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Universidade Presbiteriana Mackenzie
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VIRTUAL MATH TEAMS: DESENVOLVENDO ATIVIDADES DE CÁLCULO INTEGRAL
EM UM AMBIENTE VIRTUAL ON-LINE
Fábio Massaki Sugano (IC) e Gisela Hernandes Gomes (Orientadora)
Apoio: PIBIC Mackenzie
Resumo
Devido às facilidades oferecidas pela internet, o campo educacional também vem sendo aprimorado. Este artigo apresenta as vantagens e desvantagens que um ambiente virtual pode apresentar na resolução de um problema de Resistência dos Materiais II, disciplina do curso de Engenharia Civil da Universidade Presbiteriana Mackenzie, usando conceitos da disciplina Cálculo Integral II. O ambiente escolhido inicialmente foi o Virtual Math Teams (VMT), desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Drexel University, mas por problemas referentes ao seu desenvolvimento, outro ambiente foi estudado que oferecesse as mesmas ferramentas de análise, discussão e resolução de um problema matemático, feito a distância. Este ambiente escolhido foi o Google Docs, desenvolvido pela Google Inc., uma empresa multinacional americana, que apresenta uma grande semelhança com o ambiente do VMT. Neste artigo, abordamos sobre as semelhanças e diferenças entre os dois ambientes, relatando o que cada um deles pode oferecer de melhor, inclusive as ferramentas que são disponibilizadas ao usuário e, as dificuldades que cada um deles pode encontrar ao se deparar com estes ambientes virtuais de aprendizagem pela primeira vez. Por fim, teremos a conclusão relatando o que estes ambientes podem nos trazer de progresso no campo da educação, derrubando uma barreira, que seria a comunicação entre dois ou mais usuários via internet, discutindo sobre problemas matemáticos.
Palavras-chave: ambiente virtual de aprendizagem, engenharia, cálculo integral.
Abstract
Due to facilities offered by the internet, the educational field has also been enhanced. This article presents the advantages and disadvantages that a virtual environment may present to solve a problem of Mechanics of Materials II, course in the program of Civil Engineering from the Mackenzie Presbyterian University, using mathematical concepts of Integral Calculus II. The environment was initially chosen the Virtual Math Teams (VMT), developed by a team of researchers from Drexel University, but due problems concerning its development, another environment was studied that offered the same tools of analysis, discussion and resolution of a mathematical problem online. This environment was chosen Google Docs, developed by Google Inc., an American multinational public corporation, which presents a great resemblance to the VMT environment. This paper discusses the similarities and differences between the two environments, reporting what each can offer better, including the tools that are available to the use, and the difficulties that each one may encounter when faced with these virtual learning environments, at first time. Finally, we conclude that these environments can bring us progress in the field of education, knocking down a barrier that would be the communication between two or more users via the internet, discussing mathematical problems.
Key-words: virtual learning environment, engineering, integral calculus.
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Introdução
O uso da Internet e tecnologia estão mudando a maneira de educar os alunos, facilitando o
acesso ao ensino de conteúdos de todas as naturezas, inclusives os matemáticos. Colégios
e universidades estão se adaptando à chamada educação a distância (Ead), que consiste
em elaborar, discutir e avaliar atividades, e até mesmo cursos inteiros, sem que os alunos
estejam presentes nas salas de aula, através de computadores, notebooks e ambientes
virtuais de aprendizagem.
Com esse avanço no sistema educacional, muitos programas de computador e ambientes
virtuais vêm sendo criados para facilitar o aprendizado. Estes programas podem ser
utilizados tanto pelos professores como pelos alunos. Os professores utilizam o programa
para que as atividades e conteúdos de suas aulas estejam disponíveis aos seus alunos. Os
alunos, por sua vez, fazem deste programa uma agenda para entrega de suas atividades
e/ou para consulta de eventuais aulas perdidas.
No entanto, ao utilizar um sistema de Ead, certas matérias apresentam maior dificuldade
para serem lecionadas e aprendidas. Por exemplo, as chamadas ciências exatas que
estudam a Matemática, Física, Química e Estatística. Esta dificuldade se dá pela
diversidade de símbolos que estas matérias apresentam, pois muitas vezes não são
possíveis de serem criadas nestes programas. Assim, os diálogos tornam-se restritos e as
dúvidas mais freqüentes.
Pensando nisso, um grupo de professores e matemáticos da Drexel University pensou em
um ambiente que solucionasse este problema de comunicação, criando assim o chamado
Virtual Math Teams (VMT). Este ambiente possui diversas ferramentas que facilitam o
diálogo entre os usuários através de um computador, por exemplo, uma tela onde é possível
colocar o enunciado em questão ou o esboço do problema, uma caixa de texto com os
símbolos matemáticos, capacidade de criar diversas telas de trabalho, entre outros.
Com a ajuda do VMT os alunos têm a possibilidade de conversar e resolver os exercícios
com maior facilidade e comodidade, já que os mesmos não necessitam sair de suas
residências para resolver os exercícios. No início o programa foi apresentado apenas para
alunos do ensino fundamental, como uma forma de teste para avaliar a aceitação destes
alunos. Atualmente ele vem sendo estudado para ser oferecido ao ensino superior, como
uma forma de facilitar o aprendizado aos estudantes de Ciências Exatas.
Dessa forma, o objetivo dessa pesquisa é investigar e desenvolver atividades do cálculo
integral em um ambiente virtual on-line identificando elementos que propiciem a
compreensão do conceito de integral e suas aplicações usando uma ferramenta tecnológica.
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Outro ambiente também foi analisado, com as mesmas características do VMT, o chamado
Google Docs, que permite que o aluno utilize um documento branco e uma janela para chat,
sendo compartilhado com outros estudantes.
Referencial Teórico
Diversos trabalhos e pesquisas abordam o uso de recursos computacionais no processo de
ensino-aprendizagem das disciplinas básicas de matemática em cursos de graduação na
área das Ciências Exatas. Mas além do uso dessas novas ferramentas é necessária uma
mudança na postura perante o saber. Essas ferramentas interferem na maneira de pensar,
refletir, sentir e atuar e nos remete a um novo modelo pedagógico. Segundo Silveira e Joly
(2002, p. 67) as novas tecnologias da informação “não mudam, necessariamente, a relação
pedagógica entre professor e estudante”. Mas, propiciam, ainda de acordo com as autoras
Silveira e Joly (2002, p. 68),
ações críticas e transformadoras, por meio das quais o estudante terá a oportunidade de participar de situações de simulação, quer reproduzindo o mundo real, quer propondo problemas a serem resolvidos, favorecendo então a aprendizagem cooperativa na construção e produção de conhecimento.
De acordo com Behrens (2003, p. 71), em busca de uma nova realidade de ensino-
aprendizagem:
[...] o aluno precisa ultrapassar o papel de passivo, de escutar, ler, decorar e de repetidor fiel dos ensinamentos do professor e tornar-se criativo, crítico, pesquisador e atuante, para produzir conhecimento. Em parceria, professores e alunos precisam buscar um processo de auto-organização para acessar a informação, analisar, refletir e elaborar com autonomia o conhecimento. [...] Portanto, professores e alunos precisam aprender a aprender como acessar a informação, onde buscá-la e o que fazer com ela.
Neste meio de constante desenvolvimento de novas ideias e objetivos visando um melhor
aproveitamento de informações, para que assim, possamos ter uma qualidade de vida cada
vez melhor, temos presenciado, portanto, um avanço nos métodos de ensino. A educação a
distância exerce a função de melhorar e estreitar as relações entre os alunos e escolas, de
forma que os estudantes que não tem acesso às informações de ensino sintam-se mais
encorajados a estudar.
Já é possível dizer que na maioria dos colégios e universidades, os alunos contam com um
laboratório de informática. Nas universidades, com maior frequência, nota-se a utilização de
ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), que são utilizados como um apoio ao aluno. A
didática funciona da seguinte maneira: O professor disponibiliza o material de estudo neste
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ambiente e, o aluno, através de um login e uma senha própria, tem acesso a essas
informações para melhorar seu desempenho nos estudos. A seguir podemos citar três
programas em destaque, Moodle, WebCT e TelEDUC, que são utilizados como AVAs em
diversas universidades brasileiras, com exceção do WebCT.
O Moodle é um programa gratuito que colabora com a didática dos professores e o
aprendizado por parte dos seus alunos. Isso é possível por ele ser um AVA que possibilita
armazenar os conteúdos programáticos de cada matéria que o aluno está cursando. Ou
seja, através da internet o aluno tem acesso à sua própria página, para que o mesmo possa
obter informações das matérias e melhorar o seu estudo.
O que pode ocorrer, é que alguns professores não possuem o conhecimento necessário
para manusear o Moodle, uma vez que ele já possui sua própria formatação, sendo
necessário que através de outras pessoas ele possa se informar sobre a utilização do
programa.
Segundo Faculdade de Ciências Contábeis UFBA (s.d), o Moodle conta com diversas
ferramentas para que o aluno consiga melhorar sua qualidade de estudo, por exemplo, chat
em tempo real, listas de exercícios e questionários. Assim, ele pode estudar através dos
exercícios das listas e tirar suas possíveis dúvidas através do chat com seus colegas de
classe.
Outro ambiente é o TelEduc que foi desenvolvido na Universidade de Campinas, com a
finalidade de formar professores para informática educativa, o que facilita o aprendizado dos
alunos, uma vez que seus professores possuem conhecimento de como utilizar o programa.
De acordo com TelEduc Educação a Distância (2006), uma das características que se
destacam no TelEduc é a facilidade que o aluno encontra para trabalhar no programa,
devido o fato dele ter sido criado de acordo com as necessidades que seus usuários
apresentavam.
As principais vantagens do TelEduc são:
• Foi desenvolvido usando as opiniões dos usuários, por isso ele já foi concebido com
o aval de quem iria trabalhar diretamente com ele, pois fica bem mais fácil
desenvolver as ferramentas que sejam consideradas necessárias pelos usuários.
Tornando-se agradável ao usuário final que parece conhecê-lo a fundo mesmo se
estiver acessando-o pela primeira vez
• Possui diversas ferramentas de administração, coordenação e trabalho que auxiliam
o professor no acompanhamento de sua proposta pedagógica.
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• Praticidade e rapidez para download e upload do material didático, facilitando sua
atualização.
• Possibilidade de envio de trabalhos feitos pelos alunos para ambientes
personalizados podendo ou não disponibilizá-los para os outros alunos e
professores.
• Possibilidade de um diagnóstico quantitativo da interatividade dos alunos.
As principais desvantagens do TelEduc são:
• Em alguns cursos são feitas algumas exigências no tipo de conexão visto que podem
ter alguma ferramenta que seja mais pesada, necessitando assim de um acesso
mais rápido para o acompanhamento do curso desejado.
• Ainda não estão disponíveis módulos para a criação de avaliações.
• Impossibilidade de personalização do ambiente, nem das cores e fontes.
• Impossibilidade de criação de subpastas no ambiente.
• Necessidade de inserir os alunos um a um.
• Possibilidade de um aluno “queimar” a senha de outro.
• Impossibilidade de estruturação de mecanismos de teste com respostas rápidas para
os alunos com a utilização das ferramentas padrão.
O WebCT (Web Course Tools) (Goldberg et al., 1996) desenvolvido pelo grupo de Murraw
W. Goldberg, da University of British Columbia, fornece um conjunto de ferramentas que
facilita a criação de cursos educacionais baseados no ambiente World Wide Web (www).
Também pode ser utilizado como ferramenta complementar de um curso já existente, na
disponibilização de material.
O ambiente WebCT pode ser utilizado para a criação de cursos totalmente online ou para a
publicação de materiais que complementam os cursos presenciais. Esse ambiente é dividido
em quatro classes de usuários, cada qual com uma visão diferenciada. Estas Classes são:
Administrador – para o gerenciamento do ambiente;
Designer – para a estruturação da interface e do conteúdo;
Assistente – para orientar o aluno na sua aprendizagem;
Estudante – o aluno que ira usufruir do ambiente
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De acordo com o Departamento de Engenharia da Computação e da Indústria de
Automação da Escola de Engenharia da Computação e Engenharia Elétrica da Universidade
de Campinas (2006), as principais vantagens do WebCT são:
• Possibilidade de se estabelecer um ambiente de ensino e aprendizado integrado,
contendo uma série de ferramentas educacionais tais como sistema de conferência,
chat, correio eletrônico, acompanhamento do aluno, suporte para projetos
colaborativos, auto-avaliação, questionários, distribuição e controle de notas,
glossário, controle de acesso, calendário do curso, geração automática de índices e
pesquisa, entre outras. Sua interface pode ser configurada para funcionar em vários
idiomas (Inglês, Frances, Espanhol, Português e outros).
Assim como o grupo de estudantes envolvido nesta pesquisa, também encontrou algumas
vantagens do WebCT:
• Ferramentas de avaliação automática para alguns tipos de avaliação.
• Possibilidade de execução de testes rápidos com respostas instantâneas.
• Ferramentas para avaliação quantitativa do aluno.
• Possibilidade de boa interatividade, com videoconferências, materiais com
multimídias e avaliações automáticas.
• Permissão de adição de glossários lincados a textos nas páginas.
• Permissão de execução de backup datado do curso quando desejado.
• Facilidade para reaproveitamento da estrutura criada.
• Possibilidade de cadastramento de alunos a partir de listas.
• Possibilidade de gerar diferentes tipos de avaliação.
• Possibilidade de criar bancos de dados de questões para novas avaliações.
• Possibilidade de criação de subpasta organizada.
As principais desvantagens do WebCT são:
• Dificuldade de gerar perfil em cursos novos para alunos que já utilizaram o ambiente
em outros cursos.
• Interface pouco amigável.
• Navegação complexa para se estruturar uma simples avaliação.
• Personalização parcial do ambiente. Apenas nas cores e fontes.
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• Opções de barras nem sempre adequadas.
• Colocação limitada de banners.
• Módulos internos com a navegação cruzada para determinados objetivos.
• Necessidade de muitos links para operação de download e upload
De acordo com a experiência adquirida no estudo das ferramentas do ambiente VMT, pode-
se observar que, assim como os outros três citados acima, trata-se de um ambiente virtual
de aprendizagem, porém, ele já foi construído visando uma melhor comunicação entre os
usuários sobre problemas matemáticos. Nele é possível encontrar e criar diversas salas de
chat, onde há um painel chamado de Whiteboard (Figura 1) para a ilustração dos exercícios
em questão e uma grande quantidade de ferramentas disponíveis ao usuário, assim, ele tem
a liberdade de digitar o enunciado e ilustrá-lo para que outras pessoas possam compreender
melhor do que se trata o exercício. Nestas salas de chat, para que a solução do exercício
não fique confusa, cada usuário possui uma cor específica, assim, qualquer alteração feita
no Whiteboard por este usuário, terá esta cor para indicá-lo. Outro fator que colabora para
uma melhor discussão entre os usuários é que, ao dar um duplo clique com o botão
esquerdo do mouse sobre cada processo realizado no Whiteboard, o VMT o liga
automaticamente à pessoa que o criou, assim, é possível que um usuário questione esta
pessoa sobre o “por que” daquele processo ter sido realizado. É possível notar também,
uma barra vertical localizada ao lado esquerdo do Whiteboard, cuja função é similar a de um
histórico, ou seja, tudo o que foi feito na tela do Whiteboard fica registrado nesta barra. Caso
alguém queira analisar o que foi feito anteriormente, basta arrastar esta barra para cima que
o programa se encarrega de mostrar as etapas anteriores.
Se necessário, é possível também que o aluno cole imagens, gráficos do Winplot e arquivos
de AutoCAD no Whiteboard, melhorando a compreensão e a resolução dos exercícios. Por
exemplo, em um determinado caso foi necessário que um gráfico do Winplot fizesse parte
do enunciado do exercício, sendo assim, basta selecionar este gráfico no Winplot,
pressionar a tecla Ctrl+C, ir até o Whiteboard e, no lugar desejado, pressionar Ctrl+V.
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Figura 1: Página do VMT com o Whiteboard sendo utilizado junto ao chat
Outro ponto favorável do VMT é que, na página inicial do The Math Forum @ Drexel (2011),
o VMT disponibiliza alguns links como o “Problems Of The Week”, o “Ask Dr. Math”, o
“Teacher2Teacher”, entre outros recursos; que são outros meios para que os usuários do
VMT possam interagir ainda mais com o programa.
O “Problems Of The Week” tem a finalidade de disponibilizar um exercício a cada semana
para que os usuários possam resolvê-lo. O “Ask Dr. Math” é um espaço onde o usuário pode
tirar suas dúvidas sobre matemática com a ajuda dos professores da Drexel University. O
“Teacher2Teacher”, abreviado como T2T, é onde os professores têm acesso para tirar suas
dúvidas e até para alguns pais tirarem algumas dúvidas sobre como ensinar matemática
para os seus filhos.
De acordo com Google Docs Crie e compartilhe seu trabalho on-line com o Google Docs
(2011), no ambiente desenvolvido pelo Google, assim como no VMT, é necessário criar uma
conta para que se possa utilizá-lo. A vantagem do Google Docs é que o usuário pode utilizar
os mesmos dados de outros aplicativos criados pelo Google, para poder ter acesso a esse
ambiente. Por exemplo, este usuário pode ter acesso ao Google Docs utilizando os mesmos
dados de acesso ao email do Google (Gmail) ou do site de relacionamentos chamado Orkut.
Ao efetuar o login, o usuário pode notar uma lista na parte central da tela. Esta lista é um
modo de organizar os trabalhos do usuário, de forma que ele tenha fácil acesso aos seus
arquivos criados no ambiente. Um detalhe muito importante é que, para cada tipo de área de
trabalho que o usuário utilizar, há uma simbologia diferente. Estes símbolos são fixados
junto a cada arquivo desta lista.
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Assim, se um trabalho é feito numa Planilha, na lista da tela central, aparecerá o nome do
trabalho e, junto ao nome, o símbolo correspondente à área de trabalho criada numa
Planilha.
Um ponto a favor do VMT em relação ao Google Docs seria sobre o envio de mensagens no
chat. No VMT, quando um usuário envia uma mensagem para o outro, este segundo recebe
um aviso desta mensagem, que é feito através de uma campainha. Isso é muito útil, pois
dependendo da situação o usuário não está com a janela do VMT aberta e, ao receber uma
mensagem de seus colegas no chat, ele logo percebe que alguém está chamando sua
atenção. Já no Google Docs, não há essa opção, ou seja, se o usuário não estiver
trabalhando no Google Docs e alguém lhe enviar uma mensagem, ele não irá perceber. O
que pode causar um desconforto ao longo do desenvolvimento do trabalho, pois pode haver
uma demora até que este usuário perceba que outras pessoas estão querendo conversar
com ele.
Outra desvantagem do Google Docs é que, ao entrar na área de trabalho Documento, se
não houver pelo menos dois usuários nesta área de trabalho, não é possível abrir o chat.
Assim, não é permitido que o usuário tenha acesso a eventuais discussões tidas
anteriormente se o mesmo não estiver junto a outro usuário, o que pode prejudicar o
desenvolvimento do trabalho, pois dependendo da situação, um usuário pode precisar de
algumas informações que estão gravadas no chat, porém, ele tem que esperar que outro
usuário entre nesta mesma área de trabalho para que, então, seja possível obter estas
informações.
Uma grande vantagem deste ambiente é que todas as ferramentas que estão
disponibilizadas no Microsoft Office podem ser usadas nesse documento criado no Google
Docs, como por exemplo, inserir figura, criar desenhos a partir dos modelos disponíveis,
planilhas e outros recursos que o usuário já tem familiaridade com o programa da Microsoft.
Para as imagens serem inseridas na área de trabalho, basta que o usuário clique no botão
Inserir e depois Imagem. Uma nova janela se abrirá para que o usuário possa procurar a
imagem desejada, sendo possível realizar esta operação de quatro maneiras: A primeira
seria buscando a imagem que já está salva no computador do usuário. Ao clicar em Upload
e depois em Procurar, o usuário pode abrir a pasta onde a imagem está localizada e, por
fim, selecionar a imagem desejada. A segunda opção seria clicar em URL e, inserir o link da
página da internet onde está localizada a imagem desejada. A terceira maneira seria clicar
em Google Image Search e, procurar uma imagem pelo próprio site do Google. A última
forma oferecida ao usuário para inserir uma imagem na área de trabalho seria através de
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um programa chamado Picasa, onde o usuário pode compartilhar, organizar e editar suas
fotos online.
Outro ponto positivo que o Google Docs apresenta, é a opção de inserir equações
matemáticas na área de trabalho. O usuário tem acesso a estas opções clicando em
“Visualizar”, habilitar a opção “Exibir barra de ferramentas de equação”, e em seguida
aparecerá uma barra com o botão “Inserir Equação”. Ao clicar em Inserir Equação, abrirá um
espaço no documento para a digitação da equação desejada, permitindo ao usuário digitar
uma grande variedade de equações matemáticas, podendo inserir, também, símbolos
matemáticos.
Método
Este estudo foi realizado por dois estudantes do quarto ano, uma do terceiro ano e uma
professora da Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Para a
experiência realizada com o VMT seriam necessários mais três alunos para a resolução de
um problema da disciplina chamada Resistência dos Materiais II. Todas as etapas desta
pesquisa foram realizadas nos laboratórios da Universidade Presbiteriana Mackenzie, na
região central de São Paulo.
Um ponto importante a ser destacado é que para ter acesso ao ambiente VMT, foi solicitado
aos laboratoristas da Universidade que os computadores a serem utilizados para as
atividades fossem instalados ou atualizados a versão JAVA JRE, para que o ambiente
pudesse rodar normalmente.
O método utilizado para essa pesquisa é o da abordagem qualitativa, pois é de interesse
desse estudo diagnosticar se é possível discutir, analisar e resolver um problema com
conteúdos matemáticos e de Engenharia em um ambiente virtual. Além disso, o foco da
pesquisa esteve voltado para quais ferramentas desse ambiente seriam utilizadas para essa
discussão e resolução dos problemas elaborados pela equipe.
No entanto, ao longo da pesquisa, o programa que estava sendo analisado, o Virtual Math
Teams, apresentou problemas técnicos, pois é um ambiente ainda em desenvolvimento e,
nosso foi interrompido. Esse ambiente permite salvar todas as ações nele realizadas, mas,
com esses problemas, tudo o que havia sido feito até o momento, não pode ser recuperado.
Em decorrência desse fato, para dar continuidade a essa pesquisa, buscou-se um ambiente
virtual de aprendizagem que tivesse as mesmas características do VMT. Após algumas
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pesquisas, foi escolhido um ambiente chamado Google Docs, que é um AVA desenvolvido
pela empresa Google, cuja função é similar à do VMT.
Obviamente, existem diferenças entre os dois ambientes, as quais são notadas quando, ao
abrir o Google Docs, não se encontra as tabs que o VMT possuía e que não estão presentes
no ambiente virtual do Google.
Em contrapartida o Google Docs apresenta uma característica que não se encontra no
ambiente VMT: a capacidade do usuário abrir diferentes formas de área de trabalho, como
por exemplo, criar uma janela com os dados necessários para que o usuário consiga criar
um documento com formato semelhante ao do Microsoft Office Word (Figura 2). Além dessa
opção, o ambiente disponibiliza mais seis maneiras de se criar um arquivo no Google Docs:
Apresentação que necessita do Java para poder ser utilizado, Planilha, Formulário Desenho,
que também necessita do Java, Coleção e, ainda, uma opção de se abrir um modelo já
construído pelo próprio Google Docs para maior conforto dos usuários, nomeado pelo
programa de “Do Modelo...”.
A área de trabalho chamada de Documento é onde o usuário pode montar um documento
escrito no formato de um texto. Na área de trabalho Apresentação, o usuário pode montar
uma apresentação de um arquivo no formato de slides, ele possui um layout da página
muito semelhante ao do Microsoft Office Power Point. Na área de trabalho Planilha o usuário
tem a opção de criar seu documento como tabelas, funcionando de forma similar ao
Microsoft Office Excel. Na Figura 2, podemos observar a área de trabalho Formulário que
oferece ao usuário a opção de construir questões do tipo de múltiplas escolhas. Na figura 2,
observa-se a criação de novos tópicos, chamados de New Collection, sendo estes, muito
úteis para organizar a área de trabalho. Por último, na opção nomeada de Do Modelo, o
usuário tem ao ser dispor, uma série de documentos pré-formulados, ou seja, de acordo
com o que o usuário necessitar, ele pode ir até esta janela e escolher qual tipo de
formatação lhe atende melhor. Isso contribui para que o usuário tenha maior comodidade ao
realizar seu trabalho, uma vez que ele só precisa completar as lacunas de acordo com que
se deseja montar seu trabalho.
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Figura 2: Página inicial da área de trabalho Documentos
Apesar dos problemas encontrados no ambiente escolhido inicialmente, com a experiência
adquirida pelos estudantes que estavam envolvidos nesse projeto, foi possível ter uma ideia
de quais ferramentas um grupo de alunos utilizaria para resolver um exercício utilizando o
VMT.
O exercício elaborado para ser aplicado aos alunos foi baseado na disciplina de Resistência
dos Materiais II, envolvendo o cálculo da máxima rotação e da flecha de uma viga em
relação ao carregamento que está sendo aplicado sobre a mesma. Enfatizando-se que, para
que o exercício seja resolvido por completo, o aluno precisaria de alguns conceitos da
disciplina de Cálculo Integral e Diferencial II devido às fórmulas que seriam utilizadas.
Para tal exercício ser colocado em prática, seria necessário que este grupo de alunos
tivesse um primeiro contato com o Virtual Math Teams, para que os mesmos pudessem se
acostumar com a trabalhabilidade do programa. Isso aconteceria de forma que as
ferramentas do ambiente fossem apresentadas a eles, para que todos ficassem cientes do
que pode ser feito no programa e para igualar os níveis de conhecimentos destes alunos em
relação ao VMT, garantindo que todos os participantes do teste possuíssem a mesma carga
de informação sobre o ambiente a ser utilizado.
Feito isso, os alunos receberiam as informações sobre o exercício a ser resolvido. Nos
primeiros instantes, é de se esperar que as pessoas levem certo tempo para começar seus
primeiros esboços no Whiteboard, afinal há uma grande quantidade de ferramentas que
podem ser utilizadas pelo usuário, mas, logo se acostuma com as utilidades e as
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necessidades de cada uma dessas ferramentas e, o exercício pode, finalmente, começar a
ser compreendido e resolvido. Durante o exercício é normal que algum aluno tenha dúvidas,
porém, ele já foi orientado no início de que ele só poderia pedir ajuda para os outros dois
alunos que também estão tentando resolver o exercício. Surge então a necessidade de
utilizar a caixa de mensagens, que podem ser relacionada quase de imediato com as cores
dos esboços traçados no Workspace.
Ao final do tempo estabelecido para a resolução deste teste, o desempenho dos alunos
seria analisado. Seria levado em conta o que cada um deles fez e a forma como pensaram
no quadro do Workspace. Seria levado em conta, também, a conversação dos três alunos
no chat, o que seria muito importante para a conclusão do teste, pois poderia revelar muitas
dificuldades e facilidades que um usuário pode obter ao longo da resolução do exercício
proposto.
No caso do Google Docs sendo utilizado como o ambiente de testes, o exercício seria
apresentado aos alunos da mesma maneira como foi realizado o exercício com o VMT Seria
necessário que os alunos tivessem um primeiro contato com o programa para entender a
função de cada ferramenta, entender as utilidades de cada janela de trabalho, entre outras
funções. Feito isso, o aluno seria apresentado ao exercício em questão, analogamente ao
que foi realizado utilizando o programa criado na Drexel University.
No entanto, para uma questão de ilustração e compreensão do uso desses ambientes, foi
realizada entre os dois estudantes envolvidos com projetos de Iniciação Científica sobre o
estudo do VMT, uma simulação de como se daria a resolução de um problema que
envolvesse conceitos matemáticos de cálculo e da disciplina Resistência dos Materiais II. A
seguir descrevem-se os resultados dessa simulação.
Resultado e Discussão
Nesta parte do relatório, apesar de não termos conseguido aplicar a atividade a um grupo de
estudantes do curso de Engenharia Civil, como programado inicialmente, foi realizada uma
simulação com o exercício proposto no Google Docs, contando com a colaboração de outro
estudante que também está envolvido nesse grupo de pesquisa. Vale lembrar que este
exercício foi aplicado como um teste entre os alunos desta iniciação científica, visando
entender melhor o funcionamento deste ambiente. O primeiro passo foi montar o enunciado
na área de trabalho chamado Documento, feito isso, o aluno pode começar a desenvolver o
problema. No início, o aluno apresentou algumas dificuldades de interpretação do problema,
dificultando a sua resolução, porém, no decorrer do tempo o aluno conseguiu ter
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consciência dos objetivos a serem seguidos no exercício, obtendo sucesso na atividade. As
ferramentas foram utilizadas de forma correta e, com o apoio do chat, muitas dúvidas sobre
o desenvolvimento do exercício puderam ser solucionadas.
Pode-se dizer, com convicção, que o ambiente não impede a resolução de um problema. No
entanto, em certos pontos o ambiente deixou a desejar, por exemplo, nas situações onde é
necessário inserir uma imagem, cuja operação é feita de forma mais demorada em relação
ao VMT.
Podemos citar, no entanto, um ponto positivo observado pelo aluno que resolveu o exercício
proposto. Trata-se da opção de inserir as equações matemáticas, que segundo o mesmo, o
ajudaram muito para desenvolver por completo o exercício em questão, podendo
demonstrar todas as etapas de cálculo, facilitando até, para que outras pessoas que
analisassem o exercício entendessem o seu desenvolvimento.
Esse ponto não era possível no VMT, pois para inserir uma equação no whiteboard era
necessário usar uma linguagem própria do ambiente, ou criar uma equação no word, copiar
e colar dentro do ambiente do VMT.
Conclusão
Pode-se perceber que as pessoas estão lutando para que a qualidade no ensino seja
aprimorada cada vez mais, possibilitando que mais pessoas tenham acesso a informações
úteis e que ajudem uns aos outros a desenvolver uma sociedade cada vez melhor. Para
que estas informações cheguem às pessoas com maior facilidade, é necessário que haja
mais alunos interessados em estudar estes tipos de divulgação do ensino, realizando
pesquisas e atividades que promovam o desenvolvimento da educação.
Os resultados, infelizmente, não foram como o esperado para esta pesquisa, devido à
interrupção dos criadores do ambiente visando algumas atualizações no VMT.
No entanto, podemos falar sobre os pontos positivos que este ambiente pôde mostrar-se
capaz de oferecer: Em primeiro lugar seria a facilidade de comunicação entre os usuários do
programa, uma vez que o mesmo possuía uma variedade muito vasta de simbologias e
ferramentas matemáticas. Outra vantagem que o VMT apresentava era a possibilidade de
transferir arquivos de imagens de outros programas como o AutoCAD, Excel e Winplot para
a tela do Whiteboard, fazendo com que as ilustrações facilitassem o entendimento do
exercício em discussão.
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Visando acompanhar a evolução no meio da comunicação de estudantes através da
internet, com ênfase para a parte acadêmica, a empresa mundialmente conhecida, Google,
também está atrás de soluções e alternativas para este assunto que vêm mostrando grande
importância no ramo da educação. Isso pode ser visto através da criação do programa
Google Docs, que tem utilidade muito similar à do Virtual Math Teams, possuindo algumas
divergências em relação ao outro ambiente virtual de aprendizagem, citado anteriormente.
Apesar da incontestável capacidade de atender às exigências de seus usuários, o Google
Docs ainda necessita de mais alguns testes a serem realizados pelo grupo de orientandos,
para que seja possível conhecer o que este programa é capaz de nos oferecer. Isso pode
surgir como tema de uma futura pesquisa de iniciação científica, procurando desenvolver um
conhecimento ainda maior sobre outros tipos de ambientes virtuais de aprendizagem, o que
eles podem influenciar nas atividades do nosso cotidiano, nos benefícios que este ambiente
pode trazer para os trabalhos acadêmicos, em relação à rapidez e facilidade com que os
trabalhos podem ser executados.
Tanto o VMT como o Google Docs apresentaram ótimas ferramentas para solucionar
problemas que envolvam símbolos matemáticos, o que antes era uma barreira, pois a
comunicação entre os usuários em um chat era muito limitada. Nestes ambientes, esta
barreira não existe, uma vez que estes programas possuem uma gama de ferramentas
muito superior a de outros programas utilizados.
1. Referências
BEHRENS, Marilda, A. Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente.
In: Novas tecnologias e mediação pedagógica.7. ed. Campinas, SP: Papirus, 2003. Acesso
em 25/04/2011
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO E DA INDÚSTRIA DE
AUTOMAÇÃO DA ESCOLA DE ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO E ENGENHARIA
ELÉTRICA. Universidade de Campinas. (2006). Disponível em
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FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS UFBA. (s.d). Disponível em
<http://www.contabeis.ufba.br/neadcursos.html>. Acesso em 25/04/2011
VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
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