1
FACULDADE CENTRO MATO GROSSENSE
CURSO DE AGRONOMIA
AVALIAÇÃO DE DIFERENTES NÍVEIS DE ADUBAÇÕES E DENSIDADES DE SEMEADURA NA CULTURA DA
SOJA
TIEGO APARECIDO XAVIER DOS SANTOS
SORRISO – MT JUNHO DE 2012
1
FACULDADE CENTRO MATO GROSSENSE
CURSO DE AGRONOMIA
AVALIAÇÃO DE DIFERENTES NÍVEIS DE ADUBAÇÕES E DENSIDADES DE SEMEADURA NA CULTURA DA SOJA
TIEGO APARECIDO XAVIER DOS SANTOS
Monografia apresentado ao curso em Agronomia da (FACEM), Faculdade Centro Mato-grossense como parte dos requisitos para obtenção do titulo de Engenheiro Agrônomo, sob orientação do professor Engenheiro Agrônomo Alan Brasil Pietrobon Magalhães.
SORRISO – MT JUNHO DE 2012
i
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha mãe
Terezinha Xavier dos Santos, que me
incentivou e presenteou com a vida.
iii
AGRADECIMENTOS
A Petrovina Sementes por ter cedido o local para realização do experimento aos
funcionários que ajudaram no cotidiano.
Aos Professores; Engenheiro Agrônomo Alan Brasil Pietrobon Magalhães, Dr. Eder
Novaes Moreira e M.Sc. Jacqueline Enéquio pela orientações e auxílio no
desenvolvimento do trabalho.
A minha família, em especial aos meus irmãos, Jordan Bassani Xavier e Laucidio
Xavier e meu pai Cicero Francisco dos Santos pela compreensão, paciência, e pelo
exemplo de vida e educação que me proporcionaram.
A todos os meus amigos, Caritaiana Puhl, Clarinda Wichrowski, Cristina Felix, Denis
Gemelli, Edson Dias, Ludemir Bellaver, Marcelo Wichrowski, Queila Souza, Pablo
Jean Cerutti, Raicler Bonavigo, Rudinei Janissek e Ronei Siqueira pois estão juntos
dos meus momentos de felicidade, necessários para o bom andamento dos estudos.
Ao Casal Deucione e Solismar Luiz Giasson, pela ajuda durante todos esses anos
de estudos, e pela oportunidade de estágio na Fiagril.
iii
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS ................................................................................................... i
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................... ii
RESUMO .................................................................................................................... iii
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 2
2.1 CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA ............................................................................. 2
2.1.1 Exigências Hídricas ............................................................................................ 3
2.1.2 Exigências Térmicas e Fotoperiódicas ............................................................... 4
2.2 ADUBAÇÕES PARA CULTURA DA SOJA ......................................................... 5
2.2.1 Adubação Nitrogenada ....................................................................................... 5
2.2.2 Adubação Fosfatada .......................................................................................... 6
2.2.3 Adubações Potássica ......................................................................................... 9
2.2.4 Adubação Enxofre ............................................................................................ 11
2.2.5 Adubações com Micronutrientes ...................................................................... 12
2.3 DENSIDADES DE SEMEADURA E POPULAÇÕES DE PLANTAS .................. 12
3 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 14
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 17
5 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 24
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 25
7 ANEXOS ................................................................................................................ 28
i
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Exigência hídrica da soja em função do estádio de desenvolvimento. ..... 4
Tabela 2 – Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação
fosfatada (fósforo extraído pelo método Mehlich I). .................................................... 8
Tabela 3 – Interpretação da análise de solo para Potássio (K) extraído pelo método
Mehllch -1 com o teor de argila para adubação potássica. ....................................... 10
Tabela 4 – Adubação corretiva de K para solos de Cerrados com teor de argila >
20%, de acordo com dados de análise de solo. ........................................................ 10
Tabela 5 – Indicação de adubação de correção e de manutenção com enxofre (S),
conforme as faixas de teores de S no solo (mg dm-3), a duas profundidades no perfil
do solo, para a cultura da Soja no Brasil. 2ª aproximação ........................................ 11
Tabela 6 – Análise de variância do experimento com fonte de variação (FV), graus
de Liberdade (GL), quadrado médio de tratamento, erro, coeficiente de variação,
para variáveis altura de planta (cm), nos estádios R2 e R5.5 (AP/R2 e AP/R5.5),
índice de área foliar (cm²) no estádio R5.5 (IAF/R.5.5), número de vagens em R5.5
(NV/R5.5) e produtividade em (Kg ha-1) no estádio R8 (P/R8). ................................. 18
Tabela 7 – Médias para altura de planta (cm) nos estádios R2 e R5.5, (AP/R2 e
AP/R5.5) e índice de área foliar (cm²) em R5.5 (IAF/R5.5) , em função das
densidades de sementes aptas por hectare (sementes ha-1). ................................... 18
Tabela 8 – Número de vagens em três dosagens de Nitrogênio, Fósforo e Potássio
do formulado 00-18-18 (400, 600 e 00 Kg ha-1) e densidade de semeadura de
200.000, 300.000 e 400.000 sementes aptas ha- 1 . .................................................. 21
Tabela 9 – Produtividade em Kg/ha em três dosagens de Nitrogênio, Fósforo e
Potássio do formulado 00-18-18 (400, 600 e 00 Kg ha-1) e densidade de semeadura
de 200.000, 300.000 e 400.000 sementes aptas ha- 1. ............................................. 23
ii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Produtividade média de grãos de cinco variedades de soja em área com
duas doses de calcário e três doses de fósforo, aplicadas a lanço, na forma de
superfosfato simples, em Latossolo Vermelho Escuro argiloso. ................................. 7
Figura 2 – Média do número de vagens por planta (NV) para o fator adubação,
médias seguidas pela mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5%
de probabilidade de erro............................................................................................ 19
Figura 3 – Média do número de vagens por planta (NV) para o fator densidade de
semeadura, médias seguidas pela mesma letra, não diferem entre si pelo teste de
Tukey, a 5% de probabilidade de erro. ...................................................................... 20
Figura 4 – Média das produtividades (P) para o fator densidade de semeadura,
médias seguidas pela mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5%
de probabilidade de erro............................................................................................ 22
iii
RESUMO
SANTOS, T. A. X. Avaliação de diferentes níveis de adubações e densidades de semeadura na cultura da soja. Sorriso – MT, 2012. 43p. (Monografia) – FACEM Faculdade Centro Mato-grossense. O ambiente de produção agrícola apresenta variáveis e quando estudadas podem auxiliar o produtor a melhorar sua produtividade, utilizando técnicas de manejo que estão presentes no cotidiano dos produtores, como adubação e densidade de semeadura. Visando conhecer as influencia na arquitetura da soja e variáveis que interferem na produtividade, esse trabalho tem como objetivo determinar as melhores produtividades da soja em diferentes níveis de adubação aliados a densidades de semeadura. O experimento foi realizado na safra 2011/12, em Sorriso/MT. A cultivar utilizada foi TMG1176RR, com densidade de 200.000, 300.000 e 400.000 sementes aptas ha-1
. As adubações realizadas foram 00, 400 e 600 Kg do formulado (00-18-18) por hectare. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com parcelas subdivididas e quatro repetições, sendo as adubações na parcela principal e nas subparcelas as densidades de semeadura. As variáveis avaliadas foram altura de planta (AP), número de vagens (NV) e índice de área foliar (IAF) nos estádios R2 e R5.5, e a produtividade (P). O fator densidade de semeadura afetou significativamente todas as variáveis avaliadas. As melhores produtividades foram constatadas com densidade de semeadura de 400.000 sementes ha-1, as adubações realizadas com essa densidade não apresentaram diferenças significativas. Palavras-chave: competição, interação, produtividade.
iv
ABSTRACT
SANTOS, T. A. X. Evaluation of different levels of fertilization and seeding rates on soybean. Sorriso - MT, 2012. 43p. (Monograph) - FACEM Faculty Center Mato Grosso. The agricultural environment variables present when studied and can help producers improve their productivity by using management techniques that are present in everyday producers, such as fertilizing and seeding rate. In order to know the influences in the architecture of soybeans and variables that affect productivity, this study aims to determine the best yield of soybean at different fertilization levels combined with sowing densities. The experiment was conducted in 2011/12 harvest in Sorriso / MT. The cultivar was TMG1176RR, with a density of 200,000, 300,000 and 400,000 seeds ha-1 fit. The fertilizations were performed 00, 400 and 600 kg of formulated (00-18-18) per hectare. The experimental design was randomized blocks with split plots and four replications, and fertilization in the main plots and subplots of planting densities. The variables evaluated were: plant height (PH), number of pods (NV) and leaf area index (LAI) at stages R2 and R5.5, and productivity (P). The factor seeding rate significantly affected all variables. The best yields were observed with density of 400,000 seeds ha-1, fertilization performed with the density showed no significant differences. Keywords: competition, interaction, productivity.
1
1 INTRODUÇÃO
A soja é uma planta da família das leguminosas sua origem é da Ásia,
cultivadas em várias regiões do mundo com intuito de ser destinada para nutrição
humana e animal, apresenta alto teor em proteína, é uma planta que proporciona
múltiplas utilizações e a formação de um grande complexo industrial, o farelo é o
produto mais valioso, principalmente nas receitas para exportações. A planta
responde ao fotoperíodo e a temperatura do ar para o florescimento (MUNDSTOCK
e THOMAS, 2005).
Segundo a Campanha nacional de abastecimento (CONAB, 2012), a
produção brasileira de soja na safra 2011/12, reduziu em 8,95 milhões de toneladas
comparada a safra 2010/11, e o estado do Mato Grosso registrou uma perda na
produção de 2,2%. Na produtividade a perda para Mato Grosso foi menor em
relação aos outros estados isso devido ao aumento de área cultivada de 550,3
milhões de hectares.
Os altos rendimentos são obtidos quando o genótipo apresenta potencial
produtivo e alta adaptabilidade, quando aliado aos tratos culturais requeridos pela
cultura, o grande objetivo é elevar o máximo a produtividade, no entanto quando se
trabalha com as densidades de semeadura os objetivos são vários, entre eles, a
melhorar distribuição de plantas, prevenirem ocorrências de doenças, uniformizarem
a maturação e evitar o acamamento das plantas.
O estudo sobre arranjo de plantas de soja com novas distribuições na
lavoura permite minimizar a competição intraespecífica e maximizar o
aproveitamento dos recursos ambientais. As modificações no arranjo podem ser
realizadas por meio da variação do espaçamento, entre as plantas na linha de
semeadura e da distância entrelinhas (HEIFFIG et al, 2006).
As técnicas para o aproveitamento de área têm como objetivo elevar ou
manter as produtividades com a viabilidade econômica para produtor, junto a um
bom desempenho agronômico da cultura. O campo apresenta uma grande
variabilidade tanto na fertilidade solo, como no ambiente, essa variabilidade faz com
que haja a necessidade de estudos para identificar o desempenho da soja sob
diferentes técnicas de manejo. O objetivo desse trabalho foi avaliar a resposta da
soja a diferentes dosagens de fertilizantes em três condições de densidades de
semeadura.
2
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A soja é uma das culturas mais antiga, e plantada pelo menos há cinco mil
anos. Espalhou-se pelo mundo por intermédio dos viajantes ingleses e por
imigrantes japoneses e chineses, sendo confirmado por Mundstock e Thomas
(2005), que a soja originada da Ásia domesticada cerca de 4500 a 4800 anos com
objetivo de usar o grão na dieta humana.
2.1 CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA
De acordo com a Embrapa (2004), a soja pertence à classe das
dicotiledôneas, família leguminosa e subfamília papilionoides. Seu sistema radicular
é pivotante, com a raiz principal bem desenvolvida e raízes secundárias em grande
número, ricas em nódulo de bactérias Fhisobium Japonicum fixadoras de nitrogênio
atmosférico.
Segundo Mundstock e Thomas (2005), a soja pode ser dividida em dois
períodos de desenvolvimento, o vegetativo e o reprodutivo.
O desenvolvimento vegetativo inicia-se nos primórdios da semente em que
se encontram as raízes e a parte aérea. Após a emergência da plântula ocorre o
desenvolvimento do sistema radicular seminal e o desenvolvimento do meristema
apical que dará origem a parte aérea. Este conjunto faz com que a plântula possa
absorver nutrientes do solo e produzir fotoassimilados para seu crescimento
vegetativo. A germinação ocorre de 7 a 10 dias após a semeadura isso vai depender
da profundidade, temperatura, umidade e vigor das sementes. O desenvolvimento
vegetativo da planta se da com e emissão da folha ao longo do caule que possui ao
redor de 16 a 20 nós cada qual com folhas trifolioladas. O nó em cada inserção do
pecíolo de cada folha com o caule há uma gema axilar meristemática essa gema
axilar pode ficar dormente ou originar estruturas vegetativas como ramos, ou
reprodutivas como flores legumes grãos (MUNDSTOCK e THOMAS, 2005).
Segundo Mundstock e Thomas (2005), o desenvolvimento reprodutivo inicia
devido à indução interativa do fotoperíodo e temperatura do ar. No período
reprodutivo encontra se desde florescimento, desenvolvimento das vagens,
enchimento de grãos e maturação. O florescimento ocorre na parte superior do caule
com posterior surgimento de flores nos demais nós. O número de legumes e a sua
3
fixação é um componente essencial para o rendimento de grãos. O enchimento dos
grãos é o período de rápido acúmulo de massa seca e nutrientes presentes nos
grãos. Neste período a planta atinge o máximo de área foliar desenvolvimento de
raízes e fixação de nitrogênio. Os nutrientes, carboidratos e compostos nitrogenados
provenientes das senescência das folhas, ramos e caules são redistribuídos para os
grãos. A maturidade fisiológica do grão ocorre quando cessa o acúmulo de matéria
seca neste estágio o grão perde a coloração verde.
2.1.1 Exigências Hídricas
De acordo com a Embrapa (2010), a planta é constituída com
aproximadamente 90% do seu peso é água, ocorrendo os processos fisiológicos e
bioquímicos, apresenta grande importância na manutenção e distribuição do calor.
Nos períodos de germinação-emergência e floração-enchimento de grãos a
disponibilidade de água é imprescindível para o desenvolvimento da soja. Durante o
primeiro período, tanto o excesso quanto o déficit de água são prejudiciais na
obtenção de uma boa uniformidade na população de plantas. Para assegurar uma
boa germinação a soja necessita absorver pelo menos 50% do peso da semente. É
indicado neste período que a quantidade de água não ultrapasse 85% e nem seja
menos que 50% da água disponível (EMBRAPA, 2010).
No período de floração-enchimento de grão a necessidade de água a ser
absorvida em média de 7 a 8 milímetros (mm) dia, decrescendo após esse período.
Déficits hídricos nesse período provocam alterações fisiológicas na planta, como
fechamento dos estômatos e enrolamento de folhas e com consequência queda das
folhas e flores e abortamento das vagens reduzindo assim a produção (EMBRAPA,
2010).
A necessidade total de água na cultura da soja, para obtenção do máximo
de produtividade, varia entre 450 a 800 mm por ciclo, dependendo das condições de
manejo, clima e ciclo da cultura (EMBRAPA, 2010).
Segundo Neto e Almeida (2007), a fase mais crítica ou de maior consumo de
água é da floração até o enchimento de grãos para maiorias das cultivares, como
pode ser visualizado na Tabela 1. A demanda aproximada da soja é de 700 mm
durante a estação de crescimento, sendo consumidos dois terços desse total na fase
reprodutiva.
4
Tabela 1 – Exigência hídrica da soja em função do estádio de desenvolvimento.
Subperíodos Evapotranspiração diária (mm)
Semeadura – emergência 2,2 Emergência – Início de Florescimento 5,1 Início de Florescimento – Surgimento de vagens 7,4 Surgimento de vagens – 50% de Folhas Amarelas 6,6 50% de Folhas Amarelas – Maturação 3,7 Fonte: FUNDAÇÃO MT apud, NETO e ALMEIDA 2004.
A soja tem um melhor desenvolvimento com uma pluviosidade de 700 mm a
1200 mm anuais bem distribuídas (SEBRAE, 2006).
2.1.2 Exigências Térmicas e Fotoperiódicas
A soja se adapta bem a temperaturas em torno de 20 graus Celsius (ºC) a
30 ºC o ideal para o desenvolvimento é de 30ºC, não é indicado efetuar a
semeadura da soja quando o solo estiver com uma temperatura abaixo de 20ºC,
pois prejudica a germinação e a emergência, a temperatura ideal para semeadura
varia de 20ºC a 30ºC sendo o Indicado 25ºC. O desenvolvimento da soja é pequeno
ou nulo a temperaturas menores que 10ºC e em temperaturas acima de 40ºC
provoca distúrbios na floração, diminuindo a capacidade de retenção de vagens
(EMBRAPA, 2010).
A floração da soja é induzida em temperaturas acima de 13 ºC as datas de
floração podem variar de um ano para o outro, mesmo sendo semeado em uma
mesma época, utilizando uma mesma cultivar pode ocorrer mudanças devido as
variações de temperatura assim uma floração precoce ocorre devido as
temperaturas serem mais elevadas, e podem ter como consequência uma planta de
porte menor ( EMBRAPA, 2010).
De acordo com a Embrapa (2010), as diferenças entre as datas de floração
entre cultivares de mesma época de semeadura, são devido principalmente às
respostas de cada cultivar ao comprimento do dia (fotoperíodo). A maturação pode
ser acelerada decorrente de altas temperaturas, no entanto quando associadas a
alta umidade contribuem para diminuir a qualidade da semente, e quando
associados com baixas umidades, podem ocasionar danos mecânicos durante a
colheita. Temperaturas baixas no período da colheita associadas com períodos
5
chuvosos e alta umidade ocasionam atraso na data de colheita. As várias opções de
cultivares adaptadas a diversas regiões para a escolha vão depender das condições
hídricas e térmicas.
De acordo com Mudstock e Thomas (2005), a época em que a soja floresce
é importante, pois afeta o rendimento dos grãos, e afeta o balanço entre crescimento
vegetativo e o crescimento reprodutivo. O melhor equilíbrio é aquele em que a planta
até o florescimento tenha um bom desenvolvimento da parte aérea (ramos, caule e
folhas), para gerar o maior número de legumes. O florescimento precoce não
permite um bom desenvolvimento em números de ramos e folhas, e como
consequência, o número de nós onde serão geradas as flores são reduzidos.
2.2 ADUBAÇÕES PARA CULTURA DA SOJA
Segundo a Associação Brasileira de Pesquisa da Potassa e do Fosfato
(POTAFOS, 2003), a absorção de nutrientes por determinada espécie é diversificado
devido a influências de fatores como a temperatura, as diferenças genéticas entre as
cultivares de uma mesma espécie, e outros como manejos do solo, e tratos culturais.
2.2.1 Adubação Nitrogenada
Para uma produtividade de 1.000 quilos (Kg) de soja são necessários 80 Kg
de nitrogênio, no caso da soja esse nutriente é fornecido por bactérias do gênero
Bradyrhizobium, esse processo é chamado de Fixação Biológica do Nitrogênio
(FBN), essas bactérias que fixam nitrogênio entram em contato com as raízes da
soja nos pelos radiculares, infectando-as, e formam os nódulos. Não é indicada a
adubação nitrogenada, pois isso faz com que reduza a nodulação (POTAFOS,
2003).
De acordo com Sousa (2000), os nódulos bacterianos possuem cerca de 1 a
3 centímetros (cm) e concentram-se na “corôa da raiz”, de onde saem as principais
ramificações radiculares. A nodulação primária ocorre nessa região e predomina
sobre a nodulação secundária, isto é, a nodulação das raízes secundárias. Nódulos
sadios apresentam-se externamente com superfície rugosa e internamente com
coloração rósea a avermelhada, indicando que está ocorrendo à fixação do
nitrogênio (N2).
6
A Inoculação refere-se à operação agrícola, que possibilita o contato físico
entre a bactéria fixadora do N2 e a planta hospedeira, com o objetivo que ocorra
simbionse entre nitrogênio atmosférico e sistema radicular da espécie leguminosa
(SOUSA, 2000).
Segundo Broch e Ranno (2007), a inoculação com bactérias do gênero
Bradyrh izobium, tem como objetivo aumentar a população existente no solo, e
desse modo aumentar o número de nódulos e a eficiência da fixação de nitrogênio.
Em áreas novas (áreas virgens), o incremento da inoculação é indispensável se bem
feita pode aumentar a produtividade em 20 sacas por hectare, em áreas já
agricultáveis também conhecidas como áreas velhas, o incremento da inoculação
são menos expressivos de um a três sacas por hectare, como pode ser visto em
trabalho realizado por Mendes et al (2008), que é inviável economicamente a
aplicação de nitrogênio em suplementação tardia para a soja, independentemente
do sistema de manejo do solo, não apresentando vantagens em relação à
inoculação de bradirrizóbio em latossolos do Cerrado.
2.2.2 Adubação Fosfatada
A adubação fosfatada é feita com base nos resultados da análise de solo.
Recomenda-se fazer adubação corretiva em caso de abertura de novas áreas, após
essa correção é indicado efetuar adubação de manutenção para permanecer a área
em condições boas para produção.
O fósforo é considerado um dos nutrientes mais limitantes para a produção
em solos da Região do Cerrado, onde a disponibilidade desse nutriente é baixa. É
importante durante a tomada de decisões obter o resultado das últimas três análises
de solos, para uma decisão segura de adubação, (BROCH e RANNO, 2007). Citado
também pela EMBRAPA (2003), os solos do Cerrado possuem muita caulinita e
óxidos de ferro (Fe) e alumínio (Al), ou seja, minerais de carga variável, e que
possuem um alto poder de fixação do fosfato, como consequência, a maior parte do
fósforo (P) no solo está na forma de compostos de baixa solubilidade, não
disponíveis para as plantas. Os fatores que afetam a disponibilidade deste nutriente
no solo são, as quantidades adicionadas, o tempo e o volume de contato do
fertilizante com o solo, o tipo e a quantidade de minerais e o pH presente no solo.
7
A correção da acidez é uma prática que contribui para disponibilizar o P no
solo e a eficiência dos fertilizantes fosfatados. Como pode ser observada na Figura
1, em que para a dose de 200 kg hectare (ha-1) de P2O5, na área sem calagem, a
produtividade foi de 1,32 toneladas (t) ha-1 de grãos de soja, enquanto com essa
mesma dose, na área onde foi realizada a calagem, a produtividade da soja foi de
3,04 t ha-1 (POTAFOS, 2003).
Fonte: POTAFOS, 2003 .
Figura 1 - Produtividade média de grãos de cinco variedades de soja em área com
duas doses de calcário e três doses de fósforo, aplicadas a lanço, na forma de
superfosfato simples, em Latossolo Vermelho Escuro argiloso.
A recomendação de adubação corretiva para fosfato em Cerrados é de
acordo com a Tabela 2.
8
Tabela 2 – Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação
fosfatada (fósforo extraído pelo método Mehlich I).
Teor de P (mg dm-3)
Teor de argila Muito Baixo Baixo Médio Bom 61 a 80 0 a 1,0 1,1 a 2,0 2,1 a 3,0 > 3,0 41 a 60 0 a 3,0 3,1 a 6,0 6,1 a 8,0 > 8,0 21 a 40 0 a 5,0 5,1 a 10,0 10,1 a 14,0 > 14,0 < 20 0 a 6,0 6,1 a 12,0 12,1 a 18,0 > 18,0 Fonte: SOUSA et al apud LOPEZ e GUILERME, 2000.
Ao atingir níveis de fósforo extraível acima dos valores estabelecidos nesta
classe, utilizar somente adubação de manutenção. Para adubação de manutenção,
após a adubação corretiva, tendo então os teores de P e de potássio (K) dentro de
níveis médios, a recomendação é de 20 kg de P2O5/ha e também de 20 kg de
K2O/ha para cada 1.000 kg de grãos/ha que se busca produzir, (LOPES e
GUILERME, 2000). Estas dosagens foram indicadas pela Embrapa (2003), que
quando realizada, vai de acordo com a produtividade esperada, por exemplo, com
60 kg de P2O5/ha espera-se uma produtividade de 3.000 kg/ha ou 80 kg de P2O5/ha
para a produção de 4.000 kg/ha.
As formas mais utilizadas para adicionar P ao solo são a lanço, na
superfície, com ou sem incorporação, no sulco de plantio, em cova e em faixas.
Segundo Malavolta (2008), são aplicados anualmente cerca de 2,5 milhões
de toneladas de P2O5 no Brasil.
A aplicação de nutrientes no solo depende das características químicas,
onde as mesmas estão relacionadas com a natureza dos minerais e a
disponibilidade de nutrientes no solo (forma trocável ou solúvel), sendo fundamental
o conhecimento destas para a recomendação das doses de fertilizantes e corretivos
agrícolas (POTAFOS, 2003).
Para saber a época ideal de aplicação dos fertilizantes, deve-se analisar a
época de maior demanda da cultura e verificar a solubilidade dos fertilizantes. Para
adubos nitrogenados, e em certos casos, adubação potássica, que são solúveis em
água, existe, há necessidade de parcelamento, para um maior aproveitamento do
nutriente (LOPES e GUILERME, 2000).
Fertilizantes pouco solúveis como fosfatos naturais que apresentam baixa
reatividade, devem ser aplicados com a certa antecedência, para que ocorra o
processo de dissolução de maneira que esteja disponível na solução do solo,
(LOPES e GUILERME, 2000). Conforme Potafos (2003), os adubos fosfatados
9
solúveis, são geralmente comercializados na forma de grânulos, além de facilitar a
aplicação na lavoura, limita a quantidade de área de contato com o adubo no solo.
Os fertilizantes fosfatados mais solúveis (superfosfatos e fosfatos de
amônio) têm sua eficiência agronômica aumentada de forma considerável, quando
considera três aspectos: i) aplicação após uma calagem adequada; ii) na forma
granulada e iii) de maneira localizada em sulcos (LOPES e GUILERME, 2000).
2.2.3 Adubações Potássica
O potássio K é o segundo elemento mais absorvido pela planta, sua reserva
mineral na região Central do Brasil é pequena, e insuficiente para suprir as
quantidades extraídas em cultivos sucessivos. Para determinar a quantidade a ser
aplicada, deve-se estar atento ao histórico da área e se basear na análise de solos.
Para a tomada de decisão, e para realizar a adubação potássica além de estar com
o histórico dos últimos três anos tem que verificar o teor de argila da área (BROCH e
RANNO, 2007).
As funções fisiológicas do potássio estão relacionadas às formações de
carboidratos além da quebra de translocação do amido, todas ligadas ao
metabolismo da planta. O potássio é o segundo nutriente mais exigido pela soja,
quando a planta apresenta um crescimento lento, é um dos sintomas da falta ou
baixa disponibilidade de potássio, e o mesmo ajuda na formação dos grãos. O
primeiro sintoma observado pela falta do nutriente é um mosqueado amarelado nas
bordas dos folíolos das folhas da parte inferior (NETO, 2009).
A indicação para adubação corretiva com potássio, de acordo com a análise
do solo, é apresentada na Tabela 3. Esta adubação é feita a lanço, em solos com
teor de argila maior que 20%. Em solos de textura arenosa, não se recomenda
efetuar adubação corretiva de potássio, devido às perdas por lixiviação. Para
adubação de manutenção, aplicar 20 kg de K2O para cada 1.000 kg de grãos que se
espera produzir. Nas dosagens de K2O acima de 50 kg ha-1 ou quando o teor de
argila for < 40%, efetuar a adubação de um terço da quantidade total indicada na
semeadura e dois terços em cobertura, 30 a 40 dias após a semeadura (EMBRAPA,
2011).
10
Tabela 3 – Interpretação da análise de solo para Potássio (K) extraído pelo método
Mehllch -1 com o teor de argila para adubação potássica.
Teor de K método Mehllch -1 em cmol/ dm³
Argila (%) Baixo Médio Alto (%) K na CTC ideal
≤ 15 < 0,07 0,08 a 0,12 > 12 4 % 16 a 30 < 0,13 0,14 a 0,20 > 20 4 % 31 a 45 < 0,17 0,18 a 0,25 > 25 4 % 46 a 60 < 0,20 0,25 a 0,35 > 35 4 % > 60 < 0,27 0,28 a 0,45 > 45 4 % Fonte: BROCH e RANNO 2007.
De acordo com Korndörfer (2001), a quantidade de adubação a ser realizada
com base na análise de solos para região de Cerrado, é de 50 a 100 Kg/ha
conforme Tabela 4.
Tabela 4 – Adubação corretiva de K para solos de Cerrados com teor de argila >
20%, de acordo com dados de análise de solo.
Teores de K extraível Adubação recomendada (mg dm-3) (kg K2O/ha)
0 – 25 100 26 - 50 50 > 50 0* Fonte: EMBRAPA , 2010.
Estando o nível de K extraível acima do valor crítico (50 mg dm-3),
recomenda-se a adubação de manutenção de 20 kg de K2O para cada tonelada de
grão a ser produzida.
Para culturas anuais recomenda-se efetuar a adubação potássica na
semeadura e em cobertura, dependendo do caso, no sulco de plantio ou nas covas,
com parte do nitrogênio e parte, ou todo fósforo. O adubo não deve entrar em
contato com a semente, para evitar a queima das mesmas devidas altas
concentrações salinas (KORNDÖRFER, 2001).
As fontes de potássio são cloreto de potássio (Kcl): é um fertilizante muito
solúvel, não contendo cloreto de sódio. Comercialmente são vendidos dois tipos: um
com 48 a 50% de K2O e outro com 60 a 62%. Nitrato de Potássio (KNO3): é um dos
fertilizantes mais ricos em nitrogênio e potássio. Contém mais ou menos 16% de N e
46% de K2O. A absorção pelas plantas é feita na forma de nitrato de carbonato.
Sulfato de Potássio (K2SO4): é um sal branco às vezes levemente avermelhado,
11
cristalino, solúvel em água e facilmente assimilável pelas plantas. Sulfato de
potássio e magnésio (K2SO4.MgSO4): Tem em geral 20 a 22% de K2O, 18% a 19%
de magnésio como MgO e 22% a 23% de enxofre (S) ( KORNDÖRFER, 2001).
2.2.4 Adubação Enxofre
Segundo Neto (2009), o enxofre (S) é o nutriente menos exigido pela cultura
da soja em torno de 35 Kg por hectare, tem funções como auxiliar na formação de
nódulos, com funções enzimáticas envolvidas na fotossíntese e na fixação de
nitrogênio. Sua deficiência é bem parecida com a de nitrogênio apresentando uma
clorose geral nas folhas.
A necessidade de enxofre para cultura de soja segundo a Embrapa (2010)
deve ser determinada com base na análise de solos que dever ser realizada em
duas profundidades, 0 a 20 cm e 20 a 40 cm, devido a imobilidade do nutriente no
solo, e ao acúmulo na segunda camada. As quantidades indicadas para a aplicação
são de acordo com a Tabela 5.
Tabela 5 – Indicação de adubação de correção e de manutenção com enxofre (S),
conforme as faixas de teores de S no solo (mg dm-3), a duas profundidades no perfil
do solo, para a cultura da Soja no Brasil. 2ª aproximação
Teor de S no solo1
Faixas para Solo argiloso Solo arenoso Quantidade de S Interpretação > 40% de argila ≤40% de argila a aplicar (kg ha-1)
Profundidade (cm)
0 a 20 20 a 40 0 a 20 20 a 40 0 a 20 20 a 40 Baixo Baixo <5 <20 <2 <6 80+M2 Baixo Médio <5 20 a 35 <2 6 a 9 60+M Baixo Alto <5 >35 <2 >9 40+M Médio Baixo 5 a 10 <20 2 a 3 <6 60+M Médio Médio 5 a 10 20 a 35 2 a 3 6 a 9 40+M Médio Alto 5 a 10 >35 2 a 3 >9 M Alto Baixo >10 <20 >3 <6 40+M Alto Médio >10 20 a 35 >3 6 a 9 M Alto Alto >10 >35 >3 >9 M Fonte: Sfredo et al apud Embrapa (2010). 1 Métodos: Extração-Ca(H2PO4)2 0,01 M L
-1; Determinação-Turbidimetria.
2 M = Manutenção: 10 kg para cada 1000 kg de produção de grãos esperada.
12
2.2.5 Adubações com Micronutrientes
Os micronutrientes são aqueles em que as plantas necessitam em pequenas
quantidades, no entanto quando em deficiências acentuada as culturas não
completam seu ciclo vegetativo, não da colheita ou então apresentará pouca
produção (MALAVOLTA, 1981).
Segundo Lopez (1999), a adubação de micronutrientes em Cerrado é
chamada de “adubação de segurança” que visa efetuar adubação corretiva para
evitar problemas futuros na produção. Essa adubação consiste na adubação a lanço
a cada quatro ou cinco anos, de 6 Kg por ha -1 de Zinco, 6 Kg por ha -1 de
manganês, 1 - 2 Kg por ha-1 de Boro e Cobre, e 0,25 – 0,40 Kg ha -1 de Molibdênio
na forma de fritas (FTE), em pó ou sais.
2.3 DENSIDADES DE SEMEADURA E POPULAÇÕES DE PLANTAS
O uso do termo “densidade de semeadura” é semear com o auxílio de uma
semeadora, simulando o mais possível às condições no campo, enquanto o conceito
“população de plantas” refere-se normalmente, a semeadura manual ou mecânica
em excesso, com posterior desbaste (Uhry, 2010).
Segundo a Embrapa (2010), em semeaduras de outubro a dezembro, é
recomendável, na maioria das situações, especialmente em regiões “áreas” onde a
soja não apresenta porte elevada, ou para cultivares que se comportam assim,
mesmo sendo indicada para a semeadura, não reduzir a população para menos de
300 mil plantas por hectare, para evitar o desenvolvimento de lavouras com plantas
de porte muito baixo. Em alguns casos é recomenda-se até aumentar para 350-400
mil plantas/ha. O espaçamento indicado entre fileiras varia de 40 a 50 cm.
Espaçamentos mais estreitos que 40 cm resultam em fechamento mais rápido da
cultura, contribuindo para o controle das plantas daninhas, mas não permitem a
realização de operações e cultivo entre fileiras.
Carmona apud Uhry (2008), sita que a soja apresenta distintas característica
entre essas o índice de área foliar (IAF), ou arquitetura de plantas essas
características que estão mudando em função de espaçamentos e entre linhas e
número de plantas nascidas por metro linear, uma vez que a cultura requer uma
mínima quantidade de área foliar que garanta melhor absorção de luz, chamado
13
também de IAF critico que normalmente é superado quando a planta passa para o
estágio reprodutivo.
Heiffig et al (2006), obteve menores produtividades obtidas nos maiores
espaçamentos ele justificou seja decorrente ao menor IAF e de pequeno número de
indivíduos por unidade de área. As menores densidades obtidas nas menores
populações combinadas aos maiores espaçamentos ficaram abaixo do limite de
compensação e crescimento lateral pelas plantas e, conseqüentemente, abaixo do
nível mínimo necessário de captação de luz incidente necessária para a
maximização da produtividade agrícola.
O número de plantas por metro linear “população de plantas” é um fator que
determina o arranjo de plantas, no ambiente de produção e influência no
crescimento da cultura, o excesso pode ocasionar perdas no rendimento dos grãos
modificando a arquitetura e o aproveitamento de luz, deixando-as mais sujeitas ao
acamamento, podendo ocasionar perdas na colheita (GEUDÊNCIO, 1990).
Segundo Embrapa (2003), a altura das plantas está, também, relacionada
com a população de plantas, com a cultivar e com a fertilidade do solo. Em
semeaduras de outubro e de dezembro, é recomendável, na maioria das situações,
onde a soja não apresenta porte alto, ou para cultivares que se comportam assim,
mesmo na melhor época de semeadura, não reduzir a população para menos de
300 mil plantas, para evitar o desenvolvimento de lavouras com plantas de porte
muito baixo.
14
3 MATERIAIS E MÉTODOS
O experimento foi instalado na região Centro-Oeste do Brasil, na região
médio-norte de Mato Grosso, pertencendo à microrregião do Alto Teles Pires, a área
está é situado na Rodovia MT 242, latitude 12° 34’39’’ S e longitude 55°42’09” W.
Segundo a classificação de KOPPEN, o tipo climático predominante na região
de Sorriso – MT é o AWI, clima tropical úmido, com estação seca bem definida de
inverno a verão e a diferença de temperatura média entre o mês mais quente
outubro em torno de 37ºC e o mais frio junho em torno de 15ºC. A precipitação
média anual está em torno de 2.233 mm, sendo que 87% deste total concentram-se
no período de outubro a março. A temperatura média anual é de 26ºC. A média da
umidade relativa do ar é de 80%.
Área do experimento apresenta as seguintes características físicas no solo;
598 (g Kg-1) argila, 192 (g Kg-1) de Silte e 210 (g Kg-1) de Areia total. A análise
química apresentou os seguintes resultados; pH 5,7 em H2O, Fósforo 21,2 ( mg. dm-
3), Potássio 41,0 ( mg. dm-3), Cálcio 1,5 (cmolc.dm-3), Magnésio 0,3 (cmolc.dm-3),
Soma de Bases 1,90 (cmolc.dm-3), Hidrogênio mais Alumínio (H+Al) 3,6 (cmolc.dm-
3), Capacidade de Troca catiônica (CTC) 5,5 (cmolc.dm-3) e Saturação de Bases (V)
de 34 % (ANEXO A).
A cultivar usada no experimento foi a TMG1176 RR, que apresenta as
seguintes características, maturação relativa de 7.6, tipo de crescimento
determinado, cor da flor branca, cor da pubescência cinza, cor de hilo marrom claro,
alta exigência a fertilidade. Apresenta Resistência a doenças como Cancro da
Haste, Mancha “Olho-de-rã”, e as Nematóides de Cisto da soja raças um e três,
sendo suscetível á Nematóides de Galhas (Meloidogyne javanica e M. incógnita). O
ciclo no médio-norte do Mato Grosso é de 105 a 109 dias, sendo indicada para
semeaduras após a primeira quinzena de novembro a utilização de 15 plantas por
metro linear, para região do médio norte do Mato Grosso.
O cultivo realizado é considerado o cultivo Mínimo que consiste segundo a
Embrapa (2005), na semeadura em sulcos com espaçamento adequado, de uma
dada cultura comercial, sobre uma área coberta com alta densidade de plantas de
espécies protetoras ou melhoradoras do solo, no período de maturação desta, sem a
necessidade de lavrar ou gradear integralmente a área. Consiste no revolvimento
15
mínimo do solo e na manutenção dos resíduos vegetais, realizando-se
escarificações e gradagens leves.
A semeadura foi realizada dia 7 de dezembro de 2011, utilizando uma
plantadeira Semeato com quatro linhas, específica para experimentos, com
espaçamento de 0,45 metros entre linhas, sendo semeadas as seguintes
densidades 200, 300 e 400 mil sementes por hectare (ANEXO B). Para obtenção
das populações semelhantes às desejadas a densidade de semeadura foi corrigida
de acordo o percentual de germinação indicado pela cultivar. Devido a perdas na
germinação, danos mecânicos e ataque de pragas foi efetuada a contagem de
plantas nascidas de cada repetição.
Além da avaliação das densidades foi avaliada a adubação junto à
semeadura, e a lanço com formulado (00 – 18 – 18) Nitrogênio, Fósforo e Potássio
(NPK), com duas dosagens, uma que é considerada a adubação de Manutenção e
segunda com 50% a mais que a adubação de Manutenção e testemunha,
correspondendo a 72, 108 e 0 Kg ha-1 de K2O e P2O5.
O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com parcelas
subdivididas e quatro repetições, sendo as adubações na parcela principal e as
densidades de semeadura nas subparcelas. As subparcelas eram compostas por 8
fileiras de 5 metros, onde 2 linhas laterais e 1 metro das extremidades foram
considerados como bordadura, das 6 linhas centrais quatro foram usadas para
análise do rendimento de grãos, as outras duas centrais para coleta de variáveis
relacionadas ao rendimento (ANEXO C) .
Os componentes de rendimento avaliadas foram altura de planta em
centímetros (AP), número de vagens (NV), índice de área foliar (IAF) em centímetros
quadrados (cm²), e produtividade (P) em Kg ha -1.
A coleta de dados foi realizada nos estádios de pleno florescimento (R2) e
enchimento de grãos (R5.5), selecionando duas plantas por repetição, para (AP)
usou uma fita milimetrada medindo do colo da planta até o ápice foliar já para (NV)
a contagem realizou-se manualmente.
Para (IAF) foi efetuada coleta de duas plantas por repetição, no estádio R5.5
e quantificadas utilizando o software Quant – v102p foi desenvolvido para quantificar
severidade de doenças, a partir de imagens obtidas via scanner ou câmeras digitais,
e pode quantificar a área foliar doente e sadia (ANEXO D).
16
Para análise de rendimento de grãos da área útil foram colhidas no dia 20 de
março de 2012, e posteriormente debulhadas em trilhadeira estacionária. Após a
limpeza dos grãos, os mesmos foram pesados e a determinação do teor de umidade
realizados pelo aparelho Gehaka Moisture Tester G600 (ANEXOS E). Após estes
procedimentos, foi calculado o rendimento de grãos em kg ha-1, com uniformização
do peso para a umidade de 13%, utilizando a formula (correção da umidade = 100 –
umidade do grão colhido / 87 x peso da amostra).
Foram realizadas todas as práticas culturais recomendadas para obtenção do
máximo controle de insetos moléstias e plantas daninhas, garantindo que o
experimento ocorresse com a mínima interferência desses fatores.
A análise estatística dos resultados foi realizada através de análise de
variância para verificar se houve significância e interação entre os fatores. As
médias foram comparadas entre si pelo teste de Tukey a 5 % de probabilidade, que
se baseia no comparativo de todo ou qualquer contraste entre duas médias de
tratamentos tem por base diferença mínima significativa (BANZATTO e KRONKA,
1995). Foi usado um o programa SAS e Assistat 7.6 como ferramenta para análise
de dados.
Os valores de temperatura e precipitação do período em que o experimento
estava sendo conduzido foram obtidos junto a Embrapa Informática Agropecuária
Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas a Agricultura (ANEXO
F).
17
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
O experimento apresentou uma variação da densidade desejada de 8,5%
para menos das 200.000 sementes semeadas, 27,33% para 300.000 e 23% para
400.000. Mesmo não conseguindo estabelecer o número de plantas desejado, essa
variação ocorreu para todos os tratamentos, por esse motivo foi mantida as análises
gerais dos dados.
Conforme Zabot (2009), uma variação considerada aceitável seria de 10% a
menos nas densidades desejadas. Uhry (2010), também considerava essa mesma
variação, mas uma das variedades avaliadas apresentou uma variação 35% a
menos da densidade desejada, quando relacionamos os fatores que podem
influenciar na densidade de semeadura para a densidade desejada são muitos,
entre esses que tendem a diminuir o número de indivíduos por área, a germinação,
danos mecânicos, ataque de pragas etc.
Como pode ser observado na Tabela 6 o coeficiente de variação (CV %), para
cada característica foi baixo com base em experimentos já realizados, indicando a
boa condução experimental. Zabot (2009) apresentou cv de 20,05% para o
rendimento de grãos, para número de vagens o maior cv foi de 29,08%. Uhry
contatou um cv de 11,26% para o rendimento de grãos, 21,37% para número de
vagens e um cv 22,70% para índice de área foliar.
Para blocos não houve diferenças significativas, indicando a homogeneidade
do campo experimental entre todos os blocos. Para o fator adubações (A) e
interação entre os fatores adubação x densidade (A x D) não observou efeitos
significativos para as características (AP/R2, AP/R5.5, e IAF/R5.5), já para o fator
densidade de semeadura (D) todas as variáveis apresentaram efeitos significativos.
O (NV) foi significativo para fator (A), (D) e (A x D), para produtividade apresentou
diferenças significativas para o fator (D) e a (A x D).
18
Tabela 6 – Análise de variância do experimento com fonte de variação (FV), graus
de Liberdade (GL), quadrado médio de tratamento, erro, coeficiente de variação,
para variáveis altura de planta (cm), nos estádios R2 e R5.5 (AP/R2 e AP/R5.5),
índice de área foliar (cm²) no estádio R5.5 (IAF/R.5.5), número de vagens em R5.5
(NV/R5.5) e produtividade em (Kg ha-1) no estádio R8 (P/R8).
Quadrado médio
FV GL (AP/R2) (AP/R5.5) (IAF/R5.5) (NV/R5.5) (P/R8)
Bloco 3 16,10 ns 0,990ns 42,40 ns 74ns 395,82ns Adubação 2 10,75ns 2,111ns 6,41ns 553,027* 29524,76ns Erro (a) 6 17,15 1,85 51,41 77,25 9273,63
CV% (a) 8,11 2,06 19,70 15,62 6,62
Densidade 2 160.33** 48,77** 414,73* 2082,5** 68960,67** Inter. AxD 4 7,45ns 2,61ns 78,21ns 643,27** 64968,67** Erro (b) 18 7,13 1,92 73,45 124,43 6289,59
CV% (b) 5,23 2,10 23,53 19,82 5,59 ** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < 0.01) , * significativo ao nível de 5% de probabilidade (0.01 =< p <0.05), ns não significativo (p >= 0.05) .
Para as características (AP/R2) e (AP/R5.5), a maior altura de planta foi
observado no tratamento com maior densidade de plantas Tabela 7. Conforme
Martins et al. (1999) constataram que independente da época de plantio quanto
maior a densidade de plantas de soja na linha maior a altura. Mauad (2010),
também verificou um aumento na altura de planta conforme o aumento da densidade
de semeadura, que segundo ele, isso ocorre devido à competição intra-específica
por luz levando o estiolamento em maiores densidades de plantas.
O (IAF/R5.5) a maior densidade de semeadura apresentou menor índice de
área foliar Tabela 7. Para Linzmeyer et al.(2008), o acúmulo de massa seca, em
todos os órgãos da planta, é significativamente maior em baixas densidades,
justificando que nas maiores densidade de plantas, pode ocorre maior competição
entre plantas por água, luz e nutrientes.
Tabela 7 – Médias para altura de planta (cm) nos estádios R2 e R5.5, (AP/R2 e
AP/R5.5) e índice de área foliar (cm²) em R5.5 (IAF/R5.5) , em função das
densidades de sementes aptas por hectare (sementes ha-1).
Tratamentos (AP/R2) (AP/R5.5) (IAF/R5.5)
200.000 sementes ha-1 47,91 b 64,41 b 41,62 a 300.000 sementes ha-1 50,25 b 65,25 b 37,59 a 400.000 sementes ha-1 55,08 a 68,25 a 30,04 b
DMS 2,78 1,44 8,92 Médias não seguidas pela mesma letra minúscula na coluna diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade de erro.
19
Conforme a Figura 2 a adubação de 400 Kg ha -1 considerada adubação de
manutenção apresentou maior número de vagens por planta. Para Serafim et al
(2012), obsevou a quantidade de número de vagens relacionando doses de K e
umidade, percebendo que para essa característica respondeu principalmente as
dosagens K, e apresentou maior número de vagens por planta para dosagem de
50 mg. dm-3 correspondendo a menor dose avaliada.
400 Kg/ha 600 Kg/ha 00 Kg/ha
Va
ge
ns
po
r p
lan
ta (
NV
)
0
10
20
30
40
50
60
70
51,75 b53,00 b
64,08 a
Figura 2 – Média do número de vagens por planta (NV) para o fator adubação,
médias seguidas pela mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5%
de probabilidade de erro.
O número de vagens para o fator densidade de semeadura como pode
ser observado na Figura 3 não houve diferença significativa para 200.000 e 300.000
sementes ha -1, um dos motivos que a densidade de 300.000 plantas desejadas por
hectare não diferiu-se é devido a perda de 27,33% das sementes viáveis semeadas
por hectare. Para Ludwig (2007), com o aumento da densidade de semeadura a
diminuição no número de vagens é compensado pelo número de indivíduos por
área. Essa diminuição de vagens está relacionada ao fato de que nas maiores
densidades há uma maior competição por luz e uma menor disponibilidade de
fotoassimilados, fazendo com que a planta diminua o número de ramificações e
20
produza um número menor de nós que neles desenvolvem as gemas reprodutivas
responsáveis pelas ramificações e consequentemente pelo número de vagens,
(MAUAD et al. 2010).
Figura 3 – Média do número de vagens por planta (NV) para o fator densidade de
semeadura, médias seguidas pela mesma letra, não diferem entre si pelo teste de
Tukey, a 5% de probabilidade de erro.
Os dados obtidos para a variável número de vagens por planta Tabela 8
observam-se que ocorreu uma interação significativa entre os fatores adubação e
densidade de semeadura.
Para à densidade de 200.000 sementes ha-1 aliada às adubações de 400 e
600 Kg/ha não diferiram entre si, só apresentou diferença quando não houve
adubação tendo uma diminuição de 26,55% (18,25) em relação à média de 68,75
vagens por planta. Para as outras densidades de 300.000 e 400.000 sem/ha aliadas
às adubações não houve diferenças significativas.
A adubação com 400 Kg/ha junto à densidade de 400.000 sem/ha diminuiu o
número de vagens por planta em 16,91% (10,83) em relação à média de 64,08
vagens por planta, para as densidades de 200.000 e 300.000 sem/ha não houve
diferenças significativas.
21
Como pode ser observado a adubação com 600 Kg/ha aliada com a
densidade de 200.000 sementes ha-1 apresentou 51,41% (27,25) de vagens por
planta a mais que a média de 53 vagens, essa adubação aliada as outras densidade
não apresentou diferenças significativas. Para a testemunha as densidades de
semeadura não apresentaram diferenças no número de vagens.
Tabela 8 – Número de vagens em três dosagens de Nitrogênio, Fósforo e Potássio
do formulado 00-18-18 (400, 600 e 00 Kg ha-1) e densidade de semeadura de
200.000, 300.000 e 400.000 sementes aptas ha- 1 .
Densidade de semeadura (Trat. D) Adubações (Trat.A) 200.000 300.000 400.000 Média
400 Kg (00-18-18) 75,50aA 63,50aA 53,25aB 64,08 600 Kg (00-18-18) 80,25aA 46,25aB 32,50aB 53,00 00 Kg (00-18-18) 50,50bA 63,00aA 41,75aA 51,75 Média 68,75 57,58 42,5 Trat.(A) C.V. (%) 15,62 Trat.(D) C.V. (%) 19,82 Médias não seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade de erro.
Como a semeadura foi realizada em período tardio, na safra 2011/12
apresentou grande infestação de Ferrugem Asiática afetando a produtividade, que
segundo Polizel (2010), quanto mais tardia a semeadura maior a incidência e
pressão do inóculo e diminuindo a produtividade. Esse período tardio segundo Motta
et al.(2000) afeta o rendimento de grãos de maneira decresce linearmente, para
Freitas et al. (2010), essa redução ocorre devido ao florescimento precoce, e
consequentemente menor desenvolvimento vegetativo, aliado a maior pressão de
inóculo de doenças e pragas ocasionando maiores perdas na produtividade.
Para médias de produtividade em relação ao fator adubação não apresentou
diferenças significativas entre os tratamentos, para Pires et al.(1998) em seus
resultados observaram que mesmo adubando com duas vezes o recomendado não
houve diferenças em relação a testemunha, justificando que grande parte dos
nutrientes adicionados ao solo, não é aproveitado por motivos de lixiviação e
insolubilização, o índice de aproveitamento para fertilizantes varia de 5% a 20% para
fósforo, e de 50% a 70% para potássio. Outro motivo que justifica a não diferenças
entre o fator adubação é que a análise química e física do solo constatou para os
nutrientes P e K estarem em níveis altos.
22
A melhor produtividade como pode ser observado na Figura 5, apresentou
com a maior densidade, técnica essa indicada Luduwig, et al.(2007), mesmo quando
realizado em semeaduras tardias o aumento de indivíduos por área é uma técnica
para diminuir perdas na produtividade.
Figura 4 – Média das produtividades (P) para o fator densidade de semeadura,
médias seguidas pela mesma letra, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5%
de probabilidade de erro.
Os dados obtidos para a produtividade Tabela 9 observou-se que ocorreu
uma interação significativa entre os fatores adubação e densidade de semeadura.
Para produtividade com a adubação de 400 Kg/ha (00-18-18) não houve
diferenças significativas entre a menor densidade e a maior densidade semeadura,
podendo ser observado que a densidade de semeadura com 300.000 sementes ha -1
teve uma menor produtividade, Freitas et al. (2010), em uma de suas linhagens
testadas junto a densidade intermediaria também apresentou menor produtividade
em relação a maior e menor densidades semeadas, sendo a semeadura realizado
no mês de dezembro apresentados resultados inferiores a semeadura realizada em
novembro. A adubação com 600 Kg/ha considerado com 50% a mais que a de
manutenção não apresentou diferenças significativas em relação as densidade de
semeadura. A testemunha só sofreu diminuição na produtividade junto a menor
23
densidade de semeadura em 11,88% (168,52 Kg/ha) em relação à média de
1.417,68 Kg ha-1.
A densidade de 200.000 sem/ha-1, sem adubo apresentou a menor
produtividade com 1.249,16 Kg/ha, com 10,22% (142.22 Kg/ha) a menos que a
média de 1.391,38 Kg ha-1. O uso de 300.000 sem/ha houve diferenças para as três
adubações a testemunha apresentou melhor produtividade, seguindo da adubação
de 600 Kg ha-1, já a adubação considerada recomendada apresentou resultado
inferior à média de 1.358,88 Kg ha-1. A densidade de 400.000 sem/ha as adubações
não apresentaram diferenças entre os tratamentos.
Tabela 9 – Produtividade em Kg/ha em três dosagens de Nitrogênio, Fósforo e
Potássio do formulado 00-18-18 (400, 600 e 00 Kg ha-1) e densidade de semeadura
de 200.000, 300.000 e 400.000 sementes aptas ha- 1.
Densidade de semeadura (Trat. B) Adubações (Trat. A) 200.000 300.000 400.000 Média
400 Kg (00-18-18) 1.416,66 aA 1.194,44cB 1.494,05aA 1.368,38 600 Kg (00-18-18) 1.508,33 aA 1.394,44bA 1.500,00aA 1.467,59 00 Kg (00-18-18) 1.249,16 bB 1.487,77 aA 1.516,11aA 1.417,68 Média 1.391,38 1.358,88 1.503,38 Trat.(a) C.V. (%) 6.62 Trat.(b) C.V. (%) 5.47 Médias não seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade de erro
As melhores produtividades foram obtidas com a maior densidade de
semeadura, confirmando as indicações da (Embrapa, 2010), que para semeaduras
realizadas no mês de outubro a dezembro aumentem a densidade de semeadura,
pode diminuir perdas na produtividade, no entanto as adubações para essa
densidade não apresentou diferenças significativas.
24
5 CONCLUSÕES
O fator densidade de semeadura afetou significativamente todas as variáveis
avaliadas.
As melhores produtividades foram constatadas com densidade de semeadura
de 400.000 sementes ha-1, as adubações realizadas com essa densidade não
apresentaram diferenças significativas.
25
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BANZATTO, D.A e KRONKA, S.N. Experimentação Agrícola. Jaboticabal: 3ª ed. SP, p.36 - 43, 1995. BROCH, D.L e RANNO, S.K. Fertilidade do Solo na Cultura da Soja. Campo
Grande: MS, 2007. Disponível em <www.fundaçãoms.org.br>. Acesso em 10 nov. 2011. CONAB. Acompanhamento de safra brasileira: grãos, nono levantamento, junho 2012 / Companhia Nacional de Abastecimento. – Brasília : Conab, 2012. Disponível em <www.conab.gov.br>. Acesso em 20 jun. 2012. EMBRAPA. Correção do Solo e Adubação no Sistema de Plantio Direto nos Cerrados. Rio de Janeiro: RJ, 2003. Disponível em <www.embrapa.com.br>. Acesso em 20 nov. 2011. EMBRAPA. Adubação da Soja em Áreas de Cerrado: Micronutrientes. Planaltina:
DF, 2004. Disponível em <www.embrapa.com.br>. Acesso em 20 nov. 2011. EMBRAPA. Tecnologias de Produção de Soja Região Central do Brasil 2005. Londrina: PR, 2003. Disponível em <www.embrapa.com.br>. Acesso em 20 nov. 2011. EMBRAPA. Glossário. No.5 ISSN 1679-8869 Versão eletrônica Dezembro: 2005. Disponível em <www.embrapa.com.br>. Acesso em 20 nov. 2011. EMBRAPA, Rochas Moídas como Fontes de Potássio para o milho em solo de Cerrado. Planaltina: DF, 2004. Disponível em <www.embrapa.com.br>. Acesso em 13 nov. 2011. EMBRAPA, Tecnologias de Produção de Soja - Região Central do Brasil 2011.
Londrina: PR, 2010. Disponível em <www.embrapa.com.br>. Acesso em 08 nov.2011. FREITAS, M. C. M. et al. Época de semeadura e densidade populacional de linhagens de soja ufu de ciclo semitardio. Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 5, p. 698-708, Sept./Oct. 2010.
GEUDÊNCIO, C. et al. População de Plantas de Soja no Sistema de Semeadura Direta para o Centro-sul do Estado do Paraná. CT/42, CNPSo, set/1990, p.2.
HEIFFIG, L.S. et al. Fechamento e Índice de Área Foliar da Cultura da Soja em Diferentes Arranjos Espaciais. Bragantia, Campinas, v.65, n.2, p.285-295, 2006. KÖPPEN. Disponível em <http:meteo12.nforum.biz/.../classificacao-climatica-de-koppen-t17.htm>. Acesso em: 13 out. 2011.
26
KORNDÖRFER, G.H. Adubos e Adubação Fósforo. Uberlândia: MG, 2001.
Disponível em <www.ufu.br>. Acessado em 05 nov. 2011. LOPES, A.S. Micronutrientes Filosofias de Aplicação e Eficiência Agronômica. São Paulo: ANDA, 1999. 58 p. (Boletim Técnico, 8). LINZMEYER, J. et al. Influência de retardante vegetal e densidades de plantas sobre o crescimento, acamamento e produtividade da soja. Acta Sci. Agron. Maringá, v. 30, n. 3, p. 373-379, 2008. LOPES, A.S. E GUILHERME, L.R.G. Uso Eficiente de Fertilizantes e Corretivos Agrícolas. 3a edição revisada e atualizada – São Paulo, ANDA, 2000. LUDWIG, M. P. et al. Efeito da densidade de semeadura e genótipos no rendimento de grãos e seus componentes na soja semeada após a época indicada. Revista da FZVA. Uruguaiana, v.14, n.2, p. 13-22. 2007. MALAVOLTA, E. Manual de Química Agrícola Adubos e Adubação. 3a. Ed. São Paulo: Ceres Ltda, 1981. 572p. MALAVOLTA, E. et al. Solubilidade e Disponibilidade de Adubos Fosfatados obtidos pela Acidulação Sulfúrica de Diferentes Rochas Fosfáticas Brasileiras. São Paulo, 2008. Disponível em < www.diadecampo.com.br>. Acessado em 05 nov. 2011. MARTINS, M. C. et al. Épocas de semeadura, densidades de plantas e desempenho vegetativo de cultivares de soja. Sci. agric., Piracicaba, v. 56, n.
4, out. 1999 . MAUAD, M. et al. Influência da densidade de semeadura sobre características agronômicas na cultura da soja. Revista Agrarian, Dourados, v.3, n.9, p.175-181,
2010. MOTTA, I. S. et al. Características agronômicas e componentes da produção de sementes de soja em diferentes épocas de semeadura. Revista Brasileira de
Sementes, vol. 22, nº 2, p.153-162, 2000. MUNDUSTOCK, C. M. e THOMAS, A. F. SOJA : Fatores que afetam o crescimento e o enchimento de grãos. Porto Alegre: RS, 2005. Departamento de
Plantas de Lavouras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul : Engraf, 2005. MENDES, I. C. et al. Adubação nitrogenada suplementar tardia em soja cultivada em latossolos do Cerrado. Pesq. agropec. bras, Brasília, v.43, n.8,
p.1053-1060, ago. 2008 NETO, J.L.S.A. e ALMEIDA, I.R. A Variabilidade das Chuvas e a Expansão da Cultura da Soja no Brasil: cenários possíveis sob a hipótese das mudanças climáticas. Londrina: PR, 2007. Disponível em <www.unesp.com.br>. Acesso em 08 nov. 2011.
27
NETO, L.S.L. Sistema de produção de sementes de soja em cooperação com a empresa Pioneer, na região do PAD-DF. Planaltina: DF Jun. 2009. Disponível em <www.upis.br>. Acessado em 05 nov. 2011.. PIRES, J. L. F. et al. Rendimento de grãos de soja influenciado pelo arranjo de plantas e níveis de adubação. Pesq. Agrop. Gaúcha, v.4, n.2, p. 183-188, 1998. POLIZEL, A. C. et al. Cultivares de soja, aplicação de fungicida e época de semeadura quanto à severidade de ferrugem asiática. Enciclopédia Biosfera,
Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.6, N.11; p1. 2010. POTAFOS. Adubação Fosfatada em Solos da Região do Cerrado. Encarte Técnico N o 102, jun 2003. Disponível em <www.embrapa.com.br>. Acesso em 25 nov. 2011. SEBRAE. Cultivo de Soja. Minas Gerais: 31/08/2006. Disponível em <www.sebraemg.com.br>>. Acesso em 04 nov. 2011. SERAFIM, M. E. et al. Umidade do solo e doses de potássio na cultura da soja.
Rev. Ciênc. Agron., v. 43, n. 2, p. 222-227, abr-jun, 2012. SOUSA, G. M. C. Bases de Fisiologia da Cultura da Soja. Piracicaba: SP, 2000. Disponível em <www.ipini.org.br>. Acessado em 05 nov. 2011. UHRY, D. et al. Adubação Nitrogenada, População de Plantas e Fitotonicidade do Thiamethoxam em Soja. Santa Maria: RS, 2008. Disponível em <www.ufsm.br>. Acessado em 05 nov. 2011. UHRY, D. Adubação nitrogenada e densidade de semeadura em soja. Santa
Maria: RS, 2010. Disponível em <www.ufsm.br>. Acessado em 15 mar. 2011.
ZABOT, L. Caracterização agronômica de cultivares transgênicas de soja cultivadas no Rio Grande do Sul. Santa Maria: RS, 2009. Disponível em <www.ufsm.br>. Acessado em 08 mar. 2011.
28
7 ANEXOS
ANEXO A – Caracterizações Físicas e Químicas do Solo da Área Experimental
(Área de Pesquisa da Petrovina Sementes)
29
ANEXO B – Semeadura realizada no dia 7 de dezembro de 2011
30
ANEXO B – Croqui da área com a distribuição dos tratamentos sorteados
31
ANEXO D – Coleta de dados realizada nos estádios R2 e R5.5
32
33
ANEXO E – Colheita realizada no dia 20 de março de 2012
34
ANEXO F – Dados de temperatura e precipitação durante a condução do
experimento