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INTRODUO O presente trabalho levanta um problema ligado importncia da parceria entre professores e encarregados de educao na gesto de conflitos dos alunos na escola. No podemos esquecer que a vida no esttica e implica sucessivas adaptaes e readaptaes de significados e finalmente, que cada uma destas partes est directa ou indirectamente implicada na realidade da instituio escolar, e por isso as sugestes de interveno no podero ser tidas como receitas, mas como estratgias que devero ser contextualizadas na especificidade de cada situao. A grande preocupao trabalhar em conjunto com os encarregados de educao na gesto dos conflitos que acontecem entre os alunos na escola. O acompanhamento dos encarregados de educao na vida escolar dos educandos um factor fundamental para o desenvolvimento individual insero da criana no universo colectivo, a mediao entre ela e o mundo, ela e o conhecimento, e a sua adaptao ao ambiente escolar. O relacionamento com os professores e funcionrios da escola e a convivncia com os colegas, so factores decisivos para o desenvolvimento da sociedade. Assim sendo, o nosso trabalho compreende quatro captulos; O primeiro captulo debrua-se sobre a formulao do problema, a importncia do estudo e os objectivos da pesquisa. O segundo captulo apresenta os fundamentos tericos, onde abordmos questes que se prendem com as definies de alguns termos e conceitos fundamentais que serviram de base para reflectir sobre a importncia da parceria entre professores e encarregados de educao na gesto dos conflitos dos alunos na escola. O terceiro captulo apresenta a metodologia, onde abordmos o paradigma qualitativo, o modelo de pesquisa, a caracterstica do campo de estudo, os participantes do estudo, a caracterizao dos participantes do estudo, as tcnicas e instrumentos de pesquisa, a questo de ordem tica, e os procedimentos e dificuldades. O quarto captulo, consta da apresentao, anlise e interpretao dos resultados obtidos atravs dos instrumentos de investigao por ns utilizados, que nos permitiram aferir que a parceria entre professores e encarregados de educao na gesto dos conflitos dos alunos na

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escola, tem como implicaes a aproximao destes ltimos escola e o acompanhamento dos seus educandos, a fim de se encontrarem solues para estes problemas. Finalmente as concluses, sugestes, a bibliografia consultada e referenciada e os anexos.

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CAPTULO I. PROBLEMAS 1.1. Formulao do problema No presente estudo debruarmo-nos sobre a importncia da parceria entre professores e encarregados de educao na gesto de conflitos dos alunos na escola. Na nossa realidade, este tema tem sido motivo de reflexo e debates, porque os conflitos entre os alunos na escola, tem sido a grande questo entre os professores e os encarregados de educao. Qual a estratgia a adoptar para o melhoramento do comportamento dos alunos na escola? Segundo, COSTA, Maria (2003) os conflitos so humanos. Eles existem sempre onde h uma relao interpessoal. Os conflitos so inerentes vida das organizaes. Em outros termos eles so inerentes ao uso do poder, pois as pessoas nunca pensam do mesmo jeito, no tm os mesmos objectivos, nem interesses. A diferena de objectivos e interesses pessoais sempre conduzem a um conflito e em geral a maior parte dos conflitos nas escolas so provocados pela diferena de pensamentos e objectivos de cada aluno numa mesma escola. Sabemos que os espaos onde ocorre o maior nmero de conflitos entre pessoas so os ambientes de convivncia diria como a escola, que se torna um ambiente favorvel, devido aos vrios grupos sociais que se inter-relacionam. Sendo a escola uma das maiores instituies de formao das pessoas, cujo ambiente recheado das mais diversas inter-relaes, deve ter como modelo de gesto de conflitos aquele que se baseia no dilogo e em princpios como respeito, a confiana, o bom comportamento, ao orientar os alunos em parceria com os encarregados de educao. Como diz COSTA, Maria (2003), em decorrncia deste processo de interaces, que as relaes vo se formando. Nas relaes interpessoais, existem princpios que no podem ser esquecidos, tais como a tica, a cooperao, a responsabilidade, o respeito e o companheirismo, com actividades, como: reunies, debates e trabalhos em grupos.

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Proporcionalmente na idade da adolescncia, cresce a diversidade de ideias e esse crescimento de percepes e opinies, podem ser um dos principais factores que provocam os conflitos. Por outro lado, essa diversidade contribui, para o desenvolvimento de solues criativas no ambiente escolar, que diz respeito ao conflito escolar. Da a importncia, da colaborao entre os encarregados de educao, em parceria com os professores e a prpria escola, para gerir os conflitos dos alunos na escola. Em Angola, as famlias desmembradas, os valores morais que perdemos, durante o conflito armado, podem influenciar consideravelmente nos conflitos escolares. Portanto, uma vez que os alunos vivem com este tipo de encarregados achmos, que eles dariam um grande contributo na resoluo dos conflitos entre os alunos na escola. Questo cientfica. Perante esta realidade levantmos a seguinte questo: Que importncia tem a parceria entre professores e encarregados de educao na gesto de conflitos dos alunos na escola, onde estes passam muito tempo e surgem variadssimos conflitos desencadeados at em horas de aulas? 1.2. Importncia do estudo O estudo sobre a gesto de conflitos entre os alunos em parceria com os encarregados de educao, permite-nos analisar e reflectir sobre os problemas e dificuldades existentes nas escolas. Queremos tambm saber quais as causas desses conflitos e encontrar formas de como resolv-los. COSTA, Maria (2003). Considera o conflito como uma situao, disfuncional e que deve ser combatida. No caso concreto da escola, poder significar a eliminao das opinies minoritrias divergentes, dos grupos scio culturais que no se identificam com a chamada cultura dominante, veiculada pela escola e assim impossibilitar a construo da escola democrtica. Este assunto leva-nos a reflectir, sobre os modos de antecipar o conflito, propor estratgias para evitar, ou solucionar e ter ateno no modo em que se poder ajustar, e integrar, como factor

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de optimizao da aco educativa, sabendo o que fazer para se gerir estes conflitos, tendo em conta que eles atrapalham o processo de ensino/aprendizagem, e a convivncia s, harmoniosa e social, necessria formao da personalidade. Tambm foi motivo desta escolha o conhecimento do carcter da personalidade que encerra o processo de ensino/aprendizagem porque estamos conscientes que a partir destes conflitos que se formam os grupos de marginais nas escolas, que culminam em grandes delinquentes. Pensamos que em parceria com os encarregados de educao podemos e devemos criar um espao para trabalhar esta questo, porque cada encarregado prestar ateno ao seu educando. Assim saberemos qual a estratgia a adoptar para acabar com os conflitos entre os alunos na escola, porque cada aluno vem de famlias diferentes, com comportamento diferentes. Um olhar unilateral e linear sobre esses conflitos tem levado a escola a ser frequentemente notcia, no para enaltecer o seu papel educativo e formativo mas para realar acontecimentos de indisciplina e violncia. Na instituio escolar interagem docentes, no docentes, alunos, todos eles diferentes, em espaos situados, e em reas diferentes. Cada um destes sujeitos tem nveis de desenvolvimento distinto, cada um transporta consigo a sua histria, as suas experincias, as suas caractersticas. Segundo o Papa Joo Paulo II (Junho de 1987), Os conflitos nas famlias so uma sada para a crise de conflitos que atingem a sociedade toda. 1.3. Objectivos do estudo Ao analisar este tema pretendemos alcanar os seguintes objectivos: Objectivo geral Compreender a importncia da parceria entre professores e encarregados de educao na gesto dos conflitos na escola em estudo. Objectivos especficos Analisar na ptica dos professores e encarregados de educao os motivos do conflitos entre os alunos.

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Identificar as estratgias para a preveno desses conflitos entre os alunos. Descrever as estratgias que os professores e encarregados de educao utilizam

para a resoluo dos mesmos. 1.5. Limitao e Delimitao do estudo O nosso trabalho de investigao tem como finalidade conhecer como feita a gesto dos conflitos entre os alunos na escola do I ciclo 3034 do Municpio da Imgombota. Limitamos o nosso estudo a uma populao constituda por, 35 professores, 250 encarregados de educao e 350 alunos, da referida escola. Delimitamos o nosso estudo escola 3034.

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CAPTULO II FUNDAMENTAO TERICA 2.1. Definies de termos e conceitos Para melhor compreenso e enquadramento do nosso trabalho apresentamos a definio de alguns termos e conceitos afectos ao nosso tema: Importncia: qualidade daquilo, ou de quem importante grande valor, quantia, preo, custo, considerao interesse autoridade, prestgio influncia. Importncia: Aquilo que tem importncia, que importa, que merece considerao, til necessrio, essencial, o que mais interessa. Parceria: sociedade de indivduos que tem por fim um interesse comum. Segundo FERRO e Manuela Rodrigues, Professor: aquele que tem competncias psicossociais e competncias tcnicas. Professor: uma pessoa autnoma dotada de competncias especficas e especializados que repousam sobre uma base de conhecimentos racionais, reconhecidos oriundos da cincia legitimados pela universidade, ou de conhecimentos explcitos, oriundos da prtica. - aquele que ensina e que versado em qualquer ramo da cincia ou arte. - um indivduo que professa ou ensina (tem uma arte, uma cincia e uma lngua). - Aquele que adestrado ou perito em qualquer arte ou cincia. Encarregado: pessoa que dirige um servio ou explorao na ausncia do patro: (fiscal dos operrios de uma obra). - Pessoa que tem algum encargo incumbido. (Dicionrio de lngua portuguesa 2004). Educao: acto ou efeito de educar, processo que visa o desenvolvimento harmnico do homem nos seus aspectos intelectuais morais e fsicos e a sua insero na sociedade, conhecimento e prtica, instruo, polidez, cortesia. Segundo o dicionrio the fredictionary, Encarregado de educao e a pessoa responsvel por um menor. Para VIRGNIO S, citado por Veiga (2001), no contexto Portugus, utiliza-se a expresso encarregado de educao para identificar a pessoa formalmente responsvel, perante a escola, pelo acompanhamento da vida escolar do aluno. Habitualmente esse papel desempenhado pelos

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pais e mais especificamente me, podendo ser, por exemplo: um irmo, tio, o av, ou mesmo um elemento sem qualquer relao de parentesco com o aluno. Acrescenta ainda que Encarregado de educao quem tiver um menor sua guarda; por deciso judicial pelo exerccio de funes executivo na direco de instituies que tenham menores, sua responsabilidade; por mera autoridade de facto ou por delegao devidamente comprovada, por parte de qualquer das entidades referidas. Gesto: acto de gerir, gerncia, administrao, do tempo que dura a aco de gerir. - a realizao de tarefas de planificao de organizao, execuo, coordenao de acompanhamento de avaliao de controlo a todos os nveis organizacionais e para todas as funes de produo e de apoio a organizao. Gesto uma dialctica de zelo e de mtodos, do gnio e do bom senso (BLOCH Lain 1975:7). - Processo de coordenao e integrao de actividade, atravs do planeamento, organizao, direco e controlo, tendente a assegurar a consecuo dos objectivos definidos, atravs das pessoas, de forma eficaz e eficiente. Podemos tambm definir a gesto de conflito como a capacidade de prever tenses, identificar as fontes, impedir o crescimento dos desacordo e encontrar solues satisfatrias para todas as partes envolvidas, visando a uma gesto eficaz. Conflito a existncia de ideias, sentimentos, atitudes ou interesse antagnicos e colidentes que podem chocar-se. COSTA, Maria, (2003) define o conflito como sendo posio de interesse, sentimento, ideias, disputa, desentendimento, brigas, confuso tumulto e desordem. AURLIO, Ferreira (1995) define o termo conflito como embate dos que lutam, discusso acompanhada de injrias e ameaas, desavenas, guerra, luta, combate e coliso. HOBAN, Mayer (2001). Conflito uma divergncia natural, decorrente do convvio de pessoas ou grupos que diferem em atitudes, crenas, valores ou necessidades. Conflito uma situao em que duas ou mais pessoas ou grupos discordam entre si ou experimentam antagonismo recproco. Segundo LAUROSE, H (1998), conflito uma posio de interesses, sentimentos, ideias, disputas, desentendimento, brigas, confuso, tumulto e desordem.

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2. 2. Fundamentao Terica 2.2.1. Conflitos e estilo de gesto Segundo CHRISPINO, A. (2002), Conflito toda a opinio divergente ou maneira diferente de ver ou interpretar algum acontecimento, portanto todos os que vivemos em sociedade temos a experincia do conflito. Desde os conflitos prprios da infncia, passamos pelos conflitos pessoais da adolescncia, e hoje, com maturidade, continuamos a conviver com o conflito inter-pessoal (ir/no ir; fazer/no fazer, falar/no falar; comprar/no comprar, vender no vender, etc.), sobre o qual nos deteremos: so exemplos de conflitos inter-pessoal as brigas de vizinhos, a separao familiar, a guerra, e o desentendimento entre alunos. Administrar um conflito no significa apenas elimin-lo, mas trat-lo de maneira assertiva lembrando sempre que, quando ele inadequadamente administrado traz efeitos desfavorveis. preciso que os elementos que iro gerir os conflitos tenham medo de atritos, que vejam nos embates oportunidades de aprimoramento, mas importante lembrar que o conhecimento sobre os grupos de alunos que permitem aos professores e encarregados, definir acertadamente o ritmo da gesto de conflitos e as suas propriedades. Um bom gestor elimina uma srie de conflitos atravs de um planeamento correcto. Os conflitos que persistem so vistos como oportunidades para o mesmo conflito. Os professores e os encarregados de educao nestes casos, devero aplicar o estilo mais adequado, procurando sempre tirar o mximo proveito da situao conflituante em prol dos objectivos que se pretendem alcanar. Os professores em parceria com os encarregados de educao perante certos conflitos, devero ser lderes capazes de criar esperanas, de ter valores e crenas que empolguem os alunos em fazer bem as coisas na escola. No caso os professores e encarregados de educao so os lderes que fazem a diferena e que do uma dimenso transcendente na escola e fora dela. A ttulo de exemplo cabe-nos citar as caractersticas dos gestores indicados por PHILP B. Crosby (2001); determinados, cheios de energia, confiveis, sensatos, humildes, intensos, agradveis. O bom professor precisa de um ambiente; Sem muita formalidade, sem muita burocracia Democrtico, sem opresso

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Aberto, que lhe permita ousar, errar, sem culpa Estimulador de dilogo, troca de experincias Ser trabalhador srio, mas sem casmurrice.

Os alunos esperam e querem dos seus professores e encarregados de educao; Lucidez, clareza de objectivos. Coerncia, lealdade, alegria, bom humor Capacidade de rir dos prprios erros Compreenso, apoio e orientao; Capacidade de formar uma equipe Abertura, dilogo Pacincia, mas no complacncia e tolerncia. Quando se trata de resolver um conflito existem diversas maneiras de abord-lo. Analisando essas abordagens, podemos dizer que na sua essncia existem alguns estilos de gesto de conflitos a destacar: Democrtico: diviso de poderes de deciso entre chefe e grupo: Neste tipo de gesto de conflitos o gestor no resolve os problemas sozinhos, conversa com os outros membros, e at com as partes que esto em conflito. Autocrtico: centralizao do poder de deciso no chefe: O gestor centraliza tudo, pensa que consegue resolver tudo sozinho e no conversa com ningum nem quer saber de opinio de ningum; o todo poderoso. Situacional: noo dos diferentes conflitos e estilos de liderana, cada um adoptado e eficaz para uma situao: O gestor tem que adaptar-se a situao dos conflitos, isto o lugar, ou a situao de tal conflito para poder geri-lo seja l em que situao for. LIBERAL ou Laissez- Feire, Laissez Passer: uma contraco da expresso em Lngua Francesa Laissez feire laissez passear, que significa literalmente deixai fazer, deixai passar neste tipo de gesto de conflitos o grupo atinge a maturidade e no mais precisa de superviso extrema do seu lder; os liderados ficam livres para porem os seus projectos em prtica.

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Quanto ao estilo a ser adoptado recomendvel adoptar um que leve soluo do conflito de forma pacfica, criando um ambiente positivo para relacionar, expressar os sentimentos e conviver com as diferenas. Duas caractersticas de comportamento esto directamente ligadas escolha do estilo adoptado cooperao, assertividade: a) Cooperao: significa um acto de cooperar, auxlio para um fim comum. b) Assertividade: ser assertivo significa comunicar-se, agir ou reagir com efectividade no momento oportuno e de maneira adequada, para que a inteno pretendida seja alcanada. 2.2.2. Causas dos conflitos Segundo MARTINEZ, Zampa (2005), os conflitos que ocorrem com maior frequncia entre os alunos so: brigas, interesses pessoais, conflitos anteriores, monlogo na famlia, separao dos pais famlia. Ao definirmos conflitos como o resultado das diferenas de opinies ou interesses de pelo menos duas pessoas ou conjunto de pessoas, devemos esperar, que, no universo da escola, as divergncias de opinies entre os alunos, sejam uma das causas de conflitos. Uma segunda causa de conflito a dificuldade de comunicao, de assertividade das pessoas, de condies para estabelecer o dilogo. Relaes interpessoais em instituies de ensino como uma das maiores de carcter humano e cujo ambiente recheado das mais diversas inter-relaes, deve ter como modelo de gesto de conflito aquele que se baseia no dilogo e em princpios como respeito, confiana e comprometimento CHRISPINO, A. (2000:24). J NEBOT, Lima (2000), afirma que os conflitos escolares podem ser categorizados em organizacionais, culturais, pedaggicos, e de actores variados. Proporcionalmente ao crescimento da organizao, cresce a diversidade de ideias, e esse crescimento de percepes e de opinies pode ser um dos principais factores desencadeados do conflito.

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Por outro lado, essa diversidade contribui para o desenvolvimento de solues criativas no ambiente organizacional, desde que o lder e os membros da equipa mantenham um comportamento positivo em relao s diferenas. Para HOBAN, Mayer (2001), os conflitos podem ocorrer por diferenas de personalidade ou rivalidades passadas. DAMSIO, D. R. (2000), diz que uma situao de conflito ocorre sempre que h disputa entre dois ou mais grupos com poderes de deciso e interesses diversos. A seguir alguns estilos de gesto de conflitos, segundo Damsio:

Figura:1 Estilo colaborativo: como o prprio termo indica, consiste, em colaborar, contemplar os interesses das partes envolvidas e buscar um resultado benfico para todas as partes envolvidas e tambm tentando chegar a um acordo comum, minimizando as partes. Estilo compromisso: Encontra-se no padro mdio de assertividade e cooperao. Esse estilo se revela positivo quando essencial a existncia de um acordo, apesar dos pontos de vista no serem muito diferentes. Estilo evitar: Trata-se de um estilo considerado no assertivo e no cooperativo, consiste em tentar evitar a existncia de conflitos e de alguns recursos para que esses conflitos no apaream. Apesar de parecer pouco interessante, esse estilo revela-se positivo quando os assuntos no so significantes, as informaes de que dispomos no so suficientes para resolv-los, quando no temos poder para solucion-los e quando existe outro individuo mais capacitado para resolver o problema em questo. Estilo Calmo: Trata-se de um estilo no assertivo e cooperativo e resume-se em colocar panos quentes em locais frios de salientar ainda que o mesmo permite a existncia de conflitos, porm sem grandes discusses sobre o assunto. Faz com que a outra parte desista da sua posio,

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se o conflito se torna mais acirrado. Esse estilo revela-se positivo quando h uma grande existncia de carga emocional entre as partes envolvidas, e na discordncia de ideias e opinies. Estilo Ditador: trata-se de um estilo no assertivo e nem cooperativo pensa que o dono da verdade, est sempre certo e os outros, sempre errados; busca a satisfao dos seus interesses particulares e tem em sua mente que tem que vencer sempre ignora os argumentos da outra parte. Embora este estilo seja desejvel para muitos, o mesmo pode revelar aspectos positivos quando a emergncia da situao exigir uma aco imediata e as consequncias de uma derrota so desastrosas. 2.2.3. Consequncias do conflito. Segundo COSTA, Maria (2003), o conflito pode ter consequncias construtivas ou destrutivas para as partes envolvidas e pode proporcionar efeitos positivos, a saber: - O conflito desperta sentimento e estimula energia, leva as pessoas a ficarem mais atentas, esforadas e acesas. Esta estimulao de energia produz curiosidade e interesses em descobrir melhores meios de realizar tarefas e novas abordagens na soluo dos problemas. - O conflito fortalece sentimentos de identidade. Quando um grupo entra em conflito, ele se torna mais coeso, ligado e mais bem identificado com os seus objectivos e interesses. A coeso geralmente aumenta a motivao pelo desempenho da tarefa do grupo. - O conflito desperta a ateno para os problemas; geralmente um meio de chamar a ateno para os problemas existentes. - O conflito testa a balana de poder; pode levar aplicao de recursos para a sua resoluo, ajustando diferenas de poder entre as partes envolvidas. O objectivo o mesmo; a divergncia ocorre apenas no modo de atingi-lo e existe a necessidade de se obter um consenso. H ainda a disponibilidade de tempo para amplos debates e no existem interesses pessoais envolvidos. Consequncia construtiva: O conflito aumenta a coeso grupal, assim como o aumento da coeso aumenta a presso social para que as pessoas se conformem aos objectivos do grupo ou da parte envolvida. Isso diminui a liberdade individual, fazendo com que o grupo perca a eficcia quanto ao seu desempenho.

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Consequncia destrutiva: O conflito pode proporcionar efeitos negativos, a saber: 1- O conflito desencadeia sentimentos de frustrao, hostilidade e ansiedade e como as partes envolvidas vem, seus esforos bloqueados pelos outros, face presso para ganhar a atmosfera criada, gera um clima stressante de frustrao e hostilidade no desempenho das tarefas. 2- O conflito desvia energia para ele mesmo, e grande parte da energia gerada pelo conflito dirigida e gasta nele mesmo. A energia que poderia ser aplicada na resoluo de um trabalho produtivo ganha por um conflito torna-se um objectivo mais importante do que trabalhar com eficcia. 3- O conflito leva uma das partes a bloquear a actividade da outra parte. 4- O conflito se auto-alimenta e prejudica o relacionamento entre as partes conflituantes. Ele influencia a natureza do relacionamento existente entre as partes, prejudicando a comunicao entre elas e distorcendo suas percepes e sentimentos. 2.2.4. Como gerir o conflito na escola. A interdependncia das relaes criada e desenvolvida a partir da cooperao e do respeito mtuo. Para se atingir um estgio elevado de cooperao, necessrio a parceria dos encarregados de educao, e tambm, o amadurecimento individual e o colectivismo; envolve ainda a diviso de interesses, objectivos e metas comuns, e a viso e senso de propsito; a aprendizagem contnua, a motivao e um relacionamento baseado na confiana e respeito. Segundo CHIAVENATO, Idalberto (2003), cabe ao gestor, integrar e coordenar o trabalho, de maneira a desempenhar, com maior ou menor grau de autonomia, um conjunto de actividades, de planeamento, de organizao de liderana e de controlo. 2.2.4.1. Papel desempenhado pelos gestores Sendo responsveis pelas actividades, planeamentos, organizao, liderana e controle, necessrio que os gestores assumam determinados comportamentos. importante que os gestores de conflitos processem sistematicamente e cuidadosamente a informao antes de tomarem decises.

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MITZBERG, Theobaldo (1964), notou que a maior parte dos gestores decidiam quase por instinto, uma vez que estavam constantemente a ser interrompidos, o que inviabilizava a cuidada ponderao, anlise e processamento de infncia. a) Capacidade Necessidade Segundo ROBERT, L. Katz (1955), os gestores tm de possuir competncias ou aptides chave, como: Competncias tcnicas; competncias humana; e conceptuais, cuja importncia relativa varia consideravelmente, em funo do nvel hierrquico por este ocupado na organizao. As Competncias Tcnicas: referem-se necessidade de os gestores dominarem determinados conhecimentos tcnicos relativos sua rea funcional. Competncias humanas: estas capacidades referem-se s competncias que os gestores precisam de ter para se relacionarem e trabalharem bem com as pessoas, quer individualmente, quer em grupo. Competncias conceptuais: so tambm fundamentais. Para os gestores desenvolverem com sucesso as suas funes fundamentais. importante que estes tenham a capacidade de pensar e conceptualizar situaes abstractas. 2.2.5. A gesto de conflitos. Segundo RAZ, Heredia (2004), Gerir um conflito entre alunos na escola, significa interagir com pessoas, conciliar vontades, gostos, emoes e estilos peculiares e mediar interesses percepes necessidades e expectativas diversas. Como a gesto de pessoas pode envolver aspectos subjectivos ou inconscientes, importante considerar esses elementos subtis envolvidos no processo. Assim sendo, gerir conflitos entre os alunos implica mesmo gerir pessoas, grupos. Assim, tentmos definir gesto de conflitos como a capacidade de prever tenses, identificar as fontes, impedir o carecimento dos desacordos e encontrar solues satisfatrias para todas as partes envolvidas, visando uma gesto eficaz. O tratamento inadequado de um conflito de qualquer natureza, pode gerar violncia, insatisfao, insubordinao e outras anomalias organizacionais.

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Sabemos que as escolas, instituies com funo de educar e formar, no esto livres dos paradigmas dos conflitos e das competies, da busca de solues, e adoptam determinados modelos de gesto que nem sempre alcanam os resultados desejados. A ausncia de conflitos era considerada por muitos, como sinnimo de bom ambiente de trabalho, boas relaes e sinal de competncia. Muitos profissionais consideravam o conflito como prejudicial ao bom relacionamento entre as pessoas e ao bom funcionamento das organizaes. Os conflitos eram vistos de forma negativa, como resultados da aco e do comportamento nocivo de alguns, e estavam associados agressividade, m ndole e sentimento negativos. Entretanto essas tenses que ocorrem, podem adquirir valor educativo, se forem consideradas como ponto de partida para reflexes sobre a forma de gerir os conflitos. Assim, a possibilidade de analisar a situao depois de ela ter ocorrido, favorece a compreenso do processo. O conflito inevitvel e no se devem suprimir seus motivos, at porque ele possui inmeras vantagens dificilmente percebidas por aqueles que vem nele algo a ser evitado. O desafio reside em administrar o conflito, de modo a minimizar os efeitos destrutivos. 2.2.6. Negociao e Gesto de Conflitos Segundo COSTA, Maria (2003) Negociar: uma forma de conversar e compreender a pluralidade de opinies e saber acordar entre as partes, de maneira que todos saiam a ganhar. Negociar: um processo necessrio que os indivduos com objectivos comuns ou divergentes usam para apresentar e discutir propostas que levem a um acordo em que ambas as partes saiam a ganhar. Consegue-se negociar a partir de um dilogo franco e aberto. A comunicao uma das habilidades mais importantes na vida. Ler e escrever, assim como falar e escutar, so as quatro formas bsicas de comunicao. Para que a comunicao seja efectiva, necessrio que ela seja clara, recebida, entendida, e confirmada. Para que ocorra adequadamente, necessrio que ambas as partes tenham as seguintes capacidades:

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Saber ouvir: adoptar uma postura afirmativa, ouvindo e demonstrando respeito e interesse genuno pelo interlocutor e pelo assunto. Buscar compreender as mensagens, afim de evitar situaes conflituantes, procurar evitar crticas e interferncias; enquanto for ouvinte saber perguntar uma habilidade importante na comunicao eficaz, pois quem pergunta est direccionado conversa. Alguns passos so importantes para uma adequada resoluo de conflitos como tambm para definir o estilo a ser adoptado, conhecendo e aplicando alguns saberes: Criar uma atmosfera afectiva, construir relaes de cooperao, confiana e Ser franco quanto ao sentimento de como as coisas caminham, criar um considerao, esclarecer as percepes, e indicar claramente as metas e os objectivos. ambiente de confiana e respeito mtuo e focalizar as necessidades individuais e compartilhadas. Construir uma liderana positiva e compartilhada, aprendendo com o Planificar com competncia e estabelecer acordos de ganhos mtuos. passado e olhando para o futuro. Mtuos conflitos podem ser tratados como consequncias de algumas ingerncias. Com a situao de conflitos j instalada, um erro na deciso da escolha do estilo de gesto a ser adoptado pode trazer consequncias nocivas. Cabe aos gestores ampliar suas percepes para que os conflitos tenham sempre valores positivos dentro da escola. Factores importantes contribuem para o fortalecimento de um grupo e serve como ante amparo impedindo que o conflito progrida. O planeamento cuidadoso das aces, a comunicao aberta e directa, o feedback e a liderana participativa so processos compartilhados de tomadas de deciso, de valores, atitudes e responsabilidades. Cooperao, confiana e respeito so imprescindveis integrao e gerao de resultados positivos na produo da equipa. Na gesto de conflitos, os gestores tm possibilidade de acertar ou errar e isto lhes d a capacidade de escolher ideias e caminhos diferentes. este mesmo mecanismo que possibilita as pessoas crescerem com o aprendizado e com o acmulo de experincias. Os conflitos se instalam devido a sucessivas falhas, passando pela srie de barreiras defensivas existentes no sistema; uma vez instalados, necessitam de ateno. Um dos maiores desafios dos gestores administrar os conflitos interpessoais que insistem em ocorrer nos ambientes de trabalho da escola. Mas, ao contrrio do que muitos pensam, esses

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conflitos podem ser uma demonstrao de competncias dos gestores escolares. Sabemos que no uma tarefa simples o manejo adequado das relaes, porm, um tratamento correcto dispensado durante as situaes de conflitos essencial para as pessoas e as organizaes, pois elas podem se tornar intensas fontes geradoras de mudanas. Nas negociaes entre as partes envolvidas podem nascer grandes oportunidades de crescimento para todos. 2.2.7. Mediao de Conflitos O trabalho quotidiano da mediao essencialmente um trabalho preventivo e necessita da interveno de terceiros. As estratgias da mediao de conflitos podem indicar caminhos facilitadores, porm necessitam de adaptaes de acordo com a situao especfica. Mas basicamente, mediar consiste em impedir que cada divergncia diria resulte em conflitos, esta uma das grandes competncias dos gestores dos conflitos de um grupo. A mediao tem como maior objectivo refinar as relaes e a comunicao entre as pessoas envolvidas, permitindo que os problemas possam ser resolvidos de forma cooperativa, com satisfao mtua. A mediao contribui na gesto de conflitos interpessoais, tornando as partes envolvidas conscientes das causas reais que originaram essa situao. O auto conhecimento estimula as pessoas a se tornarem independentes, conflituantes, responsveis e mais preparadas para a negociao dos conflitos interpessoais. A primeira e suprema responsabilidade de quem pretende gerir conflitos, de gerir os que existem em si mesmo: Isto requer integridade, carcter, tica, conhecimento, sabedoria, temperamento, palavras e actos HOCK, Jimeneze (1999:89). Os conflitos podem ser vistos de trs maneiras a saber: segundo CHIAVENATO, Idalberto (2003). A resoluo ganhar/perder, que ocorre quando uma parte alcana seus objectivos s custas da excluso dos objectivos da outra parte. A resoluo perde/perde quando cada parte desiste de alguns objectivos por meio de alguma forma de compromisso. Nenhuma das partes alcana o que pretendeu, isto , ambas as partes perdem. A resoluo ganha/ganha que ocorre atravs da colaborao das partes em uma situao de conflito e que usa a soluo de problemas para reconciliar diferenas mtuas.

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2.2.8. Interveno educativa para solues e resoluo de conflitos entre alunos Algumas alternativas para os indivduos e equipas tratarem dos conflitos no, nosso caso achamos melhor a parceria com os encarregados de educao. Os conflitos podem ser negados, ignorados, ou enfrentados e transformados em elemento auxiliador para o crescimento e o amadurecimento dos indivduos e da organizao. A vida de qualquer instituio escolar est recheada de movimentos de divergncia e de confronto. No entanto nem todas estas situaes quotidianas remetem para a existncia de uma situao de conflito, que supe a existncia de uma contraposio de interesses, necessidades ou valores entre duas partes individuais ou de grupos, em que a satisfao dos interesses de uma das partes impede a satisfao dos interesses da outra. CASCN, Soriano (2002: www.pangea.org/unescopau/project/paco.pdf). Deste modo essencial a interveno educativa dos professores e encarregados de educao para a resoluo dos conflitos e conceb-los como um processo, sendo possvel intervir antes e depois da situao da crise estar instalada. Deve-se prevenir a escalada do problema para uma situao em crise, reconhecendo-se que esta uma situao mais favorvel para promover um acordo mutuamente satisfatrio para ambas as partes, o que implica necessariamente que estes estejam disponveis para cooperar na resoluo da situao ou para negociar um compromisso aceitvel. BURTON, J W (1995) prope que esta forma de interveno seja designada de preveno (em alternativa preveno), na medida em que no se trata de impedir a emergncia de conflitos.

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BORTON,(1995) define as formas de liderar com os conflitos da seguinte forma:

Figura: 2 Formas de lidar com os conflitos: 1- Enfrentando; a forma de atacar de frente, encarar os conflitos. 2- Evitando; a forma de fugir desviar-se, esquivar, impedir, poupar. 3- Disputas e rixas: a) Disputa, discutir, contestar, debater, para chegar a um consenso ou no. b) Rixas disputa, contenda, briga, desordem, desavena, discrdia. 4- Negociando; ajuste, conversao, diplomacia entre as partes, para ajustar um conflito. 5- Tentando unir as partes; unificar, reunir, congregar, estabelecer comunicao entre as partes por interesse, aconchegar, aproximar, conciliar. 6- Ignorando; fazer de conta que no sabe, desconhece o assunto, incompetncia, impercia, falta de saber. 7- Tentar vencer; conseguir uma vitria, triunfar, dominar, ser o mais forte, ganhar, sair vitorioso. 8- Negociao e dilogo; conversar para ajustar um conflito.

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2.2.9. Importncia da gesto de conflitos A parceria dos professores e encarregados de educao na gesto de conflitos assume uma particular importncia para as pessoas que trabalham com adolescentes e outros grupos. Os conflitos so importantes medida que eles servem como reflexo de mudanas de atitudes sobre este ou aquele assunto. Como pessoas somos desiguais em muitos aspecto, por isso que onde h pessoas, h conflitos. Como resolv-los, como mediar, dar opinio, na medida em que eles acontecem? Os conflitos so atritos decorrentes das interaces entre diferentes indivduos ou diferentes grupos em que a discusso e a competio constituem as foras intrnsecas do processo. SANTO, Antnio (1995), destaca que todo conflito tem um carcter construtivo que leva inovao e mudana; e carcter destrutivo que leva ao desgaste e oposio. Todavia a ausncia de conflitos significa acomodao, apatia e estagnao, pois os conflitos tm um ponto de vista e interesses diferentes que normalmente se chocam. Assim, a existncia de conflitos significa a existncia de dinamismo e de foras vitais que se chocam. Pois extremamente importante que os conflitos sejam bem resolvidos no sentido de evitar a desordem, o mau estar entre os agentes educativos e permitir a boa relao de convivncia e intercmbio de ideias entre todos. Tudo s ser resolvido se o gestor conseguir unir as partes conflituosas. Muitos lderes educacionais tm tomado diferentes posies diante dos conflitos escolares, beneficiando uns e prejudicando outros. PANDA, H (1967), afirma que dependendo do comportamento das partes e do tipo de resoluo, ficam percepes e sentimentos residuais chamados sequelas do conflito. Estas sequelas produzem percepes e sentimentos entre as partes, quando o prximo episdio de conflitos um ciclo repetido de eventos em que a resoluo e a sequela de um episdio determinam a natureza e as caractersticas do prximo. So muitos os lderes escolares que no encaminham os conflitos de maneira a beneficiar as partes lesadas originando muitas vezes conflitos destrutivos dentro e fora da instituio de ensino.

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2.2.10. Caracterizao do campo de estudo A escola 3034 comporta desde o ensino primrio at o II ciclo. Localiza-se em Luanda, no Municpio da Ingombota, bairro Kinaxixi, na rua da Muxima n29. Era o antigo colgio So Jos de Cluny, j funcionou como Instituto Mdio Normal de Educao - IMNE e como Universidade Catlica at 2008. dirigida por uma Directora geral, coadjuvada por trs subdirectoras pedaggicas e uma subdirectora administrativa. A escola tem 42 salas de aulas um gabinete da directora, trs gabinetes pedaggicos, um gabinete administrativo, uma rea desportiva, treze casas de banho, quatro para meninas, quatro para os rapazes, quatro para os professores e outros funcionrios e duas para a direco, uma cantina escolar, uma esplanada, uma secretaria e dois ptios para o recreio e as actividades desportivas. A instituio escolar conta com 65 funcionrios entre directores, professores e pessoal administrativo, dos quais 20 so professores com formao e agregao pedaggica, alguns com o curso mdio e outros com o curso superior (ISCED). A escola funciona em regime duplo e lecciona da iniciao 10 classe no sistema da Reforma Educativa, excepto a 6 classe. 2.3. Reviso de literatura Para a elaborao deste trabalho consultmos alguns trabalhos do fim do curso, que apenas nos serviram de apoio em termos metodolgicos, so eles - A transmisso de valores no ensino primrio. LUZIA, Silva (2009), concluiu que as suas hipteses inicialmente foram confirmadas. Sendo a transmisso de valores morais no ensino primrio feita atravs das disciplina do currculo e de forma deficiente. - A percepo dos encarregados de educao sobre a avaliao do processo de ensino/aprendizagem na 1 classe. FBIA, Cristina (2009) concluiu que os encarregados de educao foram unnimes em afirmar que a avaliao um processo contnuo que tem como finalidade o controlo da evoluo do aluno no seu todo.

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- A gesto da formao continua dos professores em contesto de trabalho na escola do 1 ciclo do ensino secundrio. MARCOS, Pipa (2009), concluiu que a aco de formao em contexto de trabalho na escola 1 de Maio so feita ocasionalmente sem obedecer a um plano, a uma sequncia sem se determinar que competncias sero formadas ou adquirida, e sem se ter em conta o que est estabelecido no regulamento de escola, elaborado pelo MED sem envolvimento dos professores pois grande parte dos mesmos desconhece o contedo de tal regulamento, pois no posto em prtica mesmo a partir da prpria Direco Provincial da Educao.

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CAPTULO III - METODOLOGIA A Investigao Qualitativa: Segundo MATOS, Vera (2009) este tipo de abordagem procura estudar em profundidade os fenmenos sociais e a sua variabilidade e particularidade; interpretar a natureza especfica das relaes humanas e destacando a sua causalidade complexa, diferente em cincias exactas e naturais. A pesquisa qualitativa envolve a colheita de materiais narrativos mais subjectivos, utilizando os procedimentos com o mnimo de controlo imposto pelo investigador. A pesquisa qualitativa ocorre no campo e tem as fontes de dados no ambiente natural dos acontecimentos, sendo o investigador o instrumento principal, investindo grandes quantidades de tempo no campo de investigao, ou seja o investigador faz parte do contexto. Ele vai captando e anotando as informaes obtidas em contactos directo e interpretando os acontecimentos dentro de determinado tempo e espao. A investigao qualitativa, tambm se preocupa com a validade e confiabilidade de suas descobertas e questiona se os seus dados reflectem a realidade. A investigao qualitativa no feita com o objectivo de responder as questes prvias ou de testar as hipteses avanadas pelo investigador, nem portanto as variveis predefinidas. Os investigadores qualitativos privilegiam a compreenso dos comportamentos, a partir da perspectiva dos sujeitos da investigao. 3.1. Populao e amostra Para o nosso estudo decidimos optar pelo paradigma de investigao qualitativa pois o grande objectivo da investigao a compreenso mais profunda dos problemas e investigar o interior de certos casos comportamentos, convices, atitudes, sentimentos. FERNANDES, citado por Azancot de Menezes (2008) observa que o investigador no est preocupado com a dimenso da amostra nem com a generalizao dos resultados. Na metodologia

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qualitativa o investigador no coloca o problema da validade e da fiabilidade dos instrumentos de recolha da sua sensibilidade, da integridade do seu conhecimento. O mais importante nesta perspectiva de investigao obter uma linha de conduta baseada na opinio dos inqueridos. Tendo em conta o carcter da nossa pesquisa envolvemos os professores, os encarregados de educao e os alunos. A populao abrangida pelo nosso estudo, est constituda por 35 professores; 250 encarregados de educao e 350 alunos. Desta populao retirmos como amostra 30 professores, 100 encarregados de educao e 200 alunos. 3.1.1. Caracterstica dos elementos da amostra Temos professores com grau de licenciatura, bacharis, e tcnicos mdios, com uma certa experiencia profissional. A maioria exerce a funo de professor h mais de 5 anos e funcionam em regime integral e dedicao exclusiva, embora desenvolvam outras actividades para manter a renda familiar, porque muitos esto mal enquadrados na carreira docente. Os encarregados de educao so de diversos extractos sociais, na sua maioria funcionrios pblicos e outros tm vrias ocupaes. Com idades que variam de 25 60 anos, tm a responsabilidade de acompanhar os seus educandos. Os alunos so de diferentes extractos sociais. O grupo participante na nossa investigao de 200 elementos existindo uma predominncia do sexo feminino, estes com idade compreendidas entre 12 aos 15 anos de idade, com a perspectiva de obteno de um certificado para dar prosseguimento aos seus estudos. 3.2. Variveis controladas Varivel Dependente Os conflitos dos alunos na escola. Varivel independente A parceria dos encarregados de educao

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3.3. Tcnicas e instrumentos da recolha de dados 3.3.1. Tcnicas da recolha de dados Tendo em conta os objectivos a alcanar achamos conveniente utilizar as seguintes tcnicas e instrumentos. Pesquisa bibliogrfica Consistiu na consulta de obras alusivas ao nosso tema. A bibliografia consultada, permitiu-nos elaborar a fundamentao terica, construir os instrumentos de investigao, a anlise dos dados recolhidos, a elaborao das concluses, recomendaes e sugestes. Observao directa consistiu nas observaes de vrios conflitos dos alunos na escola. alunos. 3.3.2. Instrumentos da recolha de dados Os instrumentos por ns construdos e utilizados foram: Observao directa Questionrio dirigido aos professores, encarregados de educao e alunos. 3.4. Modelo de pesquisa O nosso estudo enquadra-se no modelo de pesquisa descritiva qualitativa no experimental, baseada na realidade. 3.5. Procedimentos e dificuldades 3.5.1. Procedimentos O inqurito foi feito sob forma de questionrio escrito, com o objectivo de recolher informaes sobre o nosso tema e foi aplicado aos professores, encarregados de educao e

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Para a realizao deste estudo e tendo em conta os objectivos e as variveis a controlar para a recolha de informao utilizmos os seguintes procedimentos: Aps a escolha do tema, fez-se a respectiva anlise com a tutora e a sua aprovao. Seguiu-se a escolha e a orientao da bibliografia inerente ao tema a seguir houve o contacto com os professores, encarregados de educao e alunos da escola 3034, do Municpio da Ingombota no sentido de entregar os inquritos compostos por perguntas de escolhas mltiplas. Recolha e tratamento dos dados Anlise e interpretao dos dados 3.5.2. Dificuldades As dificuldades na realizao deste trabalho foram: Acesso bibliografia referente ao tema por ns escolhido, dai algumas delas serem to antigas. - Demora da entrega dos inquritos - Falta de interesse por parte dos professores, encarregados de educao e alunos, que estavam a ser inquiridos. -Inexperincia neste tipo de trabalho. - Falta de energia elctrica que atrasou cada vez mais a redaco do trabalho. - O receio das pessoas fundamentalmente dos alunos para prestarem as informaes por pensarem que poderiam ser penalizados.

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CAPTULO IV - APRESENTAO, ANLISE E INTERPRETAO DOS RESULTADOS DA INVESTIGAO. 4.1. A importncia da parceria entre professores e encarregados de educao na gesto dos conflitos dos alunos na escola. 4.1.1. Conceito que os nossos interlocutores tm de conflitos. Comeamos por questionar o seguinte: Que conceito tem de conflito? 100% dos professores afirmaram que conflito um estado no qual duas ou mais pessoas; entram em desavenas ou desentendimento em que em muitos casos termina em ofensas morais ou agresses fsicas. 100% dos encarregados de educao afirmaram que conflitos so discusses, desentendimento, desordem, lutas, problemas que acontecem no dia-a-dia entre duas ou mais pessoas; podem ser fsicas, verbais e psicolgicas. Em relao aos alunos 75% afirmaram que conflitos so lutas entre dois alunos com interesses opostos. 25% dos alunos afirmam que conflitos so discusses; confuses, desrespeito, desordem entre duas ou mais pessoas. Analisadas as respostas dos nossos interlocutores constatmos que todos tm uma ideia do que so conflitos, porque afirmaram que conflitos so: discusses, desentendimento, desordem, lutas, problemas que acontecem no dia-a-dia entre duas ou mais pessoas, que podem ser fsicas, verbais e psicolgicas. - Falta de energia elctrica que atrasou cada vez mais a redaco do trabalho. - O receio das pessoas fundamentalmente dos alunos para prestarem informaes por pensarem que poderiam ser penalizados.

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4.1.2. Qual tem sido o impacto dos professores e encarregados de educao sobre os conflitos dos alunos na escola? Tendo em conta o entendimento e o que se observa na escola investigada sobre os conflitos dos alunos, os professores tm um impacto negativo, face ao comportamento dos alunos; sentem-se mal, chegando at a perguntar o que se passa na escola, pois sendo Catlica, os alunos deveriam ter comportamentos saudveis, melhor e diferente de muitas outras escolas. Na qualidade de professores (educadores) ficam preocupados com a situao que tem vindo a aflorar nos ltimos anos, por isso os professores responderam que nunca deixam passar um conflito por mais mesquinho que seja; esto sempre atentos para intervir no sentido de corrigir e acompanhar o conflito at sua resoluo. Para os encarregados de educao, os conflitos entre os alunos no deveriam existir. Porque isto uma situao muito triste e delicada, que deve ter um melhor acompanhamento quer da parte de ns os pais como dos professores, engajando-os em actividades que os ajudem a melhorar o comportamento. Os encarregados sentem-se mal e at uns disseram que isto s pode ser fruto das consequncias do mau comportamento, maus hbitos e uma m conduo dos seus filhos. Como esta uma situao que acontece onde existem seres humanos em todas as fases da vida, devemos trabalhar no sentido de gerir e resolver bem para ajudar os nossos filhos a desenvolverem-se positivamente em todos os sentidos, tanto comportamental como cognitivo. uma grande tristeza os nossos filhos fomentarem conflitos na escola, que em nada os ajuda. Tem um impacto negativo para os encarregados de educao, porque no salutar entre os alunos. uma situao desagradvel, assim os alunos deixam de estar em harmonia consigo mesmos, com os outros e at mesmo com os professores a banalizando a escola. um impacto negativo porque os alunos esto na escola para aprender e no para criar conflitos entre eles, na instituio. Isto deve ser visto como um problema para se resolver entre a casa (pais), a escola, a comunidade e a sociedade em geral.

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4.1.3. As estratgias utilizadas na gesto dos conflitos dos alunos na escola. Pelo que recolhemos, 100% dos professores disseram que a estratgia a utilizar ou que alguns deles j utilizam quando se deparam com um conflito entre os alunos na escola, na tentativa de resolver : - No deixar passar, sem intervir, no sentido de ouvir o que se passa e em seguida corrigir e acompanhar. Em caso estremo recorrer direco da escola, e depois convocar os encarregados. - Trabalhar em conjunto com a escola, a famlia e at mesmo o estado, devendo assim unir as mos e trabalhar em parceria, no sentido de gerir os conflitos na escola. - Responder logo, na hora, dependendo da gravidade do assunto, em ltimo caso, se for necessrio pedir a comparncia dos encarregados. Para os encarregados de educao deveria haver mais dilogo: falar das consequncias do futuro por causa desses comportamentos; Os alunos conflituosos trat-los com muito amor e carinho em relao aos demais; - Todas as pessoas implicadas no conflito devem expressar a sua opinio e apresentar alternativas para a resoluo: - Reunir com os educandos, encarregados de educao para chegarem a uma concluso antes que os professores tomem medidas, como dar alguns dias de suspenso. - Se for muito grave mandar o educando no centro de reeducao de menores caso j exista no pas. - Dilogo na perspectiva de aconselhamento, transmitindo a experincia da vida adulta (com os alunos e encarregados de educao). - Todos os dias na escola h sempre um tempo para conversar sobre determinados assuntos. (o professor deve ser conselheiro dos alunos, criar amizade com eles). - Sensibiliz-los e sancionar os reincidentes; - Ouvir ou escutar o acusado, os pais dos alunos para chamar o aluno razo e em situaes extremas recorrer a um psiclogo. - Mais programa de interaco social para os alunos, participao activa e frequente dos pais. - Mais formao para os professores.

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- Palestras, visitas aos ajuizados de menores para confirmar as consequncias dos conflitos. - Trabalhos de leitura e no comeo de cada aula apresentar ao professor, o mesmo por sua vez ouvir os alunos, mesmo na escola coloc-los dois-a-dois para fazerem tarefas concretas, como na biblioteca, para no haver espaos de manobra para fomentar um conflito. - Entrevista aos pais sem os ter informado sobre a razo da entrevista. Entrevista a criana sobre o que faz nos tempos livres. Os encarregados aconselham a estudar as causas desses conflitos, porque a criana que comete erros ou desvios de comportamento no para j o nico culpado da situao. 4.2. Factores que influenciam no comportamento dos alunos na escola Nas nossas observaes tambm constatmos que tudo acontece embora se faa um acompanhamento, com alguns professores e pais mesmo sem existir um propsito direccionado. A grande preocupao est em como gerir e mudar o comportamento dos alunos na escola. Por outro lado os professores culpam os pais, e os pais culpam os professores, porque os professores no tm boa formao, s vo para a escola passear os professores no incentivam os alunos, a estarem bem comportados, e a conviverem bem entre eles. Do mesmo modo os professores culpam os pais porque estes abandonam os filhos na escola, ficam horas e horas sem a presena dos pais. pior quando so fruto de separao, fonte de grandes conflitos para os alunos; o que eles no recebem no podem dar, por isso quando chegam a escola vo fomentando conflitos; h falta de dilogo, de opinies, e de diversidade de ideias. Para alm das caractersticas temperamentais, tambm as diversas condies, se sobrepem, e colocam um desafio, construo de uma relao segura na escola particularmente quando no existem recursos pessoais e sociais. A auto-estima baixa e pode inibir o potencial recurso do aluno, a qualidade das relaes estabelecidas entre professores e alunos.

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4.2.1. Negociao como estratgia para a gesto dos conflitos segundo os nossos interlocutores Este indicador foi analisado atravs das vrias experincias na nossa realidade, e durante a nossa pesquisa, segundo os nossos interlocutores, o reconhecimento de que o outro tambm tem um contributo importante para a resoluo da situao de conflitos, embora tenha um ponto de vista diferente; poder-se- viabilizar um acordo, mediante o dilogo. A negociao um processo de resoluo de uma situao conflitual entre dois ou mais intervenientes ou grupos opostos, atravs do qual cada uma das partes transforma as suas exigncias at aceitar um compromisso varivel para todos. A partir de uma srie de observaes realizadas com as crianas e adolescentes. a) Negociao que reflecte estratgias essencialmente impulsivas e fsicas de confronto ou de fuga da situao conflitual, que revelam ausncia de coordenao das perspectivas prprias e do outro tem subjacente um nvel zero. b) Negociao que utiliza estratgias colaborativas e cooperativas na resoluo do problema, que exprime o reconhecimento da necessidade de dilogo com os outros, visto do ponto de uma terceira pessoa. Apesar da utilidade e da inevitabilidade da negociao, porque os seres humanos no controlam todas as situaes em que participam, nem sobrevivem seno na relao com os outros por isso, seres interdependentes, no entanto, seria uma ingenuidade admitir que a negociao a panaceia para todas as situaes de conflitualidade inerente as relaes interpessoais e sociais. Uma das estratgias mais adequadas para a gesto dos conflitos que acontece nas escolas entre os alunos nos variados domnios do agir humano, a negociao; atravs do dilogo. Ele emerge sob vrias formas, desde a negociao informal, que est presente espontaneamente nas relaes que se estabelecem no quotidiano, nos contextos naturais da vida, na escola. Vamos at a negociao mais formal, sofisticada e intencionalidade, que surge em contexto mais institucionais e organizacionais onde existem fortes conflitos interpessoais. A negociao legitima-se no direito inerente a todo o sujeito humano de poder assumir o conflito e explica-se para que o gestor do conflito saiba negociar com ambas as partes. A negociao implica uma nova forma de enfrentar as situaes, assumindo-se uma postura de compreenso face aos interlocutores conflituais, percebendo que mais benfico para

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os negociadores uma abertura e cooperao, para ultrapassar os diferentes interesses em jogo, do que uma atitude de intransigncia, a negociao faz apelo a que os actores saibam compreender, o ponto de vista do outro e integr-lo, tendo em conta o seu ponto de vista e interesses.

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CONCLUSES Aps a apresentao, anlise e interpretao dos resultados de investigao sobre a importncia da parceria entre professores e encarregados de educao na gesto dos conflitos dos alunos na escola n 3034 podemos concluir o seguinte: Embora os nossos interlocutores saibam qual importncia da parceria na gesto dos conflitos dos alunos na escola todos formaram unnimes em afirmar que para gerir esses conflitos o trabalho rduo e que todos tm que participar com afinco e seriedade com base no dilogo, escuta, negociao, muita ateno nos casos especiais e na reeduo dos alunos. Este trabalho tem que ser feito em conjunto, escola famlia e at mesmo o Estado. Para alm do sempre esperado papel institucional da escola, na aquisio de competncias instrumentais bsicas (leitura, escrita e clculos necessrio a ateno da gesto dos conflitos que surgem na escola. Constatmos que h alguma parceria na escola entre professores e encarregados de educao. Isto valioso para o bem dos alunos no que concerne ao processo de ensino aprendizagem mas nem todos compartilham no processo. Conclumos que alguns esto disponveis em trabalhar na gesto dos conflitos entre os alunos na escola; segundo a dinmica existente nesta os encarregados so chamados a colaborar no acompanhamento dos alunos em parceria com os professores. Alguns pais quando so abordados pelos professores aparecem ou eles prprios solicitam informaes, sobre o comportamento dos seus educandos e em parceria chegam soluo dos conflitos, mas outros nunca aparecem. Entretanto, ainda h muito o que fazer para melhorar a gesto dos conflitos na escola.

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SUGESTES Para que haja uma parceria entre os professores e encarregados de educao na gesto de conflitos dos alunos na escola, sugere-se o seguinte: - Que se d mais importncia da parceria entre professores e encarregados de educao na gesto dos conflitos. - Que todo o processo de ensino/aprendizagem e o comportamento dos alunos sejam partilhados com os encarregados de educao. - Que se informe aos encarregados sobre o comportamento dos alunos diariamente para que eles saibam oportunamente do andamento dos seus educandos e ajudem a escola na sua educao. - Que os mesmos sejam levados a preocupar-se em comunicar-se com a escola mesmo sem serem chamados e faam o acompanhamento. - Fazer o acompanhamento na linha da complementaridade ajudando a escola a detectar e resolver os conflitos dos aluno, contribuindo desta forma para o sucesso e a organizao da escola, o que poder evitar conflitos desnecessrios entre professores e encarregados de educao. - Que haja um tratamento especial aos alunos conflituosos. - Que se faam programas especiais para os tempos livres para os alunos, principalmente os mais conflituosos. - Que se forme ciclos de dilogos como se fosse uma sala de aconselhamento, onde os alunos fiquem nos tempos livres. - Procurar programas, actividades que ocupem os alunos durante as horas livres ou quando o professor no est presente; procurar saber dos alunos o que gostariam mais de fazer nos tempos livres e a escola proporcionar um ambiente favorvel para se praticarem actividades que os alunos gostem de fazer.

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