Download - EXTRAÇÃO DA CAFEÍNA DO GUARANÁ
![Page 1: EXTRAÇÃO DA CAFEÍNA DO GUARANÁ](https://reader036.vdocuments.com.br/reader036/viewer/2022081718/5571f90449795991698e9a66/html5/thumbnails/1.jpg)
0
GESIANE G. FERREIRA
RELATÓRIO DE FITOQUÍMICAEXTRAÇÃO DA CAFEÍNA DO GUARANÁ
UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – UNIPACIpatinga- MG
2010
![Page 2: EXTRAÇÃO DA CAFEÍNA DO GUARANÁ](https://reader036.vdocuments.com.br/reader036/viewer/2022081718/5571f90449795991698e9a66/html5/thumbnails/2.jpg)
1
GESIANE G. FERREIRA
EXTRAÇÃO DA CAFEÍNA DO GUARANÁ
Relatório de conclusão de Aula Prática realizada no Laboratório de Química, no dia 10 de Junho de 2010 sob a orientação da professora Marilene Maria de Carvalho apresentado como exigência do Curso de graduação em Farmácia, à Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC Ipatinga.
UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – UNIPACIpatinga- MG
2010
![Page 3: EXTRAÇÃO DA CAFEÍNA DO GUARANÁ](https://reader036.vdocuments.com.br/reader036/viewer/2022081718/5571f90449795991698e9a66/html5/thumbnails/3.jpg)
2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................3
2 OBJETIVO..........................................................................................................................5
3 MATERIAIS E REAGENTES..........................................................................................6
4 MÉTODOS E RSULTADOS.............................................................................................7
5 DISCUSSÃO.......................................................................................................................8
6 CONCLUSÃO.....................................................................................................................9
REFERÊCIAS.....................................................................................................................10
.
![Page 4: EXTRAÇÃO DA CAFEÍNA DO GUARANÁ](https://reader036.vdocuments.com.br/reader036/viewer/2022081718/5571f90449795991698e9a66/html5/thumbnails/4.jpg)
3
1 INTRODUÇÃO
Guaraná é o nome dado pelos índios à semente da Paullinina cupana KUNTH e
considerada sagrada, em especial pela tribo dos Maués, que em tempo de guerra, mastigavam as
sementes para aumentar sua vitalidade. Hoje, sabe-se que a semente de guaraná moída é uma rica
fonte de energia além de possuir outras propriedades terapêuticas como regulação do ritmo
cardíaco e prevenção da arterosclerose, regeneração do organismo e também poderoso
afrodisíaco. (TESKE,1997) Alguns destes efeitos são atribuídos à cafeína, substância encontrada
na composição química do guaraná.
O Guaraná é a pasta dessecada da trituração das sementes esmagadas (OLIVEIRA, 2005)
de Paullinia cupana KUNTH. Essa planta é nativa do Brasil e Uruguai, e é amplamente utilizada
na preparação de bebidas estimulantes como o chá e café. Um de seus principais componentes é
a cafeína (2,5 a 5%), e o tanino (25%), por isso, além de estimulante, a bebida de guaraná
também é adstringente. (ROBBERS) Outros fitoquímicos encontrados no guaraná são: saponina,
teobromina, teofilina, timbonina e xantina, extraídos principalmente de suas sementes.
(CARVALHO, 2005)
A cafeína também pode ser encontrada no café, no chá, no cação, na cola e na erva-mate
(ROBBERS) e possui ação estimulante, energética, favorecedor do apetite, adstringente,
afrodisíaca e tônica. (TESKE,1997) É a droga social mais amplamente utilizada em todo o
mundo. Muitas pessoas não a consideram uma droga, mas muitas pessoas apresentam efeitos
como insônia e variação do ritmo cardíaco, por tomarem café em grandes quantidades. Existem
relatos de abstinência caracterizada por letargia, irritabilidade e cefaléias em pessoas que
consumem mais de 600mg ao dia, ou seja, aproximadamente seis xícaras de café. (KATZUNG)
Em doses comumente consumidas, a cafeína atua bloqueando a ação da adenosina
endógena em seus receptores: A1 e A2A, que são neurotransmissores ou neuromoduladores que
produzem sedação por inibição da liberação de vários neurotransmissores, como norepinefrina,
dopamina, acetilcolina e GABA. Assim, a cafeína tem a capacidade de bloquear este efeito
inibitório, e como conseqüência, há grande ativação dos neurotransmissores aumentando a
atividade neuronal em várias áreas do cérebro e interagindo com transmissão dopaminérgica, com
diferente mecanismo se comparado às demais drogas estimulantes como a cocaína e anfetamina,
![Page 5: EXTRAÇÃO DA CAFEÍNA DO GUARANÁ](https://reader036.vdocuments.com.br/reader036/viewer/2022081718/5571f90449795991698e9a66/html5/thumbnails/5.jpg)
4
porém não aumenta a liberação de dopamina e também não leva a um aumento da ativação da
neurotransmissão dopaminérgica. (FIGLIE, 2004; GOODMAN, 2005)
![Page 6: EXTRAÇÃO DA CAFEÍNA DO GUARANÁ](https://reader036.vdocuments.com.br/reader036/viewer/2022081718/5571f90449795991698e9a66/html5/thumbnails/6.jpg)
5
2 OBJETIVO
Extrair a cafeína a partir do pó de guaraná com a utilização de solventes e observar em
microscópio a formação de cristais.
![Page 7: EXTRAÇÃO DA CAFEÍNA DO GUARANÁ](https://reader036.vdocuments.com.br/reader036/viewer/2022081718/5571f90449795991698e9a66/html5/thumbnails/7.jpg)
6
3 MATERIAIS E REAGENTES
Pipeta, pêra, Erlenmeyer, funil de Bushner, algodão, balança, lâmina, microscópio, ácido
clorídrico 0,1M, hidróxido de amônio concentrado, clorofórmio e guaraná em pó.
![Page 8: EXTRAÇÃO DA CAFEÍNA DO GUARANÁ](https://reader036.vdocuments.com.br/reader036/viewer/2022081718/5571f90449795991698e9a66/html5/thumbnails/8.jpg)
7
4 MÉTODOS E RSULTADOS
Foram pesados 4g de pó de guaraná e transferidos para um Erlenmeyer de 125 mL. Então,
foram adicionados 20 mL de ácido clorídrico 0,1 M e agitou-se a mistura constantemente durante
15 minutos. Esta mistura foi filtrada em um funil com algodão e ao filtrado foi adicionado 1 mL
de hidróxido de amônio concentrado juntamente com 15 mL de clorofórmio. Após uma
homogeneização de todos os constituintes, a solução foi transferida para um funil de separação.
Quando houve uma separação visível das partes, a parte inferior foi retirada para um
Erlenmeyer. Foram adicionados mais 15 mL de clorofórmio e a solução foi transferida
novamente para um funil de separação.
Quando houve uma notável separação das partes, a parte inferior foi recolhida em um
Erlenmeyer e algumas gotas da amostra foram transferidas para uma lâmina de microscópio. As
gotas foram espalhadas e deixadas para evaporar. Ao microscópio foi observada a formação de
alguns cristais, que não alcançaram o comprimento cristalino esperado, mas deram uma
positividade aos resultados.
![Page 9: EXTRAÇÃO DA CAFEÍNA DO GUARANÁ](https://reader036.vdocuments.com.br/reader036/viewer/2022081718/5571f90449795991698e9a66/html5/thumbnails/9.jpg)
8
5 DISCUSSÃO
A cafeína possui propriedades básicas e por isso, pode ser extraída a partir da adição de
substâncias ácidas formando um sal orgânico. Por conseguinte, pode ser isolada e regenerada por
adição de base. A extração da cafeína é feita, então, por solventes orgânicos, como por exemplo,
o clorofórmio.
![Page 10: EXTRAÇÃO DA CAFEÍNA DO GUARANÁ](https://reader036.vdocuments.com.br/reader036/viewer/2022081718/5571f90449795991698e9a66/html5/thumbnails/10.jpg)
9
6 CONCLUSÃO
O experimento tem grande validade para a averiguação da presença de cafeína no pó de
guaraná, considerando a facilidade e simplicidade do método de extração.
A formação dos cristais não alcançou o comprimento esperado, mas tal resultado pode ter
sido influenciado por fatores como a qualidade do pó do guaraná ou manuseio durante o
procedimento. Mesmo assim, os resultados foram positivos e confirmaram a utilidade da técnica.
Tais experimentos causam entusiasmo aos estudantes que os praticam, pois os expõem em
contato com as matérias teóricas discutidas em sala de aula.
![Page 11: EXTRAÇÃO DA CAFEÍNA DO GUARANÁ](https://reader036.vdocuments.com.br/reader036/viewer/2022081718/5571f90449795991698e9a66/html5/thumbnails/11.jpg)
10
REFERÊCIAS
CARAVALHO, J. C. T. Formulário médico-farmacêutico de fitoterapia. 2ª Ed. São Paulo: Pharmabooks, 2005.
FIGLIE, N; BORDIN, S; LARANJEIRA, R. Aconselhamento em dependência química. 1ª ed, São Paulo: Roca, 2004.
GOODMAN, L.; GILMAN, A. As bases farmacológicas da terapêutica. 11ª ed, Porto Alegre: Artemed, 2005.
KATZUNG, B. G. Farmacologia básica e clínica. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
OLIVEIRA, F. de; AKISUE, G.; AKISUE, M. K. Farmacognosia. 1ª Ed. São Paulo: Atheneu, 2005.
ROBBERS, J. E.; SPEEDIE, M. K.; TYLER, V. E. Farmacognosia: biotecnologia. São Paulo: Premier.
TESKE, M.; TRENTINI, A. M. M. Herbarium: compêndio de fitoterapia. 3ª Ed, Paraná: Herbarium, 1997.
.