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FARMACOLOGIA PRINCÍPIOS BÁSICOS

"A administração de medicamento é uma das maiores responsabilidades equipe

de enfermagem”

A utilização de medicamentos é uma das intervenções mais utilizadas no

ambiente hospitalar, no entanto, estudos, ao longo dos últimos anos, têm

evidenciado a presença de erros no tratamento medicamentoso causando

prejuízos aos pacientes que vão desde o não-recebimento do medicamento

necessário até lesões e mortes (LEAPE et al. 1995; TÁXIS & BARBER, 2003).

FARMACOLOGIA   CONCEITOS

A farmacologia é a ciência que estuda os fármacos e os medicamentos sob todos os

aspectos, isto é, a fonte, a absorção, o destino no organismo, o mecanismo de ação e os

seus efeitos.

MEDICAMENTO   - Produto farmacêutico, tecnicamente elaborado com finalidade

profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.

Possui  propriedades benéficas, comprovadas cientificamente.

Todo medicamento é um fármaco, mas nem todo fármaco é um medicamento.

Placebo (placeo = agradar):tudo o que é feito com intenção benéfica para aliviar o

sofrimento:fármaco/medicamento/droga/ remédio (em concentração pequena ou mesmo

na sua ausência).

Nocebo: efeito placebo negativo. O "medicamento" piora a saúde.

Origem

Reino animal: retirado de glândulas ou órgão de animais Ex: soro antiofídico,

insulina

Reino vegetal: Ex: papoula, beladona, digitalina

Químicos: sintetizados em laboratórios Ex: AAS

Reino mineral: retirado de fontes minerais. Ex: ferro, iodo, cálcio.

Ação dos medicamentos

Local:quando age no local onde é aplicado – pele ou mucosa – sem passar na

corrente sanguínea, ou quando age diretamente no sistema digestório, sem passar

pela corrente sanguínea.

Ex: pomadas e loções, colírio.

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Ação Sistêmica: Quando seu princípio ativo precisa ser absorvido e entrar na

corrente sanguínea, para depois chegar ao local da ação.

   Ex: Dipirona – VO – absorção no estômago/intestino delgado – entra na

corrente sanguínea – local (dor de cabeça) – alivia a dor.

   Furosemida EV entra na corrente sanguínea e exerce sua função no rim.

Dose

Dose – Quantidade de medicamento que deve ser administrado;

Posologia – dose de medicamento, por dia ou período, para obtenção de efeito

terapêutico desejado;

Dose mínima- é a menor quantidade de um medicamento capaz de produzir efeito

terapêutico;

Dose máxima – é a dose maior capaz de produzir efeito terapêutico sem apresentar

efeitos indesejáveis;

Dose terapêutica -  é a quantidade mínima de um fármaco  capaz de produzir efeito

desejado;

Dose de Ataque- É a dose administrada no Início do tratamento com objetivo de

alcançar a rapidamente a concentração efetiva;

Dose letal- É a dose capaz de matar 50% de uma população.

Vias de Administração

1) ENTERAL: Quando o fármaco entra em contato primeiramente com o trato digestivo

(SL, oral, bucal e retal)

2) PARENTERAL: Não utilizam tubo digestivo.(injeção, cutânea, respiratória,

conjuntival, etc...)

Absorção

É a passagem do fármaco do local em que foi administrado para a circulação sistêmica.

Mecanismo de Primeira Passagem

É a metabolização do fármaco pelo fígado e pela microbiota intestinal, antes que o

fármaco chegue à circulação sistêmica. As vias de administração que estão sujeitas a

esse efeito são:via oral e via retal (em proporções bem reduzidas).

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Distribuição

Após absorção, as drogas dissolvem-se no plasma e são distribuídos para os

diversos tecidos.

Biotransformação ou metabolismo

É a transformação do fármaco em outra(s) substância(s), por meio de alterações

químicas, geralmente sob ação de enzimas inespecíficas.

A biotransformação ocorre principalmente no fígado, nos rins, nos pulmões e no

tecido nervoso.

Excreção ou eliminação

É a retirada do fármaco do organismo, seja na forma inalterada ou na de

metabólitos ativos e/ou inativos.

TIPOS DE FÁRMACO

• Fármaco Agonista - intensifica ou estimula um receptor;

• Fármaco Antagonistas – Interage com um receptor mas não estimula, impede as ações

de um agonista.

• Fármaco competitivos- compete com o agonista pelos sítios receptores.

CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS

FORMA SÓLIDA:

Pó (granular)

Comprimidos

Drágeas

Pastilhas

Supositórios

Cápsulas

Pílulas

Formas Farmacêuticas

Comprimidos: medicamento ou medicamentos em pó, sob compressão em geral, de

forma circular;

Drágeas: são grânulos com medicamentos envolvidos em camada de açúcar, polidos e

coloridos ;

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Pílulas: pequenas drágeas;

Cápsulas: Medicamento em pó ou grânulos, envolvidos em gelatina solúvel, que deve

ser dissolvido no intestino.

Supositório: forma alongada, sendo sua base de glicerina, gelatina ou manteiga de

cacau;

Xarope: medicamento+açúcar+água;

Elixir: medicamento+açúcar+álcool;

Emulsão: combinação de dois líquidos que não se misturam, devendo ser agitada antes

de usar.

Vias de Administração

INALAÇÃO ⇨PULMÕES ⇨CORAÇÃO ⇨CIRC. SISTÊMICA

VIA ORAL ⇨ ESTÔMAGO/INTESTINO ⇨ CIRC. PORTA ⇨ CIRC. SISTÊMICA

VIA IM ⇨ MÚSCULO ⇨  CIRC. GERAL

VIA EV ⇨ DIRETA NA CIRCULAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO ORAL

Na grande maioria, os fármacos são tomados pela boca e engolidos.

Método mais seguro, conveniente e econômico.

Cerca de 75% de um fármaco administrado é absorvido em 1-3 h.

Comprimidos, drágeas, cápsulas e xaropes.

    Limitações:

Incapacidade de absorção de alguns fármacos:

vômito;

Destruição de alguns fármacos por ação de enzimas digestivas;

Irregularidades na absorção;

Quando o paciente está em jejum para cirurgia ou exame;

Necessidade de colaboração do paciente.

ADMINISTRAÇÃO SUBLINGUAL

Área de superfície pequena.

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Protege-se o fármaco do metabolismo de primeira passagem hepático e do pH

ácido do estômago;

A via sublingual possui ação mais rápida do que a via oral.

Grande irrigação local e conecção à vasos de grande calibre – drenagem venosa

da boca se faz para veia cava superior.

Exemplo clássico:Nitroglicerina.

Desvantagens Via Sublingual

Impróprio para substâncias irritantes ou de sabores desagradáveis.

Administração Retal

Vantagens

Evitar a destruição do fármaco por enzimas digestivas ou pelo baixo pH do

estômago;

Pode ser administrado em paciente inconsciente;

Em caso de enjôo e vômito .

Desvantagem

Muitos fármacos irritam a mucosa do reto;

Desconforto;

Absorção irregular e incompleta.

Exemplo clássico: supositórios.

Administração Parenteral

Principais: intravenosa, subcutânea e intramuscular.

ADMINISTRAÇÃO PULMONAR

Vantagens:

Absorção imediata para o sangue, ausência das perdas pela primeira passagem

hepática;

No caso das pneumopatias, aplicação do fármaco no local desejado.

Desvantagens:

Método trabalhoso;

Impossibilidade de ajuste da dose;

Muitos gases e drogas causam irritação no epitélio pulmonar.

ADMINISTRAÇÃO ENDOVENOSA

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Concentrações obtidas com rapidez, efeitos imediatos e com precisão.

Na administração endovenosa não ocorre absorção, apenas distribuição.

A concentração máxima eficaz que chega aos tecidos depende

fundamentalmente da rapidez da injeção.

ADMINISTRAÇÃO ENDOVENOSA

Útil nas emergências (situações médicas onde requer-se rápida ação das drogas);

Permite o ajuste da posologia;

Adequada no caso de grandes volumes e de substâncias irritativas quando

diluídas.

Desvantagens:

–      Grande risco de efeitos adversos (concentrações altas nos tecidos de forma muito

rápida) - soluções devem ser injetadas lentamente com monitoramento do paciente.

–      Inadequadas para substâncias muito oleosas ou insolúveis.

–      Não existe recuperação após a droga ser injetada.

Antagonista (Drogas competitivas)

Ex: flumazenil sobre o efeito de Benzodiazepínicos.

–      Repetições de injeções intravenosas necessitam de uma veia pérvia.

–      Situações especiais (pediatria): dificuldade quanto à técnica.

–      Estresse.

ADMINISTRAÇÃO INTRAMUSCULAR

Efeitos mais rápidos que a oral;

Administração em pacientes até mesmo inconscientes;

Adequada para volumes   moderados;

veículos aquosos, Oleosos e suspensões.

Desvantagens da Via Intramuscular

Dor;

Aparecimento de lesões musculares pela aplicação de substâncias irritantes;

Aparecimento de processos inflamatórios.

Intra Óssea

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Acesso venoso Indireto;

Absorção Imediata;

Indicação

Pediatria;

Urgência e Emergência;

Administração Via Intratecal

Barreira     hematoencefálica  impedem     ou       retardam a  entrada dos

fármacos no SNC.

Utilidade: Injeções no espaço subaracnóideo vertebral para efeitos locais e

rápidos nas meninges ou no eixo cérebromedular, como nas raquianestesias ou

nas infecções agudas do SNC.

Administração Subcutânea

Nesta via a absorção é lenta através dos capilares, de forma contínua e segura.

Usada para administração de vacinas (anti-rábica e anti-sarampo),

anticoagulantes (heparina) e hipoglicemiantes (insulina).

Desvantagens:

Inadequada para grandes volumes, o volume não deve exceder 1,0 ml.

Possível dor e necrose por substâncias irritativas.

Via Intradérmica

os medicamentos são administrados abaixo da pele;

Absorção lente;

Usada para pequenos volumes (0,1 a 0,5 ml);

Usada para reações de hipersensibilidade:

Teste de ppd;

Teste para alergias.

Via Transdérmica

   A droga é aplicada diretamente sobre a pele (contato) para ser absorvida para a

circulação.

Adesivo- Forma farmacêutica :

Hormônios;

Analgésicos;

Reposição de Nicotina.

Via Tópica

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Utilizada para se obter efeitos localizados apenas na área de aplicação.

  Formas farmacêuticas mais comuns:

Cremes e loções;

Soluções (tópicas, orais, nasais, otológicas)

Colírios.

     

Aplicação Tópica

MUCOSAS:

–      Absorção extremamente rápida;

–      Pode causar toxicidade sistêmica.

PELE:

–      Poucos fármacos penetram rapidamente na pele integra.

OBS:Pele hidratada é mais permeável que a ressecada.

Soluções

Soluções Cristalóide

São soluções eletrolíticas que se movem livremente entre os compartimentos

intravascular e os espaços intersticiais.

Pode ser hipotônico, isotônico ou hipertônico;

Sem Eletrólitos ou com eletrólitos na mesma concentração do plasma.

  Eletrólitos

São substâncias químicas ativas Cátions (+) e Âníons (-).

Principais eletrólitos com Ions (+) no Sangue:

Sódio, potássio, cálcio, magnésio e hidrogênio.

Principais eletrólitos com Ions (-) no Sangue:

Bicarbonato, Cloreto, fosfato, sulfato e Proteinato.

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Coloide

São Soluções usadas como expansor de volume e são consideradas proteínas

plasmática;

- São moléculas muito grande;

- Exerce pressão oncótica.

- Possui o mesmo efeito das soluções hipertônicas.

 Soluções Cristaloides

Soluções Isotônicas

Possuem osmolaridade entre 240- 340 mOsm/l, ou seja, muito semelhante à do sangue.

Mesma pressão osmótica, mantendo equilíbrio de água entre o meio EC e o meio IC.

Exemplo: Soro glicosado 5%, soro fisiológico 0,9%.

Soro Glicosado 5%

Este é composto de água e glicose;

Solução Isotônica com 252 mOsm/L;

Pode ser prescrito sozinho ou com eletrólitos.

 Ex: KCl, NaCl, Gluc Ca, MgSO4;

1L = 200 Kcal

Soro Glicosado 5%

Diluições contraindicadas com Soro Glicosado:

-          Fenitoína- Favorece o a cristalização;

-          Ampicilina Sódica- Altera a estabilidade.

Está contraindicado a infusão de hemoderivados concomitante com SG 5%.

Soro Fisiológico 0,9%

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Solução composta por Cloreto de Sódio (Nacl);

Solução Isotônica com 308 mOsm/L;

Utilizado Para:

- Diluição de alguns fármacos;

- Hidratação;

- Reposição volêmica;

- Única solução que pode ser administrada    

  concomitantemente com hemoderivados;

Infusões contínuas podem causar:

Hipernatremia, Hipocalcemia e Sobrecarga circulatória.

Soro Ringer

Solução salina com eletrólitos ( potássio e cálcio);

Muito utilizado na reposição de fluidos e eletrólitos:

- Perdas Gastrointestinais;

- Desidratação

Soro Ringer Lactato

É uma solução eletrolítica que contém íons lactato.

Soluções Hipotônicas

Possuem uma osmolaridade menor que 240mOsm/l. Estas soluções deslocam líquidos

para fora do compartimento intravascular. Sua osmolaridade é menor que a do sangue.

Quando infundidas a água difunde-se para o meio IC provocando o inchamento das

células.

Ex. soro fisiológico 0,45%.

Indicação

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-Hipernatremia;

- Outras condições de hiperosmolaridade;

Efeitos Colaterais

-          Depleção de líquido intravascular;

-          Hipotensão;

-          Edema Celular;

-          Lesão Celular.

Soluções Hipertônicas

Possuem uma osmolaridade maior que 340 mOsm/l. A osmolaridade é maior que  a do

sangue.

Promovem  a retirada do liquido das células e dos compartimentos interticiais  para o

compartimento intravascular, ou seja, quando infundidos rapidamente podem fazer com

que a água sai do interior da célula para o meio extracelular (EC).

Ex. soro fisiológico a 10%, 20%, glicose 50% e albumina a 25%.

Indicação

-Hiponatremia;

-Outras condições de hiporosmolaridade;

Efeitos Colaterais

-          Elevação da Volemia;

-          Hipertensão;

-          EAP.

Soluções Coloidais

Albumina

É uma proteína plasmática;

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É preparado a partir do plasma humano;

É uma proteína plasmática;

É preparado a partir do plasma humano;

Dextran

É uma coloide Sintético;

Altera o processo de agregação plaquetária;

Indicação

-          Choque hipovolêmico (não hemorrágico);

-          Aumentar a Pressão arterial.

Contra-indicação

-          Hemorragia;

-          Choque hemorrágico;

-          Distúrbio de coagulação.

Substâncias Vesicantes

São aqueles agentes que, quando depositado no tecido subcutâneo causam:

-          Necrose tissular;

-          Comprometimento de tendões, nervos e vasos adjacentes.

-          Somente enfermeiros e médicos treinados deverão administrar vesicantes;

-          A extensão do comprometimento pode levar varias semanas para se tornar

totalmente aparente.

-          Ex: Mostarda Nitrogenada, Mitomicina, Vimblastina.

CATÉTER CENTRAL DE  INSERÇÃO PERIFÉRICA PICC

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Definição:

É um cateter venoso central de acesso periférico, confeccionado em material macio e

flexível (Silicone ou poliuretano) de longa permanência para terapia intravenosa.

Indicando para todas a faixas de idade em uso de drogas vasoativas, nutrição,

Parenteral-NPT prolongada, antibioticoterapia e infusões hipertônicas.

O que define o uso do PICC?

Tipo de droga

Duração da terapia

Condições da rede vascular periférica

Patologia e estado clínico do paciente

Quem vai fazer a inserção do meu cateter PICC/”Midline”?

Normalmente, o cateter  é instalado no leito hospitalar e inserido por um Enfermeiro

com a devida certificação para PICC.

É indicado uma radiografia depois da inserção do cateter para verificar se ele está

adequadamente posicionado.

Legislação

Resolução do COFEN n 258/2001

Art 1- Considera Lícito a inserção do CCIP.

Art 2- O enfermeiro para desempenho de tal atividade, deverá ter se submetido à

qualificação e/ou capacitação profissional.

Veias preferenciais para inserção

-          Basílica;

-          Cefálica ou mediana cubital;

-          Jugular.

Indicações

Antibioticoterapia

Terapia intravenosa por mais de 7 dias.

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Nutrição parenteral

Terapia hiperosmolares  ou com ph não fisiológico

Drogas parenterais vesicantes

Contra – Indicações

Rede Venosa comprometida;

Trombose venosa;

Coleta de sangue

Infusão de hemoderivados;

Necessidade de veias para outros propósitos;

Infecção, escoriação ou queimaduras na região de punção venosa.

Vantagens

Menos estresse, dor;

Menos venodissecções

Evita Complicações: infecção, lesões por infiltrações e extravasamento,

pneumotórax, hemotórax

Inserido por enfermeiros

Evitar múltiplas punções venosas

Preserva sistema vascular periférico

Acesso central de longa permanência

Facilidade na inserção e remoção

Desvantagens

Requer treinamento especial para inserção e manutenção;

Não é suturado;

Requer acesso em veias calibrosas e íntegras;

Não permite a verificação de pressão arterial em membro cateterizado;

Tempo de 45 minutos a uma hora de procedimento.

Localização do cateter

-Posição ideal, no terço distal da veia cava superior .

Equipo:

-          Trocar equipo a cada 72h  (datar a troca).

-          Trocar  equipo imediatamente após infusão de NPT.

-          Usar via exclusiva para infusão de NPT

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Cuidado de enfermagem na manutenção do cateter

Em caso de obstrução parcial ou total do cateter, não tentar desobstruí-lo diretamente

com uma seringa.

Em caso de banho de imersão envolva o membro onde foi inserido o cateter com saco

plástico protegendo-o do contato com a água.

Não deve ativar o cateter até a confirmação da  localização;

Após a infusão de soluções hiperosmolares, e medicamentos, lavar o cateter com

solução salina a 0,9%;

Não é recomendada a infusão de hemoderivados devido ao risco de obstrução, hemólise

e perda do cateter/acesso venoso.

CATÉTER PROFUNDO

Cateter Venoso central (CVC)

DEFINIÇÃO

Punção de uma veia central, onde o profissional não pode ver ou sentir, mas encontra

com a ajuda de certos músculos, ossos anatômica indicações, ou vaso sanguíneo que

permanecem constantes de um indivíduo para outro.

}  INDICAÇÕES

- Dificuldade ou incapacidade de canal ou acesso periférico.

- Necessidade de infusão de drogas irritantes, tóxicos ou soluções hiperosmolares

vasoativo (nutrição parenteral).

- A monitorização hemodinâmica (PVC, PCP e débito cardíaco).

- Implante de marcapasso endocavitário temporário.

- Hemodiálise.

- Acesso à radiologia vascular intervencionista.

}  CONTRA-INDICAÇÕES

• Geral:

- Distúrbios de coagulação.

- Infecção no local da punção.

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- Trombose de vasos.

- Agitação psicomotora.

Tipos de cateter para punção venosa central

-Cateter duplo e triplo lúmen

-Cateter Central Semi-implantado

-Cateter de silicone e/ou poliuretano.

Função:

Terapia infusional diária, contínua  ou intermitente, com fluidos de ph e osmolaridades extremos;

Múltiplas terapias.CATETER TOTALMENTE IMPLANTADO

ACESSO

Cateter Central Semi-implantado

Vantagens:

Grandes volumes; Uma ou mais vias.

Desvantagens:

 Necessita da cooperação do cliente;  Limitação para o auto-cuidado;  Implantação cirúrgica;  Possui segmento externo;  Manutenção semanal;  Limitação de atividades.

CATETER TOTALMENTE IMPLANTADO VANTAGENS }  Dispensam curativos; }  Menor chance de infecção; }  Conforto; }  Facilita a atividade; }  Dispensa manuseio pelo doente; }  Não altera imagem corporal;

Page 17: FARMACOLOGIA PRINCÍPIOS BÁSICOS

}  Não necessita da cooperação do cliente. DESVANTAGENS }  Punção percutânea; }  Custo; }  Necessita de procedimento cirúrgico; }  Necessita de punção com agulha própria; }  Única via. VIAS DE ACESSO -          subclávia; - jugular. IINDICAÇÕES: }  Quimioterapia; }  Tratamento prolongado; }  Veias delgadas e fibrosada; }  Acessos freqüentes. CONTRA- INDICAÇÕES: }  Infecções }  Alergia }   Intolerância COMPLICAÇÕES NA IMPLANTAÇÃO }  Hemo e pneumotórax; }  Alterações ECG; }  Tamponamento cardíaco; }  Lesões venosas; }  Embolia gasosa; }  Sangramento.   COMPLICAÇÕES TARDIAS }  Infecção }  Oclusão do cateter }  Rotação do reservatório }  Desconexão }  Intolerância

RISCOS DE INFECÇÕES

}  Alergia ao material;

}  Higiene precária;

Page 18: FARMACOLOGIA PRINCÍPIOS BÁSICOS

}  Falta de técnica ;

}  Falta de antissepsia;

}  Curativo- ausência.

}  Indicação:

- clientes em tratamento medicamentoso prolongado;

- clientes em terapia vesicante.

}  Contra indicação:

- lesões cutâneas;

-sinais e sintomas de infecção.

                MATERIAL DE PUNÇÃO

Bandeja de  curativo com campo estéril; EPI- máscara e óculos; 1 par de luvas esterilizadas; 1 frasco de SF 0,9% 100ml; Gazes esterilizadas ; Álcool a 70% ; Seringa de 10 e 20ml e agulha ; Dispositivo de punção- agulha Hubber, scalpe 23 ou 21; Medicação  preparada, soro montado.

TECNICA DE PUNÇÃO

}  Conversar com o cliente ;

}  Higienizar as mãos ;

}  Reunir material;

}  Paramentar-se;

}  Colocar o material na mesa cabeceira ;

}  Posicionar o cliente ;

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}  Instalar soro no suporte;

}  Abrir a bandeja e demais materiais;

                TECNICA PUNÇÃO

}  Calçar as luvas;

}  Montar seringas de 10 e 20ml;

}  Anti-sepsia  - álcool a 70%;

}  Delimitar a câmera  fixando-a entre os dedos;

}  Puncionar em ângulo de 90°;

}  Verificar retorno venoso;

Regra de três simples

 

A regra de três simples serve para resolver problemas que relacionam dois valores de uma grandeza.

O valor  desconhecido será tratado por “X”.

A regra de três Simples é umas das formas de cálculos mais usadas na enfermagem.

Exemplo:

Prescrição médica: Garamicina (gentamicina) 30mg IM ampolas de  80mg/2ml.

Quantos  ml devo administrar?

Penicilina

A penicilina cristalina (Benzilpenicilina potássica), virá em unidades de:

Frasco/ampola de 1.000.000 UI;

Frasco/ampola de 5.000.000 UI

Page 20: FARMACOLOGIA PRINCÍPIOS BÁSICOS

Frasco/ampola de 10.000.000 UI.

O pó do frasco se equivale a 2ml quando diluido.

Uso EV (diluído em 50 ou 100ml) ou IM(até 10.000.000 UI)

OBS: Bezetacil só pode ser administrado na via IM.

Cálculo de Penicilina

Temos que administrar 2,5 milhões de UI de penicilina cristalina EV de 4/4h em 50 ml

de SG 5%. Na clínica existe frasco/ampola de 5milhões de UI que devem ser

inicialmente diluídos para 10ml. Quantos ml desta 1ª solução devemos diluir ao SG 5%?

5.000.000 UI---------8ml de AD + 2ml de pó.

       ou

5.000.000-----------10ml

2.500.000-----------X

5.000.000X=2.500.00 x 10     X= 25.000.000 = 5 ml

                                                         5.000.000

Resposta do Cálculo de Penicilina

Deverão ser administrados 5ml de penicilina de uma um frasco de 5 milhões de UI que

diluiu para 10 ml.

Esta solução de 5 ml deverá ser rediluida em 45 ml de SG 5% em uma bureta.

Cálculo de gotejamento (gotas)

Nº gotas= ___  V   _____

                       T x 3

Nº gotas= Número gotas por minuto

V= Volume (Ml)

T= Tempo ( hora)

Page 21: FARMACOLOGIA PRINCÍPIOS BÁSICOS

Exemplo

Quantas gotas deverão correr em 1 min. Para administrar 1.000ml de SG a 5% de 6/6h?

Nº gotas= __  V   ___

                  T x 3

Nº gotas= 1000       =        55,5 gotas

                6x3

Deverá correr 56 gotas por minuto.

Cálculo de gotejamento (Microgotas)

Nº Microgotas= _  V   __

                             T

Nº Microgotas= Número microgotas por minuto

V= Volume (Ml)

T= Tempo ( hora)

Uma gota é igual a três microgotas.

Exemplo

Quantas microgotas deverão correr em 1 min. Para administrar 300ml de SF 0,9% de

4h?

Nº microgotas= __  V   ___

                              T

Nº microgotas = 300       = 75 microgotas

                            4

Deverá correr 75 microgotas por minuto.

INSULINAS

Page 22: FARMACOLOGIA PRINCÍPIOS BÁSICOS

Antigamente existia a insulina bovina e suína, hoje só está disponível a insulina humana

(DNA recombinante).

Durante o tratamento o tipo de insulina pode variar segundo a classificação que pode

variar segundo a duração de sua ação.

Tipos de Insulina

Lispro (Ultrarrápida): Seu efeito inicia entre 1 a 5 minutos e atinge

o picomáximo em 30 minutos edura cerca de 3 a 4 hora.Aspecto transparente e é

administrado por via subcutânea.

Regular (R): Seu efeito iniciacerca de 30 minutos e atinge o pico máximo em 1

hora e dura cerca de 6 a 8 hora. Aspecto transparentee é administrado por via

subcutânea, intramuscular e endovenosa.

NPH (Ação Intermediária):Seu efeito inicia entre 1 a 3 horas e atinge

o picomáximo entre 6 e 12 horas edura cerca de 20 a 24 hora.Aspecto leitoso e é

administrado por via subcutânea e nunca endovenosa .

Ação Ultralenta (U): Seu efeito inicia cerca de 4horas e atinge o picomáximo entre

12 e 16 hora edura cerca de 24 a 36 hora.Aspecto leitoso e é administrado por via

subcutânea e nunca por via endovenosa.

Pré- misturada: Insulina regular misturada com NPH, o seu efeito inicia entre 30

minutos a 1 horas e atinge opico máximo entre 2 e 12 horas e dura cerca de 20 a 24

hora. Aspecto leitoso e é administrado por via subcutânea e nunca endovenosa .

Exercício

Prescrição médica:

Insulina SC, 60UI

Temos que administrar insulina SC, mas não dispomos da seringa própria, só a de 3ml.

Calcule em ml a quantidade a ser aspirada:

1)      80 UI de Insulina=

2)      50 UI de Insulina=

3)      70 UI de Insulina=

Page 23: FARMACOLOGIA PRINCÍPIOS BÁSICOS

4)      40 UI de Insulina=

Diluição de insulina Regular EV

Insulina Regular 50 UI diluída em 100 mL de SF em bomba de infusão, acesso

periférico ou central. Concentração padrão de 1UI de insulina em cada 2 mL da solução.

Protocolo de Insulina Regular EV146-180 mg/dL ------------ 1UI/h ou 2ml/h

181-250 mg/dL ------------ 1,5UI/h ou 3ml/h

251-395 mg/dL ------------ 2UI/h ou 4ml/h

>395 mg/dL mg/dL -Chame intensivista para prescrição de bolus EV.

Tratamento Quimioterápico

Quimioterapia Antineoplásica

�  Consiste no emprego de substâncias químicas isoladas ou em combinação, com o

objetivo de tratar as neoplasias malignas.

Característica da droga

�  A maioria dos antineoplásicos atua de forma não específica, lesando tanto as células

malignas quanto as benignas.

Característica dos Tumores Malignos

�  Tumores menores- Maior porcentagem de células em reprodução;

�  Tumores em crescimento-Competição por nutrientes, oxigênio e espaço;

�  Tumores grandes- O número de células ativas em reprodução diminui.

Classificação dos quimioterápicos antineoplásicos

v  Quimioterápico ciclo-específico

                               As medicações ciclo-específicas são aquelas que se mostram mais

ativas nas células que se encontram numa fase específica do ciclo celular. Observa-se

um limite no número de células, que podem ser erradicadas com uma única exposição.

v   Quimioterápicos ciclo- inespecíficos

Page 24: FARMACOLOGIA PRINCÍPIOS BÁSICOS

O  efeito citotóxico das medicações ciclo-inespecífica é obtido em qualquer fase do

ciclo celular. Esses agentes são eficaz em tumores grandes com menos células ativas de 

divisão.

A estrutura química e a função celular dos quimioterápicos

v  Alquilantes

Causam alterações nas cadeias de DNA, impedindo a sua replicação. São do  tipociclo-

inespecífico e agem em todas as fases do ciclo celular. Exemplo: Mecloretamina.

v  Antimetabólicos

São capazes de “enganar” a célula, incorporando-se a ela, bloqueando a produção de

enzimas ou interpondo-se entre as cadeias de DNA e RNA, transmitindo mensagem

errôneas. São do tipo ciclo-específico e agem em determinada fase do ciclo celular.

Exemplo: Fludarebina, citarabina.

v  Antimitóticos

                Interferem  na formação do fuso mitótico. São do tipo ciclo-específicoe agem

na fases de mitose.

Exemplo: Vimblastina

v  Topoisomerase-interativos

                 Interagem com enzimas topoisomerase I e II, interferem na síntese do DNA.

São do tipo ciclo-específico e agem na fase síntese.

Exenplo: Topotecano, Etoposido

v  Antibiótico antitumorais

                Atuam interferindo com a síntese de ácidos nucléicos, impedindo a duplicação

e separação das cadeias de  DNA e  RNA. São do tipociclo-inespecífico e agem em

todas as fases do ciclo celular.

Exemplo: Doxorubicina, Mitomicina

Finalidades da quimioterapia antineoplásica

v  Curativa = Objetiva a erradicação de evidências da neoplasia.

Page 25: FARMACOLOGIA PRINCÍPIOS BÁSICOS

Exemplo: Leucemias agudas e tumores germinativo.

v  Paliativa = Visa  melhorar a qualidade de vida do paciente, minimizando os sintomas

decorrentes da proliferação tumoral, aumentando seu tempo de sobrevida em função de

uma redução importante do número de células neoplásicas.

v  Potencializadora = Utilizada simultaneamente à radioterapia, no sentido de melhorar

a relação dose terapêutica/dose tóxica do tratamento com irradiação.

Exemplo: tumor de pulmão.

v  Adjuvante = Quando realizada posterior ao tratamento principal, quer seja cirúrgico

ou radioterápico.

Exemplo: tumores de mama, ovário, cólon e reto.

v  Neo-adjuvante = Quando é realizada previamente ao tratamento principal, quer seja

cirúrgico ou radioterápico.

Exemplo: Sarcomas, tumores de mama avançado.

Efeitos adversos segundo sistema comprometidos

v  (Toxidade Hematológica)

               

                Anemia : redução da concentração de hemoglobina e da massa de glóbulos

vermelhos.

                Neutropenia: caracteriza-se por valores de neutrófilos inferiores a 1.500/mm3

                Trombocitopenia: redução do número de plaquetas, que pode ocorrer pela

própria patologia em decorrência do tratamento.

v  (Toxidade Cardíacas)

A fibra cardíaca é lesada pela ação de alguns quimioterápicos antineoplásicos.

Sinais: taquicardia sinusal, contração ventricular prematura e modificações nas ondas T

e ST.

v  (Toxicidade pulmonar)

Page 26: FARMACOLOGIA PRINCÍPIOS BÁSICOS

Pode instalar-se de forma aguda ou insidiosamente.

Sinais e sintomas: tosse não produtiva, dispnéia, taquipnéia, expansão torácica

incompleta, estertores pulmonares, fadiga.

v  (Toxicidade Neurológica)

Sinais e sintomas: alterações mentais, convulsões, perda de reflexos, irritação meníngea

e perda a acuidade visual.

v  (Toxicidade pulmonar)

Pode instalar-se de forma aguda ou insidiosamente.

Sinais e sintomas: tosse não produtiva, dispnéia, taquipnéia, expansão torácica

incompleta, estertores pulmonares, fadiga.

 

v  (Toxicidade Neurológica)

Sinais e sintomas: alterações mentais, convulsões, perda de reflexos, irritação meníngea

e perda a acuidade visual.

v  (Toxicidade Vesical e Renal)

Pode causar irritação química na mucosa vesical, expressa clinicamente por disúria e

hematúria.

v  (Toxicidade Gastrintestinal)

v  Náuseas e Vômitos

v  Mucosite

v  Diarréia

v  Constipação

v  Anorexia

v  Fadiga

v  (Toxidade dermatológica)

Page 27: FARMACOLOGIA PRINCÍPIOS BÁSICOS

Hiperpigmentação     

Fotossensibilidade         

 Alopecia

v  (Toxicidade Hepática)

                 É avaliada através de elevação transitória das enzimas hepáticas (TGO, TGP,

DHL e fostofatase alcalina)

v  (Disfunção Reprodutiva)

A quimioterapia antineoplásica pode levar a alterações relacionadas à função

testiculares e ovariana, conseqüentemente, à fertilidade e à função sexual.

v  (Disfunção Metabólica)

A destruição celular maciça, também causada pela ação dos quimioterápicos

antineoplásicos, libera na corrente potássio, ácido  úrico, fosfato e outros produtos,

gerando o desequilíbrio eletrolítico.

 


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