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FOCO TERAPÊUTICO
Primeiras Definições
O conceito de foco é de difícil definição e tem um status teórico impreciso. O foco envolve:
- Critérios Sintomáticos: Sintomas visíveis e pontos de urgência.- Critérios Interacionais: Conflito Interpessoal que desencadeia a
crise.- Caracterológicos: Zona da problemática que pode ser
delimitada.- Díade Paciente-Terapeuta: Pontos de interesse aceitáveis para
ambos.- Critérios Técnicos: Interpretação central, na qual, se funda todo
o tratamento.
No campo das psicoterapias, esses critérios se justapõem, sem estabelecer ligações entre si.
Primeiras Definições
O foco é uma organização complexa, da qual, todos esses critérios recortariam fragmentos.
Logo: É possível unificar essa compreensão multifatorial acerca do foco terapêutico?
Primeiras Definições
O foco possui origem eminentemente empírica: Eixo central da problemática do paciente, para o qual, se orienta o trabalho terapêutico.
Isso implica num ajuste de diafrágma na ótica do terapeuta, que induz a concentração seletiva do paciente em certos pontos de sua problemática.
Esse ajuste depende, em larga escala, da força das funções egóicas adaptativas do paciente.
Primeiras Definições
A focalização é guiada pela reformulação das queixas do paciente.
Isso implica sempre num trabalho a partir de associações intencionalmente guiadas do que sobre associações livres.
- Em Psicanálise: Dificuldade para associar livremente, implica em resistência.
- Em P.B. Dificuldade para manter uma atitude exploratória, intencionalmente guiada, implica em resistência.
A Estrutura do Foco
Foco Inicial
Com o passar do tempo, existe uma tendência ao aprofundamento do foco
A Estrutura do Foco
Eixo Central: Motivo da Consulta
- Ligado ao Motivo da consulta, existe um conflito nuclear exacerbado.
- Ambos fatores se inserem numa situação grupal específica.
- Tudo isso, estrutura uma situação atual.
Estrutura do Foco
Essa situação, sempre possuirá diversos componentes, denominados aspectos caracterológicos do paciente.
(dinamismos intrapessoais ativados nessa situação específica, modalidades defensivas pessoais seletivamente mobilizadas pela situação – não é possível experimentar uma ou outra de várias defesas; é preciso verificar quais delas o grupo torna viáveis -, etapas não resolvidas do desenvolvimento infantil atualizadas pela estrutura da situação).
Estrutura do Foco
Aspectos histórico-genéticos individuais e grupais reativados.
Momento evolutivo individual e grupal.
Contexto social mais amplo.
A Estrutura do Foco
Motivo da consulta
Conflito Nuclear
Situação atual estruturada
Foco
SITUAÇÃO GRUPAL
Dinamismos
Conflitos
Papéis
Recursos
ASPECTOSCARACTEROLÓGICOS
Psicodinâmicos
Comportamentos Defensivos
Recursos Adaptativos
DETERMINANTESDO CONTEXTO SOCIAL MAIS AMPLO
Econômicos
Culturais
Ideológicos
Momento Evolutivo Individual Grupal Social
Aspectos Históricos Genéticos Individuais Grupais e Sociais
Componentes do foco
Ajuste Operacional
Componentes do FOCO
PACIENTE-GRUPO
Condições de Vida
Motivação
Aptidões
PROCESSO TERAPÊUTICO
Momento do Processo
TERAPEUTA-INSTITUIÇÃO
Tempo
Objetivos
Técnica
REGULADORES
Ajuste Operacional
Depende de uma série de fatores:
a) Paciente e seu grupo familiar
b) Terapeuta e instituição
c) Momento do Processo
Ajuste operacional
O trabalho com o foco em Psicoterapia, seguirá a seguinte sequência:
1) O paciente inicia a sessão oferecendo material disperso.
2) O terapeuta intervém com perguntas orientadas numa direção específica: reformulação do relato.
3) O paciente recebe essa reformulação e começa a operar com ela: Muda a direção das associações.
4) Aprofundamento das novas intervenções do terapeuta.
Implicações Teóricas e Técnicas da Focalização1) As ações serão sempre estruturais e não
necessariamente lineares, do ponto de vista situacional.
2) Se a situação se organiza segundo um modelo estrutural, deve-se fazer convergir sobre ela uma pluralidade de recursos técnicos.
3) Planejamento Estratégico que faça reajustes progressivos.
4) Diagnóstico integrado, baseado numa visão integradora.