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Relatório geral de atividades da Ação da Associação de Moradores das Lameiras - 2017 – «Sempre a Cuidar de ti!» Pág.2 de 29
Relatório do Programa de Ação da Associação
de Moradores das Lameiras – 2017
«Sempre a Cuidar de ti!»
Ref. 085/18-D
1. Introdução
AML – Associação de Moradores das Lameiras apresenta o Relatório da terceira fase – equivalente ao
3º ano – do Programa de Ação: «Sempre a Cuidar de Ti!», um trabalho foi desenvolvido durante o ano
de 2017. Ao longo dos últimos três anos esta temática foi aplicada e desenvolvida com resultados
excelentes, numa permanente «melhoria contínua» articulada entre os quatro setores desta
associação: infanto-juvenil; idosos; social; voluntariado em cooperação com os utentes e suas famílias.
A experiencia adquirida nestes últimos três anos e em particular 2017, acrescentou ao Programa de
Ação, então aprovado, novas funcionalidades, mais sabedoria e mais formação dos cuidadores, num
permanente interagir entre os que recebem cuidados e os que prestaram esse serviço, que não foi
apenas técnico mas também de afetos e cumplicidades.
Cuidar e educar continuaram a ser, para esta associação, os pilares da sua sustentabilidade afetiva,
bem como os valores da responsabilidade, flexibilidade, adaptabilidade e comunicação que regem a
instituição e lhe dão consistência.
O relatório geral do programa de ação relativo a 2017, procura de forma sintética, espelhar tudo aquilo
que cada uma das respostas sociais faz emergir para a comunidade envolvente, com serviços bem
definidos que puderam ser desfrutados por todos aqueles que deles necessitaram.
Todas as fases da vida humana foram contempladas no trabalho realizado, fazendo com que a
intergeracionalidade fosse sempre uma constante. Os mais novos tiveram a possibilidade de recorrer,
muitas vezes, às pessoas mais idosas para ouvir contar histórias de vida, preocupações, anseios,
alegrias e vivências; autênticos relatos de vida que se transformaram em crónicas, que transmitiram
sabedoria e novos ensinamentos. Neste dar e receber, a educação ao longo da vida foi assimilada e
projetada para além da aprendizagem escolar. A participação ativa das pessoas idosas no programa
mencionado ajudou a revigorar memórias, a consolidar afetos e a projetar novas dinâmicas num cuidar
permanente do outro e dos outros.
O cuidar estendeu-se também às outras atividades que a Associação de Moradores das Lameiras
desenvolveu, através do projeto em curso Eurobairro do programa Escolhas gerido pela PASEC –
Plataforma de Animadores Socioeducativos e Culturais, pelo desporto, pela ocupação dos tempos
livres e o cuidado necessário com a área envolvente do espaço habitacional e também social das
Lameiras.
O relatório que agora se apresenta foi elaborado a partir dos diferentes setores que tiveram em conta, o
modo como cada resposta social, concretizou os seus objetivos e as dinâmicas propostas. Estes
tiveram, na sua génese, a preciosa participação das comunidades envolventes, utentes, familiares,
funcionários, associados e dirigentes desta Associação.
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2. Setor Infanto-Juvenil
Através do presente relatório, pretende-se avaliar, numa perspetiva de reflexão, as atividades desenvolvidas no
setor infanto-juvenil ao longo do ano de 2017.
Entre janeiro e Agosto com o tema “Sempre a Cuidar de Ti”, desenvolvemos a nossa prática pedagógica e
definimos práticas educativas que promoveram o educar, cuidar, brincar e interagir, favorecendo aprendizagens
que valorizaram a diversidade, a sustentabilidade e a construção da identidade e autonomia da criança por meio
de interações sociais.
A partir do mês de setembro iniciamos um novo ano letivo e também um novo projeto educativo sob o tema
“Sonhos com vida” onde se procurou desenvolver um trabalho coletivo que permitiu despertar, nas nossas
crianças e jovens, a capacidade de “sonhar”, de levar a descobrir, de explorar, de arriscar, de seguirem o seu
caminho conforme os seus sonhos, assimilando conhecimentos e adquirindo novas visões e possibilidades. Este
projeto permitiu ao sector infanto-juvenil dar continuidade ao trabalho desenvolvido nos últimos anos, em que a
conquista de uma efetiva participação das famílias foi um fator importante de construção conjunta, no processo
de ensino-aprendizagem. É de salientar o impacto que teve em todos nos encarregados de educação que
demonstraram vontade de estabelecer parcerias que vieram aprimorar o trabalho desenvolvido.
Para a execução deste plano de atividades foram elaborados os projetos pedagógicos de sala onde constam os
objetivos específicos, de acordo com as faixas etárias, as características do público-alvo e ainda as diferentes
áreas de conteúdo (Formação pessoal e social; Expressão e comunicação; Conhecimento do mundo). Estes
projetos foram avaliados e monitorizados, semestralmente e a concretização das atividades previstas foram de
100%.
Foram ainda realizadas reuniões mensais com a equipa pedagógica e a equipa técnica para avaliar e refletir
sobre a pertinência das atividades desenvolvidas e os resultados alcançados.
2.1 Creche A resposta social creche da Associação de Moradores das Lameiras, é constituída por duas unidades
denominadas de creche I (com capacidade para 50 crianças) e creche II (com capacidade para 33 crianças).
Ambas as creches estão divididas em três salas: o berçário, a sala dos 12 aos 24 meses e a sala dos 24 aos 36
meses.
O objetivo principal foi dar uma resposta de qualidade, proporcionando às crianças condições adequadas a um
crescimento saudável e oferendo aos pais a tranquilidade de saberem que os filhos estão num ambiente seguro,
controlado, estimulante e promotor de um desenvolvimento harmonioso. Neste processo evolutivo das crianças,
prima-se pelo atendimento personalizado e de estreita colaboração com as famílias, numa partilha de cuidados e
responsabilidades. As equipas pedagógicas desenvolveram projetos pedagógicos destinados aos diferentes
grupos que acompanham. Foram elaborados os planos Individuais e planos de atividades tendo em conta o nível
de desenvolvimento, as caraterísticas individuais e os interesses das crianças e do grupo. A avaliação foi
contínua, através da observação diária da criança, no desempenho de suas atividades, no desenvolvimento da
atenção, interesse, assimilação e aprendizagem.
No Plano de Ação, integrou-se e abrangeu-se todas as áreas do conhecimento e do desenvolvimento (formação
pessoal e social, conhecimento do mundo, expressões e comunicação), de modo a permitir que a criança se
relacione consigo própria, com os outros e com o mundo. Importa também referir que outros miniprojectos
surgiram ao longo do ano e como tal foram desenvolvidos no decorrer do ano letivo as datas comemorativas e
as estações do ano. No entanto, não é de subestimar os vários momentos/rotinas vividos pelas crianças dentro
da sala como o acolhimento, planificação em grande grupo, momentos de arrumação, higiene pessoal,
alimentação, sono e atividades, que se revelaram também, como aprendizagens significativas aos mais vários
níveis.
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Atividades realizadas
Área de formação pessoal e social: estabeleceram-se relações de afetividade entre os adultos e as
crianças, num ambiente seguro e estimulante; desenvolveram-se atividades, brincadeiras, individuais
e de grande grupo, para proporcionar às crianças momentos de aprendizagens; criaram-se regras
simples, estimularam-se os bons hábitos como os de alimentação, de higiene pessoal e de descanso;
deu-se importância às atividades, que estimulassem as crianças a expressarem-se e a
compreenderem os seus sentimentos, como também as levassem a tomar as suas próprias decisões.
Área de expressão e comunicação, domínio da educação física: na área de expressões e
comunicação, englobamos as aprendizagens relacionadas com o desenvolvimento psicomotor e de
expressar através da linguagem a sua compreensão e as suas emoções, através do mundo que as
rodeia. O domínio das diferentes formas de expressão, implicou uma diversidade de experiências de
aprendizagem, de modo a que as crianças dominassem e utilizassem o seu corpo contatando com os
diferentes materiais, aonde exploraram, manipularam e transformaram de forma a tomar
consciência de si próprias na relação com os objetos.
Domínio da matemática: desenvolveu-se o raciocínio lógico-matemático e ajudar a resolver
problemas do quotidiano. Estimulou-se o cálculo mental, comparação, ordenação e classificação, de
acordo com a faixa etária. Promoveram-se atividades de exploração dos objetos e brinquedos, em
situações organizadas, para que pudessem sentir e descobrir as suas caraterísticas e principais
propriedades (textura, peso, consistência, cor, forma, altura, tamanho etc.).
Educação artística: promoveram-se jogos de Imitação dos sons com o corpo, dos sons dos animais e
meio envolvente. Usou-se o jogo simbólico em variados momentos do quotidiano. Produziu-se e
experimentou-se diferentes linguagens plásticas: garatuja, digitinta, carimbagem, modelagem,
colagem, rasgagem. As crianças participaram em brincadeiras com movimentos, jogos de expressão
musical desenvolvendo a pulsação rítmica, a perceção sonora e a coordenação motora. Participaram
na leitura e representação de histórias utilizando livros e objetos lúdicos.
Linguagem oral e abordagem à escrita: promoveu-se, no quotidiano, oportunidades de comunicação
entre as crianças e os pares e entre as crianças e os adultos. Estabeleceu-se a comunicação
oralmente, aumentando o vocabulário, contando vivências e novidades, expressando desejos,
vontades, necessidades e sentimentos nas diversas situações de interação presentes no quotidiano.
Área do conhecimento do mundo: estimulou-se a curiosidade natural das crianças através da
capacidade da observação; disponibilizou-se diverso material para exploração como folhas, plantas,
pedras. Observou-se as diferenças climatéricas (chuva, vento, nuvens, etc.); promoveu-se o
conhecimento e participação de algumas festividades e tradições, assim como brincadeiras
relacionadas com as mesmas.
Avaliação:
O ano letivo foi, sem dúvida, um desafio superado. De referir, que foi ainda, enriquecido ao longo do ano, com a
introdução de várias atividades não previstas. Manteve-se sempre contacto com as famílias das crianças o que
permitiu atingir melhores resultados.
Como suporte da avaliação encontram-se as planificações mensais das atividades elaboradas, tendo em conta
os objetivos propostos, os interesses do grupo, de cada criança e das famílias. Em termos de efeitos na
aprendizagem das crianças, nas observações que fomos fazendo ao longo do processo, a maioria das crianças
adquiriu os saberes e as competências essenciais previstas nos planos de desenvolvimento individuais,
adequadas ao perfil de desenvolvimento de cada uma, como se pode comprovar através das monitorizações dos
PDI’S.
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Os recursos materiais e humanos disponibilizados pela instituição revelaram-se suficientes para a execução do
projeto. O envolvimento familiar revelou-se satisfatório, pois existiu ao longo do ano uma participação ativa da
maior parte dos pais quando solicitados a colaborar com a creche e com as atividades da instituição. Os
constrangimentos encontrados deveram-se ao facto, mais uma vez, da dificuldade em delinear estratégias que
que permitam conciliar o período laboral com o preenchimento de registos a que o SGQ (Sistema de Gestão da
Qualidade) obriga.
2.2 Pré-escolar
Neste ano de término do Projeto Socioeducativo “Sempre a Cuidar de Ti” e inicio do projeto “ Sonhos com vida”,
a resposta social do pré-escolar da Associação de Moradores das Lameiras, teve como principal objetivo
proporcionar o desenvolvimento de cada criança, promovendo o desenvolvimento de relações sociais saudáveis
e favorecendo o desenvolvimento da autoestima e da autonomia. Posto isto, as atividades e os projetos
desenvolvidos tiveram como principal objetivo o crescimento integral das crianças, emocional, afetiva e
fisicamente, através de um acompanhamento individualizado, fomentando assim o auto conceito positivo e
potenciando atitudes democráticas de vida em grupo, estabelecendo sempre elos de colaboração com a família
numa partilha de cuidados e responsabilidades em todo o processo evolutivo das crianças.
O pré-escolar encontrou-se assim dividido em três grupos com idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos,
distribuídos por três salas de atividades: sala de 3/4 anos, sala de 4/5 anos e sala de 5/6 anos. Todo o trabalho e
as dinâmicas de exploração e desenvolvimento dos projetos tiveram sempre em conta as orientações
curriculares bem como os interesses e as expetativas dos agentes fundamentais da nossa prática, as crianças.
Na sala dos 3/4 anos o Projeto Pedagógico teve como tema “Eu e os amigos”, a sala dos 4/5 anos a “A Aldeia da
leitura” e a sala dos 5/6 anos “Nós, a nossa cidade e o nosso país”. O projeto “Gi e os amigos”, mais uma vez
foram um pilar de suporte na concretização e validação dos objetivos propostos, nos PDI’s e nos projetos
pedagógicos, pois privilegiou o desenvolvimento da criança e a construção articulada do saber, numa
abordagem integrada e globalizante das diferentes áreas.
Outro grande objetivo da nossa prática foi a construção de saberes e a aquisição de conhecimentos e
competências que promovessem a construção da identidade pessoal, desenvolvendo atitudes democráticas da
vida em grupo: respeito pelos outros e pelas suas opiniões, cooperação e interajuda.
As atividades de estimulação motora (promovendo o desenvolvimento da noção de esquema corporal e das
suas potencialidades), a criatividade, a imaginação e o sentido estético, os momentos de conversa e partilha de
saberes, privilegiando a linguagem verbal, as histórias, os contos e contato com as novas tecnologias foram
utilizadas como meio promotor de conhecimento.
Para consolidar todo o trabalho, realizaram-se ainda saídas ao exterior, peças de teatro, visitas de estudo, como
ponto impulsionador do conhecimento, aguçando a curiosidade, o sentido de responsabilidade e a socialização,
consciencializando-os para a importância de cuidar do património, da cultura e do meio ambiente. Todas estas
atividades foram realizadas em parceria com as famílias estimulando assim uma interligação muito
positiva entre a escola e a família.
Na área de formação pessoal e social, promoveu-se o autoconhecimento da criança, as suas características
pessoais e a sua identidade social e cultural, situando-as em relação às dos outros. Desenvolveu- se o respeito
pelo outro e pelas suas próprias opiniões, expressando as suas preferências e apreciações críticas. E não
menos importante contribui-se para a sua autonomia e a sua independência no dia-a-dia e na respetiva escolha
e realização de atividades.
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Na área de expressão e comunicação, promoveram- se diferentes atividades para trabalhar os vários
domínios:
No domínio da educação artística, procurou-se desenvolver, as capacidades expressivas e criativas através de
explorações e diversas produções.
No domínio da linguagem oral, procurou-se usar a linguagem em contexto, de forma a comunicarem eficazmente
e de modo adequado à situação (produção e funcionalidade).
No domínio da matemática, estimulou-se nas várias atividades do dia-a-dia o manipular o experimentar matérias,
para desenvolver conceitos como o número, as cores, formas….
Na área do conhecimento do mundo, procurou-se a convivência na comunidade escolar com as várias idades,
e a convivência entre as famílias e a sua participação na educação dos seus filhos. Para que isto acontecesse
foram realizadas atividades em que as famílias puderam contribuir com a sua participação e colaboração.
Ao longo deste ano letivo, foram realizadas várias saídas ao exterior, algumas no âmbito de parcerias com a
comunidade educativa envolvente, e outras surgiram espontaneamente. Proporcionaram-se atividades que
ajudaram as crianças a descobrir a sua comunidade, respetivos costumes e tradições e a perceberem que como
comunidade também pertencem a um país. Neste domínio não se esqueceu a preocupação com a nossa casa
comum” TERRA” e a sua preservação.
Avaliação:
De um modo geral, considerou-se que o ano letivo decorreu de uma forma muito prazerosa, em que as
atividades as atividades programadas foram realizadas de uma forma eficaz, assim como os objetivos, que
formam perseguidos com sucesso.
As famílias e encarregados de educação mostraram interesse e motivação em desenvolver uma relação de
empatia e confiança entre a escola e o meio familiar. Felizmente, constatou-se que as famílias estão cada vez
mais informadas e predispostas a colaborar com a escola, com vista a uma melhoria contínua.
Os recursos foram-se revelando adequados ao desenvolvimento das atividades propostas, quer materiais,
logísticos e recursos humanos. As parcerias que a associação foi desenvolvendo com diversas entidades
também se mostraram muito importantes no cumprimento dos objetivos aprovados. As atividades relacionadas
com o município como os desfiles de Carnaval e Antoninas são atividades marcantes para todo o meio escolar.
2.3 CATL – Centro de Atividades dos Tempos Livres
Introdução:
O CATL está dividido em dois setores, 1ºciclo que se destinou a crianças recebidas das escolas, EB1 Luís de
Camões, EB1 Conde de São Cosme, EB1 Lameiras, EB1 Além Gavião, Antas e Mões e 2º e 3º ciclo que se
destinou a crianças das escolas, EB2,3 Famalicão, EB2 D.Maria II.
O CATL continua a assumir um papel fundamental na educação das gerações futuras pois, foi aqui que a criança
vivenciou algumas experiências da vida democrática. Foi no CATL que aprendeu a importância do respeito, da
partilha e a necessidade de negociar pontos de vista, assim como adquirir consciência de si e dos outros como
um elemento importante á vida comum. Assim, o projeto caracterizou-se por um conjunto de intenções que se
basearam nas orientações curriculares do CATL, o diagnóstico realizou-se e o projeto socioeducativo da
instituição teve como tema central “Sempre a Cuidar de Ti ”. Com este projeto pretendeu-se que as crianças com
as suas vivências e experiências dinamizassem o ambiente na sala. Por isso, foi importante observarmos
permanentemente as crianças, de forma a poder orientar as atividades de acordo com uma dinâmica lúdica que
deu prazer e interesse. Este trabalho obedeceu não só às ideias, mas também às propostas das crianças e
participação dos pais. Pretendeu-se explorar assuntos relacionados com o meio fortalecendo os novos
conhecimentos da criança.
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Trabalho realizado
O CATL foi frequentado por crianças e adolescentes de idades compreendidas entre os 6 e os 16 anos. Esta
diferença de idades, fez com que tivéssemos uma maior preocupação na realização do projeto, tendo por
objetivo fundamental a criação de um espaço pedagógico que pudesse oferecer a todos os alunos um ambiente
acolhedor, sustentador das aprendizagens curriculares e promotor de potencialidades individuais e motivações
específicas, simultaneamente rico em valores morais e afetos, impulsionando comportamentos sociais.
Foi no CATL que as crianças aprenderam a importância do respeito, da partilha e a necessidade de negociar
pontos de vista, assim como adquiriram consciência de si e dos outros como elementos importantes à vida
comum. Assim, o projeto socioeducativo caracterizou-se por um conjunto de intenções que se basearam nas
orientações curriculares do CATL, tendo como tema central “Sempre a Cuidar de Ti “. Com este projeto
pretendeu-se que as crianças com as suas vivências e experiências dinamizassem o ambiente na sala.
Desta forma, promoveu-se qualidades e potencialidades individuais, através da transferência de competências e
experiências prévias, ensinando cada criança a estabelecer um elo de ligação entre o que já sabe e as novas
aprendizagens, de forma a facilitar o intercâmbio cultural de seres e saberes. No que diz respeito à área de
formação pessoal e social, adequamos o comportamento às necessidades e pedidos de outros, desenvolvendo
atitudes de respeito, ajuda e colaboração, realizamos atividades habituais e tarefas simples ensinando e
incentivando a partilha e a atenção voltada para o “outro”.
Relativamente ao estudo das diversas disciplinas lecionadas em contexto escolar, desenvolveu-se o gosto pelas
diversas áreas curriculares, incentivamos a autonomia na execução de tarefas, desenvolveu-se a capacidade de
concentração e criaram-se métodos de estudo estimulando simultaneamente o gosto pela leitura e o contacto
com o livro, desenvolvendo formas de raciocínio. Sobre o debate de temáticas, promoveu-se o debate, a reflexão
sobre diferentes temas, desenvolveu-se a concentração, preservou-se as tradições estando em contacto com a
história nacional, proporcionando atividades lúdicas pedagógicas ao ar livre incentivando a criança a reconhecer-
se e valorizar-se sobre todos os aspetos da sua cultura e personalidade.
No que diz respeito à expressão plástica e expressão dramática, desenvolveram-se técnicas de expressão,
estimularam-se a imaginação e a criatividade proporcionando a manipulação de diferentes materiais e, apostou-
se no desenvolvimento físico motor das crianças, proporcionando o seu autoconhecimento. Através de jogos
informáticos, desenvolveu-se a destreza mental e a rapidez de raciocínio proporcionando às crianças o contacto
com as novas tecnologias de informação. Com a ajuda dos encarregados de educação, consolidou-se e
promoveu-se a relação CATL/Família, fomentando o sentido de amor paternal/maternal, sensibilizando para a
importância da família valorizando os momentos de diálogo e convívio.
Avaliação
Foram realizadas atividades, sempre no âmbito das planificações tendo em conta os objetivos propostos no
plano pedagógico, respeitando as diferentes necessidades e predisposições de cada criança. Na análise das
características de cada criança esteve presente, como base a execução, cada um dos planos de
desenvolvimento individual (P.D.I.). Relativamente aos “nossos pais” realizaram-se inquéritos, reuniões e
entrevistas no sentido de se descobrir o seu grau de satisfação. De referir ainda que o passeio de final de ano
ficou por concretizar, devido à falta de verbas. Como compensação foi realizado um jantar com os finalistas do
1º ciclo no restaurante “Barão “ em Vila Nova de Famalicão.
2.4 Animateca (Projeto Eurobairro-E6G) O Eurobairro – E6G trata-se de um projeto apoiado pelo Programa Escolhas do Alto Comissariado para as
Migrações e a PASEC como entidade promotora e gestora do mesmo, que decorre no complexo habitacional
das Lameiras com crianças e jovens ali residentes em complemento às atividades desenvolvidas pelo CATL.
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O projeto Eurobairro – E6Gdesenvolveu atividades que ajudaram a combater os fenómenos de extrema
exclusão, iliteracia e marginalidade juvenis em contexto de bairro social. Ao mesmo tempo pretendeu –se
estender esta ação a outros bairros sociais para transformar os espaços envolvidos em comunidades que
valorizam e potenciam a sua dimensão intercultural, ecológica, intergeracional e social como fontes de
oportunidades de integração e afirmação tendo por base os princípios fundadores da União Europeia, do
respeito pela dignidade humana, da liberdade, da democracia, da igualdade e respeito pelos direitos do Homem.
Nestas ações esteve envolvida uma população de mais de 300 jovens dos complexos de habitação social das
Lameiras, Bétulas, Cal e acampamento de Meães, em Famalicão. O Eurobairro pretendeu potenciar o sucesso
escolar e aumentar os níveis de participação social dos jovens envolvidos.
Objetivos Específicos desenvolvidos
Desenvolveu-se atividades que contribuíram para um percurso escolar com sucesso; envolvimento dos
participantes, em atividades promotoras de competências desportivas, culturais, artísticas, de cidadania e
participação cívica; promoveu-se o desenvolvimento de competências TIC, contribuindo para uma maior
capacitação das crianças, jovens e adultos da cada freguesia.
Atividades Desenvolvidas Assembleia de Jovens – bimestral; Laboratórios de Ação Democrática – bimestral;
Bolsa de Voluntários Eurobairro – mensal;
SIDL1 – Circuitos Turísticos de Desenvolvimento Local (bimestral);
SIDL2 – Eurobairro ArtCentre (trimestral);
Jogos da Diferença 2017 – Junho.
Oficinas de Meditação
Esta medida foi implementada em contexto escolar, ou em contexto comunitário, junto dos jovens que
integraram o projeto. Foi centrada na implementação de dinâmicas grupais de introspeção e meditação que
capacitaram as crianças e jovens ao nível da focalização, concentração, gestão do stress e do
autoconhecimento.
Planos de ação Ecobairro – Plano de Promoção Educação para a Cidadania e Educação Ambiental
O espaço “Animateca Ecobairro” foi um espaço de socialização, criado no edifício das Lameiras, gerido por
grupos juvenis de intervenção local que de uma forma integrada e coordenada intervieram na sua comunidade
no contexto ambiental, político e social. A alicerçar a sua ação estiveram planos locais de promoção da
Educação para a Cidadania e Educação Ambiental com base nos princípios da sustentabilidade que de forma
faseada alteraram a realidade física, social e ecológica do bairro tendo por base a identidade europeia. Este
espaço serviu de base de operações a outras iniciativas no seio das comunidades tais como, grupos Informais
de percussão e academia de desportos de rua e natureza (futebol de rua).
Formação orientada para as TIC e literacia digital
Desenvolveu-se um processo formativo orientado para as TIC no sentido de promover a inclusão e literacia
digital das crianças e jovens centrado nos seguintes conteúdos: funcionalidades do sistema operativo;
ferramentas office; internet e redes sociais; edição e manipulação de imagem e vídeo.
Os jovens com idade superior a 14 anos foram facilitadores do processo formativo junto das crianças.
A partir do Centro de Inclusão Digital realizaram-se ainda outras atividades complementares:
Formação orientada para as TIC para adultos (semanal);
Frequência livre do CID para efeitos de apoio ao estudo (semanal);
Encontros Online Eurobairro, através de parcerias europeias, (mensal);
Oficina de animação e multimédia (semanal).
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2.5 Atividades a destacar no sector infanto-juvenil:
Cantar dos reis
No dia 5 de janeiro as crianças do pré-escolar deslocaram-se à Casa das Artes para cantar os reis aos
famalicenses. Esta atividade prolongou-se pelo mês de janeiro e as crianças foram pelas ruas da cidade cantar
aos lojistas. Com esta atividade revivemos a tradição das janeiras.
Tomada de posse dos novos corpos gerentes
No dia 13 de Janeiro foi a tomada de posse dos corpos gerentes para o quadriénio 2017/2020. A abertura da
sessão foi protagonizada por uma representação cultural de dança, animada pelas crianças do Centro de
Atividades dos Tempos Livres e do Centro de Estudos e Animação Juvenil (CATL/ CEAJ). As crianças das três
salas do pré-escolar encerraram a sessão com a cantata dos reis para todos os presentes.
Desfile de Carnaval
O Carnaval é uma data folclórica, com grande importância para as crianças e jovens em particular, pois é neste
dia que eles se podem fantasiar e ser, por um dia, personagens que admiram. Uma data assinalada, com a
participação de todas as crianças e jovens no desfile organizado pela Câmara Municipal de Vila Nova de
Famalicão, que percorreu as ruas da cidade. Os mais pequenos participaram nas atividades (música e
máscaras) de carnaval realizadas nas suas salas.
Dia da Amizade
No dia 14 de fevereiro, também foi assinalado o Dia dos Namorados, mas no CATL e pré-escolar celebrou-se o
Dia da Amizade, onde todas as crianças e jovens, puderam expor aos seus amigos, os sentimentos que têm,
bem como a grande amizade que vão construindo ao longo dos anos, que depois perduram pela vida fora. Neste
dia houve também um encontro intergeracional em que os idosos representaram a história de S. Valentim para
as crianças.
Escola Segura
No dia 9 de fevereiro as crianças do pré-escolar receberam, os agentes da equipa «Escola Segura» da PSP de
Famalicão, que realizaram uma pequena ação de sensibilização junto dos mais novos. Os agentes dinamizaram
uma atividade lúdico-didática, onde foram abordados várias questões relativas à segurança das crianças.
Através da visualização de vídeos, narração de histórias e pequenos jogos, foi explicado de forma divertida, o
que fazer relativamente a problemas como a abordagem de pessoas estranhas, normas de segurança
rodoviária, entre outros. As crianças mostraram-se bastante interessadas, interagindo com entusiasmo. Esta
ação serviu também para lembrar que a figura do polícia deverá representar, para a criança, um amigo a quem
recorrer, em situações aflitivas, e nunca uma pessoa que mete medo!
Dia do Pai
No Dia do Pai – 19 de março, cada resposta social organizou diferentes atividades. As crianças e jovens
trouxeram fotos dos seus pais e expuseram no mural “Dia do Pai”. Cada sala organizou esta atividade, de
acordo com a idade das crianças e promoveu-se um momento de convívio entre pais e filhos.
Visita à kidzânia (finalistas do pré-escolar)
No dia 7 de Abril a sala dos 5 anos do pré-escolar realizou um passeio à Kidzania em Lisboa, onde tiveram a
oportunidade de explorar diferentes atividades da vida dos adultos. Foram cabeleireiros e clientes, construtores e
engenheiros, bombeiros e cozinheiros, etc. Foram capazes de gerir o seu próprio dinheiro e até tirar a carta de
condução. Foi um dia de aprendizagem muito agradável e divertido.
Dia da Mãe
No dia 7 de maio comemorou-se o dia da Mãe. Cada sala organizou diferentes atividades entre mães e filhos de
forma a promover o convívio. As crianças realizaram um trabalhinho para oferecer, como lembrança, à mãe e
construiu-se um mural para assinalar a data.
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Comemoração dos 33 Anos da AML
O aniversário da instituição foi marcado pela comemoração no edifício das Lameiras com crianças, jovens,
idosos e moradores, numa oportunidade de convívio intergeracional. As crianças do pré-escolar realizaram um
picnic no recinto do edifício e a o grupo 2.90, da animateca iniciou as comemorações com uma atuação. Ao
longo do dia, cada educadora lembrou às crianças a história da Associação e a importância do associativismo
para o bem social.
Dia Mundial da Criança
No dia 1 de junho, comemorou-se o Dia Mundial da Criança. As farmacêuticas da Farmácia de Gavião visitaram
as crianças do pré-escolar para uma atividade em que explicaram como funciona uma farmácia, o que existe lá e
quando devemos recorrer à mesma. Na semana anterior a este dia, haviam deixado as suas batas para que as
crianças pintassem e posteriormente fossem usadas, pelas farmacêuticas no dia mundial da criança. O Pré-
escolar teve ainda a oportunidade de visitar a farmácia e apreciar as suas pinturas.
Houve também, a visita da sala dos quatro e cinco anos ao hipermercado E` Leclerc onde realizaram algumas
atividades ligadas à ciência. Foram ainda realizadas atividades de pintura faciais, jogos lúdicos e foi oferecido
um almoço diferente, para comemorar de forma, ainda mais especial este dia.
À descoberta do Porto
No dia 2 de junho as crianças da sala dos cinco anos foram passar o dia ao Porto. Partiram da estação
ferroviária de Vila Nova de Famalicão com destino a S. Bento, onde puderam ver as gravuras em azulejo.
Seguidamente passearam pela avenida da Liberdade, rua das Flores até chegarem à Ribeira. Lá contemplaram
os barcos rabelos e fizeram a travessia pela Ponte D. Luís para embarcar numa aventura de barco no Rio Douro.
Visitaram também o Museu Interativo World of Discoveries, onde puderam viajar pelo mundo dos
descobrimentos portugueses, ficando assim a conhecer mais um bocadinho da nossa história. Mais um dia muito
agradável e enriquecedor.
Antoninas
As crianças do pré-escolar cumpriram a tradição e participaram nas marchas antoninas infantis. Assim, no dia 9
de junho, sob o tema “Santo António e o Património”, cada sala representou uma parte desse património:
Indústria têxtil, fábrica da Boa Reguladora e a famosa feira de S. Miguel. Desta forma foi explorado com as
crianças as tradições da nossa cidade.
Festa de Encerramento das atividades (Festa dos Sabores)
A festa de final do ano aconteceu no dia 30 de Junho. O tema escolhido para as diferentes apresentações foi o
festival da canção e eurovisão. Apresentou-se também, marchas populares, danças e cantares, poemas e
declamações. A parte norte do recinto do complexo habitacional das Lameiras, foi o local escolhido para a
realização do «Arraial da música e dos sabores», que concluiu com êxito as atividades letivas do ano escolar.
Colónia Balneares/ Piscina
Durante o mês de julho organizou-se a habitual colonia balnear, na praia do Forno em Vila do Conde. O CATL,
na segunda metade do mesmo mês, frequentou diariamente as piscinas municipais de Vila Nova de Famalicão.
Estas atividades de verão proporcionaram às crianças e jovens diversas atividades lúdicas e pedagógicas num
ambiente diferente.
Dia dos Avós
«A Casa dos Avós é de todos Nós», serviu de lema à celebração do dia dos avós na Associação de Moradores
das Lameiras. A festa decorreu em dois locais distintos: na praia do Forno em Vila do Conde e nas instalações
do Centro Social. Foi uma oportunidade intergeracional de avós e netos, crianças e idosos para partilharem
momentos de convívio com Karaoke e um lanche.
Festa do Associativismo e Juventude
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Entre o dia 15 e 17 de Setembro participamos com um stand na feira do associativismo, onde pudemos divulgar
um pouco do trabalho que é feito na associação. As nossas crianças do CATL atuaram no encerramento da feira
com uma atuação em palco.
Reuniões de Pais
Ao longo do mês de setembro e início de outubro realizaram-se várias reuniões para preparação do ano letivo e
elaboração do projeto pedagógico de cada sala. Estas reuniões foram importantes na partilha de ideias e boas
práticas que nos permitiram adequar o processo educativo às necessidades e expectativas de todos os
envolvidos.
A terra treme
No dia 13 de outubro, uma vez mais, a AML aderiu ao exercício público organizado anualmente pela Autoridade
Nacional de Proteção Civil – A Terra Treme, que pretendeu alertar e sensibilizar a população sobre a forma de
agir antes, durante e depois da ocorrência de um sismo. Pelas 10,13 horas os alarmes dispararam e no setor
infanto-juvenil todos seguiram as regras previamente trabalhadas. Estes exercícios de segurança são
importantes para as aprendizagens das crianças neste tipo de situações.
Dia Mundial da Alimentação
No dia 16 de outubro realizou-se várias atividades no âmbito da alimentação saudável. Desde jogos, batidos de
fruta e a roda dos alimentos com alimentos reais trazidos pelas famílias. Esta atividade sensibilizou as crianças
para a importância da alimentação saudável na prevenção de várias doenças.
Dia de Halloween
No dia 30 de outubro as crianças fantasiaram-se de bruxas e vampiros e saíram à rua para cultivar a brincadeira
da “doçura ou travessura”. Foi uma atividade que permitiu às crianças conhecerem tradições de outros países.
Teatro do João Pateta
No dia 9 de novembro as crianças receberam com entusiasmo a companhia de teatro «Porta 27» que
apresentou “A história do João Pateta”. As crianças divertiram-se com as trapalhadas do Pateta e sua Mãe.
Estas atividades são importantes para a formação do carácter lúdico das crianças e ajudam-nas a ampliar a
visão sobre o mundo.
S. Martinho
No dia 13 de novembro comemorou-se o S. Martinho com um magusto intergeracional, com as habituais
castanhas assadas e canções sobre o tema. Foi uma atividade que possibilitou o contacto entre diferentes
gerações e permitiu às crianças conhecer algumas das tradições do magusto através dos mais velhos.
Dia do Pijama
O sector da infância participou no dia do pijama. Todas as crianças vieram de pijama e participaram nas várias
atividades de sala que tiveram como objetivo sensibilizar para a importância de que todas as crianças têm direito
a crescer numa família.
Laço lilás
O pré-escolar associou-se ao desafio lançado pelo município de Vila Nova de Famalicão na “Campanha Lilás -
FAMALICÃO SEM VIOLÊNCIA” e participou nesta missão de sensibilização para o “Dia Internacional da
Eliminação da Violência Contra as Mulheres. As crianças e alguns séniores construíram e edificaram um laço
humano “lilás”, que serviu de ponto de partida para campanha informativa de divulgação e sensibilização junto
dos utentes e familiares.
Festa de Natal/ Atividades da época natalícia
A festa de Natal realizou-se na Casa das Artes no dia 20 de dezembro e incluiu-se numa dinâmica de articulação
com as famílias, em que todas as respostas sociais, pais e filhos se envolveram na sua concretização.
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Já com o novo projeto educativo em concretização – “Sonhos com vida” – que entrou em vigor em setembro,
cada atuação tentou transmitir a importância do sonho e de sonhar na vida de cada um. Foi também,
aproveitando o espírito desta época, que no setor se trabalharam temas como a família, a partilha e os valores
éticos e de cidadania tão importantes para a convivência em sociedade.
Avaliação e acompanhamento psicológico O serviço de avaliação e acompanhamento psicológico foi disponibilizado a todos os utentes do setor infanto-
juvenil (Creche, Pré-escola e Centro de Atividades e Tempos Livres - CATL) com o objetivo primordial de
proporcionar maior qualidade de vida a todas a crianças, mais concretamente, avaliar e acompanhar as crianças
que apresentam algum tipo de problemática psicológica, emocional ou social e, quando necessário, encaminhar
para técnicos especializados.
Caracterização do grupo
O setor infanto-juvenil era constituído por vários utentes e todos eles têm direito ao serviço de psicologia.
Através das educadoras e/ou dos encarregados de educação foram realizadas solicitações do serviço e
posteriormente analisou-se a pertinência da avaliação/acompanhamento. Tendo em conta a especificidade de
cada criança e da patologia inerente, trabalhou-se com as educadoras e com os pais dado que a colaboração
dos mesmos foi imprescindível para atingir os resultados esperados.
Objetivos/Competências gerais adquiridas
Realizou-se anamnése: executou-se o acompanhamento psicológico; conheceu-se a história de vida pessoal,
social e médica; conheceu-se a dinâmica familiar; identificou-se as principais queixas;
Promoveu-se a avaliação psicológica: identificou-se a existência de perturbações psicológicas; identificou-se
sinais/sintomas de alguma patologia; identificou-se atitudes/comportamento em diferentes contextos; avaliou-se
o desenvolvimento pessoal, social e psicológico; analisou-se a interação com o grupo de pares; realizou-se
relatórios juntamente com as educadoras;
Fez-se o acompanhamento psicológico: preveniu-se o desenvolvimento da patologia; melhorou-se a qualidade
de vida do utente; ensinou-se a utilização de estratégias de coping; evitou-se o isolamento social; estimulou-se o
diálogo/partilha de vivências, sentimentos; acompanhou-se ao nível das dificuldades de aprendizagem; enurese
ou encoprese diurna ou noturna; pesadelos, dificuldades para dormir; perturbações alimentares; agressividade
em contexto escolar e familiar; hiperatividade, etc.
Acompanhou-se as famílias dos utentes: informou-se as famílias acerca das patologias descobertas; forneceu-se
formação às famílias acerca do modo como devem lidar com os comportamentos/atitudes dos utentes; auxiliou-
se na gestão de conflitos familiares
Atividades/estratégias desenvolvidas
Recolheu-se diversa informação com as educadoras; preencheu-se um questionário específico – anamnése;
observou-se as atitudes/comportamentos; preencheu-se instrumentos de avaliação específicos; forneceu-se
feedback da informação às educadoras; deu-se feedback às famílias; utilizou-se terapias específicas (consoante
a patologia): terapia comportamental, terapia cognitiva, intervenção social, terapia psicossocial, gestão de
conflitos internos, exercícios de relaxamento, terapias de grupo, diálogos formais e informais, psicoeducação,
sessões de esclarecimento; colaborou-se com as escolhas ao nível de fornecer/receber informação relevante
proveniente do contexto escolar; realizou-se relatórios para outros técnicos do exterior.
Avaliação
Uma das principais fontes de informação neste serviço é a observação direta ou indireta, contudo não é
suficiente, e deste modo para efetuar uma avaliação psicológica mais rigorosa dos utentes administraram-se os
seguintes instrumentos:
Anamnése; Check List Perturbação de Ansiedade Generalizada; Check List de Episodio Depressivo Major; Teste
de Fluência Verbal; Check List de perturbação de hiperatividade e défice de atenção; Check List de Tartamudez;
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bateria de prova de raciocínio; escala CAP (Childood Atention Problem); escala de auto-estima de Rosemberg;
escala de Conners; figura complexa de Rey; PEDE (Prova Exploratória de Dislexia especifica); teste do relógio;
questionário dos medos; questionário de avaliação da ansiedade em crianças (STAIC); teste da árvore; teste do
desenho da figura humana; teste do desenho da família.
Conclusão
Ao longo de todo o ano, a avaliação e o acompanhamento psicológico realizado foi de acordo com a
especificidade de cada criança assim como tendo em conta o contexto onde estão inseridos e a dinâmica
familiar. Verificou-se que a maior parte dos utentes e os seus familiares colaboraram de forma bastante
adaptada, contribuindo deste modo para um melhor desenvolvimento de todo o processo terapêutico e
consequentemente uma convivência saudável entre todos os constituintes do processo. Não obstante, é
importante realçar que este ano existiu uma família que sobressaiu pela negativa visto que não colaborou como
era suposto e, deste modo refletiu-se na evolução/desenvolvimento da criança.
O projeto socioeducativo que agora se conclui – “Sempre Cuidar de Ti!” – foi extraordinário no trabalho realizado,
que permitiu uma aprendizagem permanente dos outros anos que tiveram por base, não só a
intergeracionalidade, que é um ponto de extremo interesse, mas também a importância de “cuidarmos” uns dos
outros no verdadeiro sentido da palavra. Sentimos a importância que temos ao influenciarmos a qualidade de
vida uns dos outros, ou seja, família, amigos, grupo de pares, comunidade, escola, etc. Por tudo isto valeu a
pena.
O papel do psicólogo na sociedade consiste em analisar a história de vida da pessoa, esclarecer uma situação,
dar suporte e acompanhá-la a fim de auxiliar na superação de uma crise e proporcionar o desenvolvimento de
potencialidades e crescimento pessoal de seu utente. No entanto, algumas pessoas hesitam em consultar um
psicólogo porque desejam resolver seus problemas sozinhas ou sentem-se culpadas por estar em dificuldade.
Outras envergonham-se do que sentem e preocupam-se com o que os outros podem pensar se procurarem
ajuda. O caminho percorrido até o psicólogo pode ser cheio de ambivalências. Contudo, felizmente, no que se
refere às crianças, verifica-se que atualmente esses preconceitos estão a extinguir-se e as pessoas já não se
envergonham nem hesitam em procurar apoio psicológico. Deste modo, constatou-se que foi um ano produtivo
visto que os principais objetivos foram assegurados e que se solidificou o serviço de psicologia na instituição,
havendo uma excelente colaboração entre todos os constituintes do processo terapêutico.
3. Serviços médicos e de enfermagem O gabinete médico e de enfermagem tem tido uma abordagem responsável nos cuidados prestados aos seus
utentes, procurando envolver técnicos, familiares, cuidadores ou mesmo a comunidade envolvente. A relação
próxima entre cuidador e pessoa cuidada, são a base para o sucesso. Para tal, diariamente desenvolveu-se
planos de cuidados personalizados de acordo com as necessidades de cada um.
Este relatório apresenta as atividades desenvolvidas pelo departamento médico e de enfermagem do Centro
Social da AML quer no setor de idosos quer no setor infanto-juvenil. Estas atividades visam a promoção do
envelhecimento ativo, a prestação de cuidados personalizados e a promoção da autonomia e independência dos
utentes, bem como a segurança e o crescimento saudável das nossas crianças. Tudo com um objetivo único: a
satisfação do utente através do “Sempre a Cuidar de Ti”, em todas as suas vertentes.
Objetivos
As atividades desenvolvidas, em conjunto com restante equipa técnica, obedeceram aos objetivos delineados:
apoiar e esclarecer os pais/encarregados de educação nas suas dúvidas e anseios; garantir o cumprimento do
programa nacional de vacinação; apoiar as educadoras e colaboradores na vigilância e deteção de problemas de
saúde na criança.
Atividades
Foram desenvolvidas atividades, sempre em articulação com as educadoras e restante pessoal auxiliar: O
controlo de vacinação tem permitido manter a vacinação das crianças atualizada, zelando pela saúde de todos e
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evitando a propagação de doenças infecto-contagiosas. Tem havido boa receção e compreensão por parte dos
pais/encarregados de educação em cumprir esta exigência da instituição, que é realizada à entrada na
instituição e sempre que necessário.
Foram prestados primeiros socorros sempre que necessário em pequenos acidentes, assim como foram
avaliados problemas de saúde na criança, quer sinalizados pelas educadoras, quer sinalizados pelos
pais/encarregados de educação.
Foram executados vários tratamentos às crianças das várias respostas sociais, principalmente em situações que
resultaram de pequenos acidentes ocorridos dentro da instituição, evitando desta forma a recorrência a serviços
externos à instituição. Nas reuniões gerais de Pais, foram trabalhados temas como os cuidados específicos no
verão, as doenças infecto-contagiosas, os piolhos, tendo em conta as necessidades formativas identificadas
pelas educadoras. Através destes temas, os pais foram alertados e informados para alguns aspetos muito
relevantes na infância dos filhos, bem como foram colmatadas algumas lacunas no conhecimento de todos.
Avaliação e conclusão
Verifica-se que é cada vez mais importante investir nas sessões de educação para a saúde, quer com as
crianças, quer com os pais/encarregados de educação e colaboradores, uma vez que crianças com hábitos de
vida saudáveis, sejam também, no futuro, adultos saudáveis.
A atualização do SGQ continuou a ser uma preocupação, tendo havido uma reformulação de modelos e
processos durante o ano, com vista à otimização do sistema, à prestação de cuidados com qualidade e
satisfação do utente. O bem-estar físico, psíquico e social do utente e a sua satisfação nos serviços prestados foi
e será sempre o nosso objetivo. É importante para a instituição, a confiança e satisfação dos utentes no trabalho
desenvolvido e que eles sintam que podem confiar no apoio do gabinete médico e de enfermagem.
4. Setor de idosos
O presente relatório de atividades é o resultado do trabalho realizado ao longo do ano de 2017 nas respostas
sociais de ERPI - Estrutura Residencial para Pessoas Idosas, CD – Centro de Dia, SAD – Serviços de Apoio
Domiciliário e o serviço de psicologia e de enfermagem.
Perante o envelhecimento progressivo da população, as respostas sociais tem vindo a organizar-se e a criar
condições para acolher um número crescente de idosos. Nesta perspetiva, as atividades realizadas
representaram uma abordagem global apoiada numa filosofia humanista, essencial para promover nas pessoas
idosas um desenvolvimento harmonioso, ao nível do seu estado de saúde, mas também a um bem-estar em
geral. As atividades foram realizadas sempre no âmbito do envelhecimento ativo, respeitando os mais
elementares direitos da pessoa idosa, como a escolha, a privacidade, a participação e a responsabilidade, tendo
sempre em conta a especificidade de cada um.
4.1 Estrutura Residencial para pessoas Idosas (Lar)
Introdução
A resposta social ERPI define-se por um domicílio coletivo, para pessoas com idade correspondente à
estabelecida para a reforma, ou outras em situação de maior risco de perda de independência e/ou autonomia ou
com inexistência de retaguarda familiar.
Objetivos adquiridos:
Assegurou a prestação dos cuidados adequados à satisfação das necessidades, tendo em vista a manutenção
da autonomia e independência; promoveu novas formas de entretenimento e lazer; fomentou a integração social
dos idosos, diminuindo a sensação de abandono e solidão.
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Acolheu pessoas idosas, ou outras, cuja situação social, familiar, económica e/ou de saúde, não lhes permite
permanecer no seu meio habitual de vida; proporcionou alojamento temporário, como forma de apoio à família;
criou condições que permitiu a preservação e incentivou a relação intrafamiliar; potenciou a inclusão social,
criando condições que permitiram vencer o isolamento; encaminhou e acompanhou as pessoas idosas para
soluções adequadas à sua situação, proporcionando-lhes serviços adequados à problemática biopsicossocial.
4.2 Centro de Dia
O Centro de Dia é uma resposta social que contribuiu para a valorização pessoal, partilha de conhecimentos e
experiências pessoais, proporcionando ainda durante o dia a resolução de necessidades básicas pessoais,
terapêuticas e socioculturais às pessoas afetadas por diferentes graus de dependência, contribuindo para a
manutenção da pessoa no seu meio familiar.
Objetivos adquiridos
Proporcionou-se aos idosos novas experiências que lhes permitiram uma valorização pessoal e social;
promoveu-se novas formas de entretenimento e lazer; fomentou-se a integração social dos idosos, diminuindo a
sensação de abandono e solidão; promoveu-se sentimentos de auto-estima e de utilidade; contribuiu-se para a
estabilização ou retardamento das consequências nefastas do envelhecimento; preveniu-se situações de
dependência, promovendo a autonomia; fomentou-se as relações interpessoais ao nível dos idosos e destes
com outros grupos etários, a fim de evitar o isolamento.
Atividades/Estratégias desenvolvidas
(comuns às respostas sociais ERPI-Estrutura Residencial para pessoas idosas e CD – Centro de Dia)
Semanais:
Atividades físicas (aulas de educação física, boccia sénior, exercício de aquecimento e relaxamento, marcha,
dança); jogos de animação sensorial e motora (damas, dominó, cartas, bingo, leitura, treino de vocabulário e
escrita, cálculo matemático e abstrato, informática, palavras cruzadas, sopa de letras, descobrir as diferenças);
artes plásticas (pintura, escultura, desenho, colagens, tapeçarias, bordados, costura, fuxicos, tirela, malhas e
croché); animação promotora do desenvolvimento pessoal e social (missa, terço, comunhão semanal, conversas
informais, jogos de apresentação, jogos de confiança, comemoração do aniversário, debates e sensibilizações
sobre várias temáticas, nomeadamente: alcoolismo, obesidade, alimentação saudável, alzheimer, diabetes,
reciclagem, educação para a poupança, educação para a cidadania, regras de convivência, abordagem das
diversas patologias neurológicas/ psiquiátricas; cuidados de higiene, entre outras); animação comunitária
(comemoração e participação das festividades e tradições da comunidade, passeios ao exterior). Música e
teatro.
Mensais
Janeiro: elaborou-se coroas de rei e cantou-se as Janeiras; participação no torneio de Boccia (Mundos de Vida).
Fevereiro: comemorou-se o dia de S. Valentim; construiu-se fatos e máscaras de carnaval; participou-se no
carnaval sénior promovido pela Câmara Municipal, com a obtenção do 1º Prémio de Melhor Grupo; realizou-se
um baile de Carnaval.
Março: realizou-se uma ação pedagógica com a PSP – Policia de Segurança Pública, onde foi abordado a
temática “Perigos que existem em casa e na rua!”; comemorou-se o dia internacional da mulher com debate e
entrega de flores; celebrou-se o dia de S. José – entrega de lembranças; comemorou-se o dia internacional da
felicidade; assinalou-se o dia internacional da poesia – recital de poemas de poetas portugueses; participou-se
no campeonato de boccia.
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Abril: elaborou-se cestinhas com amêndoas para a Páscoa; realizou-se uma missa Intergeracional da Páscoa;
assinalou-se o dia da liberdade com um jogo de simulação: Assembleia da República; comemorou-se o dia
mundial da dança; participou-se no campeonato de boccia.
Maio: celebrou-se o dia de Maria (dia da mãe) com a realização de uma lembrança; realizou-se uma visita ao
santuário de Fátima, em comemoração do centenário das aparições; comemorou-se o dia da família com um
encontro entre idosos e seus familiares; participou-se na celebração do aniversário da AML.
Junho: acolhemos com alegria a atribuição de um prémio (cadeira de Rodas) da Clinica Esfera Saúde, inserido
na campanha “ Like do bem”; recebemos a visita do Bispo Auxiliar de Braga – D. Nuno Almeida, que presidiu à
celebração da Eucaristia para os idosos e administrou o sacramento da Santa Unção a todos aqueles e aqueles
que o desejaram. D. Nuno Almeida manteve diálogo de proximidade com os séniores e almoçou com os idosos e
crianças no refeitório da instituição; Assinalou-se os santos populares com a elaboração de manjericos e
quadras populares; participou-se na festa popular e dos sabores da Instituição com uma dança coreografada,
que assinalou o encerramento do ano letivo; participou-se na final do campeonato de boccia.
Julho: participação ativa no Sarau Sénior, promovido pela Câmara Municipal de Famalicão; sensibilizou-se os
idosos para as “ondas de calor”, medidas a serem tomadas para minimizar o calor; realizou-se durante uma
quinzena a colónia balnear na praia do Forno, em Vila do Conde; comemorou-se o dia dos avós (Semana dos
Avós) com diversas ações, nomeadamente a confeção de bolachas para oferecer aos netos e distribuição de
certificados ao “Melhor Avó do Mundo”.
Agosto: visualizaram um filme português, intitulado “Jacinta” na Biblioteca Municipal de Famalicão.
Setembro: realizou-se uma missa de despedida do padre Agostinho Alves, que deixou a Paróquia de Antas. Os
idosos presentearam-no com um livro de recordações, onde partilharam diversos momentos. Houve ainda um
jantar em sua homenagem, onde alguns idosos marcaram presença. Participou-se na tarde sénior com uma
visita à feira de artesanato e gastronomia; sensibilizou-se os idosos para a problemática da demência de
Alzheimer; realizou-se uma desfolhada Minhota; iniciou-se o curso “Iniciação à Informática”, em parceria com a
PASEC.
Outubro: comemorou-se o dia do Idoso em simultâneo com o dia da música com um Mega Piquenique no
parque da Devesa; realizou-se o simulacro “A terra Treme” e o simulacro de fogo; comemorou-se o dia da
alimentação através de um jogo sobre os bons hábitos alimentares; comemorou-se o dia das bruxas.
Novembro: assistiu-se ao primeiro filme realizado em Portugal, na Fundação Cupertino de Miranda, em
comemoração do dia Mundial do Cinema; recebemos o Grupo Musical “Pedra de Água”, integrados no projeto
Tarde de Outono, promovido pela Câmara Municipal de Famalicão; comemorou-se o dia de S. Martinho com
magusto intergeracional; realizou-se uma ação de sensibilização para assinalar o dia da diabetes; participou-se
no campeonato de boccia. participou-se no Laço Humano Lilás, assinalando o dia “Famalicão sem violência”.
Dezembro: Participamos na construção do tapete para a procissão de velas em honra de Nossa Senhora
Imaculada Conceição no dia 7 de dezembro que passou por este Centro; realizou-se a festa, o almoço Natalício
e distribuição de lembranças de Natal.
Anual
Os trabalhos manuais estiveram evidenciados durante o ano, uma vez que pretenderam desenvolver a destreza
manual, motivar os idosos para a ocupação do tempo de uma forma útil e principalmente estimular o orgulho
sentido pela realização dos trabalhos. Os jogos de estimulação cognitiva e lazer tiveram também grande
importância na ocupação do tempo livre, para além de retardar doenças do foro mental e psíquico.
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O exercício físico esteve presente diariamente, foi feito um trabalho de sensibilização aos seniores para a prática
da atividade física, de realçar o aumento de participantes nas aulas de ginástica e a continuidade da prática
desportiva “Boccia”, onde os idosos mostraram uma grande recetividade. A relação intergeracional esteve
sempre presente em diversas atividades festivas realizadas, proporcionando desta forma momentos de alegria,
lazer e convívio entre as gerações existente neste Centro Social.
4.3 SAD – Serviços de Apoio Domiciliário
O Serviço de Apoio Domiciliário é uma resposta social desenvolvida no domicílio das pessoas que apresentam
algum grau de dependência e/ou fragilidade social, seja temporária ou permanente, encontrando-se em situação
de limitação na sua autonomia.
No ano 2017 as ações tiveram a finalidade de promover o conforto e bem-estar, a dignidade, a autonomia, a
responsabilidade, o desenvolvimento pessoal e a integração social das pessoas. Todas as atividades
apresentaram um caráter preventivo, remediativo e curativo ao nível dos cuidados básicos de saúde. Este
serviço apostou ainda na prevenção da exclusão e do isolamento social, evitando ou retardando as medidas que
levam ao afastamento do meio natural de vida.
Objetivos atingidos:
Contribuiu-se para a melhoria da qualidade de vida dos utentes e suas famílias; garantiu-se a prestação de
cuidados de ordem física e apoio social aos utentes e famílias, de modo a contribuir para o seu equilíbrio e bem-
estar; preveniu-se situações de dependência, promovendo a autonomia; contribuiu-se para evitar ou retardar a
institucionalização; Criou-se condições que permitiram preservar e incentivar as relações inter-familiares; apoiou-
se os utentes e famílias na satisfação das necessidades e atividades da vida diária; realizou-se visitas
domiciliárias por parte dos técnicos para um acompanhamento próximo das situações.
Atividades desenvolvidas:
Higiene pessoal e habitacional: elaborou-se um plano individual de higiene para cada utente; Assegurou-se os
cuidados de Higiene pessoal e Habitacional; Contribui-se para a melhoria da qualidade de vida dos utentes e
famílias;
Animação e lazer: contribuiu-se para evitar o isolamento e permitir a relação com o meio envolvente; fomentou-
se a integração social dos idosos; Convidou-se para participarem nas festas promovidas pelo centro e
distribuição das respetivas lembranças temáticas: participaram na festa do dia dos avós; do dia do idoso; festa e
almoço de natal; festividades da páscoa; Colónia de Férias na praia do forno em Vila do Conde; receberam a
lembrança alusiva ao dia de S. José; e ao Dia de Maria;
Tratamento de Roupa: tratamento devido da roupa do utente proporcionando desta forma uma devida
higienização da mesma.
Alimentação: confecionou-se e entregou-se a alimentação em devidas condições na habitação do idoso
Avaliação e acompanhamento psicológico
O serviço de psicologia possuiu serviços de intervenção psicológica especializados, destinados a diferentes
populações com necessidades específicas: utentes da Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI),
Centro de Dia (CD) e, quando necessário, Serviço de Apoio Domiciliário (SAD), familiares e colaboradores. Este
serviço teve como objetivo primordial proporcionar maior qualidade de vida a todos os utentes. Outra questão na
qual nos incidimos foi prevenir-se o aparecimento de patologias psicológicas/psiquiátricas e também controlar-se
as patologias existentes. Além destas competências, a psicóloga teve ainda um papel fundamental no sentido de
dar respostas perante problemas institucionais, sempre que foi solicitado.
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Objetivos/Competências gerais adquiridas
Promoveu-se e humanizou-se o acolhimento; conheceu-se a história de vida pessoal, social e médica dos
utentes e da sua dinâmica familiar; identificou-se as principais queixas dos utentes; promoveu-se a integração
dos utentes; minimizou-se o impacto da institucionalização; desmistificou-se o preconceito quanto à
institucionalização; aumentou-se a proximidade entre famílias, técnicas e utentes;
Realizou-se avaliação cognitiva/psicológica; Identificou-se a existência de demências; analisou-se a existência
de perturbações psicológicas e/ou psiquiátricas; identificou-se o estado e o traço de personalidade;
Realizou-se acompanhamento psicológico; preveniu-se o desenvolvimento de patologias
psicológicas/psiquiátricas; promoveu-se uma melhor qualidade de vida, saúde mental e bem-estar físico
psicológico e social dos utentes; promoveu-se a autoestima e a autoconfiança; ensinou-se a utilização de
estratégias de coping; preveniu-se a degradação mental nas mais variadas áreas; incrementou-se a participação
ativa dos idosos nas atividades; ensinou-se estratégia para lidar com situações de luto; desenvolveu-se a
afetividade;
Estimulou-se a socialização dos utentes; evitou-se o isolamento; estimulou-se o diálogo/partilha de vivências e
sentimentos;
Geriu-se conflitos (interpessoais e intrapessoais); preveniu-se o aparecimento de conflitos; auxiliou-se na gestão
de conflitos familiares e entre utentes;
Estimulou-se competências cognitivas tais como: memória visual, auditiva e sensorial, raciocínio abstracto,
concentração e atenção, cálculo mental, função executiva, comportamento verbal e não-verbal, atividades de
vida diárias, linguagem e comunicação, orientação espacial e temporal, perceção visual e espacial,
coordenação, motricidade fina e grossa, praxias, educar para a cidadania, despertar o espírito crítico,
desenvolver a capacidade de escuta ativa, exprimir ideias e opiniões, desenvolver capacidades de organização
do pensamento;
Auxiliou-se ao nível das questões institucionais/organizacionais: criou-se um clima organizacional mais eficaz;
motivou-se os colaboradores/técnicos a realizarem um trabalho mais eficiente e eficaz; geriu-se conflitos
interpessoais, intrapessoais, organizacionais e normativos;
Interagiu-se com outros profissionais de saúde; forneceu-se feedback da história clinica dos utentes aos
profissionais de saúde;
Trabalhou-se diretamente com as famílias dos utentes: forneceu-se formação às famílias acerca do modo como
devem lidar com o comportamento/atitude dos utentes.
Atividades/Estratégias desenvolvidas
Realizou-se a anamnese de integração com os responsáveis legais dos utentes; conversou-se de forma informal
com os utentes e/ou familiares; realizou-se visitas ao domicílio; avaliou-se o estado mental de todos os utentes;
preencheu-se os vários instrumentos de avaliação psicológica; recolheu-se/transmitiu-se informação à equipa
multidisciplinar; observou-se as atitudes/comportamentos; utilizou-se terapias específicas, consoante a patologia;
geriu-se conflitos internos; realizou-se psicoeducação; realizou-se exercícios de relaxamento; executou-se
terapias de grupo; realizou-se psicoeducação com utentes e familiares; realizou-se jogos que estimulam a
interação; realizou-se sessões de esclarecimento; realizaram-se relatórios clínicos; acompanhou-se os utentes a
consultas de especialidade no exterior; realizou-se ações de sensibilização: ondas de calor, diabetes, obesidade,
alimentação saudável, demência de alzheimer, regras de convivência e abordagem de diversas patologias;
executou-se panfletos informativos; realizou-se atendimentos individuais às colaboradoras e técnicas – controlo
emocional, gestão de conflitos, motivação laboral.
Gabinete médico e de enfermagem (ERPI e Centro de Dia).
As atividades desenvolvidas pelo gabinete médico e de enfermagem, têm objetivos bem definidos e
fundamentados, de acordo com cada situação específica e de acordo com as especificidades de cada utente:
proporcionar um bom acolhimento aos novos utentes; promover a saúde; prevenir a doença e as agudizações
dos problemas existentes; promover a qualidade de vida dos utentes; garantir uma correta assistência
medicamentosa; garantir uma correta ingestão alimentar; promover o envolvimento familiar; otimizar recursos e
Relatório geral de atividades da Ação da Associação de Moradores das Lameiras - 2017 – «Sempre a Cuidar de ti!» Pág.19 de 29
serviços; garantir uma correta articulação da informação clinica dos utentes entre serviços de saúde; otimizar o
sistema de gestão da qualidade.
Para tal foram desenvolvidas atividades, sempre em articulação com a restante equipa técnica e colaboradores:
foi realizada a avaliação inicial junto do utente e família, de modo a serem recolhidas todas as informações
necessárias para o delineamento do plano de cuidados do utente; foram realizadas visitas domiciliárias, sempre
que possível, para conhecer a realidade domiciliária de cada utente; organização do processo clínico do utente;
realizou-se e personalizou-se o plano de cuidados; primeira consulta médica, para dar a conhecer o médico ao
utente e vice-versa; apresentação dos utentes aos colaboradores; vigiado o estado geral do utente; ajustado,
sempre que necessário, o plano de cuidados de cada utente; estimulada a autonomia nos autocuidados, e
sensibilizados os cuidadores para o fazerem; foram executados procedimentos técnicos de qualidade
(tratamentos, colheitas sanguíneas, algaliações, etc), sempre que os utentes necessitaram; avaliados sinais
vitais, de modo a prevenir complicações/controlar doenças existentes; promovidas ações de sensibilização para
a promoção da saúde (alcoolismo, calor, diabetes, obesidade, alimentação saudável, demência de Alzheimer, e
abordagem de diversas patologias); mantido o plano de vacinação atualizado; utentes encaminhados e
orientados para os recursos adequados; foram prestados primeiros socorros, sempre que foi necessário;
preparada e administrada a medicação dos utentes, mediante as suas necessidades; vigiada a administração de
medicação, de modo a assegurar a toma de medicação mediante a prescrição do médico; alterada a medicação,
tendo por base uma prescrição médica válida; foram vigiadas as alterações no utente, que pudessem estar
relacionadas com a terapêutica medicamentosa; supervisionada e vigiada a alimentação do utente, de modo a
garantir uma correta e equilibrada ingestão alimentar; foram encaminhados para consulta de nutrição os utentes
com necessidades nutritivas especiais; os familiares/responsáveis pelos utentes, foram informados das
alterações de saúde de cada um; realizada integração dos familiares na tomada de decisão em relação a cada
utente; foram geridos recursos humanos e materiais; foram revistas caixas de primeiros socorros, de modo a
garantir os prazos de validade e os stocks das caixas de primeiros socorros; informação permanente para os
profissionais de saúde do exterior, do historial clínico dos utentes; mantida a informação clinica dos utentes
atualizada, de modo a estar sempre preparada para situações de emergência; realizados relatórios clínicos
multidisciplinares, de modo a transmitir informação dos utentes o mais precisa possível; controlados os
indicadores de qualidade; realizadas reuniões frequentes com os intervenientes do SGQ, de modo a garantir a
sua implementação e melhoramento; participação nas passagens de turno, de modo a melhorar os canais de
comunicação das informações; foram atualizados e verificados registos de cuidados.
Conclusão
Ao longo do ano 2017, todas as ações basearam-se no lema “Sempre a Cuidar de Ti”. Cuidado esse que
tivemos com os nossos utentes, mas também com as suas famílias, no sentido de proporcionar uma melhoria da
qualidade de vida deste grupo tão frágil e vulnerável. De referir, a intergeracionalidade, como sendo um ponto de
extremo interesse, contudo a essência de todas as ações passou por “cuidarmos” uns dos outros no verdadeiro
sentido da palavra, sendo importante reforçar que todos influenciamos a qualidade de vida uns dos outros,
família, amigos, grupo de pares, comunidade, pessoal docente, etc.
A equipa técnica teve um especial cuidado em escolher atividades específicas para a promoção de um
verdadeiro envelhecimento ativo. As atividades desenvolvidas pretenderam ser uma resposta social e cultural
capaz de rentabilizar os conhecimentos e experiências dos seniores, através de atividades gratificantes,
contribuindo para a preservação da sua saúde física e psíquica e para a construção de uma imagem positiva do
sénior na sociedade. É sem dúvida nos seniores que reside a memória social de um povo, por isso, cabe a nós
técnicos, valorizar, aprender e divulgar todo esse potencial.
O nosso trabalho não se esgota aqui, porque felizmente vão surgindo outras formas de animação mais
adaptadas aos idosos do futuro e porque, de uma maneira geral, o idoso está a voltar a ter uma voz ativa na
sociedade.
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5. Área Social
Departamento de Ação Social
Situa-se no Edifício das Lameiras com as seguintes respostas/serviços: Serviço de Atendimento e
Acompanhamento Social - GAAS, Gabinete Social do Edifício das Lameiras - GSEL e Casa Abrigo/Centro de
Emergência. Estes serviços têm como finalidade a criação de dinâmicas de inclusão, integração e
autonomização, com o objetivo de responder no imediato às situações de exclusão, pobreza e violência
doméstica. Esta intervenção permitiu prevenir, reduzir ou resolver problemas decorrentes da sua
situação laboral, pessoal ou familiar atenuando as desigualdades sociais, assegurando os direitos básicos dos
cidadãos e a igualdade de oportunidades, bem como, a promoção do bem-estar, a coesão social e o
desenvolvimento pessoal e familiar de todos na busca de uma integração e autonomização sustentada e sólida.
Ao mesmo tempo estes serviços efetuaram uma prevenção primária para os problemas sociais que afetam a
população, promovendo a coesão social da comunidade através de uma dinâmica cooperativa, colaborativa e de
corresponsabilização.
5.1 - Serviços de Atendimento e Acompanhamento Social - SAAS
O GAAS foi, em 2017, a primeira linha de resposta às situações de exclusão, pobreza e violência doméstica, através de um trabalho participativo, dinâmico, que capacitou utentes e comunidade. Esta intervenção visou a prevenção, redução ou resolução de problemas decorrentes da sua situação laboral, pessoal ou familiar. Este serviço tentou efetuar uma prevenção primária para os problemas sociais que afetaram a população, de modo a promover a coesão social da comunidade através de dinâmicas cooperativas, colaborativas e de corresponsabilização. O presente relatório pretende descrever o conjunto de atividades desenvolvidas pelo Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social – GAAS, no ano de 2017.
As prioridades de intervenção definidas para 2017:
Privilegiar a abordagem global da comunidade elegendo a pessoa/família como prioridade das ações promovendo os eixos da educação, da saúde, habitação, igualdade, emprego, formação e a sua corresponsabilização; cumprir o acordo estabelecido com a Segurança Social; privilegiar o trabalho em rede, constituindo um sistema de parcerias na base da coresponsabilidade e da cooperação, rentabilizando e potenciando recursos locais; contribuir para assegurar a igualdade de oportunidades de acesso, proporcionando-lhes condições que permitem superar desigualdades económicas e sociais cumprindo o compromisso de equidade e qualidade visando a integração total dos utentes; garantir a concretização do direito à Segurança Social; promover a melhoria sustentada das condições e dos níveis de proteção social e o reforço da respetiva equidade; promover a eficácia do sistema e a eficiência da sua gestão; promover a capacitação da equipa técnica;
Atividades realizadas
Informação: divulgação a todas as pessoas, quer dos seus direitos e deveres, quer da sua situação perante o sistema e no seu atendimento personalizado; atendimento/Acompanhamento Social: orientou-se e apoiou-se, através de metodologias próprias, indivíduos e famílias numa relação de reciprocidade entre o técnico e o cidadão. Apoiaram-se ações de prevenção, promoção e vigilância na área da saúde, emprego e formação pessoal dos beneficiários; efetivamos o acompanhamento das famílias/indivíduos no âmbito da Ação Social ou beneficiários da prestação de Rendimento Social de Inserção em todas as suas etapas; acompanhamos e interviemos nos Bairros Sociais/Comunidades Marginalizadas das freguesias de Antas e Calendário. Encaminhamos e articulamos com estruturas especializadas: articulação das várias formas de proteção social públicas, sociais, cooperativas, mutualistas e privadas com o objetivo de melhorar a cobertura das situações abrangidas e promover a partilha das responsabilidades nos diferentes patamares da proteção social.
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Orientação vocacional e profissional; organização/mediação familiar; participação ativa nas redes de cooperação interinstitucional na área social; participação nas reuniões e na dinamização de atividades na Comissão Social Inter-freguesias da Área Urbana de Famalicão; acompanhamento das famílias das freguesias intervencionadas, cujos processos se encontram na CPCJ (Comissão de Proteção de Crianças e Jovens e Equipas EMAT); Sinalização da população carenciada das freguesias intervencionadas para os Programas de Ajuda Alimentar ou
outras respostas existentes; Realizamos atividades por eixo de intervenção (educação, da saúde, habitação,
emprego e formação) com utentes acompanhados pelo GAAS, ações de sensibilização para frequência escolar,
ações de sensibilização para a procura ativa de emprego, ações para a frequência e valorização da escola;
Realização de atividades em parceria com outros serviços para a população em geral (ex: EAPN, atividades com
jovens de famílias carenciadas); acompanhou-se a população estudante da área de intervenção e participação
na equipa de 1ª Linha dos diferentes agrupamentos escolares, com delineamento de estratégias/medidas de
intervenção; implementou-se programas de treino de competências: desenvolvimento de competências
socioprofissionais; sessões de higiene e organização do espaço habitacional e economia doméstica; Treino de
competências pessoais e sociais;
Elaboraram-se projetos e candidaturas individuais e/ou parcerias, que visam responder as necessidades da população acompanhada pelo GAAS (EDP Solidário, BPI Séniores); implementaram-se e tentou-se concretizar as linhas orientadoras da Estratégia Nacional Para a Integração das Comunidades Ciganas (Educação - alfabetização; criação de grupo consultivo para a integração das comunidades ciganas; criação de base de dados; inserção socioprofissional), participamos na reflexão e reestruturação da ENICC; Os diferentes elementos equipa frequentaram formações específicas, internas e externas, para os técnicos da equipa do GAAS (Ex: Intervenção Comunitária, Plataforma ASIP, Intervenção nas Comunidades Ciganas; parceiria na implementação do projeto Eurobairro – Programa Escolhas; articulação e participação nas atividades do Contrato Local de Desenvolvimento Social 3ª Geração Famalicão – CLDS 3G; participação, implementação das atividades planeadas ao nível do Grupo de Trabalho da Rede Europeia Anti-Pobreza/Núcleo Braga para crianças e jovens utentes acompanhados pelo GAAS (ex: criação do jogo de tabuleiro) Conclusões:
Durante o ano de 2017, o GAAS, realizou o atendimento e acompanhamento social a famílias de Antas e
Calendário, conforme quadro demonstrativo:
Área de Residência N.º de Processos de
RSI
N.º de Processos de
Ação Social
N.º Total de
Processos
Antas 60 71 131
Calendário 105 93 198
Total 165 164 329
A intervenção durante o ano de 2017 diferenciou-se do ano 2016, ano em que estivemos muito presentes no terreno nos focos de pobreza das freguesias de Antas e Calendário: Bairros/Urbanizações Sociais das Bétulas, Lameiras, Cal, Pelhe, Lage. Dadas as problemáticas emergentes ao longo de 2017 foi-nos impossível manter a mesma presença semanal nos focos de pobreza referenciados. Devido às novas condicionantes das renovações e a um estreitar da “malha” relativamente ao cumprimento de determinadas medidas, tivemos um papel mais “fiscalizador”, do que preventivo e no qual acreditamos que seria o caminho mais acertado. Na tabela supracitada, o número de processos de RSI teve um ligeiro aumento relativo ao ano de 2016, criado
principalmente por novas famílias que vieram viver para o nosso concelho e também devido a um aumento de
situações de doença crónica. Os números de ação social não existe grande oscilação, apesar de o número de
atendimentos por utente ter aumentado, ou seja os utentes tem uma maior necessidade em relação ao serviço.
Relatório geral de atividades da Ação da Associação de Moradores das Lameiras - 2017 – «Sempre a Cuidar de ti!» Pág.22 de 29
A equipa do GAAS, no ano de 2017, assim como nos anos anteriores manteve um trabalho de rede com
diversos organismos, atores e estruturas sociais. Tendo participado em todas as reuniões da Comissão Social
Inter-freguesias. Reuniu semanalmente com diferentes equipas do terreno, como, a equipa PIEF, a equipa TEIP,
a equipa do Projeto de Rua, os coordenadores dos eixos de intervenção da CSIF, equipa do Programa Escolhas
- Eurobairro, equipa do Programa CLDS 3G, equipa EMAT, técnicos Instituo Reinserção Social, entre outros.
Faz parte da equipa de candidaturas espontâneas da Associação de Moradores das Lameiras um elemento do
GAAS, e como tal esteve envolvido nas candidaturas a projetos como a EDP Solidária, Fundação Mota Engil,
BPI Solidário, Montepio Geral.
Ao nível Rede Europeia de Luta Contra a Pobreza e Exclusão Social – EAPN – Braga, a AML faz-se representar
por um elemento do GAAS tendo participado em todas as reuniões do núcleo, dinamizando uma atividade em
parceria com a Associação Gerações que envolveu crianças e jovens de diferentes concelhos.
Relativamente ao acompanhamento escolar a equipa do GAAS, desempenhou um papel fulcral na intervenção
de 1ª linha nas escolas, junto das crianças e jovens que tem percursos desajustados, apresentando
comportamentos de risco e ou desviantes. Em 2017, reuniu, nos diferentes agrupamentos escolares (Camilo
Castelo Branco, D. Sancho, D. Maria II e CIOR), discutindo e definindo planos e intervenção em parceria com
escola, saúde e outros agentes de terreno.
Ao nível de atividades e da avaliação interna ao serviço, o GAAS monitorizou o seu desempenho através das
reuniões da equipa multidisciplinar, com a equipa técnica da Associação de Moradores das Lameiras em
reuniões mensais, e com a equipa de coordenação ao nível da Segurança Social de Vila Nova de Famalicão.
Os técnicos da equipa têm participado naquele que é um processo de capacitação interna do serviço, tendo
frequentado diferentes formações que apresentam novos modelos de intervenção ou a “reciclagem” dos modelos
anteriores.
No campo do emprego e formação, o ano de 2017 teve uma grande de oferta, potenciando a empregabilidade e
aprendizagem junto dos utentes GAAS. Através do nosso serviço em articulação com diferentes estruturas,
encaminhamos para entrevistas de emprego e formação, acompanhando posteriormente todo o seu percurso
formativo ou profissional. Na área da saúde esse acompanhamento foi assegurado diariamente, em articulação
com os serviços de saúde. Tem-se denotado que as situações de foro mental tem vindo a aumentar, podendo
levar o GAAS a fazer alguns reajustes para uma melhor e mais eficiente intervenção.
O ano de 2018 certamente trará novos desafios e situações para respondermos, sendo obrigação da equipa
preparar-se para os mesmos, nunca deixando de ser a 1ª linha de intervenção junto das famílias mais
vulneráveis. Contando com uma equipa multidisciplinar constituída por 2 assistentes sociais, uma psicóloga, um
educador social e uma administrativa, o GAAS, pretende atingir os objetivos a que se propôs para 2018. A
equipa sabe que cada vez as situações têm exigido mais dos técnicos, sendo de extrema importância a
capacidade de reajustar e conciliar diferentes tipos de intervenção. A falta de recursos humanos e de tempo e o
acumular de diferentes funções, torna muito difícil a resposta, a todos os utentes, dentro dos timings que
desejam.
5. 2 - Complexo Habitacional das Lameiras
5.2.1 - Gabinete Social das Lameiras (GSEL).
Este gabinete tem sido uma mais-valia para apoio social aos moradores residentes no complexo habitacional
das Lameiras, em parceria com a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, quer no próprio gabinete, quer
no acompanhamento pessoal de muitos residentes nas suas casas. Trata-se de um trabalho difícil que exige
uma dedicação constante, num «tu a tu» e «casa a casa», no sentido de ajudar a resolver problemas ou
encaminhá-los para as entidades competentes.
Destinatários
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Tal como se disse na pequena introdução o GSEL respondeu aos moradores do Complexo Habitacional das
Lameiras, desenvolvendo o seu trabalho no terreno, em contacto direto com os moradores e reforçou a aposta
da Associação de Moradores das Lameiras no seu projeto socioeducativo «Sempre a Cuidar de Ti» e também
da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão em combater fenómenos emergentes de diversidade social
que caracterizou todos os residentes no Complexo Habitacional das Lameiras.
Objetivos trabalhados e conseguidos
Identificação permanente dos problemas socioeconómicos dos moradores;
Consciencialização para o sentimento de pertença dos moradores face à conservação e manutenção do edifício;
Garantir o acesso aos diretos e deveres dos moradores;
Desenvolveu-se o acesso de oportunidades integradas de educação.
Atividades realizadas
Informação: prestação de esclarecimentos e de encaminhamento, quando necessário, para as estruturas
adequadas, sejam do município, sejam da Segurança Social;
Atendimento permanente e acompanhamento Social;
Reuniões com representantes de patamar, do desporto e animateca;
Ações de sensibilização com os moradores (pagamento de rendas, preservação do seu território, cumprimento
das regras e normas instituídas);
Sinalização de moradores carenciados para respostas existentes nesta área;
Sinalização de reparações de emergência nas habitações do município;
Orientação, coordenação e sinalização de obras/reparações nas infraestruturas do edifício;
Articulação com os técnicos dos serviços sociais e de obras de município;
Promoveu-se uma atuação e participação responsável nos habitantes do edifício;
Elaboraram-se projetos e candidaturas individuais e/ou parcerias;
Articulou-se e fez-se o acompanhamento das atividades com os jovens das Lameiras realizadas no espaço
Animateca- Ecobairro/Eurobairro;
5. 2.2 Infraestruturas conservação e manutenção dos espaços – internos e
externos
O Complexo habitacional das Lameiras com as suas 290 habitações sociais e os seus 34 anos de idade,
apresenta um razoável estado de conservação, graças à intervenção constante das ações programadas. No
entanto requer um constante alerta e atenção permanentes, merecendo prioridade nas intervenções realizadas,
quer do seu maioritário proprietário, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, quer da Associação de
Moradores das Lameiras, entidade que em parceria com o município consegue responder às emergências e
prevenir situações.
Tem havido uma articulação conjunta entre as duas entidades, que tem originado uma melhoraria constante da
qualidade de vida dos residentes e a salubridade das habitações, bem como dos espaços comuns a todos
quantos habitam no complexo habitacional. Nesta perspetiva, foi possível melhorar o protocolo com o município
de Famalicão para concretizar os objetivos e ações então propostas:
ÁREAS DE INTERVENÇÃO
Segurança, intempéries, manutenção, conforto habitacional e situações de emergência
Objetivos concretizados: respostas imediatas na reparação de danos provocados por temporais e intempéries;
aumentou-se a segurança das pessoas que circulam nos patamares; combateu-se a degradação exterior e
preservação dos espaços comuns; repararam-se as diferentes avarias provocadas pelo envelhecimento das
estruturas; melhorou-se a qualidade e o conforto habitacional no interior das habitações do município; manteve-
Relatório geral de atividades da Ação da Associação de Moradores das Lameiras - 2017 – «Sempre a Cuidar de ti!» Pág.24 de 29
se o funcionamento e cuidou-se da manutenção dos elevadores coletivos; procedeu-se a algumas reparações
dos telhados; deu-se continuidade à impermeabilização exterior, por blocos habitacionais.
Atividades realizadas: reparação rápida de diversos estragos pontuais degradados e outros provocados por
vandalismo ou intempéries; minimizaram-se estragos que colocavam em causa a habitabilidade e a segurança
dos moradores; sensibilizaram-se os moradores para a preservação dos espaços adjacentes às habitações;
foram reparadas algumas avarias provocadas pelo envelhecimento das estruturas, entre elas o tratamento do
ferro das colunas montantes; repararam-se alguns motores que sustentam o sistema coletivo de exaustão do
edifício, mantendo-o operacional; repararam-se os danos provocados por temporais e intempéries; substituíram-
se algumas canalizações deterioradas em conformidade com as disponibilidades financeiras; foram efetuadas
diversas reparações/manutenções extracontratuais dos elevadores coletivos do Edifício das Lameiras; agiu-se
de imediato contra pichagens que foram aparecendo no prédio durante a noite e madrugada. O recinto do
Edifício das Lameiras, foi utilizado como ponto de encontro e lazer entre habitantes;
Casas intervencionadas: durante o ano de 2017 foram intervencionadas 22 casas, umas apenas no interior,
outras nas duas partes. Algumas das casas a pedido dos técnicos do município, outras a pedido dos próprios
moradores, após confirmação pelos técnicos da AML.
5.3 Casa Abrigo e centro de emergência Ao longo do ano transato, a Casa de Abrigo, respeitou as prioridades definidas na área da violência doméstica,
tornando possível a concretização do plano de ação proposto. A equipa técnica, com a colaboração das
Ajudantes de Ação Direta, efetuou um acompanhamento muito próximo, proactivo e individualizado junto das
vítimas de acolhidas, promovendo a sua proteção, bem como, a sua autonomia, num ambiente favorável à
construção de novos projetos de vida.
Acolhimentos 2017: mulheres 13; crianças 09
Destinatários
Mulheres e filhos menores vítimas de violência doméstica oriundas de todo o território nacional.
Objetivos concretizados:
Promoveu-se a proteção e o apoio a vítimas de violência doméstica e essencialmente às mais carenciadas,
designadamente através do acolhimento, do acompanhamento personalizado e encaminhamento, do apoio
emocional, social, jurídico, psicológico e económico; promoveu-se a interiorização de hábitos, normas e regras
conducentes ao processo de integração, aceitação de si própria e dos outros.
Promoveu-se e efetivou-se um trabalho interinstitucional e intersectorial; criaram-se condições para a mudança,
a fim de tornar a mulher protagonista da sua própria transformação; defenderam-se os direitos das mulheres
enquanto detentoras do estatuto de vítimas de violência doméstica; proporcionou-se a reorganização das suas
vidas, visando a sua reinserção familiar, social e profissional.
Atividades realizadas:
Integrou-se na Casa de Abrigo mulheres vítimas de Violência Doméstica e seus filhos menores; acolhimento na
Casa de Abrigo, apenas em regime de emergência, de mulheres vítimas de Violência Doméstica e seus filhos
menores; atendimento e acompanhamento psicológico, social e jurídico; articularam-se medidas com as
competentes entidades da administração da justiça, polícias, de segurança social, da saúde, bem como as
autarquias locais, regiões autónomas e outras entidades públicas ou particulares; realizaram-se reuniões de
acompanhamento regulares da equipa técnica (Psicóloga, Técnica de Serviço Social, Advogado) e/ou com os
monitores;
Reforçaram-se parcerias existentes e foram estabelecidas novas parcerias com outras entidades, através da
integração no grupo de trabalho de “Resposta à Violência Interpessoal de Vila Nova de Famalicão”. Manteve-se
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e reforçou-se a estrutura profissional que permitiu a consolidação do modelo organizativo, funcional e a resposta
eficaz aos novos desafios; a equipa técnica participou na Ação de Formação de Técnico de Apoio à Vítima.
Articulou-se com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, tendo em conta a especificidade, priorização
das vítimas, relativamente à sua reinserção profissional.
Participou-se na conceção e realização da Campanha Lilás – Famalicão sem Violência, desenvolvida no âmbito
das comemorações do dia 25 de novembro, Dia Internacional da Eliminação da Violência contra as mulheres.
5.4 Centro de emergência
Destinatários: mulheres e filhos menores vítimas de violência doméstica oriundas de todo o território nacional.
Acolhimentos realizados:
Regime de emergência: mulheres 17; crianças 01.
Objetivos concretizados:
Acolheram-se, em situação de emergência, mulheres vítimas de violência doméstica, acompanhadas ou não de
filhos menores nas seis vagas disponíveis, tendo em vista a proteção da sua integridade física e psicológica;
asseguraram-se às mulheres e seus filhos as condições necessárias à sua saúde e bem-estar integral, num
ambiente de tranquilidade e de segurança; realização do diagnóstico da situação das mulheres acolhidas de
emergência e dos seus filhos, com vista até à (re) definição da resposta mais adequada à situação,
nomeadamente a sua integração em Casa de Abrigo.
Atividades realizadas:
Acolhimento no Centro de Emergência;
Articulação com a entidade encaminhadora e/ ou Equipa Técnica de Acompanhamento Social da área de
residência da vítima, com vista à definição da resposta mais adequada em função de cada caso concreto.
6. Setor da Qualidade e Formação
6.1 - Qualidade
Introdução
A AML está consciente da evolução dos mercados bem como do crescente nível de exigência dos clientes que suportam
a necessidade da certificação, como fator diferenciador e de competitividade, capaz de desenvolver processos que
satisfaçam uma procura que se rege por padrões de qualidade cada vez mais elevados. O Sistema de Gestão
de Qualidade espera assim suportar a estratégia de toda a organização, a tomada de decisões e a melhoria
contínua do serviço prestado alcançando um grande número de benefícios, tais como por exemplo, a melhoria
do desempenho organizacional; satisfação do utente/cliente; consistência do serviço; melhoria da comunicação
interna
Caraterização
A AML possui a certificação da qualidade, pela ISO 9001:2008 nas respostas sociais de Creche, Pré-escolar,
Centro de Atividades de Tempos Livres (CATL), Serviço de Apoio Domiciliário (SAD), Centro de Dia e Estrutura
Residencial para Pessoas Idosas (ERPI). O nosso público-alvo são todos os clientes internos (colaboradores e
fornecedores) mas principalmente os clientes externos (utentes/clientes e comunidade em geral).
O departamento de gestão de qualidade atuou em articulação direta com os outros setores e equipas de
trabalho. Esta articulação foi alicerçada na colaboração, empenho e responsabilidades de cada um dos 85
colaboradores e respetivas diretoras técnicas, da gestão de topo, bem de como todas as partes interessadas
(fornecedores, associados, utentes/clientes, ISS e organismos locais).
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Objetivo alcançado
A AML, nomeadamente o Centro Social das Lameiras, assegurou a continuação da certificação das suas
respostas sociais pela NP ISO 9001:2008 por mais um ano através da auditora de acompanhamento realizada
pela APCER no dia 21 de julho. Esta certificação permitiu dar garantias aos nossos utentes/clientes de um
serviço de qualidade e reconhecido, antecipando as suas necessidades e expetativas e que representem para
eles confiança e segurança.
O SGQ continuou sustentado por uma política de melhoria contínua, tendo-se impregnado um maior foco e
dinâmica na definição dos objetivos de qualidade e consequentes metas. Foi revisto o Manual do Sistema de
Gestão Qualidade assumindo-se já transição para a nova norma ISO 9001:2015, bem como os documentos
associados ao modelo de gestão de processos e respetivo âmbito de aplicação.
Ações/atividades desenvolvidas
Planeamento, monitorização e revisão do sistema; avaliação da satisfação dos clientes e colaboradores, análise
de dados e informações pertinentes; controlo de documentos; abertura de ações corretivas e preventivas;
realização de auditorias internas; verificação e controlo de registos de operacionalização de uma tarefa ou
procedimento; execução do plano de HACCP; avaliação de fornecedores e execução do plano de visitas aos da
área alimentar; ações de sensibilização em diversas áreas;
Avaliação da execução
A melhor avaliação ao SGQ são por norma as auditorias internas e a auditoria de acompanhamento ou se for o
caso auditorias de renovação, no entanto, esta avaliação é também feita periodicamente através de: análise dos
processos no terreno; controlo documental, nomeadamente dos registos associados aos processos; reuniões
informais com as responsáveis de sector; reuniões formais com a equipa técnica; reuniões com o representante
da gestão.
6.2 Departamento de formação
Conscientes de que a formação contínua é um processo fundamental para uma mudança de métodos,
hábitos, atitudes e comportamentos, viabilizando sempre a melhoria da qualidade dos serviços
prestados, são indicados neste relatório os níveis de execução formativa alcançados na formação
interna promovida pela AML. No âmbito do cheque formação, continuamos com a falta de feedback do
IEFP, que condicionou em certa medida a plena execução do plano interno de formação.
Caraterização
O departamento da formação foi dinamizado pelo gestor(a) da formação em colaboração com o(a)
coordenador(a) pedagógico(a) e demais técnicos de formação da instituição, sob a orientação da
direção.
O sistema de gestão da formação da AML é certificado pela DGERT e está definido e implantado no
âmbito das atividades formativas nas áreas de:
090 - Desenvolvimento pessoal;
347 – Enquadramento na Organização/Empresa;
761 - Serviços de Apoio a Crianças e Jovens;
762 – Trabalho Social e orientação
O público-alvo do nosso departamento de formação é: internos: colaboradores da AML; externos:
associados e utentes da AML; público em geral; organizações da economia social.
No que diz respeito ao público em geral, a situação socioprofissional pode englobar ativos empregados
e ativos desempregados ou inativos que se encontrem em situação de exclusão social.
Relatório geral de atividades da Ação da Associação de Moradores das Lameiras - 2017 – «Sempre a Cuidar de ti!» Pág.27 de 29
Objetivo alcançado
Execução parcial do plano de formação previsto para 2017. O plano interno de formação não foi
concretizado na íntegra, pelo motivo supracitado.
Uma vez que ainda não obtivemos resposta à candidatura submetida à medida cheque formação,
ficaram portanto pendentes as seguintes ações de formação: filosofia para crianças, Gestão do Stress
Profissional e Saúde Mental na 3ª Idade, que serão concretizadas no presente ano se houver
financiamento.
Aumentou-se o volume de formação; melhoraram-se as competências dos colaboradores;
Ações/Atividades desenvolvidas:
No âmbito do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE), obteve-se a aprovação das
duas candidaturas – com duas ações de formação cada - submetidas no âmbito da tipologia 3.1
formação de públicos estratégicos. Foi realizada uma ação de cada candidatura (sendo que a ação dos
internos ainda está em execução):
Ações de formação Público Nº de horas
Nº de colaboradores
Formação de profissionais na área da Violência Doméstica externo 30 15
Formação de Públicos estratégicos para obtenção da especialização em Igualdade de Género - identidade e género na educação
internos (colaboradores)
58 16
Relativamente à formação interna, a AML tem assumido uma formação cada vez mais orientada para a
prática em contexto de trabalho procurando continuamente dar resposta às necessidades e sugestões
dos colaboradores. Assim, o plano de formação interno foi executado com sucesso, apresentando
100% de execução nas seguintes ações:
Ações de formação Nº de horas
Nº de formandos
Total volume (h)
Dragon Dreaming – “uma nova abordagem para a conceção e gestão de projetos e equipas”
7 2 14
HACCP Reciclagem_Ação1 2 5 10
HACCP Reciclagem_Ação2 4 7 28
HACCP Reciclagem_Ação3 6 9 54
Primeiros Socorros 4 82 332
Construção e Avaliação do PI 7 6 42
Formação de públicos estratégicos em igualdade de género 20,5 16 328
Processo RVCC profissional - técnico de ação educativa 25 9 225
RSI - Formação de Utilizadores 35 1 35
Seminário "Responsabilidade Social e Desenvolvimento Comunitário" 3 1 3
Contratos de trabalho 6 1 6
Gestão de Recursos Humanos 8 1 8
Férias, Faltas e Feriados 6 1 6
Ciclo de Conferências (Multiculturalismo, Saúde e Qualidade de Vida…) 12 1 12
Orçamento de estado 2017 6 1 6
Regras de faturação nas IPSS 6 1 6
157,5 1115
Relatório geral de atividades da Ação da Associação de Moradores das Lameiras - 2017 – «Sempre a Cuidar de ti!» Pág.28 de 29
No âmbito da restante atividade formativa foram ainda realizadas as seguintes ações:
acompanhamento individualizado dos formandos; desenvolvimento de novas parcerias; elaboração do
plano de intervenção para 2017; elaboração do balanço de atividades de 2016.
Avaliação da execução
Avaliou-se toda a atividade formativa, nomeadamente a execução do plano de formação, analisou-se
alguns desvios, a participação dos formandos, desempenho dos formadores através de questionários
aos formandos e formadores e a eficácia de formações ministradas no ano anterior.
Outros aspetos relevantes:
Promoveu-se a divulgação do departamento de formação através de novas parcerias, nomeadamente a empresa de formação SEMET e Pensamento Sábio. Estas parcerias visam o estabelecimento de cooperação institucional, na implementação e dinamização de formações modulares certificadas cofinanciadas pelo POISE, com o objetivo de: promover a sustentabilidade e a qualidade do emprego; o desenvolvimento das competências dos grupos potencialmente mais vulneráveis; a inclusão social, de forma a combater a pobreza e discriminação social em públicos mais desfavorecidos;
7. Setor do Voluntariado
7.1 Secção Cultural
Esta secção desenvolveu o seu trabalho tal como estava planeado. Trata-se de um trabalho de voluntariado
desenvolvido para além das horas normais do trabalho profissional.
Objetivos trabalhados: sempre a cuidar de ti e dos outros; educação para a cidadania, a paz e defesa do meio
ambiente; motivação a população para a participação em iniciativas culturais; desenvolvimento do teatro, o
canto, a dança, a música e a diversidade cultural e linguística; promoveu-se a leitura; apoiaram-se ações de
formação profissional e ambiental; familiarizaram-se as pessoas com as novas tecnologias da informação e
promoveu-se a cooperação entre os povos.
Atividades concretizadas: - partilha intergeracional entre crianças e jovens; disseminação do projeto
eurobairro, animateca; criados grupos informais de idosos, crianças e jovens; sessões de formação; atividades
ambientais no parque da Devesa; internet e redes sociais; celebração dos 34 anos do edifício das Lameiras, com
programa apropriado; festas religiosas (Natal e Páscoa) e festa popular intergeracional da cultura e dos sabores
realizada no recinto do complexo habitacional das Lameiras.
7.2 Lameiras – Boletim Cultural e Informativo
Estatuto editorial: - O Lameiras – Boletim Cultural e Informativo da Associação de Moradores das Lameiras, é
um boletim cultural e informativo, com periodicidade trimestral, em edição impressa e online;
O Lameiras procura a verdade e subordina-se aos factos. Não tem interesses partidários ou económicos, apenas
lhe interessa a informação, a formação, a cultura e a religião. Somos responsáveis apenas perante os nossos
leitores.
Está ao serviço de cada ser humano no seu todo e da construção de uma sociedade mais humana, justa e
fraterna, onde cada pessoa seja respeitada na sua dignidade e nos seus direitos de cidadão;
O Lameiras coloca o bem comum acima dos interesses particulares e não privilegia ninguém, procurando, no
entanto, ser a voz daqueles e daquelas que não têm voz;
Divulga e dá relevo às diversas atividades da Associação de Moradores das Lameiras e do meio envolvente;
Publica artigos de opinião, sobre diversas temáticas da vida dos cidadãos, com especial interesse para o
associativismo e tudo quanto lhe está agregado;
Relatório geral de atividades da Ação da Associação de Moradores das Lameiras - 2017 – «Sempre a Cuidar de ti!» Pág.29 de 29
O Lameiras não perfilha qualquer programa político, mas tem um olhar critico e objetivo sobre a cidade e o
mundo;
O Lameiras orienta-se pelo princípio da dignidade da pessoa humana e pelos valores da democracia, da
liberdade, fraternidade e do pluralismo.
7.3 Grupo Desportivo
A aposta no desporto tem permitido uma ocupação alegre e sadia dos nossos jovens. Uma dinâmica que ajudou
a prevenir a delinquência juvenil, o vandalismo e a toxicodependência. Por outro lado também ajudou a cuidar
dos outros pela solidariedade, a coresponsabilidade e a convivência entre gerações. O Grupo Desportivo
continuou a ser um local de encontro entre diferentes gerações, etnias e grupos de outras localidades.
Objetivos conseguidos: - Diversificar a oferta de práticas desportivas; ocupação dos tempos livres da
população em geral e das camadas jovens em particular; desenvolveram-se as capacidades físicas e intelectuais
dos seus atletas; combateu-se, pelo desporto, a violência, o racismo, a xenofobia, o stress e a exclusão social;
fomentaram-se o convívio entre pessoas de diferentes gerações, raças e etnias; contribuiu-se para a educação
para solidariedade, a cidadania, a construção da paz e a preservação do meio ambiente; O desporto ajudou a
“Cuidar de ti!”
Atividades:
Prioridades para o futebol de salão: campeonato concelhio e respetiva taça, com equipa de veteranos; foram
promovidas atividades próprias, no recinto e pavilhão municipal das Lameiras; o grupo aderiu a iniciativas de
outras organizações e instituições e realizou intercâmbios com grupos de outras localidades.
8. Acompanhamento e avaliação Foram apreciadas e avaliadas as diferentes atividades, dos instrumentos de avaliação adaptados e ajustados a
cada realidade específica e aos seus destinatários;
Realizaram-se reuniões mensais com a equipa técnica da instituição e com a equipa responsável de cada sector
onde se promoveu a reflexão crítica, a criatividade e foram adotados planos de melhoria;
Não foi possível a elaboração do relatório de avaliação intermédio como estava previsto, optando-se por
avaliações mensais na equipa técnica e nas reuniões quinzenais da direção.
Elaboração do presente relatório de avaliação que se considera muito positivo.
9. Conclusão Final «Sempre a Cuidar de Ti» foi o que resultou do Programa de Ação que a AML de 2017. Procurou-se cumprir com
o estabelecido e em muitos aspetos conseguiu-se ir mais além. Os associados, como sempre, têm a última
palavra na aprovação deste relatório que se apresenta à Assembleia-geral para aprovação final e global.
O presidente da direção
Jorge Manuel Ribeiro Faria
Aprovado por unanimidade em Assembleia Geral realizada em 26 de março de 2018
O presidente da assembleia geral
José Maria Carneiro da Costa