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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA

Título:

As políticas públicas de educação no Governo Jaime Lerner e a memória dos professores de

Educação Física do Colégio Polivalente de Londrina-PR (1995-2002)

Autor NILTON RODRIGUES SANTANA

Escola de Atuação COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE

Município da escola LONDRINA

Núcleo Regional de Educação LONDRINA

Orientador Profº MS. TONY HONORATO

Instituição de Ensino Superior UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Disciplina/Área (entrada no PDE) EDUCAÇÃO FÍSICA

Produção Didático-pedagógica Memória de professores de Educação Física do Colégio

Estadual Polivalente, sobre as políticas educacionais do

Estado do Paraná, no período de 1995 – 2002.

Relação Interdisciplinar

(indicar, caso haja, as diferentes

disciplinas compreendidas no

trabalho)

EDUCAÇÃO FÍSICA, HISTÓRIA, SOCIOLOGIA E FILOSOFIA

Público Alvo

(indicar o grupo com o qual o

professor PDE desenvolveu o

trabalho: professores, alunos,

Intervir por meio de um grupo de reflexão para compartilhar,

com os atuais professores do Colégio Estadual Polivalente, as

políticas desenvolvidas e as memórias preservadas, para que

assim seja possível dialogar passado e presente na ação

PARANÁ

GOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA - UEL

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comunidade...) pedagógica e na organização da Escola.

Localização

(identificar nome e endereço da

escola de implementação)

COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE, Rua Figueira, 411, Jd. Santa

Rita – Londrina – PR

Apresentação:

(descrever a justificativa, objetivos

e metodologia utilizada. A

informação deverá conter no

máximo 1300 caracteres, ou 200

palavras, fonte Arial ou Times

New Roman, tamanho 12 e

espaçamento simples)

Identificar as políticas educacionais implantadas no Estado do

Paraná, no período de 1995 – 2002, e seus desdobramentos

no fazer pedagógico segundo a memória dos professores da

disciplina de Educação Física do Colégio Estadual

Polivalente. Com base na metodologia de pesquisa oral de

Sonia de Freitas (2002), e por entender que a historia oral

vem de encontro ao nosso objeto de estudo que são os

educadores que vivenciaram o período em análise e por meio

deste método buscar elucidações e respostas para o

problema ou objetivo da pesquisa ora apresentado.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Políticas Educacionais, educação física e memória

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PRODUÇÃO PEDAGÓGICA PDE - 2010

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Nilton Rodrigues Santana

Área/Disciplina PDE: Educação Física Escolar, Ciências e Filosofia

NRE: Londrina

Professor Orientador IES: Professor MS. Tony Honorato

IES vinculada: Universidade Estadual de Londrina - UEL

Escola de Implementação: Colégio Estadual Polivalente

Público objeto da intervenção: Professores

2. TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE

Memória de professores de educação física do Colégio Estadual Polivalente sobre

as políticas educacionais do Estado do Paraná, no período de 1995 – 2002.

PARANÁ

GOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA - UEL

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3. TÍTULO

As políticas públicas de educação no Governo Jaime Lerner e a memória dos

professores de Educação Física do Colégio Polivalente de Londrina-PR (1995-2002)

As políticas públicas de educação no Governo Jaime Lerner e a memória dos

professores de Educação Física do Colégio Estadual Polivalente de

Londrina-PR (1995-2002)

PRODUÇÃO PEDAGOGICA – PDE 2010

INTRODUÇÃO:

Pretendemos apresentar os resultados preliminares da pesquisa:

Memória de professores de educação física do Colégio Estadual Polivalente, sobre

as políticas educacionais do Estado do Paraná, no período de 1995 – 2002. Para o

entendimento da formação social dos docentes, dentre os quais desenvolvimento

teórico e enfatizado como decisivo para a contribuição da compreensão ampla

dessa temática.

Os questionamentos para entendermos os problemas típicos da

educação brasileira, em especial a Educação Física Escolar a partir das memórias

dos professores. Intervir por meio de um grupo de reflexão para compartilhar, com

os atuais professores do Colégio Estadual Polivalente, as políticas desenvolvidas e

as memórias preservadas, para que assim seja possível dialogar passado e

presente na ação pedagógica e na organização da Escola.

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Para Kessel (2004, p.02-5), memória é sempre uma construção feita no

presente a partir de vivências/experiências advindas do passado. Memória

individual, coletiva e histórica se interpenetra e se contagiam.

Como se deu e se dá a implementação das políticas públicas de

educação no ambiente da escola e em especial a educação física, a partir da

relação objetiva e subjetiva. No primeiro momento elencamos os referenciais

teóricos e metodológicos, posteriormente apliquei esses referenciais investigativos e

analíticos na presente produção didática, apresentada através das memórias dos

professores, hora apresentada.

As entrevistas nos possibilitou o embasamento teórico sobre as

memórias dos professores de Educação Física do Polivalente que deram aulas no

período de 1995 a 2002. Enquanto o referencial teórico e metodológico embasa a

referida.

Não podemos compreender os professores como, indivíduos isolados

tendo em vista que a formação dos mesmos perpassa pelas condições dadas

socialmente. Portanto, a memória é uma condição da consciência vinculada à

carreira docente passando pelo entendimento de que as condições materiais dadas

aos sujeitos nas suas escolhas, contribui para o interesse pela profissão,

conseqüentemente a formação do professor passa pela memórias dos mesmos.

Diante deste quadro, são nossos objetivos nesta pesquisa: mapear a

memória dos professores de Educação Física do Colégio Estadual Polivalente de

Londrina, Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante, compreender suas

histórias por meio da oralidade e como isso influenciou no desígnio da profissão

docente de Educação Física, também objetivamos fazer uma leitura crítica das

entrevistas e apreender os discursos dos professores e seus vínculos cotidianos

com a atividade enquanto educador. “Os protagonistas da história são pessoas. São

elas que fazem a história cotidianamente. As pessoas são ao mesmo tempo agentes

e narradores de suas narrativas. A possibilidade de cada pessoa ou grupo

organizado produzir sua história possibilita a dos paradigmas dominantes da

história” (COSTA,2006, p.02)

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2.0 METODOLOGIA PARA COPREENDER AS MEMORIAS DOS PROFESSORES

DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE – 1995/2002

Com base na metodologia de pesquisa história oral, de Sonia de

Freitas (2002), e por entender que a historia oral vem de encontro ao nosso objeto

de estudo que são os educadores que vivenciaram o período em análise e por meio

deste método buscar elucidações e respostas para o problema ou objetivo da

pesquisa ora apresentado.

Nossa pesquisa tomará como referência a proposta metodológica da

história oral elaborada por Freitas (2002). Na perspectiva do seu trabalho sobre

historia oral.

Freitas (2002, p.19), salienta que a principal finalidade é a criação de

fontes históricas, conseqüentemente, essa documentação deve ser armazenada,

conservada e sua abordagem deve partir do estabelecimento preciso dos objetos da

pesquisa em questão.

A história oral é um método de pesquisa que utiliza a técnica de entrevista e

outros instrumentos articulados entre si, tendo como objetivo os registros de

narrativas de experiências humanas e por meio do uso de diversos meios

eletrônicos “neo-moderno”. A história oral cria conhecimentos fundamentados na

oralidade de seres humanos referente ao objeto de estudo proposto. No ponto de

vista de Freitas (2002, p.18-19) tal metodologia é dividida em três partes ou gêneros:

tradição oral historia de vida e história temática.

A pesquisa é considerada de caráter qualitativo, pois fazem

parte a subjetividade do pesquisador PDE e daqueles que estão sendo estudados

(FLICK, 2004, p.22 apud Weller,2006). As reflexões sobre suas ações e

observações no campo, suas impressões, sentimentos. Participaram da pesquisa

quatro (04) professores de educação física que deram aulas no CEP no período de

1995 a 2002, escolhidos intencionalmente, sendo que dois continuam na Rede e

dois se aposentaram recentemente.

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Como instrumento para a coleta de dados foi utilizada a entrevista

narrativa, sendo que as entrevistas foram gravadas, e após transcritas, foi feita a

leitura das mesmas pelo professor, para confirmação do que foi dito pelo

entrevistado.

A partir da leitura exaustiva, foram constituídas as seguintes

categorias: a) Relação da professora com o CEP na sua vida pessoal e profissional;

b) O ingresso na área de educação física e suas razões; c) A formação para

trabalhar na educação física; d) As relações entre sua pratica pedagógica e suas

características pessoais.

Intervenção pedagógica na Escola Estadual Polivalente: Grupo de Reflexão

2.1 Procedimentos da intervenção pedagógica do projeto PDE

1) Identificaremos quais são os professores atuais do Colégio Polivalente que

viveu a docência no mesmo o período da Gestão do Governador Jaime

Lerner (1995-2002).

2) Os professores identificados serão convidados a compor um grupo de

reflexão sobre a legislação do período e a realidade do Colégio

Polivalente.

3) No funcionamento do Grupo o professor/pesquisador PDE disponibilizará,

por meio de textos, suas interpretações sobre a legislação do período.

4) No funcionamento do Grupo o professor/pesquisador PDE compartilhará as

memórias dos professores de educação física entrevistados, objetivando

sensibilizar os participantes para pensar o seu passado pedagógico e

administrativo no Colégio Polivalente (1995-2002).

5) Serão organizadas reuniões do Grupo até que todo o material da pesquisa

(legislação e entrevistas) seja compartilhado com os professores do Grupo

de reflexão.

6) Como forma de registro, no término do Grupo, cada participante registrará

por escrito suas memórias sobre o seu cotidiano escolar no período (1995-

2002).

7) Cada sessão do Grupo não excederá 01 hora de discussão, será realizada

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nas dependências do Colégio Polivalente e será efetuada no horário

acordado com os professores colaboradores.

Textos de apoio pedagógico

2.3TÓPICO I: LEGISLAÇÃO

As leis são linguagens de tradição e dos costumes, do ordenamento

jurídico e da pratica social e que seja, a lei uma expressão determinada numa

linguagem legal, ou seja, tem o respaldo social e do ordenamento jurídico vigente. A

formação de um discurso da legislação educativa produzindo consentimentos e

persuasão e legitimidade, a lei como possibilidade de verificação de diferentes

linguagens oral e escrita na perspectiva da legitimação. Faria Filho (1998, p.102)

2.4 DOCUMENTOS . BRASIL. Lei nº 9.394 20, de dezembro de 1996: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996. BRASIL. GOVERNO FEDERAL. Decreto nº 2.208, 17 de abril de 1997, que Regulamenta o parágrafo 2.º do artigo 36 e os artigos 39 à 42 da LDB 20/12/96 BRASIL. MEC. CNE. Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino médio. Brasília, 1998. BRASIL. MEC. CNE. Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino médio: Área Ciências Humanas e suas Tecnologias. Brasília, 1999. PARANÁ. BANCO MUNDIAL. Projeto de qualidade no ensino básico e Contrato de Empréstimo (PQE) ente o BIRD e o Estado do Paraná, 26/10/1994. “... O Programa qualidade no Ensino Público do Paraná, era um programa destinado ao ensino fundamental...” PARANÁ. SEED. Descrição do Projeto qualidade no ensino público do Paraná /Banco Mundial. Curitiba, 1994. PARANÁ. SEED. PARANATEC - Agência para o Desenvolvimento do Ensino Técnico do Paraná. 1995. “... A Paranatec centralizou suas ações, ignorando a existência dos Núcleos Regionais de Educação - NRE. As orientações eram repassadas diretamente às escolas...” PARANÁ. SEED. Políticas do Estado do Paraná para o ensino médio. 1995. PARANÁ. SEED. Programa de valorização do profissional de educação. Projeto

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Vale Saber. Curitiba, 1995. PARANÁ. SEED. RESOLUÇÃO nº 4.056/96 de 18-10-1996, que cria o PROEM. PARANÁ. SEED. RESOLUÇÃO nº 4.394/96 20/11/1996 permite que as escolas possam escolher ou não se vão aderir ao PROEM. “... Art. 1º Os estabelecimentos de ensino que ofertam segundo grau regular, quer profissionalizante, quer de educação geral, poderão aderir ao Programa Expansão, melhoria e inovação no ensino médio do Paraná – PROEM, mediante Termo de adesão conforme enunciado em anexo...” PARANÁ. SEED. BID. PROEM. Programa de melhoria e expansão do ensino médio. Curitiba, 1996. PARANÁ. Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral. Centro de Coordenação de Programas Do Governo. Unidade de Desenvolvimento do Projeto - ensino médio. Projeto de Melhoria e Expansão do Ensino Médio do Paraná - PROEM. Documento Síntese - Versão preliminar, Curitiba, Julho de 1996 PARANÁ. SEED. Projeto de correção de fluxo: para colocar em dia a vida escolar dos alunos, 1997. “... A autorização para criação do PAI-S, foi feita pela resolução 1553/97 SEED de 24/04/1997, com objetivo de proceder a adequação do fluxo escolar na rede pública estadual (1º grau). A principio foi implantado de 5ª a 8ª série. PARANÁ. SEED. Lei n.º 11.970, cria o PARANAEDUCAÇÃO, publicada no Diário Oficial de 19 de Dezembro de 1997. PARANÁ. SEED. Londrina. N.R.E. Proposta de reestruturação do ensino médio do Núcleo Regional de Educação de Londrina. Londrina, 1997. PARANÁ. BANCO MUNDIAL. Programa de capacitação dos recursos humanos. Componente do Projeto de Qualidade no Ensino Público do Paraná. 1995-1998. ““... “O componte” treinamento de professores” foi desenvolvido pela SEED por intermédio da Universidade do Professor em Faxinal do Céu/PR Foi realizado diversos “cursos” na mesma”.... PARANÁ. BANCO MUNDIAL. Programa de Desenvolvimento Institucional. Componente do Projeto de Qualidade no Ensino Público do Paraná. 1995-1998. PARANÁ. SEED. RESOLUÇÃO nº 2617/2001. Institui no ensino médio (regular) noturno, em todas as séries, projetos interdisciplinares. Curitiba, 2001.

“... A educação física passou a ser facultativa, criaram-se os PEC Programa de enriquecimento Curricular. As sugestões da SEED eram para que fossem em Português, Matemática ou língua Estrangeira Moderna....” PARANÁ. SEED. RESOLUÇÃO nº 2618/2001. Substitui a oferta do ensino fundamental regular noturno pela Educação de Jovens e Adultos. “... As escolas que ofereciam o ensino fundamental regular passou a ofertar o ensino supletivo noturno e no caso do CEP os alunos que não tinham idade foram remanejados para o diurno para o cumprimento da Resolução.”... PARANÁ. SEED. Projeto de Qualidade no Ensino Público do Paraná. Relatório

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Final. Curitiba: SEED, 2002.

2.5 TÒPICO II: ENTREVISTAS:

Professor (a) A:

“ O que eu sinto que falta não é tanto apoio do governo que a gente pode trabalhar

com ou sem governo a gente tem que trabalha com o que tem aqui no colégio que

são os alunos e se você dar umas idéias nova eles topam na hora só que tem que

está bem preparados e atualmente é muito mais difícil porque eles estão com muita

liberdade, então a gente não pode mais fazer estes projetos a não ser que aja

envolvimento da comunidade agora não só do Colégio”

“Professora no período Jaime lerner nós tivemos uma vasta legislação do ensino

fundamental noturno no polivalente bem no começo que tinha fundamental a noite ai

foi saindo foi pra durante o dia porque as crianças não estavam estudando a noite

eles queriam só passear então pra nós até que foi um pouquinho bom a 5ª a 8ª caí a

noite aí ficou só ensino médio. Aí o profissionalizante veio (1995) saiu aí nós

conseguimos trazer de novo”

“fale pra gente a experiência do PROEM que lendo as atas do colégio o curso de

TST a nível de 3 anos que tenha educação física mas era facultativo, eles faziam

quando eles queriam, mas eram tudo cria nossa eles faziam também, aí quando cai

as aulas de educação física eles não... Foi indo o próprio curso foi morrendo, não foi

preciso o governo cortar porque foi morrendo”

“Fale sobre as mudanças na grade curricular em 1998? eram brigas feias, porque

falavam assim : a educação física pode diminuir, porque vocês só dão uns courinhos

lá mesmo; eles ficam jogando bola pode diminuir aulas porque ninguém vai

reclamar, ninguém vais sentir, professores brigaram feio lá.”

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“Neste período havia preconceito, nossa pai o Polivalente e o São José era lugar de

macumba era pouca, era morte assassinato, era drogas, era assaltos quem

estivesse aqui... Graças a Deus??? Com certeza mas quando o professor chegava

já vinha preparado para isso nada nada ,eles chegavam com o nariz empinado e os

alunos maltratava, aí professores iam embora, largava as aulas,”

“Pode até falar que é bobeira por não estar mais lá, mas o que nós enfrentamos lá

não vem ao caso, muitos problemas com drogas, mas nós nunca falamos por amor

de Deus tira o moleque e manda pra outro colégio, nós entravamos no meio da

droga era forma de tirar o problema da escola?”

“[...] então não tenho medo, vem ameaça, vem tudo junto com a ameaça; o que eu já

apanhei de aluno aqui na escada ( viela de acesso para sua casa) já apanhei de

aluno não levei pra frente, menino usava droga né, mas já morreu as ameaças era

para intimidar, mas era um grito de socorro que eles estavam pedindo para nós isto

com certeza.”

Professor (a) B:

“...uma experiência interessante e gratificante, porque quando cheguei ali existia a

Escola do ensino fundamental, e do ensino médio e o curso profissionalizante de

técnico em segurança do trabalho e eu era a última professora a escolher as aulas e

os professores preferiam dar aula no ensino fundamental e só sobrou o ensino

médio e eu era nova na época e mesmo assim eu falei; bom vamos trabalhar com o

ensino médio e vamos ver o que vai dar.”

“... houve varias mudanças em termos de legislação entraram os PCNs, depois foi

feita uma proposta pelo governo do Estado para que extinguisse a questão de nota,

a gente trabalhava com avaliação qualitativa, então não tinha nota e você não tinha

um referencial quantitativo, eu acho que foi um dos períodos mais difíceis e a gente

teve que aprender muito, pois no primeiro ano a gente sofreu, mas depois a gente

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conseguiu entender e o aluno também, para o cumprimento de tarefas.porque a

gente trabalhava muito com projetos;”

“É aquilo que eu disse, da minha parte, quando eu fazia as coisas. A escola sempre

foi muito redondinha, no período que eu trabalhei lá, até pela direção ser de longa

data,”

“... daí ficou pré-estabelecido que cada bimestre, na época não tinha nota, era

qualitativa seria culminado com o projeto em uma das áreas e todas as demais

disciplinas trabalhariam algumas encabeçando e outras só apresentando os

projetos. Acontecia mesmo e era muito legal.”

“Toda mudança gera conflito, não é o que acontece? Algumas pessoas

incorporaram bem as questões dos PCNs. Entenderam perfeitamente o que era a

LDB, mas houve certa resistência pelos professores mais antigos, alguma coisa

assim as vezes incorporavam as mudanças as vezes pelo contrario queriam que

continuasse daquele jeito que estava sendo e tudo mais”

“... Ela (Direção) colocava para os professores discutir e a gente sabia que estava

cogitando o aumento de aulas de português e matemática, é importante para a

criança que esta chegando estas disciplinas e a gente questionava muito, ela é

importante mesmo, será que cinco ou seis aulas sei lá quantas aulas, porque não

incorporar de uma maneira mais equilibrada isto.

“... Na época a direção pontuou; a grade hoje é assim, tá vendo, mas ela não

influenciou ela deixou a discussão por parte dos professores e cada um teve que

defender seu peixe, cada um teve que defender sua disciplina”, [risos]

“... o aluno, ele precisa ter o equilíbrio e toda disciplina ela tem seu peso, claro que

você precisa saber ler e escrever, mas ao mesmo tempo se a gente for analisar o

que vem ocorrendo hoje, chega pra nós numa 5ª serie semi-alfabetizado, e até

errando as iniciais onde está o aluno? O ensino primário fica por conta da prefeitura

muitas vezes e o aluno nem culpa têm”

“... diversas vezes fizemos promoções, os alunos sabiam, o destino do dinheiro era

promoção de pizza para a construção do ginásio, foi um ano, foi dois, foi três, foi

quatro né até acabar esta construção.Quanto vocês acham que é necessário,

porque o governo ia mandar a estrutura metálica, mas o resto era por conta da

escola,”

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“... eu falei do aluno do (correção de fluxo) fluxo ou do noturno que não tinha muito a

fim, aluno atoa é uma coisa que eu não gosto na minha aula, então alguma coisa

tem que produzir se eles não produziam”

“... Dá para a Sra. fazer uma analise sobre este período? Acho que dentro da

educação em geral foi um período muito critico, porque ele vetou os professores de

muitas coisas contribuiu em algumas mas deixou muitas outras, inclusive esta

questão de salário que teve uma época que ele não deu aumento, progressão , não

deu incorporação de pós não deu nada, isso deixava o professor aflito”.

Professor (a) C:

“...Na época Nilton era difícil a gente relembrar isso daí porque faz muitos anos, uns

15 ou 16 anos, mas houve uma polêmica muito grande entre os professores

mesmos, os professores queriam que não mudasse a grade e tem escolas que

estavam querendo colocar 2 aulas direto pro primeiro grau da 5ª a 8ª series. Era 2

5ª 2 na 6 e 2 na 7ª e 2 Na 8ª E estas aulas iam pra onde? Ia Pra outras matérias

como inglês, Português outras matérias que não me lembro; inclusive a grade de

português na época das 5ª serie parece que foi aumentada de 4 aulas foi para 5

aulas”.

“...Nós perdemos muito na época viu Nilton, porque eles queriam não só na 5ª

séries, mas como em todas as séries que manteve só duas aulas. 5ª, 6ª,7ª e 8ª

exatamente de tanto a gente brigar o pessoal pedagógico o pessoal no caso a vice-

diretora que era a Rose na época, nós brigamos bastante para manter isso daí. Aí

de tanto nós brigarmos ficou nas 5ª série 2 aulas e nas demais 3 aulas”.

“... Olha, o negocio é o seguinte o curso técnico do PROEM para o colégio era difícil

eu como professor de educação básica do curso técnico, para muitos alunos de

menor idade que não sabiam ainda o porque estava fazendo o curso técnico.”

“... Voltando atrás no negocio do PROEM, foi extinto gradativamente os 1º, 2º e 3º

anos dos cursos técnicos, mas, em contrapartida também aumentou se as aulas do

ensino médio noturno.”

“... então a gente sempre via que ele dava mais ênfase aos professores de

português, de química de matemática; por quê? Porque o ensino estava decaindo

cada vez mais”

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“... Também era, mas eu acredito que o nível dos alunos tinha caído então por isso

eles estavam querendo dar mais ênfase as matérias especificas. Português,

matemática, química,física, por isso hoje o ENEM? Professor”.

Professor (a) D:

“... aquelas discussões que havia do PPP da escola ficava mais no plano do papel?

E na pratica não era o que acontecia”

“.... Professor, com a mudança da grade (curricular) em 1998, nós tivemos a

proposta da mudança da grade e no CEP, as 5ª series ficaram com duas aulas,

enquanto que 6ª, 7ª e 8ª com três aulas, eu avalio como contradição, porque você

deixou a educação física sendo duas aulas nas 5ª series e nas outra series 3 qual

base qual fundamentação teórica que vocês adotaram para que numa determinada

série fosse 3 e em outra 2 aulas? Na realidade quem chegou não foi os professores

e sim a direção das escolas mais a Secretaria de Educação na época”.

“... sempre o professor de EF, foi deixado em segundo plano, e a Direção também

não estava muito preocupada com isso não, se preocupada com outras disciplinas e

menos com a Educação Física”.

“... E quanto Professor [...] na questão de excluir o ensino fundamental noturno.

Essas aulas, estes professores que davam aulas no noturno eles vieram para o

diurno ou tiveram que ir para outras escolas? Uma grande parte veio para o período

diurno e outros foram para outras escolas.”

“... Bom, a EF no CEP, quando eu trabalhava lá, quando eu exerce minha profissão

lá ela era direitinho eu e o outro professor que não me lembro quem era, a gente

tinha uma noção exata a gente tinha um trabalho conjunto entre os dois para

desenvolver o aluno. Mas só que as outras disciplinas não atuavam junto.”

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“... Eu acho que numa escola deveria ser trabalhada multidisciplinarmente a

Educação Física com as outras disciplinas co-objetivando desenvolver as atitudes

satisfatórias do aluno tanto da parte física quanto psicológica principalmente”...

“.... Bom a minhas expectativas foi negativa pelo seguinte:porque a gente, nós

professores, não podíamos cobrar muito, não podíamos dar muitas aulas com

exercícios, mais na parte recreativa, tudo recreação, voleibol, tênis de mesa e

sempre recreação não exigindo muito do aluno”

“... Professor [...], mas no Polivalente a coordenação era na realidade professores de

educação física e mesmo sendo professores de Educação Física. A frente da escola

é... não houve a proposta de uma grade curricular na Educação Física, que viesse

de encontro dos interesses das disciplinas e da Educação Física e dos professores”

A presente produção pedagógica encontra-se em fase inicial, deste

modo partimos para a aplicação do mesmo no CEP.Conforme proposta do

Programa PDE, considerando o aparato legal e as entrevista como embasamento

teórico na aplicação do mesmo, no intuito de resgatarmos as memórias dos

professores do Colégio Est. Polivalente, no período proposto. Consideramos as

memórias como experiências únicas, que perpassa pelo entendimento de que as

referidas estão atreladas a processos sociais interligados as condições dadas aos

indivíduos e suas classes sociais

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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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