Download - Especial Roteiro Gastronómico 2012
Roteiro
Pratos Típicos da Nossa Região
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234 396 166 | [email protected]
o sabor tradicional, tal qual se sente...
“Promover a nos-sa gastronomia é mais-valia para
divulgar a região”
“Centro de Portugal
e Gastronomia”
“A relação do vinho com a comida é um
jogo de sabores inesgotável”
Chefe Gonçalo Melo
Chefe Emanuel da Silva Faria
Chefe Luis Pinto
Leitão, Negalhos, Chanfana... Amores da Curia, Ovos Moles de Aveiro, Bolo de Ança... Do prato principal à sobremesa, a riqueza da gastronomia bairradina à sua mesa!
Esp
eci
al
ENTREVISTA
“Promover a nossa gastronomia é uma mais-valia
para a divulgação da região”
CHEFE GONÇALO MELOChefe de Cozinha, habilitado com o Curso de Cozinha/Pastelaria, pela Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, onde comple-
tou também o Curso de Técnicas e Gestão Hoteleira, de Nível V
Exerce, desde setembro de 2012, funções de formador e chefe de cozinha na EFTA – Escola de Formação em Turismo de
Aveiro
Entre Aveiro e Coimbra,
encontramos um patrimó-
nio gastronómico que muito
nos deve orgulhar. Esta é, no
imediato, uma das mais-va-
lias que podemos e devemos
destacar. Nesta região con-
seguimos toda uma varieda-
de quase inigualável, desde os
peixes bem frescos da nossa
costa, às melhores carnes de
raças autóctones, como são
exemplo a Arouquesa e Mari-
nhoa, não esquecendo o Lei-
tão da Bairrada e chegando a
Coimbra, a belíssima Chan-
fana a fervilhar num tacho de
barro preto. Claro que tam-
bém não podemos esquecer
uma riquíssima doçaria, como
são exemplo os Ovos-moles
de Aveiro, o Pão-de-ló de Ovar
até às Arrufadas de Coimbra e
ao Manjar Branco, um dos do-
ces conventuais Conimbricen-
ses já só visto entre nós em al-
guns eventos promocionais da
doçaria conventual. Defender
e promover a nossa gastrono-
mia, reproduzi-la diariamen-
te sem nunca desrespeitar a
sua génese, será, com certeza,
uma grande mais-valia para a
divulgação, aquém e além fon-
teiras, da nossa região.
Penso que este aproveita-
mento já é feito, tendo em con-
ta que a gastronomia consti-
tui já uma área de enorme
importância na captação de
turistas que nos visitam moti-
vados apenas pela descober-
ta do nosso património gas-
tronómico.
No que respeita especi-
ficamente à gastronomia da
Bairrada, sou da opinião que,
mais do que inovar, há que
apostar no serviço e produto
de excelente qualidade. Para
quem aprecia o belíssimo Lei-
tão da Bairrada, dificilmente
se conseguirá convencer que
está a degustar tal iguaria, se
a mesma for apresentada e
até confecionada de uma ou-
tra forma. Claro que a partir do
produto-base se podem criar,
talvez inventar, novas recei-
tas e colocá-las à disposição
de quem nos visita, mas estou
convicto que esse mesmo pro-
duto-base, apresentado e con-
fecionado de acordo com a sua
origem, respeitando sempre
os mais altos níveis de exce-
lência do produto e do serviço,
será sempre o que vingará.
Esta é daquelas clássicas
perguntas em que, na gran-
de maioria das vezes, já sabe-
mos a resposta. Sim, um bom
prato requer sempre um bom
vinho…! Para quem quer apre-
ciar uma belíssima refeição em
toda a sua plenitude, deverá
não esquecer nunca de provar
também alguns dos melhores
vinhos produzidos na região.
Mas também devemos não es-
quecer que apenas esta com-
binação não chega. Há que ter
em conta que uma boa refei-
ção se deverá conjugar sem-
pre com uma boa companhia,
num ambiente de elegância,
com uma boa apresentação
da comida e de quem a serve,
até à qualidade e formato dos
copos e dos pratos em que va-
mos degustar a melhor bebida
e a melhor comida.
Tel. 234 423 457 | Fax. 234 381 412 | Telm. 963 175 746e-mail: [email protected] | www.restauranteabiliomarques.ptRua da Capela, 182 - BONSUCESSO - ARADAS - 3810 AVEIRO
Festas de Natal 2012ENTRADASBolinhos de BacalhauRissóis de CamarãoRissóis de Carne
SOBREMESASSalada de frutaBolo Rei
BEBIDASVinhos Verdes e MadurosÁguas | SumosCoca-colaCafé
NB: Todas as ementas apresentadas incluem: entradas, sobremesas, bebidas inicialmente apresentadas.
Todas as ementas em que são apresentados vários pratos, aqueles preços entendem-se para uma ementa elaborada com um prato único para todo o grupo.
IVA INCLUÍDO
EMENTA 11 Sopa ou Arroz Malandro1 Prato (carnes mistas grelhadas) com Batata frita, arroz e salada.Preço: 13,50€
EMENTA 21 Sopa1 Prato (a escolher): Lombo de Porco, Vitela no Forno, Vitela à Lafões, Escalopes de Vitela, Bifi nhos de Porco ou Rojões com respetivos acompanhamentos.Preço: 15,00€
EMENTA 31 Sopa, 1 Prato (a escolher): Bacalhau com todos, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Beirã ou Bacalhau à Zé do Pipo.Preço: 16,50€
EMENTA 41 Sopa 1 Prato: Bacalhau com Natas1 Prato de Carne da Ementa 2Preço: 22,50€
Ementa 51 Sopa1 Prato Bacalhau da Ementa 31 Prato de Carne da Ementa 2Preço: 22,50€
EMENTA 61 Sopa1 Prato de Bacalhau da Ementa 31 Prato: Leitão à Bairrada com saladas.Preço: 25,00€
EMENTA 71 Sopa (a escolher)1 Prato: Arroz de Marisco, Arroz de Tamboril com Gam-bas e Massada de Peixe. 1 Prato de Carne da Ementa 1Preço: 30,00€
EMENTA 81 Sopa (a escolher)1 Prato: Arroz de Marisco1 Prato: Cabrito no forno com acompanhamento.Preço: 35,00€
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Leitão da BairradaO Leitão da Bairrada é uma das 7 Maravilhas da Gastronomia
Portuguesa. Outrora consumido em dias festivos, atualmente
move visitantes e turistas para a experiência da sua degus-
tação.
Merecedor do título de Rei, é enviado para o estrangei-
ro como embaixador da gastronomia portuguesa, sendo um
cartão-de-visita da gastronomia da Bairrada.
A escolha do leitão é fundamental para termos um produto final excelen-te. De preferência dever-se-á escolher um leitão nascido e criado na re-gião da Bairrada. Bísaro e Malhado de Alcobaça, são duas raças ideais devido às características do ani-mal. Trata-se de um lei-tão esgalgado e pernal-to, de orelhas pendentes. De crescimento lento e engorda difícil, estes lei-tões têm uma proporção de músculo maior que de gordura, originando uma carne pouco atoucinha-da mas muito entremea-da, cujo sabor é melhora-do com a alimentação, rica e variada. Outrora, dessa alimentação, faziam parte as bolotas dos carvalhos que existem em abundân-cia na mata do Bussaco e, em menor quantidade, por toda a região da Bairrada, o que conferia um sabor particular à carne.
Mas o leitão usado na confeção do “Leitão da Bairrada” não tem direito a provar outra iguaria que não seja o leite materno já que, se o fizer, a carne não terá o mesmo sabor.
A mãe do leitão deverá
ter uma alimentação natu-ral, como é uso na região.
A sua idade deverá es-tar compreendida entre um mês e mês e meio no máximo.
O seu peso em vivo de-verá ser de 7 a 8 kg.
Para garantir a quali-dade do Leitão no prato, é necessário que se tenham presentes todas as etapas de preparação. A matança do leitão, outrora de uma forma caseira, artesanal, atualmente pelas impo-sições legais, evolui para uma matança com maior segurança alimentar, com todos as regras e enge-nhos obrigatórios.
A qualidade do “Leitão da Bairrada” varia com o saber e arte do assador, não deixando, também, de ser importante o tradi-cional forno em tijolo que, na Bairrada é utilizado para cozer o pão de milho (broa). Deverá ser aqueci-do muito bem com lenha (casca de eucalipto ou fei-xes de vides) até ficar bem quente.
O rescaldo fica no inte-rior, afastado para os la-dos e coberto com um
pouco de cinza, que se irá destapando, ou melhor, abrindo, à medida das ne-cessidades.
O forno bairradino tem já orifícios na parede opos-ta à porta, a pouca altura da base, onde se irá enfiar a ponta da vara (espeto) para apoio. A altura destes orifícios é um pouco variá-vel, depende do tamanho do forno e uso de cada um. Na boca do forno é colo-cado um tijolo que servirá para apoiar a outra ponta da vara, apoio que também é um pouco variável de as-sador para assador.
O leitão introduzido no forno deverá assar lenta-mente, durante cerca de 2 horas.
Para que a cozedura seja uniforme, deve ser girado manualmente, sendo este um dos segredos da habi-lidade do assador.
A vara, juntamente com o leitão, vai sendo rodada proporcionando diferen-tes posições. Um dos se-gredos da assadura está em rodar o leitão (sem pa-rar) durante os primeiros 30 minutos.
Durante o tempo de as-sadura o leitão é, por ve-zes, retirado (do forno, não da vara) e borrifado
com bom vinho branco da Bairrada. Estes borrifos periódicos feitos com um raminho de louro têm por finalidade tornar a pele dura e estaladiça, não dei-xando que a pele enfole ou rebente. A pele é mais sa-borosa mas também mais fácil de cortar e de comer se não a deixarmos quei-mar em demasia.
Esta operação é comple-tada com a vinda do leitão quente ao ar frio, «consti-pando-o».
Quando, ao rodar a vara, o leitão não acompanhe bem os movimentos desta (o leitão já não está agar-rado à vara como no iní-cio, dançando um pouco), poderemos considerá-lo praticamente assado.
É o momento de o retirar do forno fazendo-lhe de-pois um pequeno orifício no ventre para lhe retirar o molho líquido, que aí se encontra.
Depois desta «sangria» ainda deverá ir ao forno cerca de 10 minutos para o enxugar um pouco, re-tirando-o depois em defi-nitivo.
O Leitão da Bairrada pode ser comido quente ou
morno para que os seus aromas fiquem mais in-tensos. No entanto, o Lei-tão da Bairrada pode ser servido e comido frio, sen-do apreciado por inúmeros apreciadores.
Tradicionalmente, o lei-tão é apresentado inteiro, numa travessa de porce-lana com o comprimento necessário.
Antes de servir, e na pre-sença de todos os comen-sais ou convidados, deve proceder-se à apresen-tação e verificação da boa assadura do leitão. O che-fe de cozinha ou chefe de mesa procede à separa-ção da cabeça do Leitão com um prato. Se a sepa-ração dos dois elemen-tos for fácil, temos a con-firmação que o leitão está bem assado.
Deve ser trinchado, com tesoura própria para o efei-to (muitas vezes substituí-da pela vulgar tesoura de poda), em pedaços peque-
nos, devendo ser sempre colocado na travessa com a pele virada para cima, sem nunca sobrepor os pe-daços, para que a gordura não altere a textura estala-diça da pele.
Na travessa deverão constar pedaços das três partes do leitão: cachaço, costelas e pernil, para as-sim poderem ser aprecia-dos e conjugados os três sabores da carne.
Tradicionalmente deve ser acompanhado por ba-tata cozida com a pele e salada de alface simples (na medida em que o seu tempero excessivo inter-ferirá com o sabor do lei-tão).
É também usual acom-panhar com laranja fatiada - o que, apesar de alterar o sabor desta iguaria, com-bina bem, já que tem um efeito adstringente.
Fonte: Confraria Gastronómica do Leitão da Bairrada
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Cabidela de Leitão
Feijoada de Leitão
Iscas de Fígado de Leitão
Prato típico da Região da Bairrada, confeciona-do com sangue e miúdos do leitão (coração, pul-mões e fígado), cortado aos bocadinhos e tem-perado com o molho do leitão, banha, sal, azeite, cebola, vinho tinto e água. Tradicionalmente, este prato é assado no forno, por baixo do leitão, aparando o molho que escor-re do mesmo.
A Feijoada de Leitão é uma aprazível forma de apro-veitar as partes menos nobres do leitão assado, que geralmente são a cabeça, pés e pernas. Assim, para aproveitamento destas partes, surgiu na Bairrada este prato apreciado por muitos. A Feijoada de Leitão é preparada com um refogado bem puxado a que se juntam os bocados de leitão assado e feijão branco cozido na hora. No tempero tem a particularidade de usarem molho de leitão.
Fígado de Leitão, temperado com alho, sal e pi-menta e vinho branco. Depois de cortado em fi-nas fatias, estas vão a fritar.
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ESPECIALIDADES: Bacalhau à Lagareiro Cozido à portuguesa Chanfana à Bairrada Cabrito assado no forno Feijoada de Leitão
LEITÃO ASSADO À BAIRRADA
OPINIÃO
Centro de Portugal
e Gastronomia
CHEFE EMANUEL DA SILVA FARIA32 anos
Natural da Madeira
Licenciado em Produção Alimentar em
Restauração, pela Escola Superior de
Hotelaria e Turismo do Estoril
Chefe e Formador da Escola de Hotelaria
e Turismo de Coimbra
Locais de Passagem Profissional: Casa da
Calçada, Quinta das Lagrimas, Tivoli Ma-
deira, Kontoret-Restaurante-Trondheim,
Noruega
Região de Portugal onde o Sul e Norte se encontram numa simbiose de sabores e cheiros, tão característi-cos que faz com os turistas viagem dezenas de quiló-metros para degustar uma variedade de pratos típicos da região Centro. Como in-fluências gastronómicas na cozinha desta região, te-mos a forte marca da gas-tronomia greco-romana, que teve nesta região uma presença significativa nos primórdios dos tempos, prova viva desses mes-mos tempos e a tão famo-sa Chanfana, cozinhada nas púcaras de Barro pre-to, com vinho e a carne de cabra. Qualquer que seja o prato confecionado na zona Centro, o cliente ob-tém uma satisfação sen-sorial da degustação das famosas iguarias, o cro-cante e suculento Leitão da Bairrada, região esta que se tornou ao longo dos anos local de passagem obrigatória de peregrinos em direção a Santiago de Compostela e Fátima, en-contravam ali repouso nas albergarias mas também um reconfortante repasto para recarregar as forças para a continuação da sua viagem. Outras iguarias de grande valor na região Centro são por exemplo: Raia Enxambrada, Burriés
Cozidos, Pataniscas de Ba-calhau, Caldo Verde, Sopa de Feijão, Sopa de Cas-tanha, Caldeirada de En-guias de Aveiro, Sardinha assada da Figueira, Arroz de Lampreia a Tibornada, Bola de Sardinha e Baca-lhau e muitos outros pratos capazes de deixar rendidos os mais exigentes gastró-nomos.
Com um clima mediter-rânico/atlântico, caracteri-zado por Verões com dias quentes e noites frescas, a Bairrada, região das vinhas e de grandes vinhos, com colinas suaves, soalheiras cujos limites naturais são os areais da orla maríti-ma e as serras do Buçaco e a do Caramulo. No que toca a sobremesas, temos a doçura dos Ovos-Moles de Aveiro, a cremosidade do Arroz Doce e da Ale-tria, não podemos esque-cer uma das maravilhas da região de Coimbra, o Pas-tel de Tentúgal, “Tentúgal toda a rir de casas brancas! Vou lá comprar um pasteli-nho...” António Nobre.
Dito isto, a única coisa a aconselhável é fazer uma visita cultural e gastronó-mica à região e deixar-se perder pelos sabores e cheiros de uma região tão mágica e genuína em tra-dições, culturas e gastro-nomia.
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Chanfana da BairradaA Chanfana da Bairrada é uma das grandes especialidades da região.Pode ser de cabra ou carneiro e é cozinhada em forno de lenha, durante 4 a 5 horas, dentro de caçarolas de barro preto.Uma vez confecionado, só é servido dois ou três dias depois, acompanhado com vinhos da região.
É servida em quase todos os restaurantes da região.
Caldeirada de enguiasAs famosas enguias, são as protagonistas do prato mais afamado de Vagos, a Caldeirada de
Enguias, de cores e sabores únicos.
Terra de sabores e aromas, Vagos é detentor de uma gastronomia de excelência, diretamen-
te ligada ao Mar, à Ria e à Terra.
OUTROS PRATOS:Das redes de pesca da Xávega sai o peixe fresquinho para confecionar as saborosas Caldeiradas de Peixe, os Esca-beches e as tão típicas Fritadas de peixe. Pratos que trazem consigo impregnado o forte aroma a maresia caracte-rístico da zona.Do canal da Ria de Aveiro que invade Vagos, pequenos bivalves e crustáceos participam nos grandes banquetes de Mariscos. As famosas enguias são as protagonistas do prato mais afamado de Vagos, a Caldeirada de Enguias.As terras férteis de Vagos permitem ainda que ali bons legumes cresçam para acompanhar os Assados de Coelho, a Chanfana de Carneiro na Caçoila de Barro, as Papas de Abóbora com Rojões e as Papas de Sarrabulho.
Av. das Laranjeiras | Edf. das Fontes, Bl. 5 r/c Dto. (Próximo dos bombeiros) ANADIA 231 516 827
NOVIDADES
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Cozinha tradicionalportuguesa
Negalhos da BairradaÉ mais uma especialida-de da Bairrada. Os nega-lhos têm o aspeto de pe-quenas bolinhas e são fei-tos à base de pedacinhos de carne de cabra e porco dentro de bucho de cabra.Acompanha-se com bata-tas cozinhas com a pele e grelos ou feijão verde.Todos os anos se realiza, em Cantanhede, o Festival do Negalho da Bairrada. A quarta edição decorreu no início de novembro, em Enxofães.
Pão da MealhadaConfecionado ainda em al-guns locais segundo a tra-dição familiar da arte de amassar e cozer, as suas características particulares são preservadas, garantin-do o sabor e a qualidade do pão da Mealhada, que já o tornou num ícone da Gastro-nomia Regional e Nacional.Os Correios de Portugal lan-çaram uma série filatélica dedicada ao pão tradicional português, da qual consta, a representar a Beira Litoral, o Pão da Mealhada.
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Fonte: Ficha técnica Iguarias do Centro-Turismo Centro de Portugal
Arroz DoceO Arroz Doce é muito popular em Portugal e presente na doçaria regional da Bairrada. É muito apreciado, fa-zendo parte do menu diário das sobremesas de muitos restaurantes desta região.
Barriga de Freira de AnadiaPensa-se que as “freiri-nhas” que trouxeram para a região este doce con-ventual terão sido as da ordem das Ursulinas, que se encontravam no Con-vento da mesma ordem, em Vale da Mó, Anadia.Atualmente, ainda exis-tem detentoras deste se-gredo, que vão perpetu-ando a receita original das “freirinhas”.A Barriga de Freira deve ser confecionada
em tacho de cobre, de 20cm de diâmetro e o tacho deve ser polido no momento.
Tremoço de CadimaÉ na Praia Fluvial de Olhos da Fervença que se realiza, anualmente, no último fim de sema-
na de maio, a Feira do Tremoço, evento que tem como objetivo assegurar a preservação de
uma tradição ancestral da Freguesia de Cadima, concelho de Cantanhede, a produção do
tremoço, mostrando alguns aspetos etnográficos com ela relacionados.
RESTAURANTE O SANCHO
EN.n.º 1 - CURIA - ANADIA | T. 231 503 464 | Tm. 919 219 929
PASSE FIM DE ANO
NA BAIRRADA
EmentaBuffet de entradas diversasBacalhau com natasBacalhau com broa Lombo de Porco Vitela Assada Leritão (Com arroz de passas e batatas no forno)
SobremesasFrutas laminadas, pudim da Casa, Aletria, Doces da Casa, Troncos, Tartes de côco e outras delícias
BebidasVinho branco, vinho tinto, sumos, águas e cervejas
MEIA NOITEEspumante | caldo verde | broa c/ chouriça
Fogo de artifício
Música ao vivo até de madrugada
Cantinho de SepinsPadaria * Pasteria * Pizzaria
Largo da Gesteira n.º10 - Sepins - 3060-546 Cantanhede Telf: 231 201 346 | wireless no estabelecimento
Especialidade da casa:
Serviços Diárias EconómicasFabrico próprio
Delícia de Sepins
JÁ ABRIU
Amores da CuriaOs Amores da Curia surgi-ram pela mão de uma ale-mã de nome Emília Wiss-man que veio para Portugal muito jovem.Estaladiços graças à finís-sima base de massa-fo-lhada, são recheados com ovos-moles e polvilhados com açúcar pilé, o que lhes confere um sabor inesque-cível. Os “Amores da Curia”, com um século de vida, re-nasceram, recentemente, pela mão da Confraria Gastronómica do Leitão da Bairrada, em parceria com a ACIB (Associação Comercial e Industrial da Bairrada) e a Entidade Turismo Centro
de Portugal.Foi respeitada a receita original mas foi-lhe dado um novo visual em forma de co-ração (originalmente era de forma qua-drada).
Pastéis de ÁguedaOs pastéis de Águeda são confecionados à base de ovos, açúcar, manteiga e amêndoa, têm uma delicada tex-tura, com uma cober-tura estaladiça, o que faz desta especialida-de uma das melhores iguarias de Águeda.
Fonte: Ficha técnica Iguarias do Centro-Turismo Centro de Portugal
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Ovos-Moles de AveiroOs ovos-moles, doce conventual aveirense, são um dos produtos mais conhecidos da região
e da cidade de Aveiro. À base de ovos e de açúcar, a forma de apresentação é o que o torna
verdadeiramente peculiar. Em barricas de madeira, decoradas com pinturas locais, ou em
miniaturas de plantas e animais piscatórios, os ovos-moles de Aveiro foram o 1.º produto de
confeitaria português a ser certificado.
Adega Luis Pato - Rua da Quinta Nova3780-017 AMOREIRA DA GÂNDARA
Tel 231 596 432 | Fax: 231 596 842 [email protected]
A tradição de inovarOs nossos vinhos aliam a precisão técnica do novo mundo com a tradição secular do velho mundo. Em todas as colheitas fazemos algo de novo, e por vezes realizamos alguns dos nossos sonhos.
Nos 60 hectares de vinha estão plantadas as castas Baga, Touriga Nacional e Tinto Cão nas variedades tintas, e as castas Maria Gomes, Bical, Cercial da Bairrada e Sercialinho nas variedades brancas.
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Bolo de AnçãA origem do Bolo de Ançã perde-se no tempo. Sabe-se apenas que o segredo foi transmitido
de geração em geração, mantendo-se a fórmula baseada em ingredientes vulgares e a exi-
gência de ser amassado à mão e cozido em forno a lenha, fatores indispensáveis para ga-
rantir a sua qualidade.
Com o objetivo de defender a qualidade do Bolo de Ançã, produto único e genuíno, pela pre-
servação do método tradicional de confeção, é realizada, anualmente, a Feira do Bolo de
Ançã (Ançã, Cantanhede), nos finais do mês de março.
Pastéis de Santa ClaraDelicados e finos, os Pastéis de Santa Clara são, talvez, o doce que mais se notabilizou do
vasto receituário do real Mosteiro das Clarissas de Coimbra.
Antes da extinção das ordens religiosas, estes afamados doces eram adquiridos na roda da
portaria do convento principalmente, no dia da feira que finalizava o programa de festas da
padroeira da cidade. Mais tarde passaram a ser vendidos de porta em porta e em algumas
confeitarias de Coimbra.
E.N. 1 SERNADELO | Apartado 8 | 3050-382 Mealhada | Telf. 231 209 950 | Fax. 231 209 959www.pedrodosleitoes.com | [email protected]
A Verdade do Sabor da Tradição...PEDRO DOS LEITÕES
Parque Privativo
Fonte: Ficha técnica Iguarias do Centro-Turismo Centro de Portugal
OPINIÃO
“A relação do vinho com a comida
é um jogo de sabores imenso e inesgotável”
CHEFE LUIS PINTONatural de Aguim, Anadia (Bairrada)
Coordenador da área técnica na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa
Quadro da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra
“O vinho a servir deve ser escolhido consoante os convi-
dados e ocasião”
Quinto Horácio Flaco , poeta lírico, satírico e filósofo da Roma antiga
A prática, bom senso e sen-
sibilidade de cada um, fará
toda a diferença. Desde uma
simples bolacha para limpar
a boca durante uma prova de
vinhos até à clássica refeição
mediterrânica, não esquecen-
do a tradicional gastronomia
Bairradina, a relação do vinho
com a comida é um jogo de sa-
bores imenso e inesgotável.
Ao longo destes últimos
anos, com a evolução da co-
zinha, teremos de fazer uma
pergunta pertinente. Devemos
cozinhar para o vinho que va-
mos servir ou escolher um vi-
nho em função do prato que
cozinhamos? Tudo depende
das circunstâncias e a decisão
caberá a todos aqueles que
vão usufruir de uma degusta-
ção, quer vínica quer gastro-
nómica.
“Para conhecer a colheita e a quali-dade de um vinho não é necessário beber toda a pipa”
Oscar Wilde
Ao longo de cada ano são
editados bons guias para co-
nhecimento dos vinhos, e será
sempre bom consultar para
terem uma ideia preliminar.
Mas o melhor mesmo é fazer
experiências sabendo que lhe
podem ficar algo caras (hoje
encontra experiências vínicas
a preços razoáveis) e tirar suas
próprias conclusões, lem-
brando que o que procura em
primeiro lugar é o prazer.
Não esquecer o copo, peça
importante para a degusta-
ção do vinho. Deve ser de vidro
fino e incolor sem ornamenta-
ções, para podermos verificar
a limpidez e cor. De preferên-
cia deve ter pé, para a tempe-
ratura da mão não alterar a do
vinho.
Apenas para facilitar, se-
guem algumas dicas:
- A estrutura do vinho e do
prato devem ser tidos em con-
sideração. Pratos mais fortes
e com muito sabor pedem vi-
nhos mais encorpados e vice-
versa.
- Alimentos gordos e sucu-
lentos, como carnes e assa-
dos, gostam de ser acompa-
nhados por um vinho tinto com
taninos, contrapondo a secura
que eles causam no palato à
untuosidade do prato. A acidez
também se contrapõe à gor-
dura e é desejável em pratos
em que ela se faça bem pre-
sente.
- A intensidade aromáti-
ca não pode ser esquecida.
Pratos com muitas especia-
rias pedem vinhos igualmente
aromáticos e macios para se
contrapor à sensação das es-
peciarias nas glândulas gus-
tativas.
- O vinho de determinada
região muitas vezes é muito
apropriado para o prato típico
daquele mesmo local.
- Pratos doces pedem vi-
nhos igualmente doces, como
os de colheita tardia. Melhor se
tiverem boa acidez, para não fi-
car tudo muito enjoativo.
- Peixes e frutos do mar, por
sua suavidade e acidez, casam
melhor com brancos. Os pei-
xes de sabor mais forte, como
salmão, ou mais temperados
são bem acompanhados por
brancos de mais corpo, como
aromáticos e barricados. Pei-
xes delicados pedem vinhos
acídulos e leves.
- Aves e caças variam de
acordo com a intensidade do
sabor. Patos e coelhos selva-
gens dão-se bem com tintos
de bom corpo e intensidade
aromática.
- Frango e Peru ligam-se
bem com brancos estrutura-
dos ou tintos com poucos tani-
nos e frutados.
- Espumantes, pela sua va-
riedade, estrutura e intensida-
de aromática podem acompa-
nhar qualquer prato.
Enfim, brinque com as ex-
periências, esqueça o exces-
so de formalismo... e procure
bons casamentos!!!
Vinhos com comidas da mesma
região têm afinidade natural
A experimentar:
Leitão assado à Bairrada
com espumante natural bru-
to; dizem os curiosos que o es-
pumante tinto também faz um
bom casamento.
Chanfana assada à Bairrada,
dada a sua confeção assada no
forno com vinho, a ligação per-
feita será com vinhos tintos es-
truturados com alguns taninos
e madeira oriundos das terras
bárrias da região .
Cabidela de Leitão faz uma
harmonização fantástica com
vinho espumante rosé, elabo-
rado a partir da casta baga.
Cabidela de Galinha, dife-
rente da confeção anterior,
deve ser acompanhado com
um vinho tinto leve da região
Bairradina.
Os verdadeiros Negalhos,
pelo seu tempero e confeção,
merecem um vinho tinto com
alguma complexidade, com 4
ou 5 anos.
Fígado de Leitão, tempera-
do com alho, sal e pimenta e vi-
nho branco, liga bem com es-
pumante rosé bruto.
Caldeirada de Enguias, por
ser um prato com untuosidade
dada a sua confeção, pode ser
acompanhada com brancos tí-
picos da bairrada de cor citrina,
tolerando um bom vinho rosé.
Bacalhau assado com ba-
tata a murro, um vinho tinto da
Bairrada sem muito teor alco-
ólico; pode experimentar um
vinho branco com madeira e
algum envelhecimento.
Quantos às sobremesas da
região podemos fazer as se-
guintes maridagens:
Os Amores da Curia e os fa-
mosos Ovos moles de Aveiro
ligam muito bem com vinho
doce que alguns produtores
estão a tentar colocar no mer-
cado. Um espumante meio
seco ou doce servido a uma
temperatura de 8ºC.
Arroz Doce, prato tradicio-
nal de quase todo o país, um
vinho abafado faz um bom ma-
rido.
Barriga de Freira de Anadia.
Há um restaurante em Anadia
que tem no menu esta delícia,
liga bem com espumante meio
seco ou doce, a uma tempera-
tura de 8 º C ou um vinho aba-
fado.
Bolo de Ançã, parece ser o
doce com mais longevidade
que passou gerações, um vi-
nho doce a acompanhar ao fi-
nal da tarde após a missa.
Os tremoços de Cadima de-
vem ser acompanhados com
vinho novo, aos domingos à
tarde!
“No Vinho está a verdade”
Plínio, o Velho
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