Em busca da síntese nacional: estudos sobre a experiência historiográfica na Primeira República
Piero Detoni*
Resumo: A presente comunicação objetiva investigar alguns traços da experiência historiográfica brasileira ao longo das primeiras décadas do século XX. Parte-se do pressuposto que o conhecimento histórico, no período assinalado, preocupou-se em contribuir na realização de uma grande síntese nacional. A demanda por síntese possuía uma dupla finalidade, a saber: reunião orgânica dos campos disciplinares e captação dos princípios orientadores da experiência histórica brasileira. Dessa forma, colocando a síntese em foco, almeja-se restituir alguns ricos diálogos, ainda pouco explorados, ocorridos no interior daquela cultura histórica. Palavras-chave: Síntese histórica – escrita da história – ciências sociais
Résumé: Cette communication vise à enquêter sur certaines caractéristiques de l'historiographie brésilienne expérience au cours des premières décennies du XXe siècle. Il part de l'hypothèse que la connaissance historique, dans le période indiqué, a été concernées à contribuer à la réalisation de la grand synthèse nationale. La demande pour la synthèse avait un double objectif, à savoir: réunion d'organisation des champs disciplinaires et la saisie des principes directeurs de l'expérience brésilienne historiques. Ainsi, en mettant l'accent sur la synthèse, vise à restaurer des dialogues riches, en grande partie inexplorée, dans cette culture historique. Mots-clés: synthèse historique - écriture de l'histoire - sciences sociales
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O critico literário, historiador, filólogo, jornalista e professor João Ribeiro em seu
livro Notas de um estudante, realizou uma série de estudos acerca dos caminhos das ciências
humanas em plena década de 1920. O caráter generalista do livro pode ser visualizado em seu
subtítulo: Estudos nacionaes e de origem allemã. Notas de historia, de arte e de sciencia. Em
tal empreendimento, digno da atividade polígrafa de Ribeiro, chamaram-nos a atenção dois
pequenos artigos, mais especificamente, estudos críticos. O primeiro sobre a apreciação do
livro do holandês Hermann Wätjen Os Holandeses no Brasil Colonial e o segundo com o
* Graduando em história pela UFOP. Este trabalho integra o projeto de pesquisa Ensaio histórico e escrita da
história: a historiografia brasileira entre 1870 e 1940, sob a orientação do Prof. Dr. Fernando Nicolazzi e com apoio de bolsa FAPEMIG.
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sugestivo título de Sciencia de Papel, onde Ribeiro aborda o pensamento do alemão Wilhelm
Ostwald.
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Em sua análise sobre o livro de Wätjen o que nos interessa vem a ser o seu exame
sobre a produção histórica nacional até aquele momento. A citação a seguir é extremamente
elucidativa para pensarmos as novas demandas requeridas a produção historiográfica e para,
posteriormente, realizarmos o diálogo entre história e ciências sociais. Nas palavras de
Ribeiro:
os nossos trabalhos nacionaes de historia não primam pelo espirito de syntese. Em
geral, reproduzimos textos, escrevemos raras monographias, ajuntamos fragmentos,
e, fazemos conferencias ou discursos. De todo esse material reunido a parte
substancial e aproveitável é muito pequena (RIBEIRO, 1922:176).
João Ribeiro continua seu estudo elencando as principais características da obra do
holandês e aponta quais seriam seus avanços frente à escrita da história realizada pela
intelligentsia brasileira. Antes disso, verifica a falta de condições propícias para a realização
de trabalhos historiográficos no Brasil, destacando a precariedade de nossos arquivos. Para o
crítico, os arquivos estrangeiros possibilitavam vôos mais altos para os estudiosos que
buscavam perquirir “as coisas pátrias”. Retrata, também, a dura realidade do pesquisador
nacional que não possuía condições estruturais e auxílio financeiro para realização de suas
pesquisas. Dessa forma, para João Ribeiro, seria absolutamente normal o fato dos autores
estrangeiros confeccionarem as melhores obras sobre a história brasileira, mesmo sem colocar
os pés em nosso país. Com relação ao livro de Wätjen, ressalta que o mesmo extrapola a
narrativa puramente política e que seria o melhor trabalho até então realizado sobre a presença
holandesa no Brasil colonial, pois abordava os costumes e o teor da referida colonização
sublinhando que a “Nova Holanda” não se distinguia radicalmente das outras partes do
território brasileiro.
João Ribeiro observa, ainda, que Hermann Wätjen efetuou pesquisas em arquivos
brasileiros no ano de 1914, porém não encontrou nenhuma referência de síntese que pudesse
auxiliá-lo em sua investigação. De acordo com Ribeiro: “Trabalhos de generalização e de
syntese, não tínhamos e nem ainda o temos” (RIBEIRO, 1922:181).
Diante desse quadro, partimos para o outro artigo de Ribeiro intitulado Sciencia de
papel. Segundo o autor, tal expressão é tributária ao alemão Wilhelm Ostwald e representaria
o estado de esterilidade da intelectualidade alemã na passagem do século XIX para o XX,
onde o historicismo perdia sua funcionalidade enquanto fonte para o entendimento do
universo cultural. Entretanto, tal diagnóstico poderia ser projetado para a experiência
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brasileira. Segundo João Ribeiro: “Muita d’essa phantastica erudição de textos, e autores, de
epigraphia e de critica, não passa em verdade de uma sciencia de papel” (RIBEIRO,
1922:227). “Para nós outros [no caso os brasileiros], a grande ‘sciencia de papel’ é talvez a
política folicularia, a erudição vã, as questões de personalidade e todas as formas de cultura
egocentrica, a contemplação do embigo dos solipsos conteporaneos” (RIBEIRO, 1922:226).
O autor de História do Brasil – Curso Superior chega a matizar as proposições de
Ostwald, pois para ele haveria no contexto alemão trabalhos que transcendiam o verbalismo e
a sufocante erudição. Pois, “ha tambem ali certo quinhão de realidade proveitosa”. Todavia o
diagnóstico estava dado e era necessário “remar” contra essa “sciencia de papel” que
assolava, em maior ou menor escala, os dois lados do Atlântico. Um último elemento que é
necessário frisar para o perfeito esclarecimento da “sciencia de papel” é seu caráter “insocial”.
Na leitura que Ribeiro realiza da obra de Ostwald esta talvez seja a questão mais pungente.
Nos escritos do pensador alemão, a história das idéias carrega consigo a peculiaridade de
sempre registrar momentos de declínio da função do intelectual como agente transformador
da realidade social. Esses momentos se caracterizam como egocêntricos e verbalistas, tendo
como exemplos o sofismo grego e a escolástica medieval. A humanidade estaria vivendo nas
primeiras décadas do século XX, para Ostwald, outro momento de declínio da função
intelectual que, em última instância, seria a não inserção de seus trabalhos no seio da
sociedade. Para o estudioso alemão, sob a rubrica de Ribeiro, “o que falta, pois, a esses
exercícios de erudição e de verbalismo é por excellencia, o senso social” (RIBEIRO,
1922:229).
Esses dois pequenos artigos nos servem enquanto amostras referentes às demandas
projetadas aos estudos históricos brasileiros durante a Primeira República. Ou seja, a escrita
da história deveria preocupar-se em contribuir para a realização de uma futura síntese da
nação, não apenas descrever a trajetória do Brasil no tempo. Careceria em diagnosticar os
“atavismos” que impediam o jovem país de entrar na rota dos países civilizados, elaborando
uma grande teoria geral. Dentro desse bojo, os aspectos sintéticos sobressairão aos elementos
eruditos tidos muitas vezes como ineficazes, caso compreendidos enquanto fechados em si
mesmos, para a apreensão do “Brasil real”. Tais questões já estavam em pauta desde a
geração de 1870 e podem ser vislumbradas em um trecho do prólogo da História da
Literatura de Sílvio Romero. De acordo com o intelectual sergipano:
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Todo homem que empunha uma pena no Brasil, deve ter uma vista assentada sobre taes assumptos, se elle não quer faltar aos seus deveres, se não quer embair o povo. Sem a pretenção de doutrinar e disciplinar a opinião, vou expender meu modo de pensar. Rapidamente, sem dúvida. O Brasil é um paiz ainda em via de formação; nunca é demais esclarecer o seu futuro (ROMERO, 1902:XIII).
Diante da demanda por estudos capazes de solucionar as questões socais daquele
presente de alvorecer republicano, vejamos como a história dialogava com as demais ciências
sociais, sobretudo, a sociologia, a grande responsável pela realização da futura síntese. Para
tanto, analisemos a introdução do compêndio didático confeccionado por Oliveira Lima, em
1919, História da Civilização. É possível, a partir do mesmo, visualizar as intrincadas
relações entre história e sociologia no primeiro quartel do século XX e como as referidas
áreas de conhecimento almejavam o estabelecimento de suas identidades disciplinares e certa
proeminência sobre os estudos pátrios. Segundo Lima,
A história se difere da sociologia. Esta é a súmula, ou melhor dito, a síntese das ciências sociais, de que a história faz parte, quer seja narrativa, isto é, o inventário dos fatos memoráveis ocorridos no seio das sociedades civilizadas; quer pragmática, isto é, a que procura dar a significação moral dos fenômenos históricos e trata de deduzir as relações que regem seu encadeamento; quer filosófica, isto é, a que busca alcançar e definir as causas da evolução humana e tenta mesmo explicar sua finalidade (LIMA, 1919:15).
Lima procura inserir a história no seio das ciências sociais, seja no formato narrativo,
pragmático ou filosófico. Formatos esses que se constituíam enquanto verdadeiros pilares
para a experiência historiográfica das primeiras décadas do século XX. Dito de outra forma, a
história permitiria a coleta dos documentos necessários para as investigações do passado
brasileiro, onde os aspectos tidos enquanto estritamente nacionais poderia ser colocados em
alto relevo, sobretudo, no que concerne a divulgação dos caracteres morais do regime ora
instaurado, para que, por fim, os princípios orientadores da formação histórica brasileira
fossem desvendados. Caberia a sociologia realizar a síntese, ou seja, reunir os dados
perquiridos pelas modalidades do fazer histórico e demais esferas do saber, tais como: a
etnografia, a etnologia, a antropologia, a geografia, a biologia, entre outras citadas pelo autor
de Dom João VI no Brasil. Em um segundo momento, com a síntese dos saberes em mãos, a
interpretação dos fatores que orientam as sociedades humanas seria possível. Dessa forma,
podemos compreender a dupla finalidade da síntese: reunião orgânica de todos os campos
disciplinares e investigação dos princípios orientadores do processo histórico.
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Logo em seguida, Oliveira Lima volta a enfatizar as relações entre a história e as
demais ciências sociais, além de ressaltar o papel sintetizador da sociologia. Tanto a história,
quanto a sociologia apresentavam-se enquanto ciências, no entanto o papel de destaque da
sociologia é patente. Para Lima,
a sociologia é rigorosamente uma ciência, e a história lógicamente também o é. (...)
Determinar a ação de cada fator mesológico é a função primordial da
sociologia. Fornecer-lhe a história os elementos necessários para ela operar,
projetando sôbre as investigações que lhe são oferecidas à luz da decomposição
analítica, seguida da reconstituição sintética do produto social como expressão da
civilização (LIMA, 1919:17).
Como a citação acima demonstra claramente, por volta da década de 1920, as
fronteiras disciplinares já se apresentavam consideravelmente constituídas e, inclusive, a
demanda por sintetização pode, talvez, indicar uma necessidade por reunião de saberes que,
cada vez mais, estavam se eximindo do diálogo disciplinar. Por mais que a sociologia tenha
um lugar de destaque na flagrante hierarquização dos saberes, sem o conhecimento histórico e
sua capacidade de discernimento dos fatos, a luz da erudição critica das fontes, a
generalização sintética tornava-se inacessível.
Oliveira Lima ainda demonstrou incrível sensibilidade ao discriminar as diferentes
funções do saber histórico: de descrição factual (narrativa), de ensinamento moral
(pragmática) e de orientação do processo histórico (filosófica). Assim sendo, a história
apresentava-se enquanto ciência e arte. Lima assevera que
constituindo cada vez mais uma ciência desde que julga os acontecimentos como
simples fenômenos, a história não deixou entretanto de ser uma arte, como era a
princípio considerada. Tampouco deixou de ser uma escola, de acôrdo com a sua
clássica definição de “mestra da vida”. A sua missão de criticar e comemorar, ela
assim agregou a responsabilidade de guiar e aconselhar, abrangendo portanto no
número de seus cultores os eruditos e os moralistas. Os eruditos professam o
respeito pela verdade, esquadrinha a exatidão dos documentos, examinam a pureza
das fontes. Os moralistas extraem os exemplos e os ensinamentos do passado para a
melhor orientação do futuro (LIMA, 1919:17-18).
Com relação ao estatuto científico da história e da sociologia Oliveira Lima atesta que
as deduções oferecidas pelo conhecimento histórico e as generalizações advindas da
sociologia são elementos que conferem foro de cientificidade as referidas disciplinas,
entretanto a mesmas ainda não alcançaram a positividade das ciências naturais. Não obstante,
tais ciências da natureza carecem de recurso especulativo. “Falta às ciências sociais a
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positividade absoluta das que a precedem na hierarquia, as quais, de seu lado, carecem do
recurso da especulação dentro embora dos confins da realidade” (LIMA, 1919:19).
As questões levantadas por Oliveira Lima são de grande valia no sentido que nos
autoriza na verificação das relações entre a história e as demais ciências sociais, além disso
foi possível evidenciar que a história já possuía bem delimitada sua identidade disciplinar. No
entanto, o que mais saltou aos olhos, e que realmente nos interessa por agora, é a posição que
Lima conferiu a história dentro de uma hierarquização dos saberes que objetivavam a
realização da grande síntese da formação nacional.
Retornemos alguns anos para verificarmos o lugar ocupado pela história na captura do
passado brasileiro, que, cabe ressaltar, foi ressignificado devido às grandes transformações
políticas e sociais ocorridas nos momentos finais do século XIX. Para tanto, vejamos como
Rocha Pombo, na introdução de sua História do Brasil, concebe o ofício de historiador. A
História do Brasil, ilustrada de José Francisco da Rocha Pombo foi publicada entre 1905 e
1917 e ao todo possui dez tomos. Para nossas inquietações nos deteremos no prefácio da obra
que traz o sugestivo título de A concepção moderna de História. Para Rocha Pombo, “o que
caracterizaria uma ciência histórica seria a descoberta dessas leis que regulariam o
funcionamento do devir histórico, cuja classificação estaria a cargo dos grandes filósofos ou
homens de talento, a partir do vasto material e documentação coligida pelo trabalho inicial
dos pesquisadores (ROCHA POMBO, 1905:V-VI). Portanto, já na década inicial do século
XX a possibilidade da história ser ou não um ciência estava em discussão. O autor reconhece
as propostas de Buckle, Comte e Spencer como modelos para se pensar a história em bases
científicas, que, vale ressaltar novamente, residiria no fator generalização. Dessa forma, a
história para o polígrafo paranaense poderia galgar o posto de uma ciência social.
Caberia à história reunir, em uma primeira etapa, todo o material necessário para o
estabelecimento das leis gerais do desenvolvimento da sociedade. Aqui há uma diferença
crucial com o que vimos em Oliveira Lima, década e meia depois, o fato da não subordinação
da história às demais ciências sociais, sobretudo a sociologia. A história por si só poderia
granjear o estatuto científico recolhendo o material e sintetizando-o posteriormente. Para
Rocha Pombo, “se a História não é ainda uma ciência definitivamente formada – é pelo
menos uma ciência em vias de formação” (ROCHA POMBO, 1905:XXI).
A procura das linhas diretoras da evolução histórica brasileira é justamente o que
caracteriza a concepção moderna de história para Rocha Pombo. Destarte, observamos que a
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“herança” de uma história filosófica, que era demandada pela historiografia imperial,
apresenta nova roupagem sob a forma de síntese. Deste modo, Rocha Pombo define o
objetivo final do historiador moderno: “para os modernos consiste a tarefa do historiador em
apanhar cada vez mais com mais precisão e o mais nitidamente possível as relações entre os
fatos humanos, para sabermos cada vez melhor e com mais segurança, em que sentido eles se
vão desdobrando” (ROCHA POMBO, 1905:XXI). E novamente a relação entre coleta de
fontes e síntese futura é lembrada: “nós hoje não podemos tratar a história como simples
narrativa ou mero registro dos fatos sociais. O nosso espírito não fica resignado com a tarefa
de constatar apenas e sem um esforço ao menos no intuito de apanhar o sentido em que se
exerce a ação coletiva de um agrupamento humano” (ROCHA POMBO, 1905, XIX). Mesmo
que a síntese fosse encampada pela história, e não pela sociologia como vimos em Oliveira
Lima, sua dupla finalidade ainda se sustenta, a saber: compreensão das leis gerais do
movimento histórico e articulação entre os saberes. “É fácil de compreender que, assim
entendida, a História reclama do historiador, além de uma soma extraordinária de
conhecimentos especiais, uma cópia de informações tão completas e exatas que tornem
possível e segura a aplicação de tais conhecimentos” (ROCHA POMBO, 1905, XIX).
Por fim, Rocha Pombo destaca como o trabalho erudito seria fundamental para o
estabelecimento das sínteses futuras, lembrando, novamente, efetivada pela história. Segundo
o polígrafo:
Temos a nosso alcance bom número de monografias, de memórias e narrativas, de teses e dissertações e até de histórias particulares de alguns Estados; e tudo isto nos facilitará o arranjo do contexto histórico, simplificando-se portanto enormemente a nossa tarefa: a qual, como se vê, se reduz a uma classificação – apenas mais vasta talvez do que as existentes até agora, – de todo o material com que tem de contar o historiador futuro (ROCHA POMBO, 1905, XIX).
A partir das colocações de João Ribeiro, Oliveira Lima e Rocha Pombo procurou-se
demonstrar a posição da história no diálogo com as demais ciências sociais no transcorre da
Primeira República e como tal aproximação resultou em uma tácita disputa disciplinar em
torno do lugar social de fala acerca do passado brasileiro.
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Bibliografia LIMA, Oliveira. História da Civilização. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1919. POMBO, Rocha. História do Brasil, ilustrada. Rio de Janeiro: J. Fonseca Saraiva Editor, 1905. RIBEIRO, João. “Os Holandeses no Brasil Colonial”. In: Notas de um estudante: Estudos
nacionaes e de origem allemã. Notas de historia, de arte e de sciencia. São Paulo: Edição da Revista do Brasil, Monteiro Lobato & C, 1922. __________. “Sciencia de Papel.” In: Notas de um estudante: Estudos nacionaes e de origem
allemã. Notas de historia, de arte e de sciencia. São Paulo: Edição da Revista do Brasil, Monteiro Lobato & C, 1922. ROMERO, Sílvio. História da literatura brasileira. Tomo I. 2ª. edição. Rio de Janeiro: H. Garnier, Livreiro-editor, 1902.