FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: A crônica humorística como um recurso no processo cognitivo na formação do
Leitor
Autor(a) Luciane Aparecida Lopes Justini
Escola de Atuação Colégio Estadual Vital Brasil
Município da escola Maringá - Paraná
Núcleo Regional de Educação Maringá - Paraná
Orientador(a) Ms. Érica Fernandes Alves
Instituição de Ensino Superior UEM –Universidade Estadual de Maringá
Disciplina/Área Língua Portuguesa
Produção Didáticopedagógica
Língua Portuguesa – Ensino e Aprendizagem de Leitura
Relação Interdisciplinar Não tem
Público Alvo Alunos da Educação de Jovens e Adultos do Ensino Médio
Localização Colégio Estadual Vital Brasil - Rua Marechal Deodoro, 865 Zona 07 – Maringá
Apresentação:
A função básica da escola é oferecer meios de desenvolver as potencialidades dos alunos no que condiz à formação de leitores críticos, competentes e transformadores na e da sociedade em que atuam. As atividades com crônicas humorísticas nesta sequência didática ratificarão o trabalho de leitura, demarcado na Estética da Recepção e na Teoria do Efeito, estabelecidas respectivamente por Hans Robert Jauss e Wolfgang Iser. As estratégias que serão desenvolvidas ressaltarão a analogia do leitor com o texto literário e sua realidade. Assim, como referencial metodológico, esta sequência seguirá as cinco etapas do Método Recepcional sugeridas pelas professoras Bordini e Aguiar: determinação do horizonte de expectativas, atendimento do horizonte de expectativas, ruptura do horizonte de expectativas, questionamento do horizonte de expectativas e ampliação do horizonte de expectativas.
Palavras-chave(3 a 5 palavras) Leitores; crônicas; leitura; método recepcional.
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1 IDENTIFICAÇÃO
1.1 ÁREA: Língua Portuguesa
1.2 PROFESSOR PDE: Luciane Aparecida Lopes Justini 1.3 PROFESSORA ORIENTADORA: Ms. Érica Fernandes Alves
1.4 IES vinculada: Universidade Estadual de Maringá (UEM)
SEQUÊNCIA DIDÁTICA DO PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
GÊNERO TEXTUAL: Crônica humorística
ESCOLA: Colégio Estadual Vital Brasil
SÉRIE: Educação de Jovens e Adultos - Ensino Médio
DURAÇÃO: 32 aulas
CONCEPÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA: Estética da Recepção
MARINGÁ
2010
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................04
2. ATIVIDADES PROPOSTAS ......................................................................08
2.1.MÓDULO I: determinação do horizonte de expectativas........................08
2.2.MÓDULO II: atendimento do horizonte de expectativas ........................11
2.3.MÓDULO III: ruptura do horizonte de expectativas.................................17
2.4.MÓDULO IV: questionamento do horizonte de expectativas ................23
2.5.MÓDULO V: ampliação do horizonte de expectativas .........................24
3. AVALIAÇÃO ............................................................................................25 4. REFERÊNCIAS ........................................................................................26
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1. INTRODUÇÃO
A prática da leitura em sala de aula é um tema bastante discutido por
profissionais da educação; já que a função básica da escola é oferecer meios de
desenvolver as potencialidades dos alunos no que condiz à formação de leitores
críticos, competentes e transformadores na e da sociedade em que atuam. Seu
objetivo, portanto, é transpor as barreiras das dificuldades de inserir esta prática
no ambiente escolar a fim de formar leitores críticos, autônomos e atuantes.
Assim, por intermédio da leitura, podendo enfrentar todos os obstáculos e todos
os desafios infligidos pela sociedade de maneira consciente, apta e cidadã.
É mediante essa prática que lhes é permitido completar os espaços
textuais com seus conhecimentos, de impetrar as distintas explanações que
sucedem no exato instante do encontro leitor-texto e instituir a convergência de
acepções de outras leituras. É a partir disso que se ampliará a habilidade de
leitura, propiciando um sentido à realidade que envolve o leitor, fazendo-o refletir,
compreender e agir alterando os fatos da sociedade em que vive.
Tal ótica concebe a leitura como instauradora de diálogos, propiciando diferentes formas de ver, de avaliar o mundo e de reconhecer o outro. Considera, também, o ato de ler uma transação entre a competência do leitor e a competência que o texto postula (ECO, 1993). Entende, em decorrência, que embora o autor movimente recursos expressivos, na tentativa de interagir com o leitor, a efetivação da leitura depende de fatores linguísticos e não-linguísticos: o texto é uma potencialidade significativa, mas necessita da mobilização do universo de conhecimento do outro – o leitor – para ser atualizado. (PERFEITO, 2005, p. 54-55).
Um bom leitor é aquele que dialoga com a obra, que compreende e
interpreta o texto conferindo-lhe sentidos, é aquele que apreende informações
extralinguísticas do mundo, do tópico debatido e de outros textos que contribuem
para a sua explicação. A pessoa que lê assiduamente é capaz de perpetrar
identidades, sinapses tornando-se um leitor mais inquisidor e funcional.
O sujeito leitor se situa em um conjunto social e a influência mútua entre
sujeito/linguagem na leitura é qualificada por uma condição de interssubjetividade
do leitor/texto que se pautam no decorrer da enunciação, ambos com analogias
sociais competentes. Um leitor pode produzir do mesmo texto diversas leituras,
passíveis de modificação de um momento a outro, visto que a relação
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leitor/mundo/contexto também é passível de alteração. Deste modo, um texto
nunca está concluído. O leitor torna-se co-produtor desse texto, complementando-
o com seus conhecimentos histórico-socioculturais num processo cognitivo, desde
a percepção do texto, sua decodificação, compreensão até a interpretação,
transformando-se num novo texto.
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Portuguesa das
Escolas Públicas do Estado do Paraná (2008), ressaltam que
Na concepção de linguagem [...], a leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel ativo no processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua vivência sócio-cultural. (PARANÁ/SEED, 2008, p.71)
Destarte, como referencial teórico para este estudo, procuraremos algumas
concepções e teorias: Aguiar & Bordini, 1993, Zappone, 2004, Eco, 1994, DCEs
de Língua Portuguesa, 2008, dentre outros que cooperem para a discussão da
leitura como prática social e cultural, volvida a uma interação texto-leitor, num
método cognitivo e de construção de significados, um ato de compreensão ativa.
Segundo Zappone (2004), o leitor é peça fundamental no processo de
leitura porque atribui sentido àquilo que lê.
A materialidade do texto, o preto no branco do papel só se transforma em sentido quando alguém resolve ler. E, assim, os textos são lidos sempre de acordo com uma dada experiência de vida, de leituras anteriores e num certo momento histórico, transformando o leitor em instância fundamental na construção do processo de significação desencadeado pela leitura de textos (sejam eles literários ou não). (ZAPPONE, 2004, p.136).
É mediante a leitura, que o leitor intervém e pode mudar o seu
posicionamento diante do mundo, perpetra suas deduções, sobrepõe suas
experiências diárias; por fim, dialoga com o autor e a obra.
Também, de acordo com Zappone (2004), os estudos exercidos sobre a
leitura enquanto processo social ou coletivo só aconteceu na década de 1960. Em
meados de 1967, numa palestra na Universidade de Constança, na Alemanha,
Hans Robert Jauss, fez uma austera crítica à teoria literária anterior e
contemporânea a ele, alega que, é mais do que “um mero encadeamento
cronológico de obras e autores” (JAUSS, 2004, p.138). Segundo ele, “a qualidade
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e a categoria estética de um texto vêm dos critérios de recepção, do efeito
produzido pela obra e de sua fama junto à posteridade” (1994, p. 7). O autor
passou a não ser mais o „dono‟ dos significados textuais.
Foi a partir da Estética da Recepção, que o leitor, antes visto como um ser
passivo torna-se um ser imaginado como alguém credenciado a revelar a
esteticidade da obra; logo, ele é o sujeito que suscita o acesso do inerte para
objeto de significação; é o elemento atuante e participativo do processo literário.
A atitude receptiva se inicia com uma aproximação entre texto e leitor, em que toda a historicidade de ambos vem à tona. As possibilidades de diálogo com a obra dependem, então, do grau de identificação ou de distanciamento do leitor em relação a ela, no que tange às convenções sociais e culturais a que está vinculado e à consciência que delas possui. (AGUIAR & BORDINI, 1993, p. 84)
Nesse sentido, um texto torna-se arte, a partir do momento em que é
compreendido pelo leitor numa afinidade dialógica em que este observa sua
historicidade, sua organização estrutural, suas singularidades, suas
particularidades em implicação a outros textos literários já lidos. De tal modo,
adquire novos parâmetros para uma avaliação de textos póstumos, com a
intenção de reconhecê-los como um elo de recepção.
A literatura, de acordo com Jauss (1994), é extremamente mais do que
uma reprodução, é uma dimensão de sua existência histórica, visto que atinge
sua íntegra cátedra social quando se difunde nas probabilidades de vida do
cotidiano do leitor, aludindo seu modo de ver o mundo e seu comportamento no
meio social. A literatura deve ser raciocinada em seus marcos estéticos, como
também em seus efeitos sociais, éticos e psicológicos, irrompendo a sagacidade
corriqueira que o leitor tem da vida habitual. Um leitor peculiar, com idoneidades
de leitura expurgadas, agregado nos mecanismos literários.
Este teórico (1994) abrange os aspectos sociais e históricos que
pretendem balizar o conjunto de leitores que detêm o horizonte de expectativa por
ele pressuposto. Seus conceitos inserem metodicamente o debate referente ao
aspecto recepcional no campo literário, cingindo uma instância eficaz do circuito
autor/obra/público sobre o qual a literatura se instala. “Por isso, a Estética da
Recepção e suas vertentes providenciam um espaço, não novo, mas mais amplo,
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para que se pense a literatura como categoria histórica e social e, portanto, em
contínua transformação.” (ZAPPONE, 2004, p. 144)
De tal modo, a aproximação do leitor e texto, numa atitude receptiva, tem
início quando a historicidade de ambos emerge. O diálogo entre ambos incide
dependentemente do grau de identificação ou de distanciamento do sujeito-leitor
com esta recepção, no que condiz às concordatas sociais e culturais nas quais
ele está vinculado e à consciência que possui delas. Tanto a obra quanto o leitor
posteriormente a uma leitura saem enriquecidos: a obra é completada com as
inferências, os conhecimentos, a cultura do leitor adquiridos no mundo real e o
leitor se enriquece com o que apreende da obra incorporando esses
conhecimentos literários a sua experiência pessoal.
Perante estas reflexões, acredita-se que o trabalho com crônica
humorística se justifica porque, ao acometer episódios recentes ou não
relacionados à realidade social, política e/ou cultural, permite ao leitor transportar
seu acervo de experiências para o ato de ler; um gênero que, na busca pelo
pitoresco, o cronista capta o lado grotesco das coisas, de modo que o riso se
torna o elemento para reflexões mais intensas, segundo Jorge de Sá (1987).
Utilizando-se do humor, do falar coisas sem maior consequência, a crônica é
capaz de ir além dos sentimentos, atos e pensamentos humanos; é um meio de
levar o educando da Educação de Jovens e Adultos do Ensino Médio, à crítica
social, e contribuir especialmente no ensino de língua portuguesa, tornando-se
um expediente conciso e expressivo ao ato de ler e de refletir a vida, a sociedade,
a política e, todo e qualquer instante crítico, de maneira prazerosa e perspicaz.
Espera-se que as atividades sugeridas nesta sequência didática ratifiquem
um trabalho interdisciplinar demarcado na Estética da Recepção e na Teoria do
Efeito, estabelecidas respectivamente por Hans Robert Jauss e Wolfgang Iser. As
estratégias que serão desenvolvidas ressaltarão a analogia do leitor com o texto
literário e sua realidade. Assim, como referencial metodológico, esta sequência
seguirá as cinco etapas sugeridas pelas professoras Maria da Glória Bordini e
Vera Teixeira de Aguiar, cujos embasamentos teóricos da Estética da Recepção e
da Teoria do Efeito, engendraram o Método Recepcional:
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1. Determinação do horizonte de expectativas;
2. Atendimento do horizonte de expectativas;
3. Ruptura do horizonte de expectativas;
4. Questionamento do horizonte de expectativas;
5. Ampliação do horizonte de expectativas.
2. ATIVIDADES PROPOSTAS
2.1.MÓDULO I
DETERMINAÇÃO DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS (8 aulas)
Objetivos:
Sondar os hábitos de leitura dos alunos e de seus temas preferidos por
intermédio de um questionário formulado pela professora;
Debater com os alunos sobre a importância da leitura crítica no cotidiano
de cada um;
Passar o vídeo que apresenta o texto Ler devia ser proibido, de Guiomar
de Grammont;
Apresentar logo depois do vídeo, a cópia do texto de Guiomar de
Grammont e fazer a leitura coletiva com os alunos;
Propor uma discussão mais crítica sobre o tema e a relação entre o tema e
a vida pessoal do aluno.
ETAPAS DO MÓDULO I
1ª Etapa: pesquisa - questões para sondagem do hábito de leitura dos alunos.
QUESTIONÁRIO SOBRE LEITURA
1) Você considera a leitura importante?
( ) Sim ( ) Não
2) Caso a resposta anterior seja afirmativa, escolha a opção que melhor
justifica sua resposta.
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( ) Melhora o vocabulário. ( ) Estimula o imaginário.
( ) Facilita a expressão oral. ( ) Ajuda na socialização.
( ) Amplia o conhecimento científico. ( ) Auxilia na escrita.
( ) Desperta e/ou enriquece o senso crítico.
3) Você lê:
( ) por prazer? ( ) por obrigação?
4) Dentre as pessoas abaixo, qual te influenciou na leitura?
( ) o(a) professor(a)? ( ) sua família?
( ) seus amigos? ( ) N. D. A.
5) Qual(is) do(s) gênero(s) textual(is) você mais gosta de ler?
( ) poesia ( ) textos informativos ( ) revista esportiva
( ) jornal ( ) contos ( ) crônicas
( ) anedotas ( ) pintura ( ) escultura
( ) outdoors ( ) outras. Qual(is)? --------------------------------------------------
6) Ao escolher um texto ou um livro para ler, você o seleciona:
( ) pelo número de páginas? ( ) pelo título?
( ) pelo assunto? ( ) pela indicação de alguém?
( ) pelo tamanho das letras? ( ) pelas ilustrações?
( ) pelo resumo da obra?
7) Qual tema o atrai mais ao selecionar uma leitura?
( ) romance ( ) suspense ( ) drama
( ) terror ( ) tragédia ( ) aventura
( ) humor ( ) autoajuda ( ) esporte
( ) temas sociais ( ) erótico ( ) relacionamento pessoal
( ) mistério ( ) político ( ) fantástico
( ) outros. Qual(is)? ------------------------------------------------------------------------
8) Quais entretenimentos (lazer) você costuma ter:
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( ) navegar na internet ( ) jogar videogame
( ) assistir televisão ( ) ir ao cinema
( ) ouvir música ( ) conversar no MSN
( ) praticar esportes ( ) sair com amigos
( ) ir ao shopping ( ) outros. Quais?----------------------------
9) Seus pais têm o hábito da leitura?
( ) Sim ( ) Não
10) Seus pais são assinantes de algum periódico?
( ) Sim ( ) Não
11) Caso a resposta seja afirmativa, marque a(s) alternativa(s) correspondente(s):
( ) jornal ( ) revista ( ) livro
( ) almanaque de HQs ( ) almanaque de diversos gêneros textuais.
2ª Etapa: debate referente à importância da leitura crítica no cotidiano de
cada um de acordo com o levantamento de dados da pesquisa.
3ª Etapa: apresentação do vídeo que apresenta o texto de Guiomar de
Grammont, Ler devia ser proibido, disponível nos links
http://www.youtube.com/watch?v=iRDoRN8wJ_w&NR=1 e
http://linguaepalavras.blogspot.com/2009/09/ler-devia-ser-proibido.html.
Acessados em 20/07/2011. Na sequência, distribuir a cópia do texto para
efetivar uma leitura mais aprofundada do tema.
4ª Etapa: discussão mais crítica, compreensiva e consciente a respeito do
tema proposto e sua relação com a vida pessoal do aluno, após a leitura do
texto e a apreciação do vídeo que o traz de uma forma mais atrativa.
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2.2.MÓDULO II
ATENDIMENTO DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS (8 aulas)
Objetivos:
Solicitar aos alunos que registrem as respostas das questões de análise
crítica, interpretativa e compreensiva do texto lido e assistido;
Intensificar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema „leitura‟;
Analisar opções de linguagem e efeitos de sentido;
Possibilitar aos alunos exercitarem inferências a partir da leitura e análise
do texto apresentado na linguagem verbal e não verbal;
Instigar os alunos a identificarem as possíveis intenções do autor;
Apresentar aos alunos o material produzido que conceitua o gênero
crônica, suas características básicas, sua origem, suas diversas
modalidades, seu objetivo e suas diferenças com o gênero notícia
jornalística, bem como sobre a vida e a obra de Stanislaw Ponte Preta.
ETAPAS DO MÓDULO I I
1ª Etapa: registro das respostas referentes às perguntas (seguem abaixo) de
interpretação, compreensão e análise crítica e reflexiva do texto de Guiomar
de Grammont.
ANÁLISE DO TEXTO: Ler devia ser proibido – Guiomar de Grammont
1) Num primeiro momento, ao ler o título do texto apenas, qual é a ideia
compreendida pelo leitor?
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2) Esta ideia se confirma no texto? Explique.
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3) Segundo a autora, por que LER pode se tornar um problema?
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4) Qual é a verdadeira intenção da autora ao afirmar que o ato de ler é
perigoso? E você, concorda com a ideia exposta no texto? Por quê?
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5) O texto de Guiomar de Grammont foi apresentado a você de duas formas:
a 1ª utilizando tanto a linguagem verbal (palavras) quanto à linguagem não
verbal (imagens) e a 2ª, apenas a linguagem verbal. Das duas
apresentações, qual foi para você a que melhor possibilitou sua análise
crítica do tema abordado? Justifique sua resposta.
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6) Ao dizer que “... a leitura é um poder, e o poder é para poucos.”:
a) qual é a intenção da autora?
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b) o que este “poder” suscita na vida das pessoas?
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c) quem seriam os “poucos”?
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d) a leitura, na sua opinião, é um poder? Que poder é este? Explique.
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2ª Etapa: posteriormente à realização da análise textual, a professora
corrigirá esta atividade atentando às respostas proferidas pelos alunos a fim
de analisar suas inferências, seu posicionamento frente ao tema discutido.
3ª Etapa: apresentação do conceito do gênero crônica, suas características
básicas, sua origem, suas diversas modalidades, seu objetivo e suas
diferenças com o gênero notícia jornalística em material confeccionado pela
professora e apresentado na tv pendrive à turma. Os alunos anotarão as
informações de acordo com o que apreciaram do material apresentado e
apreenderam da explicação da professora para concluírem as atividades de
análise crítica, reflexiva e comparativa do módulo III.
CARO(A) ALUNO(A)!
UM POUQUINHO DE INFORMAÇÃO FAZ BEM À SAÚDE INTELECTUAL!
VAMOS CONHECER A CRÔNICA HUMORÍSTICA - ESTE GÊNERO
LITERÁRIO TÃO PRESENTE NA NOSSA VIDA COTIDIANA... E UM DOS
CRONISTAS QUE MARCOU UMA ÉPOCA COM SUA IRREVERÊNCIA, SUA
CRÍTICA SOCIAL, SEU HUMOR INSUPERÁVEL E COLOQUIAL: SÉRGIO
PORTO ALTER EGO DE STANISLAW PONTE PRETA.
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CRÔNICA X NOTÍCIA: comparando e identificando características
Sabemos que os episódios do dia-a-dia chegam a nós por vários e
distintos meios: jornais impressos, noticiários televisivos, rádio, entre outros.
No gênero crônica, esses eventos cotidianos que, a princípio, parecem triviais,
tornam-se extraordinários aos olhos do cronista – um observador dos
pormenores e das sagacidades das pessoas e dos acontecimentos vividos por
elas, de modo a expor sua visão pessoal, sua reflexão, sua crítica da
sociedade em que atua. Geralmente é um texto curto, com foco narrativo em
1ª pessoa, há um narrador (às vezes, a crônica pode ser apresentada em
forma de diálogo ou de poemas), há poucas personagens, o ambiente (espaço) é
único, sendo descrito de maneira breve, a linguagem é coloquial, informal,
trazendo, algumas vezes, pequenas doses de humor, poesia ou lirismo.
Entre a crônica e a notícia a semelhança está relacionada com os
acontecimentos cotidianos. Entretanto, o que diferencia um gênero do outro, é
que esses acontecimentos são apresentados, na crônica, por um escritor que os
avalia de maneira subjetiva, pessoal, humorística e criativa. Já na notícia
jornalística, a linguagem é formal e objetiva, é um texto escrito em 3ª pessoa
de modo a designar imparcialidade no relato dos acontecimentos. Comumente,
este gênero textual traz um título alusivo tendo em vista, atrair a atenção do
leitor para o que está sendo noticiado. O 1º parágrafo é chamado de “lide”;
constitui apresentar os eventos ocorridos. E é no corpo da notícia que
aparecem os pormenores desses acontecimentos.
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VIDA E OBRA
SÉRGIO PORTO/STANISLAW PONTE PRETA
Nascido em Copacabana, no Rio de Janeiro, em pleno verão de 11 de
Janeiro de 1923, Sérgio Marcus Rangel Porto, filho de Américo Pereira da
Silva Porto e de D. Dulce Julieta Rangel Porto, ficou conhecido pelo
heterônimo de Stanislaw Ponte Preta, criação inspirada na personagem
Serafim Ponte Grande, de Oswald de Andrade. Um autor empírico, um
literário, homem do teatro, do cinema, da música e, „nas horas vagas‟,
funcionário público do Banco do Brasil, durante 22 anos, quando decidiu
abandonar o trabalho bancário para dedicar-se exclusivamente às atividades
literárias. Casou-se com Dirce Pimentel de Araújo, com quem teve três filhas:
Gisela, Ângela e Solange.
Muitas das suas histórias eram protagonizadas por seu alter ego –
Stanislaw Ponte Preta, irreverente e insuperável, que retratava o coloquial do
Rio de Janeiro em jornais, revistas e livros. Seus estudiosos afirmam que “as
melhores crônicas são aquelas onde a disposição de desfazer o sentido de uma
palavra ou de uma situação não se manifesta apenas no final do enredo, mas
A crônica, em meados do século XV, era um documento que
minutava a vida e os episódios consolidados por reis e nobres; no século
XIX ela se torna uma história sobre eventos corriqueiros de pessoas
inominadas. A crônica se desvia da mera repetição dos fatos
(afastando-se, portanto, da notícia) e adiciona a eles algo de peculiar,
sublime, subjetivo e sarcástico.
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parece atingir a estrutura da narrativa;” (NOGUEIRA JR., 1996), ou seja,
conduzida por pistas falsas, a história tem um final totalmente inesperado.
“Pode-se dizer que Ponte Preta é o cronista brasileiro por excelência,
pelo fato de ter registrado as manifestações e atitudes que o Rio de Janeiro
começava a importar das modernas sociedades de consumo.” (SANTOS, 2008)
Assim, suas crônicas são interessantes e prazerosas, tornando-se atuais por
conservarem uma temática contemporânea.
Stanislaw Ponte Preta, em 1951, no Diário Carioca, nasceu para
responsavelmente reger uma coluna social diferente do colunista provinciano
que se praticava. Portanto, considerava o colunista social Ibrahim Sued seu
maior desafeto, porque, em sua concepção, ele não se preocupava com os
problemas políticos, sociais, culturais e econômicos do Brasil, primava pela
futilidade.
Ao todo, o heterônimo publicou sete coletâneas de crônicas, recolhidas
pela Editora Olímpia, em 1989, numa espécie de antologia. Um autor muito
observador, meticuloso, irônico e crítico. Marcou presença na literatura por
ser capaz de se comunicar com todo tipo de leitor, desde o mais frenético e
leviano até o mais reflexivo e aprimorado. Ponte Preta, então, tem a função de
fazer verdades emergirem de maneira bem humorada.
“Criador de tipos humanos – o que é difícil e também raro na crônica,
criou Tia Zulmira, „a sábia ermitã da Boca do Mato‟, o Primo Altamirando,
„cínico e gozador‟, o distraído Rosamundo, o Dr. Data Vênia, „manipulador feroz
dos lugares-comuns‟, entre outros.” (SANTOS, 2008) Com seu Festival de
Besteira que Assola o País – FEBEAPÁ 1 (1966), lançado na época do golpe
militar de 1964, alçou grande sucesso, seguido de outras obras: FEBEAPÁ 2
(1967), FEBEAPÁ 3 (1968), Garoto Linha Dura (1964), além dos já citados
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acima: Tia Zulmira e Eu (1961), Tio Altamirando e Elas (1962), Rosamundo e os
Outros (1963).
Como Sérgio Porto publicou: A Casa Demolida (1963) – Reedição
ampliada e revista de O Homem ao Lado, As Cariocas (1967).
No dia 29 de setembro de 1968, ao sofrer seu último infarto, aos 45
anos, declarou: “Tunica, eu tô apagando!”. Deixou a imagem de um sujeito feliz
com a vida, afável e vivaz.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NOGUEIRA JR., Arnaldo. Projeto Releituras, 1996. Disponível em: http://www.releituras.com/spontepreta_bio.asp.
Acesso em 14 de Março de 2011.
SANTOS, Paula Perin dos. InfoEscola Navegando e Aprendendo, 2008. Disponível em:
http://www.infoescola.com/biografias/stanislaw-ponte-preta Acesso em 27 de março de 2011.
2.3.MÓDULO III
RUPTURA DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS (8 aulas)
Objetivos:
Favorecer a apropriação da leitura do gênero crônica como momento
prazeroso de entretenimento possibilitando a interação com outras
linguagens;
Estimular a sensibilidade do leitor para a leitura das crônicas
selecionadas: O apanhador de mulher, A estranha passageira e Inferno
Nacional, corpus literário de Stanislaw Ponte Preta;
Levar os alunos a reconhecerem o uso do humor como recurso
permanentemente utilizado pelo cronista Stanislaw Ponte Preta com o
intuito de criticar certas atitudes humanas;
Contribuir para a formação do leitor crítico, competente e autônomo;
Estimular a criticidade, questionamentos e comentários necessários à
compreensão e interpretação dos textos selecionados;
Proporcionar o posicionamento do leitor diante dos temas abordados
nas crônicas escolhidas: o medo em O apanhador de mulher, a política
em Inferno Nacional e a curiosidade em A estranha passageira;
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Possibilitar a análise da leitura como interação entre sujeitos e
construção de sentidos, sendo a crônica humorística um recurso no
processo cognitivo na formação de leitores críticos e inquisidores;
Instigar os alunos quanto às semelhanças e diferenças entre os
gêneros crônica e notícia jornalística.
ETAPAS DO MÓDULO I I I
1ª Etapa: distribuição das três crônicas escolhidas aos alunos que formarão
equipe para realizarem a leitura, debaterem, analisarem e registrarem por
escrito a respeito do tema abordado, do tipo de linguagem utilizada pelo
cronista, do título, das características básicas deste gênero, da presença do
humor, da relação de semelhança com a realidade em cada uma delas.
Tópicos para análise das crônicas
1) Leia o título de cada texto e responda:
a) A que nos remete cada um?
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b) O título cria expectativas quanto ao tema? Fale sobre cada um.
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c) O título apresenta informações cabíveis para nos informar a respeito do
seu contexto? Justifique sua resposta.
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d) E depois da leitura dos textos, suas suposições se confirmaram? Explique.
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2) Qual é o tema da crônica:
a) O Apanhador de mulher?
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b) A estranha passageira?
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c) Inferno Nacional?
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3) A linguagem empregada em cada crônica é coloquial e espontânea ou
formal e objetiva? Justifique a resposta dada com trechos de cada crônica.
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4) Explique por que o cronista optou por este tipo de linguagem.
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5) De acordo com o que você apreciou do conteúdo prestigiado na tv pendrive
e apreendeu da explicação da professora quanto às características básicas
do gênero crônica, responda:
a) Por que podemos considerar crônica cada um dos textos lidos?
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b) Que acontecimento real motivou o assunto de cada crônica?
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c) Qual é o tempo presente em cada texto? E o espaço?
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d) O humor está presente nos textos. Situe um fragmento de cada um cujo
recurso foi aplicado.
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e) Especifique e explique o objetivo de cada texto: ironizar o fato narrado,
refletir sobre o tema ou questionar a ação do narrador?
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2ª Etapa: cada equipe apresentará os apontamentos, observações e
análises registradas à professora e demais grupos que, posteriormente,
analisarão e avaliarão se as hipóteses levantadas se confirmaram no
decorrer das atividades propostas.
3ª Etapa: Em seguida, relembrá-los das semelhanças e diferenças entre os
gêneros Notícia jornalística e Crônica distribuindo à turma, as atividades de
análise dos tais gêneros.
1 - Tanto o repórter quanto o cronista se alimenta dos fatos cotidianos. Então, o
que distingue a notícia jornalística da crônica em relação a estes fatos?
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2 - Explique o objetivo de cada gênero:
a) Notícia
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b) Crônica
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3 – Baseando-se nos conceitos estudados de cada gênero, identifique dos tópicos
citados abaixo os que caracterizam a crônica e os que caracterizam a notícia.
(___________________)Texto que traz em sua essência a informação e a
impessoalidade.
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(___________________)Texto que apresenta uma linguagem
predominantemente coloquial, subjetiva, informal.
(___________________)Texto em que os personagens vivenciam os fatos em um
tempo e um espaço limitados.
(___________________)Texto que apresenta uma linguagem formal e objetiva.
4 – O cronista recria os fatos do dia-a-dia de maneira lírica e ficcional. Com base
nesta informação, responda:
a) Na crônica Inferno Nacional de Stanislaw Ponte Preta, que episódio real
gerou o assunto do texto? Esse fato ainda é presente na atualidade? Por
quê?
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b) Há alguma situação inusitada na crônica A Estranha Passageira? Explique.
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c) Qual é a ideia que o cronista Stanislaw Ponte Preta pretende transmitir com
a crônica O Apanhador de Mulher?
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4ª Etapa: em seguida, um representante de cada grupo lerá para a turma a
produção de texto: um final diferente e surpreendente para a crônica
selecionada sem perder a essência humorística.
5ª Etapa: a professora proporá para as equipes que escolham uma das
crônicas para realizarem uma leitura oral dramatizada como um momento
exclusivamente prazeroso de entretenimento.
2.4.MÓDULO IV
QUESTIONAMENTO DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS (4 aulas)
Objetivos:
Estimular o estabelecimento de relações intertextuais entre os gêneros
estudados;
Escolha(m) uma das crônicas e faça(m) uma
releitura dela modificando seu final, de modo que não
haja ausência do humor. Seja(m) criativo(s) e
surpreendente(s). Não se esqueça do título.
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Permitir a análise das escolhas de linguagem, estrutura e temática pelos
alunos;
Fazer com que os alunos se conscientizem de que a língua cria e veicula
uma visão de mundo;
Possibilitar aos alunos – leitores expandirem a percepção da realidade
presente nas crônicas lidas;
Observar se os alunos, a partir das atividades propostas e realizadas,
conseguiram apreender e a reconhecer características do gênero crônica.
ETAPAS DO MÓDULO I V
Esta etapa será considerada como um momento de reflexão em que os
alunos, partindo das atividades realizadas, analisarão quais conhecimentos
obtiveram e se houve um crescimento da sua aprendizagem. De tal modo, os
alunos deverão comparar os gêneros textuais estudados nas etapas anteriores,
observando quais exigiram maior reflexão quanto às diferenças composicionais,
temáticas, linguagem empregada, objetivo de cada gênero, principalmente da
crônica, o posicionamento crítico do leitor diante do tema reconhecido no texto.
Cada grupo fará suas observações e reflexões dentro de um tempo previamente
estipulado e depois as entregarão à professora. O procedimento adotado para a
apresentação das conclusões será decidido por cada equipe.
Na sequência, a professora proporá à turma visitar sites de pesquisa no
laboratório de informática, bem como na biblioteca do colégio que encerrem
crônicas de Stanislaw Ponte Preta e outros gêneros, com o intuito de
desempenharem uma leitura mais prazerosa, crítica, competente e autônoma.
2.5.MÓDULO V
AMPLIAÇÃO DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS (4 aulas)
Objetivos:
Situar o texto no contexto em que foi produzido;
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Permitir aos alunos relacionarem a linguagem da notícia com a da crônica,
reconhecendo suas características;
Verificar o interesse dos alunos na leitura crítica de crônicas e/ou outros
gêneros textuais;
Avaliar o método recepcional com os alunos.
ETAPAS DO MÓDULO V
Partindo-se da realização de todas as etapas anteriores, espera-se que os
alunos, mediante a comparação do seu horizonte de expectativas inicial, com os
interesses atuais, examinem o desenvolvimento de suas experiências. Segundo
Bordini e Aguiar (1988, p.91), desta última etapa, reinicia-se todo o processo do
método.
3. AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados continuamente mediante cada etapa do método
recepcional proposto. Assim, a avaliação será processual e se efetivará na
medida em que os alunos se dispuserem à realização das atividades propostas
não por imposição, mas como meio de potencialização de seus horizontes de
expectativas. Serão avaliadas as atividades realizadas em grupo:
a) Análise do texto Ler devia ser proibido, de Guiomar de Grammont por
escrito e apresentação oral – posicionamento crítico;
b) Apresentação dos apontamentos, observações, análise comparativa
dos gêneros crônica e notícia jornalística;
c) Produção textual: escolher uma das crônicas de Stanislaw Ponte Preta
para modificar o final sem perder a essência humorística;
d) Autoavaliação: cada grupo apresentará suas observações e reflexões
referentes às atividades relacionadas aos gêneros estudados dentro de
um tempo previamente estipulado pela professora.
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4. REFERÊNCIAS
AGUIAR, Vera Teixeira de; BORDINI, Maria da Glória. Literatura e formação do
leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Uma prosa (inédita) com Carlos Drummond de
Andrade. Caros Amigos. São Paulo, nº 29, p. 12-15, agosto, 1999.
AVELAR, Marcello Castilho. A sagacidade de um mestre da crônica. Estado de
Minas, Belo Horizonte, 11 jan. 1998. Caderno 2, p. 11.
BENJAMIM, Walter. Sobre o conceito de história. In: Magia e técnica, arte e
política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Trad. Sérgio Paulo Rouanet.
São Paulo: Brasiliense, 1994. (Obras escolhidas; v. 1)
ECO, Umberto. Interpretação e superinterpretação. São Paulo: Martins Fontes,
1993.
____________.Seis passeios pelos bosques da ficção. São Paulo: Companhia
das Letras, 1994.
FOUCAMBERT, Jean. A leitura em questão. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
LAJOLO, Marisa (Org.). A importância do ato de ler. São Paulo: Moderna, 2003.
NOGUEIRA JR., Arnaldo. Projeto Releituras, 1996. Disponível em:
http://www.releituras.com/spontepreta_bio.asp. Acesso em 14 de Março de 2011.
PARANÁ – Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica de Língua Portuguesa para os anos finais do Ensino
Fundamental e Médio. Curitiba, 2008.
PERFEITO, A. M. Concepções de Linguagem, análise linguística e proposta de
intervenção. In: CLAPFL – I Congresso Latino-Americano de Professores de
27
Línguas, 2007, Florianópolis. Anais do I Congresso Latino-Americano de
Professores de Língua. Florianópolis: EDUSC, 2007.
RODRIGUES, Rosângela Hammes. Análise de gêneros do discurso na teoria
bakhtiniana: algumas questões teóricas e metodológicas. Linguagem em
(Dis)curso, Tubarão, v.4, nº 2, p.415-440, jan/jun. 2004.
SÁ, Jorge de. A crônica. 3. ed. São Paulo: Ática, 1987.
SANTOS, Paula Perin dos. InfoEscola Navegando e Aprendendo, 2008.
Disponível em: http://www.infoescola.com/biografias/stanislaw-ponte-preta Acesso
em 27 de março de 2011.
ZAPPONE, Mirian Hisae Yaegashi. Estética da Recepção in: BONNICI Thomas;
ZOLIN, Lúcia Osana (Org.). Teoria Literária: Abordagens históricas e tendências
contemporâneas. Maringá: UEM, 2004.
SUGESTÕES
Sites
www.charges.com.br
http://humor.uol.com.br
http://linguaepalavras.blogspot.com
http://blonicas.zip.net
http://copy-paste.blogspot.com
http://youtube.com
Livros
Elenco de cronistas modernos – Vários autores
Editora José Olympio, 2003.
Pequena antologia do Braga – Rubem Braga
Editora Record, 2001.
Comédias para se ler na escola – Luís Fernando Veríssimo
Apresentação e seleção: Ana Maria Machado. Editora Objetiva, 2001.