sendo definida como a ciencia e arte de auxiliar seres
humanos adultos a aprender. Sendo urn dos mais antigos conceitos sobre educac;ao, a
abordagem andrag6gica era utilizada par grandes pensadores da historia antiga: Confucio,
Socrates e PlaU-io, entre Qutros.
Nesta abordagem, prevalecia 0 dialogo, despertando 0 sense para a verdade e para a
virtude, despertando a importfmcia de aprender junto com outras pessoas.
A Andragia valoriza a autonomia do ser humano, e 0 va como urn ser que pode e
precisa aprender, fazendo usa dos recursos do grupo e do coordenador el au educador como
facilitadores de aprendizagem. Caracteriza-se tambem como uma aprendizagem de A9ao e
Participayao (agir e (azer) e tern como ponto basico as atividades reais de aprendizagem e
auto-aprendizagem. Portanto, deve envolver uma atitude critica e criadora que busca obter
na Interdisciplinaridade a construqao da formaqao continua dos individuos.
Entao, a Andragogia esta mais centrada no processo do que no conteudo, na
aprendizagem do que no ensino, na atividade do que na passividade, no clima de interesse e
necessidade do educando do que em provar 0 conhecimento do educador e ou facilitador, na
avaliaqao como autodiagnostico das competencias que pretende alcan9ar. A Andragogia tem
premissas e orienta90es que nao podem ser ignoradas ao se pretender fazer educa9ao ou
ensino de jovens e adultos.
Em situa90es de aprendizagem, os jovens e adultos diferenciam-se de crian9as,
principalmente em rela9ao a auto-conceito, experiencia, prontidao, perspectiva e orienta9ao
da aprendizagem. Os jovens e adultos consideram-se mais independentes, com
responsabilidade pelo proprio processo de aprendizagem e capazes de auto-dire9ao para
buscar 0 que carecem. Trazem maior experiencia acumulada em suas atividades de vida,
cad a um com seu repertorio variado de conhecimentos, tecnicas, sentimentos e habilidades.
Tambem desenvolvem maturidade em areas diferenciadas, mais de cunho social, levando-os
a desenvolver interesses especificos e aprender formas mais complexas de conduta em
termos de papeis sociais.
As crian9as aprendem para 0 futuro, a aplica9ao de conhecirnentos e algo que
acontecera urn dia. Ja, os jovens e adultos, aprendem para aplica930 imediata as atividades
32
que executam, para resolver problemas, e nao simplesmente para estocar conhecimentos de
utilidade eventual futura. Eles procuram aprender alem de assuntos/temas ligados a materias
au disciplinas constantes de urn curricula escolar, tambem aquila que possa contribuir para
resolver problemas que enfrentam no presente, au seja, aquila que necessitam para
melhorar seu desempenho e enfrentar as desafios que surgem.
"0 homem deve ser a sujeito de sua propria educar:;ao. NaD pode ser objeto dela."
(Paulo Freire - Educaqao e Mudanqa).
"Estudar e assumir uma atitude sen'a e curiosa diante de urn problema." (Paulo Freire
- 0 ala de educar).
33
H Idcias obtidas nn Paieslra da Psic610ga Elizabcly Menezes nn Semanu Pcdagogica, no lnstituto Tccno\ogico Industrial emAraudria-Pr.
33
IMPLlCA<;OES PEDAGOGICAS: A BUSCA DE ALTERNATIVAS
Como vimos, as analises realizadas (questioniuio e analise de texto) levau-nos aconclusao de que a maioria dos sujeitos da pesquisa apresenta dominic rudimentar das
habilidades de leitura e escrita. Tanto 0 texto de PSG quanta a maieria dos demais textes
produzidos (vide anexo 3) atestam que a formac;ao escrita e de leitura desses alunos ebastante deficiente.
Se retomarmos as respostas as quest6es colocadas no capitulo letramento e
alfabetizac;ao: Quais habilidades e aptid6es de feitura e eserita qualificariam 0 individuo como
letrado? Que tipo de material escrito 0 individuo deve ser capaz de ler e escrever para ser
considerado letrada? - veremos que, nem mesma naquela resposta mais elementar, os
alunos nao deram conta. Segundo ( SOARES,2003, p.55) " definir como analfabeto aquele
que nao sabe ler e escrever um bifhete simples - indica ja uma preocupaQao com os usos
sociais da escrita, aproxima-se, pois, do conceito de letramento, e revela uma outra
expectativa com relaQao ao alfabetizado, uma expectativa de que seja tam bern letrado."
A pergunta a se fazer, neste momenta e a seguinte: Como deve ser a atuaqao da
esco/a, mediante essa realidade? A realidade dos dados aqui analisados (e muitas outras)
vern demonstrar que a escola nao esta preparando as pessoas para 0 desempenho cobrado
pel as forrnalfoes sociais conternporaneas.
Essa realidade acena para urn outro fato: a escola nao esta formando adequadamente
as sujeitos, nem como leitor, nem como escritor. Assim como argumenta Bueno, 0 nivel de
letramento interpretativo e escrito de nossos alunos atesta que tambem eles foram excluidos
de urn grande numero de praticas sociais mediadoras do texto escrito, sendo-Ihes negado,
desta forma, os sa beres, os prazeres e as informalfoes que a leitura e a escrita
proporcionam.
Exemplo disso e 0 que acontece com 0 sujeito desta pesquisa PSC, que esta
cursando 0 2° ano do Ensino Medio, porem sua compet€mcia escrita equivale a de um aluno
de uma serie inferior.
34
CONSIDERAC;OES FINAlS
Essas novas competEmcias sao adquiridas por meio de urna boa formac;:ao.
Certamente naD constituimos, enquanto Educadores, a (mica fonte de aquisic;:ao dessas
competencias. A familia, as meies de comunicac;:ao, 0 Gonvivio social au a propria
experiencia de trabalho, sao tambem instancias importantes de qualific89ao. Entretanto, nao
hit duvida de que as oportunidades ocupacionais vern exigindo perfis de qualific8C;30 para as
quais a nossa responsabilidade e cada vez mais proeminente.
Hoje em dia, a capacidade de aprender, 0 desenvolvimento de habilidades e
competencias tern sido apontado par especialistas como a mais importante fonte de
vantagem competitiva para 0 mercado de trabalho. Surge assim, urna nova visao da
imporUmcia da aprendizagem.
A preocupac;ao e evidenciar e refletir sobre as mudanc;as de paradigma que
aconteceram nos campos da educac;ao; criar uma cultura de promoc;ao da aprendizagem e
desenvolvimento de habilidades e competemcias ern situac;oes concretas do dia a dia.
Por esse motivo, ressaltam-se algumas considerac;oes que ajudam a desenvolver um
trabalho positiv~ com esses alunos de formac;ao profissional:
10 propor uma aprendizagem igualitaria, pois encoraja a autonomia;
20 planejamento flexivel, ou seja, certeza de que hit muitos caminhos para se ensinar
determinado assunto;
30 flexibilidade e integra<;ao das faixas etarias. 0 individuo nao e automaticamente
limitado em determinado assunto, pela idade que apresenta;
40 a experi€mcia interior e encarada como contexte para 0 aprendizado;
50 0 relacionamento humano entre educadores e alunos, promovendo a participa<;ao
ativa deles no processo de aprendizagem;
60 preocupa<;ao com 0 desempenho do aluno em termos de potencial. 0
conhecimento te6rico e abstrato amplamente complementado par experimentos e pel a
experiencia, nao s6 nas salas de aula como fora delas;
70 preocupa<;ao com 0 ambiente do aprendizado. Desenvolvimento da co-
responsabilidade;
8°a educa<;ao sendo vista como urn processo que dura toda a vida, dentro ou fora da
sala de aula.
35
CONCLusAo
8aseado no que foi exposto, 0 presente Projeto de pesquisa, busca aprimorar as
habilidades dos alunos atendidos pela Instituic;ao citada, tarnando-os aptos a competir no
mercado de trabalho, na~ somente contando com as habilidades tecnicas, mas
desenvolvendo 0 Letramento no cotidiano.
36
ANEXO 1
1.1 PESQUISA DEMANDAS DE LETRAMENTO
QUESTIONAR!OfEMPREGADOS
I - IDENTIFICA<,;AoNome: (opeiol/ai) ••••••••------------------------------------------------ldade: sexo: ( ) Mase. ( )Felli. Nivel comp/eta de escolaridade: Ensino Fundamental ( ) Ensino Media ( ) Ensino Superior ( )Outros: -------------------------------------------------------------------------------------------
Estuda atualmcnte? Sim ( ) Wio ( ) 0 que? ---------------------------------------------------------------Ja freqGentoualgum curso de Educayao para Adultos? ( ) Sim ( ) Nao. Como foi atendido nesse curso?-------------------------
Quanta tempo freqiientoll esse curso? --------------------------------Quantos dias por semana ?----------o curso era gratuito? ( ) Sim ( ) nao. Caso negativo, quanto pagava por mes? -----------------------Quem atendia os alunos? ( ) professores ( ) voluntarios () tutores ( ) outros -----------------------Principais dificuldades encontradas no curso: ( ) hOfilrio das aulas ( ) prcco do curso ( ) Prer.;:odotransporte () compreensao do material ( ) relacionamento com 0 professor. Escrcva sobre 0
Fala, Ie e escreve em outro idioma? ( ) Sim ( )Nao Caso positivo, qual? ----------------------------Com quem aprendeu? ( ) escola ( ) em casa ( ) outros
11- HABITOS E ATITUOES DE LEITURA E ESCRITA
1-Gosta de Ie,.? Sim ( ) Niio ( )2 - Ern que situacoes faz uso da leitura?-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------------------3 - Quanto telnpo do seudia e dedicado Ii leitura?------------------------------------------------------------4 - Costuma ler para outras pessoas? Sim ( ) Nao ( )Para quem?-----------------------------------O que Ie? ----
5 - Costurna ir Ii livrarias? Sim ( ) Nao ( ) Para que?-------------------------------------------------------------------
6 - Costuma ir a bibliotecas? Sim ( ) Wio ( ) Para que?------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Em que bibliotecas ja entrou?------------------------------------
7 - 0 que tern em sua casa para ler?--------------------------------------------------------------------------------------------
8 - Quando precisa instalar urn aparclho eletrodomestico, 0 que voce faz? Pede auxilio, usa os conhecirnentosquc teln ou Ie 0 manual? ---------------------------------------------------------------------------------------------------------
9 - Quando prccisa localizar urn endereco, como procede? --------------------------------------------------------- _---------------------------------------------------------------------------------------------------------1 0 -0 que voce mais Ie:Receitas culinarias? Sim ( ) Nao ( ) Em que situacoes? ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------Livros? Sim( ) Nao ( ) Lembra de urn que voce leu e gostou muito?-----------------------------------------------------------------
37
------------------------------------------------------------------------ A Biblia? Sim ( ) N~o ( ) Em que situ3c;:Bes?---------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------Embalagens deprodutos? Sim ( ) Nila ( ) Para que?-----------------------------------------------------------------------------------
Revistas? Sim ( ) Nilo ( ) 0 que Ie nas revistas?------------------------------------------------------------------------
lomais? Sim ( ) Nilo ( ) Que sessao le?---------------------------------------------------------------------11 - Por que voce Ic?-------------------------------------------------------------------------------------------12 - Ha materiais que precisam ser lidos no seu trabalho? 8im ( ) Nao ( )13 - 0 que voce precisa ler no seu trabalho?------------------------------------------------------------------14 - 0 seu conhecimento de 1eitura e suficiente para que voce leia 0 que for preciso no seu trabalho? 8im ( )Nilo ( ) Por que? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
15 -Qual a sua principal dificuldade na leitura do seu material de lrabalho? --------------------------------------------
16 - Para progrcdir no seu emprego voce prccisa dcscnvolver mais a sua leitura? 8im ( ) Nilo ( ) Por que?
17 - Quando voce prccisa procurar emprego, 0 que voce faz?--------------------------------------------------------------
ill - HABITOS DE ESCRITA:
1 - Gosta de escrevcr? Sim ( ) Nilo ( ) 2 - 0 que escreve? (escrita intersubjetiva)Bilhetes Sim ( ) N30 ( )E- mails Sim ( ) Nao ( )Qiario Sim ( ) Nao ( )Poesias 8im ( ) Nao ( )Desabafos 8im ( ) Nilo ( )
3 - Comunica-sc por escrito com familiares, amigos, outras pessoas, ou institui90es?------------------De que fonl1a?------------------------------------------------------------------------------------------------------4 - Escreve tclegramas, cartoes de cumprimenlo, cartoes de nalal?--------------------------- ------------5 - Voce usaa escrita no seu trabalho? 8im ( ) Nao ( )6 - 0 que lhc pcdcm para cscrevcr no seu trabalho? -------------------------------------------------------------------------
8 -Voce encontra alguma dificuldade na escrita exigida pelo trabalho que desenvolvc? ---------------Quais? -------
9 - Voce ja pcrdeu alguma oportunidade de prom09ao no emprego pela dificuldade na escrita?---------------------
10- Voce sabc rcdigir uma carta pedindo emprego? 8im ( ) Nao ( )11- Quais suas principais dificuldades no uso da escrita?--------------------------------------------------
IV - usa DE NOV AS TECNOLOGIAS
1 - Que novas tccnologias cxistcm em seu trabalho?computadores? ( )Maquinas de preencher cheques? ( )
- Calculadoras eletronicas? ( )- impressoras? ( )- Fotocopiadoras? ( )
Moquinas computadorizadas? ( )
38
2 - Voce trabalha com esses equipamentas? --------.----.---------------------------------------------------3 - Como aprendeu a lidar com eles?---------------------------------------------------.---------------------------------------
4 - Quando cnfrcnta alguma dificuldade no trabalho, como faz para resolve-Ia?----------------------------------------
5 - Scnte neccssidade de fazcr cursos para melheTar seu desempenho no trabalho?---------------------6 - Que tipo de curs07---------------------------------- ---------------------------------------------------------Paraaprender 0 que?----------------------------------------------------------------------------------------------- 7 - Queoportunidades tern tido para rnelhorar sua fonnac;~o profissional?---------------------------------------------------
8 - Os cursos que s~o oferecidos pelas instituir;(;Ies fommdoras (escolas), das quais voce tern participado, terncorrespondido as suas expectativas?-------------------Por que?---------------------------------------------------------------
IV - COMPORTAMENTO E ATITUDES EM RELAc;:AO As MiDLAS.
1 - Marque os aparelhos eletronicos que voce/familia possuem:Televisao )Video cassete )Videogarne )Computador ( )Outros? Quais? --------------------------------------------------------------------------------------------------2 - Programas de televisao costuma assistir: ( ) notichlrio ( )comerciais ( ) Prog. de audit6rio( ) novelas ( ) culimiria ( ) esportes ( ) outros (quais?)-----------------------------------------------3 - Assiste estes programas para: ( ) se infonnar ( ) entretenimento ( ) aprender------------------4 - Cite I ou 2 programas de TV que voce mais gosta de assistir e assiste regulannente:
6 - Assiste alguma novela? Sirn ( ) Nao ( ) Qual?Na sua opiniao as novelas influenciam:( ) os modos de pensar e de agir ( )estimularn a violencia( ) mudam asatitudes ( ) mudam os costumes ( ) nao influenciam em nadaTern 0 costume de assistir a filmes? ( ) Sim ( ) Nao. Onde assiste os filmes: ( ) no video ( ) na TV ( ) nocinema. Que tipo de filmes assiste? ( ) a((aO( ) terror ( ) western ( ) religiao ( ) comedia( ) suspense ( ) OUlros. Na sua opiniilo, os videogames e oulros jogos eletr6nicos influenciam as crianyas:comportamento ( ) nos estudos ( ) nas lareras domesticas ( ) nao influenciam.Tem acesso a Internet? () sim () nao. Caso positivo, que tipo de uso faz da Internet? ( ) pesquisa ( )lazer ( ) trabalho ( ) compras( ) fazer amizade ( ) narnorar ( ) outros
7 - Voce gostaria de fazer algum comentario ou dar alguma sugestao sobre csta pcsquisa?
39
2.1 - CONCEP<;:OES DE LETRAMENTO E DE NOVAS TECNOLOGIAS NO
DISCURSO DOS EMPRESARIOS
ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADAIEMPREGADORES
I.IDENTICA(:AO
Nome: (opcional) ---------------------------------------------------------------------------------------------------------$ex0: --------
--------------------ldade:-------------Forma<;:8o: -------------------------------------------------------
1/- A QUESTA-O DO LETRAMENTO NO MUNDO DO TRABALHO
A leitura e a escrita acompanham 0 processo evolutivo das culturas letradas em tadas as suas
etapas e gra~as it transfonnay8.o dos seus suportes possibilitam 0 armazenamento e a disseminayao de
urn grande acumulo de conhecimentos uteis a humanidade, e, tambem, a transmissao cultural entre as
gerayoes. A escrita teve inicio com as roios, senda que seu primeiro grande avanyo roi a invenyao do
livro, e, atualmente, 0 computador, 0 hipertexto e a Internet. A imprensa no seculo XV e hoje as
novas tecnologias de informayao e comunicayao sao os grandes responsaveis pela ampliayao dos usos e
pelo grande avanyo nas fonnas de disseminayao dos processos de leitura e escrita. 0 letramento,
definido como usos sociais da leitura e da escrita, e 0 fen6meno que pretende dar conta de definir que
habilidades sao necessarias para que as pessoas se insiram de forma adequada nos contextos de
modemizayao econ6mica e politica, respondendo adequadamente as competencias exigidas social e
profissionalmente. E considerando a transfonnayao dos suportes e da consequente amplia9ao dos usos
da leitura e escrita na sociedade em geral e, especificamente, no mundo do trabalho, visando ainda, a
contribuir para 0 avan90 da ciencia e da apropria9ao dos seus beneficios por urn numero cada vez
maior de seres humanos, que elaboramos as questoes abaixo para as quais solicitamos sua especial
gentileza em responde-las.
1 - Qual e a sua opiniao sobre os usos da leitura e da escrita nos dias de hoje?-------------------------------
40
2 - Qual e a sua opiniao sabre 0 usa das novas tccnologias (computador, infonmitica, telcmatica), no
mundo do trabalho, hoje? ---------------------------------------------------------------------------------------------
3 - Saber ler e escrever e importante no desenvolvimento das atividades da sua empresa? Sim ( ) Nao( ) Por que?--------------------------------------------------------------------------.---------------------------------
4 - Que novas tecnologias sao adotadas no desenvolvimento das atividades da sua empresa?-------------
5 - Na sua opiniao, as novas tecnologias interferem nas pnlticas de leitura e escrita? Sim ( ) Nao ( )
Explique:-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
6 -Que habilidades de Ieitura e escrita sao dernandadas pelas novas tecnologias na sua ernpresa? -------
7 - Na sua opiniao, qual e a reIa9ao possivel de estabelecer entre as habilidades de leitura e escrita
dernandadas pela sua ernpresa e as praticas de Ieitura e escrita possibilitadas pel as institui90es de
ensino?-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
8 - As leitura e escrita desenvolvida pelas escolas tern side suficientes para atender as necessidades de
sua ernpresa nesta area ( ) Sirn ( ) Nao. Por que?---------------------------------------------------------------
41
9 - Na sua opiniao, que a~oes poderiam ser desenvolvidas para melhorar as habilidades de leitura e
escrita dos runciomhios da sua empresa?-----------------------------------------------------------.---------------
10 - Sua cmpresa disponibiliza algum material de leitura para as funcionarios Sim ( ) Nao ( )
Quais? ---------.----.------.-----------.-------------------------.-------------------------------------------------------
11 - Sua emprcsa e urna organizal(ao qualificante? Sim ( ) Nao ( ) Explique ------------------------------
III-A EMPRESA EAS NOVAS TECNOLOGIAS
3 - Sua emprcsa informatizou:
a) Todos as setores ( ) 56 0 setor administrativo ( ) 56 0 setar de produl(ao ( ) ncnhurn setor ( )
b) Quem tern acesso aos equipamentos eletronicos: todos os funcionarios ( ) alguns funcionarios
) 56 a diretoria ( )
c) Que habilidades sua emprcsa exige dos colaboradores para a utilizayao desses meios?
Diretoria: ler e escrever ( ) cursos especificos ( ) conhecimento basico das maquinas ( ) vontade de
aprender ( )
Administrativo: ler e escrever ( ) calcular ( ) cursos especificos ( ) conhecimento basico das
maquinas ( ) vontade de aprender ( )
Opcracionais: ler c escrever ( ) calcular ( ) cursos especificos ( ) conhecimento basi co das maquinas
( )
42
lV - NiVEL DE ESCOLARlDADE DO PESSOAL DA EMPRESA
I· Qllal 0 lIh·ci de escolaritlade e.tigido pela empresa 1/0oto do OI/missiio defimciollarios?
a)Dirctoria: Ensino Fundamental - IU a 43 sene () Ensino Fundamental Completo (
Ensino Media () Ensino Tecnico ( ) Ensino Superior ( ) P6s-graduayao (
b)Administrativo: Ensino Fundamental-Ill a 411 serie () Ensino Fundamental Completo (
Ensina Media () Ensino Tecnico () Ensino Superior () P6s-graduayao ( )
c)Operacionais: Ensino Fundamental.-Ill a 4" serie () Ensino Fundamental completo (
Ensino Media () Ensino Tecnico () Ensino Superior () P6s-gradua<;:ao ( )
2 - As habilidades de leitura e escrita demonstradas pelos funcionarios de sua empresa tern
corrcspondido ao nivel de escolaridade exigido no ato da admissao? Sim ( ) Nao ( )
Especifique: ••••..... -- ••-•••-------- •••-.------ •••••-------- ••--.-------------------------------------------------------
3 - Em poucas palavras, de sua opiniiio sobre a importancia do grau de letramento dos seus
colaboradorcs em relayao aos itens abaixo:
Qualidade:---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Desperdicio:----------------------------------------·----------- ••------------.------------------------------------------
Produyao: ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Quantidade:--····-------------------------------------------------------------------------------- ••--.----------------.--
Cidadania: ----------------.--------.----.----------------------------------------------------------------------- ••-------
v - EM RELA<;AO As MiDiAS
1 - Na sua opiniao, a exposiyao as midi as (TV, lornal, Computador, Internet) contribuem para 0
desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita demandadas pelas atividades desenvolvidas pela
sua empresa? Sim ( ) Nao ( )
Explique: --------------------------------------------------------------------------------------------.-------------------
43
2· Voce faz uso da Internet? Sim () nao ( ). Explique: --------------------------------------------------
3 - Sua empresa desenvolve alguma politica de qualificalfao profissionai atraves das TICs? Sim ( )
Nao ( ) Quais?---------------------------------------------------------------------------------------------------------
4 - Qual sua visuo de futuro em rcJa((ao as tecnologias de infonnayao e comunica9ao?---------------------
5 - Qual e sua opiniao sabre a Educayao a Distancia? ---------------------------.-----------.-------------------
6 - Sua empresa adotaria urn programa de Educalfiio a Distancia para sellS funciomirios?-----------------
7 - Este espayO C rcscrvado para suas opinioes e sugestiSes em relayiio a esta pesquisa:---------------------
Queslionario elaborado por Vilma Ferreira Bueno, professora da Universidnde Federal de Santa Catarina, sobre"Dem:mdas de lelramenlo no mundo do trabalho", em 2001.
44
ANEX02
I IDENTIFICA<;;AoQUESTIONARIO
Nome (opcionaJ)
Idade: Sexo: ( ) Masc. ( ) Fern. Nlvel completo de escolaridade:( ) Ensina Fundamental ) Ensina Media ( ) Ensino Superior ( )Outros:
Estuda atualmente? ( ) Sim ( ) Nao 0 que? .
o cursa e de quanta tempo? .Principais dificuldades encontradas no curso: ( ) Horario das aulas ( ) Compreensao do material ( )Relacionamemo com professores ( ) nenhuma dificuldade.
II HABITOS E ATITUDES DE LEITURA E ESCRITA
Gosta de ler? ( ) Sim ( ) Naoa que voce mais Ie?A) Livres ( ) Sim ( ) NaoQuando? .Lembra urn que voce leu e gostou muito? .
B) ( ) A Biblia ( ) Sim ( ) Nao Quando? .C) ( ) Revistas ( ) Sim ( ) Nao Quando? .o que Ie nas revistas? .
D) ( ) Jornais ( ) Sim ( ) Nao Quando? .Que sessao Ie? .E) ( ) Embalagens de produtos ( ) Sim ( ) Nao Quando? .
F) ( ) Receitas Culinarias ( ) Sim ( ) Nao Quando? .
Por que voce Ie? .
Em que situat;oes faz uso da leitura? ...
Quanto tempo do seu dia e dedicado a Ieitura? .
Costuma Ier para outras pessoas? ( ) Sim ( ) Nao
III HABITOS DE ESCRITA
Costa de escrever? ( ) Sim () Nao
4S
o que escreve?
Bilhetes ( )Sim ( )Niio
E-mails ( )Sim ( )Nao
Diario ( )Sim ( )Nao
Poesias ( )Sim ( )Nao
Cartas ( )Sim ( )Nao
Cartoes de natal ) Sim ( ) Nao
Cite ourras:
Voce usa a escrita no seu trabalho? )Sim ( )Nao
o que the pedem para escrever no trabalha?
Voce encontra alguma dificuldade na escrita exigida pele trabalho que desenvolve?
( ) Sim ) Nao
Quais? ....
Voce ja perdeu alguma oportunidade de trahalho au promo~ao pela dificuldade na escrita?
( )Sim ( )Nao
Gostaria de relatar 0 porque?
Voce sabe redigir uma carta pedindo emprego? ( ) Siro ) Nao
Quais suas principais dificuldades no usa da escrita?
3ues,ioario adapludo de Vilma Bueno sobre "Demandas de letmmento no mundo do trnbalho."
QUESTIONARIO
IIDENTIFICAyAO
ldade: J.l. ~ Sexo: (x) Masc. ( ) Fem. Nivel completo de escolarid<lde:
( ) Ensino Fundamental (X) Ensino Medio ( ) Ensino Superior ( )Outros:
Estuda atualmente? (><1Sim ( INao 0 que?
o curso e de quanto tempo? ...,5....~ ....Principais dificuldades encontradas no CUfflO: ( ) t-Iorario das aulas ( ) COllllneensao do
material ( ) Relacionamcnto com professores (X) nenhuma dificuldadc.
\I HAslTOS E ATITUDES DE LEITURA E ESCRITA
Gosta de ler? (X) Sim ( ) Nao
o que voce mais Ie?
A) Livros ('<) S;m ( ) ~ao . t:Quando?§N"."A.Q. .....5&O.....i.id.i,,)...~.~~ .....~I.~.....~t>.C-':l~....lembra urn que voce leu e gostou muilo? .
..Q " ..vl9. ~Q~.!?D .81( )A8iblia ( ISim (><INao Quando? ...
0) (,x) Jornais pq Sim ( ) Nao Quando?
Que sessao le? ...I:§p.-Ltq,., ..m~.!).clQ...E) ( ) Embalagens de produtos ( ) Sim ()() Nao Quando? ....
F) ( ) Receitas Culinarias ( ) Sim ()..) Nao Quando? ...
Quanto tempo do sou dia c'~':dicadO a Icitura? ..Z'&.....tQ....~ ...bor.dS ..
Costuma lar para outras pessoas? ( ) Sim f".) Nao
Para quem? ..
o que Ie? ..
Costuma ir as Livrarias? (x) Sim ( I Nao
Pa,. que?4'i!.Asi.!.,>. , k!i!!.!..\!o;$.:fuL Ly.r9..~.,&"'/!.!!.~ ......(9:!l.~:c~ e\\\ !.:f.r..9.~.•.....P.,~f!.,;.f.~.i, .Costuma ir a Bibliotecas? (<) Sim ( ) Nao
Para que?'J~?.5N)0.\ y'}p.r!;,$.:r~ .I,:,(:r.Q~ 0\,"y.!Jt~~ .
o que tem na sua casa para ler? ...
..C':l,,~.!:.J.:r.J,? .. .:¥.f.\.":l,?. :cn~.D.gB.)..r·..8:·b.:·.)..•..·.f.lr;n'>.t.l.\Il~ .
Quando precisa instalar um aparclho eletrodomestico, 0 que voce faz?
( ) Pede auxilio?
f.<) Usa os conhecimentos que tern?
( ) La 0 manual?
Quando precisa localizar um endere~o, como procede?
a) (><) procura em !lsta de endere.;os
b) (l() pergunta para as pessoas na rua
c) ( ) procura pelas placas de identifica~ao de endere~o nas ruas
d) ( ) pergunfa para 0 motorista de 6nibus
Ha materials que precisam ser lidos no seu trabalho? P<I Sim ( ) Nao
o que voce precisa ler no t.rabalho? 1(
J~;~t;;!~:;ff2~;~;::::&;.~t~£~t:£~:s.::~;;:;:'~(~)~::::.···o seu conhecimento de leitura e suficiente para que voce leia 0 que for preciso no sau
trabalho? 1<) Sim· 1 ) NaoPor que?'1?.>. ?.~ ;e(:!);.<",;\ nl\-\~,.Qual a sua principal dificuldade na leltura do seu malerial de trabalho?
...o~nb~.!!).~.,
Para progredir no seu emprego voce precis a desenvolver mais a loUura?
(')<J S;m ( ) Nao Por que7 __(1"r.<i 2;,, ~_,)_'1_r.""L ••ti <l.hL_~\9. _
Quando voce precisa procurar emprogo, 0 que voce faz?
a) (K) procura em um jomal
b) ( ) procura om edital na escola
c) (-,y con versa com amigos
d) ( ) procura na internet
e) ( ) procura om propaganda fixada em locais publicos
III HABITOS DE ESCRITAGosts de escrover? (t<J 5im ( I Nao
o que esereve?
Bl1hetes (I Sim
E-mails (-<) Sim
Ciarlo (151m
( INao
( INao( INao
Poeslas (X) Sim (I Nao
Cartas (;'<'1 Sim (I Nilo
CartOes de natal (X) Sim () Nao
Cite outros: .
Voc~ usa a esents no seu trabalho? «) Sim ( ) Nao
o que the pedem para escrever no trabalho?_:rh!_<f!Q s:\!, j\'_?_~lhQ __,--~md!..\O-~,__~~_!}"':;\;.s...._
Voel! eneontra alguma dificuldade na C5ents exlgida pelo trabalho que desenvolve?
( 151m ("><)Nao
Quais? ..
Voc~ J;\ pertlcu alguma oportunldade de trabalho ou promoc;lio pela dlflculdadc na esc rita?
("'::'15Im ( IN:lio
Gostarla de relatsr 0 porque?
Vocl! sabe rodlglr uma carta pedlndo emprego? t{151m t ) Nao
Quais suas principais dificuldades no uso da escrita?
..'".~0..:r.\li\"'~ .
QUESTIONARIO
I IDENTIFICA9AO
Nome (opcional) ....J.~L?.li:1!."f..•.•I."!.).?. .Ir::.t!-.!'1:.(--} •••••••••.. ~.RI??5n
Idade .1.1. Sexo: 0(1 Masc. ( ) Fern. Nivel completo de escolaridade:
{ } Ensino Fundamental PO Enslno Media ( 1Ensino Superior ( )Outros:
Estuda atualmente? ()() 5im ( ) Nao 0 que? J:~.ti~2 ~."i.!:.:.w. &.1.f)~~~g-)..Af.!Lt.~.1l:.~.?~!:\ ~!t:1-.~.~.~tf.~»r ~.\1,.~.~l.i"".fi. ~t ?.r!:Qr.v.~~i.l.o curso. de quanto tempo?.Ar.11N.'-'.I.<t;f." ~.,M.<.t"'i..R,~,' ,.i!9.o. ..6r.11' .Ilyt., f.R''Ovi'''· 140 h.
Principais dificuldades encontradas no curso: ( 1 Hor<lrio das aulas ( ) Compreellsao do
material ( ) Relacionamento com professores IX> nenhuma dificuld.nle.
II HABITOS E ATITUDES DE LEITURA E ESC RITA
Gosta de lar? {;(I SilO ( ) Nao
o que voce mais Ie?
Al Livros (l(1 51m ( ) Nao
~:~~::~.:~~.~~~:~.!~e 90stou muito? ..::::jg~~:t:~~:~;,:;::~::·....~..g.~.h.)R.~ ..... f..fh.Q.?Y.f:B) {'l.(J A Biblia ( I Sim ( ) Nao Quando? !?t '!.L? t~ ...!/!1.?":0!2 .
C) (x~:lRevistas (xl Sim ( ) Nao Quando? ~.$ v.f..?!-/A .
o que h~nas revistas? +.\'.(':".Q.~••.•..• l~n mkJ.~ :1.m.b.'.f.~.1.f:.i ~.:~!Y..Gt:.~.j C.'b?*-i.%....5.clv.~,~L;.. .. .0)( )Jornais( )Sim ()<lNao Quando?
Que sessao Ie?
E) ( ) Embalagens de produtos (X') Sim ( ) Nao Quando? ~pJJ..a .
F) (~.) Receitas Culinarias (X) Sim ( ) Nao Quando? ..Jlk V.!:.L (·.b ~~J.'2.v.XH1 .
Par que voce Ie? ~.)n..? fh!.~f..~.\n/J... ~.(·.y..) ~.~.h!;.C.i~.~.~.:.\J!}..~Q!.l.b(.I,<.ft..i.o,
..~/.k!), [;~!!v.\g.7.i.N.ri.:) ~ I.\:?~~L lf.~.'f.~.'1-.i.~1..\:.\~), ~!.~NJ.l:f:.:.~.f.;-. .
Em que situac;oes faz usa da leitura? 9.H!-.1. I.1.t'.;.~ ~.1.hU.\.~\t.1(.l.Q~..,..P..n(h,h,llir:IL
.r::..I.;;'::! •••••••••• \t.9.~i:)O).{.}:.~:!\~.9.......••......••....•...••...................
Quanta tempo do seu dia e dedicado a laitura? (I'.1v,(.a :Df. •••.•.•?;O:e1~~.• Lrl ...5 ..har-.!':>.
Costuma [ar para outras pessoas? V) Sim ( ) Nao
Para quem? .?r.~[2. ..~.~.f.~g:. . .o que le? f.~!-!.~~~'-::>.. M~ b{.lh!t ..•.J!f5~fd.S.u... .. !l; •.••.~:!.~R..t ..t:~v.y..r.P...\ p.p. •••.
Costuma ir as Livrarias? ( ) Sim (Xl Nao
Para que?... .. .
Costuma ir a Bibliotecas? cX) Sim ( ) Nao
Para q ue? s.':':-:.p.M-).).~.!'; .1:.;.Ij.~.,"). .. f:~..\.r.!! 2!-:!$}\' .•.h}~ .
o quo tern na sua casa para ler?
..~~~.\~.:-.?:>......\...~'J;.li::\'.i):\w.p.~.':I.., •.. l:.'.L(i.0.
Quando pracisa instalar um aparclho elatrodomestico, 0 que voce faz?
( ) Pede auxilio?
(.l() Usa os conhacimentos que tern?
()(') Le 0 manual?
Quando precisa local[zar urn endereC;o, como procede?
a) ( ) procura am lista de enderec;os
b) ()O pergunta para as pessoas na rua
c) ( ) procura polas placas de identificac;ao de anderec;o nas ruas
d) ( ) pergunta para 0 motorista de onibus
Ha materia is que prec[sam ser lidos no seu trabalho? (.() Sim ( ) Nao
o que voce precisa ler no trabalho?
....• e(}.:Q.?;{:i.9.~ ..•MJ1.:tt."1\l..,,'.~ .....•..•. ~.::rWJ.if&,~.,
o seu conhecimento de leitura e suficiente para que voce leia 0 que for preciso no seu
trabalho? (V) Slm· ( ) Nao
Porque? .
Qual a sua principal dificuldade na !eitura do seu material de trabalho?
......~..~.!'!.h.I!.~.~
Para progredir no seu emprego voce precisa desenvolvcr mais a leitura?
()() Sim ( ) Nao Por que? j\l>. ~;~ ~~;..:"!:.{l.i)<~ :'!..'••>:I.D.9 •••••~y.t" :~I'p.-.t.~l~(gJ".y"~~.t.J\.\tJhc 4'·J4\.~
Quando voce precisa procurar emprego, 0 que voce faz?
a) ( ) procura em urn jornal
b) ( ) procura em edital na escola
c) ( ) conversa com amigos
d) ( ) procura na internet
e) ( ) procura em propaganda fixada em locais publicos
III HASITOS DE ESCRITAGosta de eserover7 (X) 81m ( ) Nlto
o que eserevc?
Bilhetes (><)8Im
E-mails ()()Sim
DiMo I 181m
Poesias "",)Sim
Cartas I j51m
( )NlIio
( )NlIiO
(>()Nlto
( )NiliO
(~)Nao
CartOes de natal ( ) Sim () Nao
Cite outros j~~:ir.:n/.':>. ~.;..f.)(.ll~.~i.r::?)., ,L\h.Mi!.':'(~ l.!.,:'.o.\ 1).f J.0..>.:r.? .
Voe6 usa a eserita no sou trabalho? (X) Sim ( ) Nao
o que Ihe pedem para eserever no trabalho?
......~~:~.t.r.?.'Tf1-.'!.r..~ 5).!r .fn.):>.<;-.:.':.~.f.;.,.1 ...• S."=.~.:.Q.~t.:..
Voc~ encontra alguma dificuldade na escrita exiglda pelo trabalho que desenvolve?
( 181m ('>() Nlto
Quais? .
Voel! ja perdeu alguma oportunldade de trabalho ou promoc;ao pcla difieuldadc na cselita?
( ) Sim (),() Nao
Gostaria de rclatar 0 porquc?
Voce sabe rodlglr uma carta pedindo emprego? rf.. ) Sim ( ) Nao
Quais suas principais dlficuldades no usa da esc rita?
......... I;\.U;.t.v..:r.I/..::1t/j •.....
QUESTIONARIO
IIDENTIFICA<;:Ao
Nome (oPCional)lab:'GiO..d.\S.uuS?~-hs.JI.fl ..
Idade: ....I.h..~v.P..\;, ..... Saxo: b\> Mase. ( ) Felll. Nivel completo de escolaridade:
( ) Ensino Fundamental bll Ensino Media ( ) Ensino Superior ( )Ouvos:
Estuda atualmonte? M 51m ( ) Nao 0 que? .
~·~~·~~··~·~~·~·~~~·~~··;~~~·~~·.:~i::~~G:::·.:···Principals dificuldades cncontradas no curso: ( ) Horario das aulas ( ) Comprcensao do
material ( ) Relacionamento com professores txl nenhuma dificuldade.
II HAslTOS E ATITUDES DE LEITURA E ESC RITA
Gosta de lar? ()c) 5im ( ) Nao
o que voce mals lin
A) Livros op 51m ( ) NoaaQuando? .../.;.:f.()a ....v.ez. ...:;)Q. u~.e.S . . u u u ..
Lembra urn que voce leu e gostou muito? ..~.i.r.:1.j :G;:(6ki:::.~:;;;:::.~tQ::::···.B) ( ) A Bibna ( ) 51m ()d Nao Quando? .
C) ~ Revistas .~) 51m ( ) Nilo Quando? ..'J~J:!~S\J,2..o que Ie nas revistas? ..1il.Y.:\iG:>d.1 SI2nr.e :C?.rr.'oS
0) ( ) Jornais ( ) Sim (Xl Nao Quando? .....
Que sessao Ie? .
E) ( ) Embalagens de produtos ( ) Sim (:xl Nao Quando? ..
F) ( ) Receitas Culinarias ( ) Sim (X) Nao Quando? .
Em que situa1;oes faz uso da '~tura? ..qJ..lA\\I:\ro e.- b1ate.\'.t2- 0u o. ...asy.y.do. ...iY.l.e. c'o:a""a ~ :a+f.~ 4 .Quanto tempo do sau dia e dedicado a leitUr3? ~21~..QlI. ..Y.).\t:.~ h..:po~..ch.z,......................... . .Costuma ler para outras pessoas? ( ) Siru ()<l Nao
Para quem? .
Oquole? ..
Cos tum a ir as Livrarias? ( ) Sim (>l) Nao
Para que? ..
Costuma ir a Bibliotecas? ( ) Sim (xl Nao
Para que? .
o que tern na sua casa para [er?
...Y.1.w"~iaS.....d{.. ...CEx.rQ7......e; .....~>.1.&; ...de, .....e,1o,iY.19...m.ediCl ...
Quando precisa instalar urn aparelho eletrodomestico, 0 que voce faz?
( ) Pede auxilio?
~ Usa os conhecimentos que tern?
( ) Le 0 manual?
Quando precisa localizar um endere1;o, como procede?
a) t<l procura em !ista de endere<;os
b) ( ) pergunta para as pessoas na rua
c) 64 procura pelas placas de identifica<;3o de endere<;o nas ruas
d) ( ) pergunla para 0 motorista de 6nibus
Ha materials que precisam ser lidos no seu trabalho? l>4 Sim ( ) Nao
o que voce precisa ler no trabalho?
.Y.I12nu.8.l. .de...:I.,,:;,tt\J.~Erz .
o sau conhecimento de leltura e suficiente para que voco leia 0 que for precise no seu
trabalho? 0') Sim· ( ) Nao
Porque? ..
Qual a sua principal dificuldade na leltura do seu material de trahalho?
Para progredir no sau emprego voce precisa desenvolvormais a leitur ••?()() Sim ( ) Noo Par que? ...'¥?.~a....~.lI.e ..s.~ ....eJ.1.e.,;i.~....s.elm\l\'.e..kvn :,li1k M3doQuando voce precisa procurarel1lprego, 0 que voce faz?
a) ()<fprocura em umjomal
b) ( ) procura am edital na escola
c) ( ) conversa com amigos
d) ( Iprocura na internet
e) ( ) procura em propaganda fixada em locais publicos
III HABITOS DE ESCRIT AGosta de esc rover? ( ) Sim ~ NlIIo
o que escreve?
Bllhetcs ()<.lSim I )Nao
E-mails I ISim I ) Nao
Olario ( )51m I ) Nao
Poesias ( )51m ( )Nao
Cartas (ISim ()Nao
CartOes de natai ( ) 5im (I Nao J : '\Cite outros, ..r.ed.e~..,dc:.1£.....J;.se(~h.Vr;f1...L",so ..Y.lO...GQ)ec,iD.J .....
Voc~ usa a escrita no seu lrabalho? () 5im ()4 Nao
o que Ihe pedem para escrever no trabalho?
Voc~ enconlra alguma dificuldade na escrita exlgida pelo trabafho que desenvolve?
( ) Sfm 0<) Nao
Quais?
Vocl! ja perdeu alguma oportunldade de trabalho ou promor;30 pela dificuldadc na csclita?
( ) 5im (X) Nao
Goslaria de relatar 0 porque?
Voce sabe rodiglr uma carta pedindo cmprego? (~5im ) N30
Quais suas principais dificuldades no uso da esc rita?
~'-I/OIO/05
::YJl'rf\.O_ :C\~~-Cri&. p.UQ..p:.C--:.<.QN~~
-b,u.Q ~-'S>..:t5--C).!Y',~
~ ...u. oJ..0:" ~- . - - '"~~~'(~~.JL~
... ,~~O_5l>~~ ~_ ~ JUY"r-. ..v..5YY'\
~-n~ p-O.l.D ~ ~~ .4u.o. ~-AJ..>~ cLu,0.-1Ub.. 0_~- 1l5Y"~.
},---u..o. ~..&x).o.,~ rno~ Jl- ~ ~-
Ju:o...\~ ~~ ~ ~ ~ ~U9->~~--<.Q. JlS'I'r' ~ o~..QY~
~ ~.":.l~.LJQJ~. . •~"'Y"\ <Sl- '?~ o..6.q~ t..\9.>~-
~-r0".D>:> ~~ 0- OJ-.Juo_ \)... ~";;:.D.. ['rrv::;~~~ ~ G- ~~ J.x..oJl.:V~\-
Y..o.eD-.i' ~~ ~)-~ .l\.. ~y~ ~
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escrila - sao Paulo: Mercado das Lelras, 1995.
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de Reda9i10. Lendo e argumentando. l°edicao. 1°impressao. Edilora SCipione. sao Paulo, 1998.
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PLATAO & FlORIN. Esludos da Lingua Portuguesa. Editora Mederna. 3° edi«;:3o. sao Paulo, 1998.
KATO, Mary A. No mundo da escrita. Uma perspectiva psicolingOislic8. Serie fundamentos. Edilora
Atica. 7°edi«;:3o. Sao Paulo, 2001.
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