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Page 1: Exploração das potencialidades da Biosfera – Controlo de pragas

Exploração das potencialidades da Biosfera – Controlo de pragas

Escola Secundária de Monserrate

Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Biologia ano lectivo 2009/2010

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Objectivos do trabalhoPara a elaboração deste trabalho foram definidos

como objectivos principais os seguintes tópicos:

• Demonstrar a influência das pragas no nosso quotidiano e a importância do seu controlo;• Evidenciar alguns exemplos de pragas;• Exemplificar as diversas formas de combate às pragas;• Provar a presença em grande escala e diária de pragas

assim como os métodos utilizados no seu combate com recurso a notícias de jornais;• Enriquecer o espírito de equipa e o trabalho em grupo.

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Praga Uma praga é a abundância de

indivíduos de uma espécie indesejável que, invadindo as culturas ou explorações, competem com o Homem pela obtenção de alimentos ou disseminam doenças. Estima-se que cerca de 15% da produção primária mundial de alimentos é destruído por pragas.

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Praga do Escaravelho da Palmeira

Rhynchophorus ferrugineus

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Escaravelho da palmeira ataca árvores em Setúbal

“A Câmara de Setúbal vai iniciar segunda-feira uma acção para tentar prevenir a propagação da praga do "escaravelho da palmeira", depois de ter detectado uma árvore infestada no Parque do Bonfim. Os serviços municipais não só abateram a palmeira como procederam à sua incineração, já que além de provocar a morte das árvores, esta nova praga - Rhynchophorus ferrugineus - apresenta risco de fácil propagação, assegurando a autarquia não haver perigo para a saúde pública.Ainda assim, o aparecimento em Setúbal desta espécie, que chegou a Portugal oriunda do Norte de África - dando os primeiros sinais de destruição no Algarve - é adjectivada de "preocupante" pelo vereador do Ambiente, Rui Higino, que justifica assim a decisão de se proceder ao abate do exemplar infestado. A autarquia detectou o problema durante uma monitorização junto dos espaços verdes do concelho, assegurando que, até momento, não haverá mais casos nos espaços públicos do concelho, onde segunda-feira são iniciados trabalhos de prevenção, com a aplicação dos produtos químicos adequados e a colocação de armadilhas biológicas à base de feromonas (substâncias químicas).Quanto às zonas privadas, a autarquia alerta os proprietários que estejam atentos aos sintomas relacionados com a doença, como a queda súbita das folhas, surgimento de coloração amarelada, buracos de cor avermelhada viscosa e cheiro forte, aspecto remexido nas folhas da coroa, galerias de um a dois centímetros nas folhas, larvas de cor esbranquiçada e cabeça de cor castanho-escuro e escaravelhos de dois a cinco centímetros de comprimento.”

In Diário de Notícias, 9 de Janeiro de 2010

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Praga da Filoxera Daktulosphaira vitifoliae

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O Douro vinhateiro não é só paisagem

“E há também a vinha pré e pós filoxera: uma praga que no século XIX provocou incalculáveis prejuízos à produção daquela região, e que só foi contornada através de excertos de vinha americana nas vides do Douro, por ser a única que resitia à praga. A vinha da fase pré-filoxera pode ser ainda encontrada fundamentalmente em São João da Pesqueira.”

In Jornal de Noticias, 9 de de Julho de 2004

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Praga da Flavescência Dourada

Scaphoideus titanus Ball

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“Depois da doença do nemátodo do pinheiro, o Ministério da Agricultura tem pela frente uma nova praga com efeitos também potencialmente devastadores, neste caso para a vinha.

Chama-se Flavescência Dourada (FD), é provocada por um fitoplasma (um vírus) que tem como transmissor um insecto da família das cicadelas, o Scaphoideus titanus Ball. Este vírus, além de originar uma diminuição gradual do rendimento das vinhas, pode levar à morte das videiras em apenas três anos.A situação está a causar algum alarme, sobretudo na região dos vinhos verdes, onde já foram detectados vinhedos infectados. O risco da praga é tal que, anteontem, a Câmara de Amares reuniu-se com alguns viticultores. Num outro quadro, ontem, a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) juntou várias associações do sector vitivinícola, em Lisboa, para analisar a situação. A Flavescência Dourada transmite-se, naturalmente, de uma cepa a outra por intermédio do insecto vector. Basta este alimentar-se de uma videira infectada com o vírus para desencadear uma contaminação em cadeia, reproduzindo o vírus em todas as videiras que venha a picar. Na Europa, o Scaphoideus titanus Ball - que é um organismo de quarentena, sujeito a controlo fitossanitário fronteiriço - foi identificado pela primeira vez no Sul de França, na região de Armagnac, mas a primeira epidemia da Flavescência Dourada surgiu em Gascogne, nos anos 50. Nessa altura, o insecto já se tinha estabelecido em todo o Midi de França, no Norte de Itália e no Tessin, na Suíça.”

In Público, 17 de Julho de 2008

Vinhas do Norte ameaçadas por praga que pode ser devastadora

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Praga do Nemátode do Pinheiro

Bursaphelenchus xylophilus

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Praga destrói pinhais de Coimbra

“O nemátode da madeira do pinheiro, é um verme microscópico que mede menos de 1,5mm de comprimento, sendo considerado um dos organismos patogénicos mais perigosos para as coníferas a nível mundial, pois é o agente causal da doença da murchidão dos pinheiros, originando a morte das árvores afectadas.

A Autoridade Florestal Nacional (AFN) publicou em Edital a obrigatoriedade de corte dos pinheiros em várias freguesias de 11 concelhos do distrito de Coimbra, por causa da praga do pinheiro.

Em causa estão as árvores afectadas por nemátode nas freguesias de Arganil, Coja, Pomares, Pombeiro da Beira, S. Martinho da Cortiça, Sarzedo e Sacarias, no concelho de Arganil; Vilamar (Cantanhede); São Paulo de Frades (Coimbra); Cadafaz, Góis, Vilanova do Ceira (Góis); Gândaras, Serpins (Lousã); Vila Nova (Miranda do Corvo); Lagares da Beira, Lourosa, S. Gião (Oliveira do Hospital); Vidual (Pampilhosa da Serra); Carvalho, Oliveira do Mondego, Penacova, S. Pedro de Alva, Sazes do Lorvão (Penacova); Santa Eufemia, Pondentes (Penela); Carapinha, Covas, Covelo, Mouronho, S. João da Boavista, Tábua (Tábua); Santo André e S. Miguel (Vila Nova de Poiares).

No documento oficial, a AFN, refere que a doença do pinhal "pode colocar em risco a floresta de pinho nacional e deste modo a economia florestal". Desta forma, os proprietários florestais são notificados para "procederem ao abate e remoção das árvores afectadas pelo nemátode e das que apresentam sintomas de declínio (vulgo secas ou a secar), que se localizarem na sua proximidade".

Os técnicos da AFN vão agora marcar com uma faixa branca as árvores afectadas com a doença do pinheiro, "devendo ser abatidas estas, bem como todas as que apresentem sintomas de declínio naquela área, no prazo máximo de 10 dias a contar da data da notificação".

Para além do abate os proprietários florestais são responsáveis pela eliminação de sobrantes e o transporte das árvores.”In Expresso, 14 de Novembro de 2008

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Empresas florestais denunciam praga no Pinhal de Leiria

“A praga do nemátodo da madeira do pinheiro (NMP) já chegou ao histórico Pinhal de Leiria, onde está a provocar a morte a dezenas de árvores, denuncia o presidente da Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA), Pedro Serra Ramos. Uma situação que, refere o responsável, "demonstra" que as medidas tomadas pelo Ministério da Agricultura para conter a propagação da doença "não foram as mais adequadas"."Há sinais claros de que muitas árvores estão a morrer no Pinhal de Leiria, afectadas pelo nemátodo. Basta passar na região para se ver que existem árvores mortas dos dois lados da estrada", diz o presidente da ANEFA, alertando que a doença "tende a alastrar-se por todo o território nacional, colocando em risco centenas de empresas e de trabalhadores".De acordo com Pedro Serra Ramos, uma vez atingido o emblemático Pinhal de Leiria - uma vasta zona com cerca de 15 milhões de árvores espalhadas por 11 mil hectares -, Portugal corre o risco de ver "destruído todo o legado em termos de fileira de pinho". No distrito de Leiria já havia sido detectada a presença do NMP na Mata Nacional de Valado de Frades (Nazaré) e no Juncal (Porto de Mós). Salientado o esforço feito ao nível da investigação e da fiscalização, Manuel Mota diz que outro passo importante para combater a doença é "terminar com o ambiente crispado entre as associações e o Estado, e todos compreendermos que somos poucos para minorar este grave problema". ”

In Diário de Noticias, 22 de Setembro de 2009

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Praga da Pulga do CarvalhoAltica quercetorum

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Uma praga de dimensões inéditas ataca as florestas portuguesas

“O verde exuberante do carvalho-alvarinho do Noroeste de Portugal desapareceu no passado Verão. Copas

secas, folhas reduzidas ao esqueleto das nervuras, bosques de folhagem castanha como se tivesse chegado um Outono prematuro: estes são os sinais e o panorama deixados por uma praga de insectos que nunca havia atacado as florestas portuguesas com semelhante intensidade. Em Lafões e Celorico de Basto, onde prosperavam estes carvalhais, já praticamente não se encontra uma só destas árvores ainda saudável.

O agente biótico responsável por este enorme dano ecológico é uminsecto chamado Altica quercetorum (em vernáculo, “pulga” ou”pulguinha-dos-carvalhos”), filiado na ordem dos coleópteros e nafamília dos crisomelídeos, apresentando dimensões do insecto adulto entre 3,5 a 5,0 mm. Uma vez sobre um hospedeiro, consome comvoracidade o parênquima foliar, isto é, os tecidos vivos entre asepidermes e as nervuras das folhas. Quando encontra boas condiçõesbiofísicas - invernos pouco húmidos, muita insolação - ocorre umaexplosão demográfica e, para alimentar as suas imensas coortes, chegaa devorar mais de 95% da folhagem das árvores, deixando-as incapazes de fotossintetizar e de respirar devidamente. Não raras vezes chega aganhar alento para atacar também outras espécies como carvalhos-pardos, sobreiros, cerquinhos, amieiros, aveleiras e salgueiros.Embora a pulguinha-dos-carvalhos, por si só, dificilmente consiga matar ohospedeiro, o facto é que o debilita de um modo que o deixa vulnerávela toda a sorte de agentes patogénicos letais.

No território português, os primeiros ataques desta praga foram registados em 1991, sem necessidade de especiais medidas de defesa fitossanitária. Porém, face à paisagem confrangedora que em Agosto de 2009 formaram os carvalhais ressequidos de Lafões e de muitos outros locais do norte e centro do país, urge reconhecer oficialmente a ocorrência desta praga e encetar, quanto antes, o controlo apropriado. Quanto mais cedo as autoridades florestais o fizerem, melhor hão-de mitigar uma mais que provável propagação a outras regiões do país, e o eventual contágio a outras importantes espécies da nossa flora arbórea.”

Pedro Bingre (adaptado)Excerto retirado Jornal Quercus

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Praga da Processionária do

Pinheiro Thaumetopoea

pityocampa Schiff

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Luta química – Biocidas ou pesticidas

Pesticida: substância química que controla ou elimina organismos vivos indesejáveis ao Homem, ou seja, utilizado no controlo de pragas.

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Principais agentes pesticidas

Características e modo de actuação

Insecticidas Eliminam insectos e podem actuar de diferentes formas: Contacto, penetrando através da cutícula; Ingestão, sendo absorvidos com os alimentos; Asfixia; Insecticidas sistémicos, são transportados pela seiva das plantas e são

absorvidos simultaneamente com a seiva pelos insectos consumidores.

Herbicidas Herbicidas totais - eliminam todas as plantas, mas o seu uso na agricultura é limitado.

Herbicidas selectivos - actuam apenas sobre determinadas espécies e podem:

– Inibir a germinação das sementes, impedindo o desenvolvimento das plântulas (embrião vegetal já desenvolvido e ainda encerrado na semente);

– Bloquear a fotossíntese.

Fungicidas Combatem fungos, como o míldio e o oídio, entre outros, que parasitam plantas: Inibindo a germinação de esporos; Destruindo os fungos que vivem sobre as plantas e impedindo a sua

reprodução.

Raticidas Veneno de elevada toxicidade utilizado para exterminar ratos e roedores em geral .

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Os pesticidas caracterizam-se pelo seu espectro de acção e persistência

Espectro de acção – está relacionado com a quantidade de espécies para as quais o pesticida é tóxico.

Persistência – é dada pelo intervalo de tempo que o pesticida permanece activo. Pesticidas com grande persistência podem permanecer activos durante alguns anos e pesticidas com baixa persistência estão activos durante apenas algumas horas.

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Vantagens dos pesticidas:

• Controlam de forma eficiente as pragas;

• Previnem a morte de milhões de pessoas ao controlar insectos responsáveis pelo desenvolvimento de doenças;

• Permitem salvar muitas culturas que seriam destruídas por pragas;

• Diminuem a erosão dos solos e dos trabalhos dos agricultores, visto que não há necessidade de remover ervas daninhas;

• Actuam rapidamente;

• Os custos são recompensados pela grande produção obtida;

• Facilitam os trabalhos agrícolas.

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Desvantagens dos pesticidas:

Contaminam o solo e a água;

Causam doenças;

Provocam intoxicações;

Afectam os ecossistemas;

Podem eliminar os predadores naturais da praga;

Causam resistência genética nos organismos alvo;

Acarretam elevados custos económicos elevados;

Necessitam de estudos prévios à sua utilização;

Podem originar novas pragas ao eliminar predadores;

Originam fenómenos de bioacumulação e bioampliação.

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ADVID quer reduzir químicos na viticultura do Douro

“A Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID) quer implementar a biodiversidade funcional nas vinhas do Douro, através da introdução de plantas autóctones que vão dar sustento a insectos que se alimentam das pragas das culturas.

"O benefício que se pretende alcançar será o da redução do número de tratamentos a efectuar contra pragas, através do incremento da actuação dos seus inimigos naturais", afirmou hoje à Agência Lusa Fernando Alves, um dos responsáveis pela ADVID.

Ao projecto da ADVID associou-se a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), através da investigadora Laura Alves. A docente explicou que a biodiversidade sustentável tira partido da implementação das infraestruturas ecológicas, ou seja das plantas autóctones como a madressilva ou roseiras bravas, junto das vinhas. "No fundo é instalar na exploração essas infra-estruturas que depois vão embelezar a exploração e dar sustento a um conjunto grande de animais, como insectos, que nos interessam manter", salientou.

Esses insectos ou auxiliares alimentam-se das pragas das culturas, combatendo-as e fazendo com que os agricultores deixem de ter necessidade de fazer "tantos tratamentos químicos". "Este aspecto é particularmente actual numa fase em que se assiste a uma redução drástica do número de substâncias activas disponíveis para a protecção das culturas, em consequência da reavaliação em curso na União Europeia", salientou Fernando Alves.

A docente acrescentou que "havendo menos resíduos de pesticidas no alimento sai a ganhar o ambiente e o consumidor", frisou.”

In Diário de Noticias, 21 de Maio de 2009

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Estudo científico revela que a água do Alqueva é tóxica

“A água do Alqueva está contaminada por insecticidas e pesticidas, cuja concentração pode perigar a saúde humana e ultrapassa os limites europeus, revela um estudo de um grupo de investigadores da Universidade de Aveiro.

De acordo com o estudo científico a que a Lusa teve acesso, foi detectada "a presença de níveis perigosos de insecticidas no Rio Guadiana e que podem representar perigo para a saúde humana".

O estudo foi levado a cabo por investigadores do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) e do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, em colaboração com outros colegas portugueses, e destinava-se a determinar os efeitos sobre organismos aquáticos de pesticidas presentes na água do Rio Guadiana. “

In Diário de Notícias, 17 de Junho de 2009

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BioampliaçãoBioacumulação

Consiste na absorção e armazenamento das moléculas do pesticida , em tecidos ou órgãos específicos, numa concentração mais elevada do que aquela que seria de esperar. Tal acontece pois existindo pesticida no meio, quando os seres vivos consomem água ou outros organismos que já o absorveram, podem acumulá-lo nos seus tecidos.

Consiste no aumento da concentração do pesticida, de nível trófico para nível trófico, ao longo das cadeias alimentares, ou seja, organismos de níveis tróficos superiores têm concentrações nos seus tecidos superiores aos dos organismos de níveis tróficos mais baixos.

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Luta Biológica

Controlo que envolve a introdução de inimigos naturais que eliminam ou reduzem uma população animal ou vegetal que representa uma praga.

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Vantagens da Luta Biológica

• É especifica para a praga ou doença a combater;

• Pode perpetuar-se a sua acção;

• Não levanta problemas de toxicidade para outros organismos;

• Minimiza a resistência genética;

• Não é dispendiosa.

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Desvantagens da Luta Biológica

• Pode levar anos de investigação;

• Muitas vezes a acção é lenta e é mais difícil de aplicar do que os pesticidas convencionais;

• Os organismos auxiliares devem ser protegidos dos pesticidas;

• Os inimigos naturais utilizados para combater a praga podem multiplicar-se em alguns casos, tornando-se eles próprios uma praga.

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Os biopesticidas são seres vivos utilizados na luta contra pragas que produzem toxinas especificas e biodegradáveis.

Dentro do grupo dos biopesticidas podemos encontrar organismos auxiliares.

Biopesticidas

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Exemplos de organismos auxiliares

Alimentam-se de outros insectos e larvas que consomem grandes quantidades de culturas.

Os morcegos devem ser preservados pois alimentam-se de grandes quantidades de insectos funcionando como controladores naturais.

Algumas vespas são utilizadas como importantes controladores biológicos pois atacam outras espécies que se constituem como pragas.

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Feromonas

Estas desencadeiam uma reacção fisiológica ou um comportamento específico em animais da mesma espécie quando libertadas pois permitem o reconhecimento mútuo e sexual dos indivíduos.

As feromonas são substâncias químicas produzidas por certos animais que permitem estabelecer comunicação.

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Duas abordagens distintas:• Feromonas da espécie que causa a praga;• Feromonas de uma espécie predadora da praga.

Controlo de pragas por feromonas

Vantagens Desvantagens

• Altamente específicas;• São eficazes em pequenas

quantidades;• A possibilidade de causarem

resistência genética é mínima;• Não são perigosas para outras

espécies.

• São dispendiosas;• O processo de investigação para

identificar, isolar e produzir uma feromona para cada praga ou predador é demasiado lento.

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Esterilização

Técnica de controlo de pragas alternativa ao uso de pesticidas.

Machos de insectos criados em laboratório e tornados estéreis são libertados numa zona infestada pela sua espécie.

O seu acasalamento com as fêmeas não produz descendência e a população da praga diminui.

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Criação de machos

esterilizados

Radiações ionizantes

Métodos químicos

Métodos físicos

Colocação dos machos no

meio da praga

Competição entre os machos

AcasalamentoFormação de ovos inviáveis

Não origina descendência

Diminuição da praga

Processo da esterilização de insectos

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Luta Integrada

Avaliação e conhecimento do sistema ecológico formado pela cultura, pragas que atacam, inimigos naturais, condições ambientais, entre outros, que não tem como objectivo a sua erradicação mas sim a sua gestão controlada.

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Esquema demonstrativo do processo de luta integrada no controlo de pragas.

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Controlo GenéticoA engenharia genética possibilitou

através da técnica do DNA recombinante a transferência de genes para uma espécie que codificam biopesticidas que vão proteger futuras espécies.

Alguns exemplos de biopesticidas são as toxinas Bt (utilizadas para criar o milho Bt), quitinases e lisozimas.

A transformação genética permite aumentar e especificidade, eficiência e estabilidade dos biospesticidas e já foi testada em várias espécies de plantas, como o tomateiro, o milho e o algodão.

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Vantagens dos OGM

• Aumentam a produtividade das culturas;

• Reduzem o impacto ambiental da aplicação de pesticidas sintéticos;

• Melhoram a qualidade dos alimentos .

Desvantagens dos OGM

• A transferência de genes estranhos para espécies selvagens pode introduzir desequilíbrios nos ecossistemas.

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Somos o 4.º maior produtor de milho alterado da EU

“Portugal é o quarto país da União Europeia com maior área de cultura ocupada por alimentos transgénicos, com 4856 hectares de milho BT (o gene da planta provém da bactéria Bacillus thurigiensis, que o torna resistente à broca, verme responsável pela destruição de várias culturas), no ano passado. Este valor representa um acréscimo de 8% em relação ao ano de 2007, e o nosso país apenas é ultrapassado pela Espanha, República Checa e Roménia.

O cultivo de variedades de milho geneticamente modificadas em Portugal tem vindo a ser feito desde 2005. Os agricultores que decidem plantar milho transgénico estão obrigados ao cumprimento de determinados requisitos administrativos e técnicos. Por exemplo, têm de participar numa acção de formação; notificar as direcções regionais da Agricultura e Pescas do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas que praticam o cultivo de milho geneticamente modificados e cumprir as normas técnicas que asseguram o isolamento desses campos dos outros cultivados com variedades convencionais. “

In Diário de Notícias, 9 de Agosto de 2009

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Milho transgénico não é 'papão'

“A coexistência entre o milho transgénico cujo cultivo está autorizado em Portugal e o orgânico (ou não geneticamente modificado) pode afinal ser pacífica, se as distâncias no terreno e as regras de segurança forem observadas no seu cultivo.

Este é o veredicto de um estudo científico realizado no último ano pelo Centro de Informação de Biotecnologia (CIB), em três regiões do País e em situação real de cultivo. Para o coordenador do estudo e presidente do CIB, Pedro Fevereiro, a lição a tirar para a actividade agrícola no País é óbvia. "Não se vislumbra nenhuma razão para questionar a utilização desta tecnologia, pelo menos para esta variedade de milho, e nestas condições". Dito de outra maneira, "recusar este recurso aos agricultores portugueses é recusar-lhes competitividade".

As variedades em causa são o milho BT. As suas sementes foram geneticamente modificadas para passarem a integrar um gene que permite à planta sintetizar uma proteína que inibe o desenvolvimento de uma larva destrutiva: a broca. Em algumas regiões, como o Baixo Mondego, esta larva chega a contaminar 50% por cento dos campos de milho.

Depois de uma moratória de cinco anos em relação ao cultivo de transgénicos nos países da União Europeia, a Comissão decidiu em Setembro de 2004 aprovar estas variedades de semente de milho BT. O primeiro ciclo agrícola está completo. "Os nossos resultados corroboram os estudos em Espanha, Brasil, Canadá e outros países", garante Pedro Fevereiro.

A investigação foi conduzida em campos de um hectare semeados com milho transgénico, rodeados por campos de igual dimensão com milho não transgénico, e decorreu em três regiões do País: Baixo Mondego, Lezíria Ribatejana e Odemira.

O CIB defende agora a criação de um conselho nacional de biossegurança para acompanhar a adopção da biotecnologia na agricultura portuguesa.

Este ano foram cultivados no País mil hectares de milho transgénico, cuja produtividade total ascendeu a 12 mil toneladas, cujo destino é a ração para gado. “

In Diário de Notícias, 18 de Maio de 2006

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Bibliografia

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• Ribeiro, Elsa; Silva, João Carlos; Oliveira, Óscar (2009), Bio Desafios. Porto, Edições Asa.

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11/05/2010• http://www.seedquest.com/News/releases/2008/march/22017.htm, 11/05/2010

Page 46: Exploração das potencialidades da Biosfera – Controlo de pragas

Fim!

Trabalho realizado por:• Joana Oliveira nº8• João Viana nº10• Manuel Silva nº15• Raquel Saraiva nº18 • Viviana Ribeiro nº22

12ºF Professora: Fátima Heleno


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