Transcript
Page 1: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos
Page 2: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

Formação continuada ESCOLA TEREZA

FRANCESCUTIAvaliação

Prof.ª MS. Letícia [email protected]

Prof.ª Esp. Mariana [email protected]://profmarianacorreia.blogspot.com.br

Page 3: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

Para pensar sobre avaliação:

Page 4: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

O“Os instrumentos de avaliação da aprendizagem, também, não podem ser quaisquer instrumentos, mas sim os adequados para coletar os dados que estamos necessitando para configurar o estado de aprendizagem do nosso educando.” (LUCKESI, 2000, p.10)

Page 5: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

Conceitos e critérios que subjazem à construção

dos instrumentos de avaliação:

Page 6: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

1) VALIDADE: o quanto o teste mede aquilo que deve medir

O1.1 validade de construto: O desempenho do aluno precisa

refletir àquilo que pretendíamos avaliar ao criarmos o teste. Diante de uma confirmação nesse sentido, teríamos a validade de construto. esse conceito está ligado a uma definição teórica acerca do objeto a ser medido .

Page 7: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

1) VALIDADE: o quanto o teste mede aquilo que deve medir

O1.2 validade de critério: Está ligada a quanto os resultados obtidos em um teste estão de acordo com os resultados de outro teste, em que ambos têm os mesmos critérios como base de avaliação.

Page 8: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

1) VALIDADE: o quanto o teste mede aquilo que deve medir

1.3 validade de conteúdo: Diz respeito à representatividade do conteúdo avaliado frente ao conteúdo pretendido. “a validade de conteúdo é obtida quando um teste efetivamente avalia amostras de conteúdo relevantes e representativas, com base nas quais poderão ser tiradas conclusões sobre o desempenho do candidato relativo àquele conteúdo”. (Schlatter et al, 2005, p.15)

Page 9: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

1) VALIDADE: o quanto o teste mede aquilo que deve medir

O ) 1.4 validade de face: É a relação do teste em contraposição às

expectativas dos alunos. A partir disso, um teste só tem validade de face se os alunos que o fizerem julgarem-no (e isso subjetivamente) satisfatório, no sentido de acreditarem que tal teste mediu realmente os conhecimentos propostos para medição. "essa validade ocorre quando o teste parece avaliar aquilo que pretende avaliar" (Hughes, 1989).

Page 10: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

1) VALIDADE: o quanto o teste mede aquilo que deve medir

O1.5 validade de impacto ou efeito retroativo:

Está relacionado às consequências dos resultados da avaliação não só no indivíduo, como também na sociedade, consequências essas que podem ser tanto positivas como negativas, dependendo da forma como for encarada.

Page 11: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

2. CONFIABILIDADE

Todos os candidatos precisam ser avaliados em igualdade de condições, impedindo ao máximo a influência de fatores externos ao teste. Ele é ligado à uniformidade de aplicação: " a confiabilidade de um instrumento se dá à medida que construímos, aplicamos e corrigimos tal instrumento obtendo desempenhos próximos aos que teriam os alunos em condições que não as do momento daquela avaliação" (BACHMAN & PALMER, 1996; HUGHES, 1989)

Page 12: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

3. AUTENTICIDADE:Trata-se da relação entre o tipo

de tarefa existente em um teste e as características de uso real da língua alvo daquele teste (no caso de avaliação de linguagem).

A autenticidade de um teste se dá quando as tarefas desse teste apresentam questões que conseguem simular as necessidades do aluno no mundo real.

Page 13: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

4.INTERATIVIDADE:

Está atrelado à quantidade e ao tipo de envolvimento que um aluno precisa ter para realizar as tarefas do teste. Um teste interativo precisaria então fazer com que os alunos se envolvessem nele, demonstrando suas habilidades ao máximo.

Page 14: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

5. PRATICIDADE:

“Relação entre os recursos necessários para o desenvolvimento de um teste, sua aplicação e os recursos disponíveis para essas atividades”. (SANTOS, 2007, p.44). Um teste prático tem equivalência entre os recursos disponíveis e as necessidades exigidas para colocá-lo em prática.

Page 15: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO, PARADIGMAS E ESCALAS

OO que fazer com o teste depois aplicá-lo nos alunos? como atribuir-lhe valor? de que forma se deve avaliar as respostas dadas pelos alunos às tarefas propostas por nosso instrumento?

Page 16: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

OFormas (procedimentos) utilizadas hoje em testes de desempenho: a avaliação analítica e a holística.

Page 17: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

Avaliação holística

OAtribuição de uma única nota ao desempenho do aluno, baseada na impressão geral de tal desempenho, sendo que a base para a emissão dessa nota é uma escala de critérios previamente definida e descrita para aquele teste

Page 18: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

Avaliação analítica

OAtribuição de uma série de notas para uma lista de aspectos relativos ao desempenho do aluno. As notas, nesse tipo de avaliação, são atribuídas a partir de um paradigma previamente definido que contém os itens específicos a serem avaliados, sendo que cada item tem sua escala descrita e definida.

Page 19: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

Paradigmas de avaliação

Definem os parâmetros que guiam a avaliação, eles apresentam quais e quantos itens serão avaliados, e definem sob que prisma deve ser olhado o objeto.

Page 20: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

Escalas de avaliação

Parte do paradigma: é a partir do que foi definido como parâmetro num paradigma que a escala é construída; é a partir dos itens a serem avaliados (itens previamente determinados pelo paradigma), que é construída a escala para cada item. Assim sendo, ela é uma espécie de esquema de pontuação e possui níveis de atendimento.

Page 21: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

OSe temos como objetivo, através da avaliação, fazer inferências válidas sobre a capacidade de um candidato de expor suas ideias por escrito em língua portuguesa, é necessário, portanto, dar-lhe uma tarefa de produção escrita, na qual ele possa efetivamente usar a língua portuguesa para expressar-se e desenvolver suas ideias. (SCHLATTER et al., 2005, p.14)

Page 22: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

OSe avaliação é, segundo Luckesi (2005, p.9), “um juízo de qualidade sobre dados relevantes para uma tomada de decisão”, então devemos:

Page 23: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

O escolher o tipo de procedimento que iremos adotar para avaliarmos a produção de nossos alunos (qual será nosso enfoque, o que nos importa mais observar);

O segundo, construir paradigmas e escalas de avaliação coerentes com nosso construto e enfoque, construções essas necessárias para a formação de uma base justa, e que nos servirão de base na hora de emitirmos nosso juízo e de tomarmos a decisão a respeito da produção elaborada pelo aluno.

Page 24: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

ProficiênciaO A avaliação deverá verificar a

aprendizagem não a partir dos mínimos possíveis, mas sim a partir dos mínimos necessários. (LUCKESI, 2005, p.44- 45)

Page 25: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

Exemplo de um paradigma

Page 26: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

ENEM 2013 – C4 - H12 –

Competência de área 4 – Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e da própria identidade.

H12 – Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais.

Page 27: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

ENEM 2013 – C4 - H12 – Q.99

A difundir a origem de marcantes diferenças sociais.B estabelecer uma postura proativa da sociedade.C provocar a reflexão sobre essa realidade.D propor alternativas para solucionar esse problema.E retratar como a questão é enfrentada em vários países do mundo.

O artista gráfico polonês Pawla Kuczynskiego nasceu em 1976 e recebeu diversos prêmios por suas ilustrações. Nessa obra, ao abordar o trabalho infantil, Kuczynskiego usa sua arte para:

Page 28: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

Prova Brasil - Tópico 1

ODescritor 3OInferir o sentido de uma

palavra ou expressão

Page 29: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

Questão: O Pavão E considerei a glória de um pavão ostentando o

esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d´água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.

Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.

Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.

Page 30: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

No 2º parágrafo do texto, a expressão ATINGIR O MÁXIMO DE MATIZES significa o artista:

(A) fazer refletir, nas penas do pavão, as cores do arco-íris. (B) conseguir o maior número de tonalidades. (C) fazer com que o pavão ostente suas cores. (D) fragmentar a luz nas bolhas d’água.

Page 31: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

“Não há resposta. Não vai haver resposta. Nunca

houve uma resposta. Esta é a resposta.”

Gertrude Stein(1874-1946, escritora e poeta norte-

americana)

Page 32: Formação 4 - Avaliação e construção de instrumentos

ReferênciasO SANTOS, Leticia da Silva. Proficiência em língua materna : um novo olhar para a

avaliação de produção textual. Dissertação de Mestrado. UFRGS, 2010.O LUCKESI, Cipriano. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem. In: Pátio,

n.12, Ano 3, p.7-12, 2000O SCHLATTER, Margarete; ALMEIDA, A.; FORTES, M. S.; SCHOFFEN, J. R. Avaliação

de desempenho e os conceitos de validade, confiabilidade e efeito retroativo. In: A avaliação do texto de vestibular: diferentes enfoques. COPERSE, UFRGS, p.11-35, 2005.

O HUGHES, A. Testing for Language Teachers. Cambridge: Cambridge University Press, 1989.

O BACHMAN, Lyle F. & PALMER, A. S. The construct validation of some components of communicative proficiency. In: Tesol Quarterly 16, p.26-38, 1982.


Top Related