Relatório
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Engenheiros Informáticos do IST
no mercado de trabalho
Ano Lectivo 2005/2006
Pelos alunos, António Martins – Nº50962 Henda Carvalho – Nº50999 José Fernandes – Nº51030 Márcio Spínola – Nº51044 Nuno Próspero – Nº51054 Pedro Carrilho – Nº51063
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Agradecimentos
Gostaríamos de agradecer ao Prof. Vítor Rodrigues pelo lançamento dos esboços deste projecto
e ao Prof. Carlos Monteiro pela oportunidade que nos facultou ao integrá-lo na cadeira de
Marketing.
A todos os colaboradores das empresas que contactámos pessoalmente, um muito obrigado pelo
tempo disponibilizado e pelas preciosas sugestões que permitiram tornar este trabalho mais que um
estudo estatístico.
Obrigado à Dra. Ângela Martins, responsável pelo recrutamento da Microsoft Portugal, que
ajudou na revisão do inquérito e forneceu informações e sugestões muito úteis sobre modelos de
competências e estudos de Inteligência Emocional.
Ao Gabinete de Estudos e Planeamento do Instituto Superior Técnico os nossos agradecimentos
por ter fornecido o modelo de inquérito, que adoptámos.
Obrigado à empresa OutSystems por ter fornecido uma lista exaustiva de soft skills e
competências técnicas, assim como a infra-estrutura para o inquérito online.
Ao Professor Don Dillman da Universidade de Washington, agradecemos as referências e
sugestões dadas na temática dos web-surveys.
Um agradecimento final a todas as empresas que responderam ao inquérito online e que
contribuíram com dados essenciais para a realização deste estudo.
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Índice
Acrónimos..................................................................................................................... 4
1. Introdução ..................................................................................................................... 5
2. A importância da Inteligência Emocional e das soft skills ........................................... 6
3. O Portfólio Pessoal ....................................................................................................... 8
O Conceito .....................................................................................................................8
Objectivos ......................................................................................................................8
Funcionamento ..............................................................................................................9
4. Análise da estratégia utilizada por outras universidades ............................................ 10
5. Elaboração do Inquérito.............................................................................................. 11
Considerações adicionais sobre o inquérito................................................................ 12
6. Metodologias utilizadas na elaboração do estudo....................................................... 13
7. Análise e resultados .................................................................................................... 17
Informações sobre a recolha ........................................................................................17
Análise dos resultados .................................................................................................18
Análise de Competências.............................................................................................25
8. Actividades e sugestões recolhidas............................................................................. 30
9. Conclusões .................................................................................................................. 32
10. Referências.................................................................................................................. 33
Anexos
Anexo I - Operacionalização das competências .................................................................. 36
Anexo II – Tendências de mudança..................................................................................... 41
Anexo III – Análise da Concorrência .................................................................................. 42
Comparação com Faculdades Nacionais .................................................................... 42
Comparação com Faculdades no Estrangeiro ............................................................. 46
Anexo IV – Folha de apresentação do estudo...................................................................... 52
Anexo V – Inquérito ............................................................................................................ 53
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Anexo VI – Tratamento dos dados ...................................................................................... 55
1. Caracterização das empresas inquiridas ...........................................................55
2. Caracterização da carreira dos Engenheiros Informáticos................................59
3. Caracterização das Áreas de Competências .....................................................62
4. Outras Considerações .......................................................................................65
5. Lista de Actividades Sugeridas.........................................................................72
Análise de Competências.............................................................................................75
Anexo VII – Análise dos Modos de Recolha de Informação .............................................. 97
Anexo VIII – Definição da Área Metropolitana de Lisboa ............................................... 101
Acrónimos
DEI – Departamento de Engenharia Informática (do IST)
GEP – Gabinete de Estudos e Planeamento (do IST)
IE – Inteligência Emocional
IST – Instituto Superior Técnico
LEIC – Licenciatura em Engenharia Informática e de Computadores
PME – Pequenas e Médias Empresas
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1. Introdução Este estudo surge da necessidade de ter um conhecimento mais aprofundado sobre as
competências dos Engenheiros da Licenciatura em Engenharia Informática e de Computadores do
Instituto Superior Técnico (IST), com especial incidência nas competências não técnicas (soft
skills). Para isso elaborámos um inquérito, a fazer junto das empresas, sobre as soft skills dos seus
colaboradores de Engenharia Informática.
Pretendemos com este estudo recolher algum feedback e ganhar sensibilidade sobre as
dificuldades e qualidades dos Engenheiros à saída do curso no seu primeiro contacto com o
mercado de trabalho. Consideramos ser proveitoso tanto para o IST na qualidade de instituição
formadora, como para as empresas que terão uma palavra a dizer sobre as competências
necessárias nos seus colaboradores recém formados.
Aproveitámos o estudo para analisar metodologias de recolha de dados usadas em estudos
estatísticos, tendo para isso realizado inquéritos online e pessoais. Os inquéritos são destinados a
empregados de empresas com um papel activo na contratação de novos colaboradores. O universo
do estudo são empresas localizadas na região de Lisboa e que contratam habitualmente
colaboradores de Engenharia Informática do IST. Foram realizados 39 inquéritos online e 18
inquéritos em entrevistas pessoais, perfazendo um total de 57 inquéritos realizados.
A Inteligência Emocional (IE) e as soft skills têm um papel cada vez mais importante na vida
das organizações e no desempenho dos seus colaboradores. O plano curricular da Licenciatura em
Engenharia Informática e de Computadores (LEIC) inclui uma componente obrigatória chamada
“Portfólio Pessoal” que permite ao aluno integrar formalmente no seu currículo um número de
valências adicionais, que complementam a sua formação técnico/científica. Este estudo vem
validar a utilidade dessa componente e fornecer um contributo para o aumento da vantagem
competitiva do Engenheiros Informático do IST à saída do curso. Fazemos também uma análise do
mercado, comparando com a estratégia adoptada noutras universidades de engenharia.
Terminamos o estudo com sugestões de actividades a desenvolver a nível académico, recolhidas
nas entrevistas pessoais às empresas, e complementadas com a análise dos resultados do estudo.
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2. A importância da Inteligência Emocional e das soft skills Competências são demonstrações observáveis e mensuráveis de características duma pessoa que a capacitam
para o desempenho eficaz de uma determinada função. Dito de outra forma, competências são o conjunto de
conhecimentos, capacidades (skills) e atitudes/comportamentos que influenciam directamente o desempenho
duma pessoa, contribuindo através da sua aplicação para o sucesso de um grupo/organização.
– José Bancaleiro
O objectivo mais importante de qualquer instituição de ensino é o desenvolvimento académico.
Com as crescentes solicitações e os paradigmas empresariais a mudar (ver Anexo II – Tendências
de mudança), os estudantes necessitam de mais; para levar uma vida saudável e produtiva a nível
académico, profissional e pessoal. Assim, é crucial que as instituições de ensino desenvolvam
aconselhamento e modelos que potenciem e desenvolvam o estudante tanto o nível académico e
cognitivo como o emocional e afectivo [1].
Estudos extensivos em escolas e organizações indicam que competências de inteligência
emocional (IE) são essenciais para realização pessoal, liderança e saúde pessoal. Goleman indica
que para elevados níveis de liderança a IE é um enorme factor de sucesso, muito mais relevante
que os meios tradicionais de inteligência ou liderança [2]. Outros estudos revelam que a IE é
essencial a todas as aprendizagens para obter os melhores resultados tanto em instituições
educativas como organizações.
No número 76 da Harvard Business Review [5] é citado um estudo que envolveu a análise de
188 modelos de competências de empresas, onde se dividiram as competências em três grandes
grupos, ou áreas de competência:
• Competências técnicas
• Capacidades intelectuais
• Inteligência emocional
Depois de analisados e comparados os itens com o desempenho real de líderes dessas empresas,
a inteligência emocional provou ser duas vezes mais importante do que os restantes.
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Já um outro estudo de Mccleland 96, referido por Bancaleiro [4], demonstrava que a ausência
das capacidades decorrentes da IE fazia cair as performances dos colaboradores, e
consequentemente das organizações, em 20%.
Existem modelos de gestão de competências, mais ou menos generalizados, e utilizados na
maioria das organizações e pelos seus gestores de recursos humanos. A nível individual costumam
ser usados para definir as competências necessárias a cada função e para cada colaborador. A nível
das organizações costumam ser menos utilizados, sendo que deverão servir para compreender as
competências críticas que estiveram na base competitiva das empresas no passado, e perceber
quais as competências críticas a adquirirem no futuro [4].
Perante estes dados temos de concordar que é preciso valorizar as competências da Inteligência
Emocional, sob a pena de estarmos a prejudicar o futuro das organizações e dos seus elementos.
Face a estes novos requisitos, o Departamento de Engenharia Informática (DEI) incluiu nos planos
curriculares uma componente chamada “Portfólio Pessoal”, que iremos analisar na próxima
secção.
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3. O Portfólio Pessoal
O Conceito
O Portfólio Pessoal é uma componente curricular que permite aos alunos integrar formalmente
no seu currículo um número de valências adicionais, que complementam a sua formação
técnico/científica [9].
A criação do Portfólio Pessoal como uma componente curricular vai ao encontro de
recomendações internacionais que indicam que a formação técnica dos alunos deve ser
complementada com uma sólida formação social e humanística.
Entre as actividades que contam com créditos para o currículo pessoal contam-se a
aprendizagem de línguas estrangeiras, cursos de comunicação oral e escrita, organização de
eventos, gestão associativa, etc.
Objectivos
Os objectivos centram-se inteiramente no aluno. De uma forma resumida, apresentamos as
metas a que a cadeira se propõe. O Portfólio Pessoal deve estimular os alunos a:
• Aprender por si próprios e cooperativamente, fora do contexto do ensino curricular,
preparando-os para a vida profissional e a aprendizagem ao longo da vida;
• Adquirir conhecimentos e competências pessoais (de expressão oral e escrita, culturais,
artísticas, desportivas, linguísticas, etc.), e de trabalho em equipa, organizacionais e
sociais;
• Adquirir progressivamente maior maturidade e profissionalismo, capacidades de gestão
e liderança e de reflexão sobre a prática;
• Contribuir para uma maior inserção / responsabilização dos estudantes na vida e
imagem do DEI / IST e na própria gestão dos portfólios.
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Funcionamento
O Portfólio Pessoal entrou no plano curricular da Licenciatura no semestre de Inverno de
2003/2004.
Em termos curriculares, corresponde a 6 cadeiras distribuídas pelos últimos 6 semestres da
licenciatura. Os estudantes devem efectuar uma actividade semestral (excepcionalmente pode
aceitar-se uma actividade anual) e apresentar dois relatórios no final do semestre:
• Relatório de Actividade – em que relatam com algum detalhe a actividade que
realizaram, referindo pormenores concretos à semelhança de uma reportagem
jornalística;
• Relatório de Aprendizagens – o aluno é convidado a expressar as aprendizagens que
pôde retirar da actividade.
O aluno deve realizar actividades diversificadas (abrangendo diferentes áreas) ao longo dos
vários anos de modo a alargar o espectro de competências desenvolvidas. É recomendado que a
complexidade das actividades seja crescente, começando por actividades simples, passando a
actividades de coordenação, e terminando (alguns) com actividades de aconselhamento, gestão e
apoio à avaliação.
A coordenação e avaliação dos Portfólios é assegurada por um corpo docente que pode contar
com o apoio de estudantes finalistas. Todos os docentes podem (e devem) propor projectos para
serem integrados em Actividades de Portfólio de estudantes.
A avaliação final tem dois valores possíveis: “Aprovado” ou “Não aprovado”, que embora não
contem para a média final do curso são obrigatórios. O aluno para concluir o curso deve possuir 6
créditos de Portfólio Pessoal.
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4. Análise da estratégia utilizada por outras universidades Neste capítulo fazemos uma análise do que é feito noutras universidades, portuguesas e
internacionais, para desenvolver e potenciar as soft skills nos seus alunos. O levantamento
exaustivo do que é feito noutras universidades pode ser consultado no Anexo III – Análise da .
Comparação com Universidades Nacionais
No actual plano nacional, é a Universidade de Coimbra que dá mais ênfase às áreas
complementares, seguida da Universidade Nova de Lisboa. A maneira habitual de dotar os alunos
de soft skills é disponibilizando cadeiras opcionais noutras áreas (como por exemplo Ciências
Humanas e Sociais) ou, como a Universidade de Coimbra, ter cadeiras obrigatórias de áreas como
Comunicação e Profissão, Processos de Gestão ou Gestão de Empresas, complementadas com as
actividades de alunos pelo LAGE – Laboratório de Gestão [18].
De uma forma geral as Universidades de Engenharia portuguesas que facultam o curso de
Engenharia Informática, ou similar, ainda dão pouca importância às soft skills.
Comparação com Universidades no Estrangeiro
As Universidades no Estrangeiro analisadas foram essencialmente as do CLUSTER [14], da
qual o IST faz parte, e ainda o Massachusetts Institute of Technology e a Universidad Politécnica
de Madrid.
5 das 10 universidades estudadas não apresenta qualquer referência a cadeiras ou actividades
que potenciem competências não técnicas. Apesar disso, as que potenciam estas competências
apresentam um vasto conjunto de cadeiras opcionais e algumas obrigatórias, das quais se destaca o
Imperial College London com uma formação complementar muito rica. A universidade Kungl
Tekniska Högskolan de Estocolmo é outra universidade do CLUSTER que dá muita importância
às soft skills.
Da pesquisa efectuada não encontrámos qualquer referência a outras Universidades,
portuguesas ou estrangeiras, que utilizem uma metodologia similar ao Portfólio Pessoal da
Licenciatura em Engenharia Informática e Computadores do IST, para potenciar as soft skills.
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5. Elaboração do Inquérito O inquérito final foi o resultado de vários passos, descritos seguidamente:
1. Definição do objectivo do trabalho e âmbito do mesmo.
2. Elaboração de uma folha de apresentação do nosso estudo, a apresentar às empresas (que
consta do Anexo 4).
3. Investigação de métodos de elaboração de inquéritos e possíveis métodos de análise
estatísticos, associados à forma de fazer cada pergunta. Nesta fase analisaram-se inquéritos do
Gabinete de Estudos e Planeamento (GEP) do IST, para ter algumas linhas de orientação.
4. Levantamento das competências. Este foi o processo mais exaustivo e demorado, tendo sido
alvo de várias alterações e refinamentos.
a. Análise da folha de competências de uma empresa (OutSystems, SA), usada na
avaliação 360 dos seus colaboradores.
b. Cruzamento com as competências encontradas no site da cadeira de Portfólio, da
Licenciatura em Engenharia Informática e de Computadores.
c. Construção de uma extensa lista de competências.
d. Divisão das competências por áreas, enquadrando-as em grupos, com o objectivo de
recolher dados com menor granularidade.
e. Triagem da lista de competências, para remoção das ambíguas, repetidas e dificilmente
avaliadas.
5. Construção de uma grelha com a lista de competências (a operacionalização das mesmas pode
ser consultada no Anexo 1), divididas por áreas, e com perguntas sobre: a valorização das
mesmas; a caracterização do Engenheiro Informático do IST; actividades e sugestões que
possam potenciar essas competências.
6. Realização do inquérito a duas empresas para teste e aferição do mesmo, notando alguns
problemas:
• demasiado longo e exaustivo devido ao grande número de competências;
• demasiada informação para o inquirido pensar e associar, começando a cortar
nas respostas;
• todas as competências eram importantes ou muito importantes, não podendo
assim prioritizar umas face a outras.
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7. Revisão do inquérito com a responsável pelos recursos humanos da Microsoft, Dra. Ângela
Martins. O resultado foi a remoção de algumas competências, alteração de alguns termos,
mudança de competências para outros grupos, adição de outras competências e recolha de
informação importante sobre estudos e modelos de competências. Outra das necessidades
identificadas foi a operacionalização das competências (ver Anexo I - Operacionalização das
competências).
8. Nova reformulação de algumas competências e maneira de inquirir sobre a valorização das
mesmas depois da pesquisa efectuada sobre Inteligência Emocional e modelos de
competências, de conhecidos autores da área como António Damásio [6] e Goleman [2].
Considerações adicionais sobre o inquérito
Nesta secção apresentamos alguns tópicos que nos guiaram durante a realização do inquérito:
• Os inquiridos devem desempenhar um papel activo na contratação de novos colaboradores
de Engenheiros Informática na empresa;
• As primeiras perguntas do inquérito têm como objectivo caracterizar o inquirido, a empresa
e a progressão na carreira dos seus colaboradores;
• Não fazer um inquérito demasiado longo, devido ao pouco tempo de que as empresas
dispõem, e porque não é fácil para o inquirido avaliar tantas soft skills tão diferentes;
• Como pretendemos elaborar um estudo estatístico objectivo, tentar fazer o inquérito com o
maior número de perguntas fechadas possível, facilitando assim a análise estatística;
• Deixar algumas perguntas abertas de modo a termos feedback das empresas sobre
actividades e sugestões que possam melhorar o desempenho dos Engenheiros Informáticos
do IST.
O inquérito final consta do Anexo 5.
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6. Metodologias utilizadas na elaboração do estudo Definição da Amostra
Para a realização do estudo, primeiro começámos por definir o universo de empresas a inquirir.
As empresas seleccionadas foram aquelas cuja área de negócio estivesse ligada às tecnologias de
informação ou que contratassem Engenheiros Informáticos do IST. Foi também escolhida como
área geográfica a Área Metropolitana de Lisboa (ver Anexo VIII – Definição da Área
Metropolitana de Lisboa) por ser a região em que são contratados a grande maioria dos
Engenheiros Informáticos do IST, e por haver uma grande concentração de empresas ligadas ao
sector informático nesta área. A escolha desta área geográfica facilitou também a realização dos
inquéritos presenciais.
De forma a obter a lista de contactos das empresas, correspondentes à especificação anterior,
foram realizadas diversas actividades:
• Cada um dos membros do grupo contribuiu com os contactos de empresas que possuía;
• Foram consultados sites de empresas;
• Foram feitas pesquisas na Internet em busca de bases de dados gratuitas, contendo
empresas que se adequassem aos critérios da amostra.
A terceira destas actividades foi a que permitiu obter melhores resultados. Para além destas
actividades, poderíamos ter consultado bases de dados pagas com empresas, contudo o custo destas
impossibilitou a sua utilização.
Neste processo foram recolhidos cerca de 663 contactos de empresas da área das Tecnologias
de Informação com actividade na Área Metropolitana de Lisboa
Métodos de recolha de dados
Para o preenchimento dos inquéritos utilizaram-se 3 métodos:
• Entrevistas Presenciais – este método permite uma maior eficácia devido à maior
interactividade com o entrevistado. Este método tem a desvantagem de consumir mais
recursos (em especial tempo). As entrevistas presenciais foram realizadas nas empresas
após convites enviados por e-mail ou contactos telefónicos;
• Web-surveys – a utilização da Internet como modo de recolha de informação é visto como
um método eficaz e de baixo custo, ideal para um estudo a larga escala. Alguns autores
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afirmam que “Não existe nenhum outro meio de recolher informação para estudos que
ofereça tanto potencial por tão pouco custo” [8]. Contudo existem diversos aspectos que
devem ser controlados para que os resultados não sejam comprometidos. Este método foi
concretizado através do envio de convites (por e-mail) às empresas para que estas
respondessem a um inquérito on-line;
• Mixed-mode – este método consiste na alternância do método de recolha de dados perante
respostas negativas de empresas. Ao ser recusada a resposta ao inquérito por um
determinado método (exemplo: entrevista presencial) é feito um segundo convite para o
mesmo inquérito mas utilizando um método de recolha de informação (exemplo: inquérito
on-line). Este método permite um aumento da taxa de respostas [16].
Uma discussão mais pormenorizada de cada um destes métodos de recolha de informação está
presente no Anexo VII – Análise dos Modos de Recolha de Informação.
Influência do Método de recolha de informação nos resultados
Um dos problemas levantados pela utilização de diversos modos de recolha de dados num
inquérito prende-se com o facto de muitas vezes o modo influenciar os resultados obtidos. Três
aspectos que contribuem para estas diferenças nos resultados são [16]:
1) A presença ou não de um entrevistador – a presença de um entrevistador poderá levar o
entrevistado a dar respostas que pareçam mais de acordo com o ponto de vista que se
assume ser o do entrevistador. Tendo em conta esta limitação, durante os inquéritos
presenciais, os entrevistadores tentaram não mostrar indícios de quais eram as suas
opiniões pessoais. No nosso estudo foram detectadas diferenças óbvias nas respostas de
acordo com a presença ou não de entrevistador.
Inquéritos recolhidos
Pessoalmente
Inquérito recolhidos
via Internet
Competências Analíticas 2.807 2.508
Organização Pessoal e Métodos de Trabalho 2.846 2.373
Competências Comportamentais 2.792 2.574
Comunicação e Relacionamento Interpessoal 2.444 2.361
Interesses Complementares 2.564 2.504
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Tabela 1 – Análise comparativa dos graus de satisfação para as diversas Áreas de Competências, entre os
Inquéritos realizados pessoalmente e via Internet.
Nas questões de avaliação dos Engenheiros Informáticos do IST, os inquéritos feitos
pessoalmente apresentaram níveis mais elevados de satisfação (uma possível razão poderá
ser a dificuldade do entrevistado em fazer avaliações mais negativas na presença do
entrevistador, dado que o entrevistador era alvo dessa mesma avaliação).
2) A comunicação usada ser visual (escrita) ou oral – aquando da escolha ou ordenação de
respostas o facto de comunicação das opções ser escrita ou oral poderá influenciar a
resposta dada. Quando as opções são comunicadas de forma visual o entrevistado tende a
focar-se nas primeiras opções usando-as como termo de comparação para as seguintes,
quando comunicadas oralmente o entrevistado poderá não reter as primeiras opções na
memória, concentrando a sua escolha nas últimas opções. De forma a contrariar esta
diferença, nos inquéritos presenciais, para as perguntas de ordenação ou de escolha de
opções, foi dada uma lista de opções aos entrevistados. Desta forma a comunicação foi
sempre visual diminuindo potencialmente as diferenças de resultados entre os diferentes
modos. Na Tabela 6 (ver Anexo VI – Tratamento dos dados – Análise de Competências) é
possível detectar algumas diferenças na forma como foram ordenadas as competências para
cada um dos métodos de recolha de informação. Apesar de haverem diferenças na ordem
de prioridades, não foi visível de que forma estas diferenças pudessem estar relacionadas
com o método de recolha de informação.
Dado o baixo número de inquéritos respondidos por Mixed-Mode (cerca de cinco empresas
recusaram responder ao inquérito presencialmente, aceitando depois responder ao inquérito on-
line) estes não foram analisados isoladamente dos restantes, sendo incluídos no conjunto de
inquéritos respondidos on-line dado que foi este o método aceite para a recolha dos dados.
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Limitações deste estudo
Neste estudo devem-se ter em conta as seguintes limitações:
• O número de empresas contactadas e a distribuição das mesmas não é o mesmo para cada
método de recolha de dados. Para uma melhor comparação entre os modos deveriam ter
sido usadas populações semelhantes em número e distribuição. Esta limitação deveu-se
principalmente à falta de recursos (tempo e pessoas) para que os inquéritos presenciais
fossem feitos em igual número aos inquéritos on-line;
• Um número de respostas obtidas mais elevado permitiria obter resultados estatisticamente
mais relevantes;
• A distribuição de empresas pelas áreas de negócio pode não corresponder à distribuição dos
alunos colocados por áreas de negócios. Esta limitação poderá deturpar os resultados
obtidos uma vez que não dá o peso correspondente às opiniões das empresas de cada área.
Esta limitação deveu-se ao facto de não existirem dados sobre a distribuição dos alunos da
LEIC por áreas de negócio, pelo que a distribuição foi feita de acordo com o conhecimento
empírico do grupo de trabalho acerca da colocação dos alunos no mercado de trabalho.
No Anexo VII – Análise dos Modos de Recolha de Informação apresentamos as limitações de
cada um dos métodos em maior detalhe.
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7. Análise e resultados Neste capítulo apresentamos a análise dos dados recolhidos das empresas da região
Metropolitana de Lisboa. Quando relevante, apresentamos também os resultados para os dados
recolhidos online e pessoalmente de modo a evidenciar possíveis diferenças de resultados
provenientes da metodologia utilizada. Para mais informações sobre o método de estudo
recomenda-se a consulta do capítulo 6 – Metodologias utilizadas na elaboração do estudo.
Os resultados exaustivos do estudo encontram-se no anexo Anexo VI – Tratamento dos dados.
Informações sobre a recolha
Informação da recolha pessoal:
Inquérito pessoal feito a 18 empresas. Estas empresas enquadram-se nas PME’s e grandes
empresas.
Informação da recolha on-line:
Número de visitas total ao site: 288
Número de inquéritos iniciados, mas não finalizados: 124
Número de inquéritos Finalizados: 39
Emails enviado para 663 empresas
Emails devolvidos cerca de 170, devido a erros nos destinatários
Emails efectivamente enviados cerca de 493
Percentagem de resposta ao inquérito on-line: 7,9%
10 dias após o primeiro envio voltámos a reenviar o e-mail para as empresas que ainda não
tinham respondido, tendo sido preenchidos mais 14 inquéritos e iniciados, mas não finalizados, 43.
Total de inquéritos feitos: 57
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Análise dos resultados
Esta secção tem como objectivo analisar os dados que obtivemos através dos inquéritos.
Note-se que, por motivos de legibilidade, não incluímos todos os gráficos que realizámos,
assim como efectuamos apenas a análise mais relevante.
Para análise mais exaustiva dos resultados obtidos, por favor consulte o Anexo VI –
Tratamento dos dados.
Caracterização das empresas inquiridas
As empresas inquiridas encontram-se distribuídas pelas seguintes áreas de actividades (tal
como indicado no gráfico 1): Telecomunicações, Banca e Seguros, Consultoria, Desenvolvimento
de Software e outras áreas (comercialização de produtos, etc...).
Área de actividade das empresas inquiridas
2% 4%
33%
36%
25%Telecomunicações
Banca e Seguros
Consultoria
Desenvolvimento deSoftware
Outros
Gráfico 1 - Gráfico correspondente às áreas de actividade das empresas inquiridas
Ingresso e Progressão na Carreira Não existe qualquer diferenciação no início de carreira de um recém-licenciado do IST e de
outra universidade. Os cargos ocupados centram-se sobretudo em tarefas de programação e
consultoria.
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Cargos ocupados pelosEng. Informáticos recém licenciados
34%
22%
15%
7%
7%
7%4% 4%
ProgramadorConsultor
EstagiárioAnalista
Engenheiro de Sistemas
TécnicoAdministrador de Sistemas
Helpdesk
Gráfico 2 – Gráfico correspondente aos cargos ocupados pelos Engenheiros informáticos recém licenciados
nas empresas contactadas
Ao fim de dois anos de actividade, os alunos da Licenciatura em Engenharia Informática e de
Computadores do IST (LEIC) alcançam cargos mais elevados que os engenheiros congéneres.
Nota-se um decréscimo nas áreas de programação e técnico de informática. Os dados obtidos
revelam que cerca de 12% dos engenheiros formados da LEIC, alcança cargos de gestão de
projectos ao fim de 2 anos.
Cargos Ocupados pelos Eng. Informáticosao fim de 2 anos
34%
22%
15%
12%
5%
5%5% 2%
Consultor
Analista
Programador
Gestor de Projecto
Técnico
Consultor Associado
Engenheiro Sistemas
Administrador de Sistemas
Gráfico 3 – Gráfico correspondente aos cargos ocupados por Engenheiros Informáticos ao fim de 2 anos de
actividade nas empresas contactadas
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Após 5 anos de actividade profissional, os engenheiros ocupam lugares de topo, como se pode
verificar no gráfico seguinte:
Cargos Ocupados pelos Eng. Informáticosao fim de 5 anos
37%
36%
13%
8%3% 3%
Consultor Sénior
Gestor de ProjectoAnalista
Programador SeniorInvestigador
Técnico
Gráfico 4 - Gráfico correspondente aos cargos ocupados por Engenheiros Informáticos
ao fim de 5 anos de actividade nas empresas contactadas
As empresas inquiridas mostraram bastante interesse em estabelecer uma relação mais próxima
com o Departamento de Engenharia Informática (DEI) do Instituto Superior Técnico.
Gráfico 5 – Gráfico correspondente à percentagem de empresas contactadas que estão interessadas em ter
estagiários do Departamento de Engenharia Informática do IST
Empresas interessadas em ter estagiáriosdo DEI/IST
88%
12%
Interessadas
Não interessadas
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Estas parcerias concretizam-se em Trabalhos Finais de Curso (remunerados ou não), estágios de
Verão, part-time, projectos de curta duração, obtenção de currículos dos alunos, etc. No
documento da reestruturação da LEIC [13] é criticada a natureza excessivamente académica dos
Trabalhos Finais de Curso. Através deste estudo pudemos aferir que as empresas estão interessadas
em acolher alunos, mas esperam a pro-actividade dos mesmos. Para aumentar a percentagem de
trabalhos em empresas, seria interessante criar uma entidade responsável pela gestão de relações
externas, local ao DEI.
Uma das maneiras interessantes de testar a metodologia utilizada na elaboração do estudo está
relacionada com a pergunta sobre a média mínima de admissão. Esta questão causa algum
embaraço nos inquiridos dado que é um assunto sensível do processo de recrutamento. Cerca de
60% das empresas contactadas têm média mínima no recrutamento.
Tem média mínima preferencial para admissão?
60%
40% Sim
Não
Gráfico 6 – Gráfico correspondente à percentagem de empresas contactadas que requer uma média mínima
para admissão
No entanto há uma grande diferença entre as respostas obtidas pessoalmente e na via Internet.
Nos inquéritos realizados on-line, 77% das empresas requer uma média mínima, enquanto que
pessoalmente, o valor é de 28%.
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
22
Tem média mínima preferencial para admissão? (Inquérito realizados online)
77%
23%
Sim
Não
Gráfico 7 – Gráfico correspondente à percentagem de empresas que declararam através do inquérito online
que requerem uma média mínima para admissão
Tem média mínima preferencial para admissão? (inquéritos realizados pessoalmente)
28%
72%
Sim
Não
Gráfico 8 – Gráfico correspondente às empresas visitadas pessoalmente que requerem média mínima
preferencial de admissão
A principal causa para esta diferença prende-se com o universo de empresas escolhido. As
empresas entrevistadas pessoalmente são em média maiores que as que responderam ao inquérito
online. Geralmente estas empresas possuem mecanismos de recrutamento mais elaborados, em que
a média final de curso é apenas mais um indicador a juntar a testes de aptidão, provas de grupo e
entrevistas. Empresas mais pequenas tendem a valorizar mais a média.
Uma outra justificação possível para esta diferença está relacionada com o grau de frontalidade
com que é feito o inquérito. Ao ser confrontado com esta questão, o entrevistado pode sentir algum
constrangimento em revelar valores, destruindo o "estado de graça" da entrevista.
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
23
A maioria das empresas que exigem médias mínimas colocam a sua fasquia nos 14 valores.
No caso de ter média mínima, qual o valor?
6% 3%
16%
25%
47%
3%
10
11
12
13
14
15
Gráfico 9 – Gráfico correspondente ao valor da média mínima preferencial de admissão
para as empresas que usam este indicador
Áreas de competências mais importantes De seguida ilustram-se as competências mais importantes para as empresas, assim como a
percentagem de empresas que considera cada competência importante:
Áreas de Competência mais importantes para as empresas
19%
26%
25%
26%
4%Competências Analíticas
Organização Pessoal e Métodos deTrabalhoCompetências Comportamentais
Comunicação e RelacionamentoInterpessoaisInteresses Complementares
Gráfico 20 - Gráfico com as áreas de competências mais importantes para as empresas
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
24
Áreas de competências em que os Engenheiros Informáticos do IST são mais carenciados
De seguida ilustram-se as competências em que os engenheiros informáticos do IST são mais
carenciados, assim como a percentagem de empresas:
Áreas de Competências com maior carência nos Eng. de Informática do IST
8%
19%
29%13%
31%
Competências Analíticas
Organização Pessoal e Métodos deTrabalhoCompetências Comportamentais
Comunicação e RelacionamentoInterpessoaisInteresses Complementares
Gráfico 23 - Gráfico com as áreas de competências com maior carência nos Engenheiros de informática do
IST
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
25
Análise de Competências
Neste ponto são apresentados os resultados da análise de competências. Existem resultados
para os inquéritos que foram realizados pessoalmente, outros para os realizados via Internet e
resultados que resultam da união dos dois tipos de levantamentos efectuados.
Para cada competência, analisámos o grau de importância e o grau de satisfação. Uma vez que
as actividades e sugestões são de resposta livre, apenas os resultados numéricos são apresentados.
Para se determinar o grau de importância, pedimos a cada inquirido que indicasse n
competências mais importantes na sua opinião, de cada grupo de competências. A título de
exemplo na Tabela 4 para as competências analíticas, o Desenvolvimento de Sistemas tem um grau
de importância de 40, ou seja, dos 52 inquéritos válidos, 40 inquéritos indicam o Desenvolvimento
de Sistemas como uma das competências mais importantes.
Para calcular o grau de satisfação de uma competência, pedimos ao inquirido que classificasse
essa competência com um valor inteiro entre 1 e 4, em que 1 indica que está muito insatisfeito com
essa competência, no recém-licenciado da LEIC do IST, e 4 indica que está muito satisfeito.
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
26
Dados sobre todos os inquéritos recolhidos Grau de importância Grau de satisfação Competências Analíticas --- 2,58 Desenvolvimento de Sistemas 40 2,90 Análise de Sistemas 44 2,88 Resolução Problemas 44 2,88 Desenho de Sistemas 28 2,55 Visão Sistémica 34 2,42 Noção de Custos 18 1,85 Organização Pessoal e Métodos de Trabalho
--- 2,49
Responsabilidade 29 2,87 Autonomia 31 2,60 Tolerância à Pressão 22 2,58 Organização de Trabalho 23 2,46 Orientação para Objectivos 33 2,35 Cumprimento de Prazos 25 2,31 Gestão de Tempo / Prioridades 35 2,29 Competências Comportamentais --- 2,63 Capacidade de Aprendizagem 50 3,42 Criatividade e Inovação 48 2,85 Flexibilidade 45 2,81 Proactividade e Iniciativa 51 2,79 Adaptação à Mudança 44 2,71 Confiança 33 2,63 Espírito Critico 42 2,60 Tomada de Decisão 35 2,44 Atenção ao Detalhe 32 2,37 Liderança 22 2,29 Capacidade de Persuasão 14 1,98 Comunicação e Relacionamento Interpessoal
--- 2,38
Trabalho em Equipa 50 2,84 Partilha de Informação 42 2,65 Argumentação 30 2,52 Expressão Oral 43 2,46 Saber Ouvir 43 2,35 Expressão Escrita 40 2,25 Capacidade de Resolver Conflitos 28 2,21 Competências Linguísticas 13 2,14 Estabelecimento de Contactos 23 2,02 Interesses Complementares --- 2,52 Relacionamento Multicultural 41 2,62 Actividades Desportivas 29 2,54 Solidariedade 34 2,40
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
27
Tabela 2 – Tabela que resume os graus de importância e satisfação, para cada competência, de todos os
inquéritos recolhidos (Grau de Importância, quanto mais alto o valor mais importante e no Grau de Satisfação,
o valor está entre 1, muito insatisfeito, e 4, muito satisfeito).
Grau de Satisfação por Áreas de Competências
2,25
2,3
2,35
2,4
2,45
2,5
2,55
2,6
2,65
Competências Analíticas Organização Pessoal eMétodos de Trabalho
CompetênciasComportamentais
Comunicação eRelacionamento
Interpessoal
Interesses Complementares
Competências
Gra
u de
Sat
isfa
ção
Gráfico 23 - Gráfico com as áreas de competências com maior carência nos Engenheiros de informática do
IST
Comentários dos resultados recolhidos Após uma análise dos resultados recolhidos, há uma série de conclusões interessantes que se
podem tirar.
Do ponto de vista geral e somando as classificações de cada competência, o grupo de
competências mais bem classificado foi o de competências comportamentais, seguido das
competências analíticas, dos interesses complementares, da organização pessoal e métodos de
trabalho e por fim, a comunicação e relacionamento interpessoal.
Consideramos este resultado bastante surpreendente, uma vez que no ponto 5.2. do inquérito
(ver Gráfico 23), uma das áreas de competências indicadas com maior carência foi precisamente
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
28
competências comportamentais. Uma possível justificação para este facto pode ser a maneira como
o inquérito foi elaborado e executado, ou seja, como o ponto 5.2. aparece primeiro do que o ponto
6, o inquirido pode ter um estereótipo em relação a uma área de competências, que depois quando
é classificada com maior detalhe, já não corresponde à ideia geral inicial. Mas para este ponto,
nada se pode concluir acerca do significado desta aparente contradição.
Nas competências analíticas, a Análise de Sistemas, a Resolução de Problemas e o
Desenvolvimento de Sistemas são as competências mais importantes, mas também são as melhores
classificadas, e portanto com o maior grau de satisfação. Isto indica que os recém-licenciados, no
geral, têm uma “boa nota” nesta área de competências. A única competência que se poderá
destacar mais negativamente, é a Noção de Custos, embora a sua importância seja também das
mais baixas.
Na organização pessoal e métodos de trabalho, as competências mais importantes são: Gestão
de Tempo / Prioridades, Orientação para Objectivos e Autonomia, mas exceptuando esta última,
são as competências pior classificadas. A Gestão de Tempo / Prioridades e a Orientação para
Objectivos, são casos críticos, uma vez que são as competências pior classificadas, embora sejam
as mais importantes na opinião dos inquiridos. Das competências mais importantes e onde os
Engenheiros Informáticos do IST estão bem classificados, destacam-se a Responsabilidade e a
Autonomia.
Das competências comportamentais, as mais importantes correspondem de forma geral às
competências onde os Engenheiros Informáticos do IST estão melhor classificados. A Capacidade
de Aprendizagem e a Criatividade são os pontos mais fortes dos recém-licenciados da LEIC. Por
outro lado, embora esteja classificada de forma razoável, a Proactividade seria, devido à
importância atribuída pelos inquiridos, uma das competências a melhorar nesta área.
A comunicação e relacionamento interpessoal, é a área de competências pior classificada, como
já foi indicado anteriormente. Nesta área, o Trabalho de Equipa e a Partilha de Informação são as
competências que se destacam positivamente. A Expressão Oral, a Expressão Escrita e a
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
29
Argumentação, são as competências pior classificadas e que, devido à importância dada pelos
inquiridos, merecem um investimento especial.
Por fim, os interesse complementares estão em regra bem classificados, destacando-se
positivamente o Relacionamento Multicultural. As Actividade Desportivas têm uma importância
razoável na opinião dos inquiridos. A Solidariedade é o ponto em que os Engenheiros da LEIC
têm “pior nota”.
Na classificação do grau de importância para as competências existem algumas diferenças entre
os resultados obtidos em cada método de recolha de informação, mas não é perceptível qualquer
padrão nessas diferenças.
Informações mais detalhadas podem ser encontradas no Anexo VI – Tratamento dos dados.
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
30
8. Actividades e sugestões recolhidas Durante as entrevistas junto das empresas e pela análise das respostas dadas nos inquéritos,
foram recolhidas sugestões, que resumimos nesta secção, que podem potenciar várias
competências não técnicas a melhorar nos Engenheiros Informático do IST:
• Mais cadeiras para a Licenciatura em Engenharia Informática e de Computadores na área
da gestão de projectos, com especial ênfase na orçamentação e controlo de custos. O
objectivo será dotar os Engenheiros Informáticos de mais conhecimentos sobre a gestão de
projectos informáticos e custos dos mesmos, assim como permitir obter uma maior
percepção na área da gestão, o que se revelará numa mais valia no mercado de trabalho;
• Fazer projectos em algumas cadeiras com uma lista grande de requisitos, de modo a não
serem todos cumpridos. Os alunos terão de analisar os mesmos e saber quais os mais
prioritários a implementar, contribuindo para desenvolver as competências de gestão de
tempo e prioridades;
• Criar uma forma de os alunos participarem na elaboração de uma proposta de
trabalho/projecto, preferencialmente real. Saber quais os recursos necessários, potenciar o
contacto com fabricantes reais e realizar a proposta sugerida;
• Realizar mais trabalhos que vão de encontro à realidade do mundo empresarial;
• Mencionar ao longo do curso e em todas as cadeiras a importância das soft skills e da
relevância das mesmas tanto no contexto empresarial como na vida futura. Com isto
pretende-se aumentar e estimular o interesse dos alunos pela Inteligência Emocional;
• Aumentar o número de apresentações de trabalhos ao longo do curso, assim como investir
nas discussões dos trabalhos, de modo a aumentar o poder expressivo oral dos alunos, a
capacidade de argumentação e as suas técnicas de apresentação em público. Foi também
mencionada a necessidade de saber comunicar com pessoal não técnico;
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
31
• Criação de uma entidade local ao Departamento de Engenheiros Informática (DEI)
responsável pelas relações externas, nomeadamente para a gestão de trabalhos finais de
curso, acompanhamento de ex-alunos e sessões de recrutamento de finalistas;
• Incentivar a participação dos alunos em programas que permitam melhorar o
relacionamento multicultural (exemplo: programa Erasmus, etc...);
Outras sugestões de actividades
• Dar continuidade e incentivar estudos como este, com alguma regularidade, para se
perceber quais as dificuldades dos recém-licenciados no primeiro contacto com o mundo
empresarial e assim melhorar a competitividade do Engenheiros Informático do IST;
• Mudar a forma como está feita a inscrição de actividades na cadeira de Portfólio Pessoal: o
aluno teria de preencher um formulário com competências, semelhante ao apresentado no
nosso inquérito e teria de distribuir um determinado número de créditos pelas competências
que a actividade pode desenvolver. Desta forma o aluno seria obrigado a reflectir sobre o
seu perfil e a escolher actividades que verdadeiramente potenciassem qualidades que serão
úteis na sua vida profissional e pessoal. No final da licenciatura o aluno poderia consultar o
seu “bilhete de identidade” de competências juntamente com as actividades desenvolvidas.
A lista completa de actividades sugeridas pelos inquiridos está presente no ponto 5 - Lista de
Actividades Sugeridas - do Anexo VI – Tratamento dos dados.
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
32
9. Conclusões Do contacto que tivemos pudemos concluir que as competências técnicas são percebidas pelas
empresas como um requisito essencial que os Engenheiros Informáticos do IST têm de ter e que o
cumprem bem. Já as competências não técnicas e a Inteligência Emocional são factores de grande
peso no actual panorama empresarial (ver Gráfico 20 - Gráfico com as áreas de competências mais
importantes para as empresas) e que diferenciam os Engenheiros recém licenciados.
A cadeira de Portfólio Pessoal da Licenciatura em Engenheiros Informática e de Computadores
do IST responde às necessidades e às recomendações internacionais que indicam que a formação
técnica dos alunos deve ser complementada com uma sólida formação social e humanística. Da
análise de mercado que fizemos, o Portfólio Pessoal apresenta-se como algo inovador e com
grande potencial no actual panorama académico.
Relativamente aos estudos de mercado, comprovámos que o método de pesquisa altera os
resultados. Estas diferenças manifestaram-se especialmente na relação entre os resultados e não
nos próprios resultados. Por exemplo, a relação entre as soft skills é a mesma para inquéritos online
e pessoais, apesar das classificações para os Engenheiros Informáticos serem piores nos inquéritos
online.
Relativamente às soft skills as mais importantes e nas quais os Engenheiros Informáticos do IST
têm mais carência são (por ordem de referencia): Gestão de Tempo, Orientação para Objectivos,
Expressão Escrita, Expressão Oral e Proactividade.
Finalmente, gostávamos de deixar o desafio para ser dada uma continuação a este estudo. Ao
haver um acompanhamento mais regular da inserção dos alunos de Engenheiros Informática no
mercado de trabalho pode-se melhorar continuamente a competitividade do IST e responder
melhor às necessidades empresariais. Esperamos também sensibilizar mais os alunos de
Engenheiros Informática para a importância e factor diferenciador das soft skills no mundo
empresarial.
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
33
10. Referências [1] Low, Lomax, Jackson, Nelson (2004). Emotional Intelligence: A New Student
Development Model.
[2] GOLEMAN, D. (1995) Emotional Intelligence: Why it can matter more than IQ,
London, Bloomsbury.
[3] Stys, Yvonne & Brown, Shelley (March 2004). A Review of the Emotional Intelligence
Literature and Implications for Corrections.
[4] Bancaleiro, José (2004). Novas competências da Gestão de Pessoas. Disponível em
http://www.bancaleiro.com/escrevinhando/artigo.html?ref=3
[5] Goleman. Harvard Business Review Vol:76 iss:6 pg:93 -102
[6] António Damásio. Consultado em Abril de 2006. Disponível em:
http://en.wikipedia.org/wiki/Antonio_Damasio
[7] Conducting Web-Based Surveys. Consultado em Abril de 2006. Disponível em:
http://www.ericdigests.org/2002-2/surveys.htm
[8] Web-Based Surveys: Changing the survey process. Consultado em Abril de 2006.
Disponível em: http://www.firstmonday.org/issues/issue7_12/gunn/#g3
[9] Descrição do Plano Curricular da LEIC. Consultado em Abril de 2006. Disponível em:
https://fenix.ist.utl.pt/publico/showDegreeSite.do?method=showCurricularPlan°reeID
=10
[10] Apresentação do Portfólio Pessoal. Consultado em Maio de 2006. Disponível em:
http://portfolio.tagus.ist.utl.pt/portfolio/documentos/apresentacao.ppt
[11] Regulamento das Actividades de Portfólio Pessoal da LEIC e LERCI, por Artur Ferreira
da Silva. Consultado Maio de 2006. Disponível em:
http://portfolio.tagus.ist.utl.pt/portfolio/documentos/Regulamento_Portfolio%20Pessoal%2
0-%20LEIC%20e%20LERCI%20-V3_Junho2005.pdf
[12] Categorias de empresas consoante o número de colaboradores. Consultado em Maio de
2006. Disponível em: http://www.iapmei.pt/iapmei-faq-02.php?tema=7#97
[13] DEI2010 – Proposta de Reestruturação das Licenciaturas no domínio da Engenharia
Informática. Consultado em Maio de 2006. Disponível em:
http://leic.tagus.ist.utl.pt/documentos/DEI2010.pdf
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
34
[14] Informação sobre o Cluster. Consultado em Maio de 2006. Disponível em:
http://www.ist.utl.pt/en/html/cluster/
[15] Don A. Dillman, et al. (1998). Influence of plain vs. fancy design on response rates for
web surveys.
[16] Don A. Dillman, et al. (2001). Response Rate and Measurement Differences in Mixed
Mode Surveys.
[17] Definição da Área Metropolitana de Lisboa. Consultado em Novembro de 2005.
Disponível em: http://www.aml.pt/
[18] LAGE – Laboratório de Gestão. Consultado em Maio de 2006. Disponível em
http://lage.dei.uc.pt
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
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Anexos
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
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Anexo I - Operacionalização das competências
1. Competências Analíticas
Competência Descrição
Análise de Sistemas Capacidade de decomposição e avaliação formal de um sistema de informação; Capacidade de comunicação das características estruturais, funcionais, organizacionais, culturais e políticas de um sistema de informação. Saber identificar problemas e/ou oportunidades em vista à adequação, optimização e outras melhorias do sistema no âmbito da organização.
Desenho de Sistemas Capacidade de leitura e compreensão de documentos de requisitos; Conhecimento de linguagens, métodos e técnicas de modelação e desenho de sistemas; Conhecer e saber aplicar abordagens arquitecturais de software e padrões de desenho; Conhecer os métodos e as técnicas da passagem do espaço do problema para o espaço da solução de modo a garantir a ligação entre os requisitos do sistema e o seu desenho.
Desenvolvimento de Sistemas
Capacidade de leitura e compreensão de linguagens, métodos e técnicas de modelação e desenho de sistemas; Conhecimento e proficiência na utilização de ferramentas, ambientes de desenvolvimento e linguagens de programação; Capacidade de testes e validação funcional dos módulos de código e de integração com a especificação arquitectural.
Resolução de Problemas
Capacidade de identificar e de isolar o problema; Saber identificar e aplicar uma solução para o problema, consoante conhecimento/experiência de causa ou rápida aprendizagem.
Visão Sistémica Capacidade de identificar a ligação e a contribuição das partes para o funcionamento/estrutura do todo; Saber reconhecer-se e actuar no lugar próprio em uma das partes, nunca perdendo a consciência do dever, e responsabilidade, que tem para o funcionamento/estrutura do todo; Capacidade de não perder o âmbito, conflitos/interesses, forças globais e razão de ser do projecto considerando a realidade de actuação no negócio da organização cliente.
Noção de Custos Saber gerir, medir e identificar relações de compromisso entre recursos (tempo, esforço, qualidade, dinheiro); Capacidade de avaliar e decidir boas relações de compromisso consoante o contexto de um problemas, projecto ou numa área de actuação própria.
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
37
2. Organização Pessoal e Métodos de Trabalho
Competência Descrição
Organização de trabalho
Saber manter o espaço de trabalho organizado e em conformidade com o trabalho; Capacidade de definir métodos de trabalho e planeamento pessoal; Ter a capacidade de auto-avaliar os métodos de trabalho e ajustar os mesmos em conformidade com a evolução do trabalho.
Gestão de tempo / prioridades
Saber quantificar cada tarefa em tempo e esforço; Saber ordenar cada tarefa por tempo de concretização e por importância/urgência; Facilidade em trabalhar em várias tarefas simultaneamente; Capacidade de saltar de tarefa em tarefa mantendo uma boa produtividade.
Autonomia Saber e usar a liberdade/responsabilidade de decisão/acção sem a delegar para outros quando o próprio tem capacidade e os meios para a tomar; Ter a capacidade de investigar, estudar ou procurar a informação ou recursos necessários à resolução de um problema; Saber usar a liberdade consentida de um forma benéfica para o trabalho que tem que executar.
Responsabilidade Saber assumir e responder pelas suas acções; Capacidade de cumprir com os seus compromissos e deveres.
Orientação para objectivos
A capacidade de não se perder em tarefas acessórias que, mesmo sendo relevantes para o trabalho, não se focam nos objectivos; Conhecer o limite razoável para investigação, estudo e tarefas preliminares antes de se começar a trabalhar para o objectivo; Saber e ter presente a especificação, requisitos e outros resultados exigidos no trabalho.
Tolerância à pressão Capacidade de manter a lucidez e actuar perante a pressão de um prazo ou outro factor de pressão.
Cumprimento de prazos
Compreender o ciclo de vida do projecto; Saber cumprir com os prazos de entrega impostos; Saber assumir e manter um espírito de cumprimento de prazos.
3. Competências Comportamentais
Competência Descrição
Espírito critico Ter um espírito atento e sensível, pronto a avaliar ideias ou soluções, postas por outros, de uma forma racional e imparcial; Capacidade de não tomar qualquer forma de conhecimento como verdadeiro sem um exame racional e cuidado.
Criatividade e inovação Capacidade de trabalhar sem uma descrição detalhada do problema; Saber fazer sugestões construtivas; Conhecer e saber avaliar nova tecnologia como solução potencial para problemas existentes; Saber responder a novas situações à medida que elas surgem; Competência de criar soluções inovadoras para problemas; Capacidade de desafiar práticas convencionais.
Capacidade de Saber comunicar um projecto, solução ou ideia, recorrendo aos meios de
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
38
Competência Descrição
persuasão comunicação que levem à aceitação da ideia ou vontade; Capacidade de convencer alguém; Saber apresentar um projecto, solução ou ideia de forma séria e convincente, levando o(s) interlocutore(s) a um parecer favorável sobre o assunto.
Adaptação à mudança Capacidade para reagir a eventos que alterem o local de trabalho, a forma de trabalhar ou a forma de conduzir o negócio da empresa; Agir num espírito de mudança, procurando estar sempre pronto e favorável para novos tipos de trabalho.
Atenção ao detalhe Capacidade de detectar pequenas alterações/especificações que seriam descurados pela maioria; Saber seguir correctamente uma especificação e assegurar que o resultado final está correcto; Saber monitorizar o próprio processo de trabalho, sabendo antecipar problemas ou dificuldades.
Proactividade e Iniciativa
Saber agir com diligência e empenho, antecipando e controlando o desenrolar dos acontecimentos; Saber estar pronto a ser o primeiro a dar o exemplo; Capacidade em agir de forma autónoma e pronta, em resposta a exigências do seu trabalho ou eventos da empresa.
Confiança Capacidade para manifestar ânimo a empreender a sua tarefa; A capacidade de acreditar no trabalho e na capacidade própria de o levar a cabo; Sentir-se convicto dos valores próprios, e conhecimento, que o levam a exprimir-se.
Capacidade de aprendizagem
Facilidade em adquirir novo conhecimento; Facilidade em integrar o conhecimento adquirido com a experiência no trabalho.
Flexibilidade Capacidade para se comportar multi-disciplinarmente, estando pronto a assumir mudanças no seu método de trabalho, uso de ferramentas ou outras mudanças organizacionais; Não se prender a uma visão rígida de um universo de soluções/comportamentos conhecido, mas procurar novas formas de pensar e de agir.
Tomada de decisão Capacidade para reconhecer, em si, o conhecimento e informação necessária para a tomada de uma boa decisão; Saber estar pronto a assumir responsabilidade por uma decisão; Conhecer e usar métodos para avaliação dos resultados de uma decisão e saber auto-avaliar-se em conformidade.
Liderança Capacidade de formar, nas outras pessoas, desenvolvimento de capacidades e crescimento profissional; Encorajar outros a entenderem e a assumirem a mudança organizacional; Saber definir objectivos de médio e longo prazo; Conhecer métodos para medir a eficácia das actividades/processos em relação aos objectivos; Saber reagir rapidamente quando se apercebe de um desvio em relação aos objectivos; Saber dar responsabilidades a outros que lhe estão sujeitos, em conformidade com as suas capacidades.
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
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4. Comunicação e Relacionamento Interpessoal
Competência Descrição
Expressão oral Capacidade de se exprimir correctamente numa exposição oral; Saber apresentar um tema de uma forma clara e com boa dicção oral; Ser claro e agradável aos intervenientes, tendo a capacidade de complementar as palavras faladas com gestos, esquemas ou outros recursos; Saber levar a cabo uma apresentação com slides ou outros recursos; Saber estar e participar com claridade e relevância numa reunião.
Expressão escrita Capacidade para aplicar uma escrita correcta; Aplicar correctamente a tradução de uma ideia num conjunto de palavras escritas que a exprimam de uma forma clara e não ambígua; Saber elaborar um texto que reflicta correctamente o que se quer exprimir.
Competências linguísticas
Capacidades de ler, escrever, perceber e saber falar determinada língua.
Trabalho em equipa Capacidade de trabalhar harmoniosamente com outras pessoas de forma a concluir o seu trabalho; Responder de forma positiva a instruções e a procedimentos; Saber conviver e trabalhar bem com colegas, gestores e administração; Partilhar informação crítica, relevante a um projecto, com os colegas; Saber exprimir vontade e empenho em trabalho de grupo, valorizando o espírito de grupo; Coordenar trabalho próprio com o dos outros; Saber procurar opiniões; Quando apropriado, facilitar discussão de um assunto antes tomada de decisão.
Estabelecimento de contactos
Capacidade de capturar relações com outras pessoas ou entidades; Saber manter um espírito de diplomacia e mediação entre indivíduos; Capacidade de relacionamento com diversas pessoas.
Saber ouvir Capacidade de receber as opiniões de outras pessoas; Não colocar a sua opinião/visão do problema como única referência, estando sempre disposto a aprender com os outros; Saber tomar uma crítica pelo seu valor útil e imparcial; Estar atento ao local de trabalho, por forma estar sensível aos problemas/questões que se põem.
Capacidade de resolver conflitos
Capacidades de mediação; Saber colocar-se numa posição neutra, de avaliação e perscrutação dos factos; Saber avaliar os diferentes pontos de vista, mantendo uma postura diplomática e neutra; Ter um espírito aberto e de boa disposição, procurando a resolução do conflito apelando ao esforço das partes.
Argumentação Capacidade de comunicar um projecto, solução ou ideia, recorrendo aos meios de comunicação mais adequados; Capacidade de defender um raciocínio e expô-lo de forma clara e sensível para o público-alvo; Saber apresentar um projecto, solução ou ideia de forma séria e convincente, levando o(s) interlocutore(s) a um parecer favorável sobre o assunto.
Partilha de informação Capacidade para fornecer informação a outros indivíduos; Não deter conhecimento apenas para proveito próprio; Estar pronto a formar outras pessoas
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
40
Competência Descrição
em áreas de conhecimento que detenha.
5. Interesses Complementares
Competência Descrição
Actividades desportivas
Participar em actividades desportivas ou lúdicas.
Solidariedade Manter acções de solidariedade social e caridade.
Relacionamento multicultural
Ter experiências pessoais de convívio com cidadãos de outras culturas; Ter facilidade em relacionar-se com cidadãos de outras culturas; Não usar de comportamentos racistas ou xenófobos.
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
41
Anexo II – Tendências de mudança
As tendências de mudança a nível das características das organizações e do papel das pessoas
nas organizações, segundo José Bancaleiro [5], são apresentadas seguidamente.
Tendências de mudança a nível das características das organizações:
Tendências de mudança do papel das pessoas nas organizações:
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
42
Anexo III – Análise da Concorrência
Comparação com Faculdades Nacionais
Nesta secção apresentamos uma análise de cursos similares à LEIC que podem ser vistos como
adversários. O critério principal para a escolha destes cursos foi a acreditação na Ordem dos
Engenheiros e o critério secundário foi a localização geográfica.
Licenciatura em Engenharia Informática – Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
A Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) fomenta a interdisciplinaridade como forma de
alargar o conhecimento dos alunos em áreas que não sejam abrangidas pelo seu plano curricular. O
aluno pode frequentar um máximo de 5 cadeiras à sua escolha do universo total das disciplinas
oferecidas noutras licenciaturas da FCT, mediante aprovação do Conselho Pedagógico. O aluno
tem de acumular 300 créditos no final da licenciatura, dos quais 229,5 são créditos obrigatórios.
Área Científica ECTS
Grupo
Obrigatório Ciências Humanas e Sociais
6
Ciências Humanas e Sociais 7 Grupo
Opcional Qualquer área da FCT/UNL 25
Em termos de competências não técnicas, os alunos têm de obter 6 créditos ECTS obrigatórios
na área das Ciências Humanas e Sociais. Os créditos podem ser obtidos em actividades extra-
curriculares, seminários de Informática, Inglês (em dois semestres), entre outras.
Fontes:
• http://www.di.fct.unl.pt/lei/info/planocur.html • http://www.di.fct.unl.pt/lei/info/estrutur.html
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
43
[email protected], em vias de acreditação na Ordem dos Engenheiros
Licenciatura em Engenharia Informática – Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
As normas pedagógicas da Faculdade de Ciências exigem que os planos curriculares dediquem
13 créditos ECTS a disciplinas ou actividades de tipo diverso. Assim sendo o Departamento de
Informática distribuiu os créditos da seguinte forma:
Disciplina ECTS
Informática na Óptica do Utilizador 4 Grupo
Obrigatório Inglês 3
História das Ciências 4
Inovação e Transferência de
Tecnologia 4
Grupo
Opcional
Outras disciplinas Variável
O estudante deve realizar as disciplinas do grupo obrigatório e de seguida escolher disciplinas
do grupo opcional para contabilizar 13 créditos ECTS.
De realçar que o aluno pode realizar disciplinas de outros cursos, tal como na FCT. A entidade
responsável na FC é a “Formação Cultural, Social e Ética” (FCSE).
A principal vantagem deste sistema é a inclusão do Inglês no plano curricular, uma exigência
essencial no mercado de trabalho, poupando ao aluno ter de complementar o estudo de inglês com
cursos extra-curriculares. Uma desvantagem da política da FC é que as actividades são de carácter
essencialmente académico, não promovendo com créditos a envolvência extra-universitária.
Fontes:
• http://fcse.di.fc.ul.pt/
• http://www.di.fc.ul.pt/sobre/?estruturacurricular#fcse
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
44
LEI@ISEL
Licenciatura em Engenharia Informática no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
O plano curricular não refere qualquer incentivo explícito ao desenvolvimento de competências
não técnicas.
Fonte:
• http://www.deetc.isel.ipl.pt/lic/eic/estrut.html
LEI@UAL – instituição privada, em vias de acreditação pela Ordem
Licenciatura em Engenharia Informática – Universidade Autónoma de Lisboa
O plano curricular inclui várias cadeiras em que o aluno pode desenvolver determinadas
competências não técnicas. As cadeiras mais relevantes são:
• Inglês Técnico – um semestre com carga horária semanal de 3 horas;
• Comunicação Técnico-profissional – um semestre com carga horária semanal de 3h;
• Deontologia e Direito Informático – um semestre com carga horária semanal de 2h;
• Gestão de Projectos – um semestre com carga horária semanal de 3h;
• Interacção e Relacionamento Pessoal – um semestre com carga horária semanal de 2h;
Uma das falhas deste plano é a falta de incentivo à realização de actividades extra-curriculares.
Fonte:
• http://www.universidade-autonoma.pt/area.asp?a=Planos&id=10
Licenciatura em Engenharia Informática na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
O tronco comum da licenciatura dedica 21 créditos ECTS a cadeiras de âmbito suplementar à
formação técnica. As disciplinas estão distribuídas pelo 3º e 4º ano e são as seguintes:
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
45
Disciplina ECTS
Comunicação e Profissão 7.5
Processos de Gestão 6 Grupo
Obrigatório Gestão de Empresas 7.5
Estas cadeiras são leccionadas pelo DEI e integram-se num grupo de disciplinas de Economia,
Gestão e Ciências Sociais (EGCS). Não existe incentivo explícito a actividades extra-curriculares e
aprendizagem de línguas estrangeiras, mas existe um incentivo implícito por parte do LAGE [18].
Fonte:
• https://www.dei.uc.pt/weboncampus/course/planocurricular.do?courseId=1
LEI@UE
Licenciatura em Engenharia Informática na Universidade de Évora
O plano curricular apresenta as seguintes cadeiras que complementam a formação em
Engenharia Informática:
Disciplina ECTS
Inglês 4
Sociologia do Ciberespaço 5
Introdução à Economia 6
Fonte: http://www.di.uevora.pt/home/ensino/licenciaturas/lei/
LESI@UMinho
Licenciatura em Engenharia de Sistemas e Informática na Universidade do Minho
O plano curricular não contem referências a qualquer cadeira que estimule o interesse do aluno
a desenvolver outras competências.
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
46
A única excepção são as cadeiras de “Engenharia Económica” I e II, que correspondem, cada
uma, a 5 créditos ECTS.
Fonte:
• http://deec.fe.up.pt/
Licenciatura em Engenharia Informática e Computação na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
O plano curricular apresenta as seguintes cadeiras que complementam a formação em
Engenharia Informática:
Disciplina ECTS
Proficiência Pessoal e Interpessoal 5
Gestão de Empresas 6
Aspectos Sociais da Informática 6
Fonte:
• http://www.fe.up.pt/si/disciplinas_geral.FormView?P_CAD_CODIGO=FEUP001&P_ANO_LECTIVO=2005/2006&P_PERIODO=1S
Comparação com Faculdades no Estrangeiro
Para compararmos a estratégia do Departamento de Engenharia Informática do IST, decidimos
complementar a análise dos “adversários” com faculdades no estrangeiro. O conjunto escolhido de
faculdades a analisar foi essencialmente baseado nos membros do CLUSTER, uma rede europeia
inter-universitária, e ainda o Massachusetts Institute of Technology e a Universidad Politécnica de
Madrid.
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
47
CSE@IC
Computing (Software Engineering) – Imperial College London
A Licenciatura em Computing inclui um conjunto de cadeira comum a vários ramos (que inclui
por exemplo, a especialização em Software Engineering) que permite uma formação
complementar muito rica. Destacamos:
Cadeira
Professional Issues
Foreign Language
Entrepreneurship
Technical presentations skills
Humanities
Management – Economics and Law
Fonte:
• http://www3.imperial.ac.uk/ugprospectus/facultiesanddepartments/computing/coursestructure
MI@Polytechnique
Mention Informatique – École Polytechnique Féderal de Lausanne
No plano curricular consultado não existe referência explícita para actividades que
desenvolvam competências não-técnicas.
Fontes:
• http://www.enseignement.polytechnique.fr/informatique/enseignements.html • http://www.polytechnique.fr/enseignement/pdf/master-info.pdf
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
48
CS@Leuven
Computer Science – Katholieke Universiteit Leuven
No plano curricular consultado não existe referência explícita para actividades que
desenvolvam competências não-técnicas.
Fonte:
• http://www.cs.kuleuven.ac.be/cs/info_studenten/studieprogramma/computerWetenschappen/
CSE@TUE
Computer Science and Engineering– Technische Universiteit Eindhoven
No plano curricular consultado não existe referência explícita para actividades que
desenvolvam competências não-técnicas.
Fonte:
• http://w3.win.tue.nl/nl/onderwijs/informatica/opleidingsgidsen/masters_program_guide_cse/4_master_program_specifics/41_computer_science_and_engineering/
• http://w3.tue.nl/en/services/csc/study_information/masters_programs/computer_science_and_engineering/course_structure/
CS@TU
Computer Science– Technische Universität Darmstadt O plano curricular da licenciatura mais semelhante à LEIC na faculdade de Darmstad inclui
uma cadeira chamada “Management Accounting” e é obrigatória.
Fonte:
• http://www.informatik.tu-darmstadt.de/web/downloads/BachelorOfScience/Uebersichtsgrafik_bachelor_DINA4_20041006.pdf
• http://www.tu-darmstadt.de/vv/ss_06_28.en.tud
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
49
Ingegneria Informática – Facolta’Di Ingegneria do Politecnico di Torino
A formação técnica é complementada com as seguintes cadeiras:
Disciplina ECTS
Línguas Estrangeiras 6
Complemento de Línguas Estrangeiras 1
Escrita Técnica 2
Cultura Europeia 2
Economia 5
Nota: na fonte consultada não havia distinção entre cadeiras obrigatórias e opcionais.
Fonte:
• http://www.didattica.polito.it/pls/portal30/gap.a_mds.espandi?p_a_acc=2006&p_id_cdl
=1067&p_sdu=37&p_cds=446&p_header=&p_anno=0&p_info=&p_lang=EN
Computer Software– Facultat d'Informàtica de Barcelona da Universitat Politècnica de Catalunya
O plano curricular inclui três disciplinas relacionadas com cultura organizacional e sobre o
impacto das tecnologias de informação:
Disciplina ECTS
Introduction to the Companies and Economic
Environment 7,5
Communication and Management Skills 7,5
Social Aspects of Information Technology 7,5
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
50
Fonte:
• http://www.upc.edu/english/estudis/1ri2ncicle/f-estudis/27001.htm
CS@KTH
Computer Science– Kungl Tekniska Högskolan, Stockholm
A faculdade de Engenharia de Estocolmo apresenta um conjunto muito vasto de cadeiras
opcionais, das quais destacamos:
Disciplina ECTS
Organization and Knowledge-Intensive Work 6
Cognitive Psychology 4
Financial Mathematics, Basic Course 5
Medical Engineering, Basic Course 4
Ecology, Advanced Course 4
Fonte:
• http://www.kth.se/student/studiehandbok/05/lot_lista.asp?lang=1&program=D&id=11
Ingeniero en Informática– Facultad de Informática, Universidad Politécnica de Madrid
O plano curricular deste curso de Engenharia dá uma grande ênfase na aprendizagem da língua
Inglesa. Apresentamos algumas disciplinas que o aluno pode escolher:
Disciplina ECTS
Inglês Informático (obrigatório) 6
Introdução à Economia 4,5
Técnicas de Redação em Inglês de Textos Técnicos Informáticos 6
Técnicas de Exposição Oral em Inglês em Contextos Profissionais 6
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
51
Ciências Cognitivas 6
É ainda possível obter créditos por realizar estágios de curta duração em empresas ou por
participar em actividades internacionais (como por exemplo, o programa ATHENS)
Fonte:
• http://www.fi.upm.es/estudios/
• http://www.fi.upm.es/estudios/fi/plan96-0506.pdf
EECS@MIT
Electrical Engineering and Computer Science – Massachusetts Institute of Technology
O plano curricular deste curso inclui algumas disciplinas de cariz complementar ao núcleo
principal do curso. Por exemplo: Management in Engineering, Development of Inventions and
Creative Ideas e Engineering Risk-Benefit Analysis.
Fonte:
• http://student.mit.edu/@0119934.10248/catalog/m6c.html
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
52
Anexo IV – Folha de apresentação do estudo
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
53
Anexo V – Inquérito
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
54
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
55
Anexo VI – Tratamento dos dados
1. Caracterização das empresas inquiridas
Área de actividade das empresas inquiridas
2% 4%
33%
36%
25%Telecomunicações
Banca e Seguros
Consultoria
Desenvolvimento deSoftware
Outros
Gráfico 10 - Gráfico correspondente às áreas de actividade das empresas inquiridas
Funções desempenhadas pelos colaboradores das empresas inquiridas
47%
28%
25%
AdministradorGestor
Técnico/Consultor/RH
Gráfico 11 - Gráfico correspondente às funções desempenhadas pelos colaboradores das empresas
inquiridas
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
56
Como se pode ver pelo gráfico 2, 47% dos inquiridos são administradores de empresas. Mesmo
que os administradores não tenham um papel directo no processo de selecção de novos
colaboradores, estes têm bastante interesse nas competências dos novos colaboradores.
Apresentamos os dados referentes ao número de colaboradores das empresas do nosso universo
de estudo, seguidamente:
0
5
10
15
20
25
30
1-9 10-49 50-249 >= 250 Não Sabe
Número de colaboradores das empresas inquiridas
Núm
ero
de E
mpr
esas
Gráfico 12 – Gráfico correspondente aos números de colaboradores das empresas inquiridas
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
57
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
0-9 10-19 20-29 30-39 > = 40 Não sabe
Número de colaboradores do IST nas empresas inquiridas
Núm
ero
de e
mpr
esas
Gráfico 13 – Gráfico correspondente ao número de colaboradores do IST nas empresas inquiridas
0
5
10
15
20
25
30
35
0-9 10-19 20-29 30-39 >=40 Não sabe
Número de eng. informáticos admitidos anualmente
Núm
ero
de e
mpr
esas
Gráfico 14 – Gráfico correspondente ao número de engenheiros informáticos admitidos anualmente
pelas empresas inquiridas
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
58
Área de Actividade
% Engenheiros Informáticos Admitidos Anualmente por Área
Telecomunicações --- Banca e Seguros 1,2% Consultoria 70,5% Desenvolvimento de Software
19,4%
Outros 8,8% Tabela 3 – Percentagem de Engenheiros Informáticos admitidos anualmente por área de actividade
A maioria dos Engenheiros Informáticos inicia a sua carreira no ramo da consultoria, sendo que
os sectores de actividade dependem depois de empresa para empresa.
Nota: Nenhuma empresa do sector de telecomunicações disponibilizou os dados referentes ao
número de engenheiros informáticos admitidos anualmente.
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
59
2. Caracterização da carreira dos Engenheiros Informáticos
Cargos ocupados pelosEng. Informáticos recém licenciados
34%
22%
15%
7%
7%
7%4% 4%
Programador
Consultor
Estagiário
Analista
Engenheiro de Sistemas
Técnico
Administrador de Sistemas
Helpdesk
Gráfico 15 – Gráfico correspondente aos cargos ocupados pelos Engenheiros informáticos recém licenciados
nas empresas contactadas
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
60
Cargos Ocupados pelos Eng. Informáticosao fim de 2 anos
34%
22%
15%
12%
5%
5%5% 2%
Consultor
Analista
Programador
Gestor de Projecto
Técnico
Consultor Associado
Engenheiro Sistemas
Administrador de Sistemas
Gráfico 16 – Gráfico correspondente aos cargos ocupados por Engenheiros Informáticos ao fim de 2 anos de
actividade nas empresas contactadas
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
61
Cargos Ocupados pelos Eng. Informáticosao fim de 5 anos
37%
36%
13%
8%3% 3%
Consultor Sénior
Gestor de Projecto
Analista
Programador Senior
Investigador
Técnico
Gráfico 17 - Gráfico correspondente aos cargos ocupados por Engenheiros Informáticos
ao fim de 5 anos de actividade nas empresas contactadas
Não há diferença nos cargos ocupados por Engenheiros Informáticos do IST e Engenheiros
Informáticos formados por outras universidades.
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
62
3. Caracterização das Áreas de Competências
Áreas de Competência mais importantes para as empresas (Inquéritos realizados pessoalmente)
19%
28%
24%
25%
4%Competências Analíticas
Organização Pessoal e Métodos deTrabalhoCompetências Comportamentais
Comunicação e RelacionamentoInterpessoaisInteresses Complementares
Gráfico 18 – Gráfico com as áreas de competências mais importantes para as empresas (inquéritos
realizados pessoalmente)
Áreas de Competência mais importantes para as empresas (Inquéritos realizados online)
19%
24%
26%
27%
4%Competências Analíticas
Organização Pessoal e Métodos deTrabalhoCompetências Comportamentais
Comunicação e RelacionamentoInterpessoaisInteresses Complementares
Gráfico 19 - Gráfico com as áreas de competências mais importantes para as empresas (inquéritos
realizados online)
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
63
Áreas de Competência mais importantes para as empresas
19%
26%
25%
26%
4%Competências Analíticas
Organização Pessoal e Métodos deTrabalhoCompetências Comportamentais
Comunicação e RelacionamentoInterpessoaisInteresses Complementares
Gráfico 20 - Gráfico com as áreas de competências mais importantes para as empresas
Como os 3 últimos gráficos mostram, as competências técnicas (competências analíticas),
apesar de serem muito importantes, não correspondem às competências eleitas pela maioria das
empresas como a mais importante.
Áreas de Competências com maior carência nos Eng. de Informática do IST (Inquéritos realizados
pessoalmente)4%
22%
30%13%
31%
Competências Analíticas
Organização Pessoal e Métodos deTrabalhoCompetências Comportamentais
Comunicação e RelacionamentoInterpessoaisInteresses Complementares
Gráfico 21 – Gráfico com as áreas de competências com maior carência nos Engenheiros de informática do
IST (Inquéritos realizados pessoalmente)
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
64
Áreas de Competências com maior carência nos Eng. de Informática do IST (Inquéritos realizados online)
9%
18%
28%14%
31%
Competências Analíticas
Organização Pessoal e Métodos deTrabalhoCompetências Comportamentais
Comunicação e RelacionamentoInterpessoaisInteresses Complementares
Gráfico 22 - Gráfico com as áreas de competências com maior carência nos Engenheiros de informática do
IST (Inquéritos realizados online)
Áreas de Competências com maior carência nos Eng. de Informática do IST
8%
19%
29%13%
31%
Competências Analíticas
Organização Pessoal e Métodos deTrabalhoCompetências Comportamentais
Comunicação e RelacionamentoInterpessoaisInteresses Complementares
Gráfico 23 - Gráfico com as áreas de competências com maior carência nos Engenheiros de informática do
IST
Os 3 últimos gráficos permitem-nos observar que a maioria das empresas consideram que os
engenheiros informáticos possuem carências ao nível da organização pessoal e métodos de
trabalho, ao nível das competências comportamentais e dos interesses complementares.
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
65
4. Outras Considerações
Empresas que utilizam modelos de gestão de competências no recrutamento
35%
65%
Utiliza
Não Utiliza
Gráfico 24 – Percentagem de empresas que utilizam modelos de gestão de competências no recrutamento de
colaboradores
Gráfico 25 – Gráfico correspondente à percentagem de empresas contactadas que estão interessadas em ter
estagiários do Departamento de Engenharia Informática do IST
Empresas interessadas em ter estagiáriosdo DEI/IST
88%
12%
Interessadas
Não interessadas
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
66
Tem média mínima preferencial para admissão?
60%
40% Sim
Não
Gráfico 26 – Gráfico correspondente à percentagem de empresas contactadas que requer uma média
mínima para admissão
Tem média mínima preferencial para admissão? (Inquérito realizados online)
77%
23%
Sim
Não
Gráfico 27 – Gráfico correspondente à percentagem de empresas que declararam através do inquérito
online que requerem uma média mínima para admissão
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
67
Tem média mínima preferencial para admissão? (inquéritos realizados pessoalmente)
28%
72%
Sim
Não
Gráfico 28 – Gráfico correspondente às empresas visitadas pessoalmente que requerem média mínima
preferencial de admissão
Os dois últimos gráficos são curiosos, na medida em que os inquiridos que foram entrevistados
pessoalmente revelaram, na sua maioria, que não requerem uma média de curso mínima para
admissão. Já os inquiridos que responderam o inquérito on-line, responderam na sua maioria que
exigem uma média de curso mínima de admissão.
No caso de ter média mínima, qual o valor?
6% 3%
16%
25%
47%
3%
10
11
12
13
14
15
Gráfico 29 – Gráfico correspondente ao valor da média mínima preferencial de admissão
para as empresas que usam este indicador
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
68
No caso de ter média mínima, qual o valor?(inquéritos realizados pessoalmente)
20%
80%
10
11
12
13
14
15
Gráfico 30 – Gráfico correspondente ao valor da média mínima preferencial de admissão
para as empresas que usam este indicador (para os inquéritos realizados pessoalmente)
No caso de ter média mínima, qual o valor?(inquérito realizados online)
7%4%
15%
30%
40%
4%
10
11
12
13
14
15
Gráfico 31 – Gráfico correspondente ao valor da média mínima preferencial de admissão
para as empresas que usam este indicador (para os inquéritos realizados na Internet)
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
69
Importância de serem motivadas actividades extra-curriculares (Inquéritos realizados pessoalmente)
0%
0%
44%
56%
Sem ImportânciaPouca ImportânciaImportanteMuito Importante
Gráfico 32 – Importância de serem motivadas actividades extracurriculares nos Engenheiros Informáticos
do IST (inquéritos realizados pessoalmente)
Importância de serem motivadas actividades extra-curriculares (Inquéritos realizados online)
10%
8%
33%
49%
Sem ImportânciaPouca ImportânciaImportanteMuito Importante
Gráfico 33 - Importância de serem motivadas actividades extracurriculares nos Engenheiros Informáticos
do IST (inquéritos realizados online)
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
70
Importância de serem motivadas actividades extra-curriculares
7%5%
37%
51%
Sem ImportânciaPouca ImportânciaImportanteMuito Importante
Gráfico 34 - Importância de serem motivadas actividades extracurriculares nos Engenheiros Informáticos
do IST
Satisfação com o desempenho global dos Eng. Informáticos IST
9%
68%
23%
Abaixo das expectativas
Dentro das expectativas
Acima das expectativas
Gráfico 35 – Gráfico com a satisfação global das empresas em relação aos Engenheiros Informáticos do IST
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
71
Satisfação com o desempenho global dos Eng. Informáticos IST (Inquéritos realizados pessoalmente)
0%
61%
39%
Abaixo das expectativas
Dentro das expectativas
Acima das expectativas
Gráfico 36 – Gráfico com a satisfação global das empresas em relação aos Engenheiros Informáticos do IST
(inquéritos realizados pessoalmente)
Satisfação com o desempenho global dos Eng. Informáticos IST (Inquéritos realizados online)
13%
72%
15%
Abaixo das expectativas
Dentro das expectativas
Acima das expectativas
Gráfico 37 - Gráfico com a satisfação global das empresas em relação aos Engenheiros Informáticos do IST
(inquéritos realizados online)
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
72
5. Lista de Actividades Sugeridas
Segue-se uma lista de sugestões recolhidas durante os inquéritos pessoais e fornecidas online.
Competências Analíticas
• Apresentação Oral para públicos não especializadas nos detalhes
• Trabalhos sugeridos por empresas
• Conhecer o funcionamento das empresas
• Actividades em que haja coordenação de grupos
• Ter consciência do impacto do projecto
• Insistir que os Sistemas de Informação são apenas um meio para um fim
• Modelação de Conceitos
• Estimativas de tempo
• Mais cadeiras de Gestão Financeira
• Mais cadeiras de Gestão de Projectos informáticos, incidindo em orçamentação e custos
de projectos
• Investir em trabalhos com maior margem de criatividade
• Aspectos Humanos
• Deontologia
Organização pessoal e métodos de trabalho
• Distinguir urgente de importante
• Trabalhar em Multitarefa
• Cultura geral de TI
• Participar em Workshops
• Apresentações Orais em cadeiras
• Cultura geral não-TI - actualidade socio-cultural
• Cultura geral do mercado
• Associativismo
• Trabalhar num part-time em TI ou não
• Perceber a noção de Qualidade em projectos de Engenharia
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
73
• Incluir mais cadeiras de Gestão de Projectos, Gestão de Equipas e Organização Pessoal
• Trabalho Social
• Mais cadeiras de Técnicas de Recolha de Informação
• Simular situações reais (role playing)
• Insistir em trabalhos práticos contra o tempo (como requisito principal)
• Mais trabalhos práticos em equipas grandes (> 4 elementos)
Comunicação e Relacionamento interpessoal
• Discussões e Apresentações – para melhorar a argumentação
• Alunos devem participar como oradores em Seminários
• Possibilitar a realização de cadeiras fora do âmbito da engenharia
• Concurso de ideias
• Cultura de TI
• Estágios em empresas
• Iniciativas de Solidariedade
• Actividades extra-curriculares em grupo
• Saber liderar
• Fazer apresentações em público
• Dar aulas, como trabalho de grupo
• O Departamento deve lançar concursos com casos de estudo para serem resolvidos pelos
alunos
• O aluno deve reflectir objectivamente sobre que competências deve desenvolver
• Organização de Eventos
Interesses Complementares
• Insistir em documentação dos projectos
• Escrita de Relatórios
• Aulas de Inglês
• Aulas de Português
• Desportos colectivos
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
74
• Formação em Comunicação e Técnicas de Apresentação
• Teatro
• Ganhar mais humildade
• Hábitos de Leitura
• Participar em actividades no estrangeiro – AISEC, ATHENS, IAESTE
• Visitas a empresas
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
75
Análise de Competências
Neste ponto estão todos os resultados da análise de competências. Existem resultados dos
inquéritos que foram realizados pessoalmente, realizados via Internet e resultados que resultam da
união dos dois tipos de levantamentos efectuados.
Para cada competência, analisámos o grau de importância e o grau de satisfação. Uma vez que
as actividades e sugestões são de resposta livre, apenas os resultados numéricos são tratados neste
anexo.
Para se determinar o grau de importância, pedimos a cada inquirido que indicasse n
competências mais importantes na sua opinião, de cada grupo de competências. Por exemplo na
Tabela 4, para as competências analíticas, o Desenvolvimento de Sistemas tem um grau de
importância de 40, ou seja, isto significa que dos 52 inquéritos válidos, 40 inquéritos indicam o
Desenvolvimento de Sistemas como uma das competências mais importantes.
Para calcular o grau de satisfação de uma competência, pedimos ao inquirido que classificasse
essa competência com um valor inteiro entre 1 e 4, em que 1 indica que está muito insatisfeito com
essa competência, no recém-licenciado da LEIC do IST, e 4 indica que está muito satisfeito.
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
76
Dados sobre todos os inquéritos recolhidos
Grau de importância Grau de satisfação Competências Analíticas --- 2,58 Desenvolvimento de Sistemas 40 2,90 Análise de Sistemas 44 2,88 Resolução Problemas 44 2,88 Desenho de Sistemas 28 2,55 Visão Sistémica 34 2,42 Noção de Custos 18 1,85 Organização Pessoal e Métodos de Trabalho
--- 2,49
Responsabilidade 29 2,87 Autonomia 31 2,60 Tolerância à Pressão 22 2,58 Organização de Trabalho 23 2,46 Orientação para Objectivos 33 2,35 Cumprimento de Prazos 25 2,31 Gestão de Tempo / Prioridades 35 2,29 Competências Comportamentais --- 2,63 Capacidade de Aprendizagem 50 3,42 Criatividade e Inovação 48 2,85 Flexibilidade 45 2,81 Proactividade e Iniciativa 51 2,79 Adaptação à Mudança 44 2,71 Confiança 33 2,63 Espírito Critico 42 2,60 Tomada de Decisão 35 2,44 Atenção ao Detalhe 32 2,37 Liderança 22 2,29 Capacidade de Persuasão 14 1,98 Comunicação e Relacionamento Interpessoal
--- 2,38
Trabalho em Equipa 50 2,84 Partilha de Informação 42 2,65 Argumentação 30 2,52 Expressão Oral 43 2,46 Saber Ouvir 43 2,35 Expressão Escrita 40 2,25 Capacidade de Resolver Conflitos 28 2,21 Competências Linguísticas 13 2,14 Estabelecimento de Contactos 23 2,02 Interesses Complementares --- 2,52 Relacionamento Multicultural 41 2,62 Actividades Desportivas 29 2,54 Solidariedade 34 2,40
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
77
Tabela 4 – Esta tabela é um resumo dos graus de importância e satisfação, para cada competência, de todos
os inquéritos recolhidos (Grau de Importância, quanto mais alto o valor mais importante e no Grau de
Satisfação, o valor está entre 1, muito insatisfeito, e 4, muito satisfeito).
Grau de Satisfação por Áreas de Competências
2,25
2,3
2,35
2,4
2,45
2,5
2,55
2,6
2,65
Competências Analíticas Organização Pessoal eMétodos de Trabalho
CompetênciasComportamentais
Comunicação eRelacionamento
Interpessoal
Interesses Complementares
Competências
Gra
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Sat
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Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
78
Grau de Satisfação das Competências Analíticas
2
2,1
2,2
2,3
2,4
2,5
2,6
2,7
2,8
2,9
3
Desenvolvimento deSistemas
Análise de Sistemas Resolução Problemas Desenho de Sistemas Visão Sistémica Noção de Custos
Competência
Gra
u de
Sat
isfa
ção
Grau Satisfação das Competências de Organização Pessoal e Métodos de Trabalho
2
2,1
2,2
2,3
2,4
2,5
2,6
2,7
2,8
2,9
3
Responsabilidade Autonomia Tolerância àPressão
Organização deTrabalho
Orientação paraObjectivos
Cumprimento dePrazos
Gestão de Tempo /Prioridades
Competências
Gra
u de
Sat
isfa
ção
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
79
Grau de Satisfação nas Competências Comportamentais
2
2,2
2,4
2,6
2,8
3
3,2
3,4
3,6
Capac
idade
de Apre
ndiza
gem
Criativ
idade
e Ino
vaçã
o
Flexibi
lidad
e
Proacti
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Capac
idade
de Pers
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Competências
Gra
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Grau de Satisfação nas Competências de Comunicação e Relacionamento Interpessoal
2
2,1
2,2
2,3
2,4
2,5
2,6
2,7
2,8
2,9
Trabalh
o em E
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Partilh
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Expres
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Competências
Gra
u de
Sat
isfa
ção
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
80
Grau de Satisfação nos Interesses Complementares
2,25
2,3
2,35
2,4
2,45
2,5
2,55
2,6
2,65
Relacionamento Multicultural Actividades Desportivas Solidariedade
Competências
Gra
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ção
Grau de Importância das Competências Analiticas
0
5
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20
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30
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45
50
Desenvolvimento deSistemas
Análise de Sistemas Resolução Problemas Desenho de Sistemas Visão Sistémica Noção de Custos
Competências
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Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
81
Grau de Importância das Competências de Organização e Métodos de Trabalho
0
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15
20
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40
Responsabilidade Autonomia Tolerância àPressão
Organização deTrabalho
Orientação paraObjectivos
Cumprimento dePrazos
Gestão de Tempo /Prioridades
Competências
Gra
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Impo
rtân
cia
Grau de Importância das Competências Comportamentais
0
10
20
30
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60
Capac
idade
de Apre
ndiza
gem
Criativ
idade
e Ino
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nça
Capac
idade
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uasã
o
Competências
Gra
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Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
82
Grau de Importância das Competências de Comunicação e Relacionamento Interpessoal
0
10
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40
50
60
Trabalh
o em E
quipa
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a de I
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as
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Competências
Gra
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cia
Grau de Importância dos Interesses Complementares
0
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40
45
Relacionamento Multicultural Actividades Desportivas Solidariedade
Competências
Gra
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Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
83
Inquéritos recolhidos Pessoalmente vs Inquéritos recolhidos via Internet Grau de Satisfação
Grau de Satisfação para os
Inquéritos recolhidos Pessoalmente
Grau de Satisfação para os Inquéritos recolhidos via
Internet Competências Analíticas 2.80 2.51 Análise de Sistemas 3.07 2.82 Desenho de Sistemas 2.84 2.46 Desenvolvimento de Sistemas 3.15 2.82 Resolução Problemas 3.46 2.69 Visão Sistémica 2.30 2.46 Noção de Custos 2 1.79 Organização Pessoal e Métodos de Trabalho 2.84 2.37 Organização de Trabalho 2.92 2.31 Gestão de Tempo / Prioridades 2.46 2.23 Autonomia 2.84 2.51 Responsabilidade 3 2.82 Orientação para Objectivos 2.84 2.18 Tolerância à Pressão 3 2.44 Cumprimento de Prazos 2.84 2.13 Competências Comportamentais 2.79 2.57 Espírito Critico 2.6 2.6 Criatividade e Inovação 2.92 2.82 Capacidade de Persuasão 2.07 1.95 Adaptação à Mudança 2.92 2.64 Atenção ao Detalhe 2.69 2.26 Proactividade e Iniciativa 2.84 2.77 Confiança 3.07 2.49 Capacidade de Aprendizagem 3.53 3.38 Flexibilidade 2.84 2.79 Tomada de Decisão 2.53 2.41 Liderança 2.46 2.23 Comunicação e Relacionamento Interpessoal 2.44 2.36 Expressão Oral 2.23 2.54 Expressão Escrita 2.31 2.23 Competências Linguísticas 2.46 2.03 Trabalho em Equipa 2.77 2.87 Estabelecimento de Contactos 2.15 1.97 Saber Ouvir 2.54 2.28 Capacidade de Resolver Conflitos 2.54 2.10 Argumentação 2.31 2.59 Partilha de Informação 2.69 2.64 Interesses Complementares 2.56 2.50 Actividades Desportivas 2.62 2.51 Solidariedade 2.46 2.38 Relacionamento Multicultural 2.62 2.62
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
84
Tabela 5 - Esta tabela é um resumo comparativo dos graus de satisfação, para cada competência, de todos
os inquéritos recolhidos pessoalmente e via Internet. (Grau de Importância, quanto mais alto o valor mais
importante e no Grau de Satisfação, o valor está entre 1, muito insatisfeito, e 4, muito satisfeito).
Discussão
Os graus de satisfação foram significativamente mais elevados nos inquéritos realizados
pessoalmente. Em 36 das tendências os valores de satisfação eram mais baixos nos inquéritos
recolhidos via Internet. Uma possível razão para estas diferenças prende-se ao facto de o
entrevistado estar presente na sala e este ser o alvo dessa mesma avaliação (dado que o
entrevistador era aluno de Engenharia Informática no IST).
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
85
Grau de Satisfação por Áreas de Competências (Inquérito realizado Pessoalmente)
2
2,1
2,2
2,3
2,4
2,5
2,6
2,7
2,8
2,9
3
Competências Analíticas Organização Pessoal eMétodos de Trabalho
CompetênciasComportamentais
Comunicação eRelacionamento Interpessoal
Interesses Complementares
Competência
Gra
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Sat
isfa
ção
Grau de Satisfação por Áreas de Competências (Inquérito realizado Online)
2
2,1
2,2
2,3
2,4
2,5
2,6
2,7
2,8
2,9
3
Competências Analíticas Organização Pessoal eMétodos de Trabalho
CompetênciasComportamentais
Comunicação eRelacionamento Interpessoal
Interesses Complementares
Competência
Gra
u de
Sat
isfa
ção
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
86
Grau de Satisfação das Competências Analíticas (Inquérito realizado Pessoalmente)
2
2,2
2,4
2,6
2,8
3
3,2
3,4
3,6
Resolução Problemas Desenvolvimento deSistemas
Análise de Sistemas Desenho de Sistemas Visão Sistémica Noção de Custos
Competência
Gra
u de
Sat
isfa
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Grau de Satisfação das Competências Analíticas (Inquérito realizado Online)
2
2,1
2,2
2,3
2,4
2,5
2,6
2,7
2,8
2,9
Análise de Sistemas Desenvolvimento deSistemas
Resolução Problemas Visão Sistémica Desenho de Sistemas Noção de Custos
Competência
Gra
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Sat
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Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
87
Grau Satisfação das Competências de Organização Pessoal e Métodos de Trabalho (Inquérito realizado Pessoalmente)
2
2,2
2,4
2,6
2,8
3
3,2
Responsabilidade Tolerância àPressão
Organização deTrabalho
Orientação paraObjectivos
Cumprimento dePrazos
Autonomia Gestão de Tempo /Prioridades
Competências
Gra
u de
Sat
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ção
Grau Satisfação das Competências de Organização Pessoal e Métodos de Trabalho (Inquérito realizado Online)
2
2,1
2,2
2,3
2,4
2,5
2,6
2,7
2,8
2,9
Responsabilidade Autonomia Tolerância àPressão
Organização deTrabalho
Gestão de Tempo /Prioridades
Orientação paraObjectivos
Cumprimento dePrazos
Competências
Gra
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Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
88
Grau de Satisfação nas Competências Comportamentais (Inquérito realizado Pessoalmente)
2
2,2
2,4
2,6
2,8
3
3,2
3,4
3,6
3,8
Capac
idade
de Apre
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Gra
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Grau de Satisfação nas Competências Comportamentais (Inquérito realizado Online)
2
2,2
2,4
2,6
2,8
3
3,2
3,4
3,6
Capac
idade
de Apre
ndiza
gem
Criativ
idade
e Ino
vaçã
o
Flexibi
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e
Proacti
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e e In
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Competências
Gra
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Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
89
Grau de Satisfação nas Competências de Comunicação e Relacionamento Interpessoal (Inquérito realizado Pessoalmente)
2
2,1
2,2
2,3
2,4
2,5
2,6
2,7
2,8
2,9
Trabalh
o em E
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Partilh
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Competências
Gra
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Grau de Satisfação nas Competências de Comunicação e Relacionamento Interpessoal (Inquérito realizado Online)
2
2,1
2,2
2,3
2,4
2,5
2,6
2,7
2,8
2,9
3
Trabalh
o em E
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Partilh
a de I
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Argumen
tação
Expres
são O
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Competências
Gra
u de
Sat
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Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
90
Grau de Satisfação nos Interesses Complementares (Inquérito realizado Pessoalmente)
2,35
2,4
2,45
2,5
2,55
2,6
2,65
Relacionamento Multicultural Actividades Desportivas Solidariedade
Competências
Gra
u de
Sat
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Grau de Satisfação nos Interesses Complementares (Inquérito realizado Online)
2,25
2,3
2,35
2,4
2,45
2,5
2,55
2,6
2,65
Relacionamento Multicultural Actividades Desportivas Solidariedade
Competências
Gra
u de
Sat
isfa
ção
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
91
Grau de Importância
Grau de Importância para os Inquéritos recolhidos Pessoalmente
Grau de Importância para os Inquéritos recolhidos via Internet
Resolução Problemas Análise de Sistemas Análise de Sistemas Resolução Problemas
Desenvolvimento de Sistemas Desenvolvimento de Sistemas Desenho de Sistemas Visão Sistémica
Visão Sistémica Desenho de Sistemas
Competências Analíticas
Noção de Custos Noção de Custos
Orientação para Objectivos Gestão de Tempo / Prioridades Gestão de Tempo / Prioridades Autonomia
Responsabilidade Orientação para Objectivos Cumprimento de Prazos Responsabilidade
Autonomia Organização de Trabalho Tolerância à Pressão Cumprimento de Prazos
Organização Pessoal e Métodos de Trabalho
Organização de Trabalho Tolerância à Pressão
Proactividade e Iniciativa Proactividade e Iniciativa Capacidade de Aprendizagem Capacidade de Aprendizagem
Criatividade e Inovação Criatividade e Inovação Adaptação à Mudança Flexibilidade
Espírito Critico Espírito Critico Flexibilidade Adaptação à Mudança
Confiança Tomada de Decisão Tomada de Decisão Atenção ao Detalhe Atenção ao Detalhe Confiança
Capacidade de Persuasão Liderança
Competências Comportamentais
Liderança Capacidade de Persuasão
Expressão Oral Trabalho em Equipa Trabalho em Equipa Partilha de Informação
Saber Ouvir Saber Ouvir Expressão Escrita Expressão Oral
Partilha de Informação Expressão Escrita Argumentação Capacidade de Resolver Conflitos
Competências Linguísticas Argumentação Capacidade de Resolver Conflitos Estabelecimento de Contactos
Comunicação e Relacionamento Interpessoal
Estabelecimento de Contactos Competências Linguísticas
Relacionamento Multicultural Relacionamento Multicultural Actividades Desportivas Solidariedade Interesses Complementares
Solidariedade Actividades Desportivas Tabela 6 - Tabela com resumo comparativo dos graus de importância. Para cada Área de competência, as
competências foram ordenadas por ordem decrescente de importância.
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
92
Discussão
Existem algumas diferenças nos graus de importância das competências entre os dois métodos
de recolha de informação. Contudo não é possível detectar qualquer padrão nestas diferenças.
Grau de Importância das Competências Analiticas (Inquérito realizado Pessoalmente)
0
2
4
6
8
10
12
14
Resolução Problemas Desenvolvimento deSistemas
Análise de Sistemas Desenho de Sistemas Visão Sistémica Noção de Custos
Competências
Gra
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Grau de Importância das Competências Analiticas (Inquérito realizado Online)
0
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Análise de Sistemas Desenvolvimento deSistemas
Resolução Problemas Visão Sistémica Desenho de Sistemas Noção de Custos
Competências
Gra
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Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
93
Grau de Importância das Competências de Organização e Métodos de Trabalho (Inquérito realizado Pessoalmente)
0
2
4
6
8
10
12
Responsabilidade Tolerância àPressão
Organização deTrabalho
Orientação paraObjectivos
Cumprimento dePrazos
Autonomia Gestão de Tempo /Prioridades
Competências
Gra
u de
Impo
rtân
cia
Grau de Importância das Competências de Organização e Métodos de Trabalho (Inquérito realizado Online)
0
5
10
15
20
25
30
Responsabilidade Autonomia Tolerância àPressão
Organização deTrabalho
Gestão de Tempo /Prioridades
Orientação paraObjectivos
Cumprimento dePrazos
Competências
Gra
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Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
94
Grau de Importância das Competências Comportamentais (Inquérito realizado Pessoalmente)
0
2
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Capac
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Grau de Importância das Competências Comportamentais (Inquérito realizado Online)
0
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20
25
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40
Capac
idade
de Apre
ndiza
gem
Criativ
idade
e Ino
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o
Flexibi
lidad
e
Proacti
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e e In
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va
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Mud
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Espírit
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co
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Competências
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Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
95
Grau de Importância das Competências de Comunicação e Relacionamento Interpessoal (Inquérito realizado Pessoalmente)
0
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14
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Grau de Importância das Competências de Comunicação e Relacionamento Interpessoal (Inquérito realizado Online)
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Trabalh
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Partilh
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Estabe
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de C
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tos
Competências
Gra
u de
Impo
rtân
cia
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
96
Grau de Importância dos Interesses Complementares (Inquérito realizado Pessoalmente)
0
2
4
6
8
10
12
Relacionamento Multicultural Actividades Desportivas Solidariedade
Competências
Gra
u de
Impo
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cia
Grau de Importância dos Interesses Complementares (Inquérito realizado Online)
0
5
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20
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35
Relacionamento Multicultural Actividades Desportivas Solidariedade
Competências
Gra
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Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
97
Anexo VII – Análise dos Modos de Recolha de Informação
Entrevistas Presenciais
Este método embora seja o mais “caro”, em geral traduz-se no mais eficaz, e consistiu numa
entrevista com, em média, 2 entrevistadores e tipicamente um entrevistado. As entrevistas
tipicamente realizaram-se nas instalações das empresas.
Vantagens
A maior vantagem, e talvez a principal razão pelo facto deste método ser muito utilizado
(apesar dos “elevados custos”), é a sua eficácia. De facto, com este estudo constatou-se que foi
mais fácil envolver os colaboradores das empresas, quando existiu um contacto directo/pessoal
entre a equipa do estudo e o(s) colaborador(es) das empresas em questão.
Através do contacto directo, facilmente conseguiu-se marcar entrevistas, e estas por sua vez
uma vez marcadas, correspondiam a mais um inquérito preenchido.
O sucesso inerente a este método deve-se talvez ao facto dos colaboradores marcarem um dia
específico para realizarem o inquérito (o dia da entrevista). Pois se assim não fosse, eles
dificilmente marcariam o dia para preencher o inquérito, e consequentemente iriam adiar o seu
preenchimento indefinidamente.
Desvantagens
A principal desvantagem deste método é o seu custo, pois este método requer que tanto os
entrevistadores como os entrevistados se encontrem pessoalmente.
Outra desvantagem deste método, consiste no facto das agendas dos intervenientes
(entrevistadores e entrevistados) terem de convergir, e com outras entrevistas por fazer, e um
número bastante limitado de entrevistadores, a conciliação das agendas sem dúvida que foi um
factor que limitou o número de entrevistas realizadas.
Concretização
O primeiro contacto com as empresas foi efectuado através de e-mail.
Inicialmente enviámos um e-mail para um conjunto de empresas (as empresas que acordámos
que seriam entrevistadas, e que consistiam em empresas que possuíam um processo de
recrutamento de Engenheiros Informáticos do IST bastante activo), de modo a darmos a conhecer
o estudo e pedirmos a colaboração da empresa.
Estudo das competências e funções desempenhadas pelos Eng. Informáticos do IST no mercado de trabalho
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Tipicamente as empresas que responderam ao primeiro e-mail, fizeram-no para manifestar a sua
disponibilidade e vontade em colaborar com o trabalho.
Às empresas que não responderam ao primeiro e-mail, efectuamos um segundo contacto, por
telefone, de modo a darmos a conhecer o estudo (caso eles ainda não tivessem conhecimento do
trabalho, apesar de termos enviado um primeiro e-mail) e para perguntar qual a disponibilidade e
receptibilidade da empresa em colaborar com o trabalho.
Normalmente as pessoas com quem falávamos da primeira vez, não eram pessoas com poder de
decisão, pelo que tipicamente esperávamos, em média, 2 dias até obtermos uma resposta e o
contacto do colaborador que iríamos entrevistar.
Uma vez obtido o contacto do colaborador, agendávamos com ele uma entrevista, que
tipicamente realizava-se nas instalações da empresa onde o colaborador trabalhava.
Web-surveys
O crescimento da Internet teve um grande impacto em quase todos os aspectos da sociedade. Os
estudos de mercado não foram excepção [7]. Alguns autores afirmam que “Não existe nenhum
outro meio de recolher informação para estudos que ofereça tanto potencial por tão pouco custo”
[8].
Vantagens
O interesse em estudos de mercado baseados na Internet não surpreende na medida que oferece
várias vantagens comparativamente às tradicionais técnicas baseados no telefone e correios.
Exemplos dessas vantagens são a redução da duração e custo do estudo [7].
Desvantagens
Contudo é necessária atenção extra a determinados factores. Visto que a Internet é por natureza
um local público, a menos que se tomem medidas para limitar o acesso ao inquérito, este poderá
ser encontrado e respondido por pessoas que não pertençam ao grupo de estudo. Isto poderá
acontecer acidentalmente ou maliciosamente [7].
O uso da Internet não é uniforme para toda a população podendo, este factor, influenciar a taxa
de resposta e os resultados obtidos [7]. Em grupos de estudo com alto grau de acesso e experiência
com a Internet este problema não se levanta. No nosso estudo em particular, as empresas na áreas
das novas tecnologias têm um elevado grau de à vontade com a Internet pelo que não existem
problemas a este nível em usar um inquérito baseado na Internet. É também claro a cobertura e
familiaridade com a Internet será continuamente uma preocupação menor dado o seu ritmo de
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expansão nas várias classes da população. Adicionalmente o conhecimento de como conduzir
inquéritos na Internet será melhorado ao longo do tempo através de investigação e experiência [7]
(estando o nosso trabalho direccionado para contribuir neste sentido).
Alguns estudos têm procurado formas de melhorar a taxa de resposta. Contacto com indivíduos
que não responderam, contactos personalizados e pré-contactos com os indivíduos antes do
inquérito são três factores dominantes para aumentar as taxas de resposta [7]. Adicionalmente tem
sido estudada a influência do desenho do inquérito na taxa de resposta e nas próprias respostas
[15].
Concretização
Para pôr em prática este método, enviámos um e-mail à várias empresas, da base de dados de
empresas que possuíamos e que não tinham sido seleccionadas para entrevistas presenciais, com a
apresentação do trabalho, o endereço da página com o web survey e os dados necessários à
realização do inquérito. O inquérito poderia ser acedido e respondido mediante a introdução de
uma password de forma a garantir que apenas as empresas pertencentes ao grupo de estudo
respondiam ao inquérito.
Mixed-mode
Um dos grandes problemas das pesquisas é dificuldade em obter de taxas de resposta altas. A
alternância do modo de recolha de informação é uma forma eficiente de melhorar a taxa de
resposta [16]. A esta técnica de diversificar o modo como é feita a recolha de informação é
designada por Mixed-Mode. O Mixed-Mode baseia-se no principio de que cada pessoa prefere ser
inquirida de um modo, sendo que este modo varia de pessoa para pessoa.
Por exemplo: alguém que não goste de responder a inquéritos presenciais poderá preferir
responder a um inquérito on-line. Deste modo, alguém que não responderia ao inquérito de forma
presencial, poderá responder ao inquérito aquando de um segundo convite, para o mesmo
inquérito, mas por um modo diferente (email).
Vantagens
A grande vantagem apresentada para esta estratégia é o aumento da taxa de resposta.
Desvantagens
Esta estratégia apresenta algumas limitações. Alguns estudos sugerem que apresentando modos
alternativos simultaneamente no primeiro contacto não aumenta a taxa de resposta. Contudo, os
estudos mostram que se usarmos um modo de recolha de dados no primeiro contacto e outros
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modos nos contactos subsequentes obtêm-se melhores taxas de resposta do que utilizando o
mesmo modo de recolha de dados nos diversos contactos [16]. É importante nesta estratégia a
ordem pela qual os métodos são apresentados e não apenas quais os métodos possíveis.
Concretização
No nosso estudo esta estratégia foi concretizada através de um primeiro convite para inquérito
presencial, quando este convite era recusado, foi feito um segundo convite para o inquérito on-line.
A variação do modo de recolha de dados permitiu que empresas que se recusaram a responder ao
inquérito presencial, aceitassem responder à versão on-line do inquérito.
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Anexo VIII – Definição da Área Metropolitana de Lisboa Nos termos da Lei 10/2003 de 13 de Maio, a Grande Área Metropolitana de Lisboa (GAML) é
uma pessoa colectiva pública de natureza associativa e de âmbito territorial e visa a prossecução de
interesses comuns aos municípios que a integra, que engloba (18 Municípios) [17]: Alcochete,
Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras,
Palmela, Sesimbra, Setúbal, Seixal, Sintra, Vila Franca de Xira.