Ministério das Cidades – Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental
Em busca da sustentabilidade na gestão do saneamento:
instrumentos de planejamento
Marcelo de Paula Neves LelisGerente de Projetos
Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental
Ministério das Cidades
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Planejamento
Possibilidade de intervir na realidade atual com a expectativa de alterar o cenário identificado
Realidade
PresenteFuturo
Desejado
Antecipar...
Planejar...
Prever ações
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Proposta de Plano Nacional deSaneamento Básico
- PLANSAB -
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SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL: ATENDIMENTO E DÉFICIT
COMPONENTE
ATENDIMENTO
ADEQUADO
DÉFICIT
Atendimento precário Sem atendimento
(x 1.000 hab) % (x 1.000 hab) % (x 1.000 hab) %
Abastecimento de água 118.616 62,4 62.699 33,0 8.638 4,5
Esgotamento sanitário 88.930 46,8 83.797 44,1 17.226 9,1
Manejo de resíduos
sólidos113.166 59,6 51.903 27,3 24.883 13,1
Fonte: adaptado de PLANSAB, 2010
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Fonte: Plansab
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Medidas Estruturais x Medidas Estruturantes
Medidas estruturais: correspondem aos tradicionais investimentos em obras
(necessárias para suprir o déficit de cobertura pelos serviços)
Medidas estruturantes: são aquelas que fornecem suporte político e gerencial para a
sustentabilidade da prestação dos serviços. Encontram-se tanto na esfera do
aperfeiçoamento da gestão quanto na da melhoria rotineira da infraestrutura física.
Os investimentos em medidas estruturantes visam a melhoria da gestão e da prestação
pública dos serviços, e consistem em medidas de assistência técnica e capacitação e
ações de desenvolvimento científico e tecnológico em saneamento.
Fonte: adaptado de PLANSAB, 2010
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Medidas Estruturais x Medidas Estruturantes
Evolução temporal dos investimentos em medidas estruturais e estruturantes do Plansab.
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Tempo
Medidas estruturantes
Medidas estruturais
Total
IIIReversão
IVEstabilização
IIInercial
IHistórico
UNIVERSALIZAÇÃO
Fonte: PLANSAB, 2010
O fortalecimento das ações em medidas estruturantes assegurará crescente eficiência, efetividade
e sustentação aos investimentos em medidas estruturais (benefícios duradouros às medidas
estruturais, assegurando a sustentação dos investimentos realizados).
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Política e Plano Municipal deSaneamento Básico
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Lei 11.445/2007 – Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento
básico e institui a política federal de saneamento básico
MUNICÍPIO - Titular dos serviços
Atividades
DELEGÁVEIS
Atividades
INDELEGÁVEIS
Formulação da POLÍTICA
Elaboração do PLANOREGULAÇÃO
FISCALIZAÇÃO
GESTÃO DOS SERVIÇOS
PRESTAÇÃO
CONTROLE
SOCIAL
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Política e Plano de Saneamento Básico
• Política de Saneamento Básico
Define o modelo jurídico-institucional e as funções de gestão dos serviçospúblicos de saneamento e estabelece a garantia do atendimento essencial àsaúde pública, aos direitos e deveres dos usuários, ao controle social e aossistemas de informação, entre outros.
• Plano de Saneamento Básico
É o resultado de um conjunto de estudos que possuam o objetivo deconhecer a situação atual do município e planejar as ações e alternativaspara a universalização dos serviços públicos de saneamento básico.
Plano: instrumento estratégico
de planejamento e gestão
participativa
Permite continuidade
administrativa e passa a ser
uma ação de Governo
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Formação de Comitês
Elaboração do Plano de Mobilização Social
PLANEJAMENTO DO PROCESSO
2. Prognóstico e
alternativas para a
universalização.
Objetivos e metas.
3. Programas,
Projetos e Ações
4. Ações para
Emergência e
Contingência
5. Mecanismos e
procedimentos para
monitoramento e
avaliação do Plano
Plano Municipal de Saneamento Básico
Fluxo de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico
1. Diagnóstico da
situação dos
serviços de
saneamento básico e
setores correlatos
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Avaliação do Plano
Avaliação crítica, participativa e democrática do Plano
Água / esgoto / águas pluviais / resíduos / setores correlatos ...
Qual a efetividade do plano: ocorreram as transformações desejadas?
Qual a eficácia do plano: as metas e objetivos foram atingidos?
Qual a eficiência do plano: as atividades foram realizadas com custos
compatíveis e nos prazos definidos?
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Trabalho Social nos empreendimentos de Saneamento
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Trabalho Social nos empreendimentos de Saneamento
Objetivo: Promover, fomentar e apoiar iniciativas de educação ambiental e mobilização
social em saneamento que contribuam para o conhecimento, a participação e o controle
social, a universalização do acesso ao saneamento e a construção de sociedades
sustentáveis. Visa a melhoria da qualidade de vida das famílias atendidas e a
sustentabilidade dos bens, equipamento e serviços implantados.
Aplicabilidade: É obrigatória a realização de Trabalho Social nos empreendimentos de
saneamento sempre que o projeto provocar mudanças nas condições de vida da população,
assim como na relação e nas condições de acesso das pessoas a esses serviços.
Custos e Investimentos: 1% a 3% do valor de investimento do projeto.
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Edição de cartilhas explicativas e informativas sobre o empreendimento;
Realização de reuniões com os moradores da região beneficiada;
Oficinas e cursos para formação de multiplicadores socioambientais na comunidade:
Criação de comitês e fóruns para discutir os novos serviços e sua conservação;
Reuniões em escolas, associações de bairro, etc. para mobilização da comunidade;
Articulações com outras Políticas Sociais para potencializar as ações desenvolvidas;
Visitas domiciliares para garantir a adesão de moradores aos serviços que serão
oferecidos;
Campanhas para informar e mobilizar a população sobre temas como a gestão dos
resíduos sólidos e a importância das ligações corretas de esgoto e água.
Principais ações desenvolvidas nos Municípios
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Principais resultados esperados que devem contribuir para a sustentabilidade na gestão do Saneamento
Fortalecer a interação entre os diferentes intervenientes da política de saneamento,convergindo programas, projetos e ações na busca pelo diálogo e alinhamento entre asdistintas estratégias de ação;
Articular as políticas de saneamento básico com as políticas públicas de educação, saúde,desenvolvimento urbano, desenvolvimento social, meio ambiente, recursos hídricos,promovendo a intersetorialidade e a sustentabilidade dos serviços prestados;
Fortalecer instituições e seus sujeitos sociais para atuarem de forma autônoma, crítica e
inovadora na política de saneamento, ampliando o envolvimento e reafirmando a importância
do controle social na gestão dos serviços como estratégia para sua sustentabilidade;
Promover e apoiar a produção e a disseminação de materiais educativos sobre
saneamento, mobilização e participação social, contribuindo para a mudança de atitudes e
valores, com ênfase na sustentabilidade ambiental.
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Rede Nacional de Capacitação e Extensão Tecnológica em Saneamento
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Desde 2006 a Rede Nacional de Capacitação e Extensão Tecnológica em Saneamento
Ambiental (ReCESA), constituída por diversas instituições, contribui para o
desenvolvimento de propostas pedagógicas, materiais didáticos, ações de intercâmbio e
de extensão tecnológica, visando capacitar profissionais para a operação, manutenção e
gestão dos sistemas de saneamento.
Objetivos estratégicos:
potencializar a riqueza de conhecimento em saneamento no País;
aproveitar a capacidade pedagógica e infraestrutura de treinamento existente no Paíspara a promoção do saneamento;
melhorar a qualidade dos serviços e acelerar o cumprimento das metas deuniversalização do setor saneamento por meio da capacitação e extensão tecnológica;
promover o desenvolvimento institucional do setor, a melhoria do desempenhooperacional e da gestão dos sistemas;
promover a certificação profissional dos trabalhadores da área, fortalecendo suacapacidade técnica e operacional visando à melhoria dos serviços
Rede Nacional de Capacitação e Extensão Tecnológica em Saneamento
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1º Nível Coordenação Geral• Comitê Gestor: coordenar as ações da Rede e
assessorar a SNSA no funcionamento da Rede.
• Núcleo Executivo: Apoio administrativo e
operacional – SNSA/MCIDADES
• Coordenação Pedagógica: planejar, monitorar
e avaliar internamente as atividades de cada
Núcleo Regional.
2° Nível Coordenação Regional• Núcleo Regional: Desempenhar atividades
estruturantes e elaboração de materiais.
3º Nível Execução Local• Executores Locais (E): divulgar, selecionar os
educandos e realizar as atividades de
capacitação.
• Parceiros (P): entidades que possam agregar
maior capilaridade e operacionalidade às
atividades de capacitação, com a
disponibilização de infraestrutura e recursos.
Arranjo Institucional da ReCESA
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ReCESA - Resultados
Ciclo 1 (2006 a 2008)
• constituição dos Núcleos Regionais: Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nordeste;
• mapeamento regional da demanda de capacitação nas quatro áreas temáticas do saneamento, por
nível de escolaridade;
• desenvolvimento de proposta pedagógica de caráter inovador para o setor;
• desenvolvimento de recursos pedagógicos virtuais e experimentais;
• produção e edição de material didático direcionado aos diferentes profissionais e níveis de
escolaridades para as diferentes áreas do Saneamento;
• oferta de 259 oficinas gratuitas e mais de 5000 profissionais capacitados.
Ciclo 2 (2011-2013)
• revisão e atualização dos materiais pedagógicos produzidos no ciclo I;
• projeto piloto de alfabetização em processo (alfabetização profissional);
• desenvolvimento de cursos no formato EaD;
• proposta de certificação profissional em saneamento – parceria Rede Certific MEC/MTE.
• execução de oficinas presenciais com os materiais pedagógicos revisados;
• aplicação dos cursos EaD desenvolvidos;
• implementação de certificação para trabalhadores do setor de saneamento.
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Sistema Nacional de Informações em Saneamento - SNIS
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SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
Informações sobre a prestação dos serviços
Sistema dividido em dois componentes
Serviços de água e
esgotos (AE)
desde 1995
Manejo de resíduos
sólidos urbanos
desde 2002
O SISTEMA ATUAL
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REPRESENTATIVIDADE SNIS 2010
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Quantidade % Quantidade % Quantidade %
Municípios 4.930 89,2% 2.724 48,9% 2.070 37,2%
População urbana 156.741.374 97,4% 137.933.599 85,7% 117.197.670 72,8%
Água Esgotos Resíduos sólidos
Água Esgotos Resíduos sólidos
Regionais (cias. estaduais) 27 3.993 1.148 -
Microrregionais 6 18 13 -
Locais - AG + ESG 1.172 952 795 -
Locais - RSU 2.070 - - 2.070
QuantidadeQuantidade de municípios
Prestadores de Serviços
BRASIL:
5.565 municípios; 191 milhões de habitantes (2010).
SNIS:
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Do SNIS ao SINISA: Lei 11.445/2007
Fonte: Panorama Nacional do Saneamento Básico; Caderno Temático: Sistema Nacional
de Informações em Saneamento Básico / SINISA; Versão preliminar do relatório de
andamento; agosto/2009
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SINISA
Concepção do sistema
- Articulação horizontal: do SINISA com outros sistemas de informações
relativos ao desenvolvimento urbano, habitação, infraestrutura, saúde,
meio ambiente e recursos hídricos;
- articulação vertical: do SINISA com uma rede de sistemas locais,
regionais e estaduais, situados nas instâncias de gestão dos serviços,
cabendo aos reguladores a atuação destacada na operação desses
sistemas.
* Preferência por ferramentas de software livre
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SINISA – Subsistemas e módulos integrados
- Prestação de serviços:
- água, esgotos e resíduos sólidos: revisões e complementações do SNIS;
- drenagem urbana e manejo das águas pluviais;
- cadastro nacional de unidades de operação;
- Planejamento:
- planos de saneamento básico municipais, regionais e estaduais;
- plano nacional de saneamento básico – PLANSAB;
- Regulação e fiscalização;
- Participação e controle social;
- Saneamento rural;
- Cadastro nacional de contratos de delegação e de leis de outorga;
- Programas e ações de investimentos;
- Sistema municipal de informações: módulo padrão; aplicação pelos municípios;
- Outros...
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Publicações disponíveis em
http://www.cidades.gov.br/planosdesaneamento
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www.cidades.gov.br/saneamento
Tel. (61) 2108-1708