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1- O tema que vamos tratar a evoluo da enfermagem dos anos 50 aos anos 60. 2- Linha cronolgica 3- Imagem de anos 50 nos anos 50 Portugal aparenta um plano econmico-social calmo. O que no correspondia a realidade, uma vez que estvamos sobre o governo opressor de Salazar, que manipulava as polticas do nosso pas para iludir a comunidade internacional. Contudo, Portugal apresenta um crescimento da classe va operria, desenvolvimento urbano, alargamento das classes mdias, fortalecimento industrial e financeiro e o decrscimo da agricultura latifundiria. 4- No ano 1950 a enfermagem tida como uma espcie de sacerdcio, dedicao e sacrifcio pela vida e sade alheias. Neste mesmo ano o casamento das enfermeiras era proibido, sendo que os mdicos discordavam desta proibio, tal como a igreja que reprovava o celibato das enfermeiras hospitalares. 5- Em 1952 inicia-se a reforma do ensino da enfermagem (hiperligao linha cronolgica) 6- Neste ano a enfermagem considerada uma profisso vocacional, onde se considera fundamental melhorar a formao dos enfermeiros elevando o nvel social e profissional. Ou seja, a partir deste novo conceito de valorizao que se passou finalmente a disciplinar e a organizar o ensino da enfermagem nas escolas oficiais. Sendo esta reforma considera uma das primeiras que vai conduzir verdadeira reforma do ensino da enfermagem. 7- A partir desta reforma passa a existir 3 cursos distintos: curso geral, curso de auxiliares, curso complementar. 8- tambm neste ano que o ensino passa por completo para as escolas de enfermagem pblicas ou particulares, sendo que estas ultimas esto integradas em institutos religiosos ou nas misericrdias. O plano de estudo consistia em aulas tericas, prticas, estgios de frequncia obrigatria e no final do curso era efectuado um exame de estado. 9- As condies de admisso para frequentar o curso so: habilitaes mnimas requeridas em cada curso, idade mnima de 18 anos, robustez fsica e comportamento moral irrepreensvel. A partir daqui tora-se necessrio ter diploma para exercer enfermagem. 10- O plano da nova reforma mostrava-se eficiente, no entanto, e devido s falhas que vinha de trs, este plano revelou algumas deficincias: indefinio dos objectivos de ensino,/aprendizagem, natureza selectiva dos exames, falta de monitores tanto em quantidade como em qualidade, explorao dos estagirios nos hospitais prejudicando a sua formao. 11- Em 1953 foi a inaugurao do Hospital de Santa Maria em Lisboa, e deu-se a primeira reunio Nacional dos profissionais da Enfermagem. 12- No ano de 1954 ocorreram dois acontecimentos importantes que ligaram Portugal aos movimentos internacionais na rea de enfermagem, que foram: a participao na Reunio Internacional de Enfermagem, na Turquia e a nomeao de Fernanda Alves Dinis, como Enfermeira Consultora Regional da Organizao Mundial de Sade para a Europa. Nesta ano na ocorre a segunda Reunio Nacional dos Profissionais da Enfermagem, onde foi proposto o dia 8 de Maro como Dia Portugus de Enfermagem.

13- Neste mesmo ano ocorreu a criao da Escola de Enfermagem Dr. Assis Vaz, no Porto, que actualmente conhecida como o Hospital de So Joo. 14- Em 1955 Marie da Cruz Repenicado Dias, Superintendente de Enfermagem respondeu a um inqurito revista de enfermagem onde referiu que a lei contra o casamento das enfermeiras deve acabar, por inoportuna e contrria moral2, referindo ainda os problemas que afectavam a enfermagem hospitalar, tai como: as condies de trabalho, as condies de vida e a renumerao das enfermeiras. 15- Alm disso foi constituda a Comisso Coordenadora de Enfermagem presidida pela enfermeira Maria da Graa Simeo, que representava a situao da Enfermagem no exerccio e no ensino, bem como as necessidades de se formar enfermeiras ao nvel curativo e preventivo. 16- No ano de 1956 criada a escola oficial de Enfermagem do Hospital de Santa Maria, hoje conhecida como Escola de Enfermagem de Calouste Gulbenkian. 17- Em 1957 foi feito um relatrio que apontava algumas medidas a tomar, tais como: melhores vencimentos, melhores horrios, licenas, assistncia na doena, invalidez e velhice, promoes, transferncias, aperfeioamento profissional, casamento, ou seja, tudo o que aproxima-se a vida difcil da enfermeira da vida normal de uma mulher portuguesa. 18- No ano de 1958 foi criado o ministrio da sade sendo a partir deste momento que a enfermagem passou a estar sobre a tutela do mesmo. Concluso: Foi nesta dcada em que se tentou compreender o que se passava na Enfermagem em Portugal 19- A dcada de 60 ficou marcada por vrios acontecimentos que possivelmente foram o ponto de viragem no desenvolvimento da enfermagem. No incio desta dcada a enfermagem composta essencialmente por pessoas do sexo feminino, e tal como na dcada de 50 a enfermeira est essencialmente ligada religio. 20- Em 1961 criada a Direco Geral dos Hospitais e em 1962 foi criada a primeira Direco do Servio de Enfermagem Hospitalar da Direco Geral dos Hospitais, sendo elaborado neste ano o projecto de estatuto de enfermagem. 21- No ano de 1963 foi publicado o Estatuto da Sade e Assistncia que passa a classificar 3 tipos de assistncia: actividades de sade pblica, actividades de medicina curativa recuperadora e as actividades de assistncia. 22- Em 1964 foi constitudo um grupo de estudo para um anova reviso dos planos e programas do estudo de enfermagem, cujos objectivos eram: melhorar os planos dos cursos, coordenar mais intimamente os programas das disciplinas e possibilitar aos professores uma maior assistncia na realizao de trabalhos acadmicos. Com o objectivo de preparar mais profissionalmente os alunos de enfermagem, havendo uma maior componente prtica hospitalar mas equilibrada, acompanhando assim mais de perto todo o ensino terico. Desta forma, o nvel de preparao acadmica para a admisso das escolas, subiu. 23- No ano de 1967 a enfermagem passa a ter trs carreiras: a sade publica, a hospitalar e a do ensino. 24- Em 1968 criada a associao portuguesa de enfermeiros com o objectivo de desenvolver a formao contnua e a sua integrao como membro no Conselho Internacional de Enfermeiros.

25- No ano de 1969 devido Primavera Marcelista, deu-se um movimento reivindicativo dos auxiliares de enfermagem para a realizao do curso par promoo a a enfermeiros. Como forma de protesto recusaram-se a colocar soros e a administrar teraputica endovenosa, o que causou uma grande perturbao nos servios.


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