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MINISTRIO DA JUSTIA DIRECO-GERAL DA ADMINISTRAO DA JUSTIA

CENTRO DE FORMAO DE OFICIAIS DE JUSTIA CENTRO DE FORMAO DE OFICIAIS DE JUSTIA

MARIA LEONOR ROMO MARIA LEONOR ROMOActttuallliizao doss Textttoss:: Ac u a iz ao dos Tex o s: Ac ua zao do Tex o

CRISTINA MENDES CRISTINA MENDES

FRIAS, FALTAS E LICENASCONCEIITO.. SUPORTE LEGAL,, REGIIME E EFEIITOS CONCE TO SUPORTE LEGAL REG ME E EFE TOS- DL n. 100/99, de 31 de Maro na redaco da Lei 117/99, 11 Agosto, DL 157/01, 11 Maio e demais legislao aplicvel

Abriill Ab r 2006 2006

DGAJ / CFOJ FRIAS, FALTAS E LICENAS

ndiceFicha n. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 Identificao Faltas por altura do casamento Licena por maternidade ou paternidade Faltas por nascimento Faltas para consultas - pr-natais, amamentao e aleitao Faltas por adopo Faltas para assistncia a netos Outras regalias para apoio a filhos menores de 12 anos ou com deficincia Faltas por falecimento de familiar Faltas por doena e por doena prolongada Faltas por acidente em servio incidente, acontecimento perigoso e doena profissional Faltas para reabilitao profissional Faltas para tratamento ambulatrio: realizao de consultas mdicas e exames complementares de diagnstico do prprio funcionrio Faltas para tratamento ambulatrio: realizao de consultas mdicas e exames complementares de diagnstico de familiares Faltas para assistncia a menores doentes ou filho com deficincia ou doena crnica Faltas para assistncia famlia Licena parental, licena especial e licena para assistncia a pessoa com deficincia ou doena crnica Faltas por isolamento profilctico Faltas ao abrigo do Estatuto do Trabalhador - Estudante Faltas dadas na situao de bolseiro ou equiparado Faltas para doao de sangue Faltas para socorrismo Faltas para cumprimento de obrigaes legais ou por imposio de autoridade Faltas por suspenso temporria da funo Faltas para prestao de provas de concurso Faltas por conta do perodo de frias Faltas com perda de vencimento Faltas por deslocao para outra secretaria judicial ou juzo Faltas por motivo no imputveis ao funcionrio ou agente Faltas por motivo de participao nos rgos dos estabelecimentos de ensino Faltas por motivo de participao em actos eleitorais Faltas injustificadas O direito a frias Licena sem vencimento at 90 dias Licena sem vencimento por um ano Licenas sem vencimento de longa durao Licena sem vencimento para acompanhamento do cnjuge colocado no estrangeiro Licena sem vencimento para exerccio de funes em organismos internacionais Sntese de diplomas Pgina 4 6 11 13 16 19 21 26 28 37 44 46 48 51 54 56 60 62 66 68 70 72 74 77 79 81 83 85 87 91 94 96 100 102 105 109 112 116

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FICHA - 1

FALTAS POR ALTURA DO CASAMENTO

CONCEITO Direito que o trabalhador tem de faltar, por altura do casamento.

SUPORTE LEGAL Decreto-Lei n. 100/99 de 31 de Maro de 1999 (artigo 22.)

REGIME O trabalhador tem direito a faltar por altura do casamento durante 11 dias teis seguidos. O exerccio desta faculdade depende da comunicao ao superior hierrquico com uma antecedncia mnima de 15 dias relativamente data em que pretende iniciar o perodo de faltas.

EFEITOS 1. Direito a frias No produzem quaisquer efeitos. Art. 22, do Dec.-Lei 100/99 de 31-03 2. Contagem da antiguidade No produzem quaisquer efeitos. Art. 22, do Dec.-Lei 100/99 de 31-03 3. Direito a aposentao No descontam como "tempo de servio" para este efeito. Art. 22, do Dec.-Lei 100/99 de 31-03 4. Direito ao vencimento No produzem quaisquer efeitos.

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Art. 22, do Dec.-Lei 100/99 de 31-03 5. Direito ao subsdio de frias No produzem quaisquer efeitos. Art. 22, do Dec.-Lei 100/99 de 31-03 6. Direito ao subsdio de Natal No produzem quaisquer efeitos. Art. 22, do Dec.-Lei 100/99 de 31-03 7. Direito ao subsdio de refeio Implicam a perda do subsdio de refeio, (n. 3 do art. 22.) Art. 22, do Dec.-Lei 100/99 de 31-03 8. Outros

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FICHA - 2

LICENA POR MATERNIDADE OU PATERNIDADE

CONCEITO Faltas dadas pela trabalhadora ou trabalhador no perodo de maternidade.

SUPORTE LEGAL Decreto-Lei n. 100/99, de 31 de Maro (artigo 23.). Lei n. 99/03, de 27 de Agosto, que aprova o CT (artigos 35. e 36.). Lei n. 35/04, de 29 de Julho, que regulamenta o Cdigo do Trabalho RCT (artigos 68. e 69.). Decreto-Lei n. 77/05, de 13 de Abril

LICENA POR MATERNIDADE

REGIME 1 Regime As trabalhadoras tm direito a no comparecer ao servio durante 120 dias no perodo de maternidade. Destes 120 dias, 90 devero ser gozados obrigatoriamente aps o parto, podendo os restantes ser gozados, total ou parcialmente, antes ou depois do parto (n. 1 do art. 35. do CT). Em caso de nascimentos mltiplos, o perodo de licena previsto acrescido de 30 dias por cada gmeo alm do primeiro (n. 2 do art. 35. do CT). A funcionria pode optar por uma licena superior em 25% prevista no primeiro pargrafo (n. 1 do art. 68. do RCT) mas para tal ter que informar o servio at 7 dias aps o parto (n. 2 do art. 68. RCT), tendo direito a 80% da remunerao durante a totalidade da licena por maternidade (art. 2. n. 2 do Dec-Lei n. 77/2005 de 13 de Abril).

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2. Gozo da licena antes do parto Para efeitos do gozo de licena por maternidade antes do parto, dever a trabalhadora informar o respectivo servio, sempre que possvel com a antecedncia mnima de 10 dias (salvo urgncia mdica devidamente comprovada) e apresentar atestado mdico que confirme a convenincia do gozo de parte da licena antes do parto e indique a data prevista para este (n. 4 e n. 5 do art. 68. do RCT). 3. Risco clnico (antes do parto) Em caso de situao de risco clnico para a trabalhadora ou para o nascituro impeditivo do exerccio de funes, independentemente do motivo que determine esse impedimento, a trabalhadora goza do direito de licena anterior ao parto, pelo perodo de tempo necessrio a prevenir o risco, fixado por prescrio mdica, sem prejuzo da licena por maternidade previsto no n. 1 do art. 35. do CT ( n. 3 do art. 35. do CT). 4. Internamento (a seguir ao parto) Em caso de internamento hospitalar da me ou da criana durante o perodo de licena a seguir ao parto, este perodo ser suspenso a pedido daquela, pelo tempo de durao do internamento (n. 5 do art. 35. do CT) mediante comunicao ao respectivo servio, acompanhada de declarao emitida por estabelecimento hospitalar (n. 6 do art. 68. do RCT). 5. Faltas por aborto Em caso de aborto expontneo, bem como nas situaes previstas no artigo 142. do Cdigo Penal, a mulher tem direito a licena com a durao mnima de 14 dias e mxima de 30 dias, sendo a graduao feita por prescrio mdica (n. 6 do art. 35. do CT). Nota: obrigatrio o gozo de, pelo menos, 6 semanas de licena por maternidade (n. 4 do art. 35. do CT).

Licena por paternidade O pai obrigado a gozar uma licena de 5 dias teis. Estes dias podem ser gozados seguida ou interpoladamente, no primeiro ms a seguir ao nascimento do filho. (ver ficha n. 3)

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O pai tem direito a uma licena por paternidade por perodo de durao igual quele a que a me teria direito nos seguintes casos: a) Incapacidade fsica ou psquica da me e enquanto esta se mantiver;

b) Morte da me; c) Deciso conjunta dos pais. (n. 2 do art. 36. do CT)

No caso das alneas a) e b) o funcionrio deve informar o respectivo servio e apresentar atestado mdico ou certido de bito conforme os casos logo que possvel e declarar qual o perodo da Licena por Maternidade gozado pela me (n. 2 do art. 69. do RCT). No caso da alnea b) (morte da me) o perodo mnimo assegurado ao pai de 30 dias (n. 3 do art. 36. do CT). No caso da alnea c) torna-se necessrio cumprir os seguintes requisitos: - O pai tem de comunicar esse facto ao respectivo servio com a antecedncia mnima de 10 dias; - A deciso deve constar de um documento escrito, que apresentado ao servio; - A me tem de gozar pelo menos 6 semanas de licena a seguir ao parto; - O pai tem de fazer a prova de que o servio da me foi informado da deciso conjunta; - Art. 69 n. 3 do RCT e art. 35 n. 4 do CT.

Nota: - A morte ou incapacidade fsica ou psquica da me no trabalhadora durante os 120 dias imediatamente posteriores ao parto conferem ao pai do recm-nascido, o direito a dispensa de trabalho at quele limite e nunca inferior a 30 dias (n. 4 do art. 36. do CT).

EFEITOS 1. Direito a frias No produzem quaisquer efeitos. Art. 50 al. a) do CT Art. 107. n. 1 do RCT 2. Contagem da antiguidade

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No produzem quaisquer efeitos Art. 50 al. a) do CT Art. 107. n. 1 do RCT

3. Direito aposentao No desconta como "tempo de servio" para este efeito. Art. 50 al. a) do CT Art. 107. n. 1 do RCT 4. Direito ao vencimento No produzem quaisquer efeitos. Art. 112. n. 1do RCT 5. Direito ao subsdio de frias No produzem quaisquer efeitos. Art. 50 al. a) do CT Art. 107. n. 1 do RCT 6. Direito ao subsdio de Natal No produzem quaisquer efeitos. Art. 50 al. a) do CT Art. 107. n. 1 do RCT 7. Direito ao subsdio de refeio No produzem quaisquer efeitos. Artigo 113. n. 1do RCT 8. Outros efeitos - O exerccio do direito licena por maternidade, paternidade... suspende o gozo de frias devendo os restantes dias de frias ser gozados aps o termo da licena, mesmo que tal se verifique no ano seguinte (alnea a) do n. 2 do art. 101. do RCT).

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- Os trabalhadores que devam aceitar a nomeao ou tomar posse de um lugar ou cargo durante o perodo de licena por maternidade, paternidade... f-lo-o quando esta terminar, produzindo aquele acto todos os efeitos, designadamente no que respeita ao vencimento e antiguidade, a partir da data da publicao do respectivo despacho de nomeao, (n. 2 do art. 107. do RCT). - O exerccio do direito licena por maternidade, paternidade... no prejudica o tempo j decorrido de qualquer estgio ou curso de formao, sem prejuzo do cumprimento pelo trabalhador do tempo em falta para o completar (alnea b) do n. 2 do art. 101. do RCT). - O exerccio do direito licena por maternidade, paternidade... adiam a prestao de provas para progresso na carreira profissional, as quais devem ter lugar aps o termo da licena (alnea c) do n. 2 do art. 101. do RCT). - O exerccio do direito ao gozo da licena por maternidade superior em 25% ao previsto no n. 1 do art. 35. do CT confere o direito recepo de 80% da remunerao durante a totalidade da licena (n. 2, do art. 2. do Decreto-Lei n. 77/05, de 13 de Abril).

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FICHA - 3

FALTAS POR NASCIMENTO

CONCEITO Faltas dadas pelo pai funcionrio por ocasio do nascimento de um filho.

SUPORTE LEGAL Lei n. 99/03, de 27 de Agosto, que aprova o Cdigo do Trabalho CT (n. 1 do artigo 36.) Lei n. 35/04, de 29 de Julho, que Regulamenta o Cdigo do Trabalho RCT (n. 1 do artigo 69.)

REGIME O Pai obrigado a gozar cinco (5) dias teis de faltas por ocasio do nascimento de um filho. Este perodo de faltas pode ser gozado seguido ou interpoladamente durante o primeiro ms a seguir ao nascimento (n. 1 do art. 36. do CT).

FORMALIDADES O funcionrio dever informar o servio com a antecedncia de cinco dias relativamente ao incio do perodo consecutivo ou interpolado de faltas. Em caso de urgncia comprovada dever faze-lo logo que possvel (n. 1 do art. 69. do RCT). A lei no exige a juno de meios de prova, podendo no entanto o Secretrio de Justia exigi-los, quando entender insuficiente a mera comunicao (n. 2 do art. 21. do Dec.-Lei n. 100/99, de 31/03).

EFEITOS 1. Direito a frias No produzem quaisquer efeitos.

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Art. 50 al. a) do CT Art. 107. n. 1 do RCT 2. Contagem da antiguidade No produzem quaisquer efeitos. Art. 50 al. a) do CT Art. 107. n. 1 do RCT 3. Direito aposentao No desconta como "tempo de servio" para este efeito. Art. 50 al. a) do CT Art. 107. n. 1 do RCT 4. Direito ao vencimento No produzem quaisquer efeitos. Art. 112. n. 1do RCT 5. Direito ao subsdio de frias No produzem quaisquer efeitos. Art. 50 al. a) do CT Art. 107. n. 1 do RCT 6. Direito ao subsdio de Natal No produzem quaisquer efeitos. Art. 50 al. a) do CT Art. 107. n. 1 do RCT 7. Direito ao subsdio de refeio No produzem quaisquer efeitos. Art. 113. n. 1do RCT

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FICHA - 4

FALTAS PARA CONSULTAS PR-NATAIS, AMAMENTAO E ALEITAO

CONCEITO Dispensa do trabalho concedida trabalhadora grvida e me que amamenta o filho, bem como ao pai ou me aquando da aleitao.

SUPORTE LEGAL Lei n. 99/03, de 27 de Agosto, que aprova o Cdigo do Trabalho CT (artigo 39.). Lei n. 35/04, de 29 de Julho, que Regulamenta o Cdigo do Trabalho RCT (artigo 72. e 73.).

CONSULTAS PR- NATAIS REGIME As trabalhadoras grvidas devem, sempre que possvel, obter as consultas prnatais fora das horas do funcionamento do servio ou organismo. (n. 1 do art. 72. do RCT) Quando a consulta s for possvel dentro do horrio de funcionamento do servio ou organismo, pode ser exigida trabalhadora a apresentao de documento comprovativo dessa circunstncia e da realizao da consulta ou declarao dos mesmos factos (n. 2 do art. 72. do RCT). A preparao para o parto equiparada a consulta pr-natal (n. 3 do art. 72. do RCT).

AMAMENTAO REGIME A me que comprovadamente amamenta o filho tem direito a ser dispensada em cada dia de trabalho por dois perodos distintos de durao mxima de 1 hora para o

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cumprimento dessa misso durante todo o tempo que durar a amamentao (n. 2 do art. 39. do CT). A dispensa para amamentao ser gozada em dois perodos distintos, com a durao mxima de uma hora cada um, salvo acordo entre a trabalhadora e o dirigente do servio que estabelea diferentemente (n. 3 do art. 73. do RCT). No caso de nascimentos mltiplos, a dispensa referida acrescida de mais 30 minutos por cada gmeo alm do primeiro (n. 4 do art. 73. do RCT). Para o exerccio do direito de ser dispensada, a trabalhadora dever comunicar ao respectivo dirigente, com a antecedncia de 10 dias relativamente ao incio da dispensa que amamenta o filho devendo apresentar atestado mdico aps o primeiro ano de vida da criana (n. 1 do art. 73. do RCT).

ALEITAO: REGIME A me ou o pai trabalhadores tm direito, por deciso conjunta, dispensa supra referida para a aleitao do filho e at este perfazer 1 ano (n. 3 do art. 39. do CT). A dispensa para a aleitao pode ser exercida pela me ou pelo pai trabalhadores, ou por ambos, conforme deciso conjunta, devendo para o efeito o funcionrio: - comunicar ao servio que aleita o filho, com a antecedncia de 10 dias relativamente ao incio da dispensa; - apresentar documento de que conste a deciso conjunta; - declarar qual o perodo de dispensa gozado pelo outro progenitor, sendo caso disso; - provar que o outro progenitor informou o respectivo servio da deciso conjunta. (n. 2 do art. 73. do RCT)

EFEITOS 1. Direito a frias No produzem quaisquer efeitos. Art. 50. n. 2 do CT. Art. 109. n. 1 do RCT. 2. Contagem da antiguidade No produzem quaisquer efeitos. Art. 50. n. 2 do CT. Art. 109. n. 1 do RCT.

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3. Direito aposentao No desconta como "tempo de servio" para este efeito. Art. 50. n. 2 do CT. Art. 109. n. 1 do RCT. 4. Direito ao vencimento No produzem quaisquer efeitos. Art. 50. n. 2 do CT. Art. 109. n. 1 do RCT. 5 Direito ao subsdio de frias No produzem quaisquer efeitos. Art. 50. n. 2 do CT. Art. 109. n. 1 do RCT. 6. Direito ao subsdio de Natal No produzem quaisquer efeitos. Art. 50. n. 2 do CT. Art. 109. n. 1 do RCT. 7. Direito ao subsdio de refeio No produzem quaisquer efeitos. Art. 50. n. 2 do CT. Art. 109. n. 1 do RCT. 8. Outros

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FICHA - 5

FALTAS POR ADOPOCONCEITO

Licena concedida ao trabalhador ou trabalhadora por motivo de adopo de criana menor de 15 anos, a iniciar a partir da confiana judicial ou administrativa a que se referem os diplomas legais que disciplinam o regime jurdico da adopo.

SUPORTE LEGAL Lei n. 99/03, de 27 de Agosto, que aprova o Cdigo do Trabalho CT (artigo 38.). Lei n. 35/04, de 29 de Julho, que Regulamenta o Cdigo do Trabalho RCT (artigo 71.).

REGIME

O candidato a adoptante tem direito a 100 dias consecutivos de licena para acompanhamento do menor, com incio a partir da confiana judicial ou administrativa (n. 1 do art. 38. do CT). No caso de adopes mltiplas, o perodo de licena acrescido de 30 dias por cada adopo alm da primeira (n. 1 do art. 71. do RCT). Quando a confiana administrativa consistir na confirmao da permanncia do menor a cargo do adoptante, este direito s pode ser exercido desde que a data em que a criana se encontra de facto a seu cargo, tenha ocorrido h menos de 100 dias e at data em que estes se completem (n.2 do art. 71. do RCT).

FORMALIDADES O funcionrio deve informar o servio do gozo da licena com 10 dias antecedncia ou em caso de urgncia comprovada, logo que possvel, fazendo a prova da confiana judicial ou administrativa do adoptando e da idade deste (n. 3 do art. 71. do RCT).

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Sendo dois os candidatos a adoptantes e ambos trabalhadores, a licena pode ser integralmente gozada por um deles ou por ambos, em tempo parcial ou em perodos sucessivos, conforme deciso conjunta (n.4 do art. 71. do RCT). Em qualquer dos casos o funcionrio deve: - Apresentar documento de que conste a deciso conjunta - Declarar qual o perodo de licena gozada pelo cnjuge, sendo caso disso - Provar que o seu cnjuge informou o respectivo empregador da deciso conjunta (n. 5 do art. 71. do RCT). A morte do funcionrio durante o gozo deste direito confere ao cnjuge o direito dispensa de trabalho por perodo de durao igual aquele a que o falecido ainda teria direito e no inferior a 14 dias, se o adoptado viver consigo em comunho de mesa e habitao (n.6 do art. 71. do RCT). No caso de internamento do funcionrio ou da criana durante o perodo de licena por adopo, este perodo ser suspenso pelo tempo de durao do internamento, mediante comunicao daquele ao respectivo servio acompanhada de declarao passada pelo estabelecimento hospitalar (n.7 do art. 71. do RCT). No confere direito a esta licena, a adopo de filho do cnjuge, ou de pessoa que com ele viva em unio de facto (n.8 do art. 71. do RCT).

EFEITOS 1. Direito a frias No produzem quaisquer efeitos. Art. 50. n1 alnea .c), do CT. Art. 107. n1. do RCT. 2. Contagem da antiguidade No produzem quaisquer efeitos. Art. 107. n1. do RCT. 3. Direito aposentao No desconta como "tempo de servio" para este efeito. Art. 50. n1 alnea .c), do CT. Art. 107. n1. do RCT. 4. Direito ao vencimento No produzem quaisquer efeitos. Art. 112. n. 1 do C T.17

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5. Direito ao subsdio de frias No produzem quaisquer efeitos. Art. 50. n1 alnea .c), do CT. Art. 107. n1. do RCT.

6. Direito ao subsdio de Natal No produzem quaisquer efeitos. Art. 50. n1 alnea .c), do CT. Art. 107. n1. do RCT. 7. Direito ao subsdio de refeio No produzem quaisquer efeitos. Art. 113. n1. do RCT. 8. Outros efeitos - O exerccio do direito licena por maternidade, paternidade ... suspende o gozo de frias devendo os restantes dias de frias ser gozados aps o termo da licena, mesmo que tal se verifique no ano seguinte (alnea a) do n. 2 do art. 101. do RCT). - Os trabalhadores que devam aceitar a nomeao ou tomar posse de um lugar ou cargo durante o perodo de licena por maternidade, paternidade ... f-lo-o quando esta terminar, produzindo aquele acto todos os efeitos, designadamente no que respeita ao vencimento e antiguidade, a partir da data da publicao do respectivo despacho de nomeao, (n. 2 do art. 107. do RCT). - O exerccio do direito licena por maternidade, paternidade ... no prejudica o tempo j decorrido de qualquer estgio ou curso de formao, sem prejuzo do cumprimento pelo trabalhador do tempo em falta para o completar (alnea b) do n. 2 do art. 101. do RCT). - O exerccio do direito licena por maternidade, paternidade ... adiam a prestao de provas para progresso na carreira profissional, as quais devem ter lugar aps o termo da licena (alnea c) do n. 2 do art. 101. do RCT).

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FICHA 6

FALTAS PARA ASSISTNCIA A NETOS

CONCEITO Ausncia ao servio por um perodo consecutivo at ao limite de 30 dias, a usufruir por funcionrios a seguir ao nascimento de netos que sejam filhos de adolescentes com idade at 16 anos desde que vivam em comunho de mesa e habitao.

SUPORTE LEGAL Lei n. 99/03, de 27 de Agosto, que aprova o Cdigo do Trabalho CT (artigo 41.). Lei n. 35/04, de 29 de Julho, que Regulamenta o Cdigo do Trabalho RCT (artigo 75.).

REGIME O funcionrio que pretenda usufruir deste direito deve informar o servio com a antecedncia mnima de 5 dias declarando que: - neto vive consigo em comunho de mesa e habitao; - neto filho de adolescente com idade inferior a 16 anos; - seu cnjuge exerce actividade profissional ou encontra-se fsica ou psiquicamente impossibilitado de cuidar do neto ou no vive com (art. 75. do n. 1 do RCT). Havendo dois titulares do direito estes podem gozar apenas um perodo de faltas. Este perodo ser gozado integralmente por um deles, ou por ambos em tempo parcial ou em perodos sucessivos, conforme deciso conjunta mediante a apresentao no servio: - o documento em que conste a deciso conjunta; - a prova de que o outro titular informou o servio da deciso conjunta (art. 75. do n. 2 e n. 3 do RCT).

EFEITOS

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1. Contagem da antiguidade No produzem quaisquer efeitos, por fora do art. 109. n. 3 do RCT que remete para o art. 107. do mesmo diploma. 2. Direito aposentao No desconta como "tempo de servio" para este efeito por fora do art. 109 n. 3 do RCT que remete para o art. 107. do mesmo diploma.. 3. Direito ao vencimento No produzem quaisquer efeitos, por fora do art. 109. n. 3 do RCT que remete para o art. 107. do mesmo diploma. 4. Direito ao subsdio de frias No produzem quaisquer efeitos, por fora do art. 109. n. 3 do RCT que remete para o art. 107. do mesmo diploma. 5. Direito ao subsdio de Natal No produzem quaisquer efeitos, por fora do art. 109. n. 3 do RCT que remete para o art. 107. do mesmo diploma. 6. Direito ao subsdio de refeio No produzem quaisquer efeitos, por fora do art. 109. n. 3 do RCT que remete para o art. 107. do mesmo diploma. 7. Outros efeitos - Os trabalhadores que devam aceitar a nomeao ou tomar posse de um lugar ou cargo durante o perodo de licena por maternidade, paternidade ... falo-o quando esta terminar, produzindo aquele acto todos os efeitos, designadamente no que respeita ao vencimento e antiguidade, a partir da data da publicao do respectivo despacho de nomeao, (n. 2 do art. 107. do RCT).

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FICHA - 7

OUTRAS REGALIAS PARA APOIO A FILHOS MENORES DE 12 ANOS OU COM DEFICINCIA

Horrio reduzido Trabalho a tempo parcial Jornada contnua Horrio flexvel

Horrio reduzido

SUPORTE LEGAL Lei n. 99/03, de 27 de Agosto, que aprova o Cdigo do Trabalho CT (artigo 37.). Lei n. 35/04, de 29 de Julho, que Regulamenta o Cdigo do Trabalho RCT (artigo 70. e n. 1 do artigo 82.).

REGIME O pai ou a me tm direito a condies especiais de trabalho, se o menor for portador de deficincia ou doena crnica (n.1 do art. 37. do CT). Este direito aplica-se com as necessrias adaptaes tutela, confiana judicial ou administrativa e adopo (n.2 do art. 37. do CT). A reduo de 5 horas semanais at a criana perfazer um ano (n.1 do art. 70. do RCT). Este direito pode ser utilizado pelo pai ou pela me ou por ambos em perodos sucessivos (n. 2 do art. 70. do RCT).

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O horrio de trabalho deve ser adequado preferncia do trabalhador salvo se outra soluo for imposta por exigncias imperiosas do servio (n. 4 do art. 70. do RCT). Para tal torna-se necessrio (n.3 do art. 70. do RCT). que o funcionrio comunique ao servio que pretende reduzir o perodo normal de trabalho com a antecedncia de 10 dias e ainda: Que o outro progenitor exerce actividade profissional ou est impedido ou inibido de exercer o poder paternal e sendo caso disso, que no exerce ao mesmo tempo esse direito; Que o funcionrio apresente atestado mdico comprovativo da deficincia ou da doena crnica da criana.

EFEITOS Esta reduo no implica a diminuio de qualquer direito (n. 1 do art. 82. do RCT).

Trabalho a Tempo Parcial

SUPORTE LEGAL Lei n. 99/03, de 27 de Agosto, que aprova o Cdigo do Trabalho CT (artigo 45.). Lei n. 35/04, de 29 de Julho, que Regulamenta o Cdigo do Trabalho RCT (artigo 111.). Decreto-Lei n. 259/98, de 18 de Agosto, artigo 11..

REGIME O trabalho a tempo parcial tem a durao de metade do horrio normal de trabalho e prestado diariamente, de manh ou de tarde ou em trs dias por semana conforme o pedido pelo funcionrio (n. 2 do art. 11. do Dec.-Lei n. 259/98).

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DGAJ / CFOJ FRIAS, FALTAS E LICENAS

Este regime de trabalho aplica-se a requerimento do interessado, de forma a no prejudicar o normal funcionamento dos servios, mediante acordo entre o funcionrio e o dirigente (n. 2 do art. 111. do RCT). Pode ser pedido por um perodo mnimo de 30 dias por quem tenha a seu cargo descendentes ou afins na linha recta descendente, adoptandos ou adoptados que desejem orientar directa e pessoalmente (alnea a) do n. 3 do art. 11. do Dec.-Lei n. 259/98). Sempre que o nmero de pretenses se revele comprovadamente comprometedora do normal funcionamento dos servios sero fixados o nmero e as condies em que sero deferidas as pretenses apresentadas. Quando no seja possvel aplicao do trabalho a tempo parcial, o funcionrio ser dispensado por uma s vez ou interpoladamente em cada semana em termos idnticos aos previstos na lei para frequncia de aulas no regime de trabalhador estudante (n. 4 do art. 111. do RCT).

EFEITOS O trabalho a meio tempo contar proporcionalmente, para todos os efeitos decorrentes da antiguidade (n. 7 do art. 11. do Dec.-Lei n. 259/98 de 18/8). A retribuio ser correspondente a 50% do que se encontrar fixado para a respectiva categoria (n. 7 do art. 11. do Dec.-Lei n. 259/98 de 18/8). O funcionrio neste regime gozar de todos os direitos, deveres e regalias dos restantes funcionrios incluindo o direito carreira (n. 7 do art. 11. do Dec.-Lei n. 259/98 de 18/8). vedado aos funcionrios com este regime de trabalho o trabalho extraordinrio (n. 8 do art. 11. do Dec.-Lei n. 259/98, de 18/8).

Jornada Contnua

SUPORTE LEGAL Decreto-Lei n. 259/98, de 18 de Agosto, artigo 19.. NOO A jornada contnua consiste na prestao ininterrupta de trabalho, salvo um perodo de descanso nunca superior a 30 minutos, que para todos os efeitos se considera tempo de trabalho (n. 1 do art. 19. do Dec.-Lei n. 259/98 de 18/8).

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Deve ocupar, predominantemente, um dos perodos do dia e determinar uma reduo do perodo normal de trabalho dirio nunca superior a uma hora, a fixar em regulamento interno dos servios (n. 2 do art. 19. do Dec-Lei n. 259/98 de 18/8). Pode ser requerida por funcionrios e agentes com descendentes, ou afins na linha recta descendente, adoptando ou adoptados a cargo com idade inferior a 12 anos ou que sejam portadores de deficincia e se encontrem em alguma das situaes previstas no art. 5. do Dec.-Lei n. 170/80 de 29 de Maio, (actualmente Dec.-Lei n. 133.-B/97, de 30/5), (n. 3 do art. 19. do Dec.-Lei n. 259/98 de 18/8).

Horrio flexvel ou horrio especfico

SUPORTE LEGAL Lei n. 99/03, de 27 de Agosto, que aprova o Cdigo do Trabalho CT (artigo 45.). Lei n. 35/04, de 29 de Julho, que Regulamenta o Cdigo do Trabalho RCT (artigo 111.). Decreto-Lei n. 259/98, de 18 de Agosto, artigo 16. e 22..

REGIME Pode aplicar-se nos casos em que: haja filhos adoptandos, adoptados ou filhos do cnjuge menores de 12 anos. ou independentemente da idade quando estes sejam deficientes nas condies do art. 5. do Dec-Lei n. 170/80 de 29/5 (actualmente arts. 7. e 8. do Dec-Lei n. 133.-B/97, de 30/5) (ver faltas para assistncia a menores doentes) Para o exerccio deste direito o funcionrio tem de o requerer. Os servios devem fixar a este funcionrio, sem prejuzo do cumprimento da durao semanal do trabalho, e com observncia do previsto na lei geral, horrio com a necessria flexibilidade e ajustados, na medida do possvel, ao acompanhamento das crianas (n. 2 do artigo 111. do RCT e n. 2 do artigo 22. do DL 259/98). O estabelecimento do horrio flexvel ser aplicado por forma a no perturbar o normal funcionamento dos servios mediante acordo entre o dirigente e os funcionrios interessados (n. 2 do artigo 111. do RCT).

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Sempre que o nmero de pretenses se revelar manifesta e comprovadamente comprometedora do normal funcionamento dos servios, fixar-se-o o nmero e condies em que sero deferidas as pretenses apresentadas (n. 3 do artigo 111. do RCT. Quando este regime no seja aplicado os funcionrios sero dispensados por uma s vez, ou interpoladamente, em cada semana, em termos idnticos aos previstos na lei para a frequncia de aulas no regime do trabalhador estudante (ver faltas ao abrigo do Estatuto do Trabalhador Estudante) (n. 4 do artigo 111. do RCT.).

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FICHA - 8

FALTAS POR FALECIMENTO DE FAMILIAR

CONCEITO Faltas ao servio dadas por motivo de falecimento de familiar.

SUPORTE LEGAL Decreto - Lei n. 100/99 de 31 de Maro (artigos 27. e 28.).

REGIME O trabalhador poder faltar: - At 5 dias seguidos em caso de falecimento do cnjuge ou da pessoa com quem viva em unio de facto h mais de dois anos, ou de parente ou afim no 1. grau da linha recta (pais, filhos, sogros, genros, noras, enteados, padrastos); e - At dois dias em caso de falecimento de familiar em qualquer outro grau da linha recta (bisavs, avs, netos e bisnetos seus ou do cnjuge) e nos 2. e 3. graus da linha colateral (irmos, tios e sobrinhos seus ou do cnjuge) (art. 27.). As faltas tm obrigatoriamente incio segundo a opo do interessado: - no dia do falecimento, - no dia em que dele se tomou conhecimento, - ou no dia da realizao da cerimnia fnebre e so utilizadas num nico perodo (n. 1 do art. 28.). O funcionrio deve participar a sua ausncia no prprio dia em que a mesma ocorra ou, excepcionalmente, no dia seguinte e deve justific-la por escrito logo que se apresente ao servio (n. 2 do art. 28.). EFEITOS 1. Direito a frias No produzem quaisquer efeitos.

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DGAJ / CFOJ FRIAS, FALTAS E LICENAS

2. Contagem da antiguidade No produzem quaisquer efeitos. 3. Direito aposentao No descontam como "tempo de servio" para este efeito. 4. Direito ao vencimento No produzem quaisquer efeitos. 5. Direito ao subsdio de frias No produzem quaisquer efeitos, 6. Direito ao subsdio de Natal No produzem quaisquer efeitos. 7. Direito ao subsdio de refeio O trabalhador no tem direito percepo do subsdio de refeio. Dec.-Lei n. 57-B/84, de 20/2 (alnea d) do n. 2 do art. 2.) e Dec.-Lei n. 100/99, de 31/3 (n. 3 do art. 28.) 8. Outros

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DGAJ / CFOJ FRIAS, FALTAS E LICENAS

FICHA - 9

FALTAS POR DOENA E POR DOENA PROLONGADA

CONCEITO Ausncia ao servio por motivo de doena devidamente comprovada (n. 1 do art. 29. do Dec.-Lei n. 100/99, de 31/3).

SUPORTE LEGAL Decreto-Lei n. 100/99, de 31 de Maro, na redaco dada pela Lei n. 117/99 de 11/8, (artigos 29. a 49.).

REGIME

1. Comunicao e comprovao da doena O funcionrio ou agente impedido de comparecer ao servio por motivo de doena deve, indicar o local onde se encontra (n. 3 do art. 30.); A doena deve ser comprovada mediante apresentao de atestado mdico ou declarao de doena passada por estabelecimento hospitalar, pblico ou privado ou centro de sade ou instituies destinadas reabilitao de toxicodependncia ou alcoolismo (n. 1 do art. 30.). O prazo para apresentao do documentos comprovativo da doena de 5 dias teis, contados nos termos do art. 72. do Cdigo do Procedimento Administrativo (n. 3 do art. 30.).

Artigo 72. do C.P.A: 1. contagem dos prazos e so aplicveis as seguintes regras: a) No se inclui na contagem o dia em que ocorrer o evento a partir do qual o prazo comea a correr;

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b) O prazo comea a correr independentemente de quaisquer formalidades e suspende-se nos sbados domingos e feriados; c) O termo do prazo que caia em dia em que o servio perante o qual deva ser praticado o acto no esteja aberto ao pblico ... transfere-se para o primeiro dia til seguinte. ... Os documentos comprovativos da doena podem ser entregues directamente nos servios ou enviados aos mesmos atravs de correio devidamente registado, relevando neste ltimo caso a data da expedio para efeitos do cumprimento do prazo de entrega (n. 5 do art. 30.).

2. Validade do documento comprovativo da doena. Cada atestado mdico ou declarao de doena vlido pelo perodo que o mdico indicar como durao previsvel da doena - esta indicao deve constar obrigatoriamente do documento - o qual no poder exceder 30 dias (art. 31., n. 4). Se a situao de doena se mantiver para alm do perodo previsto pelo mdico, deve ser entregue novo atestado ou declarao no prazo de cinco dias teis, contados nos termos do art. 72. do C.P.A. (art. 31., n. 5)

3. Formalidades dos documentos comprovativos da doena. O atestado mdico deve (art. 31., n. 1): - ser passado sob compromisso de honra; - indicar o nmero da cdula profissional do mdico; - indicar o nmero do bilhete de identidade do funcionrio; - indicar a impossibilidade de comparncia ao servio; - indicar a durao previsvel da doena; - conter a assinatura do mdico. A declarao de doena deve (art. 31., n. 2): - indicar o nmero do bilhete de identidade do funcionrio; - indicar a impossibilidade de comparncia ao servio; - indicar a durao previsvel da doena; - indicar se houve ou no lugar a internamento; - ser assinada pelo mdico; - ser devidamente autenticada.

4. Procedimento em caso de cessao de internamento Quando tiver havido lugar a internamento e este cessar, o funcionrio ou agente deve apresentar-se ao servio com o respectivo documento de alta.

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No caso de ainda no estar apto a regressar, deve comunicar esta impossibilidade ao servio (verbalmente ou por escrito) e apresentar documento comprovativo da doena juntamente com o documento da alta, no prazo de cinco dias teis. (art. 31., n. 3).

5. Doena ocorrida no estrangeiro Deve ser comunicado ao servio no prazo de 7 dias teis contados nos termos do art. 72. do C.P.A., pelo funcionrio, ou por interposta pessoa (art. 32., n. 1). Salvo a ocorrncia de motivos que o impossibilitem, os documentos comprovativos da doena devem, neste caso, ser visados pela autoridade competente da misso diplomtica ou consular da rea onde o funcionrio se encontra doente e entregues ou enviados ao tribunal no prazo de 20 dias teis contados nos termos do art. 72. do C.P.A. (art. 32., n. 2) Em caso de envio pelo correio devidamente registado, releva a data da respectiva expedio (art. 32., n. 3). A falta de comunicao ou da entrega dos documentos comprovativos da doena implica (se no for devidamente fundamentada) e injustificao das faltas dadas at data de recepo de comunicao ou da entrada dos documentos respectivamente (n. 4 do ar.t 32).

6. Verificao domiciliria da doena Salvo em caso de internamento, de atestado mdico passado nos termos do n. 2 do art. 30. e de doena ocorrida no estrangeiro, pode o Sr. Secretrio, se assim o entender, solicitar a verificao domiciliria (art. 33., n. 1). Nota: Quando a doena no implicar a permanncia no domiclio o documento comprovativo deve conter referncia a esse facto (n. 2 do art. 33.) e o funcionrio deve fazer acompanhar este documento de uma declarao donde conste a indicao dos dias e das horas a que pode ser efectuada a verificao domiciliria, num mnimo de 3 dias por semana e de dois perodos de duas horas e meia cada entre as 9h e as 19 horas. Entidades competentes para a verificao domiciliria da doena: - Pela ADSE nas zonas definidas por portaria do Ministrio das Finanas (Portaria n. 118/96 de 16/4). (art. 34.). - Fora dessa zona pelas autoridades sanitrias da rea da sua residncia habitual ou daquela em que ele se encontre doente (art. 35.).

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6.1. As faltas dadas sero tidas como injustificadas se: - O funcionrio no for encontrado no seu domiclio ou no local onde tiver indicado estar doente e no justificar a sua ausncia mediante apresentao de meios de prova adequados, no prazo de dois dias teis a contar do conhecimento do facto, que lhe ser transmitido por carta registada com aviso de recepo (art. 33., n. 4) ; - O parecer do mdico competente para a inspeco domiciliria for negativo, a partir do dia seguinte ao da comunicao do resultado da inspeco feita atravs de carta registada com aviso de recepo e at ao momento em que o funcionrio se apresente ao servio (art. 33., n. 5).

7. Interveno da junta mdica Com excepo dos casos de internamento, bem como daqueles em que o funcionrio se encontra doente no estrangeiro, h lugar interveno da junta mdica quando: A - O funcionrio tenha atingido o limite de 60 dias consecutivos de faltas por doena e no se encontre apto a regressar ao servio (al. a) do art. 36.). B - A actuao do funcionrio indicie em matria de faltas um comportamento fraudulento (al. b) do art. 36.). - este pedido deve ser fundamentado (n. 2 do art. 36.). C - Quando o comportamento do funcionrio indiciar perturbao psquica que comprometa o normal desempenho das suas funes (art. 39.).

8. Procedimento em caso de doena superior a 60 dias Neste caso o servio de que dependa o funcionrio, deve nos 5 dias imediatamente anteriores data em que se completarem os 60 dias consecutivos de faltas por doena, notific-lo para se apresentar junta mdica (art. 37., n. 1). dispensada a interveno da junta mdica nos casos em que o funcionrio ou agente se encontre internado ou doente no estrangeiro. Se a junta mdica considerar o funcionrio apto para regressar ao servio, so consideradas justificados por doena as faltas dadas no perodo de tempo que mediar entre o termo dos 60 dias e o parecer da junta.

Solicitada a submisso junta mdica, o funcionrio pode apresentar-se ao servio antes que tal se tenha verificado (n. 1 do art. 41.).

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Para tal o funcionrio tem que entregar nos servios um atestado mdico que o considere apto a retomar a actividade, sem prejuzo de posterior apresentao junta mdica (art. 43., n. 1).

9. Procedimento perante perturbao psquica do funcionrio Quando o comportamento do funcionrio indiciar perturbao que comprometa o normal desempenho das suas funes deve o oficial de justia que chefiar a secretaria, solicitar ao Director-Geral da Administrao da Justia que o funcionrio seja submetido junta mdica mesmo nos casos em que o funcionrio se encontre em exerccio de funes (art. 39., n. 1). O funcionrio nesta situao pode, se o entender conveniente, indicar o seu mdico assistente para integrar a junta mdica (art. 39., n. 3). O funcionrio mandado apresentar junta mdica nos termos do art. 39., que a ela no comparea, considerado na situao de faltas injustificadas a partir da data em que a mesma deveria realizar-se, salvo se a no comparncia for devidamente justificada perante o servio de que depende, no prazo de dois dias teis a contar da data da no comparncia (art. 41., n. 3).

Nota extrada do oficio circular n. 7 de 11/12/92: Nos casos em que o funcionrio se apresente entre o 55. e o 60. dia de doena inviabilizando deste modo a sua apresentao junta mdica, e volte a adoecer pouco tempo depois, ou em caso de frequentes faltas por doena interpoladas, devem os Srs. Secretrios, consoante entendam por mais adequado mand-lo submeter junta mdica da ADSE ao abrigo da alnea b) do art. 36. do Dec.-Lei n. 100/99 de 31/03 - indcio de comportamento fraudulento - ou solicitar ao Sr. Director-Geral da Administrao da Justia que, nos termos do art. 39. do mesmo diploma, e por motivo de perturbao psquica que comprometa o normal desempenho de funes, mande submet-lo mesma junta mdica. [Foi feita a correspondncia dos artigos]

10. Endereo do pedido de submisso junta mdica: Consoante a localidade em que o funcionrio se encontre doente, os pedidos de apresentao junta mdica devem ser dirigidos s seguintes seces: - Seco de Lisboa - Pavilho anexo do Hospital Jlio de Matos, Av. do Brasil, 1700 Lisboa: Para os distritos de Lisboa, Castelo Branco, Santarm e Setbal. - Seco do Norte - Governo Civil, R. Augusto Rosa, 4000 Porto: Para os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real e Bragana. - Seco do Centro - Governo Civil, Couraa da Estrela, 3000 Coimbra:32

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Para os distritos de Aveiro, Coimbra, Viseu, Guarda e Leiria. - Seco do Sul - Governo Civil, R. Francisco S. Lusitano, 7000 vora: Para os distritos de Beja, vora, Portalegre e Faro.

11. Impresso: O pedido deve ser efectuado atravs de impresso normalizado n. 1247, exclusivo da Imprensa Nacional Casa da Moeda.

- Instrues de preenchimento: No caso da doena que tenha atingido os 60 dias deve ser assinalada a referncia alnea a) do art. 36.. O tempo de servio pode ser indicado com referncia ltima lista de antiguidade divulgado pela DGSJ, mencionando-se a data a que se reporta essa lista. Se o oficial de justia que se encontra a chefiar a secretaria no dispuser de elementos que lhe permitam indicar as faltas dadas no ano a que respeita o pedido de submisso junta ou no ano anterior, dever solicitar previamente essa indicao DGSJ, pelo meio mais rpido, designadamente por Telefax.

12. Documentao a levar junta mdica: O funcionrio que se encontrar a chefiar a secretaria ter que informar os funcionrios doentes de que estes devem obter um relatrio circunstanciado e actualizado sobre a sua situao clinica, devidamente documentado com elementos auxiliares de diagnstico, que tero de apresentar aquando da sua deslocao junta mdica (art. 9. do Dec. Reg. n. 41/90, de 29/11). - Documentos a remeter DGAJ: Quando da comunicao mensal das faltas DGAJ, deve o oficial de justia que se encontra a chefiar a secretaria anexar cpia do parecer da junta mdica.

13. Apresentao ao servio aps os 60 dias de faltas consecutivas O funcionrio que, por ter atingido o limite dos 60 dias consecutivos de doena e no se encontre apto a regressar ao servio, deva ser submetido junta mdica, ou o funcionrio que se encontre na situao de faltas concedidas pela junta mdica (entre juntas mdicas) pode apresentar-se ao servio antes de se submeter junta, se apresentar um atestado mdico que o considere apto a retomar a actividade sem prejuzo da posterior apresentao devida junta mdica (n. 1 do art. 41. e art. 43.).

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14. Impossibilidade de comparncia junta mdica:

Se, por motivo de doena, o funcionrio estiver impossibilitado de comparecer no local de reunio da junta mdica, deve comunicar o facto seco da junta que o tiver convocado, e ser observado no seu domiclio ou no local onde tiver indicado estar doente por um dos mdicos membros da junta. Qualquer outro impedimento do funcionrio doente deve ser comunicado e comprovado por qualquer outro meio idneo em direito. A no aceitao da justificao da falta de comparncia junta mdica implica a injustificao das faltas dadas (art. 10. do Dec. Reg. n. 41/90 de 29/11).

15. Falta de comparncia junta mdica:

A no comparncia junta mdica sem motivo justificado, implica que sejam injustificadas as faltas dadas desde o termo do perodo de faltas anteriormente concedido (n. 2 do art. 41.).

16. Doena superior a 18 meses

A junta pode justificar faltas por doena dos funcionrios por sucessivos perodos de 30 dias at ao limite de 18 meses (art. 38., n. 1). Findo o limite de 18 meses na situao de faltas por doena (contados nos termos do art. 44.), o funcionrio pode requerer: - No prazo de 30 dias e atravs do tribunal, a sua apresentao junta mdica da Caixa Geral de Aposentaes, desde que reuna as condies mnimas para a aposentao (art. 47., n. 1, al. a)); - nosso entendimento, que dentro do mesmo prazo de 30 dias, o funcionrio poder ainda requerer a passagem a situao de licena sem vencimento at 90 dias, por um ano ou de longa durao, independentemente do tempo de servio prestado (art. 47., n. 1, al. b)).

Nota: O funcionrio que no reunir as condies mnimas para a aposentao (5 anos de servio, por fora do art. 37. do Dec.-Lei n. 498/72) deve ser notificado pelo servio para, no dia imediato ao da notificao, retomar o exerccio de funes, sob pena de34

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passar automaticamente a situao de licena sem vencimento de longa durao (art. 47., n. 4).

17. Faltas por doena prolongada Relativamente ao elenco de doenas incapacitantes que foram definidas por despacho conjunto dos Ministros das Finanas e da Sade, publicado no DR, II de 22.09.89, o funcionrio ter direito a prorrogao por mais 18 meses, do prazo mximo de ausncias por doena (art. 49., n. 1). Estas faltas dadas por doenas incapacitantes constantes do referido despacho no descontam para efeitos de antiguidade, promoo ou progresso (n. 4 do art. 49.).

EFEITOS 1. Direito a frias As faltas por doena no descontam no direito a frias. As frias so interrompidas por doena, situao a que se aplica, com as necessrias adaptaes, o regime de faltas por doena (art. 10., n. 2). Os restantes dias de frias sero gozados em momento a acordar com o secretrio de justia, ouvido o magistrado competente, at ao termo do ano civil imediato (art. 10. n. 4, e art. 7., n. 1 do Dec.-Lei n. 376/87, de 11/12). (No caso concreto das secretarias judiciais, haver toda a convenincia em faz-las coincidir com outro perodo de frias judiciais). 2. Contagem da antiguidade As faltas por doena descontam na antiguidade para efeitos da carreira quando ultrapassem 30 dias seguidos ou interpelados em cada ano civil (art. 29. n. 3). Nota: No se verifica o desconto na antiguidade nas faltas por doena dadas por funcionrio deficiente quando estas sejam decorrentes da prpria deficincia (n. 4 do art. 29.). 3. Direito aposentao No descontam como "tempo de servio" para este efeito.

4. Direito ao vencimento Salvo em caso de internamento as faltas por doena determinam a perda do vencimento de exerccio nos primeiros 30 dias de ausncia seguidos ou interpelados, em cada ano civil. (n. 2 do art. 29.). O Director-Geral dos Administrao da Justia pode autorizar a requerimento do interessado, o abono de vencimento perdido, tendo em conta a assiduidade e o mrito35

DGAJ / CFOJ FRIAS, FALTAS E LICENAS

evidenciado no desempenho de funes nomeadamente atravs da ltima classificao de servio (n. 6 do art. 29.). Nota: Ateno Circular n. 32, de 22/10/99. 5. Direito ao subsdio de frias No produzem quaisquer efeitos. Dec.-Lei n. 496/80, de 20/10 Dec.-Lei n. 389/80, de 31/12 6. Direito ao subsdio de Natal No produzem qualquer efeito. Dec.-Lei n. 496/80, de 20/10 Dec.-Lei n. 389/80, de 31/12 7. Direito ao subsdio de refeio O funcionrio no tem direito percepo do subsdio de refeio enquanto se mantiver a faltar por doena. Dec.-Lei n. 100/99, de 31/03 (art. 29., n. 5). 8. Outros

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FICHA - 10

FALTAS POR: ACIDENTE EM SERVIO INCIDENTE ACONTECIMENTO PERIGOSO E DOENA PROFISSIONAL

CONCEITOS DO DIPLOMA Acidente em servio - O acidente de trabalho que se verifique no decurso da prestao de trabalho (caracterizao art.s 284., 285. do Dec.-Lei n. 99/03, de 27 de Agosto. Incidente - Todo o evento que afecta determinado trabalhador, no decurso do trabalho ou com ele relacionado, de que no resultem leses corporais diagnosticadas de imediato, ou em que estas s necessitem de primeiros socorros. Acontecimento perigoso - Todo o evento que, sendo facilmente reconhecido, possa constituir risco de acidente ou de doena para os trabalhadores, no decurso do trabalho, ou para a populao em geral. Doena profissional - As constantes da lista publicada no D.R. n. 230, I Srie, de 30/9/93, e as leses, perturbaes funcionais ou doenas que sejam consequncia necessria e directa da actividade exercida pelo trabalhador e no represente normal desgaste do organismo.

CONCEITO DE FALTA Faltas dadas em caso de incapacidade temporria absoluta motivadas por acidente em servio, incidente, acontecimento perigoso ou doena profissional. Consideram-se ainda motivadas por acidente em servio (n. 5 e n. 6 art. 19. do Dec.-Lei n. 503/99) e doena profissional (n. 4 do art. 30. do Dec.-Lei n. 503/99) desde que devidamente comprovadas: - As faltas para realizao de quaisquer exames mdicos com vista qualificao do acidente ou da doena profissional; As faltas para tratamento;

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- As faltas para manuteno, substituio ou reparao de prteses e ortteses (a que se refere o art. 13. do Dec.-Lei n. 503/99); - As faltas ocorridas at qualificao do acidente (nos termos do n. 7 do art. 7. do Dec.-Lei n. 503/99); - As faltas no consecutivas, medicamente atestadas, como tendo origem em doena profissional participada nos termos do art. 27. do Dec.-Lei n. 503/99 dadas at concluso do processo; - As faltas ocorridas entre o requerimento e o reconhecimento da recidiva, agravamento ou recada (previsto no art. 24. e n. 4 do art. 30. do Dec.-Lei n. 503/99) ; - As faltas para comparncia a actos judiciais, desde que devidamente comprovados.

Nota: No caso da doena profissional o Centro Nacional deve certificar, sempre que possvel, quais os perodos de faltas anteriores ao diagnstico presuntivo, que foram determinados pela doena profissional.

SUPORTE LEGAL Decreto-Lei n. 503/99, de 20 de Novembro; Lei n. 99/03, de 28 de Agosto (artigos 284., 285., 286., 287., 290. e 291.); Decreto-Lei n. 100/99, de 31 de Maro, na redaco dada pela Lei n. 117/99 de 11 de Agosto (artigo 50.).

REGIME (Dec.-Lei n. 503/99) 1 - Ocorrido o acidente, incidente, o acontecimento perigoso ou a doena profissional, o funcionrio por si ou por interposta pessoa deve participar esse facto ao Secretrio de Justia, por escrito ou verbalmente, no prazo de dois dias teis (art. 8., n.s 1, 4 e 5 e art. 27.) A participao por escrito, em caso de acidente, incidente ou acontecimento perigoso deve em princpio ser feita mediante utilizao de impresso prprio fornecido pela DGSJ.

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No caso de doena profissional a participao feita atravs de cpia da participao mdica ao Centro Nacional ou por declarao ou atestado mdico do qual conste o diagnstico presuntivo (art. 27.) Se por motivo do prprio acidente o prazo de dois dias no puder ser cumprido este contar-se- a partir da cessao do impedimento (n. 3, art. 8.). No caso de incidente ou acontecimento perigoso, o referido prazo conta-se as partir da comprovao clnica da respectiva leso corporal, perturbao funcional ou doena (n. 6 do art. 8.) No caso de doena profissional o prazo referido conta-se da data da participao mdica ao Centro Nacional ou da emisso de documento mdico nos termos do n. 1 do art. 27.

2 - O Secretrio de Justia deve: - Participar no impresso referido em "1" Direco-Geral da Administrao da Justia os acidentes ou incidentes bem como os acontecimentos perigosos ocorridos com os seus funcionrios no prazo de um dia til a contar da data em que dos mesmos teve conhecimento (n. 1, art. 9.) - Garantir ao sinistrado a prestao imediata dos primeiros socorros e adequado transporte para o hospital ou outro servio de sade onde possa receber tratamento (n. 2, art. 10.) - Fornecer o boletim de acompanhamento mdico ao funcionrio ou entidade prestadora de assistncia mdica (art. 12.)

A QUALIFICAO DO ACIDENTE COMO ACIDENTE EM SERVIO A qualificao do acidente como acidente em servio compete ao Director-Geral da Administrao da Justia (ponto 20 do Mapa II, anexo Lei n. 49/99 de 22 de Junho) O prazo mximo para a deciso de 30 dias consecutivos, contados: Da data em que do mesmo teve conhecimento ou

- Da data em que se comprovou a existncia do nexo de causalidade (caso dos incidentes ou acontecimentos perigosos), podendo, no entanto, este prazo ser prorrogado excepcionalmente em casos devidamente fundamentados (n. 8, art. 7.).

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A QUALIFICAO DA DOENA COMO DOENA PROFISSIONAL O diagnstico e a caracterizao como doena profissional, da responsabilidade dos servios mdicos do Centro Nacional (art. 26., n. 1) (Centro Nacional de Proteco contra os Riscos Profissionais).

A JUSTIFICAO DAS FALTAS 1. As faltas por acidente em servio devem ser justificadas no prazo de cinco dias teis, a contar do primeiro dia de ausncia do servio, mediante a apresentao de: - Declarao emitida pelo mdico que o assistiu ou por estabelecimento de sade, quando ao sinistrado tenham sido prestados cuidados que no determinem incapacidade para o exerccio de funes por perodo superior a 3 dias; Boletim de acompanhamento mdico nos restantes casos (art. 19., n. 2).

2. As faltas com fundamento em doena profissional devem ser justificadas no prazo de cinco dias teis, a contar do primeiro dia de ausncia do servio, mediante a apresentao de: Cpia da participao ao Centro Nacional referida no art. 27. ou

- At sua apresentao, declarao ou atestado mdico com o diagnstico presuntivo (n. 2 do art. 30.); - As faltas subsequentes so justificadas mediante apresentao do Boletim de Acompanhamento Mdico (n. 3 do art. 30.). Nota: No caso de o estado de sade do funcionrio ou de outra circunstncia, devidamente comprovada, no permitir o cumprimento daquele prazo, este contar-se- a partir da cessao do impedimento (n. 3 do art. 19. e n. 1 do art. 30.).

JUNTA MDICA DA ADSE 1. Haver lugar junta mdica, no caso de faltas motivadas por acidente em servio: (n. 4 do art. 19.) - Quando a ausncia ao servio exceder os 90 dias consecutivos, para justificao das faltas subsequentes;

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DGAJ / CFOJ FRIAS, FALTAS E LICENAS

- Sempre que o servio o julgue conveniente, para verificao do estado de sade do funcionrio. Da deciso da junta mdica da ADSE cabe recurso para nova junta (junta de recurso) mediante requerimento fundamentado com parecer mdico, no prazo de 10 dias teis a contar da notificao daquela deciso (n. 1, art. 22.).

2. Haver lugar junta mdica, no caso de faltas motivadas por doena profissional: (n. 7 do art. 30.) Quando a ausncia ao servio exceder 18 meses Nota: Para efeitos do limite de 18 meses contam-se todas as faltas, seguidas ou interpoladas quando entre elas no se verificar um intervalo superior a 30 dias, excluindo o perodo de frias.

O REGRESSO AO SERVIO O funcionrio dever regressar ao servio no primeiro dia til a seguir alta. A alta dada no Boletim de Acompanhamento Mdico. A alta dada pelo mdico assistente ou pela junta mdica, conforme os casos, quando o funcionrio for considerado: - Clinicamente curado ou as leses ou a doena se apresentarem insusceptveis de modificao com teraputica adequada.

Nota: No caso de alta dada pelo mdico assistente, o funcionrio pode requerer ao servio (se no se considerar em condies de regressar) a sua apresentao junta mdica da ADSE (n. 2 do art. 20.). Esta dever realizar-se no prazo mximo de 15 dias teis, considerando-se justificadas as faltas dadas at sua realizao. O parecer desta junta comunicado ao interessado pessoalmente e ao servio pela via mais expedita no prazo de dois dias teis (n. 3 do art. 20.). APS A ALTA:

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DGAJ / CFOJ FRIAS, FALTAS E LICENAS

1 - Se a ausncia tiver sido superior a 30 dias consecutivos o funcionrio deve ser examinado por mdico de trabalho para confirmao da sua: Aptido; Inaptido temporria; (1) Incapacidade permanente. (2)(1) (2)

- Neste caso deve ser presente junta mdica da ADSE. - Neste caso deve ser presente junta mdica da CGA, sem prejuzo do direito da reclassificao ou converso profissional (n. 4, art. 20.).

2 - Se ao funcionrio for reconhecido: Uma incapacidade permanente ou Se a incapacidade temporria exceder os 36 meses seguidos ou interpolados, deve este ser presente junta mdica da Caixa Geral de Aposentaes para confirmar ou verificar a incapacidade permanente e avaliar o grau de desvalorizao (n. 5, art. 20.) 3 - Caso no lhe tenha sido reconhecida uma incapacidade permanente, o funcionrio pode sempre requerer no prazo de 90 dias a sua apresentao Caixa Geral de Aposentaes com vista ao reconhecimento dessa incapacidade permanente (n. 6 do art. 20. e n. 11 do art. 30.).

A RECIDIVA NO ACIDENTE EM SERVIO No prazo de 10 anos a contar da alta e em caso de recidiva, agravamento ou recada, o funcionrio deve apresentar entidade empregadora um requerimento fundamentado com parecer mdico a solicitar a sua apresentao junta mdica da ADSE. Caso o parecer da junta mdica reconhea que houve recidiva, agravamento ou recada tal facto, determinar a reabertura do processo que seguir com as necessrias adaptaes, os trmites previstos para o acidente em servio (art. 24.)

EFEITOS 1. Direito a frias No produzem quaisquer efeitos - n. 1 do art. 19. do Dec.-Lei n. 503/99 de 20/11 e art. 50. do Dec.-Lei n. 100/99 de 31/03, na redaco dada pela Lei n. 117/99 de 11/08. 2. Contagem da antiguidade

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No produzem quaisquer efeitos (art. 50. do Dec.-Lei n. 100/99 de 31/3, na redaco dada pela Lei n. 117/95 de 11/8). 3. Direito aposentao No descontam como "tempo de servio" para este efeito. n. 1 do art. 19. do Dec.-Lei n. 503/99 de 20/11 e art. 50. do Dec.-Lei n. 100/99 de 31/03, na redaco dada pela Lei n. 117/99 de 11/08. 4. Direito ao vencimento No produzem quaisquer efeitos. n. 1 do art. 19. do Dec.-Lei n. 503/99 de 20/11 e art. 50. do Dec.-Lei n. 100/99 de 31/03, na redaco dada pela Lei n. 117/99 de 11/08. 5. Direito ao subsdio de frias No produzem quaisquer efeitos. n. 1 do art. 19. do Dec.-Lei n. 503/99 de 20/11 e art. 50. do Dec.-Lei n. 100/99 de 31/03, na redaco dada pela Lei n. 117/99 de 11/08. 6. Direito ao subsdio de Natal No produzem quaisquer efeitos. n. 1 do art. 19. do Dec.-Lei n. 503/99 de 20/11 e art. 50. do Dec.-Lei n. 100/99 de 31/03, na redaco dada pela Lei n. 117/99 de 11/08. 7. Direito ao subsdio de refeio No produzem quaisquer efeitos. N. 1 do art. 19. do Dec.-Lei n. 503/99 de 20/11 e Art. 50. do Dec.-Lei n. 100/99 de 31/03, na redaco dada pela Lei n. 117/99 de 11/08. 8. Outros: Os trabalhadores tm direito, independentemente do respectivo tempo de servio, reparao em espcie e em dinheiro dos danos resultantes de acidente em servio e de doenas profissionais (art. 4.).

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FICHA - 11

FALTAS PARA REABILITAO PROFISSIONAL

CONCEITO Faltas dadas pelo funcionrio que, por doena ou acidente em servio ou doena profissional foi considerado incapaz para o exerccio das suas funes pela junta mdica, mas apto para o desempenho de outras, enquanto decorrer o processo de reconverso ou reclassificao profissional.

SUPORTE LEGAL Decreto-Lei n. 100/99, de 31 de Maro (artigo 51.).

REGIME

At ao termo do prazo de 18 meses de faltas por doena, ou de 36 meses, (nos casos do art. 49.) o funcionrio julgado pela junta mdica incapaz para o exerccio das suas funes, mas apto para o desempenho de outras, dever apresentar requerimento para reconverso ou reclassificao profissional (art. 51., n. 2, do Dec.-Lei. n. 100/99, de 31/03). O funcionrio sinistrado por acidente em servio ou por doena profissional deve apresentar esse requerimento at ao termo do prazo de 36 meses a que se refere o n. 5 do art. 20. do Dec.-Lei n. 503/99, de 20/11. Enquanto decorrer o processo de reconverso ou reclassificao profissional, o funcionrio ou agente encontra-se em regime de faltas para reabilitao profissional (art. 51., n. 5). O perodo de faltas para reabilitao profissional tem a durao inicial de 6 meses e pode ser prorrogado por duas vezes, por perodos no superiores a 3 meses (art. 51., n. 6).

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DGAJ / CFOJ FRIAS, FALTAS E LICENAS

EFEITOS 1. Direito a frias No produzem quaisquer efeitos. Dec.-Lei n. 100/99, art. 13., n. 1. 2. Contagem da antiguidade Com excepo das situaes de internamento as faltas para reabilitao profissional, descontam na antiguidade para efeitos de carreira quando ultrapassem 30 dias seguidos ou interpolados em cada ano civil (art. 51., n. 7). 3. Direito aposentao Descontam como "tempo de servio" para este efeito, nos mesmos termos em que descontam para a antiguidade. 4. Direito ao vencimento No produzem quaisquer efeitos (art. 51., n. 7) 5. Direito ao subsdio de frias No produzem quaisquer efeitos. 6. Direito ao subsdio de Natal No produzem quaisquer efeitos. 7. Direito ao subsdio de refeio O trabalhador no tem direito percepo do subsdio de refeio. Dec.-Lei n. 100/99, de 31/3 (art. 51., n. 7). 8. Outros

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FICHA- 12

FALTAS PARA TRATAMENTO AMBULATRIO REALIZAO DE CONSULTAS MDICAS E EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNSTICO DO PRPRIO FUNCIONRIO

CONCEITO Ausncia do funcionrio durante o perodo normal de trabalho pelo tempo necessrio para receber tratamento ambulatrio de que carea por doena, deficincia, acidente em servio, ou para realizao de consultas mdicas e exames complementares de diagnstico.

SUPORTE LEGAL Decreto-Lei. n. 100/99, de 31 de Maro (artigo 52.).

REGIME O funcionrio s dever beneficiar deste regime se o tratamento, a consulta, ou o exame mdico no puderem efectuar-se fora do perodo normal de trabalho. Para efeito de tratamento ambulatrio: deve apresentar declarao passada por mdico, ou por estabelecimento hospitalar pblico ou privado, ou centro de sade, a qual deve indicar a necessidade de ausncia ao servio para tratamento ambulatrio e os termos em que se processar o tratamento. Por cada ausncia para tratamento, consulta ou exame mdico, o funcionrio tem de apresentar no servio documento comprovativo da sua presena no local de realizao do tratamento, consulta ou exame mdico. As horas utilizadas so convertidas atravs da respectiva soma em dias completos de faltas.

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EFEITOS 1. Direito a frias No produzem quaisquer efeitos Dec.-Lei. n. 100/99, de 31/3 (art. 13., n. 1) 2. Contagem da antiguidade No produzem quaisquer efeitos (art. 52., n. 4) 3. Direito aposentao No descontam como "tempo de servio" para este efeito. (art. 52., n. 4) 4. Direito ao vencimento No produzem quaisquer efeitos. (art. 52., n. 4) 5. Direito ao subsdio de frias No produzem quaisquer efeitos. (art. 52., n. 4) 6. Direito ao subsdio de Natal No produzem quaisquer efeitos. (art. 52., n. 4) 7. Direito ao subsdio de refeio No produzem quaisquer efeitos. (art. 52., n. 4) 8. Outros

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FICHA - 13

FALTAS PARA TRATAMENTO AMBULATRIO, REALIZAO DE CONSULTAS MDICAS E EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNSTICO DE FAMILIARES

CONCEITO Ausncia do funcionrio durante o perodo normal de trabalho pelo tempo necessrio para prestar assistncia imprescindvel ao cnjuge, ascendentes, descendentes e afins na linha recta que caream de tratamento ambulatrio, consultas mdicas ou exames complementares de diagnstico.

SUPORTE LEGAL Decreto-Lei n. 100/99, de 31 de Maro (artigo 53.) Lei n. 35/04 de 29 de Julho (artigos 109. n. 2, 112. n. 5 e 113. n. 3)

REGIME O funcionrio s poder beneficiar deste regime se o tratamento, a consulta ou o exame mdico do familiar no puderem efectuar-se fora do perodo normal de trabalho. Para efeito de tratamento ambulatrio do familiar: o funcionrio deve apresentar declarao passada por mdico, ou por estabelecimento hospitalar pblico ou privado, ou centro de sade, a qual deve indicar a necessidade de tratamento ambulatrio do familiar e os termos em que se processar o tratamento. Este documento deve ser acompanhado por declarao da qual conste que o funcionrio a pessoa mais adequada para prestar acompanhamento ao doente e a indicao da respectiva ligao familiar. Por cada ausncia para acompanhamento ao tratamento, consulta ou ao exame mdico do familiar, o funcionrio tem de apresentar no servio documento comprovativo da sua presena no local de realizao do tratamento, consulta ou exame mdico.

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EFEITOS As horas utilizadas so convertidas atravs da respectiva soma em dias completos de faltas. 1. Direito a frias No produzem quaisquer efeitos Dec.-Lei n. 100/99, de 31/3 (art. 13., n. 1) 2. Contagem da antiguidade No descontam para este efeito. Art. 53. n. 2 do Dec.-Lei n. 100/99, de 31/03; Art. 109. n. 2 da Lei n. 35/04 de 29/07 Art. 110. n. 5 da Lei n. 35/04 de 29/07 3. Direito aposentao No descontam para este efeito, nos mesmos termos da antiguidade. 4. Direito ao vencimento Descontam no vencimento de exerccio nos mesmos termos das faltas para assistncia a familiares. 5. Direito ao subsdio de frias No produzem quaisquer efeitos. Dec.-Lei n. 496/80, de 20/10. Desp.-Norm. n. 389/80, in DR n. 301, I Srie, de 31.12.80. 6. Direito ao subsdio de Natal No produzem quaisquer efeitos. Dec.-Lei n. 496/80, de 20/10. Desp.-Norm. n. 389/80, in DR n. 301, I Srie, de 31.12.80. 7. Direito ao subsdio de refeio No caso da assistncia a filhos menores de 10 anos: Determinam a perda do subsdio de refeio - art. 53., n. 2 do Dec.-Lei. n. 100/99, de 31/3, conjugado com o art. 113., n. 3 da Lei n. 35/04 de 29/07. No caso de assistncia a filhos maiores de 10, e outros familiares: Determinam a perda do subsdio de refeio. Art. 53. n. 2 e 54. n. 5 do Dec.-Lei n. 100/99.

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DGAJ / CFOJ FRIAS, FALTAS E LICENAS

FICHA - 14

FALTAS PARA ASSISTNCIA A MENORES DOENTES OU FILHO COM DEFICINCIA OU DOENA CRNICA

CONCEITO Faltas ao servio, dadas pelo funcionrio, para prestar assistncia inadivel e imprescindvel, em caso de doena ou acidente a filhos, adoptados ou enteados menores de 10 anos.

SUPORTE LEGAL Lei n. 99/03, de 27 de Agosto, que aprova o Cdigo do Trabalho CT (artigos 40. e 42.). Lei n. 35/04, de 29 de Julho, que Regulamenta o Cdigo do Trabalho RCT (artigos 109., n.2, 4, 5, 6, 7; artigo 112. n. 5 e artigo 113. n.3). Decreto-Lei n. 100/99, de 31/3 (artigo 54., n. 1 e n. 5).

REGIME Os funcionrios tm direito a faltar ao trabalho at 30 dias em cada ano, para prestao de assistncia inadivel e imprescindvel a filhos, adoptados ou enteados menores de 10 anos (n.1 do art. 40. do CT). As faltas por doena, com internamento no contam para efeitos do limite mximo de 30 dias (n.7 do art. 109. do RCT). Mesmo atingido o limite das 30 faltas, quando h lugar a internamento o direito a faltar estende-se, ao perodo em que aquele durar, mas no pode ser exercido simultaneamente pelo pai e pela me ou equiparados (n.2 do art. 40. do CT). Nota: O at agora exposto aplicvel com as necessrias adaptaes aos trabalhadores a quem tenha sido deferida a tutela ou confiada a guarda da criana por deciso judicial (n.3 do art. 40. do CT).

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DGAJ / CFOJ FRIAS, FALTAS E LICENAS

Tal regulamentao aplica-se independentemente da idade caso o filho adoptado ou filho do cnjuge que com este resida seja portador de deficincia ou doena crnica (art. 42. do CT). A justificao e o controlo destas faltas devero ser feitos em termos idnticos aos previstos na lei para as faltas por doena do prprio trabalhador (cf. Ficha n. 7) (n.4 do art. 109. do RCT). O documento comprovativo da doena do familiar deve mencionar expressamente que o doente necessita de acompanhamento ou assistncia permanente com carcter inadivel e imprescindvel (n.5 do art. 109. do RCT). Com o documento deve o trabalhador entregar uma declarao da qual conste que ele o familiar em melhores condies para prestar acompanhamento ou assistncia ao doente e a indicao da respectiva ligao familiar (n.6 do art. 109. do RCT).

EFEITOS

1. Direito a frias No descontam no direito a frias. Lei n. 99/03, de 27/08 (art. 50. n. 1 alneas d) e g)) Dec.-Lei n. 100/99, de 31/3 (n. 1 do art. 13.) 2. Contagem da antiguidade No descontam como "tempo de servio" para este efeito. Lei n. 99/03, de 27/08 (art. 50. n. 1 alneas d) e g)) Lei n. 35/04, de 29/07 (art. 109. n.2) 3. Direito a aposentao No descontam como "tempo de servio" para este efeito, nos mesmos termos da antiguidade. Lei n. 99/03, de 27/08 (art. 50. n. 1 alneas d) e g)) Lei n. 35/04, de 29/07 (art. 109. n.2) 4. Direito ao vencimento Descontam o vencimento de exerccio at perfazerem 30 dias de faltas nesse ano, em conjunto com as faltas dadas por doena do prprio funcionrio Lei n. 35/04, de 29/07 (art. 112. n.5)

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DGAJ / CFOJ FRIAS, FALTAS E LICENAS

5. Direito ao subsdio de frias No produzem quaisquer efeitos. Dec.-Lei n. 496/80, de 20/10. Desp.-Norm. n. 389/80, in DR. n. 301, I Srie, de 31.12.80. 6. Direito ao subsdio de Natal No produzem quaisquer efeitos. Dec.-Lei n. 496/80, de 20/10. Desp.-Norm. n. 389/80, in DR. n. 301, I Srie, de 31.12.80. 7. Direito ao subsdio de refeio O trabalhador no tem direito percepo do subsdio de refeio. Lei n. 35/04 de 29/07 (art. 113. n. 3) 8. Outros

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FICHA - 15

FALTAS PARA ASSISTNCIA FAMLIA

CONCEITO Faltas ao servio dadas pelo funcionrio para prestar assistncia inadivel e imprescindvel, em caso de doena, ao cnjuge ou pessoa em unio de facto, ascendentes, descendentes maiores de 10 anos e afins na linha recta.

SUPORTE LEGAL Lei n. 35/04, de 29 de Julho, que Regulamenta o Cdigo do Trabalho RCT (artigo 110.) Decreto-Lei n. 100/99, de 31 de Maro (artigo 54.).

REGIME Os funcionrios tm direito a faltar ao trabalho, at 15 dias em cada ano, para prestao de assistncia ao cnjuge, parente ou afim na linha recta ascendente ou no 2. grau da linha colateral, filho, adoptado ou enteado com mais de 10 anos (n.1 do art. 110. do RCT). Ao direito de faltar at 15 dias acresce um dia por cada filho adoptado ou enteado alm do primeiro (n.2 do art. 110. do RCT). Nota: O disposto no pargrafo anterior aplica-se com as necessrias adaptaes aos trabalhadores a quem tenha sido deferida a tutela de outra pessoa ou confiada a guarda da criana com mais de 10 anos por deciso judicial ou administrativa. A justificao e controlo destas faltas devem ser feitos em termos idnticos aos previstos na lei para as faltas por doena do prprio trabalhador (n.5 do art. 110. que remete para o n.4 do art. 109. do RCT). O atestado mdico ou declarao de doena do familiar tero de mencionar expressamente que o doente necessita de acompanhamento ou assistncia permanente com carcter inadivel e imprescindvel, podendo a doena ser verificado nos termos previstos na lei para os funcionrios ou agentes.

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DGAJ / CFOJ FRIAS, FALTAS E LICENAS

O funcionrio deve entregar igualmente uma declarao da qual conste que os outros membros do agregado familiar, caso exeram actividade profissional, no faltaram pelo mesmo motivo ou esto impossibilitados de prestar assistncia (art. 110. n.4 alnea b) do RCT).

EFEITOS 1. Direito a frias No descontam no direito a frias, nem no prprio ano nem no ano seguinte. Lei n. 35/2004, de 29 de Julho (art. 110. n.5 que remete para o n.2 do art. 109.) 2. Contagem da antiguidade No descontam para este efeito (n.5 do art. 110. que remete para o n.2 do art. 109. do RCT). 3. Direito aposentao Conta como "tempo de servio" para este efeito. (n.5 do art. 110. que remete para o n.2 do art. 109. do RCT). 4. Direito ao vencimento Descontam no vencimento de exerccio at perfazerem 30 dias de faltas em cada ano, em conjunto com as faltas por doena do prprio e por assistncia a filhos menores de 10 anos. Aplica-se por analogia o n.2 do artigo 29. do Dec.-Lei n. 100/99 (entendimento expresso pela Orientao n. 1/DGAP/2006). . 5. Direito ao subsdio de frias No produzem quaisquer efeitos. Dec.-Lei. n.496/80, de 20/10. Desp.-Norm. n. 389/80, in DR. n. 301, I Srie, de 31.12.80. 6. Direito ao subsdio de Natal No produzem quaisquer efeitos. Dec.-Lei. n.496/80, de 20/10. Desp.-Norm. n. 389/80, in DR. n. 301, I Srie, de 31.12.80. 7. Direito ao subsdio de refeio O trabalhador no tem direito percepo do subsdio de refeio, nos termos do n. 2 do artigo 54. do Dec.-Lei n. 100/99 (entendimento expresso pela Orientao n. 1/DGAP/2006).54

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FICHA - 16

LICENA PARENTAL, LICENA ESPECIAL E LICENA PARA ASSISTNCIA A PESSOA COM DEFICINCIA OU DOENA CRNICA

CONCEITO Interrupo da prestao de trabalho por um determinado perodo para acompanhamento de filho, adoptado ou filho do conjugue ou de pessoa em unio de facto.

SUPORTE LEGAL Lei n. 99/03, de 27 de Agosto, que aprova o Cdigo do Trabalho CT (artigo 43.) Lei n. 35/04, de 29 de Julho, que Regulamenta o Cdigo do Trabalho RCT (artigo 76.)

LICENA PARENTAL Para assistncia a filho, adoptado ou filho do cnjuge ou de pessoa em unio de facto e at aos seis anos de idade da criana o pai e a me que no estejam impedidos ou inibidos totalmente de exercer o poder paternal tm direito em alternativa: - A licena parental de trs meses; - A trabalhar o tempo parcial durante 12 meses, com um perodo normal de trabalho igual a metade do tempo completo; - A perodos de licena parental e de trabalho a tempo parcial em que a durao total da ausncia e da reduo do tempo de trabalho seja igual aos perodos normais de trabalho de trs meses. REGIME O pai e a me podem gozar qualquer dos direitos referidos de modo consecutivo ou at trs perodos interpolados, no sendo permitido a acumulao por um dos progenitores do direito do outro (n. 2 do art. 43 CT);

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DGAJ / CFOJ FRIAS, FALTAS E LICENAS

Se ambos pretenderem gozar simultaneamente a licena e estiverem ao servio do mesmo empregador, este pode adiar a licena de um deles com fundamento em exigncias imperiosas ligadas ao funcionamento do servio e desde que seja fornecida por escrito a respectiva fundamentao (n. 2 do art. 76 RCT); O exerccio deste direito depende de pr-aviso dirigido por escrito ao DirectorGeral da Administrao da Justia com a antecedncia de 30 dias relativamente ao incio do perodo de licena ou de trabalho a tempo parcial, indicando a data de incio e termo do perodo de licena ou dos perodos intercalados pretendidos. (n. 1 do art. 76 RCT) Nota: Durante o perodo de licena o trabalhador no pode exercer outra actividade incompatvel com a respectiva finalidade, nomeadamente trabalho subordinado ou prestao continuada de servios fora da sua residncia habitual.

LICENA ESPECIAL Depois de esgotadas qualquer daquelas possibilidades o funcionrio tem ainda direito a licena especial at ao limite de 2 anos, a gozar de modo consecutivo ou interpolado. (n. 3 do art. 43 CT); No caso de nascimento de um terceiro filho ou mais esta licena pode ser prorrogada at ao limite de 3 anos (n. 4 do art. 43 CT);

REGIME Este direito s pode ser exercido se o outro progenitor exercer actividade profissional ou estiver impedido ou inibido totalmente de exercer o poder paternal (n.1 do art. 77. do RCT). Se houver dois titulares do direito a licena pode ser gozada por qualquer deles ou por ambos em perodos sucessivos (n. 2 do art. 77. do RCT). O exerccio deste direito depende de pr-aviso dirigido por escrito ao DirectorGeral da Administrao da Justia com a antecedncia de 30 dias relativamente ao incio do perodo de licena.

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Este pr-aviso deve indicar para alm da data de incio, a data do termo da licena e informar que o outro progenitor tem actividade profissional e no se encontra ao mesmo tempo em situao de licena ou est impedido ou inibido totalmente de exercer o poder paternal, que o filho faz parte do agregado familiar e que no est esgotado o perodo mximo da durao da licena. (n.3 do art. 77. do RCT). Se no for indicado o termo da licena esta considera-se pedida por 6 meses. (n.4 do art. 77. do RCT). O funcionrio deve indicar DGAJ com a antecedncia de 15 dias relativamente ao termo do perodo de licena a sua inteno de regressar ou de a prorrogar, expecto se o perodo mximo de licena se completar. (n.5 do art. 77. do RCT).Nota: Durante o perodo de licena o trabalhador no pode exercer outra actividade incompatvel com a respectiva finalidade, nomeadamente trabalho subordinado ou prestao continuada de servios fora da sua residncia habitual.

LICENA PARA ASSISTNCIA A PESSOA COM DEFICIENCIA OU DOENA CRNICA No caso do filho ou adoptado ser portador de deficincia ou doena crnica a licena pode ser prorrogada at ao limite de 4 anos a ser pedida durante os primeiros 12 anos de vida da criana (n. 1 do art. 44 CT);

REGIME Igual Licena Especial

EFEITOS 1. Direito a frias 2. Contagem da antiguidade 3. Direito aposentao O perodo da licena no desconta como "tempo de servio" para este efeito. Lei n. 35/2004, de 29/07 (art. 108.)

4. Direito ao vencimento

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Suspenso durante o perodo da licena. Lei n. 35/2004, de 29/07 (art. 112. n.3) Porm, os primeiros 15 dias da licena parental sero pagos por inteiro quando esta for gozada pelo pai e imediatamente a seguir licena por maternidade ou paternidade. Lei n. 35/2004, de 29/07 (art. 112. n. 2) 5. Direito ao subsdio de frias O trabalhador ter direito ao o subsdio de frias equivalente ao tempo de frias a que tiver direito. 6. Direito ao subsdio de Natal O trabalhador ter direito a receber um subsdio equivalente a tantos duodcmos quantos os meses completos de servio prestados no ano em que iniciou o gozo de licena. O subsdio de Natal, do ano em que as funes forem retomadas, ser calculado nos termos do n. l do art. 4. do Dec.-Lei n. 496/80, de 20/10. Desp.-Norm. n. 389/80, in DR. n. 301, I Srie, de 31.12.80 (n. 4). 7. Direito ao subsdio de refeio O funcionrio no tem direito percepo do subsdio de refeio durante o perodo da licena excepo dos primeiros 15 dias quando gozados pelo pai e imediatamente a seguir licena por maternidade ou paternidade. Lei n. 35/2004, de 29/07 (art. 113. n. 2) 8. Outros O tempo de durao da licena especial considerado para efeitos de penso de sobrevivncia atribuio dos benefcios, dos SSMJ. Lei n. 35/2004, de 29/07 (art. 108. )

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FICHA - 17

FALTAS POR ISOLAMENTO PROFILCTICO

CONCEITO Faltas dadas ao servio por funcionrio que, embora no atingido por doena, ou j restabelecido da mesma, se encontre impossibilitado de comparecer ao servio por determinao de autoridade sanitria da respectiva rea.

SUPORTE LEGAL Decreto-Lei n. 100/99, de 31 de Maro (artigos. 55. a 58.).

REGIME Devero ser justificados por declarao da autoridade sanitria da respectiva rea, que deve conter a meno do perodo de isolamento. Esta declarao deve ser enviada aos servios no prazo de 8 dias contados desde a primeira falta por este motivo. Sero consideradas injustificadas todas as faltas dadas at apresentao da declarao, se esta no se verificar dentro do prazo fixado e ainda as verificadas entre o termo do prazo determinado pela autoridade sanitria para apresentao do resultado dos exames e a data de apresentao dos mesmos, quando o atraso for de responsabilidade do funcionrio.

EFEITOS 1. Direito a frias No produzem quaisquer efeitos (art. 57.). 2. Contagem na antiguidade No produzem quaisquer efeitos (art. 57.) .

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3. Direito aposentao No descontam como "tempo de servio" para este efeito. (art. 57.). 4. Direito ao vencimento No produzem quaisquer efeitos (art. 57.). 5. Direito ao subsdio de frias No produzem quaisquer efeitos (art. 57.). 6. Direito ao subsdio de Natal No produzem quaisquer efeitos (art. 57.). 7. Direito ao subsdio de refeio No produzem quaisquer efeitos. (art. 57.) 8. Outros

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FICHA - 18

FALTAS AO ABRIGO DO ESTATUTO DO TRABALHADOR - ESTUDANTE

CONCEITO Direito que os funcionrios de Justia, que frequentem qualquer nvel de educao escolar, incluindo cursos de ps-graduao, em instituio de ensino, tm de se ausentar do servio em determinadas circunstncias, ou de beneficiarem de um horrio especial, desde que devidamente autorizados.

SUPORTE LEGAL Lei n. 99/03, de 27 de Agosto, que aprova o Cdigo do Trabalho CT (subseco VIII). Lei n. 35/04, de 29 de Julho, que Regulamenta o Cdigo do Trabalho RCT (capitulo IX ).

REGIME

1. Pressupostos da fruio das regalias do estatuto de trabalhador estudante: Para usufruir de qualquer dos direitos previstos no Cdigo do Trabalho, o funcionrio ter que, perante o Secretrio de Justia, fazer prova da sua condio de estudante, apresentar o respectivo horrio escolar e comprovar o aproveitamento no final de cada ano escolar (n. 1 do art. 148. do RCT ). Considera-se aproveitamento escolar o trnsito de ano ou a aprovao em, pelo menos, metade das disciplinas a que estiver matriculado ou, no mbito do ensino recorrente por unidades capitalizveis, a capitalizao de um nmero de unidades igual ou superior ao dobro das disciplinas em que estiver matriculado, com o mnimo de uma unidade por disciplina. (n. 3 do art. 148. do RCT ). Nota: considerado com aproveitamento o funcionrio que no preencha os requisitos indicados por causa de ter gozado licena

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por maternidade ou licena parental no inferior a 1 ms ou devido a acidente de trabalho ou doena profissional.

2. Horrio especfico ou dispensa de horas O funcionrio deve beneficiar de horrios de trabalho especficos com flexibilidade ajustavel frequncia de aulas e inerente deslocao para os respectivos estabelecimentos de ensino.

2.1. Dispensa de horas: Quando no for possvel a elaborao de um horrio especifico para o estudante trabalhador, o funcionrio ter direito a dispensa que, no caso dos funcionrios de Justia, com um horrio de trabalho de 35 horas semanais, no limite poder ir at s 5 horas semanais na estrita medida das necessidades impostas pelo horrio escolar e pela deslocao para o estabelecimento de ensino. (art. 149. do RCT) Esta dispensa poder ser utilizada de uma vez s ou fraccionadamente.

3. Ausncias para prestao de exames ou provas de avaliao:

Para prestao de provas de avaliao os trabalhadores tm direito a faltar justificadamente 4 dias por ano por disciplina, que devero ser gozados nos seguintes modos: (art. 151. do RCT)

S podero usar por cada prova o limite mximo de dois dias, sendo um o da realizao da prova e outro o imediatamente anterior, incluindo sbados, domingos e feriados.

No caso de provas em dias consecutivos, ou de mais de uma prova no mesmo dia, os dias anteriores sero tantos quantos os exames a efectuar, a se incluindo sbados, domingos e feriados.

Este direito porm s pode ser exercido em 2 anos lectivos relativamente a cada disciplina. Se, para alm destas ausncias, as necessidades de deslocaes determinarem faltas ao servio, consideram-se estas justificados na estrita medida daquelas necessidades, no sendo retribudas, independentemente do nmero de disciplinas, mais de 10 faltas.

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Nota: Consideram-se provas de avaliao todas as provas escritas e orais, incluindo exames, bem como a apresentao de trabalhos. quando estes os substituam (n. 4 do art. 5.). Este direito tambm concedido ao funcionrio ou agente no matriculado em estabelecimento de ensino, mas que pretenda prestar provas de avaliao ou exames desde que: a) Indique, por cada disciplina, os dias pretendidos para a realizao de provas de exame, testes ou provas de avaliao de conhecimentos, sempre que possvel com a antecedncia mnima de dois dias teis; b) Comprove que os dias solicitados para a prestao das provas foram de facto utilizados para esse fim. Dec.-Lei n. 100/99, de 31/3 (n. 2 do art. 59.).

4. Licena com desconto do vencimento: Em cada ano civil, os trabalhadores estudantes podem utilizar, seguida ou interpoladamente, at 10 dias teis de licena, sem retribuio, desde que o requeiram com antecedncia de: 48 horas, ou sendo invivel logo que possvel, quando pretenda 1 dia de licena; 8 dias quando pretenda 2 a 5 dias de licena; 1 ms quando pretenda mais de 5 dias de licena, (n. 2 do art. 152. do RCT).

5. Cessao de direitos: As regalias previstas no art. 80. do CT (horrio especfico ou dispensa de horas) e no art. 83. do CT (licena sem vencimento) cessam, quando o trabalhador estudante no conclua com aproveitamento o ano escolar ao abrigo de cuja frequncia beneficiara dessas mesmas regalias (n. 1 do art. 153. do RCT). As restantes regalias cessam, quando o trabalhador - estudante no tenha aproveitamento em 2 anos consecutivos ou 3 anos interpolados (n. 2 do art. 153. do RCT). Os direitos dos trabalhadores estudantes cessam imediatamente, no ano lectivo em causa, em caso de falsas declaraes relativamente aos factos de que dependa a concesso do estatuto ou a factos constitutivos de direitos, bem como quando tenham sido utilizados para fins diversos. (n. 3 do art. 153. do RCT)

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No ano lectivo subsequente aquele que cessaram os direitos, pode ao trabalhador estudante ser concedido o exerccio dos mesmos, no podendo esta situao ocorrer mais do que duas vezes. (n. 4 do art. 153. do RCT).

EFEITOS 1. Direito a frias No afectam o direito a frias dando inclusive a trabalhador estudante o direito a marcar o gozo de 15 dias interpolados de frias, sem prejuzo do nmero de dias de frias a que tem direito. (n. 1 do art. 152. do RCT) 2. Contagem da antiguidade No produzem quaisquer efeitos. 3. Direito ao vencimento No produzem quaisquer efeitos. 4. Direito ao subsdio de frias No produzem quaisquer efeitos. 5. Direito ao subsdio de Natal No produzem quaisquer efeitos. 6. Direito a aposentao No produzem quaisquer efeitos 7. Direito ao subsdio de refeio As faltas para prestao de provas de avaliao no conferem o direito a subsdio de refeio, conforme entendimento da DGAP, que manda recorrer s condies gerais fixadas no art. 2. n. 1, do Dec.-Lei n. 57-B/84 de 20/Fev. 8. Outros Os dias de ausncia previstos no art. 83. n.2 do CT at ao limite de 10 dias teis so de licena sem vencimento.

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FICHA - 19

FALTAS DADAS NA SITUAO DE BOLSEIRO OU EQUIPARADOCONCEITO Dispensa temporria, total ou parcial, do exerccio das funes, concedida aos funcionrios e agentes que tenham obtido autorizao para a frequncia de cursos, estgios ou seminrios, ou realizao de estudos ou trabalhos de reconhecido interesse pblico.

SUPORTE LEGAL Decreto-Lei n. 100/99, de 31 de Maro (n. 2 do artigo 60.) Decreto-Lei n. 220/84, de 4 de Julho Decreto-Lei n. 282/89, de 23 de Agosto Decreto-Lei n. 272/88, de 3 de Agosto Despacho Normativo n. 18/2001, de 19 de Abril

REGIME O direito dispensa do exerccio de funes nos termos do art. 60. do Dec.-Lei n. 100/99, de 31/3, depende da prvia concesso ao funcionrio de subsdio ou bolsa de estudo, ou da prvia colocao do funcionrio na situao de equiparado a bolseiro, por despacho do membro do Governo que tiver a seu cargo a pasta da Cultura, precedido de autorizao do Director-Geral da Administrao da Justia (art.s 1. e 3. do Dec.-Lei n. 220/84), ou por despacho do Ministro da Justia, em caso de equiparao a bolseiro no Pas, precedido de parecer emitido pela DGAJ (n. l do art. 3. do Dec.-Lei n. 272/88, de 3/08 e art. 7., do Desp.-Norm. n. 18/2001, de 19/4). A dispensa ter a durao, e ser concedida nas condies e termos fixados no despacho de autorizao da equiparao a bolseiro, ou de concesso da bolsa (n. l do art. 3. do Dec.-Lei n. 272/88, de 3/8).

EFEITOS 1. Direito a frias No produzem quaisquer efeitos. (art. 3. do Dec.-Lei n. 220/84 e n. 1 do art. 2. do Dec.-Lei n. 272/88).

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2. Contagem da antiguidade O funcionrio tem direito contagem do tempo de servio para este efeito (art. 3. do Dec.-Lei n. 220/84 e n. 1 do art. 2. do Dec.-Lei n. 272/88). 3. Direito a aposentao O funcionrio tem direito contagem do tempo de servio para este efeito (art. 3. do Dec.-Lei n. 220/84 e n. 1 do art. 2. do Dec.-Lei n. 272/88). O funcionrio tem direito ao abono da respectiva remunerao (art. 3. do Dec.Lei n. 220/84 e n. 1 do art. 2. do Dec.-Lei n. 272/88). 4. Direito ao subsdio de frias O funcionrio tem direito ao subsdio de frias (art. 3. do Dec.-Lei n. 220/84 e n. 1 do art. 2. do Dec.-Lei n. 272/88). 5. Direito ao subsdio de Natal O funcionrio tem direito ao subsdio de Natal (art. 3. do Dec.-Lei n. 220/84 e n. 1 do art. 2. do Dec.-Lei n. 272/88). 6. Direito ao subsdio de refeio O funcionrio no perde o direito ao subsdio de refeio (art. 3. do Dec.-Lei n. 272/88). 7. Outros

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FICHA - 20

FALTAS PARA DOAO DE SANGUE

CONCEITO Falta ao servio dada por funcionrio que pretenda dar sangue, pelo tempo necessrio para o efeito.

SUPORTE LEGAL Decreto-Lei n. 100/99, de 31 de Maro (artigo 61.)

REGIME A falta para doao de sangue tem que ser previamente autorizada, no entanto, esta s pode ser negada ao funcionrio com fundamento em motivos urgentes e inadiveis


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