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VERANICO NÃO PARA A FERRUGEM DO CAFEEIRO J.B. Matiello, S.R de Almeida e Rodrigo N. Paiva, Engs Agrs Fundação Procafé e Sálvio Gonçalves, Eng Agr

Consultor em cafeicultura

Nos dois últimos anos têm ocorrido veranicos nas principais regiões cafeeiras, coincidindo

no período dez-fev, quando a ferrugem se encontra em fase de evolução, na folhagem das plantas.

A falta de chuvas, combinada com altas temperaturas, constitui-se num fator que poderia

paralisar o desenvolvimento da ferrugem. No entanto, outras condições favoráveis à doença

prevaleceram e, assim, a infecção continuou , podendo, sem o devido controle, causar prejuízos.

É sabido que a ferrugem é beneficiada pela umidade, e, ainda, por temperaturas mais altas.

A umidade é necessária para a inoculação e as temperaturas mais elevadas, dentro de certos

limites, reduzem o período de incubação do fungo, ou seja, o período entre a entrada dos esporos

nas folhas e o aparecimento das lesões.

Agora, em fev-mar, com a retomada das chuvas, pode-se observar que o nível de infecção

pela ferrugem já se encontra, em lavouras sem controle, na faixa de 10-20%, um índice perigoso

nessa época, pois pode resultar num forte pique de infecção em junho-julho.

Então vem a pergunta. Por que o veranico não trouxe influência negativa significativa na

evolução da ferrugem. A resposta está, como já dito ligeiramente, no conhecimento de que o

clima é importante, porém, muito mais importantes são as condições de susceptibilidade das

plantas à doença.

O veranico, na realidade, causa mais stress nas plantas, da mesma forma que ocorre pela

carga pendente, favorecendo, em seguida, a evolução da ferrugem, por tornar as plantas mais

susceptíveis.

Vejam que nos campos onde se faz a avaliação da ferrugem, no sistema de Estações de

Aviso da Fundação Procafé, verificou-se, no final de fevereiro/15, que os índices de folhas

infectadas pela ferrugem, na média de 3 localidades(Varginha, Boa Esperança e Carmo de Minas),

foram de 28% nas plantas com carga alta e 11% nas de carga baixa.

Portanto, temos que continuar controlando a doença, com pulverização agora no final de

março ou meados de abril, para evitar piques de infecção tardia. Não se deve esquecer que o fim

do controle é mais importante do que o seu início.

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Índices iniciais de infecção, da ordem de 10-20% de fls. infectadas , em fins de fevereiro

representam perigo de estouro da ferrugem mais tarde, em jun-jul. Machado-MG, fev

2015.

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Para a evolução

da ferrugem o

mais importante

é haver boas

condições de

susceptibilidade

dos cafeeiros,

como nesta

plantação

adensada da

cultivar Acaiá, com alta

produtividade.

Machado-MG,

fev /15.


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