Transcript

ENTOMOLOGIA AGRICOLA

Mtodos de Controle de PragasMTODOS DE CONTROLE POR COMPORTAMENTO So mtodos que se baseiam nos estudos de fisiologia dos insetos.

Processos de Controle por ComportamentoControle com hormniosOs principais grupos de hormnios de insetos so:1) Hormnios endcrinos: Produzidos por glndulas sem canal e libera dos na hemolinfa para causar uma reao especfica em outra parte do corpo. Ex.: ecdisnio, hormnio juvenil etc. 2) Neurormnios: Secretados e liberados por clulas do tecido nervoso, que causam integrao por ao hormonal, e no nervosa. Ex.: acetilcolina. 3) Feromnios: Liberados no exterior do corpo do inseto, agindo na comunicao entre indivduos da mesma espcie e no no organismo individualmente. Ex.: feromnios sexuais, de alarme etc.

FEROMNIOS SEXUAISOs feromnios (do grego: pherein = carregar e horman = excitar)

SEMIOQUMICOS = COMUNICAO

Esses semioqumicos podem ser:ALELOQUMICOS - para atuao interespecfica. ALOMNIOS (substncias que favorecem o emissor, funcionando como substncia de defesa);

CAIROMNIOS receptor;

(substncias

que

favorecem

o

APNEUMNIOS, que so substncias qumicas provenientes de alimento no vivo que atraem o parasitide. FEROMNIOS - quando agem intraespecificamente.

Os principais tipos de feromnios com suas respectivas funes so: 1) Feromnios de alarme: para sinalizar perigo e ameaa, provocando a fuga (ex.: pulgo), agresso contra outro inseto (abelha) ou inibio de agresso (formiga). Esses feromnios tm um raio de ao mdio de 10 cm por um perodo mdio de 10 min. 2) Feromnios de disperso: para manuteno de um espao mnimo para sobrevivncia (formiga) e para antiagregao (moscas-das-frutas).

3) Feromnios de agregao: para manuteno das sociedades de insetos (abelha), colonizao de novos hbitats e agregao antes do acasalamento (escolitdeos).4) Feromnios sexuais: para atrao do sexo oposto. Quando sintticos, podem ser utilizados em tcnicas de controle de pragas. Os feromnios sexuais passaram a ser mais estudados aps a descoberta do feromnio do bichoda-seda, bombicol, em 1959.

FEROMNIOS SEXUAIS NO MANEJO DE PRAGASCOLETA MASSAL: Consiste na coleta por meio de armadilhas adesivas que contm feromnio, de 90% ou mais dos machos presentes na rea, diminuindo assim os acasalamentos e, conseqentemente, a populao da praga na gerao seguinte. CONFUNDIMENTO: Consiste no emprego de altas doses do feromnio distribudas no campo em formulaes apropriadas para desorientar e impedir o acasalamento dos insetos. para controlar a lagar rosada-do-algodoeiro, (Pectinophora gossypiella), o produto sinttico Nomate PBW, na dosagem de 40 g/ha (na forma de capilares), com ao de 3 semanas.

Feromnios Utilizados no Brasil

ATRAENTES

So substncias qumicas em plantas hospedeiras que exercem atrao sobre insetos, sendo os dois tipos principais os atraentes de alimentao e os atraentes de oviposio.

Iscas txicas para serem aspergidas nas plantasMoscas-das-frutas: Melao (5 kg), protena hidrolisada (1 L) ou suco de frutas (10 L); gua (100 L); Inseticida malation 50% (200 mL); Aplicar 100-200 ml por planta a cada 10 dias. Mariposas: Melao (1 L); gua (10 L); Inseticida metomil 21,5% (30 mL); Aplicar 0,5 L por 5 m de linha de planta, em faixas afastadas 50 m cada uma em algodo, soja etc.

Iscas txicas para serem aspergidas nas plantasGafanhotos:

Farelo de trigo ou arroz (100 kg); Melao (5 kg); gua (60 L); Inseticida triclorfon 80% (5 kg) ou esporos do entomopatgeno Nosema locustae (10 g); Aplicar em faixa perpendicular ao deslocamento da agregao de saltes.Savas: Iscas comerciais base de sulfuramida ou fipronil, usando-se 10 g/m2 de formigueiro. A utilizao desses produtos em porta-iscas (saquinhos plsticos com 10 a 30 g de formicida) aumenta a eficincia, reduz problemas ambientais e operacionais e reduz o custo de aplicao.

Plantas-iscas tratadas com inseticidasAlgodo: plantado com 30 dias de antecedncia para controle da broca-daraiz Eutinobothrus brasiliensis e do bicudo Anthonomus grandis.Abobrinha italiana (cv. Caserta): intercalada com plantios de pepino, abbora, melo etc. para controle das brocasdas-cucurbitceas Diaphania spp. Maria-preta (Cordia verbenacea - Borraginaceae): para controle da coleobroca-dos-citros (Cratosomus spp.)

Plantas-iscas tratadas com inseticidasTaiui ou Ceratosanthes hilariana - Cucurbitaceae): pedaos de raiz tratados com carbaril para controle das vaquinhas (Diabrotica speciosa e Cerotoma sp.) A atratividade da isca de cerca de 30 dias. Purunga ou cabaa (Lagenaria vulgaris Cucurbitaceae): pedaos de fruto verde tratados com carbaril para controle da vaquinha (Diabrotica speciosa) ou Tajuj

(Cayaponia

tayuya

Plantas-iscas tratadas com inseticidasBanana: pedaos de pseudocaules tratados com carbofuran ou fensulfotion base de 150 iscas/ha para controle do moleque-da-bananeira Cosmopolites sordidus. O fungo Beauveria bassiana tambm poder ser utilizado nas regies litorneas. Coqueiro: pedaos de estipe de 50 cm tratados com carbofenotion para controle da broca Rhynchophorus palmarum. Cana-de-acar: toletes de cana de 20 cm tratados com uma mistura de 25 g de carbaril 85% + 1 L de gua + 1 L de melao e distribudos base de 150-200 iscas/ha para controle dos gorgulhos Sphenophorus levis e Metamasius hemipterus. Tanto Beauveria bassiana como Metarhizium anisopliae podem ser usados isoladamente ou associados ao inseticida.

REPELENTESSo substncias qumicas que provocam repelncia sobre insetos. Os repelentes so substncias de baixo peso molecular, geralmente volteis, que afastam os insetos da fonte produtora ou protegida por elas e podem ser detectados pelas antenas ou tarsos. So substncias normalmente conhecidas como arom ticas, essncias ou leos essenciais.

Ex: citronela e eucaliptol (citronelal, citral, a e bpineno).

MTODOS DE CONTROLE FSICO1) Fogo: Usa-se para controlar nuvens de gafanhotos, cochonilhas em pastagens e cana-de-acar, broca, lagartarosada , bicudo em algodoeiro e coleobrocas. 2) Drenagem: Empregada em casos especiais, como em pntanos, para controlar gorgulhos-aquticos em cultura de arroz irrigado. 3) Inundao: Tambm empregada em arroz para controlar certas pragas. 4) Temperatura: Alta (mais de 50C) ou baixa (menos de 5C), para matar ou paralisar as atividades de algumas pragas.

Processos de radiao eletromagntica

As faixas do espectro que tm sido usadas para controle de insetos so as radiaes ultravioleta (UV), luminosa, infravermelha (IV) e sonora.

INSETOS DIURNOSCor como repelente para controle de pulgo. O pulgo Myzus persicae repelido por radiao ultravioleta ao pousar numa superfcie. Em virtude disso, pode ser usada a palha de arroz em cobertura morta nos canteiros de plantas ou a pulverizao de cal que, devido sua cor branca, tambm atua como repelente desses insetos.Cor como atraente para controle de mosca-branca e mosca-minadora. A cor amarelo-ouro atrai adultos desses insetos. Assim, a utilizao de superfcies amarelas impregnadas com substncias adesivas (leo mineral, por exemplo) para atrair e capturar adultos no campo diminui a populao de Bemisia tabaci, vetor do mosaico dourado do feijoeiro, e tambm da mosca-minadora (Liriomyza sp.).

INSETOS DIURNOS

INSETOS NOTURNOSInfravermelho - A radiao de onda longa emitida durante a noite na faixa do infravermelho. Os insetos tm capacidade de deteco dessa radiao na faixa de 8 a 14 m. Por meio dos olhos compostos e das antenas. Ex: Helicoverpa zea pode selecionar no campo as plantas de milho que tenham espigas em pocas de serem atacadas e tambm escolher os cultivares mais suscetveis de milho.

LUZ VISVELExerce influncia sobre os insetos de duas formas: afetando seu desenvolvimento por meio do fotoperodo ou afetando seu comportamento por meio do comprimento de onda. Armadilhas luminosas: So aparelhos destinados a atrair e capturar insetos de vo noturno fototrpicos positivos.

LUZ VISVELAs lmpadas so geralmente fluorescentes, de comprimento de onda especfico de 15 ou 20 W (F15T8BL) ou de mercrio de luz mista (Dualux - LM 160 220 V). Tais lmpadas emitem maior energia na faixa do UV, sendo por isso mais eficientes para atrao de insetos Lmpadas germicidas (G15T8), que tambm emitem energi:l na faixa UV, no podem ser utilizadas para atrao de insetos, uma vez qUt causam cegueira no operador.

SOM O som apresenta diferentes faixas de freqncia (medidas por uma unidade denominada hertz), sendo que algumas destas no so ouvidas pelo homem. Quando a freqncia ultrapassa 20.000 hz ou 20 khz, o som denominado de ultra-som, no sendo percebido pelo ouvido humano. Muitas espcies de insetos utilizam-se da capacidade de percepo na freqncia do ultra-som (entre 20 e 20.000 hz ) para sua sobrevivncia.

O som pode ser empregado no controle do inseto sob duas formas:

Por meio do aquecimento e ressonncia provocados pela intensa

energia empregada.

restrita a ambientes confinados, tendo em vista o alto custo da produo desse tipo de energia. Oferecem boas perspectivas na preservao de alimentos em armazns, tratamento de madeiras de fcil transporte e sujeitas ao ataque de insetos. Ondas sonoras de 39 khz causaram mortalidade total de Sitophilus oryzae em gros armazenados, por duas razes: pelo aquecimento produzido pelas ondas e principalmente pelo efeito duplo com a ressonncia obtida.

Por meio de freqncias diversas, atuando como atraente ou repelente, afetando portanto o comportamento dos insetos, mas no sendo diretamente fatal a eles.

Como atraente, o som tem sido empregado no controle de pernilongos e paquinhas. O processo consiste em simular o som emitido pelas fmeas em vo para atrao e captura dos machos. Como repelente, tm sido usados com maior sucesso ultra-sons de 25 a 60 khz. Esses ultra-sons tm a mesma freqncia dos sons produzidos pelos morcegos insetvoros, que so predadores vorazes de mariposas; portanto, esses sons as afugentam. Dessa forma possvel proteger a cultura de milho de Ostrinia nubilalis, utilizando alto-falante com emisso de ultra-sons; entretanto, o raio de proteo pequeno para o mtodo ter aplicao prtica.

BIBLIOGRAFIA CITADAGALLO, D. et al. EntomologiaAgrcola. Piracicaba: IL: (Biblioteca de Cincias Agrrias Luiz de Queiroz, 10), FEALQ. 2002.. 920p.


Top Related