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Fique por dentro dos debatesFique por dentro dos debatesno universo da EADno universo da EAD

Coordenador faz balançoCoordenador faz balançodas ações do semináriodas ações do seminário

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Em foco, o uso de blogs e Em foco, o uso de blogs e redes sociais no eventoredes sociais no evento

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As tecnologias no ensino As tecnologias no ensino fundamental e médiofundamental e médio

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Um balanço do

7º Seminário

Nacional

ABED de

Educação

a Distância

João Mattar

Tive a honra de coordenar o 7º SENAED - Se-minário Nacional ABED de Educação a Distância, que ocorreu de 23 a 31 de Maio de 2009. Da comissão orga-nizadora, participaram também os professores Marco Silva (Estácio/UERJ) e Eliane Schlemmer (Unisinos).

Um grupo fantástico de voluntários completou a equipe organizadora. Três comitês foram formados, bilhantemente coordenados por Antônia Alves (Comitê de Comunicação e Marketing), Breno Trautwein (Comi-tê do Programa) e Maria Elza Miranda Ataíde (Comitê Social). Participaram ativamente desses comitês Bertha Garcez, Fernanda Vilarim, Gentil Gonçalves Filho, Ieda Espírito Santo e Raquel Resende. Os comitês contaram ainda com a colaboração de André Genesini, Giancar-lo Colombo e José Bueno França. E por trás de todo o evento, esteve trabalhando em silêncio o super-time da ABED: Alessandra, Beatriz, Rafael e Sérgio.

Uma das novidades deste 7º SENAED foi que ele aconteceu, pela primeira vez, totalmente a distân-cia. Além disso, a participação no evento foi gratuita e aberta para todos os interessados. Isso permitiu que pessoas que talvez nunca tivessem estado presentes em um evento da ABED pudessem acompanhar as ati-vidades, inclusive de fora do Brasil.

Foram 1.721 inscritos, mas como a inscrição formal não era exigência para participar das atividades, não é exagero calcular que tivemos a participação de pelos menos 2.500 pessoas nas diversas atividades do evento. Apenas no Moodle, utilizado para várias ativi-dades durante o SENAED, tivemos 643 inscritos.

O tema geral do Seminário foi “Polifonia na Docência e Aprendizagem Online”, envolvendo os di-versos canais e as diversas vozes que participam da educação online. Assim, o conceito de polifonia foi o eixo central do evento, e as atividades foram realizadas tendo sempre como referência a interatividade e a bi-direcionalidade.

Vários temas foram debatidos durante a sema-na de 23 a 31 de Maio de 2009. Um interesse especial foi dedicado à formação para a docência online e ao personagem “tutor”, incluindo sua contratação, remu-neração, formação e qualificação. Outros temas discu-tidos no evento foram: o papel do MEC na regulação da EaD e a situação da UAB – Universidade Aberta do Brasil; pós-graduação stricto sensu a distância; a intro-dução da EaD no ensino médio; direitos autorais e plá-gio em EaD; educação a distância corporativa e design instrucional.

O Seminário envolveu mais de 100 ativi-dades síncronas e assíncronas distribuídas por

diversas plataformas, e você pode conferir o programa neste número da Galáxia. Foram

utilizadas, dentre outras ferramentas: Aprex, AulaVox, Blogs, Eduverse (Acti-ve World), FlashMeeting, Flickr, Lista de Discussão por email (Yahoo), LMS

webAula, Mindomo (mapas men-tais), Moodle, Netvibes, Ning, Orkut, Life, Survey Monkey, Te-leduc, Televisão a Cabo, TOM

Conference, Tríade, Videocon-ferência pela Infovia SENAI, Web Rádio UERJ, Web TV UERJ, webAula Conferen-ce, WebCast ISAT, Webcast Portal Educação, WebCon-ferência Wemídia, Wikis e YouTube.

Cada participante teve a liberdade de montar

o seu cardápio em função do seu interesse e do seu estilo

de aprendizagem. Um dos objeti-vos do evento, plenamente cum-

prido, foi demonstrar, na prática, como essas diferen-tes ferramentas podem ser adequadamente utilizadas em EaD. Foi também possível avaliar o grau de proxi-midade que é possível alcançar com essas tecnologias entre os diversos personagens que participam da EaD.

As atividades envolveram treinamentos, cursos, palestras com streaming para a web, pôsteres, fóruns e listas de discussão, chats, visitas guiadas, pesquisas, videoconferências, programas de rádio e televisão, ga-mes e ARG, concurso, construção de mapas mentais etc., sempre com um espaço garantido para a interati-vidade. A proposta do evento foi de que, muito mais do que absorver passivamente conhecimento, os partici-pantes pudessem construir colaborativamente conhe-cimento, que está agora disponível na web para todos os interessados.

Mais de 160 pessoas, que se destacam na prá-tica e reflexão sobre EaD no Brasil, participaram do 7º SENAED como palestrantes, moderadores, coordena-dores de atividades ou de ferramentas, dentre outras funções, e a lista com os participantes pode ser acessa-da em: <http://www.joaomattar.com/7senaed/index.php?title=Convidados>. Neste número do boletim Ga-láxia, você terá a oportunidade de ler os relatos e as reflexões de alguns desses participantes.

É importante ressaltar que o 7º SENAED não teve keynote speakers ou convidados especiais. Tanto no programa quanto na lista de convidados, os parti-cipantes aparecem classificados por critérios como ordem cronológica das apresentações ou ordem alfa-bética. Cada convidado teve, automaticamente, uma página aberta no wiki do evento, com a liberdade de preenchê-la.

As atividades do 7º SENAED contaram com o apoio físico de dezenas de postos distribuídos pelo país, que gentilmente ofereceram seus espaços e re-cursos para o acompanhamento do 7º SENAED pelos interessados. A lista com esses postos e seus coordena-dores pode ser acessada em: <http://www.joaomattar.com/7senaed/index.php?title=Postos_de_Apoio>.

A abertura e a mesa seguinte contaram com a presença dos professores José Manuel Moran, Fredric Michael Litto (presidente da ABED) e Hélio Chaves Fi-lho (Secretaria de Educação a Distância do MEC), foram transmitidas para a web pelo webCast ISAT e estão dis-poníveis em: <http://www.isat-video.com.br/semina-rioabed2009>. Para finalizar o evento, produzi um cur-to podcast que pode ser acessado em: <http://www.joaomattar.com/7senaed/Encerramento.mp3>.

Vários links para as gravações e os materiais utilizados nas palestras estão disponíveis na página de discussão de cada atividade no programa do evento, disponível em: <http://www.joaomattar.com/7senaed/index.php?title=Programa>. Vale destacar que o pro-grama começou a ser construído colaborativamente – e a distância – em um arquivo do Google Docs, mas logo foi transferido para um wiki baseado no MediaWiki, o mesmo software que suporta a wikipédia. Até hoje, houve 27.526 acessos à página do programa.

Importantíssimo lembrar da importância dos parceiros da ABED: ISAT, Pearson Education e Sebrae, e do SESI, que patrocinaram o evento.

O 7º SENAED gerou aproximadamente 4.600 pá-ginas na web, que de alguma maneira o mencionaram. Inúmeras notícias foram veiculadas na web antes, du-rante e depois sobre o 7º SENAED. Procuramos agrupá-las em: <http://www.joaomattar.com/7senaed/index.php?title=Not%C3%ADcias>, mas com certeza não con-seguimos registrar todas – então essa página do wiki continua aberta para edição.

Para terminar, gostaria de compartilhar algumas das mensagens que recebi, após o evento, ou que foram sendo deixadas pelas diversas ferramentas utilizadas, que exprimem melhor o que aconteceu nessa semana do que se eu continuasse a escrever por aqui. Leia algu-mas dessas mensagens na página ao lado:

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Veja algumas Veja algumas das mensagens

recebidas via recebidas via internet pelos internet pelos organizadoresorganizadoresdo 7º Senaed. do 7º Senaed.

Na maioria Na maioria delas, osdelas, os

participantesparticipantesdestacamdestacam

ineditismo da ineditismo da iniciativa, e iniciativa, e

parabenizamparabenizama ABED pelaa ABED pela

inovação inovação na realização na realização

do eventodo evento

“Parabéns pelo evento, acompanhei algumas sessões e gostei muito.”

Araci Hack Catapan

“É só uma simples mensagem devoluti va em reconhecimento ao grande

feito que vocês nos propiciaram. Extensivo a todos os moderadores parti cipantes.”

Marcelo Cabeda

“Parabéns pela óti ma organização.”Ana Lúcia

“Foi um marco para a ABED. Quem ganhou e ganha com tudo isso foi a educação.”

Giancarlo Colombo

“Parabéns a todos da organização do 7º SENAED por este evento tão interati vo e

democráti co.”Simone Lucena

“Fantásti co! O 7º SENAED como um todo foi um sucesso, criou algo completamente novo

que vai mudar o paradigma de vários eventos. Gastamos fortunas com eventos presenciais e

não conseguimos ati ngir tantas pessoas.”Maurício Garcia

“Gostaria de parabenizá-lo pelo grande sucesso do evento e, principalmente, por seu

dinamismo quanto à presença em todas as interfaces. O evento foi de uma riqueza sem fi m e como você mesmo havia proferido no discurso de encerramento: dá uma tristeza

chegar ao término.”Nelly Kazan Sancho Cruz

“Parabéns pelo sucesso absoluto do 7º SENAED!”

André Genesini

“O SENAED foi um sucesso grande. Foi uma interati vidade perfeita.”

Prof. Milton JB Sobreiro

“As pessoas não cansam de elogiar o 7º SENAED.”

Andrea Filatro

“Coisa de gente grande o 7º SENAED!”Eduardo Conde Tega

“Inovador, diverti do, animado e educati vo! Aprendemos e nos diverti mos bastante. O tema central do Seminário: ‘Polifonia na Docência e Aprendizagem Online’ foi perfeito! Senti mos essa movimentação

distribuída a todo o momento.”Vani Kenski

“Ouvi muitos elogios ao evento 7º SENAED; parabéns!”

Marcos Telles

“Eu fi quei muito sati sfeita com o evento e acredito que o saldo foi bastante

positi vo.”Lourdes Marti ns

“O evento teve muito sucesso e recebeu muitos elogios.”

Fernanda Pavani

“Obrigada pelo convite e pelo maravilhoso trabalho que realizaram.”

Patricia Behar

“Os meus parabéns pela iniciati va do 7º SENAED. Certamente que foi um

sucesso! Foi uma experiência interessante e muito grati fi cante.”

Maria João Gomes

“Esti mado João gostaria de escrever o que vejo aqui de fora sobre o 7º SENAED. Destaco que em criati vidade e inovação somos o top

e excelência na área, aqui na Europa já vi acontecimentos na mesma linha, mas como

este não, é a primeira vez!

Fantásti co o evento para provar que, como sempre digo nas minhas refl exões, o virtual

é um outro espaço e tempo que deve ser entendido em outra dimensão para a

educação, e este evento acaba de provar isso!Foi possível desenvolver um trabalho como

este, online, com muito mais interati vidade do que qualquer outro evento presencial.

Parabéns pela iniciati va!”Daniela Melaré

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Atividades e vivências pelo Atividades e vivências pelo Pólo ABED de Belo Horizonte Pólo ABED de Belo Horizonte no 7º Seminário ABED de EaDno 7º Seminário ABED de EaD

Introdução

Fomos surpreendidos com a notícia e o convite para participar do seminário na modalidade totalmente a distância. Muitas dúvidas e expectativas sobre o méto-do que iríamos utilizar nas quatro atividades oferecidas pelo Pólo de BH.

Há muito tempo, esse era o desejo de muitos pesquisadores e profissionais da EaD no Brasil. Faltavam iniciativas e planejamento para que esse evento se re-alizasse com qualidade, de forma democrática, sem as amarras dos seminários presenciais em que se discutiam as questões da EaD no campo das pesquisas e teorias acadêmicas dificultando as atividades e simulações prá-ticas. O professor, principal interessado, mais escutava do que experimentava ou vivenciava a complexidade das práticas na educação a distância.

Para nós, do Pólo de Belo Horizonte, foram muitas as vivências e trocas de experiências, graças ao público que recebemos em nossas oficinas e palestras durante o Seminário, e a possibilidade de interação e co-laboração utilizando-se do mix de tecnologias educacio-nais disponibilizadas no Ambiente Moodle da weMídia.

No período de 24 a 28 de maio realizamos quatro atividades:

1. Por que o Plano de Carreira é uma questão crucial na EaD?

2. Possibilidades de interação e colaboração no Moo-dle;

3. O uso da Linguagem Gráfica em Materiais Didáti-cos;

4. Oficina: Preparação de Aulas em Vídeo.

1. Por que o plano de Carreira Por que o plano de Carreira é uma questão crucial na EaD?

1.1. A Gestão de Pessoas na EaDDo ponto de vista dos resultados na Gestão da

EaD, a Gestão de Pessoas nesse novo seguimento é fun-damental para colher bons resultados, oferecendo edu-cação com qualidade e vencendo a concorrência desleal na oferta de cursos na modalidade a distância.

A situação atual dos profissionais da EaD, em especial a do professor, apresenta-se de forma precária na maioria das instituições que oferecem cursos a dis-tância.

Durante a discussão sobre esse tema na palestra que coordenei no ambiente Moodle, integrado à Web-conferência, da weMídia, foram muitas as queixas dos

profissionais e professores presentes, sobretudo, quan-to à ignorância da maioria das instituições por eles re-presentadas, acerca dessa questão.

Infelizmente não encontramos, ainda, na litera-tura brasileira, definições e regulamentações sobre a gestão de pessoas na EaD. São várias as propostas de Gestão da EaD, em cursos de pós-graduação, mas sem a referência sistêmica do Plano de Carreira, incluindo PDI – Plano Desenvolvimento Individual, Descrição das Atividades e Competências, Promoção, Progressão e Remuneração para os profissionais desse novo modelo educacional.

1.2. O Diálogo1.2. O DiálogoO diálogo sobre o Plano de Carreira na EaD acon-

teceu de forma muito interessante permitindo a colabo-ração e interação dos participantes com o palestrante e convidados, pela Webconferência Integrada ao Moodle com os recursos de áudio e vídeo on-line, além da cola-boração pelo chat e fórum disponibilizados.

Nesse contexto, recebemos dos participantes inscritos, da Profa. Maria Alice Soares Guardieiro, repre-sentando os professores da EaD e da Profa. Maria das Graças Oliveira, representando o Sindicato dos Professo-res de Minas Gerais, várias contribuições e críticas sobre o momento atual dos profissionais da EaD no Brasil.

As ponderações e angústias foram muitas duran-te o nosso encontro virtual:

> Desinteresse para a docência a distância diante do quadro de gestão de pessoas que se apresenta;

> Descrédito em relação à regulamentação do cargo e funções dos profissionais da educação a distân-cia, tendo em vista o descaso como a maioria das Instituições de Ensino Superior - IES gerencia essa questão na EaD;

> Durante o nosso diálogo, perguntei aos participantes como era a Gestão Integrada da EaD em suas Insti-tuições de Ensino. E a resposta não podia ser pior: 90% dos participantes responderam que não há essa gestão em suas Instituições.

> Quanto tempo ainda teremos que esperar para fi-nalmente termos o papel e o cargo do professor da docência virtual definidos com clareza e justiça na EaD? Durante a nossa reunião, a discussão centrou-se em vários pontos críticos e que têm impacto dire-to sobre os resultados da Gestão da EaD:

> Mais de 800 mil alunos matriculados em cursos su-periores de graduação e de pós-graduação creden-ciados pelo MEC (Fonte: ABED) ;

> falta modelo de Gestão Integrada da EaD; > na maioria dos casos, falta infraestrutura tecnoló-

gica de mediação da aprendizagem a distância e de gestão;

> pouco investimento em novas tecnologias educa-cionais;

> ambientes virtuais de aprendizagem com pouca possibilidade de interação e colaboração - informa-tivos;

> divisão do trabalho do professor; > falta plano de carreira e perspectiva de crescimento;> avanço tecnológico x desconforto tecnológico;

> a UAB dando mau exemplo na contratação de pro-fessores;

> “pedagogia da transferência”: muito utilizada atual-mente nas IES.

Outro ponto de destaque foi a apresentação e discussão de algumas planilhas integrantes de uma pro-posta de Plano de Carreira do Professor da EaD, desen-volvidas pela WR3 EaD Consultoria (www.wr3ead.com.br) e apresentadas a algumas IES de Minas Gerais. Nes-se modelo a questão central é a possibilidade de cres-cimento do Professor, dando-lhe a visão de progressão horizontal e vertical na instituição onde trabalha, além de possibilitar o seu crescimento intelectual pela sua participação no PDI – Plano de Desenvolvimento Indi-vidual.

1.3. A Metodologia1.3. A MetodologiaA atividade foi desenvolvida em três etapas, no

dia 24 de maio, das 16h às 18h, totalizando duas horas de trabalho:

1. Apresentação do ambiente Moodle e suas funcio-nalidades (30 minutos);

2. Discussão sobre o conteúdo apresentado, em Po-werPoint, com intervenções durante a palestra (1h30);

3. Continuidade do debate e considerações finais pelo fórum virtual.

Foram realizados testes de áudio e vídeo e das funcionalidades do ambiente, para que todos os parti-cipantes pudessem colaborar e interagir durante a pa-lestra.

Utilizou-se de vários recursos tecnológicos ofe-recidos pelo Moodle da weMídia: webconferência, chat, fórum, vídeos, PowerPoint e textos, permitindo e incen-tivando a participação de todos os presentes de forma síncrona.

O diálogo foi mediado pelo sistema da Webcon-ferência, da weMídia, e contou com a participação do Professor Flávio Navarro da weMídia, como Suporte Téc-nico. Autor: Professor Enilton Ferreira Rocha

Coordenador do Pólo ABED de Belo HorizonteHomepage: www.wr3ead.com.brContatos: [email protected], [email protected] e Skipe: [email protected]: http://lattes.cnpq.br/1682585826032961

2.2. Possibilidades de Interação Possibilidades de Interação e Colaboração Online no e Colaboração Online no Ambiente Moodle Ambiente Moodle

2.1. O Moodle2.1. O MoodleO Moodle é um ambiente de criação e gestão

de cursos online. Esse ambiente foi criado por Martin Dougiamas na década de 1990, na Universidade de Tec-nologia de Curtin, Austrália, a partir de deficiências en-

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contradas em sistemas mais famosos, como Blackboard e WebCT. Este sistema já foi traduzido para 78 idiomas e, atualmente, é usado em 210 países. Há mais de 55.000 Homepages em todo o mundo que utilizam o ambiente Moodle, sendo mais de 3.500 apenas no Brasil. Uma sé-rie de universidades, escolas e empresas têm utilizado o Moodle na criação e gerenciamento de cursos a distân-cia ou semi-presenciais, treinamentos, complemento de estudos presenciais, entre outros.

Desenvolvido sob a forma de uma plataforma web, o Moodle permite disponibilizar, rápida e facil-mente, conteúdos on-line em vários formatos: tex tos, imagens, sons, vídeos, anima ções. O software permite ainda o gerenciamento das atividades desenvolvidas pelos usuários, o controle dos acessos ao ambi ente, de-senvolvimento de trabalhos colaborativos e aplicação de questionários e simulados, com a possibilidade de correção automática pelo sistema. Oferece, ainda, re-cursos colaborativos, como wikis e fóruns de discussão. Por tratar-se de software livre, seu código-fonte pode ser totalmente personalizado para atender demandas internas de qualquer tipo de organização, agregando recursos como integração com sistemas de controle acadêmico e comunicação através de VoIP ou Webcon-ferência.

2.2.O Diálogo2.2.O DiálogoOs participantes contribuíram com várias dúvi-

das e observações a respeito de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA). Em específico, estes foram os prin-cipais comentários e dúvidas durante a palestra, com a intermediação da Webconferência on-line, e do chat :

> Licença de uso do Moodle: foram colocados ques-tionamentos a respeito da licença de Software Livre aplicada ao Moodle, e qual a liberdade de utilização e personalização do software.

> Direitos autorais dos materiais disponibilizados atra-vés da plataforma: os materiais e conteúdos dispo-nibilizados em uma plataforma livre também devem necessariamente ser livres?

> Utilização de recursos multimídia (áudio, vídeo e animações): como utilizar áudio, vídeo e animações para adicionar interatividade em aulas assíncronas.

> Aplicabilidade: houve grande interesse sobre a pos-sibilidade de se utilizar o Moodle além da graduação e pós-graduação. Foram citados exemplos de empre-sas e escolas de ensino médio, e colégios técnicos, que utilizam o ambiente como ferramenta de apoio.

> Possibilidade/facilidade para o professor em utilizar o Moodle para criar e ministrar seus próprios cursos de forma independente.

2.2.A Metodologia2.2.A MetodologiaA palestra foi transmitida de forma síncrona,

através de um sistema de webconferência incorporado ao Moodle. A apresentação desenvolveu-se em quatro momentos: introdução às funcionalidades do ambien-te Moodle, pausa para navegação e experimentação no ambiente, apresentação de características avançadas e um momento final para discussão e dúvidas.Autor: Professor Flávio Navarro

Responsável pela plataforma de gestão de Ensino a Distância da FAP, Faculdade de Apucaranae-mail: [email protected] Homepage: www.wemidia.comLattes: 0569608095122683

3.3. O uso da Linguagem Gráfi ca O uso da Linguagem Gráfi ca em Materiais Didáticos em EaDem Materiais Didáticos em EaD

3.1.Introdução 3.1.Introdução A palestra sobre O uso da Linguagem Gráfica em

Materiais Didáticos em EAD, realizada durante o 7º SE-NAED, obteve 28 inscrições e contou com a participação

efetiva de 11 pessoas, além da palestrante, da assistente e do responsável pelo suporte tecnológico.

Antes do início da atividade, foi realizado um breve treinamento com os participantes para o uso da ferramenta, os quais testaram o áudio e o vídeo (recep-ção e emissão) de seus computadores e as opções inte-rativas do sistema.

3.2.O Diálogo3.2.O DiálogoApós os testes e a recepção dos participantes

no ambiente, iniciou-se a palestra e o diálogo com uma descrição das atividades exercidas pela palestrante no campo do Design, da Educação e da Educação a Distân-cia na PUC Minas, seguida de um resumo dos objetivos da palestra.

Como principais objetivos, foram destacados o uso da linguagem gráfica como um recurso para o pro-fessor na sua atuação didática e a importância desse re-curso para o processo de aprendizagem do aluno. Para isso, apresentou-se um paralelo entre as linguagens uti-lizadas pelos professores em sala de aula na modalidade de educação presencial, tais como oral, escrita, gestual e gráfica e as possíveis linguagens a serem utilizadas em materiais didáticos, impressos e eletrônicos, na modali-dade de educação a distância.

Na sequência, foram mostrados para os partici-pantes exemplos de estratégias didáticas utilizadas pe-los professores ao apresentar um conteúdo para seus alunos, tais como definir, argumentar, referenciar, exem-plificar, comparar, sensibilizar etc., e as aplicações des-sas, representadas graficamente, em alguns materiais didáticos elaborados pelos professores da PUC Minas Virtual.

Para encerrar, foi utilizada a afirmação de que preparar materiais didáticos voltados para a educação a distância é um desafio, mas, ao mesmo tempo, um processo instigante. Entender os recursos disponíveis e os meios para tornar o material adequado para esta modalidade de ensino é fundamental para o processo de aprendizagem do aluno e permite ao professor uma maior abrangência em sua atuação.

3.3. A Metodologia 3.3. A Metodologia A atividade foi realizada em uma hora, das

11h30 às 12h30, do dia 28 de maio de 2009. O diálogo foi mediado pelo sistema da Webconferência, da weMí-dia, e contou com a participação da Assistente Juliana Almeida da Puc Minas Virtual e do Suporte Técnico do Professor Flávio Navarro da weMídia. Autora: Professora Simone Alves Nogueira

Coordenadora do Setor de Design da Puc Minas Virtuale-mail: [email protected]: www.pucminasvirtual.brLattes: http://lattes.cnpq.br/8405271153505880

4.4. Ofi cina: Preparação Ofi cina: Preparação de Aulas em Vídeode Aulas em Vídeo

4.1.Introdução4.1.IntroduçãoA Oficina Preparação de Aulas em Vídeo iniciou-se com uma breve apresentação da professora e da assisten-te, seguida de uma apresentação sobre a PUC Minas Virtual, onde se procurou enfatizar aspectos relacio-nados ao uso de material didático audiovisual como a videoaula, o vídeo educativo e a videoconferência.

Na sequência, apresentou-se a definição de vi-deoaula e as possibilidades de abordagem com a apre-sentação do professor e da disciplina, introdução aos principais conceitos, síntese do conteúdo abordado no semestre, etc.

4.2.O Diálogo4.2.O DiálogoDepois dessa breve introdução conceitual, dis-

cutimos aspectos práticos destacando elementos ne-

cessários na preparação de uma videoaula, como a ela-boração prévia de PowerPoint, utilização de imagens, sons, filmes e de roteiro. Nesse momento, destacou-se a importância da observância em relação aos direitos autorais, mesmo para materiais que aparentemente não são contemplados pela lei como os disponíveis na web.

Aspectos importantes na gravação como cená-rio, iluminação, enquadramento, captação do áudio, apresentação do professor – postura diante da câmera, locução, clareza, rítmo – edição, animação/finalização e vinhetas de abertura também foram abordados na oficina.

A segunda parte que deveria ser dedicada à gra-vação de trechos de videoaulas dos participantes não aconteceu como previsto. O tempo foi, então, ocupado com a apresentação de outros exemplos de aspectos abordados na parte da manhã, seguida do encerramen-to da atividade com as considerações finais por parte da equipe que conduziu a oficina (Iara, Juliana, Enilton e Flávio) e dos participantes.

4.3.A Metodologia4.3.A MetodologiaA atividade foi realizada no dia 27, em duas eta-

pas (manhã e tarde), com o diálogo mediado pelo sis-tema da Webconferência, da weMídia, e contou com a participação da Assistente Juliana Almeida, da Puc Mi-nas Virtual, e do Suporte Técnico do Professor Flávio Navarro, da weMídia. Autora: Iara Cordeiro de Melo Franco

Coordenadora da Área de TV e Vídeo, da Puc Minas Virtual

[email protected]: www.pucminasvirtual.brLattes: http://lattes.cnpq.br/8717184254842445

5.5. Considerações fi nais Considerações fi naisO interesse pelas atividades do Pólo de Belo

Horizonte no 7º SENAED foi bastante significativo. Re-cebemos 258 inscrições para 100 vagas, inicialmente oferecidas. Foram várias as solicitações de uma segunda chance para as noventa e duas solicitações não atendi-das devido às restrições técnicas do número máximo de vagas por atividade. No total, foram 166 inscrições para as 258 solicitações recebidas.

Recebemos participantes de vários estados bra-sileiros, com a seguinte distribuição:

> Por que o Plano de Carreira é uma questão crucial na EaD?: 48 participantes de 10 estados brasileiros, sendo 40% de Minas Gerais, 22% de São Paulo, 17% do Estado do Rio de Janeiro e 21% dos sete estados restantes.

> Possibilidades de interação e colaboração: 63 par-ticipantes de 13 Estados brasileiros, sendo 31% de Minas Gerais, 22% de São Paulo, 20% do Estado do Rio de Janeiro e 27% dos oito estados restantes.

> O uso da Linguagem Gráfica em Materiais Didáticos: 28 participantes de 10 estados brasileiros, sendo 25% de Minas Gerais, 25% de São Paulo, 11% do Pará e 39% dos sete estados restantes.

> Oficina: Preparação de Aulas em Vídeo: 27 partici-pantes de 10 estados brasileiros, sendo 30% de Mi-nas Gerais, 26% de São Paulo, 11% do Pará e 33% dos sete estados restantes.

Para nós, professores, foi uma excelente opor-tunidade participar dessa virada de página na Educação a Distância brasileira, em que descobrimos as inúmeras possibilidade de interação e colaboração, mediadas pe-las tecnologias educacionais e a riqueza da convergência digital na preparação de materiais e vídeos para a do-cência virtual.

Esperamos que essa iniciativa não seja a última e que as próximas sejam a descoberta de novas formas e desafios para ensinar e reaprender pela diversidade de mídias e tecnologias disponíveis para a EaD.

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PRESIDENTE:Fredric Michael Litt o – Pearson Educati on – SP

VICE-PRESIDENTE: Manuel Marcos Maciel Formiga – CNI - DF

DIRETORES:

Ana Claudia Freire - CVRD - Companhia Vale do Rio Doce - RJ -

Fernando José Spanhol - UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina - SC -

Hermelina das Graças Pastor Romiszowski - TTS - Tecnologia, Treinamento e Sistemas - RJ -

João Roberto Moreira Alves - IPAE Insti tuto de Pesquisas Avançadas Educação - RJ -

Marcos Rezende Vieira - WebAula - MG -

Regina Helena Silva Ribeiro - Senac SP - Serviço Nacional de

Aprendizagem Comercial - São Paulo - SP -

Regina Maria da Fáti ma Torres - Serviço Nacional de Aprendizagem

Industrial - Departamento Nacional - SENAI DN - DF -

Robson Santos da Silva - CMM - Colégio Militar de Manaus - AM -

Vani Moreira Kenski - Site Educacional - SP -

EQUIPE ABED:Alessandra Ferreira dos Santos PioBeatriz Roma MarthosRafael Zomer Rogati Sérgio Luiz KrambeckThaís Cristi na Moreira Vilela

JORNALISTA RESPONSÁVEL:Rafael Zomer Rogati – Mtb. 46.305

DIAGRAMAÇÃO: Gilmar [email protected]

FOTOLITO E IMPRESSÃO:FOLHA DIRIGIDARua do Riachuelo, 114, Centro, Rio de Janeiro(21)3233-62000www.folhadirigida.com.brindustrial@folhadirigida.com.br

Galáxia da Educação a Distância é uma publicação da Associação Brasileira de Educação a Distância, que tem como objeti vo esti mular o desenvolvimen-to de ações e debates sobre a educação a distância no Brasil. Como sociedade cientí fi ca, a ABED é inte-grante da SBPC.

SEDE DA ABED:Rua Vergueiro, 875, 12º andar,Bairro da Liberdade, São Paulo – SPCEP: 01504-000Tel.: (11) 3275-3561Fax.: (11) 3275-3724

Durante o 7° SENAED (Seminário Nacional ABED de Educação a Distância), foram discuti dos vários assun-tos relacionados à educação a distância e apresentados em múlti plas plataformas da Web, sendo que alguns te-mas foram apresentados em blogs e rede social (Ning).

Os temas apresentados nos blogs foram:> Direitos Autorais e Plágio em EAD;> Podcast na Educação;> Graduação em Pedagogia para Formação de

Professores em Serviço na Modalidade a Distância: desa-fi os, currículos, estratégias e conquistas;

> O Professor no Contexto da Educação a Distância.> Direitos Autorais e Plágio em EADEsse blog contou com a mediação de Jaime Bal-

bino, Eduardo Ribeiro Augusto, Alexandre Oliva, Jane Re-sina F. de Oliveira, e Leandro Bott azzo Guimarães. Movi-mentado, o blog teve mais de 40 posts, 130 comentários, e mais de 1.700 visitas durante os 8 dias do evento.

A intenção desse blog foi debater questões cru-ciais sobre um tema polêmico e pouco disseminado. Apresentado em linguagem clara e de fácil compreensão, os debatedores inseriram vídeos, carti lhas, cases, opi-niões e experiências próprias. Apresentaram, ainda, de forma muito didáti ca, os aspectos legais e ensinamentos sobre como uti lizar os recursos disponíveis na internet de forma a não infringir os direitos autorais e proteger-se contra os plágios.

Podcast na Educação Carolina Franco coordenou as ati vidades do blog,

apresentando formas de inovação didáti ca através da uti -lização de podcasts na educação. Através dos convidados especiais: Mayrton Bahia, Rodrigo Vieira Ribeiro, Leonardo Florencio da Silva, Ubiratan Carlos Machado, Livia Lima, Michel Goulart, Ezequiel Menta, Maria de Fáti ma Franco e Marli Fiorenti n, foram relatados casos de uti lização das mí-dias para produção de conteúdos didáti cos e aproximação dos educandos através do uso das tecnologias disponíveis.

Graduação em Pedagogia para Formação de Pro-fessores em Serviço na Modalidade a Distância: desa-fi os, currículos, estratégias e conquistas

As autoras do blog: Rosane Aragón de Nevado, Marie Jane Soares Carvalho, e Crediné Silva de Menezes, apresentaram estratégias uti lizadas na formação docente seguindo as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Pedagogia. Trataram temas como: Organiza-ção de Currículo, Equipes Pedagógicas, O Uso de Recursos Computacionais, Avaliação das Aprendizagens e Arquite-turas Pedagógicas. Os relatos apresentados nos deram uma visão da importância da construção de currículos que atendam ao novo cenário educacional e a capacita-ção dos novos docentes na integração de práti cas pedagógicas alinhadas com o desenvolvimento tecnológico.

O Professor no Contexto da Educação a Dis-tância

Com apenas dois posts no blog, as professo-ras Rita Maria Lino Tarcia e Silvia Maria Coelho Costa, incenti varam a refl exão sobre o papel do pro-fessor como pro-dutor de conte-údos veiculados por tecnologias e responsável pe-las situações de aprendizagem no contexto tecnoló-

gico. Essas temáti cas apresentaram comentários perti -nentes à difi culdade encontrada pelos docentes em pro-duzir materiais didáti cos adequados à EAD, e a forma de conduzir os alunos, por meios tecnológicos, nos proces-sos de aprendizagem efeti va.

Rede Social NING: EAD e WEB 2.0 – Experiências de Portugal e outros países de língua portuguesa

O Ning é uma plataforma da Web que permite a formação de redes sociais com temáti cas exclusivas. Du-rante o 7° SENAED, o uti lizamos para criar aproximação entre a comunidade EAD do Brasil e os convidados de ou-tros países de língua portuguesa para refl eti rem sobre a educação a distância e a uti lização da Web como recursos pedagógicos. Os dados apontados pelo Google Analyti cs resultaram em 1.722 visitas, 13.518 exibições de páginas; e média de exibições de páginas de 7,85. Uma semana antes do início do evento, já apresentava 40 membros e no dia do encerramento, contava com 351 membros.

O objeti vo inicial da uti lização da plataforma seria de postarmos as experiências de nossos convidados no blog, mas durante o evento percebemos a necessidade de maior interação dos parti cipantes do evento, então cria-mos grupos de discussão específi cos e regionais, estrutu-rados da seguinte forma:

> Educação a Distância em Portugal;

> Educação a Distância em Angola;

> Educação a Distância em Moçambique;

> O Second Life no EAD.

Outro recurso uti lizado foi o Fórum, que permiti u a socialização dos parti cipantes através da apresentação pessoal, inclusão de temas e refl exões. A integração de re-cursos audiovisuais na plataforma tornou possível enrique-cer o ambiente com vídeos e fotos apresentados durante o evento. Outros recursos uti lizados também impulsionaram os parti cipantes a interagirem durante o evento, tais como: a inclusão dos eventos (com data, horário, link e local); No-tas, que permiti am a comunicação rápida com os parti ci-pantes; Aviso Geral, que possibilitou encaminhar e-mails com notí cias urgentes; Página Pessoal, um canal onde os parti cipantes puderam confi gurar seu perfi l, divulgar blogs e projetos; Caixa de e-mail; Membros, que permiti u visu-alizar as pessoas que faziam parte do evento, e convidar novas pessoas; Chat, que possibilitou comunicar-se com os parti cipantes que estavam on-line.

As temáti cas abordadas durante o evento, seja nos blogs ou Ning, oportunizaram aos parti cipantes aprender mais sobre o universo EAD, discuti r práti cas, trocar expe-riências, divulgar projetos, e colaborar efeti vamente para a construção de novas soluções para o sistema educacio-nal do país.

Blogs e Redes Sociais Cristiane Lourdes Zamara

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A webAula no 7º SENAEDA webAula no 7º SENAEDA webAula S/A, empresa focada no fornecimento

de soluções e-learning para o mercado corporati vo, go-verno e acadêmico, possui certi fi cação ISO 9001:2000 em processos e-learning e também é habilitada pelo consór-

cio americano ADL no mais alto grau de compati bilidade com o padrão SCORM. Possui três escritórios de operação em Brasília e Belo Horizonte, 180 colaboradores, mais de 1,5 milhões de alunos e suas soluções e-learning são ven-

cedoras de todas edições do prêmio e-learning Brasil que tem mais de 7 anos. Parti cipou ati vamente do 7º SENAED promovido pela ABED através de duas ações: SÍNCRONA E ASSÍNCRONA.

A ati vidade assíncrona proposta pela webAula visou a disponibilização do cur-so de REFORMA ORTOGRÁFICA para os alunos poderem experimentar e vivenciar o aprendizado a distância. O curso “Reforma Ortográfi ca” de criação da própria webAula, aborda, de maneira objeti va, as principais alterações incorporadas na ortografi a da lín-gua portuguesa pelo acordo ortográfi co. Ele tem como objeti vo servir como orientação básica àqueles que desejam resolver suas dúvidas de forma interati va, auxiliando-os em seu dia a dia.

Houve 39 inscritos, com início no dia 23/05 e fi nalização em 02/06. Porém, a webAu-la decidiu estender as inscrições até o dia 05/06 devido ao sucesso da ati vidade. Foram regis-trados 11 alunos acima da média pelos quais conseguiram emissão de certi fi cado do curso.

Várias perguntas, sugestões e informações foram expostas na ati vidade e a maio-ria se senti u sati sfeita na realização do curso. Algumas pessoas se senti ram bastante seguras ao realizar tal ati vidade dispensando até qualquer auxílio que estava sendo ofe-recido pela webAula. O objeti vo maior foi a transmissão de conhecimento de qualidade através de ferramentas que possibilitaram a interati vidade, sociabilização, ludicidade, profi ssionalismo e efi ciência no acesso.

Houve atuação importante da equipe de Gestão do Conhecimento webAula com cadastramentos, e-mails de boas-vindas, tutoria moti vacional, acompanhamento indivi-

dual, ti ra-dúvidas, etc., acarretando em uma grande sati sfação por parte dos inscritos.

Seguem abaixo alguns depoimentos:Seguem abaixo alguns depoimentos:

“A contribuição do curso para a aquisição de novos conhecimentos foi: ÓTIMOJusti fi cati va: O conteúdo é de excelente qualidade.”

DANIELA GONÇALVES DE OLIVEIRA

“A contribuição do curso para a aquisição de novos conhecimentos foi: ÓTIMOOs conteúdos e as interações são de excelente qualidade e isso me moti vou a

conti nuar os estudos e aprimorar meus conhecimentos.” JULIANA CRISTINA PEREIRA

“A disposição e o relacionamento da equipe de gestão com os alunos do curso foram: BOM.

Tive todas as facilidades possíveis e fui bem recebida por toda a equipe.”“A contribuição do curso para a aquisição de novos conhecimentos foi: ÓTIMO

Através deste curso pude aprender coisas que ainda não ti nha compreendido muito bem.”

JULIANA SANTOS FERREIRA

“A contribuição do curso para a aquisição de novos conhecimentos foi: ÓTIMOAdorei o curso. Foi muito bom, pois trabalho com EAD e o material

deste curso será de grande valor para mim e à minha equipe, uma vez que trabalhamos com a parte visual principalmente.“

“O auxílio à solução de problemas técnicos foi: ÓTIMOLogo no e-mail, a equipe já informa a respeito de possíveis

problemas com relação à pop-ups e já dá a informação afi m de solucionar dúvidas de acesso ao curso.”

KÁTIA CILENE OLIVEIRA DOS REIS

Além disso, a webAula se destacou nos noti ciários da ABED:

htt p://webradioabed.blogspot.com/2009/05/aconteceu-nas-assincronas-curso-reforma.html

Tudo foi um grande sucesso e a webAula conseguiu manter sua premissa de garanti r transmissão de conhecimento com qualidade a qualquer indivíduo através das mídias tecnológicas disponíveis em qualquer lugar do planeta!!!

A conferência virtual promovida pela webAula, usando sua tecnologia webAula Con-ference, teve o intuito de abordar os principais e essenciais pilares para implementação de um projeto e-Learning nas organizações.

Houve parti cipação simultânea de 47 pessoas, formando uma turma bastante interati -va e disciplinada, com perguntas de todos os gê-neros e informações de cada parti cipante, como local de origem e nome das organizações e/ou de pessoas fí sicas, gerando sati sfação na intera-ti vidade entre os envolvidos e interesse tanto na ferramenta quanto no conteúdo que foi discuti -do frisando os pilares para a boa implantação do e-Learning em empresas/organizações/universi-

dades/estabelecimentos/insti tuições: Tecnolo-gia, Conteúdo, Consultoria, Gestão.

Durante toda a sessão os parti cipantes interagiram através do microfone, vídeo, dese-nhos, Power Point e chat.

As perguntas colocadas eram sanadas imediatamente e as reflexões sobre determi-nadas informações eram discutidas através de desenho livre simultâneo. Os participantes estavam geograficamente separados, advindos de vários estados diferentes. Ficou claro que a tecnologia hoje disponível dispensa cerca de 90% dos casos necessários para encontros pre-senciais visando reuniões, aulas e discussões de projetos.

ATIVIDADE SÍNCRONA – webAula ConferenceATIVIDADE SÍNCRONA – webAula Conference

ATIVIDADE ASSÍNCRONA – LMS webAulaATIVIDADE ASSÍNCRONA – LMS webAula

Tela: webAula Conference

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Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida – [email protected]

Maria da Graça Moreira da [email protected]

Renata Aquino [email protected]

A PUC-SP esteve presente no 7º SENAED em dois eventos síncronos e um assíncrono debatendo o tema Web Currículo por meio da realização de uma webconferência, uma palestra no Second Life e um blog.

A atividade “Web Currículo -A atividade “Web Currículo - Integração de Tecnologias de Informação e Comunicação ao Currícu-lo”, durante o 7º Seminário Nacional ABED de Educação a Distância – SENAED, objetivou promover o diálogo sobre questões relacionadas ao desenvolvimento do currículo com a integração de mídias e tecnologias di-gitais, a utilização de recursos disponíveis na web (wiki, blog, sites participativos etc.) e de trazer para o deba-te, elementos, as potencialidades e limites das novas formas de ensinar, aprender e produzir conhecimento.

A ati vidade contou com a arti culação de uma ati -vidade síncrona, realizada por meio da ferramenta de vi-deocolaboração FlashMeeti ng, da Open University, e uma ati vidade assíncrona, uti lizando o Blog WebCurrículo.

A webconferência teve inscrições prévias por meio de um formulário disponível online e também abriu vagas remanescentes no momento da transmis-são. A atividade síncrona foi realizada no dia 27 de maio de 2009, de 9h às 10h30.

O formulário de inscrição incluiu questões so-bre o perfil e a motivação na participação da atividade. A análise dessas questões se mostrou importante para a identificação das áreas de atuação e dos interesses dos participantes sobre o tema. As respostas aponta-ram como temas de interesse para investigação sobre Web Currículo: ambientes virtuais de aprendizagem, inovações tecnológicas para educação, interatividade, formação docente, EAD e web 2.0. Entre as profissões dos participantes inscritos estavam: pós-graduandos, professores de instituições de ensino superior, tutores de cursos online, desenvolvedores de cursos online, profissionais de TI, pedagogos, educadores, alunos de cursos a distância e jornalistas. A diversidade de per-fis dos interessados no debate sobre a integração das tecnologias da informação e comunicação ao currículo

evidencia a pertinência e a emergência do aprofunda-mento sobre o tema.

Foram realizadas 34 inscrições até o fechamen-to do formulário e 25 participantes na conferência, aci-ma das 20 vagas previstas e no limite máximo da sala. Participaram efetivamente do evento 24 pessoas, um número considerado excelente conforme média das outras webconferências do evento, e tendo em vista que nesta data ocorreram problemas de acesso à in-ternet no Estado de São Paulo, o que prejudicou so-bremaneira a transmissão e manutenção da webcon-ferência, provocando, inclusive, interrupções e atrasos na atividade.

Uma reprise da apresentação pode ser vista online e discutida no blog Web Currículo. O blog Web Currículo objetivou ampliar o debate sobre os temas abordados no 7º SENAED e expandi-lo para além do tempo da web conferência, oportunizando aos partici-pantes o acesso e troca de idéias ou comentários sobre a integração das tecnologias ao currículo. O blog esteve disponível aos participantes antes do início das ativi-dades do SENAED e permanece ativo para pesquisas e comentários, sendo atualizado continuamente com no-tícias ou debates.

A concepção de currículo que norteou este debate entende que o currículo é “afetado pelas mu-danças sócioculturais e políticas da sociedade e pela demanda de perfis profissionais que também se mo-dificam. Assim, o currículo será, necessariamente, re-formulado em função de tempos, lugares e contextos culturais em que se desenvolve, pelas ações dos atores que nele estão envolvidos”.

[ ] deve valorizar, incorporar e desenvol-ver reflexões críticas, além de propor e realizar experimentações sobre os meios e ambientes tecnológicos da Informação e da Comunicação, os quais se constituem como novas linguagens de representação do pensamento, novos modos de ser, estar e se relacionar com o mundo, aprender e ensinar, o que amplia e ressignifica os es-paços e tempos educacionais, uma vez que os ambientes do Currículo vêm sendo cada vez mais mediados indispensavelmen-te por essas tecnologias, englobando os meios e as mensagens (conteúdo) em múl-tiplos contextos” (CED-PUC/SP, 2007, p. 7).

No que se refere aos estudos sobre a integra-ção entre tecnologias e o currículo, o campo de inves-tigação se constitui nos ambientes de aprendizagem estruturados na internet - web currículo, nos quais convergem diferentes mídias e tecnologias, mas não se restringem a eles, pois é importante manter uma visão crítica sobre o uso das TIC no currículo, fundamentada em pressupostos epistemológicos e na análise das es-truturas educativas, por meio de uma abordagem mais global da sociedade, das condições de vida e trabalho, de suas características e instrumentos culturais. Para tanto, é necessário investigar as complexas relações entre cultura, política, poder, mídia, tecnologia, conhe-cimento e currículo.

As TIC não são vistas apenas como recursos, mas, sobretudo, como instrumentos da cultura, novas linguagens e criadoras de um ambiente curricular em uma sociedade que requer novas formas de pensar e agir com a informação e o conhecimento.

Os ambientes de aprendizagem estruturados na internet, acessados por dispositivos fixos ou móveis, podem criar condições para o desenvolvimento da capacidade de expressar o pensamento por meio de múltiplas linguagens. Podem propiciar a construção de currículos peculiares, a produção colaborativa de co-nhecimento, o atendimento às necessidades individu-ais e o desenvolvimento da autonomia, da criatividade e da criticidade. Para isso, seja o currículo em si, sejam suas manifestaçoes paralelas, exigirão a flexibilidade e abertura dos espaços e tempos de ensinar e aprender para uma grande diversidade de situações.

Considerando o currículo como uma prática social complexa, onde se cruzam interesses diversos, supõe-se que a inserção das TIC nesse âmbito não se dê de forma linear e apenas por meio de consensos sócio-culturais, mas por meio de um salutar debate que ne-cessita ser desvendado em seus meandros por meio da investigação rigorosa.

Buscou-se, desta forma, nesta atividade, um debate considerando os eixos: presença das TIC no cur-rículo; consciência crítico-reflexiva; a atitude de com-promisso com a transformação social e construção de currículos dialógicos. A troca entre os participantes mostrou a preocupação dos mesmos na articulação do uso das tecnologias da informação e comunicação ao currículo e evidenciou que esta prática se dá em todos os níveis de ensino, seja presencial ou a distância.

Webconferência Web CurríIntegração de Tecnologias de Informação e Comunicação ao Currículo

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Webconferência Web CurrículoículoIntegração de Tecnologias de Informação e Comunicação ao Currículo

Blog Blog O blog Web Currículo, disponível no endereço

htt p://webcurriculo.wordpress.com, objeti vou ampliar o debate sobre os temas abordados no 7º. SENAED oportuni-zando aos parti cipantes o acesso, a troca de idéias e a inser-ção de comentários sobre a integração das tecnologias ao currículo. O Blog esteve disponível aos parti cipantes antes do início das ati vidades do SENAED e permanece ati vo para pesquisas e comentários sendo atualizado conti nuamente com notí cias ou debates.

O blog originou-se no I Seminário Web Currículo, ocorrido em setembro de 2008 na PUC SP. Além de ter se tornado uma referência para os parti cipantes presenciais e remotos do evento, com informações logísti cas e relatoria do evento, o blog veio documentar as práti cas inovadoras em tecnologias na educação. A longo prazo, o blog vem se consti tuindo como um espaço privilegiado para debates e documentação sobre tecnologias na educação, em espe-cial, uso da web numa perspecti va de inovação no currículo que integra o conhecimento cientí fi co sistemati zado com as experiências que os alunos trazem da sua vida e contexto (GOODSON, 2001, p. 28). Através de relatos dos educadores que desenvolvem experiências na área, o blog examina os indícios que apontam alguma inovação na práti ca desenvol-vida ou nas teorias que as embasam e indica o que pode ser feito de modo a potencializar as característi cas inovadoras do currículo. A fi nalidade de um projeto de documentação em tecnologia é ter um histórico e, ao mesmo tempo, um guia de referência atualizável. Um roadmap, ou mapa de desenvolvimento, que possa ser dinamicamente atualizado com contribuições que podem ser anexadas por educadores a qualquer momento.

Assim, o blog Web Currículo contou com a colabo-ração dos parti cipantes do 7oSENAED e terá conti nuidade com debates cujo foco estará na atual geração de internet, a Web 2.0, wikis, podcasts e outras tecnologias emergentes para integração ao contexto educacional e sua arti culação ao currículo.

Second LifeSecond Life Perspecti vas em rede e insti tucionais

O Web Currículo parti cipou da ati vidade de apresen-tação do projeto ECODI (Espaço de Convivência Digital Virtu-al) na Ilha RICESU (Rede de Insti tuições Católicas de Ensino Superior), um evento promovido pelo Grupo de Pesquisa em

Tecnologias na Educação (Gp-Edu) da Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos), coordenado por Eliane Schlemmer. A parti cipação da PUC-SP foi inti tulada “Perspecti vas em rede e insti tucionais” e contou com a mediação das professoras Maria Elizabeth Almeida (BethAlmeida Ametza); Maria da Graça Moreira (Grace Sigal) e Renata Aquino (Renata Rivera).

Esta sessão objeti vou relatar a experiência da PUC SP na construção de seu espaço digital virtual na Ilha RICESU no metaverso Second Life e também relatar a ati vidade realizada durante o I Seminário Web Currículo, também no metaverso.

A PUC SP apresentou a experiência arti culando ati vi-dades presenciais e virtuais por meio do metaverso Second Life realizada durante o “I Seminário Web Currículo: integra-ção das tecnologias da informação e comunicação ao currí-culo” realizado em setembro de 2008, sob responsabilidade do Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo.

Durante o Seminário as conferências realizadas pre-sencialmente foram transmiti das por áudio no metaverso Second Life, desta forma essas conferências podiam contar com parti cipantes no mundo fí sico e no mundo virtual e a interação entre os mesmos. Ao fi nal das conferências os parti cipantes dos dois ambientes podiam interagir com os palestrantes. Para viabilizar essas interações foi realizada a projeção em telão e mediação por meio de Chat com os pa-lestrantes.

Essa ati vidade contou com a parceria da UNISINOS, que contribuiu com a confecção de avatares e no suporte à criação da implementação do projeto arquitetônico do espa-ço da PUC SP no âmbito da ilha da RICESU.

Foi também apresentada uma palestra a distância, a qual foi projetada e com interação por voz e chat com os parti cipantes no local. Essa ati vidade envolveu as pessoas presentes ao evento e despertou-lhes o interesse em apro-fundar os estudos sobre os metaversos e suas contribuições à educação.

Construindo o ProjetoConstruindo o ProjetoO início da trajetória da PUC SP no metaverso Se-

cond Life teve origem quando ocorreu a parti cipação no pri-meiro processo formati vo Educação digital: a construção de MDV3D no Metaverso Second Lifeministrado pelo Gp-Edu da Unisinos. Essa ati vidade contou com a parti cipação de outras insti tuições católicas de ensino superior brasileiras.

Durante o processo formati vo foi incenti vada a cons-trução do planejamento técnico-didáti co-pedagógico bem como do planejamento urbano e arquitetônico dos espaços

das insti tuições parti cipantes, o que envolveu componentes pedagógicos e de design gráfi co e programação, tendo mo-bilizado uma pequena equipe multi disciplinar de cada insti -tuição para tal.

A construção do projeto do espaço da PUC SP teve como conceitos norteadores as próprias possibilidades de construção de espaços nos metaversos, privilegiando:

> Espaços abertos e fl uidos, sem fronteiras delimitadas, preferencialmente sem a delimitação de paredes, com possibilidade de acesso livre aos parti cipantes e volta-dos ao desenvolvimento de ati vidades didáti cas, como reuniões, aulas, debates, seminários ou outras ati vida-des que envolvam a interação entre os parti cipantes.

> Convivência e interação por meio da construção de áre-as de convivência e espaços voltados à socialização dos usuários, contando com passeios públicos, paisagismo e áreas de lazer.

> Referências conceituais que remetam à cultura da co-munidade universitária, sem, no entanto, confi gurar-se como uma réplica das edifi cações reais.

> Construção de áreas voltadas à divulgação das ati vidades de Graduação, Pós-graduação e de Extensão bem como Vesti bular, dentre outras informações ou comunicações.

> Formação de docentes para apropriação e proposição de projetos envolvendo ensino-pesquisa e construção sob demanda de espaços temáti cos pelas diferentes Faculdades voltadas às ati vidades de ensino e pesquisa, como por exemplo: Museu da Matemáti ca, simulações de Física, dentro outros.

A área para realização de eventos foi concebida pela edifi cação de uma arena, com um palco central e arquiban-cadas a seu redor. O conceito de arena remete o usuário ao local onde ocorrem debates, espetáculos, congressos e todo ti po de evento, dando ênfase à parti cipação dos pre-sentes. Assim, o Web Currículo fi rma-se como um espaço de discussão sobre a integração das tecnologias de informação e comunicação ao currículo também no metaverso, com a parti cipação cada vez maior dos interessados no tema.

Endereço para acesso:Endereço para acesso:

Blog Web Currículo htt p://webcurriculo.wordpress.com/

Webconferência htt p://fm-openlearn.open.ac.uk/fm/4d6545-6792

Integração de Tecnologias de Informação e Comunicação ao Currículo em webconferência, blog e Second Lifeao Currículo em webconferência, blog e Second Life

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Daniela Melaré Vieira Barros e Alexandra Okada

O fl ashmeeti ng é um aplicati vo on-line fruto do projeto OpenLearn que é desenvolvido pela Open University, cujo ob-jeti vo é propiciar aprendizagem aberta através do acesso de re-cursos educacionais abertos e tecnologias gratuitas para forma-ção de redes de aprendizagem. O OpenLearn foi construído na plataforma Moodle e é composto por dois ambientes virtuais de aprendizagem: LearningSpace e o LabSpace. O Learningspa-ce <htt p://openlearn.open.ac.uk/> é um espaço de aprendiza-gem com materiais de acesso gratuito para alunos, professores e insti tuições.

Junto com o Projeto OpenLearn, surge a Comunidade Aberta de Pesquisa sobre Aprendizagem Colaborati va e Tecno-logias (COLEARN) com o lançamento em outubro de 2006. Atu-almente possui mais de uma centena de parti cipantes ati vos de vários países, principalmente do Brasil, Portugal, Espanha,

França, Reino Unido e Japão e milhares de usuários visitantes. Os parti cipantes são de várias áreas do conhecimento e inte-ressados em aprofundar conhecimentos nas tecnologias do co-nhecimento oferecidas no OpenLearn. O objeti vo do COLEARN é discuti r sobre o uso das tecnologias do conhecimento e na aprendizagem aberta on-line.

Atualmente um dos aplicati vos centrais da comunida-de é o Flashmeeti ng (FM) aplicati vo para videoconferências que pode ser uti lizado de inúmeras formas. Seu objeti vo é organi-zar webconferências temáti cas que integram apresentação e recursos interati vos. A característi ca principal desse aplicati vo é possibilitar um espaço gratuito e on-line de divulgação de tra-balhos, aulas seminários, eventos, propiciando assim material audiovisual que pode ser reuti lizado por qualquer professor acadêmico interessado no tema com seus alunos.

Existem inúmeras possibilidades de uso do FM para a educação. Destacamos aqui, em linhas gerais, algumas das pos-

sibilidades e os estudo que estão sendo realizados na área. Uso para videoconferências, para seminários e eventos no geral em que seja necessário reunir pessoas de diversas partes do mun-do com distâncias e horários diferentes. O FM reúne multi mídia em tempo real e isso é um grande potencial para a educação. Suas possibilidades de interati vidade são grandes. Tem uma interface amigável e fácil acesso. É totalmente on-line, não é necessária instalação de nenhuma aplicati vo. Aulas com até quatro aulas de duração. Atende a diversidade de necessidades de assimilação de informações e dados, contempla os diversos esti los de aprendizagem (investi gação atual sobre o aplicati vo). O trabalho docente tem facilidades como as opções de escrita e de apresentação de conteúdos. Pode ser gravado e se torna um rico material para ser revisto e acessado por outros.

Referências:Site do Colearn: htt p://colearn.open.ac.uk

2004 2005 2006 2007 Evolução em 2007

Evolução 04-07

Número de insti tuições credenciadas ou com cursos autorizados

166 217 225 257 14,20% 54,80%

Número de alunos nas insti tuições 309.957 504.204 778.458 972.826 24,90% 213,80%

Fonte: ABRAED 2008

Atividades coordenadas pela FAAP

Uso do Flashmeeting na educaçãoUso do Flashmeeting na educação

A Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) coordenou duas sessões no 7º SENAED – Seminário Na-cional de Educação a Distância. Estas sessões foram trans-miti das via streaming de vídeo, nos dias 26 e 27 de maio. Quem parti cipou teve a possibilidade de, em tempo real assisti r à transmissão de vídeo, parti cipar de um CHAT, usando a ferramenta do ADOBE CONNECT para colocar questões ao vivo aos palestrantes e, igualmente, interagir com os parti cipantes da sala e o moderador do chat.

As ati vidades foram coordenadas pela Profª Drª Marta de Campos Maia e o chat moderado pelo Prof. Dr. Luciano Gamez, Coordenadora Geral e Coordenador Pe-dagógico da Coordenadoria de Tecnologia Aplicada à Edu-cação da FAAP. Mais de trinta professores parti ciparam do bate-papo e responderam às enquetes específi cas que eram disponibilizadas durante o evento.

Na primeira videoconferência, realizada no dia 26/05, sob o tema “Potencializando processos de ensino e aprendizagem com o uso de tecnologias educacionais”, a Profa. Marta apresentou as oportunidades de uso de tecnologia de educação a distância, o estado da arte em EAD e as aplicações das tecnologias educacionais no ensi-no presencial. Apresentou números que refl etem o cená-rio da EAD no Brasil e no mundo hoje, baseado em dados do Anuário Brasileiro Estatí sti co de Educação Aberta e a Distância – ABRAEAD, 2008: a geografi a da EAD, o perfi l dos alunos, como se faz EAD no Brasil e dados de evasão nesta modalidade.

Foram debati dos temas como o perfi l do Bra-sil como líder em tecnologias digitais, demonstrando os avanços da tecnologia e os objeti vos de aplicação de tecnologias na educação. O perfi l do novo aluno exige o fornecimento de alternati vas para uti lização de novas ferramentas da web 2.0, tendo como perspecti va um alu-

no que reúne competências de cidadão críti co e atuante, comprometi do com uma nova dinâmica social, autônomo e capaz de solucionar problemas, de visão multi discipli-nar, e capacidade de gerar resultados por meio de equi-pes virtuais. Neste cenário, a potencialidade de uti lização de aplicações pedagógicas de ferramentas como wikis, blogs, fóruns, podcast, second life e LMS (learning ma-nagement system) para gerenciar processos de ensino e aprendizagem tornam-se fundamentais. Maia destacou ainda os principais mitos relacionados às tecnologias apli-cadas à educação, mostrando os desafi os atuais que os educadores deverão enfrentar. Trata-se das resistências em relação ao modelo pedagógico da EAD.

A principal mensagem que pode-se abstrair de sua palestra é a de que o foco no projeto pedagógico deve ser forte o sufi ciente para que o desenvolvimento de no-vas tecnologias e metodologias seja por ele permeado. Para Maia, “as salas de aula e as escolas, assim como as conhecemos hoje, terão que mudar a maneira de se fazer educação, em todos os seus tempos e espaços, seja na modalidade presencial ou a distância”.

A segunda videoconferência coordenada pela FAAP, realizada no dia 27/05, abordou o processo de Certi fi cação Profi ssional em Educação a Distância, uma iniciati va da ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância) em parceria com a EDEXCEL, empresa do gru-po Pearson, especializada em avaliações e certi fi cação in-ternacional de competências, com mais de 150 anos de

experiência. Parti ciparam da mesa os professores Frede-ric Litt o, Marta Maia, Lucia-no Gamez, Arlett e Guilbert, Rita Tarcia e Mavi Polo, todos membros da ABED.

Os palestrantes es-clareceram sobre o processo de certi fi cação, desti nada nesta primeira fase ao gestor, ou interessado em tornar-se gestor de programas de edu-

cação fl exível e a distância, tanto de uma insti tuição de en-sino, uma universidade corporati va, uma enti dade cultural ou órgão do governo. O grupo debateu também sobre os objeti vos e etapas do programa e a intenção da ABED com este projeto, de permiti r a identi fi cação de profi ssionais que dominam as competências consideradas necessárias para

a t u a r com êxito na área, e com isso manter alta a qualidade da práti ca da Edu-cação a Distância no país.

A Educação a Dis-tância movimenta cerca de 1 bi-lhão de reais por ano, compreende mais de 2,5 milhões de consumidores e vem crescendo cerca de 20% ao ano, precisa de algum ti po de certi fi cação para os profi ssionais que nele atuam.

Nesta sessão, foi esclarecido que a parceria internacional ABED/EDEXCEL, no programa de certifi-cação, permitirá o reconhecimento, pela comunidade de profissionais de educação à distância, da demons-tração de aptidão para executar satisfatoriamente atividades como gestor em programas de educação à distância. Para o professor Litto, presidente da ABED, “a chancela da Edexcel garante portabilidade e reco-nhecimento internacional das competências certifica-das no mercado de trabalho de diversos países, por se tratar do maior e mais importante órgão certifica-dor de competências da atualidade, certificando mais de quatro milhões de pessoas anualmente no mundo todo”.

O processo de certi fi cação foi explicado detalha-damente, e compreenderá as seguintes etapas: análise do curriculum vitae, apresentação de portf ólios e avaliação presencial. Sendo bem sucedido nas três etapas, o candi-dato receberá o certi fi cado ABED/EDEXCEL de Gestor de Educação Flexível e a Distância.

Mais informações sobre o programa de Certi fi ca-ção profi ssional em EAD estão disponíveis no site www2.abed.org.br.

Após o encerramento do evento, ambas video-conferências foram disponibilizadas no portal do 7º SE-NAED, permitindo, ao público em geral, ver ou rever, em acesso remoto, as palestras proferidas pela equipe de professores.

Para os interessados, uma linha de discussão foi aberta para conti nuidade do debate a parti r do link do evento, que pode ser acessado a parti r do portal da ABED.

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Ensino e Aprendizagem em MetaversoEnsino e Aprendizagem em MetaversoDaiana Trein

[email protected]

O Grupo de Pesquisa Educação Digital - GP e-du UNISINOS/CNPq, vincula-do ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS, coordenado pela Professora Dra. Eliane Schlemmer, foi cria-do em 2004, realiza projetos de pesquisa e desenvolvimento na área da Educação Digital e tem como principal característi ca a interdisciplinaridade, pois é consti tuído por professores pesquisadores, doutorandos, mestrandos, egressos do mestrado em Educação, bolsistas de iniciação cienti fi ca oriundos de diferentes áreas do co-nhecimento e, ainda, alguns professores pesquisadores de outras universidades, o que resulta num enriquecimento do grupo, devido a natureza das trocas que acon-tecem.

Dentre as pesquisas do grupo estão a formação de professores saberes do-centes , mediações pedagógicas, processos cogniti vos e sócio-cogniti vos no uso de Tecnologias Digitais Virtuais (AVAs, Agentes Comunicati vos, Metaversos, Realidade Virtual, Avatares, ECODI), na modalidade presencial fí sica e na modalidade online (e-Learning, b-Learning, m-Learning, p-Learning e u-Learning), comunidades virtu-ais de aprendizagem e de práti ca na sociedade em rede, gestão da informação e da interação, entre outras.

As ati vidades desenvolvidas pelo GP e-du UNISINOS/CNPq no 7º SENAED, as quais estavam orientadas a uti lização de Tecnologias de Metaverso (Acti ve Worl-ds e Second Life), buscou contemplar as sugestões enviadas pelos parti cipantes do evento, bem como a diversidade de pesquisas e temáti cas que o grupo vem dis-cuti ndo ao longo destes cinco anos. Para isto, foi organizado um cronograma de encontros que possibilitou a discussão em diferentes momentos, durante os dias 23 e 29 de maio de 2009, dentro do período de realização do 7º SENAED. Percebe-mos que existe uma grande curiosidade dos educadores em torno da uti lização da tecnologia de Metaverso em processos de ensino e de aprendizagem. Por ser uma tecnologia nova, muitos anseiam em descobrir suas potencialidades e em conhe-cer o “que realmente está sendo desenvolvido com esta tecnologia no contexto da Educação, tanto formal quanto corporati va”. Assim, buscamos em diferentes mo-mentos socializar o conhecimento que temos produzido em nossas pesquisas, pro-vocando os parti cipantes a refl eti r sobre conceitos e práti cas, trocar informações, discuti r e comparti lhar experiências e idéias. Enfi m, consti tuímos durante o evento do 7º SENAED uma comunidade com os parti cipantes que se disponibilizaram a estar conosco de forma digital virtual na Ilha UNISINOS e na Ilha RICESU.

No dia 23 de maio 2009 iniciamos as nossas ati vidades com uma “Abertura Ofi cial” do evento, uma confraternização no Espaço do GP e-du na Ilha UNISINOS/Second Life, onde foi apresentada a proposta da ati vidade e também o espaço para o recebimento de sugestões de temáti cas para ampliar as discussões durante a semana. Este primeiro momento foi repleto de vários questi onamentos. Muitos parti cipantes estavam entrando pela primeira vez em um Mundo Digital Virtual em 3D (MDV3D) e ainda estavam aprendendo a movimentar os seus avatares e a con-fi gurar as ferramentas de áudio. O processo de adaptação à uti lização de uma nova tecnologia, muitas vezes é permeado por um senti mento de resistência. Esse foi um dos tópicos discuti dos com os parti cipantes. Alguns relataram uma felicidade imensa em “estar lá”, outros revelaram um senti mento de medo e angústi a, que foi minimizado no viver e conviver nestes espaços.

“Creio que por mais que tenha sido difí cil para alguns se acostumarem com a experiência, foi muito proveitosa para aqueles que se esforçaram, seja tendo su-

cesso ou não, pois dessa forma, muitos preconceitos relati vos às novas tecnologias foram quebrados e estes com certeza saíram de lá não só tendo um conhecimento

maior sobre os assuntos tratados em cada um dos eventos, mas também com uma experiência nova e que lhes poderá ser muito úti l no futuro.” Guilhermo

Heldt – integrante da equipe do GP e-duA elaboração do projeto da “Ilha UNISINOS”, incluindo os aspectos técni-

cos, didáti cos e pedagógicos, foi apresentada pela bolsista de iniciação cientí fi ca Helena "Sayien" Soares e pela profa. Dra. Eliane Schlemmer, no dia 25 de maio de 2009. Uma das questões fundantes quando pensamos na uti lização de MDV3D nos processos de ensinar e de aprender, é pensar nos professores que uti lizam estes espaços, na formação destes professores. Esta foi a temáti ca abordada por Eliane Schlemmer durante a ati vidade “A formação do educador na interação com o AVA em Mundos Virtuais: Percepções e Representações”, onde foram trazidos alguns dados da pesquisa de mesmo nome, realizada de 03/ 2005 a 03/2007. O principal resultado obti do por esta pesquisa diz respeito à criação e teorização sobre o con-ceito de Espaço de Convivência Digital Virtual – ECODI (ver publicações GP e-du).

O dia 25 também foi dia de ati vidades no Metaverso Eduverse (versão edu-cacional do Acti ve Worlds), onde Luciana Backes desenvolveu a ati vidade inti tulada "Os processos de autonomia e de autoria na construção de mundos virtuais", por meio do mundo AWSINOS. Os parti cipantes acessaram a Vila Aprendizagem em Mundos Virtuais, localizada numa das dimensões do AWSINOS, representados por avatares, a fi m de interagir com os demais parti cipantes para uma refl exão sobre o processo de ensino e de aprendizagem em mundos digitais virtuais em 3D.

As pesquisas e atuais ati vidades do GP e-du UNISINOS/CNPq foram pauta de discussão no dia 26 de maio de 2009, com a apresentação da profa. Dra. Eliane Schlemmer, da doutoranda Suzana Nicolodi, da mestranda Priscila Severino, dos bolsistas de iniciação cientí fi ca Guilmermo Heldt e Helena "Sayien" Soares do “ECO-DI STRICTO”, ambiente que faz parte da pesquisa “ECODI-PPGs UNISINOS: uma pro-posta para a formação de pesquisadores”, relacionada aos processos de ensino e de

aprendizagem em ambientes computacionais via Web, tendo como objeto a rela-ção Programas de Pós Graduação - PPGs e as Tecnologias Digitais Virtuais e, como foco, a criação de um espaço de informação, de interação e de pesquisa, para o desenvolvimento de práti cas pedagógicas e processos de formação de professores, no contexto dos PPGs da UNISINOS, uti lizando a tecnologia de ECODI. Em seguida, a profa. Dra. Suzane Garrido, coordenadora atual da UNISINOS VIRTUAL, juntou-se a equipe do GP e-du para falar do projeto “ECODI UNISINOS VIRTUAL”, projeto de pesquisa e desenvolvimento que se refere a criação de um ECODI para a oferta de Educação Online no contexto da UNISINOS VIRTUAL; dentre os objeti vos do projeto está a possibilidade de, a parti r da representação 3D e do seu desenho, refl eti r uma proposta metodológica que promova processos educati vos fundamentados em uma concepção construti vista-interacionista-sistêmica.

“Durante minha parti cipação no 7º SENAED apresentei o projeto que eu e a Suzana estamos elaborando para a disciplina de Leitura Dirigida. Nós estamos

construindo, dentro do Second Life, nossas representação referentes a Educação na Cibercultura. Durante nossa apresentação recebemos críti cas, elogios e muito

incenti vo para conti nuar o nosso trabalho. Isto foi muito grati fi cante e fez com que analisássemos nosso trabalho e se estamos representando nossas interpretações

de uma forma clara. Parti cipei também das apresentações do Projeto ECODI UNIS-NOS e do Grupo de Pesquisa GPe-du onde percebi a intensa troca de experiências,

o interesse pelo uso do Second Life no processo educacional e, principalmente, como usar esta ferramenta no processo, pois parece que ainda não estão claras

todas as suas potencialidades. O Second Life permiti u uma interação com pessoas de qualquer parte do Brasil, sem sair do aconchego de casa, durante o evento.

Priscila Severino – integrante da equipe do GP e-duDurante a “Roda de conversa”, no dia 27 de maio de 2009, no espaço do GP

e-du, na Ilha UNISINOS, foram realizadas uma refl exão e a discussão sobre as ati vida-des desenvolvidas até aquele momento. Essa “Roda de conversa”, se consti tuiu num importante espaço também para questi onamentos, discussão de conceitos, compar-ti lhamento de vivências e senti mentos ocorridos durante o evento. Este momento de descontração e de aprendizagem foi um dos mais movimentados do 7º SENAED. O espaço fi cou pequeno para tantos avatares! A cada dia, percebíamos que um núme-ro maior de avatares assisti a e parti cipava das ati vidades, muitos as acompanhavam diariamente nos momentos síncronos e também assíncronos no blog e twitt er do GP e-du, possibilidade criada pelo formato do 7º SENAED: totalmente online!

“O 7º Senaed, a meu ver, foi um momento de conhecer o que tem de mais atual em tecnologia e educação, além de ter a possibilidade de escolher na programa-

ção o que mais interessava para poder parti cipar. As ati vidades aconteciam e quem não ti nha condições de parti cipar sincronamente, poderia acompanhar pela

WebRadio ABED. Assim, quem acompanhava o blog ti nha condições de estar por dentro do que estava acontecendo. Quem acompanhava sincronamente, experien-ciava as várias tecnologias, como por exemplo, o Second Life ou audioconferência,

webconferência, etc...” Ederson Locatelli – integrante da equipe do GP e-du

Um dos momentos igualmente marcantes do 7º SENAED, no que se refere às ati vidades realizadas pelo GP e-du UNISINOS/CNPq, mais especifi camente no con-texto do Metaverso Second Life, ocorreu no dia 28 de maio de 2009, na Ilha RICESU/Second Life, onde foi apresentado o projeto de desenvolvimento realizado pelo GP e-du em 2008 para a Rede de Insti tuições Católicas de Ensino Superior – RICESU. A ati vidade iniciou pela apresentação da profa. Dra. Eliane Schlemmer do Projeto ECO-DI-RICESU, incluindo a construção da própria Ilha (planejamento e desenvolvimento urbano-arquitetônico e técnico-didáti co-pedagógico,). Em seguida, foi a vez do prof. Jeferson Pistori, da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB de Campo Grande- MS). Atual coordenador da RICESU, falou sobre as perspecti vas da Rede em relação à ação realizada no contexto do Metaverso Second Life e também dos projetos futuros. Na sequência, a mestranda Daiana Trein abordou os processos formati vos realizados com 45 integrantes das treze diferentes insti tuições de ensino superior católico, que atualmente compõe a RICESU, no contexto do projeto ECODI-RICESU. Durante a reali-zação destes processos formati vos, os parti cipantes esti veram juntos de forma digital virtual, exploraram as potencialidades do Second Life e construíram os seus projetos, a parti r da concepção pedagógica de cada insti tuição. Esta foi a deixa para as ati vida-des seguintes, onde os avatares parti cipantes do 7º SENAED puderam parti cipar de uma visita guiada e explicati va dos espaços construídos por algumas das equipes que parti ciparam dos processos formati vos no contexto do projeto ECODI-RICESU, tais como: PUC-RS (apresentado por Luciano Kercher Greis), Centro Universitário Clare-ti ano (apresentado por Raphael Fantacini), PUC-SP (apresentado por Maria Elizabeth Almeida, Maria da Graça Moreira e Renata Aquino) e UNILASALLE (apresentada por Patrícia Kayser, Ana Margô Mantovani e Fábio Zappas).

O últi mo dia de ati vidades do GP e-du no 7º SENAED foi composto por dois momentos: a apresentação da pesquisa atual da mestranda Daiana Trein, inti tulada “Educação Online em Metaverso: A mediação Pedagógica por meio da Telepresença via Avatar em Mundos Digitais Virtuais em 3D” e do “Encerramento” das ati vidades.

“Apresentar a minha pesquisa no 7º SENAED foi realmente grati fi cante. Discuti r a questão da “presença” e “telepresença” em ambientes digitais virtuais com avata-res que estavam vivenciando este senti mento naquele momento trouxe elementos importantí ssimos no que se refere a identi dade digital virtual dos sujeitos e o “sen-ti r-se representado” por um avatar. Além de ter sido um espaço de socialização da

pesquisa e de seus resultados até o momento, foi também uma oportunidade de aprendizagem inesquecível.” Daiana Trein - integrante da equipe do GP e-du

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Adriana Rocha Bruno (FACED-UFJF)Maria Teresa de Assunção Freitas (FACED-UFJF)

Há aproximadamente uma década, a Faculdade de Educação – FACED, da Universidade Federal de Juiz de Fora/MG, investi ga e desenvolve ações ligadas ao uso das tecnologias na área de educação e, mais recentemente, na área de Educação a distância.

Nestes anos todos, alguns grupos de pesquisa da FACED dedicaram especial atenção às questões relaciona-das às tecnologias da informação e comunicação e suas implicações na educação, dentre eles o LIC (Linguagem, in-formação e conhecimento). A parti r do referencial teórico histórico-cultural, o LIC desenvolve pesquisas enfocando a formação inicial e conti nuada de professores frente aos desafi os postos pela inserção do computador/internet na escola, integrando questões relacionadas ao letramento digital e aprendizagem.

Analisar como o envolvimento de professores de ensino superior com a Educação a Distância e as TIC, repre-senta um passo importante para a compreensão do com-putador e da internet como instrumentos de aprendizagem e para o trabalho com o ensino presencial. Nessa direção, apresentamos no 7º SENAED os resultados de algumas das investi gações desenvolvidas e também os encaminhamen-tos do Curso de Pedagogia a distância (Sistema UAB) reali-zado pela UFJF, cujo foco central da discussão versou sobre a relação professor e tutor no Curso de Pedagogia-UAB.

Parti ndo de algumas das investi gações realizadas no LIC, nessa apresentação foram focalizadas especifi ca-mente três pesquisas direcionadas para a formação inicial de professores na Faculdade de Educação da UFJF, que abarcaram a inserção do computador e da internet no Cur-so de Pedagogia e nas licenciaturas da FACED/UFJF, e se consti tuíram em dissertações de mestrado.

A primeira delas, inti tulada “O computador/inter-net nas vozes de futuros pedagogos: uma relação em for-mação” (FERNANDES, 2005), buscou compreender o uso do computador/internet no seu processo de formação inicial, bem como o que estes alunos pensam a respeito da presença dessa tecnologia em ambiente escolar. Os re-sultados desta investi gação destacaram que: os docentes ainda não haviam se integrado de fato à cibercultura; não vinculavam ati vidades à sua práti ca pedagógica; o compu-tador e a Internet estavam presentes no referido Curso de Pedagogia levados pelas mãos dos alunos, mas seu uso era apenas instrucional; havia difi culdade de acesso a compu-tadores e internet, na própria Faculdade de Educação.

A pesquisa “Práti cas discursivas no Fórum de Dis-cussões do Projeto Veredas: uma alternati va de aprendiza-gem?” (RAMOS, 2004), se pautou nas práti cas discursivas presentes no Fórum, para compreender como o uso da internet pode possibilitar uma efeti va interação entre os atores envolvidos. Os resultados indicaram que este recur-so (fórum) é uma interessante alternati va para a interação e para a mediação no processo de aprendizagem; facilita contatos e contribui para a aprendizagem coleti va, oferece possibilidades para a consti tuição de um grupo cooperati -vo/colaborati vo.

Em “O infocentro na UFJF e o curso de pedago-gia: construindo novos senti dos para a formação inicial de professores?” (PEROTTA,2008), a pesquisadora investi gou como alunos do curso de Pedagogia faziam uso do infocen-tro e como este uso se refl eti a em sua formação inicial. Os dados revelaram que havia pouca uti lização dos alunos de Pedagogia em relação ao Infocentro; falta de divulgação do Infocentro entre os alunos e professores; os problemas estruturais do próprio Infocentro, como: o horário de fun-cionamento, a não manutenção constante do maquinário, a ausência de um drive de cd em todos os computadores e as difi culdade no uso do Soft ware Livre: Linux, eram obstá-culos para sua uti lização. Os alunos da Pedagogia, por sua vez, não senti am necessidade para uti lizar o infocentro , os professores não envolviam o uso das TIC em suas propos-tas pedagógicas.

De acordo com Coêlho (2006, p. 48), mais impor-tante que a preocupação com a operação das máquinas, é “a compreensão do mundo tecnológico, de seus proble-mas, importância e beleza”, o que pode acontecer através

de discussões que abarquem os limites, possibilidades, pressupostos e implicações das TIC, seja na esfera indivi-dual ou social, seja em relação ao poder, à manipulação, à privacidade, à informação ou à liberdade de expressão.

O ano de 2008 começou marcando importantes mudanças na FACED quanto a uma nova organização ad-ministrati va, uma expansão do trabalho docente além do presencial e uma reforma curricular implantada. Seu qua-dro docente estava se ampliando com a contração de no-vos professores. Alguns professores contratados já traziam uma experiência no trabalho com as tecnologias digitais relacionas à Educação. Outros conti nuavam a experiência com a educação a distância iniciada com o Projeto Veredas em novos cursos como o de Gestão Educacional e o Curso online de Pedagogia oferecido pelo Núcleo de Educação a Distância da UFJF (NEAD). Foi quando surgiu uma nova de-manda de EAD com a Universidade Aberta do Brasil (UAB) envolvendo vários professores da FACED.

Na reformulação curricular do Curso de Pedago-gia, foram criadas duas novas disciplinas que envolviam as tecnologias da informação e comunicação na educação e também a educação online. Diante deste cenário, notou-se a aproximação dos professores do uso pedagógico do com-putador e internet e também que as preocupações com es-sas tecnologias passaram a ser contempladas pela própria estrutura organizacional da FACED e pelo novo currículo do curso de Pedagogia. A demanda do Curso de Pedagogia a distância (UAB), na FACED, favoreceu ainda mais a imersão de alguns dos professores nos ambientes virtuais e, neste momento, notamos um crescimento signifi cati vo de ações docentes com o uso das tecnologias em sala de aula.

No início de setembro de 2007, demos início ao Curso de Pedagogia a distância (UAB). Não foi o primei-ro curso, pois outros projetos foram desenvolvidos como mencionamos anteriormente.

Este Curso de Pedagogia apresenta diferenciais em relação às propostas de cursos realizadas em outras insti -tuições pelo sistema UAB. O curso atende a dez pólos, dis-tribuídos pelo estado de Minas Gerais. Possui, atualmente, 12 professores, 98 tutores a distância, 30 tutores presen-ciais e 680 alunos. Os alunos são, em sua maioria, do sexo feminino, ti veram entre 11 a 12 anos de estudos na Educa-ção Básica em escola pública, e têm, em média, uma renda mensal de até três salários mínimos.

O projeto pedagógico do curso foi construído a par-ti r da reformulação curricular desenvolvida para o Curso de Pedagogia (presencial) da UFJF, o que veio ao encontro do objeti vo da FACED de não dividir em dois os cursos de Pedagogia: um distância e um presencial, mas de buscar a mesma qualidade nos dois formatos.

O trabalho é desenvolvido por equipes colegiadas e os professores e equipe de coordenação são docentes e pesquisadores da UFJF (ati vos ou aposentados). Os tutores (professor tutor) a distância são mediadores pedagógicos nas disciplinas específi cas, devem ter aderência à área de conhecimento em que irão atuar e domínio tecnológi-co dos recursos disponíveis, especialmente a Plataforma Moodle. Os materiais didáti cos são selecionados e produ-zidos pela equipe técnico-pedagógica, composta por todos os profi ssionais que atuam no curso. A opção foi pela hiper-modalidade e não pela fi xação em materiais impressos. A formação conti nuada de professores e de tutores é marca do Projeto Pedagógico e por isso reuniões (semanais, quin-zenais, mensais) ocorrem ao longo dos semestres.

Estas ações desenvolvidas na FACED, foco de pes-quisas e intervenções nas práti cas pedagógicas, estão representando mudanças na cultura e práti ca docentes, abarcando tanto a modalidade presencial quanto a distân-cia. É notória a infl uência que as experiências e referências do presencial exercem nas práti cas a distância. Porém, evi-dencia-se, claramente, mudanças relevantes nas práti cas docentes desenvolvidas no presencial, fruto das vivências dos professores com os ambientes online.

Desse modo, a questão que tem norteado nossas investi gações atuais e que comparti lhamos aqui na busca de diálogo é: Quais os refl exos que esse trabalho dos pro-fessores com a EAD podem ter na relação destes docentes com o ensino presencial no Curso de Pedagogia e Licencia-turas da FACED/UFJF?

O uso das tecnologias e a infl uência da EaD na prática do Ensino Superior: uma experiência com os professores da FACED/UFJF

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Formação online de professores da educação básica: o delicado equilíbrio entre as dimensões temporais cronológica e kairológica.

Lucila Pesce e Ana Hessel (PUC/SP)

Na análise da temporalidade dos programas de for-mação online de professores da educação básica, o pre-sente texto discute a construção social do tempo. Em con-traposição ao primado da dimensão temporal objeti va na Educação a Distância (EAD), o estudo, com base na vertente dialógica de formação de educadores, aponta a necessidade de se buscar uma orquestração mais harmoniosa entre o tempo objeti vo e o tempo vivencial, para que tais progra-mas de formação de fato ecoem na subjeti vidade dos edu-cadores. Para tanto, apóia-se em um marco teórico sobre a construção social do tempo, mediante incursão aos estudos de Abbagnano (1998), Pineau (2003), Aguiar (2000), Gle-zer (2001), Woodcock (1998) e Piazze (2007). Com Asmann (1998) – que traz as dimensões cronológica e kairológica / vivencial do tempo – e Tardif & Lessard (2007), o presente estudo pensa a problemáti ca da temporalidade no contexto da formação online de educadores.

A transposição dos conceitos dos teóricos acima anunciados para o objeto de análise do presente estudo conduz à seguinte questão: em que medida programas de formação online de educadores em que formadores e formandos não dispõem de autonomia sobre o tempo de aprendizagem podem promover uma aprendizagem signi-fi cati va?

Apostando na complexidade dos processos sociais, a formação docente dialógica defendida neste estudo sabe que não há receitas a seguir; do mesmo modo, não há o que justi fi que o imediati smo, o presenti smo, a hegemonia cronológica. Ao contrário, a formação docente dialógica, por atentar à temporalidade inerente à consti tuição dos profi ssionais da educação, milita na tênue linha entre as duas dimensões: cronológica e kairológica. A atenção ao tempo kairológico, nos programas de formação online de educadores, pode se desdobrar na noção prospecti va de tempo como estrutura de possibilidades. Nessa linha de raciocínio, a vertente dialógica de formação, ao atentar para a dimensão kairológica nos processos de aprendiza-gem, busca trabalhar em prol da construção signifi cati va de saberes, pelos educadores. Isso pode trazer consequ-ências positi vas à construção coleti va dos enfrentamentos

aos desafi os que se lhes apresentam no coti diano esco-lar. Por isso, milita em prol da autonomia, na condução do tempo inerente aos processos de formação, por ambos os sujeitos sociais que parti cipam desse processo: formador e professor em formação.

Tal entendimento invita à seguinte proposição: os programas de formação online de educadores com certi -fi cação em nível superior devem manter o tempo original da graduação, em consideração às circunstâncias históricas desses profi ssionais. Se, por um lado, os professores em formação já têm signifi cati va experiência na docência, por outro, não é raro demonstrarem frágil competência leito-ra e escritora, tênue repertório conceitual e difi culdade em aprender no ritmo proposto por tais programas, em face das múlti plas tarefas coti dianas assumidas. Do mesmo modo, os programas de formação conti nuada devem se preocupar com a adequada equação do tempo inerente aos processos de formação, para que o tempo vivencial dos educadores não seja solapado.

O propósito de refundamentar os programas de formação docente online a parti r da vertente dialógica ma-terializa-se, neste texto, no painel histórico da construção social do tempo, no alerta para a hegemonia cronológica da temporalidade em boa parte desses programas e na pro-posta de novos modos de objeti vação do tempo em tais es-paços de formação, em que se busque um equilíbrio mais harmonioso entre as dimensões temporais cronológica e kairológica / vivencial.

A discussão dos resultados da pesquisa anuncia que a racionalidade instrumental voltada à consolidação dos in-teresses do capitalismo tardio, quando presente nos progra-mas de formação online de educadores, solapa a possibili-dade de se promover um processo de formação respeitoso e signifi cati vo para o formando. Por essa razão, a perspec-ti va dialógica de formação de educadores, advogada neste estudo, embasa o entendimento de que os programas de formação online de educadores devem dar especial atenção ao mundo da vida do educador, às circunstâncias históricas que consti tuem sua identi dade, dentre as quais a singular dimensão vivencial do tempo, para que os processos de formação possam de fato ecoar nas subjeti vidades desses sujeitos sociais

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A homologação da deliberação nº 77/08, pelo CEE- Conselho Estadual de Edu-cação, que dispõe sobre a autorização da modalidade Educação a Distância - EaD - para escolas de Ensino Médio do Estado de São Paulo, e a proposta do Ministério da Educa-ção - MEC , que pretende apoiar currículos inovadores para o Ensino Médio, fomentan-do nas escolas a discussão do currículo sem a divisão por disciplinas e o uso ampliado de ferramentas das TICs no Ensino Fundamental, vieram acrescentar mais um tempero às discussões que já ocorrem sobre como incorporar novas tecnologias às práti cas edu-cacionais.

Estas ações denotam a intenção de esti mular diferentes formas de organizar e garanti r o saber, entretanto, para que realmente sejam um marco, é necessário observar todos os aspectos envolvidos, de forma que possamos sair do papel para a práti ca. Isto equivale a dizer que, para uti lizar estes recursos com qualidade é preciso pensar nos alu-nos, no currículo, na formação de professores, na organização das escolas, nos espaços fí sicos e na população como um todo, incluindo os aspectos pedagógicos, fi losófi cos e psicológicos que envolvem a educação, seja ela presencial ou a distância: Qual o ti po de cidadão que pretendemos formar?

Com o intuito de interagir e contextualizar na práti ca, como as ferramentas de diversas plataformas podem ser adequadamente uti lizadas, o 7º Seminário Nacional de Educação a Distância - SENAED -, que ocorreu entre os dias 23 e 31 de maio, com a parti cipação de diferentes profi ssionais atuantes nas áreas de EaD, disponibilizou-se na programação de ati vidades assíncronas do evento, a temáti ca “Tecnologias e EaD no Ensino Fundamental e Médio”, uti lizando o ambiente virtual de aprendizagem Moodle.

A ati vidade buscou desencadear e ampliar a refl exão sobre a constante mudança nos paradigmas educacionais e suas implicações que fazem emergir desta realidade novas formas de aprender, ensinar e de gerenciar o conhecimento. Discuti r a introdução à EaD na Educação Básica, requer de seus atores a diferenciação do que é informação e o que é conhecimento, pois, enquanto a primeira é encontrada em vários suportes, conhecimento prescinde da ação do indivíduo sobre a informação, é um processo cogniti vo.

Como estratégia para fomentar os debates no ambiente Moodle, foram criadas cinco áreas com materiais para aprofundamento: Fórum de notí cias, Legislação, Ensi-

no Fundamental, Ati vidade Práti ca e Ensino Médio. Dessa experiência grati fi cante, elencamos os principais elementos envolvidos para uma EaD de qualidade sob o

ponto de vista das Tecnologias disponíveis e adequadas para o Ensino Funda-mental e Médio, a saber: Novas formas de organizar conteúdos, caracterís-

ti cas dos alunos pequenos e novos desafi os para o professor.Durante os debates, fi cou latente o posicionamento de que

a EaD deve ser planejada e moldada para cada realidade local, ou seja, aplicar um conteúdo através de uma ferramenta virtual,

apenas para cumprir uma determinação, sem saber se, de fato, é o mais adequado e atende às necessidades dos alunos, não

garante que estas estarão favorecendo a construção do seu conhecimento.

Considerando E-learning ou AVAs - Ambientes Virtuais de Aprendizagem como foco, pensar em EaD na educação básica signifi ca desenvolver ações para o Ensino Fundamental e Médio, onde alunos e professores possam ser protagonistas e sujeitos ati vos, prontos a apropria-rem-se das tecnologias educacionais como mediadoras do seu próprio processo de aprendizagem com vistas à aquisição de conhecimento.

Frequentemente nas séries iniciais do Ensino Fundamental os usos de plataformas para EaD, pela web, ainda fi cam restritos a cursos de capacitação de profes-sores, fato que se justi fi ca diante do grande potencial dos ambientes virtuais de aprendizagem e a difi culdade de li-

dar com tantas possibilidades num primeiro momento. Os professores precisam se apropriar e interagir para poder

Tecnologias e Ea Tecnologias e Ea D no Ensino FundamEnsino Fundam ental e Médio

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colocar-se no lugar dos alunos e expandir sua práti ca, seja para publicar e disponibilizar as produções da turma aos interessados, seja na intermediação da comunicação entre alu-nos. É importante pontuar que a uti lização desses ambientes implica não só no uso de ferramentas, mas em novas formas de se comunicar e isto cria diferentes situações de aprendizagem - por causa da tecnologia - que antes seriam impossíveis ou muito difí ceis de serem concebidas.

Para gerenciar essas diversas possibilidades, vale ressaltar que, para os alunos do Ensino Fundamental, é importante que o professor introduza a vivência, uso e produção de materiais pelos alunos, tendo como suporte as ferramentas de comunicação, nas aulas presenciais: blogs, fóruns, podcasts, e-mail, listas, chat, vídeo conferência e outros. Nesses primeiros passos, a presença fí sica do professor é importante, considerando que, na infân-cia, há a necessidade do que é concreto e palpável e que estes alunos ainda passarão por um longo processo até ati ngirem maiores graus de abstração.

Entretanto, a orientação realizada pelo professor não deve fi car restrita apenas ao uso das ferramentas, precisa envolver conteúdos ati tudinais propiciando o desenvol-vimento e aquisição de competências para estudar autonomamente. Este professor é o que chamamos de Professor 2.0, aquele que precisa ter um perfi l de facilitador na busca e na seleção de informações, criador de estratégias e orientador de seus alunos para trans-formar toda informação em conhecimento. É necessário que este profi ssional auxilie nas relações que seus alunos venham a fazer de suas produções, com a realidade vivida, e a engendrar transformações no entorno da Insti tuição de Ensino à qual estão inseridos por intermédio da aplicação práti ca desse conhecimento, promovendo junto aos alunos a au-tonomia na tomada de decisões sobre seu aprendizado e a tomada de consciência quanto às consequências de suas decisões.

Os alunos do Ensino Médio também precisam ser bem orientados, embora conhe-çam o Orkut, o MSN, o Twitt er, entre outros, não signifi ca que saibam uti lizar-se destes para o estudo, busca de informações e produção de conhecimento. E eles só irão construir conhe-cimento se tomarem contato com situações de aprendizagem que propiciem o uso desses suportes para exercitar a atenção, a memória e o pensamento autônomo. Todo este aparato só será úti l se permiti r interligar as experiências individuais em redes de parcerias e comuni-cação, visando o aperfeiçoamento pessoal e a intervenção na realidade que o circunda.

A uti lização de AVAs vem gradati vamente se expandindo em todos os níveis de ensino, não apenas pela capacidade de estruturar conteúdos, ampliada fl exibilidade no tratamento da informação e organização de programas de aprendizagem, mas, também, por serem capazes de reduzir as barreiras do espaço e do tempo, permiti ndo agregar uma gama de ferramentas educacionais síncronas ou assíncronas em um único local. Por isso, é importante questi onar para qual propósito pedagógico o professor uti lizará determina-das ferramentas em detrimento de outras e desenvolver uma cultura digital. Lembrando que as novas tecnologias são formas de expressão e não apenas uma caixa de ferramen-tas a serem escolhidas para operar esse ou aquele conteúdo. Nesse caminho, novas possibilidades poderão surgir.

Para ati ngir esse patamar, é imprescindível a formação conti nuada dos professo-res, pois não basta transpor o conteúdo da aula presencial para um ambiente AVA. Para que se faça EaD de qualidade, os professores devem planejar e elencar um conjunto de elementos didáti cos, mas, para tanto, não são as ferramentas de últi ma geração que marcarão o futuro na educação, mas os novos papéis a serem desempenhados por pro-fessores cada vez mais orientadores e alunos cada vez mais investi gadores.

Texto elaborado por: Analúcia de Oliveira Morales Vilha e Rú-bia Armelini Coordenadoras de Tecnologia da Informação Educa-cional, atuam na formação conti nuada de professores no uso de mídias e novas tecnologias, são docentes em cursos de Graduação e Pós-Graduação em Recursos Tecnológicos no Processo Educativo, gestoras e tutoras de cursos a distância e membros fundadores da Abequar As-sessoria Educacional. Publicado originalmente na Revista Dirigida, nº 3 /Julho 2009

Contatos:

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Ms. Paulo Gaspar Graziola Junior*Programa de Pós-Graduação em Educação – UNISINOS

Profa. Dra. Amarolinda Zanela Saccol**Programa de Pós-Graduação em Administração – UNISINOS

Estamos vivendo um momento de profundas transformações na sociedade, a partir do uso de dife-rentes Tecnologias Digitais (TDs), nos mais variados do-mínios que envolvem o nosso cotidiano. No âmbito da Educação, teorias tradicionais de ensino e de aprendi-zagem se tornam insuficientes para nos ajudar a com-preender como os sujeitos se desenvolvem num mundo altamente tecnológico, o que provoca o surgimento de novas teorias e metodologias que contemplam o ensino e a aprendizagem com o uso de diferentes meios tecno-lógicos digitais, a fim de promover o desenvolvimento humano.

Aliado a isso, a crescente necessidade de mobi-lidade de pessoas, de acesso e troca de informações, em qualquer tempo e espaço, de compartilhamento de idéias, de experiências e de conhecimento, além da ne-cessidade de ampliar os tradicionais espaços formais de educação, oportunizam o emprego da emergente apren-dizagem com mobilidade (m-learning), apoiada pelo uso de Tecnologias de Informação Móveis Sem Fio (TIMS), tais como Personal Digital Assistant (PDAs), palmtops, smartphones, celulares, dentre outros recursos.

A atividade tomou como base os resultados de uma pesquisa interdisciplinar UNISINOS-USP-CNPq

denominada “Aprendizagem com Mobilidade no con-texto organizacional”, desenvolvida entre Programas de Pós Graduação (PPGs) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS: PPG em Educação (profa. Eliane Schlemmer), em Administração (profa. Amarolinda Sac-col) e em Computação Aplicada (prof. Jorge Barbosa), em parceria com o prof. Nicolau Reinhard (FEA-USP). O objetivo da pesquisa foi o de compreender os principais elementos envolvidos nos processos de m-learning, no contexto organizacional. Houve ainda o relato de experi-ência de outra pesquisa, que parte dessa pesquisa inter-disciplinar, e que gerou uma dissertação de mestrado, que busca discutir a “Aprendizagem com mobilidade nas práticas pedagógicas: reflexões e possibilidades numa perspectiva dialógica”, de autoria do Ms. Paulo Gaspar Graziola Junior.

A atividade discutiu o conceito de m-learning, as suas possibilidades no contexto organizacional e demais contextos educativos. Dessa forma, buscou-se elemen-tos para melhor compreender (proporcionando questio-namentos e reflexões) a prática do m-learning e como se dá de forma efetiva o trabalho colaborativo e coope-rativo, especificamente aquele apoiado pelas TIMS, a partir da experiên-cia dos facilitado-res da atividade, no uso de um Am-biente Virtual de

Aprendizagem para dispositivos móveis denominado COMTEXT, concebido para apoiar o desenvolvimento de competências de trabalhadores utilizando dispositivos móveis.

O ambiente COMTEXT é um sistema web que pode ser acessado via dispositivos móveis e via desktop, disponibilizando diversas ferramentas tais como: Youtu-be - para publicação e compartilhamento de vídeos; Fó-rum - para comunicação assíncrona; Chat - para comuni-cação síncrona; Skype - para comunicação instantânea; Pocket Mindmap - para a criação de mapas conceituais; Arquivos - para acesso aos arquivos disponibilizados; E-mail - para trocas de mensagens de forma assíncrona; Objetos de Aprendizagem – para acesso a objetos de aprendizagem por meio de páginas da web ou arquivos.

A discussão provocou a reflexão de formadores/ facilitadores/orientadores sobre a necessidade de de-senvolver práticas pedagógicas capazes de dar conta das especificidades relacionadas ao processo de ensino e de aprendizagem na modalidade m-learning, superando o paradigma educacional vigente e estando mais perto do contexto de aprendizagem dos sujeitos.

Atividade Aprendizagem com Atividade Aprendizagem com Mobilidade (M-LEARNING)Mobilidade (M-LEARNING)

1. Ver mais detalhes sobre o projeto em: htt p://www.inf.unisinos.br/~mobilab/ Mestre em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS; Graduação

em Ciência da Computação pela Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC; Parti cipante do Grupo de Pesquisa Educação Digital - GPe-du UNISINOS. Atua desde 1995 na área de Tecnologia Educacional com experiência em educação infanti l, ensino fundamental, ensino médio, ensino técnico e formação de professores. Principais área de estudo: aprendizagem com mobilidade (m-learning), práti cas pedagógicas, educação digital.

* Possui graduação em Administração pela Universidade Federal de Santa Maria (1995), mes-trado em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1999) e doutorado em Administração pela Universidade de São Paulo (2005), com estágio de doutorado no exterior no Informati on Systems Department da London School of Economics and Politi cal Science (LSE) - Londres - 2004/2005. Atualmente é professora adjunta e pesquisadora da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Tem experiência na área de Administra-ção, com ênfase em Sistemas de Informação, atuando principalmente nos seguintes temas: Tecnologia da Informação, Sistemas de Informação, ERP - Enterprise Resource Planning, Im-pacto/ Mudanças organizacionais relacionadas ao uso da TI e SIs, Negócios Eletrônicos e Mobilidade. Homepage: htt p://www.economicas.unisinos.br/ ~aczanela

Rua Vergueiro, 875, 12º andar,Bairro da Liberdade, São Paulo – SP - CEP: 01504-000

Tel.: (11) 3275-3561 / Fax.: (11) 3275-3724

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