“A Ira de Khan”
● Abdul Qadeer Khan
● Pai da Energia Nuclear do Paquistão
● Nasceu em Bhopal, Índia, 1 de abril de 1936 (80 anos)
● Antes da Independência
● Família Muçulmana
“A Ira de Khan”
● Divisão do território em duas nações: hindu e muçulmana
● Com 16 anos migra para o Paquistão
● Tornou-se inimigo da Índia
● Paquistão era uma democracia muito desorganizada
● Em 1961 foi estudar na Alemanha - Engenheiro Metalúrgico
● Volta ao Paquistão para auxiliar no programa nuclear
“A Ira de Khan”
● Cientista do mal a semideus
● Herói no Paquistão e no mundo islâmico ● Maior proliferador nuclear de todos os tempos
● Direito de classes dominadas possuir armas nucleares
● Trabalho como segredo de Estado e de grande reputação pública
“A Ira de Khan”
● Estudou na Europa (Engenheiro Metalúrgico)
● Trabalho com ultracentrífugas para enriquecer urânio
● Pode facilmente ser transformado em enriquecimento para fins militares
● Informações nucleares
● Como produzir Urânio e material físsil
“A Ira de Khan”
● Em 2004 agentes norte-americanos interceptaram um navio alemão
● Programa de produção de armas nucleares da Líbia
● Khan acusado como o fornecedor de um programa novo e completo de armas nucleares.
“A Ira de Khan”
● Rede controlada pelo Paquistão acusada de vender informações e componentes de armas nucleares para o Irã e a Coreia do Norte
● Negociação com outros 4 países
● O ditador do Paquistão, Pervez Musharraf, negou e acusou Khan
● Foi preso, e em uma confissão pública, assume a culpa
“A Ira de Khan”
● Em resposta Pervez Musharraf considerou Khan como herói da nação
● Concedeu prisão domiciliar
● Atualmente encontra-se em prisão domiciliar e isolado
● O que ele fez é um grande enigma
“A Ira de Khan”
● Afirma que serviu com honra seu país, mesmo ao transferir segredos
● Agiu em favor do Paquistão e cumplicidade com seus governantes
● População ainda o apoiava, porém a elite virou as costas
● Maior proliferador nuclear de todos os tempos
● Revolucionário de importância histórica consumido por sua própria criação
“A Ira de Khan”
● Paquistão, democracia desorganizada
● Guerra com a Índia e tensão constante
● Programa Nuclear ○ Índia - apoio do Canadá, França e Estados Unidos em seu
programa pacifico.○ Paquistão - Estado inferior de desenvolvimento
“A Ira de Khan”
● 1950 Dwight D. Eisenhower lança o programa “Átomos Para a Paz”○ Paz mundial
● Paquistão responde com a criação da “Comissão Paquistanesa de energia Atômica” (PAEC)○ Inicialmente não tinha interesse em armas ○ Progresso na Energia Elétrica
“A Ira de Khan”
● 1960 - argumentar em favor da intimidação contra a Índia
● Bhutto, ministro do Exterior ○ “Os paquistaneses, se preciso, comeriam capim mas teriam a sua
bomba.”
● Virou primeiro ministro e começou o programa nuclear
● Problema: Não era projetar a bomba, mas conseguir material físsil necessário para alimenta-la, pra isso Bhutto recorreu a PAEC.
“A Ira de Khan”
● 18 de maio de 1974 Índia detona artefato de fissão
● Sorriso de Buda
● Base de plutônio
● Alegaram que era um teste pacífico, mas não convenceu Khan
● Intensificação das tensões entre os dois países
“A Ira de Khan”
● Khan encarou o teste como anuncio da destruição do Paquistão
● Começou a agir○ Procurou engenheiros para ajudar o Paquistão em sua
capacitação nuclear. ○ Oferece ajuda a Bhutto e passam a trabalhar juntos
● Utilizou o conhecimento adquirido na Europa
● Rouba informações e equipamentos
“A Ira de Khan”
● Informações da centrífuga
● Denúncias → Novo cargo
● Dificuldade de provar que era espião
● Volta ao Paquistão em 1975
● Enfrenta acusações da mídia
● Condenado, mas nunca preso (arquivado em 1985)
“A Ira de Khan”
● Urenco: Líbia, Coreia do Norte, Brasil e Iraque
● Adquirido capacidade de fabricar bombas (1975-1985)
● Decisão política, com ajuda de Khan
● Contatos na Europa
● Gastos com o programa
“A Ira de Khan”
● Ressentimento das potências
● Não assinou o TNP
● Grupo de Supridores incapazes de regular completamento o mercado
● Objetivos pessoais e interesse nacional
● 1976: Laboratório de Pesquisa de Engenharia
● Compras na Europa e nos EUA
“A Ira de Khan”
● EUA proíbe compras no exterior
● Dificuldade de controlar o mercado europeu
● Usina de reprocessamento da França
● Europeus se mostravam resistentes às pressões
“A Ira de Khan”
● Militares assumem
● Novas sanções
● URSS no Afeganistão
● 1982: combustível de teor militar
● Comissão de Energia Atômica (Ahmed Khan)
● Reconhecimento
“A Ira de Khan”
● 1986: artefatos nucleares
● Exercício militar indiano → vitória paquistanesa
● Zia morre
● URSS se retira do Afeganistão → Novas sanções
“A Ira de Khan”
● Década de 1990
○ amplia os negócios
○ míssil balístico
○ produtor de armas
○ prestígio
● Testes indianos (1998) → quase chegou a um conflito nuclear
● Prestígio vai para a Comissão
● “Islã tem a sua arma”
“Going Nuclear”
● Paquistão: testes de armas nucleares em 1998 - abandona a política de ambiguidade adotada nos anos 1980○ motivados pelos teste indianos de 1998○ decisão tomada pela burocracia civil, militares e cientistas - pouca
interferência política○ se assumiu como Estado possuidor de armas nucleares
● Esses testes representaram uma mudança do programa nuclear do país
“Going Nuclear”
● O país pode seguir em três direções:○ adotar uma postura abertamente orientada para uso militar -
assumir seu arsenal nuclear e desenvolvê-lo○ manter seu poder nuclear sem desenvolver armas nucleares e os
sistemas para sua utilização○ desistir das armas nucleares e aceitar o regime de não-
proliferação
● Decisão entre as opções nucleares está ligada a variáveis domésticas, regionais e internacionais
“Going Nuclear”
● Importância da percepção da Índia como ameaça - hostilidade e busca do prestígio
● Impacto dos relacionamentos regionais, da aliança com os EUA e com a China e da geopolítica na Guerra Fria e no pós guerra
● Política interna turbulenta - monopólio da política de segurança dos militares○ defesa de seus próprios interesses - muitos gastos○ aliança com a burocracia civil - marginaliza o papel da liderança política
“Going Nuclear”Origem do programa de armas nucleares● Remete ao Primeiro ministro Zulfikar ali Bhutto ( 1972) - via a Índia como
ameaça
● Mas a influencia da Índia na questão nuclear é anterior - Independência da Império Britânico Indiano em 1947 ○ desestabilizou a região - migração, mortes, disputas econômicas e
territoriais - conflito pela Caxemira em 1948○ hostilidade e desconfiança entre os Estados
“Going Nuclear”
● Desafios trazidos com a Independência - políticos, econômicos e estratégicos
● Posição geoestratégica + militares anticomunistas → aliança com os EUA ○ assistência militar e econômica que fortaleceu os militares
● Nos anos 1950, o país tinha interesse em desenvolver energia nuclear pacífica - Comissão de Energia Atômica (PAEC): treina cientistas nucleares e desenvolve um reator nuclear de pesquisa
“Going Nuclear”
● Militares tomam o poder em 1958 com o apoio da burocracia civil - liderança de Mohammad Ayud Khan
● Nos anos 1960 a relação com a Índia se deteriora - repensar o uso de armas nucleares○ poder dos militares questionado internamente - os militares tentam
novamente expulsar a Índia de Caxemira - saem derrotados e sem concessões no tratado de paz
○ foco no programa nuclear
“Going Nuclear”
● 1965: guerra com a Índia - EUA para de fornecer armas para os dois países
● Apoio da China - passou a ser o maior fornecedor de armas
● Temiam que a Índia adquirisse armas nucleares
● Paquistão não assinou o TNP em 1968
“Going Nuclear”Adoção das Armas Nucleares● 1971: guerra civil
○ Índia apoia a independência de Bangladesh○ sem apoio dos EUA enquanto a URSS apoiava a Índia moral e
militarmente
● Bhutto assume - retórica nacionalista, anti-imperialista e anti-Índia○ expandir as forças armadas○ iniciar um programa nuclear
● Índia explode sua bomba em 1974
“Going Nuclear”● Paquistão resolve desenvolver seu programa
○ Abdul Qadeer Khan, engenheiro responsável pelo enriquecimento de urânio, acusado de roubar tecnologia e plantas na Holanda
○ membros da burocracia e militares tinham ligações clandestinas com países da Europa Ocidental para obter a tecnologia necessária
● Na década 1970 EUA haviam começado a repensar sua política de transferência de tecnologia - preocupação com a obtenção de artefatos nucleares por nações hostis○ pede para que França e Paquistão cancelem seu acordo sobre
tecnologia de reprocessamento de Urânio ○ Visita de Kissinger ao Paquistão - França cede
“Going Nuclear”
● Bhutto - golpe de Estado o tira do poder em 1977 liderado por Mohammed Zia-ul-Haq
● Bhutto acusa Kissinger de ter ameaçado o eliminar caso não abandonasse o programa militar nuclear
● Visão de que a oposição dos EUA ao acordo, o golpe de Estado e a execução de Bhutto estavam profundamente ligados - programa nuclear passa a ser um sinônimo de soberania e prestigio nacional
“Going Nuclear”
● Governo militar usa o programa para tirar o foco da questões internas
● China - principal fornecedor de tecnologia e conhecimento
● Governo se mantém ambíguo para prevenir pressões internacionais
● Administração Carter: relações tensas ○ sanções ○ Paquistão afirma que o programa nuclear é pacífico - propõe
medidas de não-proliferação regional
“Going Nuclear”
● Invasão do Afeganistão pela URSS - EUA volta a focar na importância estratégica do Paquistão e volta a apoia-lo ○ administração Reagan ignorou o programa nuclear paquistanês -
assistência econômica e militar - fortalecimento dos militares
● Durante um conflito com a Índia, em 1987, Paquistão assume que tem armas nucleares - seguro de que o apoio dos EUA iria continuar
“Going Nuclear”● Democracia restabelecida → mudou pouco o programa, pois permaneceu nas
mãos dos militares
● Avanço do programa
● Fim da URSS → Paquistão perde importância para os EUA○ pressão norte-americana para parar o programa - medo de desestabilizar
a democracia frágil
● Paquistão parece aceitar - mas não tem intenção de parar já que considerava os benefícios maiores que os custos
“Going Nuclear”
● Conflito com a Índia em 1990 - Paquistão utiliza a diplomacia nuclear ○ mais confiança nas armas nucleares - EUA como intermediário no
conflito
● Opinião interna era favorável a bomba - políticos apoiavam as preferências dos militares para sua sobrevivência no governo
● Opinião externa: apoio a medidas de não proliferação condicionada a remoção da ameaça nuclear indiana - assinaria o CTBT se a Índia assinasse também
“Going Nuclear”● Governo Clinton - mais aberta ao diálogo, principalmente com os militares
○ incentivos militares e econômicos ○ visão de uma aceitação pelos EUA da Índia e do Paquistão como Estados
nucleares
● Relações com a Índia melhoraram após diálogo em 1997 - Mas a geopolítica da região muda quando o partido BJP (Bharatiya Janata Party) assume na Índia○ não conseguem concordar sobre Caxemira○ ameaça de optar por armas nucleares○ militares paquistaneses não concordam com o diálogo
“Going Nuclear”● As relações se deterioram novamente - Índia inicia uma série de testes
nucleares
● Debate entre os que queriam testes nucleares e os que queriam permanecer na ambiguidade
● Campanha na mídia + militares → pressão para responder com testes - A decisão estava nas mãos dos militares
● Pressão dos EUA - falta de reação da comunidade internacional
“Going Nuclear”
● Possuir menos armas que a Índia era inaceitável
● Maio de 1998 Paquistão testa cinco bombas
● Pressão internacional, sanções, crise econômica sem precedentes, aumento das tensões com Índia, isolamento internacional, oposição pode desestabilizar o país
“Going Nuclear”Conclusões
● Reavaliar as opções → limitações do país
● Apoio chinês e dos países islâmicos
● Estratégias:
○ reconhecimento internacional (improvável)
○ conter a proliferação
○ sanções
● Fator doméstico
“Going Nuclear”● Sanções:
○ afetar os tomadores de decisão
○ efeitos de longo prazo → paciência
● Proliferação na região
● Corrida armamentista