TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO
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Estratégia Saúde da Família no Município de Nova Iguaçu:
Como promover sua eficiência
Renato Brito de Souza Santos – [email protected] – UFF/ICHS
Resumo
Partindo da premissa de que o direito à saúde é garantido constitucionalmente a todos os
brasileiros, o presente artigo, através de uma pesquisa aplicada, explicativa e bibliográfica,
juntamente com a confrontação dos dados obtidos pelo Departamento de Atenção Básica e a
aplicação de um questionário virtual a 96 moradores da cidade de Nova Iguaçu-RJ, se propõe
a discutir, problematizar e relacionar os conceitos de eficiência, eficácia e efetividade na
gestão da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município em questão, de modo a identificar
os fatores que comprometem o rendimento dos seus agentes e os métodos que os estimulam a
contribuir de forma espontânea e voluntária para um melhor desenvolvimento da organização.
Para tanto, buscou-se apresentar o contexto social, político e econômico em que a eficiência,
eficácia e produtividade passaram a ser requisitos indispensáveis à gestão pública, trazendo a
contribuição de diversos autores acerca do assunto e a confrontação dos dados obtidos com o
referencial teórico. Assim, conclui-se que, apesar de serem grandes os esforços da Gestão da
Saúde Pública do município em promover de maneira eficiente e eficaz a atenção básica à
saúde a todos os seus cidadãos, este não tem sido o suficiente para garantir a efetividade do
programa.
Palavras-chave: Eficiência; Eficácia, Efetividade; Saúde Pública; SUS; Estratégia saúde da
Família.
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1. Introdução
Com a globalização da economia e à crise social, política e econômica vivida pelo
Estado brasileiro na década de 1980, constatou-se a insuficiência do modelo administrativo
vigente (burocrático) e a necessidade de se redefinir as funções administrativas básicas do
Estado (BRESSER-PEREIRA, 1996). O modelo burocrático de administração pública, que
outrora havia substituído o modelo patrimonialista, a partir da reforma administrativa ocorrida
em 1995, cede lugar ao modelo administrativo gerencial, instituído com a finalidade de pôr
fim às práticas clientelistas e patrimonialistas do antigo modelo, propondo sólidas mudanças
para a sociedade, ao invés de mudanças institucionais com pouca significância (BRESSER-
PEREIRA, 1996, p.6).
Nesse contexto, o modelo gerencial de administração pública, com o intuito de
expandir suas as atividades e alcançar seus objetivos de forma mais célere, passou a empregar
técnicas frequentemente utilizadas na iniciativa privada para fomentar seus rendimentos,
proporcionando serviços públicos de melhor qualidade e com maior alcance para os seus
usuários (ANDION, 2009, p6). No entanto, apesar da perspectiva otimista trazida pelo
modelo gerencialista, podemos observar ainda, inúmeros problemas que comprometem a
eficiência e a eficácia da Administração Pública na oferta dos serviços essenciais a sociedade.
No que tange a saúde pública, por exemplo, Filho (1987) diz que:
A deficiência na distribuição dos recursos destinados a saúde no Brasil é
caracterizada por uma desigualdade geográfica tão acentuada que deveria merecer
mais atenção por parte dos tomadores de decisões e dos planejadores do serviço
público (FILHO, 1987, p. 52).
Juntamente com a deficiência na distribuição dos recursos, podemos observar também,
a dificuldade que as unidades de assistência básicas de saúde têm em atender de forma
eficiente os seus usuários, o que acaba por contribuir para o constante aumento da
superlotação nos hospitais (MADEIRO, 2013).
Assim, com o intuito de desenvolver as Organizações de Saúde Públicas para um
elevado patamar de Eficiência e Produtividade, torna-se imprescindível estruturar de forma
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efetiva e integrada o Sistema Único de Saúde aos Programas de Atenção Básica, pois, em um
país de dimensões continentais como o Brasil, onde especificidades regionais coexistem, a
parceria com os Estados e Municípios é fundamental para alcançar resultados positivos
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).
O Ministério da Saúde acredita ainda que, dentre os agentes públicos da saúde, o
prefeito consciente é o principal ator político do desafio de levar a saúde de qualidade à
população e, por meio de seu trabalho, a organização alcançará ou não um bom
desenvolvimento, pois somente com gestores municipais comprometidos, será possível
fortalecer a estratégia para provocar uma profunda mudança na atenção básica à saúde, mais
eficiente, eficaz e produtiva, preocupada com a prevenção e promoção da saúde e menos
centrada nos serviços dos hospitais (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).
Para tanto, será apresentada, por seu tipo e natureza, a metodologia utilizada para
desenvolvimento do trabalho; as contribuições trazidas por diversos autores fundamentadas
através do referencial teórico; a apresentação dos resultados, discussões e problematizações,
além da conclusão do que fora exposto no artigo.
Neste sentido, o presente artigo tem como propósito apresentar o programa Estratégia
Saúde da Família no município de Nova Iguaçu, relacionando os seus resultados aos conceitos
de eficiência, eficácia e efetividade.
2. Metodologia
2.1 Tipo
O presente artigo trata-se de uma pesquisa aplicada, explicativa e bibliográfica.
Por seu tipo ou natureza, este artigo é considerado como sendo uma pesquisa aplicada,
pois, de acordo com a definição de Barros e Lehfeld (2000)
Tem como motivação a necessidade de produzir conhecimento para a aplicação de
seus resultados, com o objetivo de contribuir para fins práticos, visando à solução
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mais ou menos imediata do problema encontrado na realidade (BARROS e
LEHFELD, 2000, p. 78).
Assim, podemos dizer que o presente artigo é considerado de natureza aplicada por
buscar uma solução ótima – a curto e médio prazo - para a resolução dos problemas
relacionados à ineficiência e a produtividade dos órgãos de saúde pública espalhados por todo
o país, em especial do município de Nova Iguaçu.
Em relação aos seus objetivos, trata-se uma pesquisa do tipo explicativa, onde, a
preocupação central está relacionada à determinação dos fatores e a análise de fatos que
contribuem para a ineficiência e a baixa produtividade dos órgãos de saúde pública
brasileiros.
Por fim, trata-se também de uma pesquisa bibliográfica, pois, foi desenvolvida a partir
de materiais ou referenciais teóricos já elaborados por outros autores, permitindo uma
cobertura mais ampla e o acesso a outros posicionamentos acerca dos fenômenos abordados.
2.2 Coleta de Dados
A coleta de dados do presente artigo se deu através dos dados divulgados pelo
Departamento de Atenção Básica e de um questionário virtual (Google Forms) aplicado a um
grupo de pessoas residentes no município de Nova Iguaçu – RJ com o intuito de verificar a
efetividade da Estratégia Saúde da Família no presente município. Para tanto, foram
selecionadas 96 pessoas de ambos os sexos, com acesso à internet e idades entre 16 e 73 anos
que, no primeiro trimestre de 2016, responderam quantitativamente e qualitativamente ao
questionário aplicado (Apêndice I), cujos dados foram exportados e tabulados em uma
planilha eletrônica.
Cabe ressaltar, que algumas dessas pessoas, mesmo em um número pouco expressivo,
não se sentiram à vontade em responder algumas perguntas, o que causou uma pequena
variação do número total de entrevistados em relação ao número de respostas.
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Salienta-se ainda, que o presente artigo não tem a intenção de validar estatisticamente
os dados obtidos durante a coleta ou generalizá-los, servindo apenas como base para o
desenvolvimento deste trabalho e que, futuramente, poderá ser posto á prova por outros
pesquisadores.
3. Discussão Segundo a Literatura.
3.1 Eficiência, Eficácia e Efetividade na Gestão da Saúde Pública Brasileira.
Cada vez mais complexo e dinâmico, o mundo organizacional tende a buscar de forma
constante métodos que propiciem a eficiência. Tratar e perceber as organizações como
sistemas que influenciam e são influenciados pelo meio é entender que a busca da eficiência e
da produtividade vai além das práticas mecanicistas e burocráticas ainda adotadas por muitas
organizações. Desenvolver as Organizações - em especial as de Saúde Pública - a um elevado
patamar de Eficiência e Produtividade implica, de maneira imprescindível, o estímulo dos
agentes públicos da saúde com o intuito de promover um melhor rendimento dos principais
responsáveis pelo perfeito andamento destas organizações.
A Eficiência é conceituada por muitos doutrinadores como um meio equânime de
desenvolver qualquer atividade no menor prazo possível e com a menor incidência de erros,
gerando um processo de qualidade com importância singular para a área da saúde. Drucker
(1993) corrobora a definição já pacificada de que “ser eficiente é empregar a menor
quantidade de recursos possíveis e de forma racional para alcançar a eficácia”.
No entanto, somente a eficiência não garante o desenvolvimento e a realização dos
objetivos organizacionais, pois ela está intrinsecamente ligada aos meios e não aos fins, ou
seja, está focada no modo com que as coisas são feitas e não em seus resultados.
Alcântara (2010) ressalta que “o conceito de eficiência apresenta necessariamente
contornos diferenciados em organizações privadas e públicas”. Segundo ele:
Nas organizações públicas o que deve prevalecer são os interesses ou as
necessidades dos cidadãos, enquanto que, nas instituições privadas, predominam os
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interesses financeiros de seus proprietários e a maximização dos lucros
(ALCÂNTARA, 2010, p. 26).
Ainda acerca do assunto, Nassuno (1999, p. 335 – 361), contribui com o tema dizendo
que “a eficiência, por si só, não permite adequada avaliação sobre que grupos sociais estão
sendo beneficiados com as decisões dos gestores públicos”.
Vale ressaltar ainda que, mesmo com seus fatores limitadores, a eficiência é um dos
princípios da administração pública e que de acordo com Castro (2006, p.3), foi “o maior
êxito da reforma ocorrida na administração pública brasileira, possibilitando a adoção de
inúmeras inovações na esfera pública”.
Meirelles (2002) reforça dizendo que
O Princípio da Eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida com
presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno princípio da função
administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada com legalidade,
exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das
necessidades da comunidade e seus membros (MEIRELLES, 2002, p. 94).
Em relação à eficácia, há um consenso na literatura científica que a sintetiza como
sendo a capacidade de se fazer aquilo que é preciso, ou seja, de fazer as coisas certas e assim
alcançar os objetivos organizacionais. Ao contrário da eficiência, que se preocupa com os
meios, a eficácia vai mais além, preocupando-se com os fins, com os resultados a serem
obtidos.
Chiavenato (1994, p.70) contribui com o tema afirmando que “todas as organizações
devem ser analisadas sob o escopo da eficiência e da eficácia”. Para ele, “eficiência é uma
medida normativa da utilização dos recursos, ao passo que a eficácia é uma medida normativa
do alcance dos resultados nos processos”.
A aplicabilidade desses conceitos a realidade organizacional e a busca do equilíbrio
entre eles é o que possibilitará a mensuração do desempenho de uma organização. De acordo
com Bio (1996, p. 22), “a eficácia depende não somente do acerto das decisões estratégicas e
das ações tomadas no ambiente externo, mas também do nível de eficiência organizacional”.
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Em virtude disso, a gestão da saúde pública tem como desafio fazer com que as
organizações trabalhem de maneira eficiente e eficaz ao mesmo tempo. Sabemos que nem
sempre é possível que isso aconteça concomitantemente, o que por muitas vezes, contribui
para a não ou má efetivação dos serviços públicos oferecidos à sociedade.
No entendimento de Alcântara (2010, p.29)
A avaliação da eficácia do serviço público é um desafio ainda maior do que a análise
sobre a eficiência, para o Poder Judiciário, especialmente porque a eficácia, em
geral, estará relacionada à definição e possível consecução de objetivos, que muitas
vezes estarão no âmbito da discricionariedade do administrador público
(ALCÂNTARA, 2010, p. 29).
No que tange à efetividade, Sano e Filho (2013, p.40) destacam que “a efetividade
está relacionada ao impacto social que procura identificar os efeitos produzidos sobre uma
população-alvo de um programa social”. Já Castro (2006, p. 5) diz que
A efetividade, na área pública, afere em que medida os resultados de uma ação
trazem benefício à população. Ou seja, ela é mais abrangente que a eficácia, na
medida em que esta indica se o objetivo foi atingido, enquanto a efetividade mostra
se aquele objetivo trouxe melhorias para a população visada (CASTRO, 2006, p. 5).
No entanto, Torres (2004, p. 175) afirma que
A efetividade é o mais complexo dos três conceitos, em que a preocupação central é
averiguar a real necessidade e oportunidade de determinadas ações estatais,
deixando claro que setores são beneficiados em detrimento de outros atores sociais.
[...] Este conceito não se relaciona estritamente com a ideia de eficiência, que tem
uma conotação econômica muito forte, haja vista que, nada mais impróprio para a
administração pública do que fazer com eficiência o que simplesmente não precisa
ser feito (TORRES, 2004, p. 175).
Apesar de possuírem conceitos diferenciados, a eficiência, eficácia e efetividade
possuem inter-relações que precisam estar em pleno e constante desenvolvimento e harmonia
para que a gestão pública e, em especial a da saúde, possa de maneira efetiva, justa e
igualitária, promover os serviços públicos demandados pela sociedade.
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3.2 Política de Atenção Básica à Saúde no Brasil.
A instituição do Sistema Único de Saúde enquanto política pública se deu a partir da
Constituição Federal de 1988, após inúmeras reivindicações sociais que exigiam, dentre
outras providências, uma reforma sanitária. Em seu artigo 196, o texto constitucional estipula
que “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco à doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” (BRASIL, 1988).
Até o final da década de 1980, antes da promulgação da Constituição Cidadã, o
atendimento médico-hospitalar de qualidade era restrito àqueles que podiam arcar com
alguma prestação pecuniária, enquanto o restante da população dependia de atendimentos em
casas de caridade e filantropia. A partir da promulgação das Leis 8.080 de 1990 e 8.142 de
1990, o SUS foi regulamentado. No entanto, a sua mera regulamentação não é suficiente, pois
existe todo um processo, permanentemente em construção e desenvolvimento para que seus
princípios – equidade, universalidade e integralidade da assistência – sejam honrados.
O atual modelo de gestão sofreu muitas mudanças e apesar das dificuldades em sua
trajetória, é possível identificar avanços relevantes. A própria concepção de saúde, bem como
salienta Marcondes (2004), “passou a ser entendida não apenas como ausência de doença, mas
como um processo dinâmico, em constante mudança, que incorpora os condicionantes e
determinantes sociais, trazendo a noção de qualidade de vida, traduzida em bem-estar físico,
mental e social”.
Ainda há de se falar da relevância da descentralização do sistema com direção única,
que possibilitou a redistribuição do poder da união aos estados e municípios, fazendo com que
as decisões políticas de cada ente federado fossem implementadas de modo adequado às
realidades sociais de cada região.
De acordo com o Ministério da Saúde (2012), é nesse contexto que surgem as Políticas
Nacionais de Atenção Básica (PNAB), como resultado da experiência cumulada de vários
atores envolvidos historicamente com o desenvolvimento e a consolidação do Sistema Único
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de Saúde (SUS), como movimentos sociais, usuários, trabalhadores e gestores das três esferas
de governo.
O Anexo I da Portaria n°2.488/2011 do Ministério da Saúde (2012), salienta ainda,
que a Atenção Básica caracteriza-se por
Um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a
promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o
tratamento, a reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo
de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia
das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. É
desenvolvida por meio do exercício de práticas de cuidado e gestão, democráticas e
participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas à população de territórios
definidos, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a
dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Utiliza
tecnologia de cuidados complexas e variadas que devem auxiliar no manejo das
demandas e necessidades de saúde de maior frequência e relevância em seu
território, observando critério de riscos, vulnerabilidade, resiliência e o imperativo
ético de que toda demanda, necessidade de saúde ou sofrimento devem ser
acolhidos. É desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade,
próxima da vida das pessoas. Deve ser o contato preferencial dos usuários, a
principal porta de entrada e centro de comunicação da Rede de Atenção à Saúde
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002, p. 19).
3.3 A Estratégia Saúde da Família (ESF)
Com o intuito de reorganizar a atenção básica à saúde, adequando-a aos preceitos
básicos estabelecidos pelo SUS, as ações de saúde da família, anteriormente voltadas à
cobertura de pequenos municípios, como foco em áreas de maior risco social, passam a
adquirir centralidade na agenda do governo federal com a criação do Programa Saúde da
Família (CUNHA e SÁ, 2013).
Devido a sua incorporação como uma das principais estratégias do governo federal
para ampliar, qualificar e consolidar a atenção básica à saúde no país, o Programa Saúde da
Família (PSF) passou, no meado nos anos 1990, a ser denominado como Estratégia Saúde da
Família (ESF), que segundo o Ministério da Saúde (2012)
Favoreceu uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de
aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a
resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de
proporcionar uma importante relação custo-efetividade (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2012, p. 54).
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A partir desse momento, as diretrizes da Estratégia de Saúde da Família (ESF)
passaram a se contrapor ao modelo de atenção básica vigente, que até então, baseava-se na
lógica curativa e medicalizante, propondo então, uma atenção centrada na família e no
território, baseando-se em ações de prevenção das doenças, promoção e assistência à saúde
(BRASIL, 2012; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2008).
Como estratégia central, a adstrição do território tronou-se imprescindível à Estratégia
Saúde da Família, pois permite o planejamento, programação descentralizada e o
desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais e ações de promoção, prevenção e atenção
à saúde (MONKEN; BARCELOS, 2005). Além disso, permite aos gestores, aos profissionais
e usuários do SUS compreender a dinâmica dos lugares e dos sujeitos, desvelando as
desigualdades sociais e as iniquidades em saúde (GONDIM, 2012).
3.4 A Rede de Atenção a Saúde, as equipes e atribuições dos profissionais da
Estratégia Saúde da Família.
Segundo Figueiredo (2012), “para que toda estrutura possa funcionar, dando respostas
adequadas às necessidades dos usuários, de forma coordenada, é necessário estabelecer
estratégias que permitam criar múltiplas respostas para o enfrentamento da produção saúde-
doença”.
O Ministério da Saúde (2009) define a Rede de Atenção à Saúde (RAS) como sendo
O arranjo organizativo formado pelo conjunto de serviços e equipamentos de saúde,
num determinado território geográfico, responsável não apenas pela oferta de
serviços, mas ocupando-se também de como estão se relacionando, assegurando
dessa forma que a ampliação da cobertura em saúde seja acompanhada de uma
ampliação de comunicação entre os serviços, a fim de garantir a integralidade da
atenção (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009, p. 5).
Nesse sentido, destaca-se a importância de se ter uma rede municipal de atenção à
saúde bem estruturada de forma que, possibilite a consecução dos objetivos da Estratégia
Saúde da Família em consonância com os preceitos estabelecidos pelo SUS.
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De acordo com o que fora preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o
programa Estratégia Saúde da Família deve ser composto por
Uma equipe multiprofissional, possuindo no mínimo, médico generalista ou
especialista em Saúde da Família ou médico de Família e Comunidade, enfermeiro
generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar ou técnico em enfermagem
e agentes comunitários de saúde (ACS), podendo ser acrescentado a esta
composição, como parte da equipe multiprofissional, os profissionais de saúde
bucal: cirurgião dentista generalista ou especialista em Saúde da Família; auxiliar
e/ou técnico em saúde bucal. (MINISTÉRIO DA SAÚDE. 2012, p. 59-60)
Recomenda-se ainda, que o número de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) deve
ser o suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas
por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família, não ultrapassando o limite máximo
recomendado de pessoas por equipe.
Figueiredo (2012) ressalta que:
para um grande número de pessoas, distribuído em um território, às vezes de forma
dispersa e outras tão concentradas, é preciso desenvolver tanto um trabalho
colaborativo e conjunto, envolvendo todos os membros da equipe, quanto trabalhos
específicos, seguindo as disposições legais que regulamentam o exercício de cada
uma das profissões (FIGUEIREDO, 2012, p. 6).
Assim, estão condicionadas como atribuições dos profissionais da Estratégia Saúde
da Família a participação do processo de territorialização e mapeamento do território adstrito,
de modo a identificar os riscos e vulnerabilidades de cada indivíduo ou famílias, mantendo
atualizado de forma fidedigna as informações contidas no cadastro dos mesmos, garantindo a
integralidade da atenção básica à saúde conforme a necessidade da população, bem como as
previstas nas prioridades e protocolos da gestão local.
Associadas a estas, outras ações devem ser desenvolvidas, tais como: a busca ativa e
notificação de doenças e agravos de notificação compulsória; reuniões sistemáticas,
organizadas de forma compartilhada, para o planejamento e avaliação das ações; dentre
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outras. Cabe ressaltar que, a atenção básica deve ser realizada não somente no âmbito das
Unidades Básicas de Saúde, mas também em domicílios, em locais do território, quando as
visitas se tornarem essenciais para o andamento do cuidado (BRASIL, 2011).
3.5 O Município de Nova Iguaçu-RJ e o Programa Estratégia Saúde da Família.
Com o objetivo de ampliar o acesso aos serviços básicos de saúde, a prefeitura da
cidade de Nova Iguaçu-RJ, por meio do Programa “Nova Saúde Iguaçu” vem ampliando sua
rede de atenção básica à saúde através da construção de novos postos de atendimento, além da
reforma e modernização das instalações já existentes.
Do início de 2013 até o final de 2015, o programa Estratégia Saúde da Família do
município foi ampliado, cuja cobertura de 56 Equipes de Atenção Básica passou para 80.
Devido a isso, foram construídas/reformadas mais de 20 postos de saúde que funcionam de
acordo com o programa federal Estratégia Saúde da Família. Atualmente, o município conta
com mais de sessenta unidades básicas de saúde entre UPAs, UBSs e PSFs.
Nessas Unidades Básicas de Saúde e Clínicas da Família, são feitos, através das
Equipes de Atenção Básica, o cadastramento e acompanhamento dos moradores do entorno,
permitindo um diagnóstico da realidade local e a implementação dos programas públicos de
saúde adequados, com vistas à prevenção, manutenção e tratamento dos eventuais e potenciais
riscos e vulnerabilidades da parcela da população sob jurisdição.
De acordo com o Departamento de Atenção Básica (DAB), em Janeiro de 2016, o
município de Nova Iguaçu-RJ possuía aproximadamente 801.746 habitantes, cujo o teto de
Agentes Comunitários de Saúde era de 2.004 profissionais e a estimativa da população
coberta era de 50,27% da população. Em relação às Equipes de Saúde da Família, os
levantamentos feitos pelo Departamento de Atenção Básica revelaram que o teto de era de
401 equipes cobrindo aproximadamente 34,42% da população.
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4. Resultados e discussões
Como mencionado mais acima, apesar de possuírem conceitos diferenciados, a
eficiência, eficácia e efetividade possuem inter-relações que precisam estar em pleno e
constante desenvolvimento e harmonia para que a gestão pública e, em especial a da saúde,
possa de maneira efetiva, justa e igualitária, promover os serviços públicos demandados pela
sociedade.
Para avaliar o nível eficiência, eficácia e efetividade da Estratégia Saúde da Família
no município de Nova Iguaçu, serão analisados os dados divulgados pelo Departamento de
Atenção Básica (Quadro 1) em relação à cobertura dos agentes e equipes de saúde do presente
município e o formulário virtual de questões aplicado aos moradores da cidade acerca do
programa em questão.
AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA
População
Estimativa de
Cobertura
Proporção de
Cobertura
Populacional Estimada
População
Estimativa de
Cobertura
Proporção de
Cobertura
Populacional Estimada
801.746
403.075
50,27 %
801.746
276.000
34,42 %
Quadro 1 - Cobertura dos Agentes e Equipes de Saúde no município de Nova Iguaçu
Fonte: MS/SAS/ DAB e IBGE (2016).
No Quadro 2, encontram-se tabulados os dados exportados do questionário virtual
aplicado a 96 pessoas de ambos os sexos, residentes no município de Nova Iguaçu-RJ, com
acesso à internet e idades entre 16 e 73 anos.
PERGUNTAS DO QUESTIONÁRIO
SIM NÃO
N° % N° %
Possui algum problema crônico de saúde?
16
16,7
80
83,3
Precisa de atendimento médico-hospitalar com frequência?
22
22,9
74
77,1
Quando precisou, foi atendido de maneira satisfatória?
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14
54 56,8 41 43,2
Sabe diferenciar a necessidade de cuidados primários,
secundários e terciários de saúde?
38
40
57
60
Você conhece o programa Estratégia Saúde da Família?
35
37,2
59
62,8
Possui cadastro no programa Estratégia Saúde da Família?
7
7,5
86
92,5
Recebeu a visita de algum Agente Comunitário de Saúde no
último ano (2015)?
10
10,4
86
89,6
Há no seu bairro, algum posto de atendimento básico à saúde?
65
69,1
29
30,9
Quadro 2 – Formulário de Questões Aplicado a Moradores de Nova Iguaçu-RJ.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016.
Ao confrontar os dados acima, torna-se imprescindível o questionamento acerca a
efetividade do programa no município, já que a comparação dos dados expostos nos quadros
nos faz perceber discrepâncias significativas, distanciando-se do próprio conceito de
efetividade que, segundo Castro (2006) “afere em que medida os resultados de uma ação
trazem benefícios à população”. No Quadro 1 por exemplo, a estimativa da população
coberta pelos Agentes Comunitários e Equipes de Saúde do programa Estratégia Saúde Da
Família no município de Nova Iguaçu-RJ corresponde cerca de 50% e 34% respectivamente.
No entanto, ao confrontar essa informação com os dados expostos no Quadro 2,
notamos que o impacto social causado pelo programa não possui a expressividade exposta no
Quadro 1, pois, 93 das 96 pessoas que responderam o questionário virtual, 92,5% delas
afirmaram não possuir cadastro no programa ESF e 89,6% afirmam não terem recebido
nenhuma visita por parte dos Agentes ou Equipes Comunitárias de Saúde no último ano
(2015), como evidenciam os gráficos abaixo:
Gráfico 1 – Número de pessoas que, de acordo com a pesquisa, possuem cadastro no Programa ESF.
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Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor, 2016.
Gráfico 2 – Número de pessoas que, de acordo com a pesquisa, afirmam ter recebido, no ano de 2015, a visita de
algum agente de saúde.
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor, 2016.
Além disso, apesar de quase 70% das pessoas que responderam ao questionário
afirmarem que existem unidades Básicas de Saúde nos bairros onde moram, 62% delas
afirmam não conhecer o programa Estratégia Saúde da Família, tornando perceptíveis
elevados níveis de eficiência que, de acordo com Drucker (1993) “é empregar a menor
quantidade de recursos possíveis e de forma racional”, porém, demostram níveis moderados
de eficácia da atual gestão em alcançar do município, pois, de acordo com Bio (1996),
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“depende não só do acerto das decisões estratégicas e das ações tomadas no ambiente externo,
mas também do nível de eficiência organizacional”.
Gráfico 3 – Número de pessoas que, de acordo com a pesquisa, afirmam ter em seu bairro ao menos um posto de
saúde.
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor, 2016.
Gráfico 3 – Número de pessoas que, de acordo com a pesquisa, afirmam não conhecer o Programa ESF
Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor, 2016..
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO
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5. Conclusão
Em vista do exposto, pode-se concluir que, no período que compreende a atual gestão
(2013 a 2016), o município de Nova Iguaçu tem alcançado níveis satisfatórios de eficiência,
pois vêm aplicando de maneira perceptível os recursos destinados à ampliação, manutenção e
consecução do Programa Estratégia Saúde da Família. O município também têm se mostrado
eficaz, à medida que, para atender cada vez mais e melhor a sua população, vem construindo,
através do Programa “Nova Saúde Iguaçu” novas unidades básicas de saúde, além de
reformar e modernizar as UBS já existentes no município.
No entanto, apesar de serem grandes os esforços da Gestão da Saúde Pública do
município em promover de maneira eficiente e eficaz a atenção básica à saúde a todos os seus
cidadãos, percebe-se que este não te sido o suficiente para garantir a efetividade do programa,
haja vista que, de acordo com os dados obtidos no formulário virtual aplicado a um grupo de
moradores do município, o impacto social causado pelo programa não tem mostrado um
efeito real.
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO
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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO
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APÊNDICE I
Questionário acerca da efetividade da Estratégia Saúde da Família no Município de
Nova Iguaçu.
1. Possui algum problema crônico de saúde?
Sim
Não
2. Precisa ou procura atendimento médico com frequência?
Sim
Não
3. Quando precisou de atendimento, foi atendido de maneira satisfatória?
Sim
Sim
4. Sabe a diferença entre os níveis primários, secundários e terciários de atenção à saúde?
Sim
Não
5. Você conhece ou já ouviu falar na Estratégia de Saúde da Família?
Sim
Não
6. Já possui cadastro na Estratégia de Saúde da Família?
Sim