Farmacoeconomia: Conceitos, métodos e aplicações
Dr. Mateus Fernandes, Minsa – Cecoma
Outubro, 2015
2ª- SEMANA DA FARMÁCIA ANGOLANA
Economia
É a ciência que estuda como os homens e a sociedade escolhem as opções para a utilização dos seus recursos escassos para produzir, distribuir ou consumir entre os individuos, bens e serviços em curto, médio e a longo prazo.
Também analiza os custos e efeitos dos
responsáveis nas aquisições.
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Tem como objecto de estudo, a produção, distribuição, financiamento e consumo dos serviços de saúde que orientam a sociedade humana.
É a natureza social e de carácter dinâmico.
É a integração das teorias económicas, sociais, clínicas e epidemiológicas para o estudo dos mecanismos e determinantes e condicionantes da produção, distribuição, consumo e financiamento dos serviços de saúde.
Economia da saúde
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Inclue a prevenção, cura e o prognóstico como metas focadas ao cumprimento de um serviço eficiente com equidade e qualidade.
A união deve ser tão completa que inclue conceitos éticos.
Economia da saúde
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Principais campos da economia de saúde
Determinantes e condicionantes
Saúde e o seu valor económico
Equilíbrio de mercado
Demanda da atenção
Oferta de atenção
Avaliação económica
Planificação regulação e supervisão
Avaliação geral do sistema
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“Descripção e análises de tratamento com fármacos aos
sistemas de saúde na sociedade”
“Determinação da eficiência de um tratamento farmacológico e sua comparação com outras opções com
o fim de seleccionar aquela com relação custo-efeito mais favorável”
Farmacoeconomia
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Avaliações económicas dentro dos ensaios clínicos
•A avaliação económica é o principal objectivo de estudo
Métodos utilizados para realizar uma avaliação económica
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Vantagem : Obter informação que pode ser utilizada nas decisões sobre o financiamento do produto e contribuir na fixação do seu preço. Problemas: • Determinação dos custos e efectos das opções comparada em condições experimentais que podem ser representativos de custos e efeitos reais. •Utilização do placebo como medição de referência e não com os fármacos mais utilizados na práctica clínica.
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Modelos Farmacoeconómicos
Informação disponível
- -EC prospectivos ou já realizados Cálculo aproximado da - -Base de datos Técnicas Repercussão clínica e - -Opinião de expertos de económica da utilização - -Revisão de Literatura simulação de distintas alternativas - de tratamentos
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Modelos Farmacoeconómicos
Posibilita combinar dados de diferentes fontes. Permite obter maior quantidade de informação: Comparação com maior número de opções, maior seguimento dos pacientes, terapia empregue em caso de fracasso inicial, etc.. Menor custo com respeito as avaliações económicas realizadas dentro de E.C e rapidez na obtenção de resultados. As conclusões são mais realistas e generalizadas, pelo que tenha maior relevância para a toma de decisões.
Poca solidez na informação
de partida (raramente se conta com toda a informação e é
necessário realizar suposições
Facilidade de manipulação de dos resultados.
Na recolha retrospectiva de
informação pode dificultar a evaliação de variáveis como
qualidade de vida.
Vantagens Inconvenientes
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No século XVIII, o economista Italiano Wilfredo Pareto, observou que uma grande porção (80%) da riqueza era propiedade de um pequeno (20%) segmento da população.
Também pude observar que uns quantos productos numa empresa conformavam a maioria das vendas.
Esta idea sobre que poucos têm o mais importante e muitos o pouco se foi extendendo a outras situações e se conheceu como o Princípio de Pareto.
Se pude aplicar ao caso do sistema de inventario, em que uns poucos artigos representam a maior parte de inversão.
Na indústria, a análise de Pareto se conhece como análise ABC.
Para ser mais preciso, se chamou ABC a ferramenta e Pareto a Teoria.
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A: Medicamentos que representam uma alta
porcentagem de custo.
B: Medicamentos que representam uma
porcentagem media de custo.
C: Medicamentos que representam uma
baixa porcentagem de custo.
Numa análise ABC se classificam os medicamentos
segundo a sua participação no custo total:
Estes grupos ajudam a centrar a atenção nos elementos mais importantes do custo.
A delimitação entre os grupos A, B e C pode estabelecer-se donde se pareça mais conveniente
Permite que um planificador analize os gastos correspondentes aos
productos farmacêuticos e dispositivos médicos para determinar
as prioridades de aquisição, o manejo de inventários e ajudar na toma de decisões para incluir os
ítems necessários num formulário.
Os productos são comparados de acordo com o seu custo total, permitindo que o planificador priorize a administração de productos da classe A (10-20% das
regiões que correspondem aos 70-80% dos fundos gastos) nas decisões de
selecção e aquisição.
Ao menor número de fármacos corresponderá a uma grande proporção do total dos
gastos. Se fosse necessário revisar a aquisição de
medicamentos para poder reduzir os custos, dos fármacos ou as classes terapêuticas com as porcentagens mais elevadas
do custo total deveriam ser tomados em conta em primeira
instância.
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Passos a seguir numa avaliação farmacoeconómica
Fonte: Sacristán9
Objectivo de estudo
Análise das alternativas
Medida dos custos Medida dos efeitos
Custo benefício Custo efectividade Custo utilidade Minimização de custos
Análises dos resultados (análise marginal)
Conclusões
Análise das perspectivas
TIPO DE ANÁLISES
Términos monetários Unidades físicas Qalidade de vida/ utilidade Iguais benefícios
Suposições e limitações (análise de sensibilidade)
Validez interna (justificadas) Validez externa (generalidades)
Definição da pergunta
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Perspectiva dos custos
Institucional
Paciente e familiares
Sociedade
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Alternativas
•Todos os fármacos substitutivos
•Os mais eficientes
•Os mais prescritos
•O tratamento cirúrgico ou paliativo
utilizado nesta indicação.
•A opção de não fazer nada.
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•É “o valor dos recursos para produzir algo ou a soma
dos pagamentos em que se incorrem para a aquisição de
um bem ou um serviço com a intenção de que gere
ingressos no futuro.”
Custos
“Qualquer sacrifício”
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“Pode dizer-se que o custo de oportunidade está vinculado a aquele a que um agente económico
renuncie ao eleger algo."
Custo de oportunidade
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Segundo o momento de cálculo
Custos
predeterminados (Custos antecipados)
Custos históricos
(Dados resultantes, o que
custou)
Custos estimados (o que pode custar)
Custos estándar (o que deve custar em
condições de
eficiência normal)
Classificação dos custos(I)
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Segundo oseu comportamento sem relação as flutuações da actividade
Custos Fixos
(Inalteráveis, independentes
dos aumentos ou diminuição
do volume da actividade)
Custos Variável
(Muda proporcionalmente o
comportamento do volume da
actividade)
Classificação dos custos(II)
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Segundo a facilidade de ser correlacionados
com o seu objecto
Custos directos
(Compreendem os gasto que são
identificáveis directamente com
uma produção, um serviço, uma
actividade ou um programa)
Custos Indirectos
(gastos não identificáveis com uma
produção e serviço dado,
relacionando-se estes em forma
indirecta)
Classificação dos custos(III)
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Grau de arredondamento utilizado
Custo total
(Custo de produzir uma
quantidade determinada de
resultado)
Custo Unitário
(Custo total pelo número de
unidades de um producto ou
serviço)
Classificação dos custos(IV)
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Tipos de Custos Custos Tangíveis Custos Intangíveis
Custos Directos
Salários Electricidade Dor
Materiais Agua Insegurança
Equipamentos Gas Medo
Medicamentos Teléfono Insatisfação
Reactivos Alimentação
Edificações Transporte
Combustível
Gasto de bolso do paciente e familiares
Custos Indirectos Perda de produtividade por conceito de enfermedade ou morte
Grau de satisfação com o sistema de saúde
PARA A MEDIÇÃO
Recursos Custos
Resultados Consequências
Alternativas
Eficiência
Obter os máximos benefícios com o mínimo de recursos
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+
+ __
__
Efectividade
Efectividade
Custos Custos
Compensa o benefício extra ao custo adicional ???
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Drummond M y cols. Métodos de Evaluación Económica de
los Programas de Asistencia Sanitaria. Editorial Diaz de
Santos. Madrid. 2001.
Gálvez Ana María y cols. Guía Metodológica para la
Evaluación Económica en Salud. Cuba. Revista Cubana de
Salud Pública. Número 1. 2004.
Bibliografia
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