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Page 1: Em Suas Cores e Fins

Em suas cores e fins

Tenho uma pergunta que me devora a alma

Que estremece o meu chão

Sufoca-me os pulmões

Ela me rouba o ar, o lar o sorriso

O olhar deslumbrado de vida

A vida deslumbrada no olhar

Temo que não haja alguém para respondê-la

Saio lá fora procurando vê-la

Onde?

Por entre as ruas,

Os carros, as pessoas...

É nessas horas que sua voz se mostra mais sentida

Que posso ouvi-la com tanta nitidez e doçura

Com tanta solidão e encanto

O que ela procura?

Quem eu sou? Do que gosto e o que me completa?

Mesmo nas tentativas mais diretas

Nas possíveis e poucas chances de resposta

Ela é como um véu que se desdobra

Tão bonito e inquieto

Tão indizível entre praias e jardins

Tão cheiroso como um livro aberto

Infinito em suas cores e fins...

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