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Em 12 de julho de 2011 ocorreu a aprovação da lei que põe a Semana Hip Hop no calen-

dário oficial de Esteio. A lei começou uma revolução quando se trata de cultura Hip Hop

no município. Logo após esse primeiro passo, o movimento se organizou e formou uma

equipe com o objetivo de fazer um evento com uma semana de duração, onde haveriam

palestras, debates e lazer.

Com a realização da 1ª Semana Hip Hop Esteio percebeu-se a necessidade de uma insti-

tuição jurídica que pudesse falar pelos amantes e artistas da cena hip hop da cidade.

Essa entidade também teria o papel de apoiar quem está começando em qualquer ele-

mento da cultura. Então, o movimento hip hop deu seu segundo passo: criamos uma asso-

ciação sem fins lucrativos que visa descomplicar processos que nem todo mundo conheça,

tanto ensinando a fazer um projeto para captar recursos, e até mesmo, orientar no que

diz respeito

Quem quiser saber mais, a Associação do Hip Hop de Esteio (AHE) se reúne todas as

quintas feiras na Casa de Cultura Lufredina Araújo Gaya, das 20h às 21h30. Os interessa-

dos em contribuir com o crescimento da cultura Hip Hop estão convidados a fortalecê-lo

participando, dando ideias e se associando.

Agenda:

Lançamento do DVD: 1ª Semana Hip Hop Esteio (2011)

Shows com Sandrão (RZO), Rafuagi, Didão e a Gang e La Firma S/A.

Data: 30/06/2012

Local: Rua Garibaldi - (Rua Coberta/Centro)

Horario: Apartir das 19hrs

Fortaleça a cultura que você acredita.

A.H.E! ASSOCIAÇÃO DE HIP HOP DE ESTEIO

Contato: [email protected]

Foto: Rodrigo P.O.

Foto: Lagarto

Você já percebeu que a hipocrisia to-

mou conta do mundo? Estamos tão acostu-

mados com pessoas hipócritas, que toda vez

que alguém fala a verdade, nos soa como sarcasmo. Mas o certo seria ser sincero doa

a quem doer, não é? Pelo menos é o que dizem por ai nas redes sociais. O grande

problema é que chegamos a um ponto em que não ser hipócrita acarreta grandes

problemas para um indivíduo. Mas, por que não ser verdadeiro? Pra que tanto conser-

vadorismo? Onde está a autenticidade das pessoas? Onde está a capacidade de dizer o

que pensa e onde fixa seus valores sem medir consequências? Isso não é de hoje

gente! Escritores do século XVI, como Mateo Alemán, já criavam reflexões sobre essa

hipocrisia, dizendo que os hipócritas são como as tâmaras: o doce está por fora, o mel

nas palavras e o duro está lá dentro, na alma. Tudo continua a mesma coisa! E por

mais que tentemos ser sinceros, sempre haverá um lado nosso que entrará em con-

flito com nós mesmos. Nós, jovens, por exemplo. Tentamos revolucionar, acreditamos

ser a geração que vai mudar tudo. Mas ainda somos hipócritas. Reclamamos da situa-

ção em que vivemos, nos indignamos com as injustiças do Mundo, queremos salvar o

planeta. Mas como? O que realmente fazemos para alcançar isso? É muito fácil criticar

e não ir atrás. Muito fácil compartilhar ideias e ideais em redes sociais, e no dia-a-dia,

não por em prática. Chamo isso de hipocrisia virtual, uma inversão de valores total em

rede. Já pararam para pensar que às vezes ouvi-

mos músicas que ditam valores, cantamos e gri-

tamos estas para quem quiser ouvir, quando

nem nos damos conta do que estamos dizendo?

Pois é. A solução de tudo isso se resume

em uma só palavra: AUTENTICIDADE, ou para

quem preferir, personalidade. Não adianta

querer acabar com a hipocrisia da sociedade,

pois como já diria Nietzsche, nada mais hipócrita

do que a eliminação da hipocrisia. Então

#PÁRATUDO e seja verdadeiro.

Por @BiancaSchinoff [email protected]

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A Complexidade ContemporaneaA Complexidade Contemporanea .blogspot.com.blogspot.com

Por @CacauMaciel Email: [email protected]

Mulheres de fibra, cimento e beleza

Mulheres aguerridas, independentes e inteligentes. Heroínas do século XXI vestidas para matar. Assim são nossas mães, filhas, estudantes, esposas e amigas. Mulheres para todo o momento, para todas as idades, para todas as culturas e para todas as funções sociais. Mulheres ricas de amor e convicção, com olhares encantadores e falas de libertação. Mu-lheres que estão colocando o preconceito e o desrespeito em queda, abrindo espaço para uma sociedade que passa a compreender o ser feminino como alguém próprio de lutas, trabalho, conhecimento e inteligência.

Entende-se que o caminho para a igualdade de gênero ainda é árduo, mas cada vez mais as próprias mulheres rompem os clichês e comprovam mais do que beleza, apostando no conhecimento e no trabalho como formas de independência. Hoje, somos multiuso, múlti-plas e incansáveis. O modelo ―Amélia‖ foi rompido e sucedido pela reflexão que propõe a ocupação do espaço da mulher pela mulher.

A luta pela afirmação da mulher na sociedade passa pelo movimento do feminismo cul-tural que ao estudar o apogeu da mulher e das suas diferenças, inovou propondo a igual-dade e a liberdade desta. — Corpos e desejos livres, direitos iguais! — A mulher não pode mais ser coadjuvante de uma sociedade que a enxerga como objeto publicitário e sexual. Nós, mulheres, somos fortes e belas por natureza, somos seres racionais e não precisamos nos esconder em mantos. Respeito é o que pedimos!

Neste pensamento, está a Marcha das Vadias que toma conta do Brasil com cartazes nas ruas e nas redes sociais e com bonitas e ousadas caminhadas/marchas que passam por nossas capitais, lembrando os números da violência à mulher, a diferença salarial, o pre-conceito e o desrespeito às mulheres, bem como afirmando mulheres conscientes, refle-xivas e orgulhosas de si. A marcha que utiliza o termo vadia na expectativa de chocar os cidadãos, objetivando que estes quebrem a idéia medíocre de que casos de estupro ocor-rem porque mulheres se vestem como ―vadias‖, chamando a atenção e logo passando de vítimas à colaboradoras de estupradores.

Os cartazes da Marcha das Vadias, que circulam nas redes sociais, fazem parte da cam-panha ―Feminista por quê – Vadia por quê‖, das feministas do Distrito Federal. Eles nos fazem acordar para a realidade de tratamento que as mulheres brasileiras recebem e, ao mesmo tempo, nos propõem participar deste movimento, rasgar os sutiãs, afirmar esta luta e sairmos às ruas gritando: Sou FEMINISTA porque luto pelos direitos de todas as mu-lheres; Sou FEMINISTA porque não concordo que o corpo da mulher seja tratado como

objeto, na mídia; Sou FEMINISTA porque meu corpo, pensamentos e desejos jamais se-rão silenciados; Sou FEMINISTA porque luto por um mundo que nenhuma mulher terá me-do de ser estuprada ou agredida; Sou FEMINISTA porque não aceito que me digam como me vestir ou me comportar; Sou FEMINISTA porque questiono os clichês da sociedade, como: mulheres só falam sobre coisas fúteis ou chorar é coisa de mulher; Sou FEMINISTA porque sou mulher, me valorizo e faço da minha vida o que for melhor para mim — direi-to ao nosso corpo, respeito, liberdade de expressão e um mundo sem medo —. Se ser fe-minista é isso, ou se ser vadia é lutar por justiça, liberdade e respeito à mulher, quem dera se todas nós conseguíssemos ser assim, então.

A mulher não deve se esconder ou temer, a mulher deve ser livre para escolher. Ela deve sair às ruas sem ser alvo, deve ir para casa sem medo e deve ser feliz da maneira que escolher. Quando conseguirmos enxergar a mulher no pleno desenvolvimento que este século nos propõe, estaremos avançando para um caminho mais humano, mais amá-vel, consciente e reflexivo. Vamos sucumbir o preconceito, colocar os clichês na última gaveta do roupeiro e vamos vestir a verdade e lançar aquele olhar de admiração e respei-to para nossas mulheres. Estas lindas que andam aí pelas ruas pensam, amam, sofrem e lutam como qualquer ser humano, não são corpos à exposição ou objetos, são mulheres dotadas de sonhos, os quais...ninguém vai impedir a realização!

Mulher bonita é a que luta, sem dúvida alguma!

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# Espaço Consciente Por Alejandro Ruíz

A Invisibilidade das Artes Plásticas Soa contraditório falar na ―invisibilidade‖ das artes plásticas, afinal a essência das

Artes plásticas é a fruição do público das obras, sejam elas nas linguagens tradicio-nais, sejam nas das artes contemporâneas.

Mas de verdade, excetuando os mega eventos como as Bienais e as Exposições Internacionais, nenhuma outra Arte é tão invisível, pelo menos nestes recantos do planeta, do que as antiqüíssimas ―Artes Plásticas‖. Pense bem: qual foi a última ex-posição que você foi visitar? Foi na sua cidade? Na sua cidade, tem Sala de Exposi-ções, Galerias, Ateliês?....

Tudo começa mal na própria Escola, onde a maioria das vezes outros docentes sem nenhuma formação em artes assumem essa disciplina por que é o que tem...

Dificilmente você vai saber de um professor de artes dando aulas de química, mas já o contrário.... Ali, onde deve se formar o futuro público distancia-se as pesso-as do universo das artes plásticas.

Depois, seguimos pelas estruturas públicas onde as pessoas poderiam dar continui-dade a sua permanente formação frente as inúmeras linguagens e vertentes das artes plásticas. Tire o reduzido circuito do centro de Porto Alegre, e terá o deserto... Na região metropolitana, poucas são as cidades que contam com galeria pública ou pri-vada.

Na nossa cidade, que era a única da região que tinha uma sala especificamente planejada para isso na Casa de Cultura, vimos a eliminação da mesma em ―prol‖ da Biblioteca Municipal... Sem resolver o problema da Biblioteca (que há muitos anos reclama por um espaço próprio e adequado) o poder público eliminou o espaço espe-cífico, para deixar como ―alternativa‖ a antiga Biblioteca, espaço que no primeiro olhar demonstra que foi planejado com outro objetivo.

E claro, artes invisíveis, artistas desconhecidos.... Sem o incentivo necessário pa-ra que haja um circuito expositivo, a maioria dos Artistas Plásticos abandona sua pro-dução por pensar que não há interesse por parte da sociedade nas obras de arte.

Paradoxalmente, o mundo torna-se dia a dia mais visual e imagético... Quem sabe um dia não muito distante, os artistas plásticos voltem a se organizar

e passem a cobrar, a quem necessário for, para que esta tão antiga área das artes tenha seu devido lugar e visibilidade na agenda das cidades do século XXI.

Cantinho: Arte Literária Pensante

Por Cacau Maciel

"Um homem livre é aquele que, tendo força e ta-

lento para fazer uma coisa, não encontra barrei-

ras a sua vontade." Thomas Hobbes.

“A minha luta é dura e regresso,

com os olhos cansados

às vezes por ver

que a terra não muda,

mas ao entrar teu riso sobe ao céu a procurar-me

e abre-me todas

as portas da vida.”

(Pablo Neruda)

"Aprendi que um homem só tem o direito

de olhar um outro de cima para baixo

para ajudá-lo a levantar-se." (Gabriel

Garcia Marquez)

“Você precisa fazer aquilo que pensa que não é

capaz.”

(Roosevelt)

"Pouco importam as notas na música, o que conta

são as sensações produzidas por elas".

(PERVOMAISKY, Leonid)

Guernica, Picasso.

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@coletivotomada [email protected]

A vida segue... Você lembra o que estava fazendo há exatos 10 anos atrás? Qual era o hit do mo-

mento? Estava namorando ou ainda brincava de boneca? E a tendência da moda para o inverno? Qual foi a sua preferência nas eleições presidenciais daquele ano?

A maioria das pessoas não irá lembrar o que faziam há exatos 10 anos, a não ser que tenham passado por momentos marcantes. Lembro-me exatamente o que eu fazia na época — tínhamos um grupo grande de amigos que se reuniam na esquina da Es-cola Estadual José Loureiro — alguns estudavam na escola e outros apareciam ape-nas para curtir. Encontrávamo-nos lá todo dia, sem exceção, mesmo com frio e/ou chu-va. Garrafões de vinho e violões também compareciam todos cotidianamente e inevita-velmente.

O grupo começou pequeno, mas em pouco tempo ultrapassou trinta pessoas. Assim, o que era um simples encontro virou uma festa diária. Destaca-se que a união inicial deste grupo surgiu através do interesse mútuo pelo rock. Nessa época, os shows de rock eram escassos. Aos finais de semana, saíamos de Esteio rumo à Canoas ou São Leopoldo, em função da falta de opções na cidade. Às vezes, ocorria de membros do grupo terem que alugar algum salão de uma associação de moradores, alegando ser um aniversário, com o objetivo de organizar uma festa e unir umas três ou quatro ban-das, porém, normalmente, no outro dia, o número de reclamações dos vizinhos era alto e logo éramos proibidos de alugar o espaço.

Desta forma, os meses se passavam e nós sempre com a expectativa de produzir alguma festa e nos juntarmos nos salões das “associações”. Até que um dia recebe-mos um convite do então Secretario Municipal de Arte e Cultura da cidade, Alejandro Ruíz. Ocorria que ele queria nos apoiar. Então, surgiu uma oportunidade de verba para um evento, no entanto, este evento teria que rolar dentro da programação do dia do desafio e aconteceria em uma quarta feira, sendo que para se encaixar dentro do dia do desafio - o evento teria que propor com que os participantes fizessem uma atividade física durante quinze minutos. Sem dúvida, topamos e o evento proposto foi um show na Praça do Coração de Maria com uma roda punk que tivesse duração mínima de quinze minutos.

Nos motivamos com a nova possibilidade de shows. Montamos uma grande equipe de divulgação, panfletiamos em todas as escolas, colamos cartazes em todos os luga-res que podíamos (e os que não podíamos também). O resultado disso? Um evento lindo, chamado Rock na Praça - com 2 mil pessoas em plena quarta-feira. A partir daí montamos a AER - Associação Esteiense de Rock e seguimos com o evento.

Uma década se passou, muitas coisas mudaram, algumas pessoas se afastaram do evento, outras se aproximaram, infelizmente, perdemos um grande amigo no percurso, da mesma forma que a vida nos deu novos integrantes para essa família, pois vários de nós tiveram filhos. Hoje, além de amigos, somos compadres, passamos por bons e maus momentos juntos e dia 27 estaremos juntos comemorando os 10 anos do Rock na Praça, já planejando o baile de debutantes daqui cinco anos, pois a vida segue e o ROCK não para!

ROCK NA PRAÇA

História, memória, diversão, música, cena independente... 10 ANOS!

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Por Amanda Porterolla

Porto Alegre:

- 25/05: Bidê ou Balde no Beco 203, a partir das 22h. http://ticketjam.com.br/ - 25/05: Festa Mulher Não Paga - no Opinião, a partir das 22h, com BettyFull e Naguilé. www.opiniaoingressos.com.br - 27/05: Noite Senhor F - Apanhador Só, Curinga e Lepata, a partir das 21h no Opinião. www.opiniaoingressos.com.br - 17/06: Matanza e Motorocker, a partir das 20h no Opinião. www.opiniaoingressos.com.br

Programação Espaço 711 - O ponto de encontro da galera em Esteio! 24/05 - 19h: Encontro de Fanzineiros, com Daniel Villaverde. 26/05 - 16h: Debate Cultural: Moassa Festival. 26/05 - 23h: Shows das bandas Justina, Superfusa e Os Vespas - R$ 7,00. Moassa Festival. 01/06 - 23h: Projeto Incerto - R$ 7,00. *Endereço: Av. Dom Pedro, 711—Centro, Esteio/RS.

#Porfólio Cultural:

Dicas e Eventos Culturais

Mais do Moassa Festival - em Esteio. 25/05: 23h no Pub da 24 tem festa Jukebox “Tudo do bom e do dançante”, R$ 5,00. 27/05: 10 anos do ROCK na Praça - encerramento do Moassa, na Praça Cora-ção de Maria, a partir das 15h com Catavento de Bolso, Punk Jam, Skambo Clã, Lokos D’bira, Defenestrantes e Pólvora.

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# Falai

- Qual teu movimento?

- Tua torcida?

- Teu grito?

- Tua liberdade?

- Tua loucura?

- Tua tribo?

@falaigalera

http://falai-galera.blogspot.com


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