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Page 1: Estação de tratamento de esgoto

Universidade Federal do MaranhãoColégio Universitário -COLUN Curso Técnico em Meio AmbienteDisciplina: Gestão de Efluentes

Orientador:Rosário DuarteAprendiz:Roosevelt Ferreira AbrantesRuan AlmeidaElinajara Pereira Castro

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Introdução

A importância do tratamento de esgoto nos municípios vai além do cumprimento de um plano diretor; é questão de consciência e proteção da saúde humana e do meio ambiente. A falta de tratamento dos esgotos e condições adequadas de saneamento pode contribuir para a proliferação de inúmeras doenças parasitárias e infecciosas além da degradação do corpo da água.

A disposição adequada dos esgotos é essencial para a proteção da saúde pública. Aproximadamente, cinquenta tipos de infecções podem ser transmitidos de uma pessoa doente para uma sadia por diferentes caminhos, envolvendo os excretos humanos. Os esgotos, ou excretas, podem contaminar a água, o alimento, os utensílios domésticos, as mãos, o solo ou ser transportados por moscas, baratas, roedores, provocando novas infecções.

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Sistema de Tratamento de Esgoto

1. Esgoto, efluente ou águas servidas são todos os resíduos líquidos provenientes de indústrias e domicílios e que necessitam de tratamento adequado para que sejam removidas as impurezas e assim possam ser devolvidos à natureza sem causar danos ambientais e à saúde humana.

2. Geralmente a própria natureza possui a capacidade de decompor a matéria orgânica presente nos rios, lagos e no mar. No entanto, no caso dos efluentes essa matéria é em grande quantidade exigindo um tratamento mais eficaz em uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) que, basicamente, reproduz a ação da natureza de maneira mais rápida.

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Fonte: www.google.com / Imagem: Estação de Tratamento de Esgotos

nos EUA

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Sistema de Tratamento de Esgoto

1. É importante destacar que o tratamento dos efluentes pode variar muito dependendo do tipo de efluente tratado e da classificação do corpo de água que irá receber esse efluente, de acordo com a Resolução CONAMA 20/86. Quanto ao tipo, o esgoto industrial costuma ser mais difícil e caro de tratar devido à grande quantidade de produtos químicos presentes.

2. Quanto à classificação, o efluente deve ser devolvido ao rio tão limpo ou mais limpo do ele próprio, de forma que não altere suas características físicas, químicas e biológicas. Em alguns casos, como por exemplo, quando a bacia hidrográfica está classificada como sendo de classe especial, nenhum tipo de efluente pode ser jogado ali, mesmo que tratado. Isso porque esse tipo de classe se refere aos corpos de água usados para abastecimento.

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Sistema de Tratamento de Esgoto

1. Pode-se então, separar o tratamento de esgoto domiciliar em 4 níveis básicos: nível preliminar, tratamento primário e tratamento secundário que tem quase a mesma função, e tratamento terciário ou pós-tratamento.

2. Cada um deles têm, respectivamente, o objetivo de remover os sólidos suspensos (lixo, areia), remover os sólidos dissolvidos, a matéria orgânica, e os nutrientes e organismos patogênicos (causadores de doenças).

3. No nível preliminar são utilizadas grades, peneiras ou caixas de areia para reter os resíduos maiores e impedir que haja danos as próximas unidades de tratamento, ou até mesmo, para facilitar o transporte do efluente.

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Sistema de Tratamento de Esgoto

1. No tratamento primário são sedimentados (decantação) os sólidos em suspensão que vão se acumulando no fundo do decantador formando o lodo primário que depois é retirado para dar continuidade ao processo.

2. Em seguida, no tratamento secundário, os micro-organismos irão se alimentar da matéria orgânica convertendo-a em gás carbônico e água.

3. E no terceiro e último processo, também chamado de fase de pós-tratamento, são removidos os poluentes específicos como os micronutrientes (nitrogênio, fósforo e outros…) e patogênicos (bactérias, fungos).

4. Isso quando se deseja que o efluente tenha qualidade superior, ou quando o tratamento não atingiu a qualidade desejada.

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Sistema de Tratamento de EsgotoFonte: COPASA, CETESB - http://sosriosdobrasil.blogspot.com/2008/09/11-audincia-de-sustentabilidade.html / Imagem: E.T.E São Miguel - SP

Quando se trata de efluentes industriais a própria empresa que faz o tratamento de esgoto exige que a indústria monitore a qualidade dos efluentes mandados para e estação.

No caso de haver substâncias muito tóxicas ou que não podem ser removidas pelo tratamento oferecido pela ETE, a indústria é obrigada a construir a sua própria ETE para tratar seu próprio efluente.

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Como Funciona Uma ETE – Estação de Tratamento de Esgoto

1. A princípio, uma Estação de Tratamento de Esgoto - ETE deve estar situada nas proximidades de um corpo receptor, que pode ser um lago, uma represa, ou um curso d'água qualquer.

2. Em geral, o corpo receptor é um rio. O esgoto que chega à estação é chamado "esgoto bruto" e escoa por um tubo de grandes dimensões chamado "interceptor".

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A Sequencia de Tubulações desde a Saída do Esgoto das Residências até a Entrada na ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) é:

1 – Tubulação primária = Recebe as águas residuárias das residências;

2 – Tubulação secundária = Recebe contribuições das tubulações primárias e outras de águas residuárias das residências;

3 – Coletor tronco = Além de receber as águas dos coletores secundários, pode receber eventualmente alguma contribuição isolada residencial, sendo esta medida não aconselhável;

4 – Interceptor = Este conduz o esgoto até a ETE e não pode receber nenhuma contribuição individual no caminho.

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5 - Estação Elevatória

1. Na entrada da ETE, geralmente existe uma estação elevatória que bombeia o esgoto para cima até o nível superficial onde começa o tratamento.

2. O Tratamento de efluentes em uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) consiste em processos sistemáticos, que possuem certas etapas, onde todos os componentes poluidores são separados da água antes de retornarem ao meio ambiente.

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O Esgoto Bruto que Chega às Estações de Tratamento de Efluentes, passa por Diversas Etapas de Tratamento, São Elas:

Primeira Etapa: O GRADEAMENTO

Ocorre a remoção de sólidos grosseiros, onde o material de dimensões maiores do que o espaçamento entre as barras é retido. Há grades grosseiras (espaços de 5,0 a 10,0 cm), grades médias (espaços entre 2,0 a 4,0 cm) e grades finas (1,0 a 2,0 cm). As principais finalidades da remoção dos sólidos grosseiros são:

1. Proteção dos dispositivos de transporte dos esgotos (bombas e tubulações);

2. Proteção das unidades de tratamento subsequentes;3. Proteção dos corpos receptores Este primeiro procedimento consiste em deter os materiais

maiores tais como galhos de árvores, objetos conduzidos e arrastados pelo caminho, etc., os quais ficam presos nestes sistemas de gradeamento que possui malhas com espaçamentos diferentes em vários níveis.

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Fonte: www.brasilescola.com / Imagem: Desenho Esquemático Estação de Tratamento de Esgoto

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Segunda Etapa: DESARENADORES

O mecanismo de remoção da areia é o de sedimentação: os grãos de areia, devido às suas maiores dimensões e densidade, vão para o fundo do tanque, enquanto a matéria orgânica, de sedimentação bem mais lenta, permanece em suspensão, seguindo para as unidades seguintes. As finalidades básicas da remoção de areia são:

1. Evitar abrasão nos equipamentos e tubulações;2. Eliminar ou reduzir a possibilidade de obstrução em

tubulações, tanques, orifícios, sifões etc;3. Facilitar o transporte líquido, principalmente a

transferência de lodo, em suas diversas fases. 4. Retirada dos materiais sólidos granulares.

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Terceira Etapa: DECANTADOR PRIMÁRIO

1. Os tanques de decantação podem ser circulares ou retangulares. Os esgotos fluem vagarosamente através dos decantadores, permitindo que os sólidos em suspensão, que apresentam densidade maior do que a do líquido circundante, sedimentem gradualmente no fundo.

2. Essa massa de sólidos, denominada lodo primário bruto, pode ser adensada no poço de lodo do decantador e ser enviada diretamente para a digestão ou ser enviada para os adensadores.

3. Uma parte significativa destes sólidos em suspensão é compreendida pela matéria orgânica em suspensão.

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Terceira Etapa: DECANTADOR PRIMÁRIO

1. Esta etapa que ocorre nos decantadores primários onde as partículas sólidas sedimentam no fundo do tanque. Passam entretanto por alguns procedimentos, algumas partículas são muito pequenas e não possuem peso suficiente para precipitarem.

2. Por isso, geralmente na entrada da ETE, é adicionada uma substância coagulante a fim de unir essas partículas formando outras maiores e mais densas que consigam sedimentar com seu peso próprio no decantador.

3. O tempo necessário para que haja a precipitação é chamado tempo de detenção e é pré-determinado. No decantador o movimento da água não deve ter quase que nenhuma turbulência para facilitar a sedimentação.

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Quarta Etapa: PENEIRA ROTATIVA

1. Dependendo da natureza e da granulometria do sólido, as peneiras podem substituir o sistema de gradeamento ou serem colocadas em substituição aos decantadores primários.

2. A finalidade é separar sólidos com granulometria superior à dimensão dos furos da tela.

3. O fluxo atravessa o cilindro de gradeamento em movimento, de dentro para fora.

4. Os sólidos são retidos pela resultante de perda de carga na tela, são removidos continuamente e recolhidos em caçambas.

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Quinta Etapa: TANQUE DE AERAÇÃO

1. A remoção da matéria orgânica é efetuada por reações bioquímicas, realizadas por microrganismos aeróbios (bactérias, protozoários, fungos etc) no tanque de aeração.

2. A base de todo o processo biológico é o contato efetivo entre esses organismos e o material orgânico contido nos esgotos, de tal forma que esse possa ser utilizado como alimento pelos microrganismos. Os microrganismos convertem a matéria orgânica em gás carbônico, água e material celular (crescimento e reprodução dos microrganismos).

3. Ainda reforçando este processo, os sedimentos acumulados no fundo do decantador são denominados "lodos" e são retirados pelo fundo do tanque, encaminhados para adensadores de gravidade e digestores anaeróbios. Nestes digestores as bactérias e microorganismos aeróbios consomem a matéria orgânica constituinte do lodo.

4. O material excretado é consumido no fundo do tanque pelos microorganismos anaeróbios. Assim ocorre uma diminuição do volume do lodo que pode ser encaminhado para filtros prensa e câmara de desidratação onde ocorre uma diminuição ainda maior de seu volume e daí é encaminhado para aterros sanitários ou como esterco para agricultura.

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Sexta Etapa: DIGESTÃO ANAERÓBIA

1. A digestão é realizada com as seguintes finalidades: Destruir ou reduzir os microrganismos patogênicos; Estabilizar total ou parcialmente as substâncias instáveis e matéria

orgânica presentes no lodo fresco; Reduzir o volume do lodo através dos fenômenos de liquefação,

gaseificação e adensamento; Dotar o lodo de características favoráveis à redução de umidade; Permitir a sua utilização, quando estabilizado convenientemente, como

fonte de húmus ou condicionador de solo para fins agrícolas. 2. Na ausência de oxigênio têm-se somente bactérias anaeróbias, que

podem aproveitar o oxigênio combinado. As bactérias acidogênicas degradam os carboidratos, proteínas e lipídios transformando-os em ácidos voláteis, e as bactérias metanogênicas convertem grande parte desses ácidos em gases, predominando a formação de gás metano.

3. A estabilização de substâncias instáveis e da matéria orgânica presente no lodo fresco também pode ser realizada através da adição de produtos químicos. Esse processo é denominado estabilização química do lodo.

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Sétima Etapa: DECANTADOR SECUNDÁRIO E RETORNO DO LODO

1. Os decantadores secundários exercem um papel fundamental no processo de lodos ativados, sendo responsável pela separação dos sólidos em suspensão presentes no tanque de aeração, permitindo a saída de um efluente clarificado, e pela sedimentação dos sólidos em suspensão no fundo do decantador, permitindo o retorno do lodo em concentração mais elevada.

2. O efluente do tanque de aeração é submetido à decantação, onde o lodo ativado é separado, voltando para o tanque de aeração. O retorno do lodo é necessário para suprir o tanque de aeração com uma quantidade suficiente de microrganismos e manter uma relação alimento/ microrganismo capaz de decompor com maior eficiência o material orgânico.

3. O efluente líquido oriundo do decantador secundário é descartado diretamente para o corpo receptor ou passa por tratamento para que possa ser reutilizado internamente ou oferecida ao mercado para usos menos nobres, como lavagem de ruas e rega de jardins.

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Oitava Etapa: ADENSAMENTO DO LODO

1. Esta etapa ocorre nos Adensadores de Densidade e nos Flotadores. Como o lodo contém uma quantidade muito grande de água, deve-se realizar a redução do seu volume. O adensamento é o processo para aumentar o teor de sólidos do lodo e, consequentemente, reduzir o volume.

2. Este processo pode aumentar, por exemplo, o teor de sólidos no lodo descartado de 1% para 5%. Desta forma, as unidades subsequentes, tais como a digestão, desidratação e secagem, beneficiam-se desta redução. Dentre os métodos mais comuns, temos o adensamento por gravidade e por flotação.

3. O adensamento por gravidade do lodo tem por princípio de funcionamento a sedimentação por zona, o sistema é similar aos decantadores convencionais. O lodo adensado é retirado do fundo do tanque.

4. No adensamento por flotação, o ar é introduzido na solução através de uma câmara de alta pressão. Quando a solução é despressurizada, o ar dissolvido forma micro-bolhas que se dirigem para cima, arrastando consigo os flocos de lodo que são removidos na superfície.

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Nona Etapa: CONDICIONAMENTO QUÍMICO DO LODO

1. O condicionamento químico resulta na coagulação de sólidos e liberação da água adsorvida.

2. O condicionamento é usado antes dos sistemas de desidratação mecânica, tais como filtração, centrifugação, etc.

3. Os produtos químicos usados incluem cloreto férrico, cal, sulfato de alumínio e polímeros orgânicos.

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Décima Etapa: FILTRO PRENSA DE PLACAS

1. Em um filtro prensa de placas, a desidratação é feita ao forçar a água do lodo sob alta pressão. As vantagens do filtro prensa incluem: alta concentração de sólidos da torta, baixa turbidez do filtrado e alta captura de sólidos.

2. O teor de sólidos da torta resultante varia de 30 a 40%, para um tempo de ciclo de filtração de 2 a 5 horas, tempo necessário para encher a prensa, mantê-la sob pressão, abrir, descartar a torta e fechar a prensa.

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Décima Primeira Etapa: SECADOR TÉRMICO

1. Nos digestores, durante o processo de oxidação da matéria orgânica ocorre uma liberação de gás que geralmente é reaproveitado como combustível, muitas vezes para abastecer equipamentos da própria estação de tratamento como, por exemplo, os secadores térmicos.

2. A secagem térmica do Lodo é um processo de redução de umidade através de evaporação de água para a atmosfera com a aplicação de energia térmica, podendo-se obter teores de sólidos da ordem de 90 a 95%. Com isso, o volume final do lodo é reduzido significativamente.

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Décima Segunda Etapa: PRODUÇÃO E APROVEITAMENTO DO LÔDO

1. Em todos os processos de tratamento de esgoto existem subprodutos que devem ser tratados para que seja lançado no meio ambiente, o principal subproduto de tratamento do esgoto é o lôdo.

2. O lôdo é uma mistura complexa de sólidos de origem biológica e mineral que são removidos do esgoto. Os lôdos resultantes do processo de tratamento de esgoto são constituídos basicamente de materiais orgânicos (sólidos voláteis) e minerais (sólidos fixos), além de água. Suas características como composição e propriedades podem variar bastante, dependendo da origem do esgoto e do processo de tratamento empregado.

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Décima Segunda Etapa: PRODUÇÃO E APROVEITAMENTO DO LÔDO

3. O lôdo pode ser submetido a diferentes tipos de tratamento, o que resulta em diferentes características físicas e químicas do lôdo final, o qual pode ser aproveitado por meio dos processos de pirólise, compostagem e/ou secagem. Dentre os processos que constituem a fase sólida do tratamento, os usualmente empregados nas ETE`s são:

a) Processos físicos para concentração do teor de sólidos, através do adensamento por gravidade e por flotação;

b) Processos biológicos de estabilização, através de digestão aeróbia e anaeróbia, ou processos químicos, através da adição de cal; 

c) Processos químicos de condicionamento para a desidratação, através de adição de cal, cloreto férrico ou polímeros; 

d) Processo de desidratação natural, em leitos de secagem ou lagoas de lôdo, ou desidratação mecanizada, com filtros prensa placas, centrífugas e filtros prensam de esteira; 

e) Processos de secagem ou condicionamento por meio térmico ou através de incineração.

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Décima Terceira Etapa: PRINCIPAIS FORMAS DE TRATAMENTO DO LODO

Processo de Pirolise: A Pirólise, apesar de ser uma técnica em fase experimental, deixou de ser analisada apenas do ponto de vista teórico e tem despertado grande interesse. Trata-se de um processo de decomposição térmica, sob uma atmosfera livre de O2, que transforma substâncias complexas em simples pela utilização de calor.

Processo de Compostagem: A compostagem, produção de composto ou “adubo” orgânico consiste na transformação de material orgânico através de atividades biológicas dos microrganismos (como bactérias aeróbicas e anaeróbicas) que produzem, por processos metabólicos, um composto rico em nutrientes indispensáveis aos vegetais.

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Décima Terceira Etapa: PRINCIPAIS FORMAS DE TRATAMENTO DO LODO

Processo de Secagem: Existem estações de tratamento de esgoto nas quais é feita a secagem do lôdo utilizando calor de processo (cogeração) ou através de procedimentos mecânicos, usando filtro prensa de esteira ou de placas. Pode-se usar também um secador térmico alimentado pelo próprio biogás gerado na ETE.

Processo de Centrifugação: A centrifugação envolve a aplicação de uma força centrífuga à mistura, é um processo similar à decantação por gravidade, com a diferença de se usar, neste caso, uma força centrífuga muitas vezes superior à força da gravidade, que é promovida pela rotação em alta velocidade do conjunto rotativo da máquina.

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Décima Quarta Etapa: DESTINAÇÃO FINAL DO SUBPRODUTO DO LODO

1. A destinação final do lôdo é um problema que precisa ser abordado sob o ponto de vista técnico, econômico, sanitário, agrícola e energético, por se tratar de um resíduo urbano rico em matérias primas e nutrientes.

2. A gestão do lôdo produzido por uma estação de tratamento de esgotos, em qualquer caso, é um dos maiores desafios para o sucesso técnico e operacional.

3. É também um desafio econômico, já que alguns estudos mostram que o processamento da fase sólida pode representar até 60 % dos custos operacionais da estação.

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Décima Quinta Etapa: DEVOLUÇÃO DE AFLUENTE TRATADO PARA UM CORPO D´ÁGUA PRÓXIMO A ETE.

1. Antes do processo de devolução destes afluentes, devidamente tratado pela ETE, são verificados no laboratório a qualidade em que esta água se encontra nos taques de devolução, são considerados por exemplos o nível de phmetragem da água, inexistência mínima de agente bactericidas, o teor de salubridade, dentre outros.

2. Outro fator importante que deve ser verificado pelas ETE´s, é que aquele afluente tratado na ETE, não deve por exemplo ser despejado na rede coletora de abastecimento de água potável da cidade, que é recolhida pelas ETA´s (Estações de Tratamento de Água) que é redistribuída para a cidade, o corpo de água escolhido deve correr diretamente para um rio, lago ou laguna e este para o mar, este sim realizará o reciclamento natural, adequado e seguro deste efluente.

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Décima Quinta Etapa: DEVOLUÇÃO DE AFLUENTE TRATADO PARA UM CORPO D´ÁGUA PRÓXIMO A ETE.

1. Observa-se que o processo de devolução só recebe o aval de liberação a partir de mais 95% de eficácia no tratamento do esgoto.

2. O leito receptor escolhido ganha agora a água limpa e tratada decorrente de todo o processo de tratamento.

3. Essa água é destinada ao rio, ou a qualquer outra fonte receptora, através de um sistema de tubos e a população tem a tranquilidade de saber que está livre de doenças causadas por infecções decorrentes da poluição, da sujeira e dos gases provenientes de esgotos que correm a céu aberto e que não recebem nenhum tipo de tratamento.

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UM EXEMPLO DA ULTIMA GERAÇÃO EM ESTAÇÃO DE TRATEMENTO DE ESGOSTO UTILIZADA PRINCIPALMENTE EM PAISES DESENVOLVIDOS – AS UASB´s

Exemplos de Países que já Adotaram este Sistema: EUA, Canadá, Países Árabes, grande parte dos Países Europeus, China, Japão, Austrália, Russia, dentre muitos outros; o Brasil também possui uma em Guarulhos – São Paulo) – AS UASB (Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente e Manta de Lodo) + BFDESN (Biofiltro Desnitrificante) + BFN (Biofiltro Nitrificante) + DS (Decantador Secundário). É um eficiente SISTEMA de Tratamento de Esgotamento Sanitário.

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UASB (Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente e Manta de Lodo) + BFDESN (Biofiltro Desnitrificante) + BFN (Biofiltro Nitrificante) + DS (Decantador Secundário).

Fonte: Folha de São Paulo / Imagem: Em 2011, Guarulhos colocou em operação sua segunda Estação de Tratamento de Esgoto: a ETE de Bonsucesso.

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Quais são Principais vantagens destas ETE´s - AS UASB´s :

1. Mais compacto dentre os processos biológicos;

2. Simplicidade operacional;

3. Baixo custo de implantação e operação;

4. Baixo impacto em ambientes urbanos (ruído, odor, visual);

5. Gera 60% menos lodo que os processos convencionais;

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Fluxograma de Tratamento das UASB´s

Fluxograma de tratamento da ETE UASB + BFDESN + BFN + DS

O Fluxograma da ETE UASB + BFDESN + BFN + DS é composto pelas seguintes unidades:

  ITEMUnidade Componentes   01 Pré-tratamento Caixa de areia e caixa de gordura

com limpeza manual 02 Estação elevatória Poço e conjunto moto-bomba 03 Tratamento secundário Reator UASB (anaerobio) + BF

(aeróbio) 04 Polimento Decantador Secundário (DS) 05 Tratamento do lodo BAG 06 Tratamento do Gás Queimador de Biogás

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UMA ABORDAGEM ANALITICA SOBRE A ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DA CIDADE DE SÃO LUIS DO MARANHÃO

1. Segundo a CAEMA, só 15% do esgoto produzido na capital recebe tratamento, São Luís tem apenas duas Estações de Tratamento de Esgoto funcionando atualmente, insuficientes para atender à demanda.

2. Destes 15% do esgoto produzido em São Luís que recebem tratamento antes de ser jogado no meio ambiente, não iram degrada os afluentes, segundo dados da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA), que discutiu o problema, no seminário Olhares e Saberes: uma contribuição para o destino adequado dos resíduos dos serviços de saneamento no Maranhão.

3. Para melhorar o saneamento básico na capital, a Companhia está investindo cerca de R$ 107 milhões na construção de duas novas estações de tratamento de esgoto (ETE).

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UMA ABORDAGEM ANALITICA SOBRE A ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DA CIDADE DE SÃO LUIS DO MARANHÃO

1. Ainda segundo a CAEMA, estas duas Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) em funcionamento: a ETE Jaracati, inaugurada em dezembro de 2003, que recebe os esgotos dos domicílios e estabelecimentos comerciais instalados na Avenida Litorânea, Calhau, Lagoa da Jansen, partes do São Francisco e do Renascença; e a ETE do Bacanga, inaugurada em julho daquele mesmo ano para atender as 115 mil pessoas em diversos bairros da capital que fazem parte da Bacia do Rio Bacanga ainda encontra-se parcialmente desativada.

2. As duas estações juntas tratam apenas 15% de todo o esgoto produzido pela população de São Luís. Todo o restante é lançado in natura no meio ambiente.

3. Isso acontece porque as duas estações trabalham abaixo da capacidade máxima, pois a rede coletora de esgoto de São Luís é insuficiente para conduzir uma parte maior dos resíduos produzidos na cidade, que são lançados direto nos mananciais, rios e praias da cidade, afirmou o gerente de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da CAEMA, Raimundo Medeiros.

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UMA ABORDAGEM ANALITICA SOBRE A ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DA CIDADE DE SÃO LUIS DO MARANHÃO

1. A deficiência no tratamento do esgoto em São Luís é causada também pela desativação das outras quatro ETEs existentes na cidade. Em 2009, a ETE Lima Verde foi desativada por vazamento no tanque de armazenamento. No ano seguinte, os serviços da ETE Gaivota foram interrompidos por causa da ação de vândalos que danificaram os equipamentos utilizados no tratamento do esgoto.

2. Também estão em desuso as ETEs da Cidade Operária e de Mocajituba, estações que tratavam o esgoto por meio do processo de decantação. Nesse tipo de tratamento, o esgoto é armazenado em grandes lagoas e a água evapora por meio da ação do sol, restando apenas lodo, areia e outros resíduos sólidos presentes no esgoto.

3. Por causa de deficiências no sistema de coleta, o esgoto deixou de chegar às lagoas, que secaram. Na Cidade Operária, a área onde ficava a estação foi ocupada por residências e estabelecimentos comerciais. No Mocajituba, por uma empresa de escavação e extração de areia, cascalho, barro e outros minerais , informou Raimundo Medeiros.

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UMA ABORDAGEM ANALITICA SOBRE A ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DA CIDADE DE SÃO LUIS DO MARANHÃO

Para ampliar a rede de coleta e tratamento de esgoto na cidade, a CAEMA está finalizando o processo de contratação das empresas que vão construir duas novas ETEs.

O Sistema Anil irá atender mais de 50 mil moradores dos bairros Alemanha, Camboa, Liberdade, Fé em Deus e Ivar Saldanha; e o Sistema Vinhais beneficiará mais de 246 mil moradores dos bairros Cruzeiro do Anil, Ipase (Japão), Rio Anil, João de Deus, Pirapora, Vila Lobão, Recanto Santos Dumont, Aurora, Vila dos Vinhais e Vila Vitória.

Com o funcionamento dessas duas novas estações, teremos 30% do esgoto de São Luís tratado, informou José Ribamar Rodrigues Fernandes, diretor de Engenharia e Meio Ambiente da CAEMA.

A CAEMA planeja fazer também duas licitações ainda este ano para contratar a execução de projetos de dois novos sistemas de esgotamento sanitário: Olho d Água/Turu e Geniparanã. O plano é investir R$ 252 milhões a mais na rede de esgoto da cidade. Com isso, teremos 60% do esgoto de São Luís tratado, afirmou José Ribamar Rodrigues Fernandes. (O Estado do Maranhão/MA 27/06/2012).

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AS CONSEQUENCIAS ENFRENTADAS PELO MUNICIPIO DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO POR NÃO POSSUIR UM NUMERO SUFICIENTE DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO 

O Município de São Luis do Maranhão além de despejar diariamente toneladas de esgoto nos rios, lagos e laguna contaminando os afluentes destas biodiversidades, acaba por contaminar também as praias.

Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) informa que as condições de balneabilidade na orla de São Luís e São José de Ribamar não estão boas para banho.

O laudo refere-se à ação de monitoramento realizada nos dias 8/10 a 5/11 de 2012, integrando a série de acompanhamento semanal das condições de balneabilidade das praias da Ilha do Maranhão.

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AS CONSEQUENCIAS ENFRENTADAS PELO MUNICIPIO DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO POR NÃO POSSUIR UM NUMERO SUFICIENTE DE ESTAÇÕES DE

TRATAMENTO DE ESGOTO 

De acordo com o laudo, as praias de Foz Do Rio Calhau, Foz do Rio Pimenta, Foz do Rio Claro, Foz do Rio Jaguarema e Foz do Rio Olho de Porco estão interditadas. Já uma parte da praia do Araçagy está imprópria para banho.

Para o laudo, foram coletadas amostras nas praias da Ponta d’Areia, São Marcos, Calhau, Olho d’Água, Praia do Meio e Araçagy, abrangendo 12 pontos de coleta, empreendida por técnicos da Secretaria de Estado de Saúde e do Laboratório Central de Saúde Pública.

Para a avaliação da qualidade da água utilizou-se indicador microbiológico (Escherichia Coli), para fins de quantificar bactérias/100 mililitros de água do mar, sendo as amostras de água colhidas em situação de maré baixa e na isóbata de 1m. Para isso, utilizou-se o método de substrato cromogênico definido.

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AS CONNCIAS ENFRENTADAS PELO MUNICIPIO SEQUEDE SÃO LUÍS DO MARANHÃO POR NÃO POSSUIR UM NUMERO SUFICIENTE DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO

O monitoramento obedece aos padrões fixados na Resolução Conama nº 274/00, segundo a qual, as águas das praias serão consideradas próprias, quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras, obtidas em cada uma das cinco semanas anteriores, e colhidas no mesmo local, houver no máximo 800 E.coli/100 mL (NMP - Número Mais Provável).

As águas das praias serão consideradas impróprias, quando não atenderem aos critérios anteriores, ou quando o valor obtido na última amostragem for superior a 2000 E.coli/100 mL (NMP).

Neste caso todas as amostras tiveram saldo positivo, ou seja, as coletas indicaram que as praias estão com a sua balneabilidade impróprias para o banho.

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A Falta de Políticas Públicas em São Luis do Maranhão geram transtornos para a população

O mau uso dos recursos públicos geram transtornos e ineficiência das ações...

Apenas 15% do esgoto de São Luis passa por tratamento adequado, o restante da cidade despeja seus dejetos diretamente no corpos hídricos das praias, rios e lagoas e lagunas da região metropolitana.

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AS CONSEQUENCIAS ENFRENTADAS PELO MUNICIPIO DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO POR

NÃO POSSUIR UM NUMERO SUFICIENTE DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO 

Segundo uma outra fonte, neste caso noticiou o jornal o Estado do Maranhão, as praias da cidade de São Luís, impróprias para banho devido ao lançamento de esgoto sem tratamento, passarão por um trabalho de despoluição inédito, que deve começar ainda este ano. Apenas 10% do esgoto da capital maranhense recebe tratamento adequado, nas demais regiões da cidade de São Luís este serviço não recebe tratamento adequado o que acaba poluindo as praias da região.

Placas nas praias da capital alertando os banhistas sobre as más condições da água do mar, foram instaladas depois de uma obrigação legal em abril deste ano. O Ministério do Turismo empenhou R$ 10 milhões que poderão ser contratados pelo governo estadual para realizar obras de contenção do esgoto despejado nas praias.

A ideia é construir uma rede que direcione o esgoto das praias para as duas estações de tratamento da cidade, que operam abaixo da capacidade devido à falta de um sistema coletor. Segundo a Companhia Ambiental Estadual, Caema, responsável pelo esgoto em São Luís, as obras deverão ser concluídas até o final de 2013, conforme divulgado em nota.(O Jornal o Estado do Maranhão).

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ASPECTOS AFETADOS E IMPACTOS AMBIENTAIS: NAS ETE,S

1. Os principais pontos afetados estão ligados ao mau cheiro produzido pelo tratamento realizado na ETE. Esse odor desagradável é provocado pela proliferação do gás sulfídrico – com odor semelhante ao do enxofre.

2. Os moradores que residem ao redor da estação convivem diariamente com esse problema. Além disso, a uma desvalorização crescente do preço de imóveis e lotes no local causando um impacto econômico naquela região.

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Considerações Finais

O tratamento de esgoto revelar-se extremamente importante, exatamente pela grande quantidade de resíduos produzidos nas cidades e que não podem ser jogados em qualquer lugar, pois a sua forma residual resultante impossibilitaria a natureza de fazer uma rápida decomposição causando várias doenças, por isso mesmo a necessário das estações de tratamento que aceleram este processo devolvendo a água ao ambiente com menores quantidades de poluentes.

A seriedade no tratamento biológico e físico- químico dos esgotos, sejam eles de origem doméstica, comercial ou industrial, mostra-se de suma importância para o crescimento sustentável de qualquer cidade. A existência de um investimento como este no saneamento de um município, melhora a qualidade de vida da população, protege os afluentes, bem como garante a proteção ao meio ambiente urbano.

Combinado com política de saúde, o saneamento ambiental diminui a incidência de doenças e internações hospitalares, por evitar comprometer os recursos hídricos na região. Além disso, melhorar a qualidade ambiental do município tornando-se atrativo para investimentos na região, podendo inclusive desenvolver ainda mais sua vocação turística.

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Referencias Bibliográficas

Biblioteca Didática de Tecnologias Ambientais. Módulo Saneamento Ambiental. Campinas. Unicamp, 2012 – acessado em 17/01/2013 as 10:54.

VON SPERLING, Marcos. Princípios do Tratamento Biológico de Águas Residuárias – Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos, v.01. Minas Gerais: ABES, 1995– acessado em 18/01/2013 as 23:54.

BRASIL, Resolução CONAMA 357 de 17 de março de 2005. http://www.mma.gov.br/port/conama/res05/res35705.pdf – acessado em 19/01/2013 as 01:54

____________________________Enciclopedia Libre – acessado em 14/01/2013 as 13:54

_________________________www.brasilescola.com – acessado em 11/01/2013 as 16:05

_____________________www.mundoeducacao.com – acessado em 11/01/2013 as 22:16

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Mais Informações Sobre Este Assunto:

Blogguer: Roosevelt F. Abrantes Curso Técnico em Meio Ambiente.

Blogguer: Roosevelt F. Abrantes Curso Superior em Gestão Pública.

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